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 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO FISCAL

O homem é um ser social que realiza o seu quadro completo de necessidades


mediante a concretização de relações sociais com o seu semelhante. Todavia, a
vivência em sociedade implica regras, as quais têm de ser implementadas e garantidas
por uma entidade superior, conhecida como Estado. Surgindo assim as leis
Constitucionais para definir competências legislativas, nos aspectos fundamentais
relacionados ao sistema Fiscal. Competência essa que é atribuida aos representantes
do povo no Parlamento.( Os deputados)

Como se sabe a lei Consitucional é imprescindível para o direito fiscal, porque é


nela que são definidas os princípios fundamentais de tributação que devem ser
enquadrados dentro do sistema fiscal. Que de um modo geral tem como principal
objectivo a satisfação das necessidades financeiras do Estado e outras entidades
públicas, de modos que se proceda uma justa repartição dos rendimentos e da riqueza
Nacional, atráves de políticas economicas e sociais do Estado. Podemos assim afirmar
que os principios ou as leis plasmados na Constituição, constituem a base da
Fiscalidade de qualquer país.

Por outro lado a Constituição procura reflectir sobre os ideais de justiça a serem
inseridos dentro do sitema fiscal. Assim sendo, o processo tributário assenta em
determinados princípios gerais, de caracter universal, também conhecidos como
princípios do direito Fiscal. E a nossa Constituição define três princípios fundamentais
ligados aos impostos que são:

 Princípio da Legalidade Tributaria

 Principio da Igualidade

 Princípio da não Retroactividade da Lei

Para além detes Princípios existem outros princípios considerados por alguns autores
que abordaremos mais adiante, que são:

 Princípio da Tipicidade

 Princípio da Anualidade e

 Princípio da Eficiência e eficácia Funcionais do Direito Fiscal

 Princípio da Territorialidade

 Princípio de tratamento igual de casos semelhantes


1. O princípio da Legalidade tributária
Este Prinípio diz no seu artigos 101º, nº 1 da nossa Constituição que o
nosso sistema Fiscal tem como responsabilização a satisfação da
necessidades financeira do Estado e de outras entidades públicas, atráves
de poiticas economicas que visam proceder uma justa repartição dos
rendimentos e da riqueza Nacional. Artigo 101º

E no seu artigo 102º diz que, os impostos e os seus elementos essênciais, tais
como incidência, taxas, beneficíos fiscais e garantias dos contribuintes têm
obrigatoriedade ou só podem ser criadas por leis. O princípio da legalidade é um
princípio ligado ao princípio democratico, visto que os impostos apenas podem ser
criados e regulamentados pelo orgão que representa a soberania do povo, na
Assembleia Nacional.

Por essa razão os impostos só podem ser criados apartir de uma lei da Assembleia
Nacional ou de um Decreto Lei autorizado pelo Governo.

E o princípio Legalidade Tributária comporta três aspectos relevantes a saber:

 A proeminência da Lei

 A reserva absoluta da lei Formal e

 Tipicidade Fechada

2. Princípio da Igualidade
Este princípio defende que todos os cidadãos são iguais perante a lei e que todos
gozam dos mesmos direitos. Ou seja visa defender a equidade e a justiça Tributária.

O artigo 88º da Constituição estabelece que todos os cidadãos estão obrigados a


pagar impostos, e que todos devem contribuir para as despesas públicas e da
Sociedade, em função daquilo que auferem ou que são os seus rendimentos.

O princípio da igualdade é também um princípio uniforme, no que toca a materia


da tributação, o que quer dizer, que o é para um, também será para o outro. E no
âmbito desta uniformidade encontramos:

 Igualdade Horizontal – Que diz que os individuos nas mesmas condições


devem pagar os mesmos impostos.

 Igualdade Vertical – que diz que os indivíduos em condições diferentes devem


pagar impostos diferentes.

O princípio da igualidade é um princípio inconstitucional no que toca aos previlêgios


fiscais, neste princípio ninguém é previlegiado pelo Sistema Fiscal.
3. Princípio da Não Retroactividade da Lei Fiscal
Este princípio pressupõe que desde o momento que se constituição de uma
obrigação Fiscal, passa por vários actos ou até mesmo o surgimento de uma nova lei
que possa vir alterar os elementos do imposto, até a entrada do montante nos cofres
do Estado. E caso surja uma nova lei após a constituição da obrigação Fiscal, de acordo
com o que diz o princípio essa lei não pode ser aplicada se, e somente se verificar-se
uma alteração nos elementos do imposto.

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