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Por outro lado, quando há necessidade de conter a inflação, o Banco Central pode
optar por elevar a taxa Selic. Isso ocorre porque juros mais altos tendem a
desestimular o consumo e os investimentos, uma vez que o crédito se torna mais caro.
Com isso, a demanda é reduzida, o que ajuda a controlar a inflação.
Uma das principais tendências observadas foi a queda gradual da taxa Selic ao longo
dos últimos anos. Isso ocorreu como resposta à redução da inflação e à necessidade de
impulsionar a atividade econômica. Com a melhora da estabilidade econômica e a
adoção de políticas monetárias mais expansionistas, o Banco Central optou por reduzir
a Selic, buscando estimular o consumo, o investimento e o crescimento do país.
No entanto, é importante ressaltar que essa trajetória de queda não foi linear. Ao
longo do período analisado, houve momentos de reversão e aumento da Selic, muitas
vezes em resposta a pressões inflacionárias ou a mudanças no cenário econômico.
Eventos como a crise financeira internacional de 2008, a crise da dívida soberana na
Europa e a desvalorização cambial foram alguns dos fatores que levaram a aumentos
pontuais na taxa Selic.
Além disso, as políticas fiscais adotadas pelo governo também tiveram impacto nas
tendências da Selic. Políticas fiscais expansionistas, caracterizadas por maior gasto
público e aumento do déficit fiscal, podem gerar pressões inflacionárias e levar a um
aumento da taxa de juros. Por outro lado, políticas fiscais mais restritivas podem
contribuir para uma redução da Selic, desde que não comprometam a estabilidade
econômica.
O patamar da Selic tem sido motivo de divergência entre o governo federal e o Banco
Central. Quando o Copom opta por aumentar a taxa básica de juros, o objetivo é
conter a demanda aquecida, o que tem reflexos nos preços, uma vez que os juros mais
altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Dessa forma, taxas elevadas
também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom decide reduzir a Selic, espera-se que o crédito fique mais acessível,
estimulando a produção e o consumo, o que reduz o controle sobre a inflação e
impulsiona a atividade econômica.