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Marcelo Andrade Garcia | fnmarceloagarcia@hotmail.

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RF Carteira de
Renda Fixa
Marcelo Andrade Garcia | fnmarceloagarcia@hotmail.com

Levante Renda Fixa


Carteira de julho/2023

Os ativos recomendados de Renda Fixa são escolhidos pelo nosso time de


analistas com base no cenário do mercado. A carteira é mensal e poderá ou não
sofrer mudanças ao longo do tempo.

Vale mencionar que, antes de realizar qualquer investimento, o investidor deve avaliar os
riscos que o investimento apresenta. Muitos dos ativos recomendados não possuem liquidez
antes do vencimento. Alguns ativos possuem marcação a mercado diária.

A saída de ativos na carteira recomendada não significa uma recomendação de venda, mas a
retirada pode ter ocorrido por falta de disponibilidade, taxas menores que antes, entre outros
fatores. Se a recomendação for de venda, informaremos.

Expectativas e discursos mostram sinais de que um


corte de juros pode estar muito próximo.

Durante o mês de junho, foram apresentadas leituras importantes sobre os próximos passos
da política monetária brasileira, orquestrada pelo presidente do BC, Robertos Campos Neto,
além de dados mistos acerca do movimento desinflacionário e resiliência econômica brasileira.

Dados como o PIB surpreendendo positivamente, apoiado por um forte setor agropecuário e
serviços mostrando estabilidade, além de dados de desemprego vindo abaixo do esperado,
reforçaram a tese de que a economia brasileira segue resiliente.

Quanto a 255ª Reunião do COPOM, ficou muito claro, após a manutenção dos juros em 13,75% e
divulgação da Ata, que o banco central segue monitorando as pressões inflacionárias globais,
incertezas sobre o desenho final do arcabouço fiscal e impactos na trajetória da dívida, e
desancoragem das expectativas de inflação. Porém também observamos durante o mês,
muitas surpresas positivas que indicam um possível movimento por expansionista, ou seja,
de corte das taxas de juros.

Essas surpresas, principalmente pautadas nas quedas acentuadas nos preços das commodities,
na resolução do arcabouço fiscal brasileiro, desaceleração da atividade econômica global e
expectativas de inflação do relatório Focus em forte queda, chegando a 4,98% para 2023 e com
quedas também para as pontas mais longas, mostrando que o mercado já precifica um controle
maior sobre as expectativas futuras.

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Além de todos estes fatores, também ocorreu a reunião do Conselho Monetário Nacional
(CMN), encontro este, muito discutido após pressão do governo para que a meta fosse
alterada. Porém positivamente os membros se mantiveram firmes a meta de 3%, com variações
em bandas de 1,5% e alteraram o regime de convergência para que a meta passe a ser contínua e
não mais baseado em ano-calendário.

Também é importante levar em conta a evolução do mercado de crédito privado, com o pipeline
de emissões públicas voltando a aquecer, os fundos que tiveram marcação negativa com o
evento americanas estão, de maneira parcimoniosa, recuperando os ganhos, principalmente
apoiados por um fechamento nos spreads e carregos altos, além da retomada da liquidez do
pré-crise. Fator importante também para acomodação e fechamento dos spreads, foi a
revisão feita pela S&P Global da perspectiva brasileira de “BB-“estável para positiva.

Após o cenário se desenhar minimamente mais claro em junho e evidenciar o processo


desinflacionário em curso, o Banco Central se posicionou como confiante para iniciar um
processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião, com o mercado já precificando o início
dos cortes em agosto, na magnitude de 25 bps seguido de sucessivos cortes.

Diante do cenário que se desenha acima, temos que nos ater principalmente aos ativos Pré-
Fixados, Pós-Fixados e CDI +, ativos estes que se beneficiam da redução dos juros futuros, pois por
meio deles travamos total ou parcialmente a remuneração do ativo até o vencimento.

A taxa de 13,75% é a base do retorno na Renda Fixa, existem diversos ativos com taxas mais
atraentes, bem acima dos 13,75%, e o nosso objetivo é buscar retornos acima disso, sempre
considerando a relação entre Risco e Retorno no momento de investir.

Através das nossas recomendações, ajudaremos a responder às perguntas:

... qual o melhor ativo para investir?


... qual prazo que devo escolher?
... Pré ou Pós-fixado?
... em % CDI ou CDI+?
... LCI ou LCA?
... qual é a hora certa de comprar e vender?

A nossa estratégia tem o objetivo de superar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) de


forma consistente no médio e longo prazo através de investimentos em CDBs (Certificados de
Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do
Agronegócio), Títulos Públicos, Debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários),
CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), entre outros.

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Cenário Macroeconômico Brasil

No mercado local, o primeiro trimestre demonstrou uma atividade econômica robusta, com
um crescimento do PIB que surpreendeu de forma positiva (+1,9%). Esse resultado foi
impulsionado por um forte setor agropecuário e pelo setor de serviços, que mostrou resiliência.

Antevemos uma desaceleração moderada nos próximos meses, possivelmente uma retração no
segundo semestre, que deve ser parcialmente amenizada pelos estímulos do governo e pelo
aumento da renda disponível. Além disso, a taxa de desemprego está em níveis mais baixos do
que o esperado, sendo mais um fator atenuante.

Quanto à dinâmica de preços, apesar de ainda enfrentarmos desafios inflacionários, estão


surgindo surpresas positivas. O núcleo do IPCA de maio já demonstra essa desaceleração,
porém, alimentos (diante de safra recorde e problemas de escoamento no país) e combustíveis
contribuindo majoritariamente para essa tendência.

Os fatores deflacionários (voláteis e concentrados como combustíveis e alimentos), têm


colaborado com indicadores melhores do que o esperado. Ainda assim, persistem desafios,
com serviços resistindo e pressionando a inflação local, bem como a reoneração do PIS/Confins
dos combustíveis em julho, mas que deve ser parcialmente compensada por preços ainda mais
baixos de combustíveis e alimentos.

Acreditamos na manutenção da meta inflacionária com o mínimo possível de ruído. Qualquer


mudança pouco perceptível para o mercado, como uma alteração na janela de aferição, não
deve causar muita perturbação.

A reancoragem das expectativas de inflação em curso e a redução do risco, impulsionados


pela proposta do novo arcabouço fiscal e pela inflação desacelerando acima das expectativas
do mercado, devem favorecer um corte na taxa de juros ainda este ano. Isso deve acontecer
mais cedo do que as nossas expectativas iniciais (reunião de novembro), talvez já na reunião de
agosto. Adicionalmente, corroborando com um cenário mais amistoso, a S&P Global elevou para
positiva sua perspectiva para nota de crédito do Brasil no mês de junho, o que ajudou a aliviar
ainda mais pressões das curvas de juros, bem como na apreciação do real frente ao dólar. Ainda
assim, não acreditamos em muita “velocidade” na acomodação da política monetária atual,
tendo em vista por um mercado de trabalho ainda pressionado e que pode manter o setor de
serviços como ponto mais sensível nos índices de preços durante o segundo semestre.

Por fim, a ata divulgada na semana posterior à decisão de juros, trouxe um tom menos rigoroso
quando comparado ao comunicado do COPOM. A ata fez questão de apontar a atual tendência
benigna da inflação, sugerindo um cenário de desaceleração gradual, e os impactos disso em
relação às expectativas futuras, que caso permaneçam evoluindo positivamente, poderiam
permitir o início, ainda que de forma cautelosa, de redução na taxa básica de juros.

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De forma não unânime, o comunicado citou que essa inflexão da política monetária poderia
ocorrer a partir da próxima reunião, em agosto, trecho que trouxe a mudança mais sensível em
relação aos últimos comunicados e trouxe algum grau de alívio para o mercado.

Diante do exposto acima, mantemos nossa visão inalterada para os ativos de risco, onde já
contemplávamos uma maior exposição ao cenário local, com ligeiro aumento da nossa
exposição à ativos que possam se beneficiar de uma redução dos juros ainda esse ano, já feito no
último mês.

Ainda que estejamos ajustando nossa expectativa para um início antecipado do corte nos juros,
entendemos que nossa exposição a esse cenário já se encontra relativamente adequada, tendo
em vista uma acomodação moderada da política monetária que prevemos para este ano,
diante de um PIB forte com um mercado de trabalho apertado, expectativas de desemprego em
tendência de queda e um setor de serviços que pode surpreender pela resiliência ao longo dos
próximos meses.

Cenário Macroeconômico Global

O mês de junho foi marcado pela decisão do FOMC em manter a taxa básica de juros nos
Estados Unidos no intervalo estabelecido na última reunião de 5,00% - 5,25%. A manutenção
veio em linha com o que esperávamos, acompanhada de um discurso que reforça o ambiente
vigilante do Banco Central, ainda hawkish, na nossa opinião. A estabilidade dos juros reflete a
cautela do Fed em determinar a dose ideal para conter a inflação. Conforme declarado pelo FED,
o objetivo principal continua sendo o retorno da inflação à meta de 2%. Qualquer risco adicional
que possa dificultar o alcance dessa meta poderia resultar em novas rodadas de aumentos nos
juros, ilustrando o cenário bastante incerto e complexo para a economia americana.

Ainda em linha com o que esperávamos, a mudança nas projeções para o final do ano, que
subiram para o intervalo de 5,50% - 5,75%, eliminam a possibilidade de cortes ainda esse ano,
discussão que achávamos pouco condizente com o cenário desafiador vivido pelo BC nesse
momento, e colocando em jogo a possibilidade de até duas rodadas de aumento de 25 pontos
nas próximas reuniões, confirmando o alerta feito nos nossos últimos relatórios.

"Não aposte contra o Fed". Este mantra do mercado tem sido repetido inúmeras vezes ao longo
dos anos e, do ponto de vista prático, parece fazer sentido, considerando a relevância e a
influência do Banco Central mais importante do mundo. No entanto, o Fed tem
consistentemente subestimado a inflação e sua persistência, estando atrasado em relação à
curva e distante de suas metas, adotando uma postura mais reativa do que proativa nos
últimos anos.

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Após um aperto monetário que remonta aos anos de 2006, e que configura um novo nível de
custo de capital para as empresas, o mercado parece estar indo contra o mantra tão
frequentemente repetido. Depois da última decisão de juros, finalmente, ao menos na curva de
expectativas para a Fed Funds Rate, o mercado já compreende que é improvável que tenhamos
cortes de juros este ano, muito pelo contrário. Em contrapartida, espera-se uma redução
significativa em 2024, terminando o ano próximo a 4,00%.

Apesar deste importante ajuste de expectativas, o S&P 500, por exemplo, ainda negocia a um
múltiplo preço/lucro acima de 23 vezes, impulsionado principalmente pelas cinco maiores
posições, que juntas representam quase 25% do índice, um recorde histórico. Ainda assim,
existem boas oportunidades, mas reforçamos a importância de uma seleção criteriosa de ações
(stock picking) para evitar a exposição a um risco-retorno inadequado e a frustração das
expectativas dos investidores.

Em suma, reconhecemos que o cenário para a economia americana atualmente não é uma
leitura fácil, com indicadores sugerindo o início de uma desaceleração, como o aumento dos
pedidos de auxílio de desemprego, contrastando com números robustos na criação de
empregos.

Mantemos nossa opinião de que uma desaceleração maior deve ocorrer ao longo do segundo
semestre, mas que tanto atividade quanto o cenário atual para o crédito e sistema financeiro,
não devem exercer a força necessária para combater o cenário ainda inflacionário no país no
curto prazo. Compreendemos que era apenas questão de tempo até que as especulações sobre
cortes na taxa de juros ainda este ano começassem a dissipar. Além disso, percebemos a
concretização de um cenário que, acreditamos, trará desafios adicionais aos já elevados
múltiplos de negociação de alguns ativos de risco no mercado de ações americano. Esses
desafios surgem principalmente da possibilidade de novas rodadas de aumentos de juros no
próximo semestre, o que pede uma dose extra de cautela nas próximas análises de inflação e
emprego no país.

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Como funciona a carteira

A Carteira de Renda Fixa da Levante possui 3 Perfis: Conservadora, Moderada e Agressiva.

Os 3 Perfis da Carteira possuem os mesmos indexadores, são eles:

• Pós-fixados em % do CDI;
• Pós-fixados em CDI + %;
• Inflação; e
• Pré-fixado.

A diferença entre as carteiras ocorre em função da porcentagem que cada indexador


corresponde. Essas alocações mudam de acordo com as oportunidades táticas que o mercado
proporciona.

Taticamente, estamos sugerindo um alongamento nos vencimentos dos ativos atrelados a


Inflação (IPCA +), Pós Fixados (CDI + e % CDI) e Pré-Fixados buscando principalmente
vencimentos entre 3, 4 e 5 anos, parte média da curva onde ainda enxergamos ganhos
potenciais.

Essa estratégia busca aproveitar assimetrias na curva de juros e posicionar-se para ter
vantagem no fechamento das taxas e redução da Selic que deve iniciar em breve, sempre
levando em consideração o risco e retorno dos ativos.

Na carteira desse mês, mantivemos a disposição percentual das classes de alocação, sendo:

Indexador Conservadora Moderada Agressiva

Pós-Fixados em % CDI 70,00% 60,00% 45,00%

Pós-Fixados em CDI + % 5,00% 5,00% 10,00%

Inflação 20,00% 27,50% 35,00%

Pré-Fixados 5,00% 7,50% 10,00%

Total 100,00% 100,00% 100,00%

Para a composição de cada estratégia, temos uma lista com os ativos que podem ser utilizados,
muitos desses ativos são aparentemente semelhantes, porém apresentam pequenas
diferenças, principalmente referentes à liquidez. Nesse caso, você deve escolher o ativo que mais
se enquadra nas suas necessidades.

**A carteira será formada 100% por ativos bancários: CDB, LCI, LCA e Títulos Públicos.

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Conservadora Moderada Agressiva

5,00% 7,50% 10,00%

20,00%

27,50%
45,00%

5,00% 35,00%
60,00%

70,00%
5,00%

10,00%

Pós-Fixados em % CDI Pós-Fixados em CDI + % Pós-Fixados em % CDI Pós-Fixados em CDI + % Pós-Fixados em % CDI Pós-Fixados em CDI + %

Inflação Pré-Fixados Inflação Pré-Fixados Inflação Pré-Fixados

Renda Fixa Pós-Fixados em % do CDI

Os ativos Pós-fixados em % do CDI têm se destacado tanto em quantidade quanto em


qualidade. É possível encontrar ativos com uma boa relação de Risco x Retorno. Ao longo das
últimas semanas, observamos uma manutenção taxas dos emissores que gostamos. Diante
deste cenário, mantemos os ativos previamente selecionados.

Para essa estratégia, é interessante buscar CDBs com vencimento superior a 24 meses, devido ao
Imposto de Renda (IR) ser regressivo e atingir seu menor patamar após esse período, 15% sobre o
rendimento obtido no período, o qual será retido diretamente na fonte.

Para títulos mais curtos, é interessante utilizar, sempre que disponível, LCI e LCA, que são isentas
de impostos, desde que as taxas compensem um ativo de mesmo prazo e contraparte não
isenta, como por exemplo um CBD. Para isso, é necessário calcular o gross-up da taxa do ativo
isento, ou seja, taxa do ativo isento/(1-IR da renda fixa relativa do período).

Observação: Importante considerar a liquidez dos ativos, ou seja, considerar se é possível vendê-
los a qualquer momento, se existe um período de lock-up (bloqueado) ou apenas no vencimento.
Isso deve estar alinhado a sua necessidade de caixa. Via de regra, os ativos com maior liquidez,
ou seja, que podem ser resgatados a qualquer tempo ou com prazo menor de vencimento,
remuneram pior que ativos com prazos maiores, porém essa não é uma verdade absoluta.

Renda Fixa Pós-Fixados em CDI + %

A disponibilidade dos ativos Pós-fixados em CDI + % continua baixa, mesmo com essa maior
dificuldade de disponibilidades, adicionamos duas novas recomendações na estratégia:

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CDI + % Vencimento Liquidez Taxa Emissão/Taxa Atual Taxa Mínima Tipo do Ativo Isento de IR? Observação

CDB Banco BMG jul/25 No vencimento CDI + 1,65% CDI + 1,50% CDB Não Aplicação Mínima de R$ 1

CDB Banco BMG jul/26 No vencimento CDI + 1,85% CDI + 1,75% CDB Não Aplicação Mínima de R$ 1

Renda Fixa – Pré-Fixado

Os ativos pré-fixados mostraram uma diminuição nos níveis de taxa devido ao processo de
precificação de fechamento de curva de juros que observamos no mês de junho. Mesmo com a
redução das taxas, acrescentamos dois ativos para os vértices de 2026 e 2028 que julgamos
como boas relações de risco e retorno e partes da curva que ainda podem se beneficiar do
movimento da Selic.

Renda Fixa - Pré-fixado Vencimento Liquidez Taxa Emissão/Taxa Atual Taxa Mínima Tipo do Ativo Isento de IR? Observação

CDB Banco BMG jul/26 No vencimento 12,50% 12,30% CDB Não Aplicação Mínima de R$ 1

CDB Banco C6 jul/28 No vencimento 12,05% 11,50% CDB Não

Para essa estratégia, é interessante buscar CDBs com vencimento superior a 24 meses, isso
em função do Imposto de Renda (IR) que é regressivo. Lembrando que, a partir de 24 meses, o IR
será de 15% sobre o rendimento obtido no período e será retido diretamente na fonte.

Para títulos mais curtos, utilize sempre LCI e LCA, que são isentas de impostos, considerando a
taxa com gross-up (explicação acima).

Observação: leve em consideração o vencimento dos Títulos de Renda Fixa, afinal, só você
poderá responder qual o melhor vencimento para você.

Renda Fixa – Inflação

Apesar do progresso significativo na trajetória de desinflação no cenário macroeconômico


brasileiro, reconhecemos a existência de riscos que ainda envolvem esse tema e que podem
surpreender. O arcabouço fiscal e seus impactos na trajetória da dívida ainda não foram
totalmente solucionados e ainda há certa desancoragem das expectativas futuras de inflação.
Portanto entendemos que faz sentido manter uma parte relevante dos investimentos atrelados a
este indexador que protege o poder de compra e oferece retornos favoráveis.

No que diz respeito aos retornos, observamos uma estabilidade nas taxas para este mês,
especialmente nos vencimentos intermediários, com preferência para o vencimento em 2025.

Diante desse cenário, incluímos um ativo na carteira desse mês:

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Renda Fixa - Inflação Vencimento Liquidez Taxa Emissão/Taxa Atual Taxa Mínima Tipo do Ativo Isento de IR? Observação

CDB Banco Fibra jul/25 No vencimento IPCA+6,25% IPCA+6,10% CDB Não

Para essa estratégia, é interessante buscar CDBs com vencimento superior a 24 meses, isso
em função do Imposto de Renda (IR) que é regressivo. Lembrando que, a partir de 24 meses, o IR
será de 15% sobre o rendimento obtido no período e será retido diretamente na fonte.

Para títulos mais curtos, utilize sempre LCI e LCA, que são isentas de impostos.

Observação: leve em consideração o vencimento dos Títulos de Renda Fixa, afinal, só você
poderá responder qual o melhor vencimento para você.

Busca mais retorno?

No entanto, para aqueles que buscam um pouco mais de retorno e consequentemente estão
dispostos a tomar mais riscos, teremos recomendações de CRI, CRA, Debêntures, Debêntures
Incentivadas e Alocações Táticas de Títulos Públicos.

Se você busca mais retorno, preparamos uma lista de ativos recomendados. Mas o retorno maior
está aliado ao risco maior de Crédito e de mercado.

Se atente: alguns desses investimentos são apenas para Investidores classificados como
qualificados.

Na carteira desse mês, incluímos uma nova opção buscando melhores prazos, emissores e taxas:

Crédito Privado Vencimento Liquidez Taxa Emissão/Taxa Atual Taxa Mínima Tipo do Ativo Isento de IR? Observação

CRA BRF (CRA020002H1) jul/30 Mercado secundário IPCA+7,05% IPCA+6,50% CRA Sim Investidor Geral

Observações:

- Os ativos dessa estratégia possuem um risco maior que os das carteiras recomendadas, seja
Risco de Marcação a Mercado, seja Risco de Crédito. Portanto, é interessante que nunca um dos
ativos acima represente mais de 2,50% da carteira; e

- Substituir os ativos em função do Indexador da Carteira.

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Glossário

Vencimento: data de vencimento do ativo, isso não implica obrigatoriamente que o ativo não
possui liquidez e que deverá ser levado até a data de vencimento.

Liquidez: característica importante que se refere à condição do ativo, que pode ser
resgatado/vendido, isso independe da data de vencimento.

LCI: A Letra de Crédito Imobiliário é um título de Renda Fixa emitido por uma instituição financeira
e tem o objetivo de ser uma fonte de recursos para o setor imobiliário. É isento de Imposto de
Renda e possui cobertura do FGC até o limite de R$ 250 mil por instituição.

LCA: A Letra de Crédito do Agronegócio é um título de Renda Fixa emitido por uma instituição
financeira e tem o objetivo de ser uma fonte de recursos para o setor do agronegócio. É isento de
Imposto de Renda e possui cobertura do FGC até o limite de R$ 250 mil por instituição.

CRI: O Certificado de Recebíveis Imobiliários é um título de Renda Fixa emitido por securitizadoras
e tem o objetivo de financiar operações no mercado imobiliário. É isento de Imposto de Renda e
não possui cobertura do FGC.

CRA: O Certificado de Recebíveis do Agronegócio é um título de Renda Fixa emitido por


securitizadoras e tem o objetivo de financiar operações para o setor do agronegócio. É isento de
Imposto de Renda e não possui cobertura do FGC.

FGC: O Fundo Garantidor de Crédito é um mecanismo de proteção para os investidores em caso


de insolvência do emissor de algumas classes de ativos de Renda Fixa.

CDB: O Certificado de Depósito Bancário é um ativo de Renda Fixa emitido por uma instituição
financeira. Possui cobrança do Imposto de Renda e cobertura do FGC.

Gross Up: cálculo para encontrar a taxa equivalente de um ativo de Renda Fixa isento de IR para
comparar com um ativo de Renda Fixa que tenha cobrança de IR. O objetivo é comparar ativos
isentos de IR com ativos não isentos de IR. Por exemplo: uma LCI de 95% do CDI com vencimento
em 2 anos é equivalente a um CDB de 111,8% do CDI de mesmo prazo (95% / (1-15%) = 111,8%).

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Curvas - Brasil

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Expectativas de Mercado

Bons investimentos,
Equipe Levante

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Conforme o artigo 20, parágrafo único da ICVM 20/2021, o analista Rafael Bevilacqua declara-se inteiramente responsável pelas
informações e afirmações contidas neste relatório de análise.

Nos termos do artigo 21 da ICVM 20/2021, os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram que as
recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma
independente e autônoma.

Os valores mobiliários não contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC. A reprodução, cópia ou distribuição deste
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danos causados, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98.

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