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Relatório Semanal de Câmbio

20 de abril de 2023
1. VISÃO SEMANAL
➢ O dólar registrou volatilidade ao longo da semana, com efeito líquido de ligeira alta na margem. O Empire State
Factory, sondagem industrial americana, foi o principal vetor da elevação dos prêmios de risco, pela surpresa
consideravelmente positiva do dado de abril (10,8 vs est. -18). Houve avanço significativo de novos pedidos e as
perspectivas futuras vieram melhores, o que aumentou a probabilidade de juros restritivos por mais tempo nos
EUA. Contudo, indicadores chineses trouxeram um alívio importante, ao surpreenderem positivamente as
projeções. O PIB do primeiro trimestre avançou 4,5% YoY e o varejo, 10,6% YoY. Ainda que os sinais permaneçam
mistos – com inflação mais fraca e elevado patamar de poupança das famílias – essa leitura deu suporte a uma
visão otimista para a economia global, já que consumo representou parte importante do crescimento chinês. A
inflação no Reino Unido, por sua vez, registrou avanço de 0,8% MoM em março (contra expectativas de 0,5%),
com núcleo ainda pressionado na comparação interanual (6,2%). Esse dado, somado à leitura final da inflação da
Zona do Euro (6,9% YoY), também atuou de forma a aumentar o risk-off em alguma medida, diante de
perspectivas menos construtivas de política monetária em economias relevantes. De todo modo, o investidor
deve esperar pela consolidação dos dados do segundo trimestre.
➢ Já no ambiente doméstico, foram destaques a submissão do novo arcabouço fiscal ao Congresso e seus
desdobramentos. Os detalhes adicionais da proposta não mudaram a percepção dos agentes de que os
resultados primários almejados dependem fortemente de altas robustas da arrecadação. Além disso, algumas
medidas que vêm sendo consideradas para este fim podem encontrar resistência para serem aprovadas. O
texto flexibiliza, ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao estabelecer que o descumprimento da meta
das contas públicas não infringe a referida lei – o que foi recebido negativamente pelo mercado local. Diante
disso, o resultado da produção industrial brasileira de fevereiro em linha com o esperado (-0,2% MoM) foi
secundário à performance dos ativos. O real, portanto, terminou a semana, de liquidez reduzida, mais
depreciado – voltando ao patamar dos R$ 5,00 – e deve seguir suscetível, sobretudo, ao noticiário político. Não
só são aguardadas novas sinalizações econômicas, como também uma redução dos ruídos, que se elevaram
nos últimos dias.
2. REAL VS INDICADORES DE MERCADO

Fonte: Bloomberg

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3. FLUXO CAMBIAL CONTRATADO

Bottom line: Fluxo cambial negativo em US$ 3,8 bilhões entre 10 e 14 de abril
➢ O mercado de câmbio ficou negativo em US$ 3,8 bilhões na semana passada, refletindo um fluxo negativo de US$ 2,9
bilhões no segmento financeiro e um fluxo também negativo de US$ 903 milhões no segmento comercial.

➢ Com relação ao fluxo financeiro, houve uma reversão de tendência, levando o segmento a ficar abaixo da
sazonalidade esperada – apesar da entrada líquida de US$ 691 milhões de estrangeiros na bolsa, nesse período,
totalizando US$ 2,5 bilhões no ano.

➢ Já o fluxo comercial surpreendeu negativamente, ao registrar exportações bastante baixas, a despeito dos
resultados ainda robustos da balança comercial física. Na semana, o diferencial entre os saldos (físico e comercial
contratado) foi negativo em US$ 3,1 bilhões. No ano, US$ 8,2 bilhões não foram internalizados – contra US$ 40,4
bilhões de 2022.

➢ Com isso, o fluxo cambial acumula um saldo negativo de US$ 7,1 bilhões nos últimos 12 meses e um saldo positivo de
US$ 11,5 bilhões no ano – valor que pode sofrer alterações devido à defasagem dos dados de importação do
segmento comercial.

Fonte: BCB
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4. BALANÇA COMERCIAL - MDIC

Bottom line: Superávit de 2,2 bilhões na segunda semana de abril

➢ O resultado da balança comercial registrou um superávit de US$ 2,2 bilhões entre 10 e 16 de abril. Com isso, o saldo
dessazonalizado e anualizado passou a US$ 88 bilhões, e a US$ 66 bilhões excluindo petróleo.

➢ No mês, as exportações recuaram 10,8% e as importações, 4,4% - em termos mensalizados e dessazonalizados. Já


as exportações ex-petróleo caíram 6,7% na margem e as importações ex-petróleo, 0,8%.

➢ O desempenho negativo das importações no mês refletiu principalmente as quedas de Combustíveis e lubrificantes
(-25% MoM), Veículos automóveis e partes (-8,7% MoM) e Equipamentos mecânicos (-4,9% MoM). Na comparação
interanual, queda de 3,1% das importações totais.

➢ Do lado das exportações, Petróleos e derivados (-28% MoM), Soja (-11% MoM) e Metalúrgicos (-31% MoM) foram os
principais responsáveis pela queda. Em relação a 2022, as exportações totais avançaram 6,4%.

➢ Com esse resultado, o saldo do ano acumulou US$ 21,6 bilhões. A despeito da dissipação dos efeitos das
exportações expressivas de petróleo do mês anterior, as contas externas brasileiras continuam se beneficiando da
balança física. Além do forte escoamento de soja, o ambiente externo tem mostrado desaceleração mais moderada
que o esperado.

Fonte: MDIC

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5. FLUXO DE ESTRANGEIROS

Fonte: B3

Fonte: B3 e Armor Capital

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6. CONTRATOS EM ABERTO

Fonte: B3

7. PERFORMANCE DO REAL

Fonte: Bloomberg Fonte: JP Morgan

Fonte: Bloomberg

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