Você está na página 1de 2

LUANA AGUIAR BATISTA RA 121070

Juros

1. Discorra sobre a importância das taxas de juros em uma economia contemporânea,


destacando os efeitos dos juros elevados/SELIC elevada sobre os componentes da demanda
agregada (consumo, investimento, gastos do governo e exportações).

Juro é o preço que se paga pela obtenção de recursos através de um capital emprestado ou
investido e, ao mesmo tempo, é a remuneração de quem empresta tais recursos pelo adiamento
do consumo, assim como, pelo risco assumido por ele.
Já a taxa de juros é a medida percentual calculada a partir da relação entre os juros recebidos
pelo emprestador e o capital inicialmente emprestado. Essa taxa desempenha um papel
fundamental na economia contemporânea, visto que os juros condicionam todos os gastos da
economia, uma vez que afetam a demanda agregada.
A elevação da taxa de juros tem vários efeitos dentro da economia, entre eles, podemos citar:
o aumento do peso do endividamento público, diminuição do investimento das empresas – visto
que o preço do financiamento de máquinas e equipamentos é encarecido -, a redução da taxa de
câmbio, a ampliação de custos relativos das exportações, o encarecimento do financiamento do
consumo das famílias, tornando mais atrativo aplicar recursos no mercado financeiro do que
consumir.
A Taxa de juros é um elemento que baliza as decisões de gasto e fluxos monetários da
economia – é o preço do dinheiro. Sabendo disso, ele afeta, no âmbito das famílias, a decisão de
consumo de bens (quanto maior a taxa, menor a expectativa e menor o consumo), já que tal
instituição prefere poupar a gastar. Já no âmbito das empresas, afeta nas decisões de investimento
e geração de emprego, já que taxas altas implicam maior atratividade em aplicar em ativos do que
pegar recursos emprestados para investir.
Dentre esses efeitos, também é possível citar implicações no âmbito governamental e do setor
de comércio externo, sendo, respectivamente, na atratividade de recursos para financiar gastos
públicos e no peso dos gastos com juros e endividamento público, e no capital estrangeiro que,
por sua vez, financia atividades internas e na taxa de câmbio.

Inflação

1. No período recente, a inflação esteve bastante acima da meta das autoridades


econômicas. Os analistas apontam para várias razões que se sobrepuseram e a fizeram ter
um comportamento anormal. De acordo com o material de apoio, quais são os fatores que
fizeram a inflação aumentar de 2020 até o presente momento?

A inflação do período recente tem diversas razões, dentre elas, podemos destacar a pandemia
que paralisou vários centros industriais importantes e causou incertezas a respeito do futuro o
que leva a uma expectativa baixa da sociedade, desarticulação de cadeias produtivas e de
suprimentos, desabastecimento de matérias-primas e produtos finais.
Além disso, outros fatores a serem destacados são: a retomada descompassada da demanda em
alguns setores, uma alta quantidade de produtos importados, taxa elevada de câmbio
incentivando a exportação, questões climáticas (período de seca de 2021, geadas e chuvas
excessivas), a dificuldade de geração hidrelétrica, a guerra da Ucrânia, entre outros elementos.

2. O Banco Central é a autoridade responsável pela estabilidade de preços da nossa


economia. Como o Banco Central busca controlar a inflação?

O Banco central influi sobre a inflação e o PIB por meio da implementação da política monetária.
A política monetária são as decisões tomadas pelo Banco central, para controlar a oferta de moeda
e as taxas de juros a fim de alcançar objetivos econômicos, como estabilidade de preços e
crescimento econômico. A política monetária é apresentada em duas categorias: a expansionista
e a contracionista.
Já a política monetária contracionista, por sua vez, também conhecida como política monetária
restritiva, é utilizada quando a inflação está acima do objetivo. Sua finalidade é manter a inflação
sob controle por meio da redução da demanda agregada, ou seja, ampliando a taxa de juros. O
dinheiro fica mais caro à medida que as taxas de juros sobem, desestimulando o consumo e o
investimento. Isso serve para reduzir a demanda agregada e manter a inflação sob controle.
A política monetária expansionista é utilizada a fim de aumentar a atividade econômica e o
crescimento e reduzir a taxa de juros (baratear o dinheiro). Para isso, o Banco Central tenta
ampliar a oferta da moeda com a finalidade de ter taxas de juros mais baixas. Essas taxas de juros
mais baixas reduzem o custo do financiamento, estimulando o consumo e o investimento. Uma
maior oferta monetária também pode promover a demanda agregada e ajudar a economia.
A SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), também conhecida como taxa básica de juros,
é a taxa de juros mais utilizada pelo Banco Central para efetuar a política monetária. A taxa SELIC
é a taxa de juros pela qual o Banco Central realiza operações interbancárias, influenciando as taxas
de juros do mercado. Ela é, portanto, um custo de captação de recursos por parte dos bancos
comerciais.
Quando o Banco Central quer estimular a economia, pode baixar a taxa SELIC, barateando o custo
do crédito. Se o objetivo é manter a inflação sob controle, o Banco Central pode elevar a taxa
SELIC, tornando empréstimos mais caros. A taxa SELIC influencia as taxas de juros de empréstimos
e investimentos. Com isso, a taxa SELIC afeta o custo do crédito para empresas e consumidores,
influenciando também o consumo, o investimento e, consequentemente, o PIB.

Você também pode gostar