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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Introdução a Economia – Profº. Dr.

Bruno Setton
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.Teoria e Política Macroeconômica:


Introdução. 3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de
Definição: trata da evolução da economia como
reservas, o que pode levar a uma moratória;
um todo, analisando a determinação e o
comportamento dos agregados econômicos. Os Superávit externo mais prolongado, o governo
principais agregados são: deve emitir moeda gerando inflação ou expansão
da dívida interna (Risco).
• Renda • Poupança
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
• Emprego • Taxa de Juros
- política de longo prazo;
• Produto Nacional • Consumo - aumento do poder de compra das classes mais
baixas;
• Desemprego • Balanço de Pagamentos
- desenvolvimento econômico.
• Investimento • Nível Geral de Preços
3.Teoria e Política Macroeconômica: Metas de
• Estoque de Moeda • Taxa de Câmbio Política Macroeconômica (Inter-relações e
Negligencia o comportamento das unidades conflitos entre objetivos).
econômicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e Reduz-se o desemprego.
melhor compreensão das interações entre Aproximando do pleno emprego, os recursos
estes. tendem a escassear, provocando um aumento dos
custos de produção. Podendo aumentar a inflação
Teoria macroeconômica trata de questões de (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo
curto prazo, como por exemplo: aumento de produtividade).
• Desemprego e estabilização do nível geral
de preços; Metas de
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de Redução de
questões de logo prazo, como: Emprego
• Progresso tecnológico e política industrial Com aumento de
e compras
2.Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Estabilidade
Política Macroeconômica De Preços

1. Crescimento econômico sustentável (PIB) O administrador público (policy-maker) tem de


fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a
- Aumento do bem estar material
diferentes objetivos. Cada combinação afeta
- Aumento do nível de emprego diferentes grupos na sociedade de diferentes
As políticas esconômicas procuram estimular o maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção
crescimento da capacidade produtiva da política pelos representantes dos grupos para os
economia, ou seja, o aumento da quantidade de quais a escolha alternativa é pior.
bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda
nacional.
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria
nos indicadores sociais (pobreza, desemprego,
meio ambiente, moradia etc.)
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4.Teoria e Política Macroeconômica: • Emissões de moeda


Estrutura a Análise Macroeconômica • Reservas compulsórias (% sobre depósitos à
vista dos bancos comerciais junto ao Banco
Central)
• Open market (compra/venda de títulos
públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos
bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.

Instrumentos Anti- Maior


O governo deve atuar em duas frentes: i) na disponíveis inflacionárias Crescimento
capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii)
nas despesas planejadas (Demanda Agregada) Estoque Diminuir Aumento
(Enxugar)
permitindo à economia operar a pleno emprego, monetário do estoque
com baixas taxas de inflação e distribuição justa Reservas Aumento da tx. Diminuição da
de renda. compulsórias tx.

Open Market Venda de Compra


5.Instrumentos de Política Macroeconômica títulos de títulos
Inibe Consumo Estimula
• Política Fiscal: decisões sobre a Resultado
e Investimento consumo e
arrecadação e os gastos do governo; Investimento
• Política Monetária: decisões sobre o
volume de moeda na economia, a taxa de
juros e o crédito;
Política Fiscal X Política Monetária
• Política Cambial e Comercial: combate
a inflação x equilíbrio externo, saldo do
BP equilibrado;
• Política de Rendas: interferências na Política Fiscal Política
Monetária
formação de Preços e Salários,
desenvolvimento econômico.

Política Fiscal Como política Combinação


econômica pode

Melhoria na Mais eficiente


distr. de renda (tributação e gastos)

Política Monetária

É a atuação do governo sobre a quantidade de


moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma
política de curto prazo com o objetivo de
estabilizar o nível geral de preços. Os
instrumentos:
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6. Fluxo Circular da Atividade Econômica: Analise do Fluxo


Produto e Renda
• Mercado de Fatores de Produção.
Fluxo Circular da Renda
As famílias são em última análise, proprietários da
O Fluxo Circular da Atividade Econômica mostra força de trabalho, da terra, dos recursos naturais,
o funcionamento de uma economia simples. O equipamentos e edificações. Que terão de ser
estudo desse fluxo é fundamental para o utilizados pelas empresas no processo de produção.
entendimento dos conceitos de Produto e Renda, Assim sendo, as empresas compram o uso desses
básicos não só para a compreensão das relações fatores de produção das famílias. As transações
macroeconômicas, como também para o dessa natureza são realizadas no que chamamos de
desenvolvimento da Contabilidade Nacional. mercado de fatores.

O Fluxo Circular da Atividade Econômica retrata • Mercado de Produtos ou Bens e Serviços.


a maneira pela qual a economia se movimenta
como um todo e mostra de forma simplificada a No mercado de bens e serviços estão representadas
maneira pela qual indivíduos e firmas interagem as transações feitas com bens e serviços finais. As
na economia, cada qual buscando atingir seus famílias vão ao mercado de bens comprar bens e
objetivos: serviços de que necessitam e como é praxe, pagam
por isso. As empresas por sua vez, vão ao mercado
de bens para vender sua produção. Vale ressaltar
✓ As firmas buscando maximizar lucros; que esse mercado se refere apenas a bens finais.

✓ As famílias buscando maximizar a • Fluxo Real.


satisfação de seus desejos e necessidades.
Por fluxo real entende-se o movimento dos recursos
produtivos e bens e serviços entre os diversos
agentes econômicos.
Nesse sentido quando se decide medir o produto
e a renda, o que se está tentando fazer é avaliar • Fluxo Monetário.
o desempenho da economia no sentido de
satisfazer as necessidades da sociedade. Como contrapartida monetária dos fluxos reais
temos os fluxos monetários. Toda vez que um bem
Supondo então um modelo simplificado de uma ou serviço é transferido de um agente para outro,
economia sem governo e sem transações com o são efetuados pagamentos em troca deles. O fluxo
exterior, onde teríamos dois agentes básicos que monetário, consequentemente, gira em direção
seriam empresas e famílias. Teríamos a seguinte contraria ao fluxo real.
representação:

Mercado de Fatores

Famílias Empresas

Mercado de Produtos

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7. Introdução aos Agregados Se incluíssemos o valor dos bens intermediários no


Macroeconômicos cômputo do PNB, estaríamos incorrendo no erro da
dupla contagem.
• Conceitos Introdutórios
Existem duas maneiras de evitar o problema da
- Fator de Produção dupla contagem:

Excluindo os produtos intermediários;


Livres Computando somente o valor adicionado.

Bens Intermediários Ex: O método do valor adicionado


Econômicos Consumo
Estágios de Receitas Compras Valor
Finais Produção de de Adicionado
Vendas Outras (A) – (B)
Capital
(A) Empresas
(B)
- Bens Intermediários
Produção $ 700 $0 $ 700
Os bens intermediários se distinguem da matéria
–prima uma vez que a matéria-prima encontra-se de Trigo
na forma bruta, enquanto os bens passam por um Produção $ 1000 $ 700 $ 300
processo de produção.
de Farinha
Produção $ 1400 $ 1000 $ 400
Tora: matéria-prima
Ex: Madeira de Pão
Valor $ 1400
Lamina: bem intermediário
Adicionado
Importância desses conceitos é que nas contas
nacionais são computadas apenas as transações Nota 2: O que compõe o Valor Adicionado? Esses
com bens e serviços finais, ou seja, excluem-se valores são os pagamentos de renda (juros, salários,
da contabilidade os bens e serviços alugueis e lucros) em cada estagio de produção. Em
intermediários. outras palavras, o valor adicionado a um produto em
cada estágio de produção é a soma dos custos dos
Nota 1: Ao medirmos a produção de um país, fatores de produção (T, K, L).
surge um grande problema, que é a
possibilidade de computarmos mais de uma vez
um bem no Produto Nacional, acabando por Custos dos Fatores de Produção
superestimá-lo. Devemos, portanto, excluir os
Estágio Salários Juros Alugueis Lucros Valor
chamados bens intermediários do nosso cálculo,
uma vez que eles já estão incluídos no valor do ($) ($) ($) ($) Final
produto final. Trigo 300 100 200 100 700
Farinha 125 25 70 80 300
Ex: Na produção de automóveis devemos
Pão 150 50 75 125 400
considerar apenas seu valor final como parte do
PNB. Pois o valor de seus componentes tais Total 575 175 345 305 1400
como pneus, aço, vidro etc, produzidos por
outras empresas, já estão incluídos no preço
final do veiculo.
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• O Produto Nacional Bruto Definição: o objetivo do sistema de contas


nacionais é permitir a mensuração e a agregação em
PNB se divide conforme o setor da atividade uma única conta, onde a agregação é feita através
econômica, distinguem-se: dos preços.

• O produto industrial Característica: não considera os chamados bens e


• O produto agrícola serviços intermediários (que são absorvidos na
• O produto de serviços produção de outros produtos), ou seja, esse sistema
considera apenas os bens e serviços finais.
Em sentido amplo, produto é o conjunto de todos
os bens e serviços resultantes da atividade Pressupostos:
produtiva de um individuo, empresa ou nação.
1. As contas procuram medir a produção
Já em termos mercadológicos, produto é um corrente. Não são considerados bens
conjunto que envolve o bem material e certas produzidos em período anterior, apenas a
características de construção, aparência, remuneração do vendedor (que é remuneração
desempenho, embalagem, prazo de entrega, a um serviço corrente);
garantia e preço.
2. As contas referem-se a um fluxo
• Renda Nacional (normalmente 1 ano. Os agregados
correspondem a variáveis fluxo (são
É soma de todos os rendimentos percebidos, consideradas ao longo de um período –
durante determinado período de tempo, pelos dimensão temporal).
habitantes de um país, a titulo de remuneração
dos fatores de produção. 3. A moeda é neutra, no sentido de que é
considerada apenas como unidade de medida
Para calcular a renda nacional subtraem-se do e instrumento de trocas.
PNB o consumo de capital e os impostos diretos.
8. Contabilidade Social: Principais Agregados
Nota 3: O Produto Nacional circula no Mercado Macroeconômicos (Fluxo Circular de Renda)
de Bens e Serviços e a Renda Nacional no
Mercado de Fatores. • Renda e Produto

Contabilidade Social: Sistema de Contas ➢ Renda


Nacionais Para que possamos analisar esses fluxos de forma
mais precisa, alguns critérios precisam ser adotados
Contas Básicas: para se agregar o conjunto de informações geradas
nas relações entre indivíduos e firma.
• Produto Interno Bruto; Como já vimos ao conjunto de itens representativos
à remuneração dos proprietários de fatores de
• Renda Nacional Disponível; produção atribui-se o nome renda, que é formada
por:
• Transações Correntes com o Resto do
Mundo; ✓ Salários;
✓ Lucros;
• Capital ✓ Juros;
✓ Aluguéis.

Conta Complementar: Se somarmos a renda auferida por todas as famílias


de uma sociedade, em um determinado período de
• Conta Corrente das Administrações tempo, obteremos a Renda Nacional relativa a esse
Públicas período.
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➢ Produto Despesa Nacional (DN): é o valor de todas as


Por outro lado às firmas utilizarão os fatores de despesas realizadas pelos agentes: consumidores,
produção disponíveis, produzirão bens e serviços empresas, governo e estrangeiros na compra de bens
que serão oferecidos às famílias. Denomina-se, e serviços finais.
portanto, Produto Nacional ao valor de toda a
produção gerada pelas firmas. DN = Despesas de Consumo (C)

Se, nessa economia hipotética, fizermos a Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos
suposição de que toda a renda das famílias é pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores
destinada a consumo, esse consumo retratará o de produção, pela utilização de seus serviços, em
total das despesas efetuadas pelas famílias na um período de tempo.
aquisição de todos os bens e serviços produzidos
pelas empresas.
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) +
Assim podemos definir que a soma de todos os lucros (l)
pagamentos efetuados dentro de uma economia,
em determinado período de tempo, chama-se
Despesa Nacional. Fluxo monetário
Mercado de Bens e
Serviços Fluxo real
Diante disso podemos concluir que o valor do
Produto Nacional é igual ao valor da Despesa
Nacional, que, por sua vez, é igual à Renda
Nacional.
Despesas de Consumo de Bens e Serviços
INDENTIDADE BÁSICA DA
CONTABILIDADE NACIONAL PN =
Fornecimento de Bens e Serviços
pi.qi
PN = DN = RN
DN = C
Famílias Unid. Produtoras
Resumo
RN = w + j + a + l
Produto Nacional: Valor monetário de todos os
bens finais produzidos na economia num período
Fornecimento dos Serviços dos
de um ano.
Fatores de Produção
Renda nacional: O total de pagamentos feitos aos
fatores de produção que foram utilizados para a
Remuneração aos Serviços dos Fatores de
obtenção desse produto.
Produção
Economia fechada, sem governo e sem Mercado de Fatores de Produção
formação de capital

Três óticas de mensuração: Produto = Despesa


Economia fechada, sem governo e sem formação
= Renda
de capital
Produto Nacional (PN): é o valor de todos os
Como não existem estoques, tudo que se produz, se
bens e serviços finais produzidos em determinado
vende.
período de tempo.
PN = DN
PN =  pi qi

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Como no agregado, são excluídas as compras de • Hipóteses:


bens intermediários. A empresa gasta com
pagamentos a fatores de produção tudo o que ✓ As Famílias além de consumir podem poupar;
recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN). ✓ As Empresas além de produzir bens de
consumo, produzem e investem em bens de
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de capital.
Valor Adicionado Consiste em calcular o que
cada ramo da atividade adicionou ao valor do
produto final, em cada etapa do processo • POUPANÇA (S): parcela da RN não
produtivo. consumida no período. Sendo assim:
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – S = RN – C
Cons.de Prod. Intermed.
(Receita de vendas) • INVESTIMENTO (I): gasto com bens que
aumentam a capacidade produtiva da
economia (Capacidade de gerar Rendas
Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).

I = PN – C
9. Contabilidade Social: Principais Agregados
Macroeconômicos
Onde: PN = Bens de Consumo + Bens de
Investimento

• Economia fechada, sem governo e sem • Observações sobre o investimento:


formação de capital
1. E = Et – Et-1 (Variável fluxo, medida ao
Como não existem estoques, tudo que se produz, ano);
se vende.
2. Não se deve confundir Investimento no
PN = DN sentido vulgar com investimento no sentido
econômico. Ex.: Investir em ações não
Como no agregado, são excluídas as compras de representa aumento da capacidade produtiva, a
bens intermediários. A empresa gasta com não ser que se esteja investindo, por exemplo,
pagamentos a fatores de produção tudo o que em instalações.
recebe pela venda de bens e serviços (PN=DN).
3. O investimento em ativos de segunda mão
Na prática (mede-se o PN) pelo conceito de (imóveis,...) não é contabilizado como
Valor Adicionado Consiste em calcular o que investimento agregado, sendo apenas uma
cada ramo da atividade adicionou ao valor do transferência de ativos, que se compensa:
produto final, em cada etapa do processo alguém “desinvestiu”. Esses bens já foram
produtivo. computados no passado.

4. Os bens de consumo duráveis (TV,


automóveis,...), embora não sejam consumidos
no presente e gerem fluxo de serviços no
V. Adicionado = V. Bruto de Produção –
futuro, não são considerados como
Cons.de Prod. Intermed.
investimento (há controvérsias).
(Receita de vendas)

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• DEPRECIAÇÃO (d): é o consumo de • PNB x PNL


estoque (desgaste) de capital físico, em dado
período. Conseqüência: sucata ou O PNB é o valor agregado de todos os bens e
obsolescência. serviços resultantes da mobilização de recursos
nacionais, independente do território econômico em
Investimento Bruto (IB) e Investimento Líquido que esses recursos foram produzidos.
(IL)
Ex: Produção da Petrobras na Bolivia.
IL = IB - d
Para obter o PNL é necessário retirar do PNB o
IL = Acumulação Líquida de Capital = valor da depreciação sofrido pelos bens de capital
Diferença entre novos inv. (IB) e depreciação utilizados no processo produtivo.

PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E Assim podemos afirmar que o Produto Bruto possui
LÍQUIDO (PNL) a agregação total do valor dos bens e serviços. Já o
Produto Liquido, possui a agregação real do valor
PNL = PNB – d dos bens e serviços.

PNB = PNL + Depreciação


A identidade S = I “ex-post”

Como: S = RN – C e I = PN – C e PN = RN
• PNB x PIB
Logo: S = I
O PIB, refere-se ao valor agregado de todos os bens
e serviços finais produzidos dentro do território
EX: PN = RN = 100. Com a venda do produto
econômico de um país, independente da
(PN) as empresas remuneram as famílias (RN).
nacionalidade dos proprietários das unidades
Se as famílias decidem consumir apenas 80 (C =
produtoras desses bens e serviços.
80):

S = RN – C = 20
Ex: Produção da Fiat no Brasil.
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as
famílias não gastaram tudo. Assim:

I = ΔE = 20 e S = I = 20
PIB = PNB + Renda Líquida Enviada ao
Exterior
EX: PN = 100.
Nota 4:
Sendo: Bens de Consumo = 70
Bens de capital = 30 (Investimento)
PNB: de tudo que foi produzido e fica no país

PIB: de tudo que foi produzido no país,


RN = 100 (As famílias receberam 100)
independente se a renda saia ou não do país.
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à
Poupança)

S = I = 30

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• PNBcf x PNBpm • Renda Nacional Bruta

O PNBcf representa a remuneração líquida dos É soma de todos os rendimentos percebidos, durante
fatores de produção empregados na criação de determinado período de tempo, pelos habitantes de
bens e serviços ou, ainda, o montante dos bens e um país, a titulo de remuneração dos fatores de
serviços, vendidos em um país num tempo produção.
determinado.
➢ Renda Nacional (Cálculo).
PNBcf + impostos indiretos = PNBpm Para calcular a renda nacional subtraem-se:

• Renda Liquida Enviada ao Exterior PIBpm – RLEE – (II – Sub) – Dep = PNLcf
(RLEE).

➢ RRE: Renda Recebida do Exterior ➢ Renda Pessoal (Cálculo).


➢ REE: Renda Enviada ao Exterior RP = PNLcf – lucros retidos – IRPJ –
Contribuições Previdenciárias – Aluguéis pagos
Obs: ao governo + Transferências.

No PIB acrescenta-se a REE; ➢ Renda Pessoal Disponível (Cálculo).

No PNB acrescenta-se a RRE. RPD = RP – IRPF

REE – RRE = RLEE ➢ Carga Tributaria.


CTB = (II + ID +CPF) / PIB
CTL = (II-Sub) + (ID – T) + CPF / PIB

• PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE O conceito de renda Nacional Bruta (RNB) engloba


MERCADO (PNpm): é medido a partir dos as rendas dos setores público (governo) e privado da
valores pagos pelo consumidor. economia e as transferências de recursos entre
países e o resto do mundo.

A partir do calculo da Renda Nacional Bruta


• PRODUTO NACIONAL A CUSTO DE podemos derivar outro agregado de interesse:
FATORES (PNcf): é medido a partir dos
valores pagos que refletem os custos de ➢ A Renda Disponível Bruta.
produção, a remuneração dos fatores (w + j + a
+ l). Como é medido pela ótica dos O conceito de Renda Disponível difere do de Renda
rendimentos, é a própria RNcf. Nacional por considerar o saldo das transferências
recebidas e enviadas ao exterior.
PNpm = RNcf + ii - Sub
É considerada transferência toda movimentação de
recursos entre agentes econômicos e países, sem
Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf contrapartida com o processo de produção.
e Produto Nacional à PNpm.
A Renda Disponível Bruta (RDB) corresponde aos
recursos que os agentes econômicos tem para gastar
em consumo e formação de capital.
PIB – (REE –RRE) = PNB

PIB – REE + RRE = PNB

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Assim: Em resumo, o conceito de Renda Nacional


considera as rendas auferidas pelos fatores de
RDB = RNB + Tr produção em contrapartida a serviços prestados ao
processo de produção, o seu saldo deve ser
Vale ressaltar que o valor das transferências considerado para se chegar à estimativa da Renda
correntes pode ser positivo ou negativo vai Disponível que equivale ao montante que os agentes
depender se o país for um recebedor liquido de econômicos tem para gastar. Numa economia
transferências ou pagador líquido de fechada e sem governo, as estimativas de Renda (ou
transferências, respectivamente. Produto) Interna, Renda nacional, Renda Disponível
e Renda disponível Privada são iguais. Numa
Podemos subdividir a Renda Disponível em economia fechada e com governo, as estimativas da
renda do governo e renda do setor privado. Renda (ou Produto) Interna e renda Nacional são
idênticas.
➢ Renda Líquida do Governo (RLG)
Soma dos impostos diretos e indiretos
arrecadados pelo governo e outras receitas
correntes Menos Transferências e subsídios pagos
pelo governo.

➢ Renda Privada Disponível


Subtraindo a Renda Líquida do Governo (RLG)
da Renda Disponível, obtemos a Renda Privada
Disponível (RPD).

RPD = RLD - RLG

A Renda Privada Disponível é composta pela


soma de:

✓ Salários;

✓ Juros, lucros e alugueis;

✓ Transferências, menos impostos sobre


renda e patrimônio;

✓ Lucros retidos nas empresas e reserva


para depreciação.

Assim:

RDB = RLG + RPD

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