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Relatorio:

Taxa de juros:

O mercado financeiro segue com expectativas inalteradas para a taxa básica de juros, a Selic,
ao final de 2023, mantendo-a em 11,75%. Esta estabilidade persiste pela 13ª semana
consecutiva, conforme indicado pelo Boletim Focus. A manutenção das projeções ocorre em
meio a um cenário pós-Copom, onde o Banco Central optou por manter as taxas, buscando
equilibrar a inflação e promover a estabilidade econômica.

No âmbito da inflação, as projeções também permanecem evidentes, evidenciando a confiança


dos analistas na capacidade do Banco Central em controlar os índices de preços e mantê-los
dentro da meta estabelecida. A convergência entre as expectativas para a inflação e a taxa de
juros sugere uma abordagem cautelosa, priorizando a estabilidade econômica diante de um
contexto global incerto.

Diversos fatores influenciam a manutenção das projeções para a Selic, incluindo a incerteza
relacionada à evolução da pandemia, as dinâmicas do mercado internacional e a
sustentabilidade do crescimento econômico. A transparência na comunicação do Banco Central
e a busca por um equilíbrio entre o estímulo à economia e o controle inflacionário são cruciais
para a formação das expectativas do mercado.

No horizonte futuro, apesar da estabilidade nas projeções, é essencial monitorar os


desenvolvimentos econômicos, as políticas adotadas e os eventos geopolíticos, que podem
impactar as projeções futuras. A atenção dos investidores e analistas permanece externa para
as comunicações do Banco Central e as ações do governo, ajustando suas expectativas
conforme necessário.

Em conclusão, a manutenção das projeções para a taxa de juros reflete um momento de


estabilidade econômica, enquanto os agentes econômicos aguardam por indicadores mais
claros de recuperação e previsibilidade. O acompanhamento contínuo das variáveis
econômicas e a análise de riscos são fundamentais para compreender a dinâmica do mercado
financeiro e antecipar possíveis mudanças nas projeções da Selic

Dolar:

O dólar exibe um aumento de 0,44%, atingindo a cotação de R$ 4,922 nesta segunda-feira (13).
Este movimento de valorização em relação ao real é impulsionado pelas expectativas
divulgadas pelo mercado para a economia brasileira, conforme revelado pelo Boletim Focus
nesta manhã.

A força do dólar não se limita apenas ao mercado interno; ela se reflete também em sua
posição em relação às principais moedas estrangeiras. O índice DXY, que avalia o desempenho
do dólar norte-americano em comparação com seis fortes concorrentes, apresenta um
aumento de 0,01%, alcançando 105,87 pontos.

O Boletim Focus, ao manter as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em
2,89%, evidencia uma estabilidade, ainda que parcialmente abaixo dos 2,92% registrados há
um mês. Para 2024, a previsão de crescimento do PIB permanece inalterada em 1,50%,
mantendo-se consistente com o nível observado há um mês.
Após o aumento de 0,24% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro, os
economistas conservaram suas expectativas de inflação de curto prazo no Boletim Focus atual.
A mediana para novembro permanece em 0,30%, queda de estabilidade em comparação com a
expectativa de 0,32% registrada há um mês.

Esses dados revelam um cenário de cautela no mercado financeiro, com os investidores


monitorando de perto as projeções econômicas e os indicadores financeiros. A valorização do
dólar, tanto a nível nacional quanto internacional, destaca a importância de uma análise
contínua das variáveis econômicas para compreender os movimentos cambiais e antecipar
possíveis tendências no cenário financeiro global.

Bolsa:

O Ibovespa está apresentando movimentos significativos hoje, refletindo a expectativa dos


investidores em meio à temporada de balanços e às projeções econômicas. Os índices futuros
de Nova York também estão em alta, aguardando dados econômicos e pistas do Federal
Reserve (Fed), impondo um clima de cautela nos mercados globais.

Na reta final da temporada de balanços, os investidores estão analisando os resultados de


empresas importantes, como JBS (JBSS3), Magazine Luiza (MGLU3), Natura (NTCO3), Itaúsa
(ITSA4), CSN (CSNA3), BRF (BRFS3), entre outras. Esses números impactam diretamente as
decisões de investimento e influenciam o desempenho do Ibovespa.

Dentre os destaques corporativos, a Localiza (RENT3) reportou resultados do 3T23 com


tendências operacionais suaves, desmitificando preocupações sobre depreciação e os
segmentos de seminovos. O Itaú BBA destaca a subestimação das ações da empresa e mantém
uma recomendação “outperform” com um preço-alvo de R$ 80/ação.

Já a JBS (JBSS3) teve sua margem de carne bovina nos EUA sob pressão no 3T23, enquanto a
divisão de suínos registrou melhoria significativa. O Bradesco BBI mantém a recomendação
“outperform” para a JBS, com um preço-alvo de R$ 30/ação.

No mercado internacional, os rendimentos dos Tesouros nos Estados Unidos têm um nível de
queda antes dos dados de inflação, diminuindo a atenção dos investidores às condições
macroeconômicas globais. Além disso, o lançamento de um novo ETF na B3 com foco em
comprovados de empresas americanas (SPYI) sugere uma busca por alternativas de
investimento.

Quanto às perspectivas, a expectativa de manutenção dos juros em dezembro permanece, mas


a projeção de alta aumenta, conforme indicado pela CME. Esses elementos ressaltam a
importância de acompanhar de perto as decisões do Federal Reserve e as condições
macroeconômicas globais para antecipar possíveis impactos no mercado.

Para concluir, o cenário atual da bolsa reflete uma combinação de fatores, desde a repercussão
de resultados corporativos até as expectativas em relação às políticas do Fed. A diversificação
de portfólio e a análise cuidadosa dos dados econômicos são essenciais para que os
investidores naveguem em um ambiente dinâmico e respondam de maneira eficaz às
oportunidades e desafios apresentados pelo mercado.
Inflação:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do


país, tem sido objeto de atenção no cenário econômico. A previsão para este ano chega a
4,63%, conforme a última edição do Boletim Focus. No entanto, a estimativa para 2024
apresentou um aumento de nível, passando de 3,9% para 3,91%. Para os anos subsequentes,
as projeções são de 3,5% tanto em 2025 quanto em 2026.

É relevante observar que a estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação
apresentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta é de 3,25%, com um intervalo
de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite inferior é 1,75%, e o
superior, 4,75%. Segundo o Banco Central, a chance de o IPCA superar o teto da meta em 2023
é de 67%, conforme indicado no último Relatório de Inflação.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta inserida
em 3%, mas ainda se situa dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Esses
números evidenciam uma preocupação sobre a pressão inflacionária nos próximos anos.

O mês de setembro viu um aumento nos preços da gasolina, contribuindo para a elevação do
IPCA, que registrou 0,26%, superando a taxa de agosto, que foi de 0,23%. A inflação acumulada
este ano atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%, ultrapassando
os 4,61% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Esses dados indicam um cenário de desafios sem controle da inflação, com o mercado atento à
pressão de preços e suas possíveis consequências para a economia. Uma análise cuidadosa das
variáveis que influenciam a inflação é crucial para compreender as dinâmicas do mercado e
antecipar medidas adequadas para manter a estabilidade econômica.

Política nacional:

No caso das moedas, o nosso real foi dos poucos destaques e avançou sobre o dólar mesmo
com os pares piorando. Já a renda fixa parou de melhorar ontem, aqui e lá fora. Logo, o Brasil
continua como destaque positivo, especialmente no real e no Ibov. E ontem a renda fixa
resolveu embarcar de novo nessa direção.

Vale destacar a aprovação da PEC da reforma tributária no Senado, mesmo com a revolta
surpresa dos governadores contra o texto aos 45 do 2° tempo. A matéria foi aprovada em julho
na Câmara, mas vai ter que voltar para uma nova análise por conta das mudanças feitas pelos
senadores. Além disso, outra história interessante da semana são as commodities de energia
caindo bem.

Aqui, depois que o Senado concluiu a tramitação da PEC da reforma tributária, a proposta
agora volta para a Câmara dos Deputados. Além disso, segue a indefinição sobre a mudança na
meta fiscal.
Política internacional:

O rali de fim de ano mantém seu rumo nas bolsas - S&P500 e Nasdaq, por exemplo, engataram
7/8 pregões

de valorização -, mas o dólar tem se fortalecido na semana e as commodities estão cedendo de


forma quase disseminada.

EUA e China ficam no centro das atenções, com a divulgação de indicadores importantes.

Vale destacar que a semana começou em câmera lenta nos ativos, o dia começa com a revisão
do PIB da zona do euro do terceiro trimestre. As 9h, o IBGE traz a pesquisa mensal de serviços
de setembro. O consenso espera uma alta de 0,4% sobre setembro.

Ainda hoje, temos também a inflação do consumidor americano. O dado mostrará se o cenário
de estabilidade do juro básico americano será posto à prova.

Conclusões finais:

O cenário econômico apresenta uma série de elementos que demandam atenção e análise.
Começando pela taxa de juros, o mercado mantém suas expectativas inalteradas para a Selic,
permanecendo em 11,75% ao final de 2023. Essa estabilidade persiste pela 13ª semana
consecutiva, refletindo a postura cautelosa do Banco Central pós-Copom, buscando equilibrar a
inflação e estabilidade econômica.

As projeções para a inflação, indicadas pelo IPCA, também se mantêm firmes, evidenciando a
confiança na capacidade do Banco Central em controlar os índices de preços. A convergência
entre as expectativas para inflação e taxas de juros sugere uma abordagem prudente diante de
um contexto global incerto.

Diversos fatores, como a evolução da pandemia, dinâmicas do mercado internacional e


sustentabilidade do crescimento econômico, influenciam as projeções para a Selic. A
transparência na comunicação do Banco Central e o equilíbrio entre o estímulo à economia e o
controle inflacionário são cruciais para moldar as expectativas do mercado.

Em relação ao dólar, observamos um aumento de 0,44%, atingindo R$ 4,922. Esse movimento


é impulsionado pelas expectativas do mercado para a economia brasileira, destacando a
importância das projeções econômicas como guias para os investidores. A força do dólar
também se manifesta internacionalmente, com o índice DXY mostrando uma elevação de
0,01%.

No âmbito da bolsa, o Ibovespa reflete movimentos significativos, influenciados pela


temporada de balanços e projeções econômicas. Destacam-se empresas como JBS (JBSS3),
Magazine Luiza (MGLU3), Natura (NTCO3), Itaúsa (ITSA4), CSN (CSNA3), BRF (BRFS3), com
resultados que impactam diretamente as decisões de investimento.

A política nacional adiciona elementos ao cenário, como a aprovação da PEC da reforma


tributária no Senado, apesar das reviravoltas de última hora. A renda fixa brasileira volta a se
destacar, enquanto as commodities de energia enfrentam quedas.
Internacionalmente, a alta nas bolsas continua, especialmente em índices como S&P500 e
Nasdaq, contrastando com a força do dólar e a queda generalizada nas commodities. EUA e
China permanecem no centro das atenções, com indicadores importantes e a revisão do PIB da
zona do euro.

Diante desse panorama complexo, as conclusões finais ressaltam a importância da


monitorização constante das variáveis econômicas, políticas e geopolíticas. A estabilidade
econômica e o gerenciamento sustentável de riscos são fundamentais para os investidores, que
devem adaptar suas estratégias conforme os desdobramentos do mercado. A comunicação
transparente das autoridades econômicas é vital para orientar as expectativas e promover uma
tomada de decisões informada no ambiente econômico global em constante evolução

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