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MICRO-ECONOMIA

Elaborado pela MSC. Angelina Elizeu Manuel


Bibliografia
Princípios de economia ̷Otto, Carlos roberto Martins passos -7 eds,
rev.S. Paulo Cengage Leaming,2018
Microeconomia 4 edicion prentice hall, Madrid.p166
A natureza da firma artigos̷ Ronald Harry coase 1937
Economia micro-macro 4 edição Marco A.S. Vasconcellos
Roberto pindyck, Daniel rubinfeld microeconomia 8°edição
Objetivo Geral

Analisar o ramo da Economia em menor escala e lidar com


entidades específicas, como as empresas , famílias e
indivíduos.
Objetivo especifico
Desenvolver a capacidade de analisar os resultados das interações
entre os agentes que agem estrategicamente, sejam os tomadores de
decisões básicas do sistema económico.
Ciências Económicas

É a ciência social que estuda o comportamento


econômico dos agentes individuais: produção, troca,
distribuição e consumo de bens e serviços.
Preocupa-se em encontrar formas de gerir recursos
escassos, com o objectivo de produzir vários bens ou
serviços e distribuí-los para o consumo entre os
membros da sociedade.
Alguns economista que contribuíram para o
entendimento da economia
Karl Marx Fala que toda riqueza era produzida pelo trabalho
humano e os danos do capital se limitavam a
apropriar-se da riqueza produzida pelos
trabalhadores.
Argumentos de Karl Marx não conveceram os
defensores da economia de mercado que se foram
criticados por BOHN-BAWER e outros economistas
mas tarde.
David Ricardo defendia que a quantidade de dinheiro num pais nem
o valor monetário desde dinheiro era maior
determinante para a riqueza da nação.
Uma nação rica é uma nação de abundancia de
mercadoria que contribuam para a comunidade e o
bem –estar do habitantes.
Rousseam Defendia o contratualista
Maquiavel Fins justificam os meios
Economia Moderna Foi muito influenciada pela contribuição do Adam
Smith na sua obra titulada a riqueza da naçães em
1776 estabeleceu alguns princípios fundamentais da
economia, que ainda que servem de guia hoje.

Economia é uma ciência que fornece a base para o


pensamento sistemático, para a reflexão
fundamentada sobre as questões que afectam a
sociedade em diferentes época a economia no ramo
da filosofia depois se transformou em economia
politica, no seculo XX poder politico para virar só
economia.

A inauguração do canal do panamá em 1989


estabeleceu a liquidação do modelo económico
planejado
Origem da economia

Provém do grego oikonomy.


Oikos (casa, moradia).

Nomos (costumes ou lei, administrar ou gerir)


Economia está dividida emː
A microeconomia estuda o complexo mecanismo de
alocação de recursos escassos através do mercado,
pela ação de diferentes agentes econômicos.
A macroeconomia trata de quantidades económicas
agregadas, tais como o nível e a taxa de crescimento
da produção interna, taxas de juro, desemprego e
inflação.
Microeconomia
EXEMPLO ː empresas, famílias e indivíduos.

O objetivos é analisar o comportamento destas unidades e a sua


interação com os mercados (consumidores, investidores,
trabalhadores).
 Ele acrescenta que para o estudo desses fenômenos, a
microeconomia utiliza modelos formais, que explicam as decisões dos
produtores e consumidores, partindo de pressupostos, até chegar a
conclusões através de métodos dedutivos.
 Garcia menciona que a parte analítica do estudo, por outro lado, é
baseada no raciocínio lógico, razão pela qual é utilizada a linguagem
matemática, que traz clareza e rigor tanto aos procedimentos como
aos resultados
A economia tenta responder a perguntas
como:
Que bens e serviços devem ser produzidos e em que quantidades?
Produzimos microcomputadores ou telemóveis? Produzimos 10 ou
10.000 unidades? Qual é a procura do mercado?
 Quem consome os bens que são produzidos? Para que sector de
mercado estamos a produzir?
 Onde são produzidas as mercadorias?
Produzimos os produtos na China ou produzimo-los em Espanha?
Quando é que produzimos a mercadoria? No Verão, no Inverno ou
durante todo o ano?
John maynard Keynes nascido em 21 de abriel 1946
nacionalidade inglesa, matemático , ocupação economista ele
é considerando o pai da microeconómica moderna, defendeu
com objecto teoria que determinantes agregados consumo
agregados, na sua obra teoria geral do campo juros moedas.
Escassez e a escolha
Necessidade limitada

Recursos produtos escassos


escassez

Exemplo água minerais e outros produtos

Escolha esta ligado no que produzir e como produzir.


Tarefa

O que entendes por escassez?

O difere a escassez e a escolha ?


TEORIA DO CONSUMIDOR
RAMOS DA ECONOMIA

A microeconomia trata do comportamento das unidades


econômicas individuais. Estas incluem consumidores,
trabalhadores, investidores, proprietários de terra, A macroeconomia trata das quantidades
empresas — na realidade, qualquer indivíduo ou entidade econômicas agregadas, tais como taxa de
que tenha participação no funcionamento de nossa
economia.1 A microeconomia explica como e por que essas crescimento e nível do produto nacional,
unidades tomam decisões econômicas. Por exemplo, ela taxas de juros, desemprego e inflação. A
esclarece como os consumidores tomam decisões de macroeconomia também envolve a análise
compra e de que forma suas escolhas são influenciadas
pelas variações de preços e rendas. Explica também de que de mercados — por exemplo, mercados
maneira as empresas determinam o número de agregados de bens e serviços, mão de obra
funcionários que contratarão e como os trabalhadores e títulos de empresas.
decidem onde e quanto trabalhar.
Modelos econômicos

Um modelo nada mais é do que uma representação simplificada da


realidade.
A função de um modelo é a de exibir as relações e a
interdependência entre as variáveis endógenas e exógenas.
Os modelos abstraem, deliberadamente, os detalhes que não são
considerados importantes a fim de esclarecer quais são as variáveis
chaves ou fundamentais e as relações importantes para explicar o
fenômeno em questão.
Um modelo é uma representação simplificada e abstrata da
realidade.
Um modelo não têm por objetivo ser idêntico à realidade. Pelo
contrário, ele busca representar o mundo real através de uma
abstração, algo que é extraído da realidade, do mundo real, e que nos
ajuda a entender como ele funciona.
Dado que um modelo econômico é uma descrição concisa da
realidade, que busca descrever o comportamento e os resultados
observados, ele omite, como vimos acima, algumas informações a fim
de se focar nos aspectos considerados relevantes e importantes pelo
pesquisador ou teórico.
A DEMANDA
A DEMANDA
A demanda (ou procura) de um
indivíduo por um determinado bem
(ou serviço) refere-se à quantidade
desse bem que ele deseja e está
capacitado a comprar, por unidade de
tempo

Para que haja demanda de um bem ou


serviço é preciso que o indivíduo esteja
capacitado a pagar por esse bem. Em
A demanda é uma aspiração, um economia, demanda significa desejo
desejo, e não a realização do apoiado por dinheiro suficiente para A demanda é um fluxo por
desejo. Logo, não se pode comprar o bem desejado. Além disso, unidade de tempo.
confundir demanda com compra. o desejo de consumidor somente
influirá no preço de mercado se for
traduzido em uma demanda monetária
para o bem em questão.
FATORES QUE INFLUENCIAM A DEMANDA DO CONSUMIDOR
A DEMANDA E O PREÇO DO BEM

• A quantidade demandada de um bem é influenciada por seu preço. Normalmente é de se esperar que
quanto mais alto for o preço de um bem, menor deverá ser a quantidade que o consumidor desejará
adquirir. Inversamente, quanto mais baixo for o preço, maior deverá ser a quantidade que o
consumidor desejará adquirir desse bem.

A DEMANDA E A RENDA DO CONSUMIDOR

• Para a maioria dos bens é de se esperar que uma elevação na renda do consumidor esteja associada a
uma elevação nas quantidades compradas. Essa é regra geral, e os bens que têm essa particularidade
são chamados de Bens Normais.
• Bens Inferiores;
• Bens de Consumo Saciado.

A DEMANDA E O GOSTO E PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR

• A demanda de um determinado bem (ou serviço) depende dos hábitos e preferências do consumidor.
Estes, por sua vez, dependem de uma série de circunstâncias, tais como idade, sexo, tradições culturais,
religião e nível educacional. Mudanças nesses hábitos e preferências podem provocar mudanças na
demanda de um determinado bem.
A DEMANDA E AS EXPECTATIVAS SOBRE PREÇOS, RENDAS OU DISPONIBILIDADE

• Se um consumidor acredita que, no futuro, terá um aumento


substancial em seus rendimentos, poderá estar disposto a gastar mais
hoje do que uma pessoa que acredita que virá um rendimento bem
menor no futuro. Da mesma forma, se o consumidor acredita que os
preços aumentarão no futuro próximo, pode aumentar a demanda
corrente de bens estocáveis, prevenindo-se assim, de eventuais
aumentos de preços. Aumentos nas demandas correntes por
determinados bens e serviços também poderão ocorrer caso as
pessoas acreditem que esses bens e serviços vão escassear no futuro.
A DEMANDA E O PREÇO DOS BENS RELACIONADOS
Os Bens complementares
são aqueles que tendem a Ex.: O pão e a manteiga.
aumentar a satisfação do
consumidor quando A complementariedade
utilizados em conjunto. pode ser técnica (no caso da
Nesse caso, a elevação no tinta/ caneta-tinteiro), ou
preço de um deles, produz psicológica
uma redução na demanda (restaurante/música).
A demanda de um produto pode ser
afetada pela variação no preço de do outro.
outros bens. Isso ocorre em relação
aos denominados Bens Os Bens Substitutos
Complementares e Bens Substitutos. (concorrentes ou
sucedâneos), são aqueles Ex.: Margarina e manteiga.
cujo consumo de um pode
Carne bovina e carne de
substituir o consumo do
frango.
outro. Em outras palavras,
uma elevação no preço de Leite em pó e leite fresco.
um provocará a redução da
demanda do outro.
CETERIS PARIBUS

Quando se observa os determinantes da demanda, verifica-se que todos podem


variar simultaneamente, ficando difícil avaliar o efeito que cada um deles,
isoladamente, exerce sobre a demanda.

Para contornar esse problema vale-se da imposição da condição ceteris paribus,


expressão latina que significa tudo o mais permanecendo constante.
ESCALA DE DEMANDA INDIVIDUAL
ESCALA DE DEMANDA DE REFRIGERANTES
PREÇO ($/GARRAFA DE QUANTIDADE (GARRAFAS DE PONTO
REFRIGERANTE) REFRIGERANTE POR MÊS)
7,00 0 A

6,00 5 B

5,00 10 C

4,00 15 D

3,00 20 E

2,00 25 F

1,00 30 G

 Uma escala de demanda nos mostra a relação existente entre as variáveis preço e quantidade.
CURVA DE DEMANDA INDIVIDUAL
LEI GERAL DA DEMANDA

A quantidade demandada de um bem ou serviço, em


qualquer período de tempo, varia inversamente ao seu
preço, pressupondo-se que tudo o mais que possa afetar
a demanda – especialmente a renda, o gosto e
preferência do consumidor, o preço dos bens
relacionados e as expectativas quanto à renda, preços e
disponibilidades – permaneça o mesmo.
Segundo essa lei, toda vez que o preço (P) diminui, a quantidade demandada (Qd) aumenta,
toda vez que o preço (P) aumenta, a quantidade demandada (Qd) diminui.

ASSIM, QUANDO
P Qd

E QUANDO P Qd
A relação inversa entre preço e quantidade que determina a inclinação
da curva de demanda se deve basicamente a dois fatores:
Efeitos da substituição
• Se o preço de um bem aumentar, enquanto o dos outros permanecem os mesmos,
o consumidor procurará substituir o consumo desse bem, passando então a
consumir um bem similar. Da mesma forma, se o preço do bem diminuir, enquanto
os preços dos outros bens permanecerem constantes, o consumidor poderá
aumentar o consumo desse bem que teve o preço reduzido.

Efeito renda
• Supondo que a renda do consumidor, em termos nominais, permaneça a mesma.
Se o preço de um bem diminuir, a renda do consumidor se elevará em termos reais
tornando o consumidor mais rico, fazendo que ele possa aumentar o consumo
desse bem. Esse efeito também vai na direção contrária, assim, se o preço do bem
aumentar, e mantida a renda nominal constante, o consumidor ficará mais pobre
em termos reais, ou seja, sofrerá uma queda em seu poder aquisitivo, o que
tenderá a reduzir o consumo do bem.
Exceções à Lei da demanda
BENS DE GIFFEN BENS DE VEBLEN

• São bens de baixo valor, mas de grande peso • São bens de consumo ostentatório, que dão
no orçamento doméstico de pessoas de baixa prestigio social. Os bens que se enquadram
renda. Se esse tipo de bem apresentar uma nessa categoria são artigos de luxo, tais como
elevação de preço, seu consumo tenderá a carros caros, obras de arte, joias etc. Certos
aumentar, não diminuir. consumidores acham que a aquisição desse
• A explicação para esse fenômeno reside no tipo de bem lhes confere prestígio social.
fato de que antes do aumento de preço no • Por essa razão, pode acontecer que a
Bem de Giffen, os consumidores pobres ainda quantidade demandada por bens de luxo
podem comprar alguns outros bens mais cresça conforme esses bens fiquem mais
caros; mas após a elevação de preço, não vai caros.
sobrar renda suficiente aos pobres para
adquirir os outros produtos mais caros.
DEMANDA DE MERCADO
ESCALA DE DEMANDA DE MERCADO

Quantidade Demandada
Preço ($/garrafa de refrigerante)
(garrafas de refrigerante/mês)

João José Mercado (João+José)


7,00 0 0 0
6,00 5 0 5
5,00 10 0 10
4,00 15 5 20
3,00 20 10 30
2,00 25 15 40
1,00 30 20 50

 A escala de demanda de mercado é dada pela soma das quantidades demandadas por João e José a cada preço.
 A curva de demanda de mercado é obtida somando-se horizontalmente as quantidades demandadas das
curvas de demanda individuais a cada possível preço.
ESCALA DE DEMANDA ACRESCIDA DA ESCALA DE DEMANDA INDIVIDUAL DE MARIA
Preço ($/garrafa de João José Maria Mercado (João+José+Maria)
refrigerante)

7,00 0 0 0 0
6,00 5 0 5 10
5,00 10 0 10 20
4,00 15 5 15 35
3,00 20 10 20 50
2,00 25 15 25 65
1,00 30 20 30 80

 A tabela retrata a curva de demanda de mercado de refrigerantes DM1, quando somente João e José faziam
parte desse mercado. Com a entrada de um novo consumidor, a curva de demanda de mercado passa a ser
dada por DM2. Isso significa que a curva de demanda de mercado de refrigerantes se deslocou para a direita
(aumento na demanda pelo produto).
É importante observar o número de compradores
economicamente aptos a participar do mercado.
Em outras palavras, a demandas também depende
do tamanho da população.

Se a população aumentar, o número de


compradores deverá subir, deslocando as curvas
de demanda de mercado de diversos bens e
serviços para a direita.

Se a população diminuir, o número de


compradores deverá reduzir, deslocando as curvas
de demanda de mercado de diversos bens e
serviços para a esquerda.
DEMANDA NÃO LINEAR
ESCALA DE DEMANDA NÃO LINEAR

Preço Quantidade demandada


($/unidade) (unidades/mês)
25,00 100
20,00 140
15,00 200
10,00 300
5,00 500

 A curva de demanda não é necessariamente linear. O seu traço deve, entretanto, respeitar a Lei
Geral da Demanda. Em outras palavras, a curva de demanda deve inclinar-se negativamente e
revelar a inversão do sentido do comportamento entre preço e quantidade.

 A curva de demanda pode ser irregular ou regular, mas geralmente decrescente.


CURVA DE INDIFERENÇA

Representa todas as combinações de cestas


de mercado que proporcionam o mesmo
nível de satisfação a uma pessoa.

Ex.: Varias combinações


de duas mercadorias.
PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR

Cesta de mercado

• Uma cesta de mercado é um conjunto de


uma ou mais mercadorias.
• Um cesta pode ser preferida a outra que
contenha uma combinação diferente de
mercadorias.
AS TRÊS PREMISSAS BÁSICAS DE ANÁLISE
DAS PREFERÊNCIAS

AS PREFERÊNCIAS SÃO COMPLETAS AS PREFERÊNCIAS SÃO TRANSITIVAS OS CONSUMIDORES SEMPRE PREFEREM


QUANTIDADES MAIORES DE UMA MERCADORIA

As preferências se caracterizam por


sua integralidade. Esse pressuposto
implica em que o consumidor pode A ideia de transitividade consiste
na hipótese de que, por exemplo: Os consumidores apresentam
comparar e ordenar todas as cestas não saciedade. Sempre
de mercado. Para quaisquer duas se o consumidor prefere a cesta A
a cesta B, e prefere a cesta B a preferem mais mercadorias. (É
cestas A e B o consumidor pode ignorada na análise a existência
preferir A a B, B a A ou ainda ser cesta C, ele irá preferir a cesta A a
cesta C. de mercadorias indesejadas).
indiferente (nesse caso ambas são a
mesma satisfação).
Cesta de mercado Unidades de alimentos Unidades de vestuários

A 20 30

B 10 50

D 40 20

E 30 40

G 10 20

H 10 40
Qualquer cesta de mercado localizada acima e à
direita de uma curva de indiferença é preferida a
qualquer cesta de mercado localizada sobre a curva
de indiferença.
MAPA DA INDIFERENÇA

Conjunto de curvas de indiferença que descrevem as preferências de


uma pessoa com relação a todas as combinações de duas
mercadorias.

Obs.: Cada curva de indiferença no mapa mostra as cestas de mercado entre as


quais a pessoa é indiferente.
• As curvas de indiferença não podem se interceptar.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO

A taxa marginal de substituição (TMS) é decrescente ao


longo da curva de indiferença.
Observe que a TSM para AB é de 6, enquanto para DE é de 2.
A TMS mede a quantidade de uma mercadoria que o
consumidor está disposto a desistir para obter mais de outra.
É medida pela inclinação da curva de indiferença.
 As curvas de indiferença são convexas.
UTILIDADE

Número que representa o nível de satisfação que uma pessoa obtém


ao consumir uma determinada cesta de mercado.

Ex.: Se comprar três cópias do livro de Microeconomia deixa o


consumidor mais feliz do que comprar uma camisa, então, dizemos que
os livros proporcionam mais utilidade a esse consumidor do que a
camisa.
Utilidade Total: a satisfação que o consumidor retira do consumo de
determinada quantidade de um bem, que vai variar com a quantidade
consumida.
Utilidade marginal: acréscimos de satisfação obtidos pelo consumidor com
o consumo de mais uma unidade do bem.

Por exemplo, quando se consome a primeira maçã, é retirada uma


determinada utilidade; ao consumir a segunda maçã a utilidade total
aumenta mas o incremento é inferior ao que se verificou com o consumo
da primeira maçã; quando se consome a terceira maçã, supondo que ainda
não se atingiu a saciedade, a utilidade volva a aumentar mas o incremento
volta a reduzir-se, e assim sucessivamente.
UTILIDADE

Função de Utilidade Ordinal:


coloca as cestas de mercado em
Função de Utilidade Cardinal:
ordem decrescente de
descreve o quanto uma cesta de
preferência mas não indica o
mercado é preferível a outra.
quanto uma cesta é preferível a
outra.
RESTRIÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

A restrição orçamental é o conjunto de bens entre os quais um


consumidor pode escolher, dado um rendimento monetário e os
preços desses bens.
Ou seja, a melhor entre as diversas cestas de bens disponíveis que o
consumidor pode adquirir, sujeita às restrições orçamentárias.
Uma cesta de consumo que contém X1 unidades do bem 1, X2
unidades do bem 2 e assim por diante até Xn unidade do bem n é
denotado pelo vetor (X1, X2,..., Xn).
Os preços dos bens são (P1, P2,..., Pn).

Uma cesta de consumo (X1,..., Xn) é acessível aos preços P1,..., Pn


Quando: P1X1 +...+PnXn ≤ m

Em que m é a renda do consumidor.


Tomemos uma cesta composta por dois bens: bem
1 e bem dois
•O conjunto orçamentário do consumidor é
composto por todas as cestas de consumo
acessíveis;
•É o limite superior do conjunto orçamentário.
MUDANÇAS NA RENDA:
Aumentos na renda m descolam paralelamente a RO para fora,
ampliando o conjunto orçamentário e melhorando a escolha do
consumidor;
Reduções na renda m deslocam paralelamente a RO para dentro,
diminuindo o conjunto orçamentário e reduzindo a escolha do
consumidor.

Aumento na renda:
nenhuma escolha é Uma redução na renda
perdida e novas piora a situação do
escolhas são consumidor.
adicionadas.
MUDANÇA NOS PREÇOS
• A redução do preço p1 provoca a rotação da RO para fora.
• Nenhuma escolha antiga é perdida e novas escolhas são adicionadas;
• Melhora a situação do consumidor.
• De modo similar, o aumento no preço de p1, provoca a rotação da RO
para dentro, o que reduz as escolhas e piora a situação do
consumidor.
A ELASTICIDADE
A OFERTA
DEMANDANTES E
OFERTANTES POSSUEM OS
MESMOS INTERESSES?
Justifique sua resposta
CONCEITO DE OFERTA INDIVIDUAL

Define-se como a quantidade de um bem ou serviço que um


único produtor deseja vender no mercado, por unidade de temp.
1) A oferta é uma aspiração, um
2) Assim como a demanda, a oferta é
desejo, e não a realização do desejo.
um fluxo por unidade de tempo.
A oferta é um desejo de vender (um
Devemos expressar a oferta de uma
bem ou serviço). A realização do
mercadoria como uma determinada
desejo se dá pela venda do bem.
quantidade em um determinado
Logo, não se pode confundir oferta
período de tempo.
com venda.
ELEMENTOS QUE DETERMINAM A OFERTA
A OFERTA E OS PREÇOS DOS
A OFERTA E O PREÇO DO BEM A OFERTA E A TECNOLOGIA
FATORES DE PRODUÇÃO

• Na análise do • A quantidade de um determinado • O estado atual da tecnologia – isto


comportamento do bem que um produtor individua é, o estado de conhecimento a
deseja oferecer no mercado respeito dos diversos métodos de
ofertante devem ser sempre depende dos preços dos fatores de produção – também se relaciona
relacionados os custos de produção, juntamente com a diretamente com os custos de
produção e/ou distribuição e tecnologia empregada, produção. Avanços tecnológicos
a receita total a obter. Se o determinando o custo de que permitam obter um volume
preço de venda alcançado produção. Reduções nos preços maior de produção a custos
pelo produto no mercado desses fatores (nos níveis salariais, menores aumentarão a
nos preços das matérias-primas, lucratividade da empresa
não for suficiente para cobrir nas despesas do capital, etc) produtora do bem cujo processo
os custos de produção, não diminuem os custos, tornando a foi beneficiado pela evolução
haverá estímulo para se produção mais lucrativa. O tecnológica, estimulando a
oferecer a mercadoria. aumento na lucratividade estimula produção e aumentando a oferta
a empresa a aumentar a produção do bem produzido por essa
e a oferta de seu produto no empresa no mercado.
mercado.
A OFERTA E O PREÇO DOS OUTROS BENS

• A oferta de um produto poderá ser afetada pela


variação nos preços dos bens que sejam substitutos ou
complementares na produção.

Bens substitutos na produção

• Podemos considerar aqueles bens que são produzidos com


aproximadamente os mesmos recursos, como por exemplo, o milho
e a soja.

Bens complementares na produção

• São aqueles que apresentam alteração na produção em virtude da


variação de preço de outro bem. Esse é o caso da carne e do couro.
Exemplificando: um aumento no preço da carne poderá provocar
um aumento no abate e, como consequência, um aumento na
oferta de couro. Inversamente, uma diminuição no preço da carne
deverá provocar uma diminuição na oferta de couro.
A OFERTA E AS CONDIÇÕES
A OFERTA E AS EXPECTATIVAS
CLIMÁTICAS

O produtor, na sua decisão de Relativamente a alguns produtos,


produção atual, também leva em especialmente agrícolas, as condições
consideração as alterações esperadas climáticas exercem grande influência
de preços. Por exemplo, se um criador na oferta. Exemplificando: uma
de gado acredita que haverá um fazenda na qual se produza café
aumento no preço da carne no futuro, poderá sofrer uma grande redução na
é provável que retenha o produção desse bem caso ocorra uma
fornecimento atual de gado para o geada. Se isso acontecer, a oferta por
abate, a fim de aproveitar preços mais parte desse produtor deverá diminuir.
altos posteriormente. Isso provoca uma
diminuição na oferta de carne atual.
CETERIS PARIBUS
Permitimos que o preço de um produto se modifique, fazendo a
suposição de que os preços dos fatores de produção, a tecnologia, o
preço dos outros bens, as expectativas e as condições climaticas
(quando for o caso) permaneçam inalteradas (isso não quer dizer que
esses fatores não existam, mas tão somente que seu valor permanece
o mesmo durante a analise).
Assim, se todos os fatores determinantes da oferta permanecem o
mesmo, variações nas quantidades ofertadas do bem analisado so
podem ser atribuidas a variações no preço do proprio bem.
A RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE OFERTA E O PREÇO DO PRÓPRIO BEM
 Enfoca-se a relação quantidade ofertada e preço, mantendo os outros determinantes da oferta – preço dos fatores
de produção, tecnologia, preços de outros bens, expectativas e condições climáticas – constantes. Dito de outra
forma, enfoca-se a maneira como o produtor reage a mudanças de preços, ceteris paribus.

ESCALA DE OFERTA DE CAMISAS


Preço Quantidade Ponto
(KZ/camisa) (camisas/mês)
10.400,00 400 A
10.200,00 400 B
10.000,00 400 C
8.000,00 300 D
6.000,00 200 E
4.000,00 100 F
Podemos observar que a quantidade ofertada aumenta
quando o preço aumenta. Isso parece adequado se
imaginarmos que o produtor, ao conseguir um preço mais alto
por sua mercadoria, se sentira estimulado a aumentar a
produção desse bem. Alem disso, aumentos de produção
implicam despesas adicionais com materias-primas, energia
eletrica, horas extras, etc. Tudo isso acaba por elevar o custo
de produção, fazendo que o produtor somente auemente a
quantidade ofertada se ele for oferecido a um preço mais alto.
LEI GERAL DA OFERTA

 A oferta de um produto ou serviço qualquer, em determinado período de tempo, varia na razão


direta da variação de preços desses produto ou serviço, a partir de um nível de preços tal que seja
suficiente para fazer face ao custo de produção do mesmo até o limite superior de pleno emprego
dos fatores (de produção), quando se tornará constante, ainda que os preços em referência
possam continuar oscilando, mantidas as demais condições constantes.
Segundo essa lei, toda vez que o preço (P) aumenta, a quantidade ofertada (Qo) aumenta,
toda vez que o preço (P) diminui, a quantidade demandada (Qo) diminui.

ASSIM, QUANDO
P Qo

E QUANDO P Qo
OFERTA DE MERCADO
ESCALA DE OFERTA DE MERCADO
Quantidade Ofertada
Preço ($/camisa)
(camisa/mês)
A B Mercado (A+B)
100,00 400 600 1.000
80,00 300 500 800
60,00 200 400 600
40,00 100 300 400

 A escala de mercado será dada pela soma das quantidades ofertadas pelos produtores A e B a cada preço.
ESCALA DE OFERTA DE MERCADO

Quantidade Ofertada
Preço ($/camisa)
(camisa/mês)
A B C Mercado (A+B)
100,00 400 600 400 1.400
80,00 300 500 300 1.100
60,00 200 400 200 800
40,00 100 300 100 500

 Com a entrada de um novo produtor, a curva de oferta de mercado passa a ser dada por OM2. Isso significa que a
curva de oferta de mercado de camisas se deslocou para a direita (um aumento na oferta de camisas).
OFERTA NÃO LINEAR
 A curva da oferta não é necessariamente linear. Seu traçado deve, entretanto, respeitar a Lei
Geral da Oferta. Por isso, a curva de oferta deve inclinar-se positivamente e revelar a existência
de uma relação direta entre preços e quantidade que, à medida que aumentam os preços de
venda de um bem, paralelamente são acrescidas as quantidades ofertadas desse bem pelo
conjunto de ofertantes.

ESCALA DE OFERTA NÃO LINEAR


Preço Quantidade ofertada
($/unidade) (unidades/mês)
25,00 540
20,00 500
15,00 420
10,00 300
5,00 140
O EQUILIBRIO
DE QUE SE TRATA O PONTO DE
EQUILÍBRIO DE MERCADO?
Como ele acontece?
O EQUILIBRIO EM UM MERCADO COMPETITIVO

Chega-se o momento de juntar os dois lados do mercado, o da oferta e o da


demanda, a fim de ver de que maneira o preço e a quantidade de equilíbrio são
determinados. A atenção estará voltada somente para os mercados de tipo
competitivo, aqueles que existem muitos vendedores e muitos compradores.
Existirá equilíbrio estável em um mercado de concorrência perfeita quando o
preço do concorrente de mercado tende a ser mantido, se as condições de
demanda e oferta permanecerem inalteradas.
ANÁLISE DO EQUILÍBRIO PELAS ESCALAS DE OFERTA E DE DEMANDA
ESCALA DE OFERTA E DE DEMANDA DE MERCADO DE CAMISAS
Preço Q. Demandada Q. Ofertada Excesso de oferta (+) Pressão sobre
($/camisa) (camisas/mês) (camisas/mês) Excesso de demanda (-) o preço
100,00 1.000 11.000 +10.000 Descendente
90,00 2.000 10.000 +8.000 Descendente
80,00 3.000 9.000 +6.000 Descendente
70,00 4.000 8.000 +4.000 Descendente
60,00 5.000 7.000 +2.000 Descendente
50,00 6.000 6.000 Equilíbrio Nenhuma
40,00 7.000 5.000 -2.000 Ascendente
30,00 8.000 4.000 -4.000 Ascendente
20,00 9.000 3.000 -6.000 Ascendente
10,00 10.000 2.000 -8.000 Ascendente
EXCESSO DE OFERTA
EXCESSO DE OFERTA

Com a intenção de Essas reduções nos


realizar alguma Os demais Os consumidores preços se traduzem
Se nada for feito em aumento na
receita e eliminar produtores pensam percebem o
havera grande quantidade
excesso de e agem do mesmo excesso de estoque
volume de demandada,
mercadoria os jeito, criando e começam a
mercadorias paralelamente as
produtores passam incentivo para que regatear reduções nos preços
encalhadas em
a vender os os preços baixem (pechinchar) no provocam reduções
estoque;
produtos a preços ainda mais; preço; nas quantidades
mais baixos; ofertadas.
EXCESSO DE DEMANDA
EXCESSO DE DEMANDA

Com o aumento do
Nessa situação, preço, a quantidade
A um preço de muitos de produtos diminui, A redução na
mercado muito consumidores – na quer porque os quantidade
Em resposta ao demandada e o
baixo, os tentativa de Com isso o preço consumidores não aumento nos preços
produtores não de do produto podem mais pagar aumento na
participar do os produtores passam quantidade ofertada
dispõe a produzir, mercado – se aumenta. pelo produto e saem a ofertar mais.
do mercado, seja reduzem a diferença
beirando a dispõe a pagar um porque passam a entre elas.
escassez. preço mais elevado consumir menos
pelo produto. desses bens.
FIXAÇÃO DE PREÇOS MÁXIMOS

A política de preços máximos tem por objetivo defender o consumidor, e é


praticada quando o governo entende que o preço estabelecido pelo
mercado para determinado bem encontra-se em nível muito elevado.
Nessas ocasiões o governo intervém, fixando um preço máximo pelo qual a
mercadoria pode ser vendido. O preço estabelecido pelo governo deve ser
inferior ao preço de equilíbrio de mercado.
MERCADO DE GASOLINA

Preço Quantidade demandada Quantidade ofertada


($/1) (milhões de litro/dia) (milhões de litros/dia)
2,00 5 80
1,75 10 70
1,50 20 60
1,25 30 50
1,00 40 40
0,75 50 30
0,50 60 20
0,25 70 10
Consequências:
Surgimento de Vendas feitas
filas nos “por debaixo
postos do pano”

Racionamento Mercado
(estabelecido negro e
pelo governo) violação da lei
FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS

A política de preços mínimos tem por objetivo beneficiar o produtor


garantindo um nível de preços geralmente superior ao preço de
equilíbrio de mercado.

Ex.: O mercado de trabalho é um caso de ocorrência de preço mínimo


– salário mínimo.
ESCALA DE DEMANDA E DE OFERTA DE UM PRODUTO X

Preço X Quantidade demandada Quantidade ofertada


($/unidade) (x/mês) (x/mês)
7 2 20
6 6 18
5 10 16
4 14 14
3 18 12
2 22 10
1 26 8
Consequências:
1º caso: preço mínimo estabelecido abaixo do preço de equilíbrio de mercado.

• Nessas condições, como o preço mínimo é inferior ao preço equilíbrio, nada ocorrerá, e os preços e
quantidades praticados serão os de equilíbrio.

2º caso: preço mínimo igual ao preço de equilíbrio de mercado

• Nessas condições, o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio permanecem os mesmos.

3º caso: preço mínimo estabelecido superior ao preço de equilíbrio

• Nessas condições, ocorre um desequilíbrio, no caso, excesso de oferta.


• Nessas condições o governo pode adotar dois tipos distintos de política:
• a) Programa de compras;
• b) Programa de subsidio – nesse caso o governo permite que o preço diminua, mas, para manter a receita
dos produtores, paga a estes um subsidio, que é a diferença entre o preço mínimo e o preço pago pelos
consumidores por unidade.

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