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IBMEC ONLINE

ROBERTO CRAVO SILVA

ECONOMIA EMPRESARIAL

RIO DE JANEIRO

2021
Considerando o cenário atual, onde o COVID-19 vem nos obrigando a tomar atitudes mais conjunturais e
de forma orquestrada, tendo como pano de fundo a economia global e sabendo que os bancos centrais são os
guardiões da moeda e que têm como objetivos primários assegurar a estabilidade de preços e promover um
ambiente financeiro seguro. Na prática, também estão convencidos de que receberam da sociedade o propósito de
cuidar do emprego e evitar a recessão. A fim de perseguir objetivos tão nobres, têm em mãos poucos instrumentos,
entre os quais o principal é a política monetária, cujos limites vêm sendo testados à exaustão, nos últimos meses
principalmente. Taxas de juros negativas surgem neste contexto de escassez de opções no cardápio das autoridades
monetárias conforme mencionado na carta da Dynamo que ainda comtempla a seguinte assertiva. Bancos centrais
enxergam a realidade econômica sob a ótica macro. Importam-se com o comportamento do produto, do emprego,
da inflação. Anseios, preferências, propósitos e comportamentos individuais não merecem investigação isolada, já
que se expressam de forma agrupada. Sob esta visão sistêmica, os agregados são sínteses confiáveis, passíveis de
serem examinados e manipulados através dos exercícios econométricos.

Acreditando na tese de que a autonomia do BC, o torna mais independente de fato e lhe dando robustez em suas
metodologias e modelos, confome reforça o Ministro da Economia, Paulo Guedes. “A autonomia do BC é um
projeto antigo, um sonho de mais de 40 anos. É um projeto decisivo para garantir estabilidade monetária do país,
para garantir o poder de compra da moeda, dos salários, das aposentadorias e até das execuções orçamentárias.

Cite ao menos duas ações relacionadas à política monetária que foram adotada nesse período, apontando
quais foram as instituições responsáveis pela sua execução, o objetivo dessas ações e o impacto esperado.

Com base nas informações citadas anteriormente, podemos concluir que o Banco Central é responsável pela
política monetária e cambial, assim como o guardião da liquidez e do capital, além de dividir com o Ministério da
Economia o programa de crédito. A principal meta da política monetária é manter a inflação sob controle. Para que
isso ocorra, o Governo estabelece um regime de metas de inflação, que são fixadas no início de cada ano. Sendo
assim, o Bacen atua utilizando os  instrumentos de política monetária para cumprir tais metas. Nesse contexto a
ação que o BC tomou foi de diminiuir as taxas de juros, a famosa SELIC, que chegou ao índice histórico, de 2%,
garantindo inflação baixa e mantendo o poder aquisitivo da população. Além de democratizar o acesso ao crédito,
tornando-o mais barato no longo prazo, facilitando por exemplo acesso a casa própria, temos taxas de 5,5%,
fomentando dessa forma a construção civil, aquecendo e mantendo alguns empregos.

Cite ao menos duas ações relacionadas à política fiscal que foram adotada nesse período, apontando quais
foram as instituições responsáveis pela sua execução, o objetivo dessas ações e o impacto esperado.

Tendo como base as informações liberadas pelo sebrae, no final do ano passado, onde acreditávamos que seria o
ápice da crise social-economica, provocada pelo COVID-19.

O Governo Federal anunciou duas medidas para reduzir os efeitos econômicos relacionados à pandemia do novo
coronavírus nas micro e pequenas empresas. As ações foram definidas para resguardar empregos e o pagamento de
salários, segundo informou o Ministério da Economia. A primeira medida trata do adiamento do recolhimento do
imposto do Simples Nacional, pelo período de três meses, o que vai corresponder a uma renúncia temporária de R$
22,2 bilhões da União, aumentando assim o endividamento do Governo, como efeito colateral, ao menos nesse
período. Essa medida vai beneficiar, aproximadamente, 4,9 milhões de empresas, que são optantes do regime
tributário. O pagamento dos impostos foi adiado para o segundo semestre do ano de 2020.

A segunda será a liberação de R$ 5 bilhões pelo Programa de Geração de Renda (Proger), mantido com recursos do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A quantia será repassada aos bancos públicos para que eles
concedam empréstimos voltados ao capital de giro das micro e pequenas empresas, como contra partida as
empresas se comprometeram em manter os empregos. De acordo com o secretário de Produtividade, Emprego e
Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, o governo está focando nas micro e
pequenas empresas porque elas têm mais dificuldade em obter capital de giro e acessar linhas de crédito. As
pequenas empresas vivem para o pagamento de salários e de fornecedores, e dependem do dinheiro que está
entrando todo mês. Então, optamos por criar duas medidas muito fortes para resguardar o caixa dessas empresas
que foram as responsáveis pela criação de novas vagas de emprego nos últimos meses, explicou o secretário. Além
disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou medidas para facilitar a negociação de dívidas bancárias ao
dispensar os bancos de aumentarem o provisionamento, caso essa repactuação ocorra nos próximos seis meses. Isso
expande a capacidade de utilização de capital dos bancos para que tenham melhores condições de realizar as
eventuais renegociações e de manter o fluxo de concessão de crédito, baixando a necessidade de capital próprio
para a alavancagem das operações. Assim, será possível aumentar a capacidade de concessão de crédito em torno
de R$ 637 bilhões.

Ao longo do ano, muito se discutiu em relação ao impacto final do choque da pandemia sobre os preços da
economia – ou seja, se o choque teria um caráter inflacionário ou desinflacionário. Tendo em mente essa
problemática, defina os três tipos possíveis de inflação e, com base nessas definições, em que medida a
pandemia de Covid-19 pode ter uma interpretação distinta em relação aos seus impactos sobre os preços. 

Do modo mais simples, a inflação pode ser definida como um aumento no nível geral de preços da economia,
medidos através de índices como o IGP-A e o IGP-M. Na definição de Moreira (2011), a inflação pode ser
apresentada como um processo generalizado de aumento dos preços que faz com que o poder aquisitivo da moeda
diminua. Cada vez mais é necessário uma quantidade maior de dinheiro para manter o mesmo padrão de consumo,
emissão de papel moeda, dinheiro “jogado” no mercado e a lei da oferta e da procura também funciona com o papel
moeda. As causas da inflação são várias. Como destaca Moreira (2011), produtos básicos da cadeia produtiva,
como por exemplo, o petróleo, quando os seus preços aumentam, os preços de todos os seus derivados sobem, bem
como os preços dos produtos que dependem dessa matéria-prima. Neste caso, a inflação recebe um nome
específico: inflação de oferta. Em outra situação pode acontecer do aumento no consumo ser a causa da inflação, o
que nesse momento de COVID-19 não está acontecendo na maioria dos setores, porém precisamos ficar atentos a
essa demanda reprimida (inflação de demanda), conforme explicaremos a seguir. No curto prazo, se a demanda
aumenta muito e aproxima-se da capacidade de produção total das empresas, os preços subirão. Neste caso, a
inflação chamase inflação de demanda. É comum de acontecer quando a economia está aquecida. A inflação pode
também ser causada pela excessiva emissão de moedas pelo governo sem a contrapartida de um crescimento na
riqueza do país (produção de bens e serviços). Desta forma, o dinheiro é desvalorizado gerando a queda no poder
aquisitivo.

De acordo com Moreira (2011), o processo inflacionário, quando instalado, é de difícil controle. Funciona como um
círculo vicioso, obrigando a realização de reajustes periódicos de preços e salários, com o seu conseqüente
agravamento. E quem mais sofre com tudo isso é a camada mais pobre da população, que não tem como se
proteger. Em épocas de inflação galopante, tivemos no Brasil contas bancárias com reajustes diários como forma de
repor o poder de compra que o dinheiro perdia de um dia para o outro. Mas as pessoas mais pobres não tinham (e
ainda não têm) acesso a contas bancárias, não podendo se utilizar desse benefício. E assim, seu dinheiro valia
menos a cada dia. Para mensurar a inflação, é preciso utilizar índices de preços, construídos para a finalidade de
acompanhar a evolução dos preços. Algumas das entidades credenciadas para divulgar os índices de preços são:
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; a FGV - Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro; FIPE -
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, em São Paulo, e o DIEESE - Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, em São Paulo; o IPEA - Instituto de Pesquisas Econômicas, em Belo
Horizonte (MOREIRA, 2011). Alguns dos principais índices de inflação estão colocados na seção 3. A seguir, a
seção 2, mostra a metodologia de cálculo para a construção de um destes índices de inflação.

REFERÊNCIAS
COMUNALE, Andre. SOUSA, Daniel. Economia Empresarial. Rio de Janeiro: Grupo ibmec Educacional, 2015.

Disponível https:www.cofecon.org.br/2020/05/05/artigo-covid-19-e-a-economia-brasileira.

Acesso em: 22 de Março de 2021

Disponível em: https://pesquisa-eaesp.fgv.br/centros-de-estudos/fgvces-centro-de-estudos-em-sustentabilidade.


Acesso em: 09 de Março de 2021

Disponível em: https://contemporarythinkers.org/friedrich-hayek/book/constitution-liberty/. Acesso em 08 de


Março de 2021

Disponível em: https://www.ibgc.org.br/. Acesso em: 09 de Março de 2021.

Disponívelem :https://www.dynamo.com.br/uploads/416a444e7cddc0eb43a5b85084fb89bc3192785f.pdf. Acesso


em 09 de Março de 2021.

Dispinível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26108/000755461.pdf?sequence=1. Acesso em


27 de Março de 2021.

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