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• A privacidade digital é uma demanda recente, que pode ser comparada com a
privacidade física, do lar, ou de conversas reservadas. (Lei Geral de Proteção de Dados –
GUIA DE IMPLANTAÇÃO - Lara Garcia, Edson Fernandes, Rafael Gonçalves, Marcos
Barreto. 2020.);
• Privacidade é uma garantia constitucional, com destaque para o marco Civil da Internet
(lei n. 12.965/2014) e a Lei do Consumidor (Lei n. 8.078/1990);
• A LGPD foi criada em14 de agosto de 2018, estabelecendo uma estrutura legal com foco
específico na proteção de dados, com 65 artigos;
• Foi inspirada na lei europeia General Data Protection Regulation (GDPR);
• O objetivo da LGPD é a proteção dos dados de pessoas naturais, não abrangendo dados
de empresas (pessoas jurídicas), mas as informações que elas guardam sobre pessoas
físicas, sejam quem for;
• O artigo 1º, descreve que a intenção é proteger direitos fundamentais como liberdade,
privacidade e direito ao desenvolvimento de pessoas naturais, que sejam feridas por
outra pessoa física ou jurídica;
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios
digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o
objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre
desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
• A lei LGPD exclui algumas formas onde ela não atua, tais como: dados de uma pessoal
natural sem finalidade financeira, fins artísticos, jornalísticos, acadêmicos, para fins de
segurança pública, defesa nacional, segurança do Estado e atividades de investigação e
repressão a infrações penais – nesses casos existe uma legislação específica; Dados que
tenha origem internacional também são excluídos;
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
• O fato de tornar público uma informação, não significa que pode ser usado
indiscriminadamente. EX: se divulgar um dado em rede social, ele se torna público,
porém, aquele que utilizar deve respeitar os direitos do Titular do dado, como prevê a
LGPD;
• No 2º art. Da LGPD, ao mesmo tempo que ele pretende proteger o indivíduo, reconhece
que vivemos em sociedade, que se desenvolve através da economia e que por isso,
existem limites individuais e coletivos, dando margem para uma interpretação caso a
caso buscando entender ambos os lados;
• Para a lei, os dados são divididos em duas categorias: pessoal (nome, endereço, sexo, RG
e CPF.) e pessoal sensível (origem racial ou étnica, convicção religiosa, filiação a sindicatos
ou organização religiosas, dados sobre saúde ou à vida sexual, dados genéticos desde que
sejam vinculados a uma pessoa natural.);
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AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE Órgão da administração pública
DADOS – ANPD responsável por zelar, implementar e
fiscalizar o cumprimento da lei em todo
território nacional.
• Existem algumas discursões quanto a função de encarregado de dados, que tem que
desempenhar um papel onde precisa ter conhecimento em várias áreas, como direito,
tecnologia, gestão e comunicação. Caso essa função seja exercida por uma empresa,
pode-se ter problemas quanto ao compartilhamento de informações sobre o
funcionamento de uma para com a outra e, caso seja uma pessoa, demanda tempo e
treinamento para que ela consiga desempenhar sozinha tais funções.
• O consentimento não é a única forma em que se pode capturar e tratar aos dados que
estão dispostos no art. 7º;
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes
hipóteses:
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IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de
terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que
exijam a proteção dos dados pessoais; ou