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 Mercantilistas – consideravam o comércio e a indústria nascente como a principal origem da riqueza.

 Fisiocracia - primeira teoria económica propriamente dita foi formulada pelos fisiocratas, que tiveram em
François Quesnay seu principal representante e foram considerados por Karl Marx os verdadeiros criadores
da economia política. Os fisiocratas (fisiocracia = governo da natureza) sustentavam que a prosperidade e a
riqueza nacional dependiam em última instância da agricultura, já que somente ela gerava nova riqueza, e
que os demais bens económicos se originavam da transformação de seus excedentes de forma mais ou
menos directa.

 Escola clássica – Adam Smith lançou os alicerces da moderna economia, no seu livro, ele criticou e
desacreditou as políticas proteccionistas e alfandegárias do mercantilismo e defendeu a liberdade de
comércio. Muitas de suas ideias foram sintetizadas, formalizadas e desenvolvidas por David Ricardo,
parlamentar britânico que teve grande influência sobre a opinião pública e o governo de seu país, e
descreveu pela primeira vez o conceito de modelo económico como uma abstracção simplificadora da
realidade económica. O terceiro dos grandes clássicos britânicos foi Thomas Malthus, na sua obra previu
um crescimento aritmético da produção de alimentos e demais bens, e outro geométrico e, portanto, muito
mais rápido, da população e de suas necessidades, o que deveria levar, ao cabo de gerações, à fome e à
miséria generalizadas. As principais contribuições da escola clássica à teoria económica foram sua
afirmação da identidade entre os interesses particulares dos indivíduos e o interesse geral da sociedade,
assim como a teoria do valor-trabalho. A escola clássica lançou os alicerces do liberalismo, doutrina que
teria poderosa influência nos séculos vindouros. Em oposição aos fisiocratas, que, como se viu,
consideravam que só a terra podia gerar um produto líquido, os clássicos britânicos defenderam a teoria do
valor-trabalho, segundo a qual todo trabalho produtivo gerava um excedente económico, ou seja, riqueza.
Sendo o valor a quantidade de trabalho investida na produção de um bem, Ricardo chegou a afirmar que a
terra não possuía influência alguma na determinação do valor e considerou o capital como cristalização do
trabalho, isto é, uma reserva de trabalho anteriormente realizado.

 Doutrina económica marxista – Partindo da teoria do valor, exposta por David Ricardo, Karl Marx, seu
principal propagador, postulou que o valor de um bem é determinado pela quantidade de trabalho
socialmente necessário para sua produção. Segundo Marx, o lucro não se realiza por meio da troca de
mercadorias, que se trocam geralmente por seu valor, mas sim em sua produção. Os trabalhadores não
recebem o valor correspondente a seu trabalho, mas só o necessário para sua sobrevivência. Nascia assim
o conceito da mais-valia, diferença entre o valor incorporado a um bem e a remuneração do trabalho que foi
necessário para sua produção. Não é essa, porém, para Marx, a característica essencial do sistema
capitalista, mas precisamente a apropriação privada dessa mais-valia. A partir dessas considerações, Marx
elaborou sua crítica do capitalismo numa obra que transcendeu os limites da pura economia e se converteu
numa reflexão geral sobre o homem, a sociedade e a história.

 Marginalismo – O marginalismo constitui a corrente teórica mais importante desse período. Sua
principal característica foi o abandono da teoria clássica do valor-trabalho, substituída pelo conceito de
utilidade. Segundo os marginalistas, o valor de um bem não depende em última análise da quantidade de
trabalho a ele incorporado, mas sim da utilidade da última unidade produzida desse bem (utilidade
marginal). As teorias marginalistas possibilitaram um conhecimento profundo das economias de livre
mercado e constituíram o vínculo entre a escola clássica e a economia moderna. As principais escolas
marginalistas foram a de Viena, representada principalmente pelo austríaco Karl Menger; a de Lausanne,

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que teve como principais teóricos o francês Léon Walras e o italiano Vilfredo Pareto; e a de Cambridge, cujo
fundador, o britânico Alfred Marshall, procurou conciliar as teorias clássicas e as marginalistas.

 Keynes e o “Keynesianismo” – Keynes realizou um trabalho de crítica e síntese das anteriores escolas
económicas e afirmou que o equilíbrio a que tende a livre interacção entre os diversos factores económicos
não conduz ao pleno emprego dos meios de produção. Não é o aumento ou a queda dos salários que
determina a maior ou menor ocupação da mão-de-obra, mas sim o nível de produção que os empresários
tenham decidido alcançar. Quando existe um desequilíbrio entre a poupança e o investimento, pode haver
também um desemprego involuntário e permanente dentro de um equilíbrio económico não desejado. Essa
situação é, no fundo, consequência de uma insuficiente comunicação entre os diversos agentes
económicos. Assim, Keynes atribuiu aos investimentos públicos e, em geral, à intervenção do estado na
política económica um papel de primeiro plano, que deveria possibilitar uma política de crescimento
económico e de pleno emprego e uma actuação eficaz contra os desajustes cíclicos do sistema

 Economia pós-keynesiana – Nas décadas que se seguiram à segunda guerra mundial, a teoria
económica, que continuou profundamente marcada pela obra de Keynes, passou por intensa evolução. Em
primeiro lugar, generalizou-se de modo definitivo o recurso à matemática, que praticamente se insinuou em
todos os ramos da economia. Anteriormente, alguns economistas tinham feito uso do cálculo diferencial e
do cálculo integral, mas, com as tabelas de entradas-saídas de Leontief, a teoria das matrizes converteu-se
no método empírico privilegiado para reduzir as inter-relações entre indústrias e sectores económicos a um
sistema flexível e coerente de equações simultâneas. Ao lado da generalização do emprego da matemática,
ganharam impulso os estudos econométricos e foi atribuída cada vez mais importância ao planeamento
económico, necessário em maior ou menor grau não só em cada um dos países, como também, e de modo
crescente, para reduzir as grandes diferenças entre os países ricos e os países pobres. A atenção dada à
economia regional e à urbana, à da saúde e à da educação, representa também uma manifestação da
relevância da ciência económica nas sociedades modernas.

 Economia Política – estudo sistemático dos fenómenos que se verificam no funcionamento dos
mecanismos de que dependem as condições materiais do nível de vida, através da disponibilidade de bens,
com vista ao enunciado de “leis” que expliquem aquele funcionamento e à “previsão” de fenómenos futuros
que possibilitem acções tendentes a adequar os meios escassos aos fins tidos como mais desejados em
cada época e lugar, segundo a doutrina valorativa então predominante.

 Escassez – relação entre as necessidades das pessoas e dos bens que as satisfazem. Uma das
características dos bens económicos é a escassez, sendo que os bens económicos são escassos porque
também os recursos necessários à sua produção são escassos. O grande cerne do problema económico
consiste em adequar os recursos escassos às necessidades múltiplas, a sociedade humana só pode
sobreviver se resolver este problema económico com eficiência. A luta contra a escassez pode ser feita de
duas formas, Restrição e Produção/Distribuição, ou seja, através de um apelo económico para persuadir os
cidadãos de que uma certa diversificação de bens é um desperdício, e produzir e distribuir eficientemente
de modo a ir ao encontro das necessidades em constante crescimento. O problema da escassez é diferente
nas sociedades desenvolvidas das sociedades primitivas, na primeira verificamos que ao falar-se de
escassez as necessidades a satisfazer são normalmente secundárias e supérfluas, enquanto que nas
segundas são em grande parte essenciais.

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 Política Económica – exercício do poder na área económica, grandes estratégias, decisões que
influenciam as grandes decisões. Tem poder, autoridade, manda na área económica. É a adequação dos
meios para atingir os fins.

 Doutrina Económica – Análise dos valores colectivos e os correspondentes padrões que presidem à
vida de determinada sociedade. Estes valores têm de ser conhecidos se queremos atingir uma
compreensão satisfatória da respectiva economia. O seu objectivo é a qualificação das actuações e dos
resultados por recurso a uma determinada escala de valores.

 Teoria Económica – estuda de forma mais sistemática e cientifica os problemas relacionados com a
escassez na sociedade e contribui para a elaboração de teorias e modelos explicativos do funcionamento
da economia, contribuindo para a compreensão e resolução dos principais problemas para melhorar a
realidade.

Fenómenos Económicos Fundamentais:

 Produção – é um fenómeno económico que serve para tentar solucionar o problema da escassez, ou
seja, é uma actividade que nos permite obter bens conjugando funcionalmente os recursos de modo a
transformá-los em bens. É um processo dinâmico, pela força, através do qual se transforma factores ou
recursos produtivos em bens, sendo o seu último destino o consumo. Todo o esforço produtivo numa
comunidade visa á satisfação das necessidades dos consumidores.

 Consumo – utilização dos bens produzidos para a satisfação das necessidades. As necessidades dos
consumidores satisfazem-se através de fluxos de bens, por isso se diz que o consumo tal como a produção
são grandezas que se exprimem e se medem através de um fluxo, considerando um determinado período
de tempo, pois só assim ganham significado.

 Troca – operação por força da qual os agentes económicos e sociais trocam os bens ou serviços uns
com os outros, distribuindo-os para que pelo menos potencialmente todos tenham acesso a todo e qualquer
tipo de bem. Permite melhorar o nível colectivo e geral das necessidades o que contribui para o aumento do
nível de vida e bem-estar.

 Acumulação de Capital – possibilidade que os agentes têm de destinar uma parte dos seus
rendimentos ao investimento, ou seja, essa parte do rendimento vai permitir que essa riqueza seja
consumida no futuro, no modo desejável ou então novamente na economia.

 Volume e Administração do Produto – a quantidade de bens que se pode produzir está condicionada
pela quantidade e qualidade dos recursos que a economia pode dispor e do modo como os seus agentes
económicos conseguem utilizar esses recursos. Os recursos disponíveis por cada economia não existem
em quantidade ilimitada, daí o surgimento da escassez de bens, este facto apresenta gravidade porque as
necessidades são a expressão dos desejos dos indivíduos e esses desejos não têm limites.

 Composição do Produto – excede a simples fixação de espécie de bens a produzir e as suas


quantidades, compreendendo também o problema dos recursos produtivos. Torna-se essencialmente saber
quanto e que produto irá caber a cada um dos indivíduos.

 Repartição do Produto - depende do sistema económico adoptado pela sociedade em causa mas no
geral para todo o tipo de consumidores.

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 Elemento Natural – conjunto diverso de recursos que cuja existência não pressupõe qualquer esforço
ou custo (ex.: solo arável, riquezas solo e subsolo, vento, energia solar.)

 Trabalho – é todo o esforço humano dispendido com o intuito de alcançar um efeito útil que não se
reduz a esse mesmo esforço.

 Capital – conjunto de recursos previamente produzidos que resulta de um prévio processo de produção
para tornar mais eficiente o processo produtivo, para aumentar a produtividade do trabalho. (ex.: máquinas
de uma fábrica, matéria prima,...)

 Função Empresarial – consiste em reunir os recursos para a produção de bens necessários à


satisfação das necessidades. As suas características são essencialmente a iniciativa e o risco. O
empresário reúne os recursos conjugando os factores de produção, pagando remunerações em troca dos
serviços desses factores, competindo-lhe montar a empresa, tomar a iniciativa, assumir o risco do negócio e
acreditar que essa organização vai dar lucro.

 Circuito Económico – uma vez que a actividade de uma economia se desenvolve essencialmente na
perspectiva das relações entre empresas produtoras e famílias consumidoras, pode assim ser identificado
um resultante da existência de fluxos (reais e monetários) entre entes dois importantes agentes, traduzidos
em deslocações de bens em sentidos opostos (ou de moeda, no caso dos fluxos monetários) de cada um
destes agentes para o outro.

 Mercado – operação por força da qual um agente entrega uns bens a outro e recebe desse outro algo
em troca. É o local onde um sujeito se encontra com outro sujeito económico para fazerem um acordo que
beneficie ambos. É o fenómeno da Troca que está em causa nos mercados e as suas transacções
designam-se por Oferta e Procura.

 Principio da Economicidade - conjugação dos factores de produção para obter a maior produtividade
possível utilizando o menor custo, Maximizar o Lucro vs Minimizar o Custo, maior receita com a menor
despesa, maior produção e rendimento com menor custo. Os processos económicos são processos
relativos ao uso de meios (recursos e bens) escassos e susceptíveis de emprego alternativo, este emprego
tende a obedecer ao Principio da economicidade e as decisões tomadas a seu respeito inserem-se não em
relações simples de causa efeito, mas em relações complexas de interdependência entre os
comportamentos dos diversos agentes económicos.

 Economia – não é uma ciência exacta porque não determina valores exactos, é uma ciência cujas leis
se dizem tendenciais. No processo económico nada é definitivo nem unilateral, tudo depende do
comportamento dos agentes económicos e esses comportamentos exprimem-se em opções, em escolhas
que influenciam os termos dos comportamentos, das opções de outros agentes económicos.

 Moeda – é todo o meio geral e imediato de pagamento, expresso numa unidade de conta, sejam quais
forem o seu conteúdo e forma e o fundamento do seu poder liberatório. A moeda é o intermediário geral das
trocas, porque é aceite com generalidade, interpõe-se entre cada par de bens a trocar, substitui a troca
directa por um troca indirecta. Todos os valores de todos os bens vão à moeda buscar o seu ponto comum
de referência, a moeda desempenha a função de construir a unidade de conta de todo esse universo de
valores. Tendo moeda podemos comprar bens, contudo pode optar-se por não o fazer, esta não ocupa lugar
nem deteriora, é uma forma liquida de detenção de riqueza, é a reserva de valor, reserva adequada desde

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que o seu valor não sofra variações significativas. Serve de padrão de pagamento tanto no presente como
no futuro. É com a sua entrega que se realizam definitivamente as operações em que participa, liquidam-se
as dividas, tem poder liberatório com características de liquidez.

 Bens económicos – em economia os bens económicos são escassos, ao passo que as necessidades
humanas são infinitas. Os bens económicos podem ser materiais – um automóvel, por exemplo – ou
imateriais, como os serviços prestados por uma instituição financeira.

 Bens Materiais distinguem-se os de consumo, como alimentos, roupas etc., e os de produção ou


capital, como as matérias-primas e as máquinas industriais, que servem para a criação de novos bens
económicos (ditos, nesta acepção, “bens intermediários” ou de “consumo intermédio” – por contraposição
aos bens de “consumo final”).

 Sectores Económicos – existência de três sectores básicos: o primário, o secundário e o terciário. De


acordo com o grau de desenvolvimento dos diversos países, altera-se a participação e o peso relativo dos
diferentes sectores na sua economia. Assim, os países em desenvolvimento podem apresentar um sector
primário proporcionalmente muito importante, ao passo que nos países desenvolvidos esse sector perdeu
importância para o industrial e o de serviços (fenómeno conhecido por “terciarização” das economias dos
países mais desenvolvidos – também conhecidos por “países industrializados”).

 Sector Primário – compreende a agricultura, a pecuária, e as pescas, além das indústrias extractivas,
florestais ou minerais.

 Sector Secundário – é integrado por todas as actividades de transformação e é também chamado,


frequentemente, industrial.

 Sector Terciário – conhecido igualmente como sector de serviços, agrupa todas as actividades
económicas não relacionadas directamente com a produção de bens físicos, como os transportes, a
administração pública, serviços bancários e financeiros, actividade seguradora, comércio por grosso e a
retalho, publicidade, “media”, etc.

 Micro economia / Macroeconomia – A divisão da economia em micro e macroeconomia só se


generalizou no século XX, quando, cada vez mais, tornou-se necessária uma reflexão generalizadora sobre
a economia dos diversos países ou das grandes áreas geoeconómicas.

 Micro Economia – concentra a atenção na análise das unidades elementares da vida económica, a
empresa e o consumidor, identificando-se assim com a economia clássica.

 Macroeconomia – ocupa-se do estudo dos grandes fenómenos económicos, como, por exemplo, a
produção nacional, a distribuição de rendimentos, a evolução da poupança e dos investimentos etc. Embora
as análises macroeconómicas sejam modernas, existem delas notáveis antecedentes.

 Produto nacional (PN) – O principal dado macroeconómico de um país é a produção total por ele obtida
ao longo de um ano. Esse número materializa o resultado das actividades de todos os agentes económicos,
e por meio dele mede-se o crescimento da economia.

 Produto Interno Bruto (PIB) – soma do valor de todos os bens finais, ou seja, excluindo-se os
chamados bens intermediários, cuja única finalidade é a criação dos bens finais, produzidos no país durante

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um ano. O PIB tem, pois, uma dimensão de territorialidade e não considera a nacionalidade dos agentes
económicos.

 Produtos Nacional Bruto (PNB ) – Quando se leva em conta a nacionalidade dos agentes económicos,
residam eles no país ou não.

 Produto Interno Líquido (PIL) e o Produto Nacional Líquido (PNL) - quando no PIB e no PNB se
tomam em consideração também os custos da amortização da máquina produtiva, isto é, seu desgaste e
sua depreciação.

 Actividade Financeira (em geral) - traduz-se na circunstância de os agentes económicos e sociais


terem que ter modos de obter dinheiros a fim de poderem realizar as despesas necessárias com a aquisição
ou a produção dos bens que lhes satisfazem as necessidades. Contudo, consoante seja desenvolvida por
particulares ou pelo Estado essa actividade reveste-se de características (ou, até, de finalidades) diferentes,
pelo que se justifica distinguir, em linhas gerais e nesta lógica, as Finanças públicas das Finanças privadas.

 Finanças “Privadas” – podemos falar da actividade financeira no contexto das famílias ou das
empresas particulares. Os particulares financiam-se principalmente, com as receitas das suas vendas,
obter lucro (empresas) ou felicidade (famílias), para os particulares, as perspectivas de obtenção de
receitas determinam as despesas .

 Finanças “Públicas” – podemos falar da actividade financeira desenvolvida pelas colectividades


públicas (Estado, em sentido amplo). O Estado financia-se principalmente com impostos, propõe-se
satisfazer necessidades colectivas, as despesas condicionam as receitas

 Objecto das Finanças Públicas - enquanto disciplina científica que releva da área jurídico-económica,
é o estudo de tudo o que se relaciona com a obtenção e utilização de meios financeiros pelas colectividades
públicas, maxime, pelo Estado (entidades dotadas de autoridade pública), isto é, de dinheiros e créditos
destinados a ser utilizados em despesas com a produção de bens e de serviços que satisfazem
necessidades colectivas ou públicas (necessidades que relevam da vida do Homem socialmente
organizada, dito doutro modo, da “Sociedade”, enquanto tal). O Estado foi, ele mesmo, concebido para
servir essa mesma Sociedade; o Estado não é um indivíduo, mas sim uma pessoa colectiva que dá corpo a
uma determinada forma de organização política da Sociedade destinada para atingir as finalidades por
estas escolhidas. Havendo, então, necessidades a satisfazer, o Estado deverá visar a satisfação das
necessidades colectivas, aquele tipo de necessidades que se satisfaz com bens públicos em sentido lato;
bens públicos, propriamente ditos e bens semi-públicos (aqueles que satisfazem simultaneamente as duas
ordens de necessidades: as necessidades colectivas e as necessidades individuais daqueles que, em
concreto, os utilizam e quando os utilizam).

 Direito Financeiro – é constituído pelo subsistema de normas que regulam genericamente a obtenção,
a gestão e o dispêndio dos meios financeiros públicos (receitas patrimoniais, créditos, impostos e taxas,
incluindo receitas parafiscais).

 Direito Tributário – é o subsistema jurídico mais restrito constituído pelas normas relativas à obtenção e
utilização das receitas de natureza coactiva, isto é, aquelas cujo montante é autoritariamente estabelecido
pelo Estado, por Lei ou autorização de lei (impostos, taxas, parafiscalidade).

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 Direito Fiscal – diz respeito ao subsistema normativo ainda mais restrito que, em bom rigor, respeita
apenas à incidência, lançamento e cobrança da principal (e unilateral) fonte de receita coactiva e de receita
em geral da administração pública (os impostos).

 Orçamento Geral do Estado (OGE) – um documento essencialmente técnico-jurídico, especialmente


aprovado pelo órgão de soberania parlamentar, onde são previstas e computadas as receitas e as despesas
a obter e a realizar pela administração pública num determinado período financeiro (normalmente, um ano).

 Elementos que caracterizam um OGE - O carácter prospectivo (é uma “previsão”); A limitação no


tempo, é uma “lei temporária”, com um termo inicial e um termo final); A especial autorização pelo órgão de
soberania onde têm assento os representantes dos cidadãos “contribuintes”, uma vez que a principal receita
do Estado são os impostos e a sua criação e a consequente autorização legal de cobrança constitui uma
limitação ao direito constitucional fundamental da propriedade privada).

 Funções de um OGE – Relacionar as receitas com as despesas; Fixar as despesas; Concretizar o


plano financeiro do Estado

 Orçamento – Um orçamento é sempre uma previsão, diz-nos “quanto se espera gastar, quanto se
espera receber” e respeita ao futuro;

 Conta – diz respeito ao passado, é uma concretização: diz-nos “o que se gastou e o que se recebeu”,
regista as despesas pagas e as receitas obtidas. No dia “31 de Dezembro, às 24 h” o OGE “transforma-se”
em Conta Geral do Estado!

 Balanço – Um balanço, por seu turno, dá-nos num determinado momento (presente), o quadro da
situação patrimonial existente, pelo confronto do activo, o que se possui e o que se tem a receber, com o
passivo, o que se tem a pagar.

 Princípios e Regras de organização do OGE português – regras do direito positivo português,


actualmente em vigor – V. “Titulo II” da Lei de enquadramento orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto,
republicada pela Lei n.º 48/2004, de 24 de Agosto): ANUALIDADE (art. 4.º), UNIDADE (art. 5.º, 1, 1.º
parte), ESPECIFICAÇÃO (art. 8.º), NÃO-COMPENSAÇÃO ou ORÇAMENTO BRUTO (art. 6.º),
UNIVERSALIDADE (art. 5.º, 1, 2.ª parte), NÃO-CONSIGNAÇÃO (art. 7.º), EQUILÍBRIO (arts. 9.º, 23.º e
28.º), EQUIDADE INTERGERACIONAL (art. 10.º), PUBLICIDADE (art. 12.º),

 Cooperação económica – processo (reversível) de aproximação relativa entre duas ou mais economias
sem perda de independência de qualquer delas.

 Integração económica – processo profundo e tendencialmente irreversível de harmonização entre duas


ou mais economias inicialmente independentes, podendo levar no limite a uma “fusão” (integração total das
mesmas numa só, resultante das anteriores).

 FORMAS DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA INTERNACIONAL – Zona De Comércio Livre (ZCL), União


Aduaneira (UA), Mercado Comum (MC), União Económica E Monetária (UEM), Integração Económica
Total (IET), União Política (UP).

 ZCL – os Estados que constituem esta zona económica integrada liberalizam apenas a circulação das
mercadorias devendo desaparecer progressivamente todos os obstáculos (pautais e não pautais) à

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circulação dos bens materiais entre eles mantendo, no entanto, os referidos Estados a sua soberania
aduaneira relativamente a Estados terceiros (isto é, Estados não pertencente à zona).

 ECU (European Currency Unit) – Unidade monetária de conta constituída por um cabaz de
determinados montantes de cada moeda comunitária, tendo em atenção a importância económica relativa
de cada um dos países;

 Mecanismo das Taxas de Câmbio (MTC) – Existência de paridades bilaterais entre as moedas do
sistema, em torno das quais se fixaram limites de flutuação de +/ – 2,25% (banda estreita), podendo em
alguns casos particulares ser de +/ – 6% (banda larga);

 Mecanismos de Crédito – O Fundo Europeu de Cooperação Monetária (FECOM) gere as facilidades de


crédito a curto prazo associadas ao SME, as quais se destinam a financiar as operações de apoio às
moedas que fazem parte do sistema.

 Inflação – dentro de 1,5 p.p. da média dos 3 Estados-membros com melhores resultados em termos de
estabilidade dos preços.

 Défice Orçamental – igual ou inferior a 3% do PIB

 Dívida Pública – igual ou inferior a 60% do PIB ou tendência decrescente para 60%.

 Taxa de Juro de Longo Prazo – dentro de 2 p.p. relativamente à média dos 3 Estados-membros com
menor taxa de inflação.

 Estabilidade Cambial – cumprimento durante pelo menos 2 anos das margens normais do SME, sem
desvalorizações.

 Instituto Monetário Europeu – Reforçar a cooperação entre os Bancos Centrais nacionais e coordenar
as políticas monetárias dos Estados-membros; Supervisionar o funcionamento do Sistema Monetário
Europeu; Supervisionar a estabilidade das instituições e mercados financeiros; Verificar o grau em que os
critérios de convergência para o acesso à UEM se encontram realizados pelos países membros e disso
informar o Conselho.

 Comité Monetário Composto por quatro membros, designados em partes iguais pela Comissão e pelos
Estados-membros; Comité de carácter consultivo cujas funções são: informar regularmente o Conselho e a
Comissão sobre o sistema; geral de pagamentos dos Estados-membros; apresentar pelo menos uma vez
por ano um relatório sobre o movimento de capitais e liberdade de pagamentos; dar pareceres ao Conselho
e à Comissão; contribuir para a preparação dos trabalhos do Conselho.

 Sistema Europeu De Bancos Centrais – SEBC é constituído pelo BCE e pelos bancos centrais
nacionais dos 15 Estados-membros da UE. O modo como o SEBC executa as suas funções dentro da área
do Euro designa-se por EUROSISTEMA, formado pelos 12 euro bancos centrais nacionais e o BCE.

 Eurosistema – Definir e implementar a política monetária da zona Euro; Realizar operações cambiais;
Deter e gerir as reservas cambiais dos Estados participantes; Assegurar um bom funcionamento dos
sistemas de pagamentos na zona Euro; Contribuir para as actividades das autoridades nacionais
competentes em matéria de fiscalização das instituições de crédito e de estabilidade do sistema financeiro;
Autorizar a emissão de notas bancárias na zona Euro.

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 Comité Económico e Financeiro – É composto no máximo por seis membros nomeados em partes
iguais pelos Estados-membros, a Comissão e o Banco Central Europeu. Desempenha as funções,
acompanhamento da situação económica e financeira dos Estados-membros e da Comunidade, formulação
de pareceres, etc., que o Comité Monetário assegurou até 31 de Dezembro de 1998.

 Globalização – é um processo económico e social que estabelece uma integração entre os países e as
pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias,
realizam transacções financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do
planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma
rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e
económicas de forma rápida e eficiente.

 Blocos Económicos e Globalização – Dentro deste processo económico, muitos países juntaram-se e
formaram blocos económicos, cujo objectivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros.
Neste contexto, surgiram a União Europeia, o Mercosul, a Comecom, o Nafta, o Pacto Andino e a Apec.
Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte
de um bloco económico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

 Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa - a globalização extrapola as relações comerciais e


financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de
entrar em contacto com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais
de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai,
cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande Aldeia Global.
Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma
universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

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