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Relatório de

Juros e Inflação
MARÇO 2023
Índice

Curva de juros 03

Inflação 05

Juros reais 07

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Curva de juros

Após o movimento de fechamento na curva de juros em janeiro, observamos


em fevereiro uma nova abertura na curva, que ganhou prêmio em diversos
vértices quando comparamos com o mês anterior. As aberturas mais
relevantes foram nos vértices mais longos, que chegaram a ficar em patamares
superiores aos apresentados 3 meses atrás, movimento embalado pela piora
nas perspectivas para o cenário macro.

Fonte: Anbima e Toro Investimentos

O movimento observado é uma sinalização de que no curto prazo poderemos


ter o início do ciclo de corte de juros a ser realizado pelo Copom (Comitê de
Política Monetária do Banco Central), mas as incertezas acerca do controle
inflacionário continuam a pressionar os vértices mais longos da curva. Para o
primeiro semestre de 2023, acreditamos que os juros seguirão nos patamares
atuais, e eventuais cortes irão ocorrer a partir do segundo semestre.

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Curva de juros

Caso o cenário de queda na taxa de juros a partir do segundo semestre se


materialize, devemos ficar atentos ao comportamento da inflação, que deve
ceder para que haja um alívio mais expressivo nos juros de longo prazo.

Fonte: Anbima e Toro Investimentos

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Inflação

Após o fechamento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acima do


teto da meta em 2022, em janeiro, o índice apresentou alta de 0,53%, abaixo do
consenso apurado pela Reuters, de 0,57%. No acumulado de 12 meses, o
indicador ficou em 5,77%, patamar ainda distante do centro da meta para 2023,
que é de 3,25%.

No último ano, tivemos um breve período de deflação, atribuído principalmente


à redução tributária do ICMS sobre os combustíveis e a energia elétrica. Ao
analisarmos o núcleo do IPCA (excluindo energia e alimentos) observamos uma
redução de menor magnitude quando se comparado ao índice completo. Com a
reoneração dos combustíveis, é possível que a elevação de preços volte a
pressionar o índice.

Fonte: Refinitiv e Toro Investimentos

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Inflação

Mesmo com a queda atual na inflação nos últimos 12 meses, o IPCA segue
distante do centro da meta, porém, já reflete o estágio mais avançado de
controle inflacionário do que grande parte do mundo. A política monetária e as
medidas fiscais se mostraram efetivas no combate à inflação no Brasil ao longo
dos últimos meses.

Apesar de ter deixado um pico claro, é preciso ter cautela quanto às


expectativas em relação aos índices de preços daqui para frente. O cenário
político exerce cada vez mais influência, com pressão para queda de juros e
possibilidade de mudança na meta de inflação, por exemplo, que geram
incertezas.

Fonte: BCB, IBGE, Refinitiv e Toro Investimentos

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Juros reais

Diante do contexto de taxas de juros elevadas, observou-se um ciclo de juros


reais positivos em nossa economia, movimento este que está na contramão do
mercado global, onde o ciclo de aumento de juros teve um início tardio e, devido
à inflação elevada no período, os juros reais ainda se encontram em patamares
negativos.

O cenário de juros reais positivos ficou evidenciado de forma mais clara após o
primeiro semestre de 2022. Houve incentivos fiscais que fizeram com que
registrássemos períodos de deflação na economia, movimento que beneficiou o
descolamento da taxa de juros em relação à inflação.

Fonte: Economatica e Toro Investimentos

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Juros reais

A sinalização de juros reais positivos é um excelente incentivo para quem


busca investir em ativos de Renda Fixa. Além de uma oferta de produtos com
taxas elevadas, devido ao contexto de juros altos na economia, a inflação em
níveis mais baixos faz com que a rentabilidade auferida no investimento
proporcione ao investidor um ganho real em relação ao seu poder de compra.

Diante da expectativa de taxa de juros elevada por um período mais longo,


entendemos que os títulos pós-fixados devem ser uma boa alternativa ao longo
de 2023, por se beneficiarem diretamente do patamar do CDI. Os títulos
atrelados aos índices de inflação também podem ser uma alternativa
interessante, pois conseguimos encontrar taxas atrativas que garantem ganho
acima da inflação. Portanto, tais títulos são alternativas viáveis para os
investidores que desejam se proteger de uma possível elevação da inflação ao
longo dos próximos anos, que poderia ser resultante de uma deterioração do
ambiente fiscal no país.

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Equipe

João Vítor Freitas

Analista de Investimentos

joao.freitas@toroinvestimentos.com.br

Rodrigo Caetano

Analista de Investimentos

rodrigo.caetano@toroinvestimentos.com.br

Belo Horizonte São Paulo


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