Você está na página 1de 60

Proteção de Dados Pessoais

e Privacidade

freepik
O Programa de Educação e Conscientização em Segurança
da Informação da Eletronuclear

Seja bem-vindo(a) ao treinamento em Proteção de Dados Pessoais e Privacidade, que faz parte do
Programa de Educação e Conscientização em Segurança da Informação da Eletronuclear, que visa a
trabalhar no terceiro pilar da proteção das informações: PESSOAS.
Fale Conosco

E não esqueça!
O seu feedback é importante para o DGP.P aprimorar este curso para as próximas temporadas.
Envie suas sugestões, críticas ou mesmo elogios para seginfo@eletronuclear.gov.br.
Conteúdo
• Proteção de dados e privacidade;
• A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) - Conceitos;
• Princípios da LGPD;
• As bases legais para o tratamento de dados pessoais;
• Categorias de dados pessoais;
• Agentes de tratamento;
• Dados de crianças e adolescentes;
• Direitos dos titulares;
• Adequação à LGPD;
• Responsabilidades.
Proteção de Dados Pessoais e
Privacidade

freepik
Proteção de Dados Pessoais e Privacidade

Para começar nossos estudos, precisamos primeiramente


entender os conceitos de Proteção de Dados Pessoais e de
Privacidade.

freepik
Proteção de Dados Pessoais e Privacidade

A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia de 2002,


em seu Art. 8º diz o seguinte sobre proteção de dados pessoais:

1. Toda pessoa tem direito à proteção dos dados pessoais que


lhe digam respeito.

2. Esses dados devem ser tratados de forma justa para fins


específicos e com base no consentimento da pessoa em
causa ou em qualquer outra base legítima estabelecida por
lei. Todos têm o direito de acessar os dados coletados sobre
ele e o direito de retificá-los. Prezi
Proteção de Dados Pessoais e Privacidade
Para entender o conceito de Privacidade, podemos utilizar a descrição da obra de
Vianna:

“O direito à privacidade, concebido como uma tríade de direitos: direito de não ser
monitorado; direito de não ser registrado e direito de não ser reconhecido (direito de
não ter registros pessoais publicados) – transcende, pois, nas sociedades informacionais,
os limites de mero direito de interesse privado para se tornar um dos fundamentos do
Estado Democrático de Direito.”

(VIANNA, Túlio Lima –Transparência pública, opacidade privada: o direito como instrumento de
limitação do poder na sociedade de controle–pag.76–Rio de Janeiro: Revan, 2007). cert.br
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Mas, o que é a LGPD?

É a lei 13.709 de 14 de agosto de 2018. Ela dispõe sobre o tratamento de


dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa
jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos
fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da
pessoa natural.

freepik
A Lei Geral de Proteção de Dados

freepik
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

No que se baseia a LGPD?

Lembra do conceito de Proteção de Dados que vimos anteriormente na Carta de


Direitos Fundamentais da União Europeia?
Pois é! Esse conceito inspirou a criação da GDPR – General Data Protection
Regulation, uma lei europeia que inspirou a nossa lei, a LGPD. Ambas tem como
base de criação os princípios da Carta de Direitos Fundamentais da União
freepik
Europeia para o tratamento de dados pessoais.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Mas o que é Tratamento de Dados Pessoais?

A LGPD em seu artigo 5º define Tratamento de Dados Pessoais da seguinte forma:

“Toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta,
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão,
distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou
controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração.”

Ou seja, podemos entender Tratamento de Dados Pessoais, como sendo qualquer ação
realizada com dados pessoais.
Princípios da LGPD

freepik
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
E quais são esses princípios da LGPD e para que servem na prática?

A LGPD em seu artigo 6º estabelece os princípios que devem ser observados nas atividades de tratamento de dados
pessoais. Isso significa que qualquer tratamento de dados pessoais só estará em acordo com a lei se atender a estes
princípios. São eles:

1.Finalidade: propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento
posterior de forma incompatível com essas finalidades;

O atendimento à este princípio obriga que a empresa tenha propósitos bem determinados para tratar dados pessoais. A
empresa precisa deixar clara suas intenções para o titular de dados, justificando e apontando o uso dos dados pessoais.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
2.Adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do
tratamento;

Podemos dizer que para atendimento a esse princípio, a empresa precisa justificar e garantir que os dados coletados tem valor
e são condizentes com o processo de negócio desenvolvido.

3.Necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com a abrangência dos
dados pertinentes, proporcionais e não excessivos;

O atendimento desse item depende da eliminação dos excessos, ou seja, a empresa precisa garantir apenas os dados
essenciais para realizar seu processo de negócio.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

4.Livre Acesso: Garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e duração do tratamento, bem como a
integralidade de seus dados pessoais;

Consiste em criar mecanismos para que o titular de dados tenha o direito de consultar os seus próprios dados e informações
de forma gratuita.

5.Qualidade dos Dados: Exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade para o
cumprimento da finalidade;

A empresa precisa garantir que sua base de dados seja verdadeira e esteja atualizada.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
6.Transparência: Garantia, aos titulares, de informações, claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do
tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial;

Esse principio significa que a empresa precisa ser honesta com os titulares de dados, inclusive informando sobre seus agentes
de tratamento, que são as outras empresas envolvidas nos tratamentos de dados da Eletronuclear.

7.Segurança: Utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de incidentes de segurança
da informação;

A empresa deve aplicar medidas capazes de proteger os dados pessoais de hackers, perdas, alterações e outras situações
acidentais ou ilícitas que possam ocorrer.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

8.Prevenção: Adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados pessoais;

A empresa deve estar preparada para lidar com problemas envolvendo dados pessoais antes destes surgirem.

9.Não Discriminação: Impossibilidade de realizar tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos;

Proibição de tratar dados para discriminar ou promover abusos contra os titulares de dados.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

10.Responsabilização e Prestação de Contas: Demonstração, pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de
comprovar a observância e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas
medidas.

A empresa deve manter provas e evidências de que medidas e procedimentos foram tomados para proteger os dados
pessoais.
Bases legais para o tratamento de
dados pessoais

freepik
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)

Além dos princípios para tratamento de dados pessoais, a LGPD também definiu como e quando dados pessoais podem ser
tratados. São chamados de bases legais para o tratamento de dados pessoais, e se encontram no Art. 7º (Dados pessoais) e
no Art. 11 (Dados pessoais sensíveis).

Todo tratamento de dados pessoais realizado deve se enquadrar em uma dessas bases legais para ser considerado legal.

São elas:
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 7º - Tratamento de Dados Pessoais (Comum)

I – Mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;


II – Para cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
III – Pela administração pública para a execução de políticas públicas previstas em lei e regulamentos, contratos, convênios
ou instrumentos congêneres;
IV – Para execução de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível a anonimização dos dados pessoais;
V – Quando necessário para execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja
parte o titular, a pedido do titular de dados;
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 7º - Tratamento de Dados Pessoais (Comum)

VI – Para exercício regular de direitos em processos judicial, administrativo ou arbitral;


VII – Para proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
VIII – Para tutela de saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde e
autoridade sanitária;
IX – Quando necessário para atender os interesses legítimos do controlador ou de terceiro, exceto e no caso de
prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais; ou
X – Para proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 7º - Tratamento de Dados Pessoais (Comum)

Vale destaque especial para duas bases legais, que são:


I – Mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
IX – Quando necessário para atender os interesses legítimos do controlador ou de terceiro, exceto e no caso de
prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.

O uso do consentimento e do interesse legítimo (ou legítimo interesse) como base legal para tratamento de dados pessoais
tem destaque na lei, e são tratados respectivamente nos Artigos 8º e 10 da LGPD.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 8º - Uso do Consentimento como base legal.

Para utilizar como base legal o consentimento previsto no inciso I do Art. 7º, o controlador precisa estar atento aos seguintes
pontos:
• O consentimento deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação da vontade do titular.
• Se o consentimento for fornecido por escrito, deve constar de cláusula destacada das demais cláusulas contratuais.
• Cabe ao controlador provar que o consentimento foi obtido em conformidade com a lei.
• É vedado o tratamento de dados pessoais mediante “vício de consentimento”.
• O consentimento deve referir-se a finalidades determinadas, as autorizações genéricas para o tratamento de dados
pessoais serão nulas.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 8º - Uso do Consentimento como base legal.

• O consentimento pode ser revogado a qualquer momento mediante manifestação expressa do titular, por procedimento
gratuito e facilitado.
• Em caso de qualquer alteração relacionada ao consentimento, o controlador deverá comunicar ao titular e solicitar nova
concordância ao titular.

Para fechar o assunto consentimento, precisamos destacar dois pontos. Primeiro o que é “vício de consentimento” e
segundo quais são as informações obrigatórias a informar ao titular de dados quando se coleta dados ou pode
consentimento para um tratamento de dados pessoais.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais
Art. 8º - Uso do Consentimento como base legal.

O vício de consentimento se divide em três campos: erro, dolo e coação.

Erro – Uma declaração de vontade em desacordo coma realidade, uma vez que o titular tem uma percepção errada do que
configura essa realidade. No erro, o titular engana-se sozinho.
Dolo – O ato de maliciosamente conduzir um titular a tomar uma decisão que lhe é prejudicial. Nesse caso, o titular é
enganado por alguém ou uma empresa.
Coação – Trata-se do ato de, por meio de uma ameaça de qualquer natureza, conduzir o titular a tomar uma decisão que o
prejudique.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais
Art. 9º - Informações às quais o titular tem direitos.
Ao solicitar dados ou consentimento para um titular, objetivando realizar um tratamento de dados pessoais, o controlador
deve dar livre acesso às seguintes informações:
• Finalidade específica do tratamento;
• Forma e duração do tratamento;
• Identificação do controlador;
• Contato do controlador;
• Informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade;
• Responsabilidades dos agentes de tratamento;
• Direitos do titular (Art. 18 da LGPD).
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais
Art. 10 – Uso do interesse legítimo como base legal.
O uso do interesse legítimo poderá ser fundamentar o tratamento de dados pessoais para finalidades legítimas, consideradas
situações concretas, que incluem, mas não se limitam a:

I – Apoio e promoção de atividades do controlador;


II – Proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus direitos ou prestação de serviços que o beneficiem,
respeitadas as legítimas expectativas dele e os direitos e liberdades fundamentais.
• Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse, somente os dados pessoais estritamente necessários poderão ser
tratados.
• O controlador deverá adotar medidas para garantir transparência ao tratamento;
• A Autoridade Nacional poderá solicitar ao controlador relatório de impacto referente ao tratamento.
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais
Art. 11 – Bases legais para o tratamento de dados pessoais sensíveis.
Os dados pessoais considerados sensíveis pela LGPD tem bases legais um pouco distintas, e estão descritas no Art. 11 da lei.
São eles:
I – com o consentimento do titular;
II – sem o consentimento nas hipóteses em que for indispensável para:
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em
leis ou regulamentos;
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos
da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
Bases legais para Tratamento de Dados Pessoais

Art. 11 – Bases legais para o tratamento de dados pessoais sensíveis.

e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;


f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade
sanitária; ou
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos de identificação e autenticação de cadastro em
sistemas eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e
liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.
Categorias de dados pessoais

freepik
Dados Pessoais

Até agora falamos muito sobre dados pessoais, dados pessoais


sensíveis, titular de dados, controlador, mas a final, o que são todos
esses termos?
Não iremos lugar nenhum sem primeiro entender o que são dados
pessoais para a LGPD. Estes são divididos em dois tipos pela lei,
conforme veremos agora.
Dados Pessoais

Dados pessoais:
• Informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável,
não se limitando, portanto, a nome, sobrenome, idade, podendo incluir
dados de localização, perfis de compras, dados acadêmicos, dados de
navegação na internet, entre outros.

Exemplos: RG, CPF, Matrícula funcional, imagens, fotografias, dados


referentes a família, endereço, placa de carro, endereço IP, etc.
Dados Pessoais Sensíveis

Dados que estejam relacionados a característica de personalidade do


indivíduo e suas escolhas pessoais, tais como origem racial ou étnica,
convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização
de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou a
vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa.
Dados Pessoais Sensíveis

Resumindo, são dados pelos quais uma pessoa pode ser discriminada.
A lei também oferece proteção especial a dados de crianças e adolescentes.

Vale ressaltar que os dados que a LGPD identifica como sensíveis, são dados que
se enquadram no Art. 31 da lei 12.527/2011, a Lei de Acesso a Informação. Esses
dados dizem respeito a intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, por isso estão sujeitos a sigilo de 100 anos nos termos da lei.
Agentes de tratamento

freepik
Agentes de Tratamento (LGPD)
A LGPD trouxe novos papeis de atuação para o tratamento de dados pessoais. É importante conhecê-los. São eles:

O Titular de Dados - Pessoa a quem se referem os dados pessoais que são objeto de algum tratamento.
O Controlador - É a quem compete as decisões sobre o tratamento dos dados pessoais. Ou seja, quem decide tratar dados
pessoais para alguma finalidade.
O Operador - É quem processa os dados em nome do Controlador. O responsável por executar o tratamento.
O Encarregado (DPO) - Responsável, indicado pelo Controlador ou Operador para garantir a aplicação da Lei. É o canal de
comunicação entre os titulares e o controlador e entre a ANPD e o controlador.

Importante! Os empregados do Controlador não são operadores. Os operadores são sempre terceiros.
Autoridade Nacional de Proteção de Dados - ANPD

Além dos agentes de tratamento, a Lei 13.709/2018 também criou um organismo responsável por regular e fiscalizar o
tratamento e a proteção de dados pessoais no Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD.

A ANPD tem muitas funções, mas só para citar algumas, podemos falar em:

• Zelar pela proteção de dados pessoais;


• Editar normas e procedimentos sobre proteção de dados pessoais;
• Fiscalizar e aplicar multas e sanções;
• Realizar ou determinar a realização de auditorias;
• Promover a cooperação internacional e proteção de dados, etc.
Dados de crianças e adolescentes

freepik
Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e Adolescentes

A LGPD ainda trouxe alguns outros pontos que precisamos destacar. O primeiro do qual falaremos é sobre o tratamento de
dados pessoais de crianças e adolescentes. (LGPD Art. 14)

O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser feito com o consentimento específico e em destaque dado por pelo
menos um dos pais.

Plenarinho
Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e Adolescentes

Só poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o consentimento, quando a coleta for necessária para contatar
os pais ou responsável legal, utilizados uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso
poderão ser compartilhados com terceiros sem o consentimento dos pais.

Plenarinho
Direitos dos titulares

freepik
Direitos dos Titulares de Dados Pessoais
Não podemos deixar de falar dos direitos dos Titulares de Dados, que foram estabelecidos no Art. 18 da LGPD e que
precisam ser cumpridos pelo controlador. São eles:

1.Confirmar a existência de tratamento;


2. Acesso aos dados;
3. Correção de dados incompletos, inexatos e desatualizados;
4. Anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade com o
disposto na lei;
5. Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviços ou produto, mediante requisição expressa, de acordo com a
regulamentação da autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial
Direitos dos Titulares de Dados Pessoais

6. Eliminação de dados pessoais tratados com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses previstas no Art. 16 da
lei;
7. Informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso compartilhado de dados;
8. Informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento;
9. Revogação do consentimento;
10. Reclamação à Autoridade Nacional – ANPD
11. Revisão das decisões tomadas exclusivamente com base em tratamento automatizado de dados pessoais;
12. Oposição ao tratamento, se irregular.
Direitos dos Titulares de Dados Pessoais

O atendimento aos requerimentos aos quais o titular de dados tem direito devem ser realizados sem custos ao
titular e nos prazos e termos previstos em regulamento; (ANPD)
A confirmação de existência de tratamento de dados será providenciada mediante requisição do titular:
I – Em formato simplificado;
II – Por meio de declaração clara e completa sobre os dados.
O atendimento ao titular deve ocorrer em até 15 dias.
As informações e os dados poderão ser fornecidos, a critério do titular:
I – Por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim; ou
II – Sob forma impressa.
Adequação à LGPD

freepik
Adequação à LGPD

Agora que conhecemos os principais pontos da LGPD, falaremos sobre adequação à Lei, ou seja, quais ações
devemos tomar para que a empresa atenda aos requisitos da lei.

• Primeiro falamos sobre os princípios da LGPD para o tratamento de dados pessoais. Para a empresa estar
adequada, seus processos com tratamento de dados pessoais devem observar a esses 10 princípios.

• Também falamos sobre bases legais para o tratamento de dados pessoais. Todos os tratamentos de dados
pessoais realizados na empresa devem se enquadrar em uma dessas bases legais definidas na Lei.
Adequação à LGPD

• A Eletronuclear também deve se preparar para atender aos direitos dos titulares.
• Em seu Art. 41 a LGPD diz que o controlador deve indicar um Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais
(DPO);
• A Eletronuclear deve preparar infraestrutura para atendimento a seus titulares de dados internos e externos.
• Com base no Art. 37, deve manter registro das operações de tratamento de dados pessoais que realiza.
• Com base no Art. 33, deve observar as regras para transferência internacional de dados.
• O Art. 46 diz que a empresa deve adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger seus
dados pessoais.
Adequação à LGPD

A Eletronuclear realizou um projeto para adequação. As principais ações foram:

• Indicação formal do Encarregado pelo tratamento de Dados Pessoais (DPO) e divulgação de sua identidade e
contatos em seu site;
• Criação de uma página de privacidade, onde divulga sua política de privacidade e os canais para atendimento pelo
DPO aos titulares de dados externos;
• Disponibilizou o espaço “Meus Dados” na área de autoatendimento do portal PROERP (SAP), para atender aos
empregados;
• Elaborou normativos internos sobre privacidade de dados para orientar gestores, empregados e contratados;
Adequação à LGPD
• Para atendimento ao Art. 37 da LGPD, instituiu o Registro de Tratamento de Dados – RTD, que foi preenchido
para todos os processos com tratamento de dados pessoais identificados no inventário;
• Preparou os Relatórios de Impacto à Proteção de Dados – RIPD para os processos que se enquadravam nas
condições estabelecidas na política;
• A consultoria contratada realizou parecer sobre transferência internacional de dados pessoais para a
Eletronuclear;
• A Eletronuclear vem tomando medidas técnicas e administrativas para proteger seus dados. Esse treinamento
é uma dessas medidas, e muitas novidades ainda estão por vir;
• A equipe de Segurança da Informação e Privacidade trabalha na elaboração de um Programa de Governança em
Privacidade para atender ao art. 50 da LGPD e para garantir a melhoria contínua dos processos.
Adequação à LGPD
Quais são os normativos da Eletronuclear voltados para atendimento à LGPD?

• Política de Proteção de dados e Privacidade;


• Regulamento de Governança de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais; e
• Instrução Normativa – IN 14.17 – Governança de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais.

E como me comunico com o DPO?

A comunicação com o Encarregado de Dados é feita pelo e-mail dpo@eletronuclear.gov.br, ou pela página de
privacidade no site da Eletronuclear.
Adequação à LGPD
A Eletronuclear já está totalmente aderente à LGPD?

Sim e não.
Sim, porque a Eletronuclear vem desde 2019 trabalhando e tomando as medidas necessárias para se adequar.
Não, porque é necessário um trabalho contínuo de melhorias nos processos, procedimentos, capacitação de pessoas
e atualizações constantes devido as mudanças contínuas pelas quais passam uma empresa.

Apesar de todos os esforços, ainda existe a necessidade de melhorar o entendimento dos colaboradores e gestores
no que diz respeito a ações e responsabilidades quanto a proteção e privacidade de dados na Eletronuclear.
Então, o que devem fazer os colaboradores e gestores para estarem em conformidade com a Lei?
Responsabilidades

freepik
Responsabilidades para com os princípios da LGPD

Gestores e colaboradores devem atuar para melhorar suas ações perante o tratamento de dados pessoais.
Vejamos as responsabilidades de cada um:
Gestores
• Verificar se os tratamentos de dados pessoais pelos quais são responsáveis estão em conformidade com os
princípios da lei, e devem adequá-los e melhorá-los se for necessário. Devem solicitar apoio ao Encarregado de
Dados (DPO).
• Preencher os Registros de Tratamento de Dados Pessoais – RTD e os Relatórios de Impacto a Proteção de Dados –
RIPD.
• Comunicar ao DPO sobre mudanças nos processos e realizar as alterações no RTD e no RIPD, mantendo-os
sempre atualizados.
Responsabilidades para com os princípios da LGPD

• Informar ao DPO sobre o surgimento de novos tratamentos de dados pessoais e providenciar a elaboração dos
documentos necessários.
• Garantir o princípio de “Privacy by Design” (Privacidade desde a concepção) para os novos processos e
aquisições.
• Estar atentos para a inclusão de cláusulas contratuais complementares em contratos que tenham como objeto o
tratamento de dados pessoais. Nesse caso devem pedir apoio ao DPO.
• Atender as demandas dos titulares de dados em conformidade com a Lei.
• Incentivar seus colaboradores a observar as boas práticas para a proteção de dados pessoais.
Responsabilidades para com os princípios da LGPD

Colaboradores:

• Participar dos treinamentos sobre Segurança da Informação e Proteção de Dados Pessoais.


• Observar seus procedimentos de trabalho, para cumprir o processo conforme foi definido.
• Proteger os dados pessoais, destruindo todo documento com dados pessoais que não tiver mais serventia.
• Não compartilhar dados pessoais ou informações com pessoas que não façam parte do processo de trabalho.
• Conhecer a finalidade e a base legal do tratamento de dados pessoais que realiza.
• Observar as regras de segurança da informação com vista a proteger os dados pessoais.
• Não reutilizar documentos com dados pessoais e informações coorporativas como rascunho.
• Comunicar incidentes de segurança da informação observando os normativos da empresa.
Segurança da Informação Corporativa

Mas como proteger os dados pessoais e as outras informações


corporativas?

Precisamos conhecer um pouco sobre Segurança da Informação e boas


práticas para evitar incidentes.

Veremos esses temas em breve, no treinamento Segurança da Informação freepik

Corporativa.
Para realizar a avaliação, click no link abaixo, que o direcionará para o questionário. Se
obtiver nota superior a 6, estará aprovado. O resultado e as orientações seguintes chegarão
por e-mail.

https://forms.office.com/r/6BH0TuH7XS

Você também pode gostar