Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROTECÇÃO JURÍDICA
Tem direito à protecção jurídica nos termos do artº. 7º da lei 34/2004 todos os cidadãos
nacionais e da U.E., assim como os apátridas e os estrangeiros com titulo de residência
num estado da U.E e que demonstrem estar em situação económica difícil.(artº. 7º, 1)
1º É preciso saber se está em causa o direito de um titular lesado ou em vias de o ser.
Não deve ser solicitada a protecção jurídica por simples curiosidade ou para saber da
interpretação da norma. O apoio judiciário compreende a nomeação de patrono e o
pagamento dos honorários, a taxa de justiça está dispensada de pagamento.
A constituição obriga a que todos tenham acesso ao patrocínio. (art. 20ºCRP).
A concessão do patrocínio está ligada ao rendimento do agregado familiar e ao valor da
acção. O patrocínio pode ser pedido em qualquer altura.
A concessão do apoio judiciário compete à Segurança Social da área da residência ou
sede do requerente.
A decisão do pedido de apoio judiciário é notificada ao requente, e, em caso de
nomeação de patrono, também à ordem dos advogados ou à Câmara dos Solicitadores.
É competente o tribunal da comarca em que está sediado o serviço da Segurança Social
que apreciou o pedido ou o tribunal em que se encontra a acção.
A acção considera-se proposta na data em que foi apresentado o pedido de nomeação do
patrono.
O beneficiário pode requerer à ordem dos advogados a substituição do patrono nomeado
(art. 32º,1), por sua vez o patrono pode também escusar-se mediante requerimento
dirigido à ordem ou à câmara alegando os motivos de escusa.
A Fase dos articulados é quando o autor e o réu são intervenientes, é nesta fase que o
réu e o autor legam as razões de facto e de direito (art. 664º CPC). Os articulados, são as
peças em que as partes expõem os fundamentos de acção e de defesa, fazendo a
formulação dos pedidos (art. 151º CPC). Os factos são apresentados por artigos.
O autor ao instaurar a acção alega os factos, o réu contesta, o autor define a acção.
Fases dos articulados
O Juiz, saneia o processo de todos os obstáculos necessários para que o processo siga.
Se o processo seguir o juiz condensa os factos que vêem formulados no articulado para
irem a julgamento final e formula os requisitos. Estando os factos condensados segue-se
a fase instrutória;
Autor e Réu indicam os documentos (provas) que sejam necessários para fazer a prova.
É aqui que se vai saber quem tem o ónus da prova. A partir daí o juiz marca o
julgamento.
Julgamento de facto – são as provas que o juiz fundamentou das provas de facto, é a
resposta aos requisitos, julga aprovado ou não aprovado.
Julgamento de direito – é quando o juiz formula um juízo, faz a intervenção dos factos
e dá a sentença.
A Fase dos Articulados finda com a contestação. Se o réu não se defender por
excepção ou não apresentar a reconversão.
A Réplica serve para responder à matéria da excepção ou para o Autor responder ao
Réu (pedido reconvencional art. 502º CPC).
Aqui se o Autor modificar o pedido ou a causa de pedir ou deduzir pode o Réu
responder através da Tréplica (art.º 503 CPC).
Podem ainda ser apresentados articulados supervenientes (art. 506 e seguintes)
A Narração é a parte em que o Autor expõe os factos e as razões de direito que servem
de fundamento à acção. O autor deve alegar os factos principais e os instrumentais. A
narração é a causa de pedir.
A Conclusão, é a parte em que o autor formula o pedido ou seja, a tutela jurídica em que
pretende obter.
O autor pode juntar as provas e o rol de testemunhas juntamente com a petição inicial.
A petição pode ser entregue na secretaria judicial ou conforme art. 150 CPC. A
secretaria pode recusar, fundamentando por escrito e de acordo com o art. 474 CPC.
DESPACHO LIMINAR
Estes despachos já não existem, é a secretaria que cita o réu oficiosamente sem
necessidade de despacho prévio (art. 234º, 1 CPC) só no fim dos articulados é que vai
para o juiz, nesta altura já não poderá proferir despacho de indeferimento liminar, mas
existem excepções (art. 234º, 4 CPC).
Quando a citação depende de prévio despacho judicial, pode o juiz, indeferir
liminarmente a petição em vez de ordenar a citação.
Excepções dilatórias insupríveis (art. 234, A1 CPC). Isto acontece quando se evidencie
que o processo não vai levar a nada e por isso põe-se termo ao processo.
O autor pode apresentar outra petição no prazo de 10 adias a contar da notificação do
despacho do indeferimento (art. 476- 234, A1 CPC).
O indeferimento extingue a instância à nascença (art. 287,A CPC), o juiz pode em vez
do indeferimento convidar o autor a suprir irregularidades, insuficiências ou
imprecisões da petição inicial.
O convite para estas insupribilidades é feito às partes só no fim dos articulados (art. 508,
2 CPC), mas isto só acontece se ao juiz não é dada a oportunidade como a que se lhe
depara quando o processo exige prévio despacho de citação, isto é, no começo do
processo. Estes vícios devem ser sanados logo no início.
A ineptidão é um vício próprio da petição inicial, não pode ser encontrado em qualquer
outro articulado.
O art. 467, 1, e, diz que o autor formule o pedido, essa formulação deve ser expressa e
constar da parte final da petição inicial.
A falta de ininteligibilidade gera a ineficácia e por conseguinte a sua nulidade.
Não se deve confundir ininteligibilidade com outra situação como por exemplo: em que
o pedido com a causa de pedir estai redigidos de forma incorrecta ou deficiente (art.
508,2 CPC).
A ineptidão pode surgir por o autor ter cumulado causas de pedir ou pedidos
substancialmente incompatíveis (art. 468 CPC) pedidos alternativos (art. 469 CPC)
pedidos subsidiários.
A cumulação de pedidos só pode subsistir se os mesmos forem substancialmente
compatíveis. Há incompatibilidade quando se verifica não ser possível determinar com
segurança o que o autor pretende. A ineptidão não nasce de vícios formais (art. 193, 4).
Gera a nulidade de todo o processo, esta nulidade constitui uma excepção dilatória (art.
494, b). É uma excepção de conhecimento oficioso (art. 195º-202º).
É com a citação que se dá a conhecer ao réu que foi posta uma acção contra ele e é
chamado ao processo para se defender. A notificação serve para chamar alguém a juízo
ou dar conhecimento de um facto (art. 228, 2 CPC).
A citação e a notificação servem para dar conhecimento de certo facto.
É à secretaria que incumbe promover oficiosamente as diligências adequadas à
efectivação da regular citação pessoal do réu remoção das dificuldades que obstam à
realização do acto (art. 234, 4, e----479) ler este artigo todo 234
Art. 235 Elementos a transmitir obrigatoriamente ao citando (ver do art. 235 até 263).
2- Inibe o réu de propor contra o autor a acção destinada à apreciação da mesma questão
jurídica (art. 481, c). A partir da citação do réu fica este vedado propor e fazer seguir
contra o autor a acção que tenha a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. Se vier a
propor tal acção, estaremos perante um caso de litispendência (art.494º. i)
A) Noção
Através da contestação é dada ao réu a oportunidade de se defender da pretensão
formulada pelo autor na petição inicial. Este articulado, sobre o ponto de vista
formal tem um conteúdo semelhante há da petição inicial. Deve começar pelo
cabeçalho ou intróito, onde é designado o tribunal e identificadas as partes. Porém,
deve ainda conter o número do processo o juízo ou vara e a secção (art.488º).
A narração constituiu a parte do articulado em que o réu expõe as razões de facto e
de direito por que se opõe à pretensão do autor e especificando separadamente as
excepções que deduza (art.488º). A lei impõe, portanto, que se faça a distinção, de
forma clara, entre a defesa por impugnação e a defesa por excepção.
Na conclusão deve o réu terminar a sua defesa formulando o respectivo pedido, que
pode ser o de absolvição da instância ou do pedido. É necessário dizer o valor da
acção. Deve ainda indicar os documentos que junta, incluindo a procuração passada
a advogado, quando o patrocínio for obrigatório. O articulado deve ser assinado pelo
réu ou pelo seu mandatário.
EXCEPÇÕES DILATÓRIAS
a) Enumeração
As excepções dilatórias como o próprio nome indica obstam a que se entre na
apreciação da relação jurídica material por faltar, alguma coisa a essa pronuncia final;
elas não afectam o direito de acção: elas dilatam, protelam, adiam a decisão do litigio.
Em vez de extinguirem a acção, apenas a retardam, não a afastam definitivamente. O
art. 494º enumera, a titulo exemplificativo, algumas excepções dilatórias.
Verifica-se a excepção de caso julgado sempre que já tenha sido proferida decisão de
mérito em processo anterior ou que tenha sido proferida uma decisão anterior sobre a
relação processual. Na primeira hipótese designa-se caso julgado material, porque a
decisão recaiu sobre a relação material ou substantiva. Na segunda, tendo a decisão
recaído sobre questões de carácter processual, diz-se que apenas faz caso julgado
formal.
O caso julgado material tem força obrigatória não só dentro do processo em que a
decisão foi proferida, mas também fora dele (art. 671º).
O caso julgado formal só tem força obrigatória dentro do processo em que os
despachos ou as decisões foram proferidos (art.672º).
O caso julgado formal, também chamado de simples preclusão, apenas impede no
mesmo processo, e não noutro, seja alterada a respectiva decisão.
C) ABSOLVIÇÃO DA INSTÂNCIA
Perante excepções dilatórias que não foram sanadas, o juiz deverá abster-se de
conhecer do pedido e absolver o réu da instância (art.288º, 1 – consequências).
A absolvição da instância não obsta a que se proponha outra acção sobre o mesmo
objecto (art.289º 1). Ainda que as excepções dilatórias não sejam sanadas, não terá lugar
a absolvição da instância quando, destinando-se a tutelar o interesse de uma das partes,
nenhum outro motivo obste, no momento da apreciação da excepção, a que se conheça
do mérito da causa e a decisão deva ser integralmente favorável a essa parte (art.288º,
3). Deste modo, se o juiz se considerar habilitado a decidir sobre o mérito da causa, não
deverá deixar de proferir a decisão, quando esta seja integralmente favorável à parte
cujo o interesse seja tutelado pelo pressuposto processual que fundamentaria a
absolvição da instância.
O tribunal deve conhecer oficiosamente das excepções dilatórias, com exclusão da
derivadas de incompetência relativa nos casos não abrangidos no (art.110º), bem como
da preterição do tribunal arbitral voluntário (art.495º).
EXCEPÇÕES PEREMPTÓRIAS
Enquanto que as excepções dilatórias conduzem à absolvição da instância (art.288º e
493º, 2) as peremptórias conduzem à absolvição do pedido (art. 493º, 3).
A alegação de excepções peremptórias constitui um meio de defesa em que o réu
invoca factos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor (art. 487, 2 e
493º, 3).
São factos impeditivos os que obstam a que o direito do autor se tenha validamente
constituído. Consideram-se como tais os factos que constituem motivos legais da
invalidade do negócio jurídico como por exemplo, erro, dolo ou coacção. Podemos
ainda referir que no (art.1780º, 1 a, CC) o cônjuge não pode obter o divórcio se tiver
instigado a praticar o facto invocado como fundamento do pedido. Esta instigação
constitui facto impeditivo do nascimento do direito de obter o divórcio.
Factos extintivos são os que tenham produzido a extinção do direito do autor, depois de
validamente formado, por exemplo o pagamento, o perdão, a renúncia, a caducidade, a
prescrição, ect. e o (art.1780º. b, CC).
Factos modificativos, são os que alteraram os termos do direito do autor por exemplo no
caso de ter sido mudado percurso de uma servidão de passagem, a concessão moratória,
ect. Reconduzem-se aos factos extintivos, pois como que terão extinguido parcialmente
o direito deduzido contra o Réu.