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Introdução à

Macroeconomia
Professor: Roberto Maia
Macroeconomia
 Ramo que estuda a economia como um todo;
 Foco na análise dos agregados econômicos:
 Renda e Produto Nacional;
 Nível geral de preços;
 Taxa de salários;
 Emprego e Desemprego;
 Estoque de moeda, taxa de juros;
 Balanço de pagamentos, taxa de câmbio, etc.
Questões Macroeconômicas
1. De que forma um aumento na taxa de juros afeta o
consumo das famílias?
2. Por que a renda média é alta em alguns países e baixa em
outros?
3. Por que os preços aumentam rapidamente em certas épocas
e são mais estáveis em outros períodos?
4. Por que a produção e o emprego se expandem em alguns
anos e se retraem em outros?
Problema do enfoque agregativo
 O foco: identificar de que forma as mudanças econômicas
afetam os agentes de uma sociedade;
 Problema: o enfoque omite fatores específicos
importantes;
Exemplo: Pode avaliar o impacto do nível crescimento
econômico sobre a queda do desemprego.
Contudo, quem são os principais impactados em termos de
sexo, escolaridade, região, idade, etc.?
A Origem
 Surge na década de 1930 durante a depressão mundial;
deflagrada pela quebra da bolsa de Nova York em 1929
 Keynes preocupou-se em descobrir como assegurar o pleno
emprego de recursos materiais e, sobretudo, humanos;
 Necessidade da intervenção do governo via política
(macroeconômica) de déficit sistemático.
 Alocação de maiores recursos para setores estratégicos e
absorvedores de mão-de-obra na economia.
A Origem
 Quando a economia está com recursos desempregados, o
aumento de um elemento na demanda agregada provocará um
aumento da renda nacional mais que proporcional ao aumento
da demanda, em decorrência do efeito multiplicador;
1. Desemprego friccional;
2. Desemprego estrutural ou tecnológico;
3. Desemprego disfarçado;
4. Desemprego sazonal
O objetivo da política macro
 As três funções econômicas do governo:
1. Alocativa: alocar bens e serviços que o mercado não
oferece;
2. Distributiva: transferência de renda;
3. Estabilizadora: intervenção governamental sobre
preços e emprego.
O objetivo da política macro
 Encontrar o equilíbrio a pleno emprego, ou seja, fazer o equilíbrio entre
oferta e demanda agregadas coincidir com a renda ou produto de pleno
emprego. Não deverá existir capacidade ociosa de recursos nem de mão-de-
obra. Contudo, no modelo keynesiano são as variações de demanda agregada
que determinam no curto prazo o nível de equilíbrio da renda e do produto
nacional, sendo chamado de princípio da demanda efetiva:
O objetivo da política macro
 DA = demanda ou procura agregada de bens e
serviços;
 C = despesas das famílias com bens de consumo não
duráveis e duráveis;
 I = gastos das empresas com investimentos;
 G = gastos do governo;
 (X - M) = despesas líquidas do setor externo
(exportação - importação).
O objetivo da política macro
 Governo e suas funções:
a) melhorar a eficiência dos mercados;
b) proteção aos contratos;
c) regulação econômica;
d) produção de bens públicos;
e) controle das externalidades;
f) distribuição, estabilização, crescimento etc.
O objetivo da política macro
 Crescimento econômico e alto nível de emprego:
1. Política expansionista (aumento dos gastos, redução de
impostos, aumento do crédito) em situação de desemprego
e capacidade ociosa;
2. Investimentos em ampliação da capacidade produtiva e/ou
avanço tecnológico em situação de pleno emprego dos
fatores de produção;
O objetivo da política macro
 Estabilidade de preços (controle inflacionário):
1. Política monetária de controle do aumento generalizado e
continuo dos preços;
2. A estabilização dos preços repercute positivamente na
distribuição de renda, balanço de pagamentos e
desorganização do sistema de preços;
O objetivo da política macro
 Distribuição de renda equitativa:
1. Diferente de igualdade de rendimentos;
2. Distribuição mais justa que garanta condições dignas de
vida;
3. Instrumentos: políticas tributárias, política de gastos em
setores estratégicos, política de renda, etc.
4. Politicas sociais concentradas em aposentadorias e pensões
e menos em transferência focalizada de renda.
O objetivo da política macro
 Equilíbrio das contas externas:
1. Controle da entrada e saída de moeda
estrangeira;
2. Déficits: saída de moeda;
3. Superávit: entrada de moeda;
4. Controle do esgotamento das reservas e seu
impacto inflacionário;
Política Macroeconômica

1. Política Fiscal;
2. Política Monetária;
3. Política Cambial e de Comércio
Exterior;
Política Fiscal
 Política de arrecadação de tributos (Política tributária);
 Controle de despesas (Política de gastos);
 Equilíbrio entre receitas e dos gastos públicos;
 Afeta o gasto com consumo privado
(expansionista/contracionista);
 Propensão marginal a consumir (PMgC): o acréscimo
esperado de consumo, decorrente de um acréscimo na renda
disponível ( de 0 a 1);
Política Fiscal
 Afeta o investimento agregado (Taxa de retorno
esperada);
 Equilíbrio entre receitas e dos gastos públicos;
 Arrecadação tributária: impostas, taxas e contribuições
de melhoria;
Política Fiscal
 Taxas: são cobradas pela utilização efetiva ou pelo
potencial de determinado serviço de utilidade pública;
 Contribuição de melhoria: são cobradas quando
determinada obra pública aumenta o valor patrimonial dos
bens imóveis localizados em sua vizinhança;
 Impostos: tributos não vinculados a contraprestação do
Estado;
Política Fiscal
 Impostos diretos: incidem sobre a renda e a
propriedade (IR; IPTU; ITR; IPVA);
 Impostos indiretos: estão embutidos na produção,
vendas e consumo (ICMS; IPI; PIS e COFINS);
 Observação: os impostos indiretos têm como base
incidência o valor adicionado ou a receita bruta de cada
etapa da cadeia produtiva;
Política Fiscal
 Impostos progressivos: quanto maior a renda, maior a
alíquota (por exemplo, IR);
 Impostos proporcionais ou neutros: o aumento na
contribuição é proporcionalmente igual ao ocorrido na renda;
 Impostos regressivos: as classes de menor poder aquisitivo
pagam proporcionalmente mais (por exemplo, os impostos
indiretos que incidem sobre a cesta básica).
Política Fiscal
 Princípio da neutralidade: os tributos não devem alterar os
preços relativos da economia;
 Princípio da equidade: distribuir o ônus da tributação de
maneira justa entre os indivíduos;
i) princípio do benefício: tributo diretamente relacionado aos
benefícios que dele recebe;
ii) princípio da capacidade de pagamento: a contribuição com
os impostos deve ser feita de acordo com a capacidade de
pagamento.
Política Fiscal
Política Monetária
 Atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito
e das taxas de juros;
 Quem executa a política monetária é o Banco Central;
 Controle da oferta de moeda e das taxas de juros;
 Atuação das autoridades governamentais, mediante
instrumentos de efeito direto e indireto, com o objetivo de
controlar a liquidez do sistema econômico;
Política Monetária
A moeda é definida como um instrumento ou objeto que
não rende juros, tem liquidez imediata, possui curso
forçado e é aceito pela coletividade para intermediar as
transações econômicas para pagamentos dos bens,
serviços e fatores de produção. A moeda precisa ser
facilmente reconhecida, divisível e transportável, sendo
suas funções as seguintes:
Política Monetária
1. Meio de troca: é utilizada pela coletividade para
intermediar as trocas;
2. Reserva de valor: mantém seu poder de compra ao longo
do tempo, podendo ser acumulada para a aquisição de bens
e serviços no futuro;
3. Unidade de conta ou denominador comum monetário:
todos os preços da economia estão expressos na mesma
moeda (padrão de medida).
Política Monetária
Os agentes na sociedade demandam moeda pelos seguintes
motivos:
1. Transação: realizar transações no mercado;
2. Especulação: trata-se de um ativo com liquidez imediata.
Sendo assim, os agentes demandam moeda quando, por
exemplo, há expectativas de que a taxa subirá em um
futuro próximo;
3. Precaução.
Política Monetária
 Bancos: intermediadores financeiros entre credores e
devedores;
 Reserva compulsória: atender à liquidez do sistema;
 O multiplicador bancário ocorre porque, como os bancos
podem realizar empréstimos, eles podem criar moeda de
forma indireta;
 A taxa de juros consiste na recompensa por se abster de
consumo pre-sente.
Política Monetária
 M1 = Papel-moeda emitido (PME) em poder do público +
Depósitos à vista;
 M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos
de poupança + Títulos emitidos por instituições depositárias;
 M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações
compromissadas registradas no Selic;
 M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez.
Política Monetária
Efeito sobre o investimento:
• O custo de oportunidade do dinheiro aumenta: com o
aumento da taxa de juros, o retorno no mercado financeiro
aumenta;
• O custo de empréstimos aumenta: empresas que
recorreriam aos bancos para obter recursos para financiar seus
investimentos terão menor incentivo para fazê-lo, uma vez
que as taxas cobradas pelos bancos serão mais caras.
Política Monetária
 Principal autoridade monetária do país: Banco Central
(BACEN);
1. Ser o banco dos bancos;
2. Ser o banco do governo;
3. Controlar e a regulamentar a oferta de moeda;
4. Controlar os capitais estrangeiros e as operações com
moeda estrangeira;
Política Monetária
5. Fiscalizar as instituições financeiras;
6. Controlar as emissões;
7. Ser responsável pelos depósitos compulsórios ou reservas
obrigatórias;
8. Ser responsável pelas operações com mercado aberto (open market);
9. A política de redesconto;
10. Ser o detentor de reservas cambiais;
11. Ser o regulador das atividades financeiras e cambiais.
Política Monetária
 Crises bancárias: ocorrem, por exemplo, quando o grau de
endividamento de uma instituição é excessivo e/ou os
empréstimos realizados têm pouca garantia.
 Crises financeiras sistêmicas: derivam do possível efeito
em cascata de uma crise bancária; trata-se de uma crise mais
profunda, em que a credibilidade de todo o sistema é
questionada.
Política Monetária
Referências Bibliográficas

BOARATI, Vanessa. Economia para o direito. Barueri, SP:


Manole, 2006. Cap. 8, 9 e 11.

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