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Economia

Cristiane Mancini
Aula 01
Introdução Definição de
Economia e sua origem
Definindo Economia
• A palavra economia vem do grego oikonomos
- “aquele que administra o lar”.
• Lar e Economia possuem muito em comum.
Cada família precisa decidir e alocar seus
recursos escassos para seus diversos
membros, levando em consideração diversos
fatores.
Definindo Economia
• A Economia é uma ciência que estuda e
analisa a produção, a distribuição e o
consumo de bens e serviços. É também uma
ciência social.
• É uma ciência, pois utiliza suas observações e
métodos científicos que permitem testar
teorias no funcionamento do mundo.
Definindo Economia
• Os economistas desempenham dois papéis
diferentes: como cientistas e como
conselheiros políticos. Nestes papéis tem
objetivos diferentes e assim, usam a
linguagem de maneiras diferentes.
• Essas maneiras são: a análise positiva e a
análise normativa.
Definindo Economia
• A análise positiva são declarações que tentam
descrever o mundo como ele é. Exemplo: As
leis do salário mínimo causam desemprego.
• As análises normativas são declarações de
como o mundo deveria ser.
Exemplo: O governo brasileiro deveria elevar o
salário mínimo.
Origem da Economia
• Os seres humanos sobrevivem e progridem
porque vivendo sempre em grupos
aprenderam a subdividir tarefas e a utilizar
instrumentos de trabalho.
• A distribuição do trabalho, motivada pela
necessidade, resultou em diferenciação de
papeis e tarefas, como percebemos que
ocorre até os dias atuais.
Origem da Economia
• As atividades econômicas sempre existiram.
No entanto, os modelos e técnicas atualmente
utilizadas evoluíram da economia política do
final do séc.XIX.
• Do séc.XIV ao XVII chegou-se o mais perto da
economia científica quanto às teorias
monetária, de juros e de valor dentro das leis
naturais.
Origem da Economia
• O mercantilismo era uma doutrina econômica
que floresceu no século XVI ao XVIII através de
uma prolífica literatura de panfleto de autoria
de mercantes ou estadistas. Defendiam a ideia
de que a riqueza de uma nação dependia da
sua acumulação de ouro e prata.
Origem da Economia
• Os fisiocratas – grupo de pensadores e
escritores franceses do século XVIII
desenvolveu a ideia de economia como um
fluxo circular. Defendiam uma política de
laissez faire, que consistia numa intervenção
estatal mínima
na economia.
Origem da Economia
• Economia clássica – a ciência econômica no
seu sentido moderno como uma disciplina
separada é convencionalmente datada a partir
da publicação de “A Riqueza das
Nações” de Adam Smith em 1776. Smith se
referia à disciplina
como economia política.
Origem da Economia
• Economia marxista – descende da economia
clássica, em particular da obra de Karl Marx –
O Capital (1867).
Origem da Economia
• Economia neoclássica – ou marginalista se
formou em 1870 e 1910. A expressão
“economics” foi popularizada na língua inglesa
por Alfred Marshall como substituto para
“economia política”. Atualmente, base do que
se
chama Economia ortodoxa.
Origem da Economia
• Economia keynesiana – deriva de John
Maynard Keynes em particular de seu livro “A
teoria geral do emprego, do juro e da moeda”
que deu início à macroeconomia como um
estudo distinto.
Origem da Economia
• Outras escolas e abordagens, estilos de se
fazer economia são:
- Escola austríaca;
- Escola de Chicago;
- Escola de Friburgo;
- Escola de Lausanne;
- Escola de Estocolmo.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 02
A Economia e
o cotidiano
Por que devemos estudar Economia?
• Ajudará a compreender o mundo em que se
vive.
• Você pode se tornar um participante mais
perspicaz na economia. Na vida diária, você
toma muitas decisões econômicas.
• O estudo de economia proporcionará melhor
entendimento sobre o potencial e sobre os
limites da política econômica.
Por que devemos estudar Economia?
• Os princípios da economia podem ser aplicados em
muitas situações do cotidiano:
-Compra de um imóvel ou de um automóvel,
-Emprego e desemprego;
-Compra de qualquer produto independente;
-Políticas públicas;
-Viagens, restaurantes, cinemas e teatros;
-Iluminação de sua residência ou pública.
Utilização de modelos
• Modelos econômicos são utilizados para explicar a
realidade. Os modelos podem ser em formato de
diagramas:

• Ou em equações:
Diagrama do fluxo circular
• A economia consiste em milhões de pessoas
envolvidas em muitas atividades: comprando,
vendendo, trabalhando, produzindo,
contratando, fabricando. E uma forma de
resumir estas atividades pode ser através de
um diagrama.
• Diagrama do fluxo circular: transações
econômicas entre famílias-empresas.
Diagrama do fluxo circular
Receitas Mercados de bens e serviços Gastos
-Famílias vendem
-Famílias compram

Bens e Bens e serviços


serviços vendidos comprados

Empresas Famílias
-produzem e vendem bens e serviços; -produzem e consomem bens e serviços;
-contratam e usam fatores de produção -possuem e vendem fatores de produção
Fatores de Trabalho, terra e
produção capital
Mercados de fatores de produção
-Famílias vendem
Salários, alugueis e lucro -Famílias compram Renda
Diagrama do fluxo circular
• Aplicação: qualquer atividade do nosso dia a
dia ou de alguma indústria, loja, restaurante,
etc.
• Quanto mais real desejar que seja, mais
complexo será o diagrama, no entanto, de
uma forma geral já podemos observar o
funcionamento da economia em um diagrama
simples.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 03
Microeconomia
Microeconomia
• A Economia é estudada em diversos níveis.
• Podemos estudar as decisões de famílias ou
empresas, tomadas individualmente ou a
interação entre famílias e empresas nos
mercados de bens e serviços específicos. Ou a
operação da economia como um todo, que é a
soma das atividades de todos os tomadores
de decisões em todos os mercados.
Microeconomia
• O campo da Economia se divide em 2 amplos
subcampos:
Microeconomia e Macroeconomia.
• A Microeconomia estuda o comportamento dos
indivíduos, das firmas/empresas, dos contratos e
como interagem nos mercados.
• Trata do comportamento das unidades
econômicas individuais, como: consumidores,
trabalhadores, investidores, proprietários de
terra, empresas, etc.
Microeconomia
• Exemplos:
- como os consumidores tomam decisões de
compra e de que forma suas escolhas são
influenciadas pelas variações de preços e renda;
- de que maneira as empresas determinam o
número de trabalhadores que contratarão;
- como os trabalhadores decidem onde e quanto
trabalhar.
Microeconomia
-como são determinados os preços dos automóveis,
dos alimentos, e de qualquer outro bem e serviço;

-quanto as empresas investem em novas


instalações e máquinas e equipamentos.
Microeconomia
• A Microeconomia revela como os setores e os
mercados operam e se desenvolvem, por que são
diferentes entre si e como são influenciados por
políticas governamentais e condições econômicas
globais.
• Também é importante devido à análise
normativa, na qual perguntamos quais são as
melhores escolhas – para a empresa ou para toda
a sociedade.
Microeconomia
• Nas modernas economias de mercado,
consumidores, trabalhadores e empresas têm
muito mais flexibilidade e poder de escolha na
alocação de recursos escassos. A
microeconomia descreve os trade-offs com que
consumidores, trabalhadores e empresas se
deparam e como podem ser resolvidos da
melhor maneira.
• Consumidores/Trabalhadores/Mercado.
Microeconomia
• Preço de mercado: é determinado pela interação
entre compradores e vendedores. Em mercados
perfeitamente competitivos, um único preço
prevalece. Em mercados não perfeitamente
competitivos, diferentes vendedores podem cobrar
diferentes preços. Ao estudar um mercado, temos
de levar em consideração os limites geográficos,
gama de produtos, se são mercados locais ou
mundiais.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 04
Macroeconomia
Macroeconomia
• Analisa a Economia como um todo;
• Perspectiva de olhar à Economia;
• Agregação de atividades por diferentes agentes:
- Famílias/consumidores Consumo
- Empresas Investimento
- Estado Gastos,
transações, etc.
- Resto do mundo Balança
comercial, etc.
Macroeconomia
• Evolução global da Economia:
-Produto interno Bruto (PIB);
-Emprego e desemprego;
-Preços/Inflação.
• Com determinado horizonte temporal:
-Curto prazo – conjuntura/Ciclos econômicos;
-Longo prazo – estrutura/Crescimento
econômico.
Macroeconomia
• Não existe conflito entre a Macroeconomia e a
Microeconomia, apenas uma diferença de
perspectiva;

• A Macroeconomia analisa o comportamento de


agregados como o rendimento nacional e a taxa de
desemprego (ignorando a simplificação -
Microeconomia) as diferenças entre os indivíduos.
Macroeconomia
• Ao longo da história, as economias alternam
períodos “bons” e períodos “ruins”, isto é
experimental ciclos econômicos;
• Um dos estudos da Macroeconomia compreende
em controlar as flutuações (ciclos econômicos) do
comportamento da economia;
• Medição da atividade econômica – PIB;
• Análise de dados estatísticos (fatos) hipóteses
variáveis testes (Econometria)
Macroeconomia
• A Macroeconomia tem um objetivo político social:
-crescimento rápido e estável;
-pleno emprego;
-inflação baixa e estável, dentre outros.
• Para atingir suas metas conta com Políticas:
-Política Monetária,
-Política Fiscal;
-Política Cambial.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 05
Produto Interno Bruto (PIB)
Produto Interno Bruto (PIB)
• Cada transação tem um comprador e um vendedor, a
despesa total da economia deve ser igual a renda total da
economia.
• O PIB nada mais é do que a medida oficial dos produtos
agregado nas economias de mercado contemporâneas.
Isto é, o produto interno bruto (PIB) é o valor dos bens
finais produzidos em um país.
• O PIB mede a despesa total de uma economia em bens e
serviços recentemente produzidos e a renda total obtida
com a produção desses bens e serviços.
Produto Interno Bruto (PIB)
• O PIB é dividido em 4 componentes de despesa:
consumo, investimento, compras do governo e
exportações e importações.
Y= C + I + G + EL
Y= PIB C= Consumo
I= investimento
G= compras do governo ou gastos do governo
EL= exportações e Importações
Produto Interno Bruto (PIB)
• O C é a despesa das famílias em bens e serviços com
a exceção de compra de novas moradias.
• O I é a compra de bens que serão usados no futuro
para produzir mais bens e serviços. É a soma das
compras de bens e serviços de bens de capital,
estoques e estruturas.
• G são gastos em bens e serviços pelos governos
municipais, estaduais e federal.
Produto Interno Bruto (PIB)
• As Exportações são bens que o país
produz e envia ao exterior.

• As Importações são bens que o país


compra de outros países.
PIB nominal x PIB real
• O PIB nominal usa os preços correntes para avaliar
a produção de bens e serviços da economia.
• O PIB real inclui todos os bens e serviços (finais)
produzidos e vendidos no mercado em um
determinado período de tempo e em uma dada
economia. “Real” significa que o valor corrente
(ou “nominal” foi corrigido das variações de
preços.
Produto Interno Bruto (PIB)
• O PIB é uma boa medida de bem estar
econômico porque as pessoas preferem rendas
elevadas a rendas mais baixas, mas não é uma
medida perfeita de bem estar. Por exemplo, o PIB
desconsidera o valor do lazer e o valor de um
meio ambiente limpo, mas considera as armas
produzidas em um país que acabam sendo
utilizadas em guerras, acabando com a vida de
alguns cidadãos.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 06
Ciclos Econômicos
Ciclos Econômicos
• Ao longo da história, as economias alternam
períodos “bons” e períodos “ruins”, isto é
experimental ciclos econômicos.
• Expansões ocorrem em muitas atividades
econômicas ao mesmo tempo, seguidas por
recessões e recuperações que culminam na fase de
expansão do ciclo seguinte.
Ciclos Econômicos
• As economias de mercado atravessam fases de
expansão alternadas com períodos de contração
denominados “ciclos”. Estes são de vários tipos,
longos médios e curtos, e cada um deles pode ter
fases mais longas ou mais curtas, dependendo de
uma série de fatores. Essas fases são
denominadas: recuperação, prosperidade,
desaquecimento, contração e recessão.
Ciclos Econômicos
• Quando a economia está atravessando um
período de desaquecimento ou de recessão,
época em que em geral existe muito desemprego
não apenas de pessoas mas também de matérias
primas e de máquinas, seus preços caem. Muitos
empresários, para fazer caixa, queimam estoques
fazendo liquidações.
Ciclos Econômicos
• Características dos ciclos econômicos:
- Generalizados: afetam várias atividades da economia ao mesmo
tempo;
- Recorrentes, mas não periódicos: repetem-se ao longo do tempo,
mas sem intervalos irregulares nem a mesma dimensão temporal.
• Fases dos ciclos econômicos:
• - Expansão;
• - Recessão;
Ciclos Econômicos

• Fases dos ciclos econômicos:


- Expansão;
- Recessão;
- “Peak” e “Trough” (ponto mais alto e ponto
mais baixo).
Ciclos Econômicos
Ciclos Econômicos
• A inflação, o crescimento e o desemprego estão todos
relacionados com o ciclo de negócios. O ciclo de
negócios é um padrão mais ou menos regular de
expansão (recuperação) e de contração (recessão) da
atividade econômica em torno de uma trajetória
tendencial de crescimento.
• Um dos estudos da Macroeconomia compreende em
controlar estas flutuações do comportamento da
economia.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 07
Investimentos e
Poupança
Investimentos e Poupança
• Os consumidores se defrontam com decisões de
fazer investimentos sempre que fazem aquisições de
bens duráveis, como um automóvel ou um
eletrodoméstico. Diferentemente da decisão relativa
à aquisição de alimento, entretenimento ou
vestuário, a decisão de comprar um bem durável
envolve a comparação do fluxo de benefícios futuros
com o custo corrente da aquisição. O mesmo ocorre
com a decisão de uma empresa.
Investimentos e Poupança
• Algumas decisões de investimento não envolvem capital
físico, e sim capital humano. Capital humano é o
conhecimento, habilidades e a experiência que tornam
um indivíduo mais produtivo e, assim, capaz de auferir
rendas maiores durante a vida.

• Investir em educação por exemplo, fará sentido do ponto


de vista econômico se o valor presente dos aumentos
futuros esperados na renda excederem o valor presente
dos custos.
Investimentos e Poupança

• Em equilíbrio, o investimento planejado é igual a


poupança. Esta condição se aplica somente a uma
economia na qual não há governo nem comércio
internacional.

• Poupança é a parcela da renda que não é gasta no


período em que é recebida, e, por consequência, é
guardada para ser usada num momento futuro.
Investimentos e Poupança
• Atenção: No Brasil, é comum a confusão entre o conceito
de poupança e a caderneta de poupança, que é uma
forma de investimento, sendo comum o seu uso de
forma indiscriminada. Entretanto, a poupança do ponto
de vista econômico é o acúmulo de capital
para investimento.
• Motivação para poupar
• No Brasil: é comum que os poupadores optem por
aplicações financeiras de baixo risco, sendo a caderneta
de poupança a mais comum delas.
Relação Poupança e Investimentos
• A relação entre poupança e investimento é sem dúvida
um assunto gerador de muitas controvérsias teóricas.
• Identidade contábil: I = S
I= investimento
S = poupança
• A tal constatação é válida. A determinação da renda
pelos gastos implica que, logicamente, a poupança é
determinada pelo investimento e por uma questão
contábil a poupança sempre será igual ao investimento.
Relação Poupança e Investimentos
• Considerações:
- A relação entre S e I não pode ser vista como uma
relação de equilíbrio entre oferta e demanda de recursos
líquidos para investir no mercado de crédito. Partindo da
perspectiva do princípio da demanda efetiva, a natureza
de determinação do investimento é completamente
diferente daquela da poupança.
- A relação entre poupança e investimento pode ser vista
como uma relação de “equilíbrio” entre os
consumidores, a qual seria dada pela função consumo.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 08
Balança comercial,
déficit e superávit
Balança comercial
• Balança comercial é um termo econômico que
representa as importações e exportações de bens
entre os países;

• É o resultado das exportações menos as


importações. As exportações e importações são
consideradas pelos valores fob, ou seja, livre dos
custos internacionais de transporte e seguro;
Balança comercial
• A Balança comercial de um determinado país está
favorável, quando este exporta (vende para outros
países) mais do que importa (compra de outros países).
Do contrário, dizemos que a balança comercial é
negativa ou desfavorável;

• A balança comercial favorável apresenta vantagens para


um país, pois atrai moeda estrangeira, além de gerar
empregos dentro do país exportador.
Balança comercial
• A balança comercial registra, portanto, as
importações e
as exportações de bens e serviços entre os países.
Portanto, podemos expressar o saldo da balança
comercial, desta maneira:

Saldo da balança comercial = exportações -


importações
Déficit x Superávit
• Quando as exportações são maiores que as importações
registra-se um superávit na balança, e no caso contrário
registra-se um déficit.

• Normalmente, uma balança comercial deficitária implica


uma balança corrente também deficitária, pois balança
comercial é comumente a componente com maior peso na
balança corrente. Contudo, o déficit comercial pode ser
compensado com os superávits das restantes balanças
correntes.
Balança Comercial Brasileira - Junho de 2016
US$ milhões FOB

EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO CORR. COMÉRCIO SALDO


Dias
Período Média Média Média Média
Úteis Valor Valor Valor Valor
p/dia útil p/dia útil p/dia útil p/dia útil

Junho (1ª semana) 3 2.414 804,6 1.601 533,5 4.014 1.338,1 813 271,0

1a. semana (01 a 05) 3 2.414 804,6 1.601 533,5 4.014 1.338,1 813 271,0

Acumulado no ano 105 75.907 722,9 55.433 527,9 131.340 1.250,9 20.474 195,0

Janeiro 20 11.240 562,0 10.322 516,1 21.562 1.078,1 918 45,9


Fevereiro 19 13.325 701,3 10.304 542,3 23.629 1.243,6 3.021 159,0
Março 22 15.992 726,9 11.560 525,4 27.551 1.252,3 4.432 201,5
Abril 20 15.366 768,3 10.512 525,6 25.878 1.293,9 4.853 242,7
Maio 21 17.571 836,7 11.134 530,2 28.706 1.366,9 6.437 306,5
Junho 3 2.414 804,6 1.601 533,5 4.014 1.338,1 813 271,0

Junho/2015 21 19.628 934,7 15.099 719,0 34.728 1.653,7 4.529 215,7


Maio/2016 21 17.571 836,7 11.134 530,2 28.706 1.366,9 6.437 306,5
Var. % Jun-2016/Jun-2015 -13,9 -25,8 -19,1 -82,0 25,7
Var. % Jun-2016/Mai-2016 -3,8 0,6 -2,1 -87,4 -11,6

Jan-Junho/2016 (1ª semana) 105 75.907 722,9 55.433 527,9 131.340 1.250,9 20.474 195,0
Jan-Junho/2015 (1ª semana) 105 79.362 755,8 79.687 758,9 159.048 1.514,7 -325 -3,1
Var. % Jan/Jun - 2016/2015 -4,4 -30,4 -17,4

Fonte: SECEX/MDIC
Junho/2016: 22 dias úteis; Junho/2015: 21 dias úteis; Maio/2016: 21 dias úteis.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 09
Índices de preços e
exemplos reais
Índices de preços
• O Brasil possui 17 indicadores de preços;
• Dentre estes, 7 têm influência direta sobre a vida do consumidor
– corrige desde salários e aluguéis até contas de telefone e água;
• A inflação é medida através de índices de preços;
• Confusão na compreensão destes indicadores;
• Os principais índices de inflação brasileiros são: o IGP-M,
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IPCA, calculado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e IPC,
Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE).
Índices de preços

• Tais índices são formados por uma cesta de


produtos e serviços, que busca refletir o padrão de
consumo de um determinado grupo de cidadãos.
Itens como alimentos, moradia, transporte,
educação, entre outros, compõem tais índices.
• As diferenças entre os índices de preço estão na sua
composição, na periodicidade e nos pesos dados a
cada componente. Os principais são:
Índices de preços
• O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é
calculado pela FGV. Tal índice é composto por outros
índices de preços: IPA (Índice de Preços por Atacado),
IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice
Nacional do Custo da Construção).
• O IGP-M é normalmente utilizado como fator de
correção de contratos de aluguel (vide a
calculadora: reajuste de aluguel) e pelo mercado
financeiro, já que sua divulgação acontece próximo
ao final do mês.
Índices de preços
• O IGP-DI (Índice Geral de Preços –
Disponibilidade interna) é calculado pela FGV.
Tal índice indexa os contratos de dívida dos
Estados e municípios com a União.

• O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção)


é utilizado em contratos de financiamento
imobiliário.
Índices de preços

• O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), calculado pela


FIPE, tem como principal característica a área de
abrangência da coleta de preços, que é somente o
município de São Paulo. Sua coleta é feita pelo período de
um mês completo. A divulgação ocorre no início do mês
subsequente. O público-alvo deste índice são as famílias
com rendimentos de até 20 salários mínimos. O índice de
preços ao consumidor (IPC) mede o custo da compra de
uma cesta básica de bens e serviços que representa as
compras dos consumidores urbanos.
Índices de preços

• O IPCA (Índice Geral de Preços Amplo), calculado pelo IBGE, é


considerado o índice oficial de inflação do Brasil. Sua
composição tenta refletir a inflação de famílias com
rendimentos de até 40 salários mínimos. A coleta de preços
deste índice é feita pelo período de um mês completo. A
divulgação ocorre em torno do dia 10 do mês subsequente.
Esse é o índice de preços utilizado pelo Banco Central do
Brasil no sistema de metas de inflação. O IPCA também é
utilizado na correção do Valor Nominal Atualizado (VNA) das
Notas do Tesouro Nacional, série B.
Índices de preços
• O consumidor típico divide suas despesas entre várias categorias
de bens e serviços.
• Geralmente:
42% moradia;
17% transporte;
15% alimentação e bebidas;
7% recreação;
6% educação e comunicação;
4% vestuário;
3% outros bens e serviços.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 10
Taxa de câmbio,
valorização e desvalorização
de uma moeda
Taxa de câmbio
• A taxa de câmbio é uma relação entre moedas de dois países
que resulta no preço de uma delas medido em relação à
outra. Mas, além de expressar quantitativamente a condição
de troca entre duas moedas, a taxa de câmbio expressa as
relações de troca entre dois países;

• O câmbio é uma das variáveis macroeconômicas mais


importantes, sobretudo para as relações comerciais e
financeiras de um país com o conjunto dos demais países.
Taxa de câmbio
• A taxa de câmbio é definida de forma direta quando
exprime o preço de uma unidade de moeda
estrangeira em moeda nacional - ou seja, exprime a
quantidade de moeda nacional necessária para
comprar uma unidade de moeda estrangeira;

• Dado que a taxa de câmbio é um preço), esse é


diferente na compra e na venda.
Taxa de câmbio nominal x real
• A taxa de câmbio nominal é a relação
entre quantidades de moeda;

• A taxa de câmbio real corresponde ao


relativo de preços entre o produto
nacional e o estrangeiro.
Taxa de câmbio real
• A fórmula de obtenção da taxa de câmbio real é:

onde:
q = taxa de câmbio real
E = taxa de câmbio nominal
P* = preço do produto estrangeiro
P = preço do produto nacional
Taxa de câmbio real
• Exemplo: cotação do dólar X real (USD/BRL)
(Fonte: Bacen)

• Valorização de uma moeda


X
Desvalorização de uma moeda
Economia

Cristiane Mancini
Aula 11
Taxa de juros real e
Taxa de juros nominal
Taxa de juros

• As taxas de juros de mercado são determinadas


pela oferta e demanda de fundos disponíveis para
empréstimos;
• As famílias geram tais fundos, para que possam ter
um nível mais alto de consumo no futuro;
• As variações na demanda ou na oferta desses
fundos ocasionam modificações nas taxas de juros.
Taxa de juros
• A oferta de fundos disponíveis para empréstimos é
originada nas famílias que possuem interesse em
economizar parte de sua renda para poder consumir
mais no futuro (ou para poder deixar um legado a seus
herdeiros);
• As famílias, empresas e o governo concedem e tomam
empréstimos conforme uma variedade de termos e
condições.
Taxa de juros

• Consequentemente, há uma ampla variedade


de taxas de juros de mercado.

• Por exemplo: Taxa de letra do Tesouro; Taxa de


título do Tesouro; Taxa de redesconto; Taxa de
fundos federais; Taxa de títulos comerciais; Taxa
primária; Taxa do título corporativo.
Taxa de juros real x nominal
• A Taxa de juros real é a taxa nominal
(estabelecida) menos a inflação.

• Na taxa de juros nominal considera-se a


inflação.
Taxa SELIC
• A taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é
um índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelos bancos no
Brasil se balizam. A taxa é uma ferramenta de política monetária
utilizada pelo Banco Central do Brasil para atingir a meta das
taxas de juros estabelecida pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).

• É usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos -


quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos
por um dia.
Taxa SELIC
• O risco final da transação acaba sendo efetivamente o
do governo, pois seus títulos servem de lastro para a operação e
o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa
acaba servindo de referência para todas as demais taxas de
juros da economia.

• Esta taxa não é fixa e varia praticamente todos os dias, mas


dentro de um intervalo muito pequeno, já que, na grande
maioria das vezes, tende a se aproximar da meta da Selic, que é
determinada 8 vezes por ano.
Taxa de juros

• Exemplos:
-Financiamentos: automóveis e imóveis;
-Cartões de créditos;
-Empréstimos;
-Contas vencidas.
Taxa de juros
• Taxa de juros no Brasil (Fonte: Bacen):
Economia

Cristiane Mancini
Ratings
Aula 12
Ratings

• O rating, ou classificação de risco, se refere ao mecanismo de


classificação da qualidade de crédito de uma empresa, um
país, um título ou uma operação estruturada.
• Busca mensurar a probabilidade de default de obrigações
financeiras, ou seja, o não pagamento, incluindo-se atrasos e
ou falta efetiva do pagamento.
• É um instrumento relevante para o mercado, por fornece aos
potenciais credores uma opinião independente a respeito do
risco de crédito do objeto analisado.
Ratings
• Do ponto de vista econômico, é bastante
vantajoso, pois uma vez feito, pode ser
utilizado para vários objetivos e por
diversas instituições. Com a globalização, o
rating se apresenta como uma linguagem
universal que aborda o grau de risco de
qualquer título de dívida.
Agências de classificação de risco
• As empresas frequentemente pagam para terem suas dívidas
classificadas em termos de risco de crédito. Isso porque
muitos investidores resistem ou têm limitações legais em
comprar títulos sem conhecer seu rating.
• As três principais organizações que prestam esse serviço em
escala global são as norte-americanas Moodys, Standard &
Poors (S&P) e Fitch rating. A classificação é revista
periodicamente, já que a qualidade de crédito (ou risco de
inadimplência) de uma empresa ou país pode se alterar de
um período ao outro.
Formas de classificação
• As definições usadas baseiam-se na probabilidade de
inadimplência da empresa e na proteção que os credores
têm nesse caso. Para realizar uma classificação de risco
de crédito, as agências de rating recorrem tanto a
técnicas quantitativas, como análise de balanço, fluxo de
caixa e projeções estatísticas, quanto a análises de
elementos qualitativos, como ambiente externo,
questões jurídicas e percepções sobre o emissor e seus
processos.
Formas de classificação
• Além de a classificação envolver avaliação de garantias e
proteções (hedge) contra riscos levantados, também
incorpora o fator tempo. Este último influencia a definição do
rating, pois maiores horizontes implicam em maior
imprevisibilidade. Uma mesma empresa pode apresentar
títulos de dívida com diferentes notas.
• As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-
/Baa3, são consideradas como investment grade, ou grau de
investimento, enquanto as abaixo são consideradas como
speculative grade, ou de grau especulativo.
Economia

Cristiane Mancini
Aula 13
Interpretando e
utilizando os conceitos aprendidos
Interpretando e utilizando os conceitos
aprendidos

• Como posso utilizar todos os conceitos


aprendidos nas aulas anteriores?

• Em que contribui?
Interpretando e utilizando os conceitos
aprendidos
Interpretando e utilizando os conceitos
aprendidos
Interpretando e utilizando os conceitos
aprendidos
Interpretando e utilizando os conceitos
aprendidos

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