ECONOMIA II

MACROECONOMIA
Historia do pensamento Macroeconomico
Introdução às principais correntes da
Macroeconomia
• Macroeconomia é uma disciplina da economia que
tem como objectivo estudar os agregados
macroeconómicos, isto é, todos os agentes somados e
verificar como o governo pode influenciar o andamento
desses agregados macroeconómicos através de medidas
de política. O objectivo final do uso de tais medidas é
melhorar o bem-estar da
sociedade que compõe uma dada economia.
• A macroeconomia estuda, basicamente, o
comportamento de uma economia como um
todo, isto é, a macroeconomia estuda as causas
de períodos de recessão ou de recuperação, a
produção total de bens e serviços, crescimento
da produção, as taxas de inflação e desemprego,
a balança de pagamentos e as taxas de câmbios.
Diferença entre Macro-Micro
 As Correntes Macroeconómicas

• Macroeconomia procura responder a seguinte

pergunta:Qual é o papel dos governos no
desempenho da economia? É nesta vertente que se
verificam as grandes correntes
macroeconómicas, com alguns economistas a
defenderem a grande intervenção do estado (a
economia Keynesiana durante os anos 30 e 40)
•Outros economistas defendem que a moeda tem um papel fundamental na economia (esta foi a corrente

monetarista que dominou os anos 50 e 60) porque acreditavam que a moeda é a causadora da inflação.

•Nos anos 80, surgiu uma outra corrente importante baseada ao lado da oferta da economia (dominou durante

os governos de Reagan cuja base era de que os impostos são um entrave para o crescimento do produto via

investimento. Para esta corrente, o corte dos impostos era fundamental para que o produto cresça.
• Nos anos 70 foi desenvolvida a economia dos novos
clássicos que de certa forma continuou a ser a base das
políticas desenvolvidas nos anos 80. Nestas correntes,
fizeram parte proeminentes
economistas como Thomas Sargent, Robert Barro,
Eduard Prescott e Neil Wallace. Para estes o governo
deveria ter uma presença mínima na economia.
• (i) com agentes económicos a maximizarem a sua utilidade
dado que a informação é disponível e pode ser usada para
tomar decisões óptimas;

• (ii) acreditavam que havia racionalidade nas decisões e

todas as decisões são tomadas na base de informação
relevante (equivalente a dizer disponibilidade de
informação e capacidade de tratamento de tal informação).
•Daí que a escola dos Novos Clássicos é, também, chamada escola de expectativas

racionais. O raciocínio por detrás é de que todas as pessoas percebem as políticas

do governo e, portanto, não é possível os governos enganarem o eleitorado; (iii)

desobstrução dos mercados: a escola assume que os trabalhadores e as empresas

ajustam os salários ou preços sempre que for melhor para eles..

• Daí que os salários e preços ajustam-se com o
objectivo de equacionar a oferta e procura.

• A implicação destas hipóteses é de que não

existe desemprego involuntário: qualquer pessoa
desempregada oferecer-se-ia para trabalhar a
salário mais baixo o ajuste de salários é para esta
escola flexível e, portanto, o modelo admite o
equilíbrio permanente dos mercados;
• Paralelamente aos Novos Clássicos, surgiram os
NeoKeynesianos, um grupo de nova geração de
intelectuais, do qual fazem parte elementos com Geoge Akerlof,
Janet Yellen, Berkeley, Oliver
Blanchard, Greg Mankiew, Larry Summers e Ben Bernanke.
Estes não crêm que os mercados se
equilibram em todo o tempo e explicam porque os mercados
podem falhar.
• Os NeoKeynesianos acreditam que os mercados
podem não se equilibrarem mesmo que os
indivíduos estão preocupados apenas com seus
próprios interesses. Para eles a informação e custos
na variação de preços levam a alguma rigidez de
preços e salários gerando flutuações
macroeconómicas no produto e no emprego.
• Por exemplo, no mercado de trabalho, as
empresas que cortam salários não só reduzem o
custo da mão-de-obra mas, também, favorecem
o aparecimento de uma força de trabalho
menos qualitativa (ou força de trabalho disposta
a trabalhar a esses níveis salariais) e, por isso, há
uma relutância quanto à redução dos salários.
• Se for custoso para as empresas modificar os preços para pagar os
custos de produção e salários, as mudanças serão menos
frequentes; mas se todas as empresas não ajustarem os preços e
salários frequentemente, o nível geral de preços e salários da
economia poderá ser flexível e suficiente para evitar períodos
ocasionais de alto desemprego.
 Questões de reflexão e resumo

• Porque estudar a economia?

• Qual é a diferença de Micro e Macroeconomia?

15
 Cont..

Dois temas centrais são tratados na

Macroeconomia:
• (1) as flutuações de curto prazo do produto, emprego e dos
preços “ Ciclos economicos”
• (2) as tendençias de longo prazo no produto e nos níveis de vida
o que é conhecido por “crescimento economico”.

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 Referencia no pensamento Macroeconomico

Em resposta a grande crise economica 1930, John

Maynard Keynes ( 1883-1946) na sua obra Teoria
Geral Emprego, Juro e Dinheiro;

• Mostrou que a interv. Gov (oferta da Moeda, impostos,despesa

pública) um país pode impulsionar ou abrandar o seu crescimento
economico, conter os excessos de inflação de preços ou
desemprego dos ciclos.
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 Recordam a abordagem classica?

• Abordagem Clássica

• Clássica
Defensora de conceito da “mão invisível”; ou seja a ideia de que se
os mercados forem livres e os indivíduos tomarem decisões
económicas na prossecução dos seus melhores interesses, a
economia como um todo irá alcançar um equilíbrio consistente
com a utilização óptima dos recursos escassos, maximizando,
assim, o bem-estar social.

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A abordagem clássica traz fortes implicações:

• O governo deve desempenhar, no máximo, um papel limitado na

economia.

• Os governos serão ineficazes ou contraproducentes na consecução

dos objectivos declarados.

• Assim, a maioria dos clássicos acreditam que o governo não deve

empenhar-se activamente para eliminar os cíclos económicos.
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 Objectivos e instrumentos da politica Económica

• Como os economistas avaliam o sucesso do

desempenho global de uma economia?

• Quais os instrumentos que os governos podem

usar para atingir os seus objectivos economicos?

20
 Objectivos da Politica Macroenomica

1. Produto
2. Emprego
3. Estabilidade de Nivel de preços
• Outros objectivos:
• Estabilidade da balança de pagamentos (equilibrio entre
exportações e importações)
• Estabilidade macro-económico Interna (estabilidade de preços)
e externa (comércio externo, estabilidade de taxa de câmbio)
• Distribuição de rendimentos mais equitativos (redução de
desigualidades regionais no país)
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 Descrição dos Objectivos Macroeconómicos

Produto
• Consiste em alcançar o nível elevado e o crescimento rápido do
produto. Objectivo final da actividade ecónomica é produzir os
B/S que a população deseja;
Ex. De produtos e serviços - cerveja, Pão, automoveis, viagens,
espectaculos habitação,educação...

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 EMPREGO

Objectivo de uma Economia é conseguir um

emprego elevado e desemprego reduzido.
• Desemprego é ausência de emprego ou de trabalho.
Classificam em voluntário e/ou involuntário.

• É desemprego Voluntário – todas aquelas pessoas que

tem possibilidades de emprego ou de trabalhar mais não o
fazem por preferênciais melhores.

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• É Involuntário – todas as aquelas pessoas que
emprendem todos os esforços com vista a
conseguir emprego mas não conseguem. E
este é estrutural – depende da estrutura
económica e de ciclos económicos.

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 Alguns conceitos

• PIB- é o valor de mercado de todos bens e serviços

finais produzidos em um país em um dado período
de tempo.
• PIB potencial ; PIBefectivo
• PIBnominal
• PIBreal
• PNB 25
• Por ciclos economicos entende-se flutuações de curto prazo do
produto, do emprego e dos preços.

Pode ser expansão, pico ou boom, recessão e depressão.

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 Concorda comenta:

Observações
• A taxa de Desemprego tende a reflectir o estado
de ciclo económico onde :

• o PIB se reduz, a procura de trabalhadores reduz-

se e a taxa de desemprego aumenta. 

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 ESTABILIDADE DOS PREÇOS
 

• O objectivo é garantir a manutenção dos preços, fazendo que o

nível geral de preços não se altere ou cresça muito lentamente.

• IPC – é uma medida do custo geral de todos os bens e serviços

comprados por um consumidor tipico.

• Segundo Makwin ( 2005:520) o Índice de preços ao consumidor

é usado para monitorar mudanças no custo de vida ao longo do
tempo.

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• Os economistas medem a estabilidade dos preços
– olhando a taxa de inflação. Esta é a variação
percentual % do nivel geral de preços de um ano
para o seguinte, ou em, relação a um período
anterior.

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 FÓRMULAS DO CV;IPC;TI

• Custo de Vida = Qa * Pa
 
• IPC t = CV t / CV ano base * 100

• TI = Pano t – P ano t-1 / P ano t – 1 * 100%.

Ou

• TI = IPCt – IPC anterior / IPC anterior * 100%

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 Exemplo
• A cesta fixa dos consumidores é de 4 cachorros-quentes e 2
hamburgues
• O preço de cada bem em cada ano é de:
Ano Preço de Cachorros-quentes Preço de Hambúrgueres

2001 1 2
2002 2 3
2003 3 4

• Calcule calcular o custo de vida da cesta de bens a cada ano;

• Tendo em conta 2001 como ano base, calcule o IPC ;
• Usar o IPC para calcular o Taxa de inflação em relação ao ano anterior.

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 Tipos de Inflação

• Inflação Moderada – é caracterizado pelo aumento lento e

previsivel dos preços. Define-se como uma inflação anual de um
só digito, ou seja, inferior a 10% por ano.

• Inflação Galopante – acontece quando os preços sobem com

taxa de 2 ou 3 digitos ou seja de 20%, 100%, 200%.

• Hiperinflação – é a elevação rápida e desordenada dos preços

com mais de 3 digitos.

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 Causas de Inflação

Inflação por Excesso da procura (AD > AS) ou Factores

monetários

• O aumento do consumo pode provocar uma escassez do produto no mercado e em

consequência a elevação do seu preço. 
 
• Factores Estruturais ou Inflação de Custos
Neste caso o aumento de custos de alguma matéria- prima, leva consequetemente ao
aumento de custos de produção à empresa, o que por sua vez obriga a elevar-se aos
preços com vista a ganhar mais lucros.
 
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NB. Existe objectivos Complementares e
Conflituais na abordagem macro economica.

• Complementares – Produto e Emprego

• Conflituais – Desemprego e Inflação

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 Instrumentos da Politica Macro Economica

– Politica Monetária
• Este o governo conduz através da gestão da moeda,
do crédito e do sistema bancário do país.

• O banco central opera a regulação da oferta de

moeda? Moeda : consiste nos meios de troca, ou
meios de pagamento, actualmente as pessoas usam
numerario, deposito á ordem para pagamentos das
contas.
40
Atraves desta politica o BC-BM pode regular a
quantidade de moeda disponivel na economia.

• “ A restrição da oferta de moeda leva a taxas

de juros mais elevadas e a redução do
investimento que, por seu turno causa uma
redução do PIB e uma menor inflação” politica
restritiva
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 – Politica Orçamental

• A politica orçamental corresponde ao uso de

impostos e da despesa pública. A despesa
pública podem ser: as compras do estado ; as
transferências do estado que ampliam os
rendimentos de grupos determinados
( idosos, desempregados).
42
• Os Impostos afectam de um lado os
rendimentos das familias, e de outro lado
afectam os preços dos bens e dos factores de
produção, pois servem como um importante
intrumento de incetivos e desencetivo .

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 – Politica Comercial
• Consistem em impostos alfandegarios, quotas, e
outras condições que restringem ou incetivam as
importações e as exportações.

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 – Politica Cambial ( faz parte da politica monetaria)

• O comercio de um país é influenciado pela taxa

de câmbio, que representa o preço da sua
própria moeda em termos das moedas de
outros países.

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 Referencias Bibliograficas
• Frank, R. H. e Bem Bernanke (2003). Principios de Economia.McGraw-Hill. Lisboa.
• Mankiw, N. Gregory (2001) Introdução à Economia. Rio de Janeiro:Editora
Campus Ltda.
• Mankiw, N. Gregory (2005) Introdução à Economia. Rio de Janeiro: 3 ed,Editora
Campus Ltda
• Neves, João LuisCesar das (2001) Introdução à Economia. 6a Edição. Lisboa – São
Paulo: Editorial Verbo.
• Rossetti, José Paschoal (2003) Introdução `a Economia. 20ª Edição. São Paulo:
Editora Atlas S.A.
• Amaral, João Ferreira etall( 2002) . Introdução a Macroeconomia. Lisboa: Editora
Escolar
• Samuelson…..
• Gonçalves,A.C.P (2010). Macroeconomia. Roteiro do curso.6a Edição