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-os empréstimos a que o estado pode recorre pontualmente para sanar dificuldades
financeiras;
-as taxas que são preços autoritariamente fixados pelo estado em virtude de uma
qualquer contrapartida;
-os impostos que são importâncias que o estado recebe sem dar nada em troca a
quem os paga;
Há que ressalvar que as três funções são incompatíveis, na medida em que, por
exemplo, para controlar a inflação gera-se, invariavelmente, desemprego e o contrario
também.
A única política que, presentemente, produz efeitos rápidos é a política fiscal. Por
exemplo, de modo a conseguir-se um crescimento económico, se se descer o IRC, a
produção vai aumentar, gerando mais emprego e mais salários distribuídos, o que leva a
um maior consumo, o que permite um aumento do PIB e/ou da inflação. Por outro lado,
se se atenuar o IRS, as pessoas terão mais dinheiro o que aumentará o consumo, logo
surge uma maior procura de bens, tornando-se necessária uma maior oferta que leva a
uma maior produção, que por sua vez conduz ao aumento do PIB.
Os efeitos económicos dos impostos sobre o consumo são:
-estímulo à produção;
-estagnação produtiva;
-sobre o investimento;
Apesar de a política fiscal ser a que mais depressa produz resultados, tem o
inconveniente de ser um pouco arriscado alterar as taxas de imposto. Por exemplo, no
caso do aumento do IVA, com o propósito de aumentar a colecta pode acontecer
precisamente o contrário. Pode acontecer que com o aumento de preços ocorram menos
vendas, que originam uma menor produção, que por sua vez conduz à depressão.
O Modelo de Laffer estuda a relação entre as taxas de imposto e o nível de
receita fiscal. Existe uma regra de bom senso que deve ser seguida por qualquer
governante ao decidir sobre a política fiscal. A dificuldade reside em saber qual a taxa
máxima de imposto que se assume como limite da resistência dos agentes produtivos.
Sendo conhecidos os limites naturais da resistência social aos impostos à medida que
aumenta a taxa do mesmo, Laffer realizou um estudo sobre a matéria, que teve como
resultado o facto de a taxa ideal de imposto, numa óptica de maximização de receita do
estado está entre os 30% e os 40%, sendo que, até esse nível a receita vai aumentando,
mas a partir dele vai decrescendo até atingir o nível 0 para uma taxa que se fixasse nos
100%.
Segundo o conceito de potencial tributário de Kaldor, os impostos deverão ser
aplicados mediante a capacidade de pagamento dos mesmos.
Concluindo, uma má política fiscal empobrece toda uma economia.
Governo, desde que autorizado por uma Lei de autorização legislativa, tendo que a
respeitar. Visto tratarem-se, os impostos, de um “ataque” à propriedade e sendo este um
direito fundamental, entendeu-se que este assunto deveria ficar sob a alçada de
fiscalização da Assembleia da República, que é o local onde se encontra representado o
povo.
Quem é que há-de ser contribuinte e quanto é que cada um dos contribuintes há-
de pagar? A repartição dos impostos obedece ao princípio da igualdade fiscal, que se
concretiza na generalidade e na uniformidade dos impostos.
A generalidade traduz-se no facto de que todos os cidadãos estão adstritos ao
pagamento de impostos, não havendo entre eles qualquer distinção de classe, de ordem
ou de casta ou de índole política.
A uniformidade traduz-se na igualdade horizontal, segundo a qual os indivíduos
nas mesmas condições devem pagar o mesmo e na igualdade vertical que postula que os
indivíduos em condições diferentes devem pagar diferentes impostos, na medida da
diferença.
Importa saber quando é que os indivíduos se encontram na mesma posição. A
esse propósito chocam dois princípios de tributação:
É exemplo do princípio da igualdade o artº. 68º do Código do IRS, sendo que, por
exemplo, o artº. 56º deste mesmo código viola este princípio.
Princípio da irretroactividade
Este princípio está presente no nº 3 do artº. 103º CRP e no artº 12º da Lei Geral
Tributária.
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Princípio da progressividade
Sujeitos
Garantia
I.R.S.
O IRS é dividido em quatro momentos: definição da matéria colectável,
determinação da matéria colectável (rendimento tributável), aplicação das taxas de
imposto (colecta) e liquidação e cobrança.
Liquidação e cobrança
Taxas liberatórias
As retenções na fonte (art.º 97º do CIRS) e os pagamentos por conta (art.º 102º do
CIRS), constituem meios de anestesia fiscal, ou seja, antecipações de pagamento de
imposto de modo, sendo que, a diferença entre eles reside no facto de, enquanto nas
primeiras é o próprio que processa, nos segundos é a entidade patronal que os processa.