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Lei Geral de Proteção de

LGPD Dados Pessoais (LGPD)


Gustavo Pinto Vilar
Fundamento
LGPD s
I - o respeito à privacidade;

II - a autodeterminação informativa;

III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de


opinião;

IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;

V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;

VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;

VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da


personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas
naturais.

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LGPD O que é
Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural
ou jurídica de direito público ou privado, para
proteger os direitos fundamentais de liberdade
e de privacidade e o livre desenvolvimento da
personalidade da pessoa natural

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LGPD Objetivo
Garantir a privacidade dos dados pessoais e
permitir um maior controle sobre eles. Além
disso, a lei cria regras claras sobre os processos
de coleta, armazenamento e compartilhamento
dessas informações

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LGPD Personagens
Controlador: a quem competem as decisões do
tratamento de dados pessoais, deverá ser capaz
de demonstrar que o processamento é realizado
de acordo com a lei, de forma eficaz (prestação
de contas)
Operador: pessoa física ou jurídica que realiza o
tratamento de dados pessoais em nome do
controlador

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LGPD O que são
dados pessoais
São os que podem ser rastreados até um
indivíduo e que, se divulgados, podem resultar
em danos. Origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou
a organização religiosa; dados filosóficos ou
políticos; referentes à saúde ou à vida sexual,
além de dados genéticos ou biométricos

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LGPD A quem se
aplica
Organizações públicas ou privadas em território
nacional, bem como as com sede no exterior
que ofereçam serviços ou operem no Brasil
envolvendo tratamento de dados pessoais

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LGPD
Prazo
Aprovação – agosto/2018

Adequação – agosto/2020 (MP 869/18)

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Princípios no
LGPD tratamento de
dados pessoais
-Finalidade: propósitos legítimos, específicos, sem possibilidade de tratamento
posterior de forma incompatível com essas finalidades
- Adequação: compatível com as finalidades informadas ao titular
- Necessidade: limitado ao mínimo necessário para a realização das finalidades
- Livre acesso: garantia aos titulares à consulta facilitada e gratuita sobre a
forma e a duração do tratamento, bem como o acesso à integralidade dos seus
dados
- Qualidade dos dados: garantia da exatidão, clareza, relevância e atualização
dos dados
- Transparência: garantia da prestação de informações claras e facilmente
acessíveis pelos titulares
- Segurança: medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados de
acessos não autorizados
- Prevenção: medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do
tratamento de dados pessoais
- Não discriminação: impossibilidade de tratamento para fins discriminatórios
- Responsabilização e prestação de contas: demonstração de medidas eficazes
para observar e comprovar o cumprimento das normas de proteção de dados
pessoais
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Fundamentos
legais para o
LGPD tratamento de
dados
-Mediante consentimento;
-Para cumprimento de obrigação legal ou regulatória;
-Pela administração pública, para tratamento de dados necessários
a políticas públicas;
-Para realização de estudos por órgão de pesquisa, sendo garantida
a anonimização dos dados;
-Quando necessário para a execução de contrato;
-Exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo
ou arbitral;
-Para a proteção da vida ou incolumidade física do titular ou
terceiros;
-Para a tutela da saúde, com procedimento realizado por
profissionais da área da saúde ou por entidades sanitárias;
-Interesses legítimos do controlador ou de terceiro;
-Proteção do crédito.
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LGPD Pontos de
Atenção
EXCEÇÕES

A lei não se aplicará ao tratamento de dados pessoais quando:


-Realizado por pessoa natural para fins particulares;
-Realizado para fins jornalísticos ou artísticos ou acadêmicos;
-Realizado para fins de segurança pública, defesa nacional,
segurança do Estado ou atividades de investigação e repressão de
infrações penais (que será objeto de lei específica); ou provenientes
de fora do território nacional e que não seja objeto de
comunicação, uso compartilhado com agentes de tratamento
brasileiros ou objeto de transferência de dados com outro país que
não o de proveniência, desde que este país de proveniência
proporcione grau de proteção adequado aos da lei brasileira.
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Notificação Obrigatória de Incidentes

A notificação sobre a ocorrência de incidentes de segurança para a


ANPD passa a ser mandatória, e deve ser feita em prazo razoável,
que pode, com base na gravidade do caso, determinar a notificação
dos titulares envolvidos e também a ampla publicização do
incidente, o que pode ter um enorme impacto na imagem da
instituição com sua desvalorização e perda de confiança de seus
consumidores
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Registro de Atividades de Tratamento

Toda e qualquer atividade de tratamento de dados pessoais deve


ser registrada, desde a sua coleta até a sua exclusão, indicando
quais tipos de dados pessoais serão coletados, a base legal que
autoriza os seus usos, as suas finalidades, o tempo de retenção, as
práticas de segurança de informação implementadas no
armazenamento e com quem os dados podem ser eventualmente
compartilhados
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Fiscalização

A medida provisória nº 870 (1/1/ 2019) prevê a


Autoridade Nacional de Proteção de Dados
Pessoais (ANPD) como órgão integrante da
Presidência da República, conforme dispõe seu
art. 2º, inciso VI
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Tratamento de dados

Considera-se “tratamento” toda a operação


realizada com dados pessoais, como coleta,
produção, recepção, classificação, utilização,
acesso, reprodução, transmissão, distribuição,
processamento, arquivamento, armazenamento,
eliminação, avaliação ou controle da
informação, modificação, comunicação,
transferência, difusão ou
extração
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ANPD

Tem entre as atribuições a de zelar pela


proteção de dados pessoais; editar normas e
procedimentos sobre o tema e aplicar sanções
em caso de descumprimento de regras.
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Anonimização

São dados anonimizados aqueles cujo titular não possa ser


identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis
e disponíveis na ocasião de seu tratamento. O objetivo da
anonimização é proteger dados privados ou confidenciais,
excluindo ou criptografando informações de identificação pessoal
de um banco de dados sem perder a integridade dos dados
coletados e compartilhados, fornecendo oportunidades para que os
controladores utilizem os dados de maneiras mais inovadoras. Esse
tipo de dado não será considerado pessoal, salvo quando o
processo de anonimização puder ser revertido, utilizando
exclusivamente meios próprios ou mediante esforços razoáveis
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LGPD
Penalidades
Multas

As multas previstas para o descumprimento variam de 2% do


faturamento bruto até R$ 50 milhões (por infração)

Responsabilidades e Penalidades

Os diferentes agentes envolvidos – controlador e operador –


podem ser solidários por incidentes de segurança e/ou o uso
indevido e não autorizado dos dados, ou pela não obediência com
a lei. A responsabilidade do operador pode ser limitada às suas
obrigações contratuais e de segurança da informação

Podem ser aplicadas advertências, multas, ou até a proibição total ou


parcial de atividades relacionadas ao tratamento de dados.
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