Você está na página 1de 2

TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

(LEI 67/98)

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA (LEI 67/98 - art.2º) –> o tratamento de dados pessoais deve processar-se de
forma transparente e no estrito respeito pela reserva da vida privada, bem como pelos direitos, liberdades e
garantias fundamentais.
 PRINCÍPIO DA FINALIDADE (LEI 67/98 - art.5º, 1, b)) –> tem que ser legítimo e não contrário à lei.
 PRINCÍPIO DA LICITUDE (LEI 67/98 - art.5º, 1, a)) –> verificação dos cumprimentos das regras nacionais,
comunitárias e internacionais., não pode ser contrário à boa fé.
 PRINCÍPIO DA LEALDADE (LEI 67/98 - art.5º, 1, b)) –> está relacionado com a transparência de dados
pessoais, não pode ocorrer por razões secretas.
 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO, PERTINÊNCIA E PROPORCIONALIDADE (LEI 67/98 - art.5º, 1, c)) –> os
dados pessoais tem que ser adequados à finalidade para que são recolhidos.
 PRINCÍPIO DA EXACTIDÃO E ACTUALIZAÇÃO DOS DADOS (LEI 67/98 - art.5º, 1, d)/ art.11º, 1) –> não deve
estar desfasados da realidade; os dados tem que estar correctos e em dia.

DIREITOS DOS TITULARES

 DIREITO AO ESQUECIMENTO (LEI 67/98 - art.5º, 1, e)) –> os dados apenas pode ser conservados de forma a
permitir a identificação dos seus titulares durante o período necessário para a prossecução das finalidades da
recolha; só a definição de um tempo de conservação dos dados pode impedir a apropriação perpétua de amplas
facetas de vida pessoal; após o prazo fixado têm de ser apagados pelo responsável; (o Dto. do Esquecimento está
associado ao Dto. do Apagamento (LEI 67/98 - art.11º, 1)).

 DIREITO À CURIOSIDADE –> traduz-se no direito de inquirirmos qualquer entidade sobre se dispõe de dados
sobre nós próprios (fundamenta-se no Dto. à autodeterminação).

 DIREITO DE INFORMAÇÃO (LEI 67/98 - art.10º) –> é o dto antes da realização do tratamento de dados; este
dto pode ser dispensado por lei ou por deliberação da CNPD, por motivos de segurança, prevenção ou investigação
criminal; os titulares dos dados têm o dto a ser informados.

 DIREITO DE ACESSO (LEI 67/98 - art.11º) –> possibilidade de aceder às informações que lhe respeitem para
conhece-las, rectificá-las ou actualizá-las.

 DIREITO DE RECTIFICAÇÃO E ACTUALIZAÇÃO (LEI 67/98 - art.11º, 1, d)) –> impõe ao responsável do
tratamento o dever de rectificação dos dados devido ao carácter incompleto ou inexacto dos dados.

 DIREITO DE APAGAMENTO OU BLOQUEIO (LEI 67/98 - art.11º, 1, d)) –> sempre que o titular dos dados
verificar que os dados que lhe respeitam são inexactos ou estão a ser causados para além do prazo.

 DIREITO DE OPOSIÇÃO (LEI 67/98 - art.12º) –> dto que cada cidadão tem de controlar o uso que é feito dos
seus dados pessoais; possibilita a recusa a responder a um inquérito ou sondagem.

 DIREITO AO Ñ TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS OU SENSÍVEIS (LEI 67/98 - art.7º, 2 / CRP art. 35º, 3)
–> a manifestação de vontade implica a existência de uma exteriorização comprovada e livre sem intervenção de
qualquer coacção.

 DIREITO À Ñ SUJEIÇÃO A UMA DECISÃO INDIVIDUAL AUTOMATIZADA (LEI 67/98 - art.13º) –> quando
uma decisão é exclusivamente tomada com uso da informática e não ocorra no âmbito daquela celebração ou
execução de um contrato.

1
COMÉRCIO ELECTRÓNICO

 COMÉRCIO ELECTRÓNICO DIRECTO –> relações comerciais em que o pagamento do preço e a entrega dos
produtos se processa na internet. (ex: registos dos nomes dos domínios)

 COMÉRCIO ELECTRÓNICO INDIRECTO –> relações comerciais em que o pagamento do preço do processo de
forma tradicional (entrega) e o produto, pela sua natureza, é entregue de forma física.

 “BUSINESS-TO-BUSINESS” (B2B) –> quando um comerciante utiliza o comércio electrónico para encomendar
material aos seus fornecedores.

 “BUSINESS-TO-CONSUMER” (B2C) –> comércio a retalho; relações comerciais entre produtor e consumidor.

 “BUSINESS-TO-ADMINISTRATION” (B2A) –> conjunto de transacções efectuadas on-line entre empresas e


adm. Pública.

 “CONSUMER-TO-ADMINISTRATION” (C2A) –> transacções efectuadas entre os cidadãos e a adm. pública.

 PRINCÍPIO LIBERDADE DE EXERCICIO –> liberdade de exercício dos actos subjacentes à prestação dos
serviços da sociedade de informações. Não necessitando de autorização prévia ou licenciamento, mas apenas
de uma autorização e licença individual no domínio dos serviços de telecomunicações.

 PRINCÍPIO DA EQUIPARAÇÃO –> os prestadores de serviços que estejam estabelecidos em Portugal, estão
sujeitos às regras estabelecidas na Lei Portuguesa, ainda que esses serviços sejam prestados noutros países.

 PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE:

 PRESTADORES NA U.E. –> é aplicável o regime jurídico no país onde o prestador tem o seu
estabelecimento efectivo.

 PRESTADORES FORA DA U.E. –> é a aplicável o regime jurídico da Lei Portuguesa.

 DEVER DA INFORMAÇÃO –> com o objectivo de estabelecer confiança e segurança aos utilizadores.

 BENEFÍCIOS:

 EMPRESAS –> alargar mercados e angariar novos clientes; reduzir custos de venda; melhor
identificação de produtos; ajustar vendas, melhor gestão e escoamento dos stocks; melhores
campanhas promocionais.

 ADM. PÚBLICA –> gestão mais eficiente dos recursos humanos; redução dos custos de
funcionamento; vantagens na aquisição de materiais e equipamentos; maior proximidade com os
administrados.

 CIDADÃOS/CLIENTES –> alargamento dos mercados; melhoria da qualidade dos produtos e serviços;
redução dos preços; celeridade no acesso dos bens; comodidade.

 ÍNCONVENIENTES –> redes informáticas/comunicação ainda não estão preparadas para uma adesão em
massa; esforço/investimento acrescido ao nível da permanente actualização de um sítio de comércio electrónico;
resistências psicológicas (pagamentos e manuseamento/teste de produtos).

Você também pode gostar