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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS E DE GESTÃO
CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

AUDITORIA FINANCEIRA NA ÁREA DAS DISPONIBILIDADES DA


EMPRESA

ESTUDO DE CASO: EMPRESA MI DIAMOND COMPANY, LDA

KENEDY MANUEL GONÇALVES RAMOS

VIANA - LUANDA
2021
ii

KENEDY MANUEL GONÇALVES RAMOS

AUDITORIA FINANCEIRA NA ÁREA DAS


DISPONIBILIDADES DA EMPRESA

ESTUDO DE CASO: EMPRESA MI DIAMOND COMPANY,


LDA

Monografia apresentada ao Curso de


Contabilidade e Administração do Instituto
Superior Técnico de Angola - ISTA, especialidade
auditoria, como requisito para obtenção do Grau
de Licenciatura em Contabilidade e
Administração.

Orientador: Professor Orlando da Costa.

VIANA - LUANDA
2021
iii

FOLHA DE APROVAÇÃO
KENEDY MANUEL GONÇALVES RAMOS

AUDITORIA FINANCEIRA NA ÁREA DAS DISPONIBILIDADES DA


EMPRESA

ESTUDO DE CASO: EMPRESA MI DIAMOND COMPANY, LDA

Esta Monografia foi julgada e aprovada para obtenção do Grau de Licenciatura, no


curso de Contabilidade e Administração, do Instituto Superior Técnico de Angola-
ISTA.

O Júri nomeado no Edital nº_____de 20_____, está integrado pelos Professores.


Presidente:______________________________________________________
1º arguente:_____________________________________________________
2º arguente:_____________________________________________________
Depois de lido, discutido e apresentado o trabalho de fim de curso, o Juri decidiu a
classificação de_______valores.

Presidente 1º arguente

2º arguente Director - Geral


iv

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente ao nosso senhor Deus aquele que tem me
dado o folego e a resitencia de viver, a minha familia e amigos que com seu amor,
carinho, incomparável força ajudaram a trilhar este caminho e que de maneira moral
tanto fizeram para garantirem o presente trabalho e a materialização desta
formação.
v

AGRADECIMENTOS

A conclusão deste trabalho é o culminar de um percurso académico repleto de


emoções e longos dias de estudo e de muito esforço para chegar até aqui. Assim é
com alegria e alivio que vejo como completa esta etapa de minha vida académica, a
qual não conseguiria ultrapassar sozinho.

Agradeço Primeiramente a Deus pela vida, saúde, e a oportunidade de realizar


esse trabalho. A minha família, especialmente a minha namorada Arminda Lurdes
Duva Dangala e a minha Tia∕ Mãe Isabel Jorge que aonde ela esta e muito antes da
partida fisica sempre me motivou até aqui ao longo de todo o meu percurso
académico e me motivam cada vez mais para continuar.

Ao meu orientador Professor Orlando da Costa que esteve sempre disponível


para qualquer questão que eu pudesse ter e me acompanhou do início ao fim desta
monografia. Ao grupo de Professores do Instituto Superior Técnico de Angola - ISTA
pela partilha de conhecimentos.

Agradeço aos meus colegas e amigos com os quais passamos bons e maus
momentos juntos, a todos aqueles que directas ou indirectamente colaboraram para
que este trabalho se tornasse realidade.

O meu muito obrigado!


vi

EPIGRAFE
Deus não muda o destino de um povo até que o povo mude o que tem na Alma.
(Maomé, profeta Muçulmano, fundador do islamismo e do império árabe).
vii

LISTAS DE SIGLAS E ABREVIATURA

AICPA - American Institute of Certified Public Accountants


BP - Balanço Patrimonial
IFAC - International Federation of Accountants
IIA - Institute of Internal Auditors
INTOSAI - International Organization of Supreme Audit Institutions
DRE - Demonstração do Resultado do Exercicio
viii

RESUMO

Esta pesquisa tem como tema auditoria financeira na área das disponibilidades da
empresa, que com objectivo de verificar através do processo de auditoria, as contas
de disponibilidades constantes nas demonstrações financeiras elaboradas pela
empresa Mi Diamond Company, Lda., no período de 2014, se foram lançadas
conforme os princípios que regem a contabilidade. O tipo de pesquisa quanto à
abordagem é pesquisa qualitativa e quantitativa, quanto aos procedimentos: A
pesquisa bibliográfica e documental. No decurso da pesquisa, constatou-se que há
um controlo específicos sobre os valores recebidos e os mesmos são integralmente
depositada no banco, foi possivel constatar que na empresa efectuam inspecções
fisicas de surpresa na tesouraria e que as reconciliações bancárias são feitas
mensalmente. Verificou-se que o saldo da disponibilidade está de acordo com os
saldos constantes do balanço, pelo que se constatou, que não foi difícil apurar o
saldo contabilístico apresentado no valor de 855 714, 10 kz.

Palavras-chaves: Auditoria, Auditoria Financeira e Disponibilidade.


ix

ABSTRACT

This research has as its theme a financial audit in the area of the company's cash,
which, in order to verify through the audit process, the cash and cash equivalents
accounts contained in the financial statements prepared by the company Mi Diamond
Company, Lda., in the period of 2014, if they were posted in accordance with the
principles governing accounting. The type of research in terms of approach is
qualitative and quantitative research, in terms of procedures: Bibliographic and
documentary research During the course of the research, it was found that there is a
specific control over the amounts received and they are fully deposited in the bank, it
was possible to verify that in the company they carry out surprise physical
inspections in the treasury and that bank reconciliations are carried out monthly. It
was found that the balance of availability is in accordance with the balances on the
balance sheet, so it was found that it was not difficult to determine the accounting
balance presented in the amount of 855 714.10 kz.

Keywords: Audit, Financial Audit and Availability.


x

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
1.1 Problemáticas da Pesquisa ........................................................................................... 15
1.2 Objectivos da Pesquisa .................................................................................................. 15
1.2.1 Objectivo Geral............................................................................................................. 15
1.2.2 Objectivos Específicos ................................................................................................ 16
1.3 Hipóteses da Pesquisa................................................................................................... 16
1.4 Justificativas da Pesquisa .............................................................................................. 16
1.5 Delimitações do Estudo ................................................................................................. 17
1.6 Estrutura de apresentação dos capítulos .................................................................... 17
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ...................................................................................... 18
2.1 Auditoria no Contexto das Organizações .................................................................... 18
2.1.1 Origem e Evolução Histórica ............................................................................ 18
2.1.2 Conceito de Auditoria ....................................................................................... 20
2.1.3 A Importância e a Necessidade da Auditoria .................................................... 21
2.1.4 Vantagens e Desvantagens do uso da Auditoria .............................................. 22
2.2 Definição de Auditoria Financeira ........................................................................ 23
2.2.1 Auditoria Financeira ......................................................................................... 23
2.2.2 Objecto e Objectivos da Auditoria Financeira ................................................... 25
2.3 Papéis de Trabalho da Auditoria ......................................................................... 25
2.3.1 Finalidade dos Papéis de Trabalho .................................................................. 26
2.3.2 Tipos dos Papéis de Trabalho .......................................................................... 27
2.3.3 Aspectos fundamentais dos papéis de trabalho ............................................... 28
2.4 Auditoria Financeira na Área das Disponibilidades ............................................. 28
2.4.1 Aspectos da Administração Financeira ............................................................ 29
2.4.1.1 Contagem de Caixa ....................................................................................... 30
2.4.1.2 Contas Bancárias .......................................................................................... 31
2.4.2 Procedimentos de Auditoria Financeira na Área das Disponibilidades ............ 31
2.4.1 Testes de Observância..................................................................................... 32
2.4.2 Testes Substantivos ......................................................................................... 32
2.4.3 Procedimentos Analíticos ................................................................................. 34
xi

2.4.4 Testes aos Controlos........................................................................................ 35


2.4.5 Procedimentos Substantivos ............................................................................ 35
3. METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................... 37
3.1. Natureza da Pesquisa ................................................................................................... 37
3.1.1. Pesquisa quanto aos Procedimentos .............................................................. 37
3.1.2. Pesquisa quanto aos objectivos ...................................................................... 38
3.1.3. Pesquisa quanto abordagem do problema ...................................................... 38
3.2. Universo da Pesquisa ................................................................................................... 40
3.3. Técnica de Recolha de dados ..................................................................................... 41
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS .......................................................................... 44
4.1 Apresentação da empresa............................................................................................. 44
4.2 Procedimentos Contabilisticos e Medidas de Controlo Interno ............................... 44
4.3 Demonstrações Financeiras da Empresa Mi Diamond Company, Lda ................. 48
4.3.1 Saldo das disponibilidades que deve constar do balanço referido à data de 31
de Dezembro de 2014........................................................................................................... 49
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 50
SUGESTÕES ......................................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 52
ANEXOS ................................................................................................................................. 54
APÊNDICE .............................................................................................................................. 55
xii

ÍNDICE DE QUADRO

Quadro nº 1: Há controlo específicos sobre os valores recebidos? .......................... 44


Quadro nº 2: Os valores recebidos são diária integralmente depositada no banco? 45
Quadro nº 3: Efectuam-se inspecções fisicas de surpresa na tesouraria?................ 46
Quadro nº 4: As reconciliações bancárias são feitas mensalmente? ........................ 47
xiii

ÍNDICE DE GRÁFICO

Gráfico nº 1: Há controlo específicos sobre os valores recebidos? ........................... 44


Gráfico nº 2: Os valores recebidos são diária integralmente depositada no banco? . 45
Gráfico nº 3: Efectuam-se inspecções fisicas de surpresa na tesouraria? ................ 46
Gráfico nº 4: As reconciliações bancárias são feitas mensalmente? ........................ 47
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1. INTRODUÇÃO

A auditoria serve como instrumento para os gestores, auxiliando na tomada de


decisões, tendo como finalidade avaliar se os factos contabilísticos são confiáveis e
se estão sendo aplicados conforme os Princípios da Contabilidade. O processo de
auditoria pode ajudar na identificação de possíveis erros e fraudes nas
disponibilidades, e se de facto as contas pertencem à empresa através das analises
das demonstrações financeiras, auxiliando na melhor maneira para corrigir as
mesmas e contribuindo na tomada de decisão dos gestores.

A auditoria financeira tem como objecto o exame de demonstrações


financeiras, bem como de seus quadros isolados, elementos, contas ou itens
específicos das entidades que gerenciem, guardem ou arrecadem, transitória ou
permanentemente, recursos financeiros, emitindo opinião sobre a fidedignidade da
situação patrimonial, financeira e contabilístico do jurisdicionado auditado. Tem por
objectivo, também, emitir opinião sobre as demonstrações financeiras de um
projecto. Os usuários das demonstrações financeiras precisam ter a certeza que as
informações e análises que lhes são fornecidas são dignas de confiança, exactas e
apresentadas honestamente e isentas de distorções. Para mensurar a adequação e
confiabilidade dos registos e das demonstrações financeiras, elaboradas pela
contabilidade com base nos princípios de contabilidade geralmente aceite, e
auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registos, inspecções,
obtenção de informações e confirmações internas e externas, obedecendo à norma
apropriada de procedimento (Normas de Auditoria Geralmente Aceites),
objectivando verificar se as demonstrações financeiras estão representadas de
forma correcta e se reflectem adequadamente a situação nelas demonstradas, de
acordo com as normas.

A auditoria financeira surgiu com a necessidade que os investidores tinham de


ter informações sobre a veracidade das demonstrações financeiras que a empresa
dispõe. Com isso, os investidores passaram a exigir que as demonstrações da
empresa fossem examinadas por um profissional independente que não tivessem
nenhum vínculo com a empresa ou parentesco com a empresa, garantindo qualquer
tipo de interferência não pessoal no seu parecer.
15

1.1 Problemáticas da Pesquisa

Em virtude das mudanças ocorridas no ambiente empresarial nos últimos anos


surge a necessidade de uma melhor compreensão da importância da auditoria
financeira na área das disponibilidades da empresa. As operações das empresas
estão se tornando cada vez mais complexas aumentando-se, a necessidade da
utilização de normas e procedimentos eficientes de gestão. Neste contexto, o
auditor deve examinar as demonstrações financeiras no sentido de verificar se
apresentam uma imagem verdadeira, e se estão de acordo com as normas de
contabilidade geralmente aceites.

O problema em questão surgiu a partir da necessidade de confirmação das


disponibilidades em relação às Normas de Contabilidade. A questão que orienta
esta pesquisa é a seguinte: As contas de disponibilidades constantes nas
demonstrações financeiras elaboradas pela Empresa Mi Diamond Company,
Lda., no período de 2014, foram lançadas conforme os princípios que regem a
contabilidade?

1.2 Objectivos da Pesquisa

O objectivo de uma pesquisa tem a intenção de esclarecer aquilo que o


pesquisador pretende desenvolver, desde os caminhos teóricos até os resultados a
serem alcançados. Dessa forma, o percurso investigativo torna-se mais fácil,
Marconi e Lakatos (2002).

1.2.1 Objectivo Geral

Verificar através do processo de auditoria, as contas de disponibilidades


constantes nas demonstrações financeiras elaboradas pela Empresa Mi Diamond
Company, Lda., no período de 2014, se foram lançadas conforme os princípios que
regem a contabilidade.
16

1.2.2 Objectivos Específicos

 Descrever os conceitos de auditoria;


 Identificar os procedimentos contabilisticos e medidas de controlo interno;
 Verificar o saldo das disponibilidades que deve constar do balanço referido à
data de 31 de Dezembro de 2014.

1.3 Hipóteses da Pesquisa

Considerando que as hipóteses consistem nas possibilidades de solucionar o


problema que se pretende resolver, segundo (GIL, 2002); o presente estudo
demonstra que a aplicabilidade de uma eficaz auditoria interna, bem como controlos
internos organizados – podem ser considerados como factores fundamentais para
aumentar a eficiência e eficácia da empresa. E para que ocorra uma eficaz auditoria,
sugerem-se as seguintes:
H0: As contas de disponibilidades constantes nas demonstrações financeiras
elaboradas pela empresa Mi Diamond Company, Lda., no período de 2014,
não foram lançadas conforme os princípios que regem a contabilidade;
H1: As contas de disponibilidades constantes nas demonstrações financeiras
elaboradas pela empresa Mi Diamond Company, Lda., no período de 2014,
foram lançadas conforme os princípios que regem a contabilidade.

1.4 Justificativas da Pesquisa

Dado o impacto que as disponibilidades representam para as demonstrações


financeiras (relatórios que dimensionam a real situação financeira e patrimonial de
uma organização em determinado período). Essa ferramenta de gestão é
imprescindível para as empresas, pois elas constituem fontes de dados que auxiliam
as organizações nas tomadas de decisões.

A contribuição da auditoria financeira no desempenho organizacional, e para o


entendimento das matérias relacionadas com a auditoria, sua importância para as
organizações, já que a informação financeira auxilia no processo de decisão, pois
quando devidamente estruturada é de crucial importância para a empresa, associa
17

os diversos subsistemas e capacita a empresa a atingir os seus objectivos. Ou seja,


os benefícios conseguidos pelas decisões acertadas, suportadas em informações
valiosas, representam o sucesso da organização.

A justificativa deste trabalho se da a partir da importância de se verificar se as


disponibilidades da empresa estão de acordo com as Normas da Contabilidade.
Assim sendo, esta investigação será pertinente de modo a completar todo o
raciocínio para a compreensão dos gestores, da comunidade e dos académicos o
estudo sobre auditoria financeira na área das disponibilidades.

1.5 Delimitações do Estudo

O estudo de caso foi direccionado à empresa Mi Diamond Company, Lda.,


localizada na Província de Luanda, e a nossa pesquisa realça respectivamente aos
exercícios económicos dos períodos de 2014.

1.6 Estruturas de apresentação dos capítulos

A monografia está estruturada em quatro capítulos: o primeiro capítulo fala


sobre a introdução onde tem como abordagem a problemática, objectivos, hipóteses,
justificativa e delimitação do estudo. No segundo capítulo abordamos sobre a
fundamentação teórica e conceptual, tratamos da revisão literária, com destaque a
assuntos relacionados ao tema. No capítulo três apresentamos os procedimentos
metodológicos, de forma amostrar os passos seguidos para cumprir com os
objectivos traçados e dar cunho cientifico a pesquisa. No quarto capítulo temos
apresentação dos dados e discussão dos resultados.
18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Toda a pesquisa deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre os


quais o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipa)
fundamentará sua interpretação. Para Lakatos e Marconi (2005, p. 226), afirmam
que: “A finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou descrição de
factos levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um caráter
interpretativo, no que se refere aos dados obtidos”. O surgimento de novos modelos
organizacionais tem sido um dos principais factores responsáveis pelas
transformações económicas em grande parte do mundo nos últimos anos,
acarretando o aparecimento de novas empresas e consequentemente alterando o
perfil do trabalho formal. O maior inspirador para esse surgimento é conhecido pelo
termo empreendedorismo, sendo um grande gerador de emprego e crescimento
para sociedade.

2.1 Auditoria no Contexto das Organizações

2.1.1 Origem e Evolução Histórica

Segundo Tato (1998), o termo auditoria tem origem latina (audire, que significa
ouvir) e foi usado pelos ingleses para classificar a tecnologia contabilística da
revisão “to audit” (examinar, corrigir, inspeccionar, certificar).

Ao contrário da contabilidade, segundo Alberton (2002, p.13) surgiu a.c quando


o Homem “deixou de ser simples colector de alimentos naturais e passou a produzir
alguma coisa, tendo sido introduzida a necessidade de medir, controlar, trocar” - a
história da auditoria não é tão precisa, havendo, por isso, diferentes teorias para o
seu surgimento.

Alguns autores consideram que os primórdios da auditoria remontam ao antigo


Egipto e à Babilónia, altura em que aquela actividade consistia na verificação e
exactidão dos registos. “Existem provas arqueológicas de inspecções e verificações
de registos realizadas entre a família real de Urukagina1 no templo sacerdotal
sumeriano e que datam de mais de 4.500 anos Antes de Cristo” (SÁ, 1998).
19

A auditoria externa surgiu como um foco da evolução do capitalismo, sendo


que no princípio as empresas eram exclusivamente fechadas e a participação no
seu capital era exclusiva de um grupo familiar. A Revolução Industrial, operada na
segunda metade do Século XVIII, imprimiu novas directrizes às técnicas
contabilísticas e especialmente às de auditoria, visava atender às necessidades
criadas com o aparecimento de grandes empresas. Como consequência, as
demonstrações financeiras passaram a ter uma grande importância para os futuros
investidores, como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de
informações. Estes passaram a exigir que as demonstrações financeiras fossem
examinadas por um profissional independente da empresa, surgindo então a
profissão do auditor.

Recuando no tempo, já em 200 a. C., na República Romana, as contas


governamentais eram apresentadas na forma de lucros e perdas e eram
constantemente fiscalizadas pelos magistrados encarregues das finanças, os quais
eram denominados questores1. Com efeito, uma actividade similar à auditoria foi
realizada durante o Império Romano, já que era comum os imperadores
encarregarem funcionários de inspeccionarem a contabilidade das diversas
províncias.

A primeira menção de uma auditoria realizada foi na Inglaterra, no ano de


1314, a pedido da Rainha Elizabeth. Inglaterra designou o Auditor do Tesouro para
instalar um sistema de controlo e marcas sobre os gastos do governo.

Já ao alcançar um maior grau de evolução, a auditoria de empresas começou


com a legislação britânica, promulgada durante a Revolução Industrial. Assim, a
auditoria nos moldes que se conhece nos dias actuais, desenvolveu-se no Reino
Unido e foi difundida para outros países, principalmente Canadá e Estados Unidos,
que, devido ao desenvolvimento económico, aprimoraram significativamente esta
nova técnica. Até esta data, a auditoria era utilizada pelos indivíduos mais ricos e
com grande dispersão dos seus activos, que necessitavam saber se estes eram
adequadamente mantidos e utilizados e não negligenciados pelas pessoas a quem
eram confiados.

1Questor (do latim quaestor, procurador) era o primeiro passo na hierarquia política da Roma
Antiga (cursus honorum). O cargo, que implicava funções administrativas, era geralmente ocupado
por membros da classe senatorial com menos de 32 anos.
20

Para Jund (2001), o auditor interno se modificar, em virtude de novos conceitos


e necessidades da gestão empresarial, onde a auditoria interna se torna uma grande
aliada, revisa as actividades operacionais e de apoio, bem como avalia a eficiência e
eficácia do controlo interno, cresce cada vez mais a necessidade que o auditor
interno tenha participação na estratégia da empresa, contribuí com opiniões e
sugestões.

Conforme Santos, Schmidt, Gomes (2006, p. 22):


A auditoria das demonstrações financeiras almeja examinar as informações
nelas contidas; assim, é evidente que todos os itens, formas e métodos que
as influenciam também estarão examinados. O exame da auditoria engloba
a verificação documental, os livros e registos com características
controladoras, a obtenção de evidências de informações de caráter interno
ou externo que se relacionam com o controlo do património e a exatidão dos
registos e as demonstrações deles decorrentes.

2.1.2 Conceito de Auditoria

Para Franco (1992), defini auditoria como um processo pelo qual o auditor faz
os levantamentos, estudos, procedimentos, operações e avaliação de transações
das demonstrações financeiras da entidade, certificando-se da veracidade das
informações, sempre examinando se todos os procedimentos contabilísticos se
estão em conformidade com os princípios fundamentais da contabilidade e
pertinentes com a legislação específica.

De acordo com Franco (1992, p. 22), auditoria é:


A técnica de contabilidade que através de procedimentos específicos que
lhe são peculiares, aplicados no exame de registos e documentos,
inspeções e na obtenção de informações e confirmações, relacionadas com
o controlo do patrimônio de uma entidade – objectiva obter elementos de
convicção que permitam julgar se os registos contabilísticos foram
efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de
contabilidade e se as demonstrações financeiras dele decorrentes refletem
adequadamente a situação económico financeira do património, os
resultados de períodos administrativos examinados e as demais situações
nela demonstradas.

Para Attie (2010), Auditoria consiste no levantamento, estudo e avaliação


sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras de uma entidade.
21

Na concepção de Cordeiro (2013, p. 6):


A auditoria se posiciona como uma técnica contabilística que utiliza
procedimentos específicos e peculiares, os quais aplicados no exame de
registos, documentos e inspeções através da obtenção de informações e
confirmações, estabelecem condições para o controlo do patrimônio da
entidade.

2.1.3 A Importância e a Necessidade da Auditoria

Segundo Almeida (2014), são diversos factores que criam a necessidade de


auditoria às Demonstrações Financeiras (DF), são eles:

a) Conflitos de interesses: o órgão de gestão poderá ter interesses em


adulterar a seu favor as DF (caso as suas remunerações sejam indexadas
aos resultados). Assim, poderá existir conflitos de interesses entre estes e os
investidores que procuram saber a situação real da empresa. Desta forma, o
auditor surge como a única forma de obterem informação fidedigna.
b) Complexidade das transacções: à medida que a complexidade cresce,
cresce a possibilidade de haver distorções (intencionais ou não),
materialmente relevantes e assim diminuir a compreensão da informação
pelos seus utilizadores, logo existe a necessidade de existir um profissional
independente para avaliar a qualidade das DF.
c) Afastamento dos utilizadores da informação financeira: são poucos os
utilizadores da informação financeira que têm acesso directo aos documentos
contabilísticos que servem de base à preparação das DF. Para ultrapassar
estes constrangimentos, confiam aos auditores a missão de expressar uma
opinião sobre as DF Almeida (2014).

Segundo Dias (2012, p. 34):


Há vários factores os quais favorecem a implantação da auditoria interna
dentro da empresa, como por exemplo, a eliminação de erros, ou seja, as
empresas de um modo geral estão preocupadas com a veracidade de suas
informações financeiras.

Para Paula (1999, p.40): a auditoria é importante para a entidade por que: É
parte essencial do sistema que global do controlo interno; Leva ao conhecimento da
alta administração o retrato fiel do desempenho da empresa, os seus problemas,
22

pontos críticos e necessidades de providências, sugerindo soluções; Mostra os


desvios organizacionais existentes no processo decisório e no planeamento; É uma
actividade abrangente, cobre todas as áreas da empresa; É medida pelos resultados
alcançados na assessoria à alta administração e à estrutura organizacional, quanto
ao cumprimento das políticas traçadas, da legislação aplicável e dos normativos
internos; Apresenta sugestões para melhoria dos controlos implantados ou em
estudos de viabilização; etc.

Na concepção de Goreth (1992, p. 41):


A auditoria interna reafirma sua importância se como parte integrante do
sistema global de controlo, assistir a alta administração por meio de
informações que permitam uma visão do que se passa na entidade e de
recomendações, que visam corrigir eventuais desvios ou redireccionar a
acção empresarial, quando convier, com a tempestividade necessária.

Para Goreth (1992) que constatou por ocasião de suas pesquisas que (…). A
auditoria interna é necessária para a entidade, para garantir que os procedimentos
internos e as rotinas de trabalho sejam executados de forma a entender aos
objectivos da entidade e às diretrizes da alta administração; porque atesta a
integridade e fidedignidade dos dados contabilísticos e das informações da gestão
que irão subsidiar as tomadas de decisão dos dirigentes; para salvaguardar os
valores da entidade; porque, mesmo com todos os controlos perfeitos, ainda
existiriam pessoas e os seus quadros funcionais sujeitos às naturais fraquezas
humanas, para as quais não existem controlos; vai permitir a análise dos dados com
isenção e independência; a auditoria interna será considerada necessária se puder
contribuir para a superação de tantos desafios, tratando e comunicando dados de
acordo com o modelo decisório do gestor.

2.1.4 Vantagens e Desvantagens do uso da Auditoria

A empregabilidade do programa, através de adaptações em áreas e trabalhos


diferentes. De acordo com o referido autor, as desvantagens também existem dentro
de um programa de auditoria, porém em um número bem menor, estando quase
sempre ligadas à má preparação e à má realização do programa. Outro ponto capaz
de ser considerado como uma desvantagem refere-se à possibilidade de o trabalho
23

do auditor tornar-se um mecanizado, devido ao cumprimento contínuo do programa,


como o esquecimento da realização de algum procedimento, por não estar descrito
no programa desenvolvido.

De acordo com Jund (2001), as principais vantagens que uma organização


pode obter a partir de um programa de auditoria bem preparado, são as seguintes:
Permite com maior clareza, a fixação sobre a importância de cada trabalho
executado dentro da organização; A ênfase do exame sobre as áreas com maior
prioridade; A possibilidade de dividir racionalmente o trabalho entre cada um dos
elementos de uma equipe; A antecipação da descoberta sobre possíveis problemas.

Jund (2001) demonstra que muitos destes pontos considerados como sendo
desvantajosos, podem certamente serem eliminados, uma vez que o auditor possua
os conhecimentos adequados, não apenas sobre como e o que fazer, mas
principalmente, sobre o porquê de fazer.

2.2 Definição de Auditoria Financeira

Não há uma definição de auditoria, e em face desta situação houve a


necessidade de existir uma definição que fosse geralmente aceite. Alguns
organismos tentaram harmonizar este conceito a nível internacional, como é o caso
do AICPA (American Institute of Certified Public Accountants), do IFAC (International
Federation of Accountants), da INTOSAI (International Organization of Supreme
Audit Institutions), do IIA (Institute of Internal Auditors), entre outros.

2.2.1 Auditoria Financeira

A auditoria é uma verificação ou exame feito por um auditor dos documentos


de prestação de contas com o objetivo de habilitá-lo a expressar uma opinião sobre
os referidos documentos de modo a dar aos mesmos a maior credibilidade.

Segundo Crepaldi (2013, p. 22):


A Auditoria Financeira duma forma geral é definida como um serviço que se
caracteriza pela expressão de uma opinião independente objectiva sobre as
demonstrações financeiras de uma entidade, fazendo referência a um
24

conjunto de normas e técnicas que têm natureza de interesse público e que


contribuem para o aumento da credibilidade da informação financeira.

Segundo O Institute of Internal Auditors (IIA, 1999 Citado por Crepaldi 2000),
define auditoria interna como: Uma actividade independente, de avaliação objectiva
e de consultoria, destinada a acrescentar valor e melhorar as operações de uma
organização na consecução dos seus objectivos, através de uma abordagem
sistemática e disciplinada, na avaliação dos processos da eficácia da gestão de
risco, do controlo e de governação.

De acordo com Costa (2010), este enfoque na organização não é mais que a
tradução da evolução e modificação do papel desempenhado pela auditoria interna
durante a última década, particularmente ao nível do sector privado, tendo sido dada
uma maior ênfase à melhoria da relação com a gestão de topo. Esta modificação
assentou numa mudança de paradigma que deixou de lado a tradicional função de
controlo financeiro/contabilístico da auditoria, passando a sua acção a centrar-se na
identificação de todos os riscos inerentes às diversas actividades da organização
procurando, deste modo, que os objectivos da mesma sejam atingidos da forma
mais eficiente e eficaz.

O conjunto de serviços prestados na área da auditoria é diversificado, recaindo,


substancialmente, nas seguintes competências: consultoria de gestão no que
respeita a aconselhamento em matérias de informática controlo interno,
procedimentos e organização da empresa; aconselhamento relativamente a
investimentos, nomeadamente àqueles que se ajustam às condições específicas das
empresas; intervenção do Revisor Oficial de Contas como fiscal único;
fundamentação objectiva acerca do valor das entradas em espécie pelos detentores
de capital à sociedade; intervenção ao nível dos serviços relacionados com a
Revisão Legal de Contas; questões de insolvência; entre outros.

Os auditores são profissionais qualificados e necessariamente externos à


empresa, com o propósito de garantir a independência e fiabilidade dos resultados
das actividades das empresas e da sua posição financeira, bem como garantir que
as suas demonstrações financeiras sejam apresentadas de acordo com as normas
jurídicas em vigor.
25

2.2.2 Objecto e Objectivos da Auditoria Financeira

Segundo Costa (2010), o objecto é matéria, assunto sobre o qual recai a


atenção ou que é alvo de investigação, assunto sobre o qual versa uma pesquisa ou
ciência. O objectivo é o resultado que se pretende alcançar, aquilo que se pretende
alcançar quando se realiza uma acção.

A ideia de Costa nos refere que o objecto relaciona-se ao assunto a que se


quer pesquisar, ao passo que o objectivo está mais ligado ao que se pretende atingir
com a investigação.

Conforme os ensinamentos de Costa (2010), o objecto da auditoria financeira,


está relacionado às afirmações subjacentes às demonstrações financeiras e tem
como objectivo, obter uma opinião expressa por um auditor competente e
independente sobre aquelas demonstrações financeiras auditadas.

Em 2010, a IFAC, através da ISA 200, nos demonstra que, o objectivo de uma
auditoria é aumentar o grau de confiança dos utilizadores interessados nas
demonstrações financeiras.

Em resumo podemos atestar que, o objecto de uma auditoria financeira, são


as demonstrações financeiras, os relatórios e contas que retratam a posição
financeira da empresa, bem como as demais informações que se possam necessitar
numa auditoria, e o objectivo da auditoria financeira, é obter junto do auditor
independente, uma opinião, sobre a razoabilidade das demonstrações financeiras
auditadas, após o seu exame de auditoria, ou seja, depois de conferir as condições
com que as demonstrações financeiras foram apresentadas e divulgadas, opinar, se
as mesmas foram preparados ou não respeitando os princípios contabilísticos
geralmente aceites e aplicáveis.

2.3 Papéis de Trabalho da Auditoria

Os papéis de trabalho são todas as evidências obtidas pelo auditor durante o


seu trabalho, que dão apoio para as conclusões, comentários, opiniões e
observações do auditor. Segundo Sá (1998), papéis de trabalho são os papéis
utilizados para reproduzir dados, fazer anotações, analisar contas, demonstrar
26

cálculos, relatar situações, espelhar levantamentos, em geral, executar a tarefa de


auditoria.

Não existe um modelo padrão para os papéis de trabalho, eles devem ser
escolhidos pelo auditor, de acordo com seu critério pessoal. Existem vários tipos de
papéis com os quais o auditor lida para a execução de seus serviços, que devem
observar alguns requisitos, como possibilitar a execução das tarefas com um mínimo
de esforço; proporcionar a máxima clareza; propiciar o menor custo e servir de base
permanente de consulta.

Na elaboração dos papéis de trabalho o auditor e sua equipa, devem


considerar algumas regras, como praticidade, precisão, objectividade, clareza,
lógica, e também algumas técnicas, como a utilização de lápis nos papéis, cuidar o
layout de papel de trabalho e utilizar apenas a parte da frente da folha Os papéis de
trabalho devem ser organizados de forma a facilitar seu manuseio e devem ser
divididos em folhas sintéticas, subsidiárias ou analíticas, de maneira que contenham
os seguintes documentos: capa da pasta, com a identificação do auditor, do
auditado, da auditoria e período da realização dos trabalhos; índices dos papéis;
plano de auditoria; programa de auditoria por área; controlo de tempo dos trabalhos;
notas do supervisor; papéis de trabalho contendo evidências por área examinada;
correspondências emitidas; respostas recebidas; desenvolvimento das
recomendações; e relatório de auditoria, devidamente referenciado com os papéis
de trabalho.

Para evidenciar os exames realizados nos papéis de trabalho, o auditor utiliza


letras, que servem para destacar excepções encontradas na aplicação dos
procedimentos, e tiques explicativos, que são sinais particulares que evidenciam os
exames físicos ou a fonte de obtenção das informações.

2.3.1 Finalidade dos Papéis de Trabalho

Paralelamente a Franco e Marra (2001), a principal finalidade dos papéis de


trabalho é, a de servir como base e sustentação da opinião do auditor. Eles
constituem o testemunho do trabalho que o auditor efectuou, a forma como foi
realizado esse trabalho e registaram e documentam as conclusões a que o auditor
27

chegou. Os papéis de trabalho do auditor contêm todas as informações conseguidas


no curso dos exames, muitas vezes de forma sucinta, mas sempre clara.

Cada papel de trabalho deve ser elaborado tendo em vista o exame da conta
que se está examinando, ou da área em que está sendo processado. De acordo
com Crepaldi (2002, p.260), as finalidades dos papéis de trabalho são:

1. Fornecer um registo escrito permanente do trabalho efectuado, incluindo:


2. Fornecer informações importantes com relação ao planeamento contabilístico,
financeiro e fiscal.
3. Serem apresentados, mediante solicitação, como evidência que fundamente o
relatório emitido.
4. Fornecer aos encarregados a oportunidade de avaliar os atributos membros
da equipa.

Os papéis de trabalho utilizados nos últimos exames podem servir de base


para os novos. O conjunto dos papéis é que determina a conclusão do auditor e
descreve o processo da auditoria, exigindo bastante cuidado durante o período de
execução, pois qualquer descuido poderá originar uma conclusão falsa.

2.3.2 Tipos dos Papéis de Trabalho

Um papel de trabalho é qualquer registo que o auditor faz de seu trabalho ou


do material que ele encontra. Constantemente há novos problemas, que fazem com
que o auditor elabore novos papéis de trabalho, ou amplie os já existentes. Uma das
características do bom auditor é a capacidade de adaptar formulários de papel de
trabalho, de acordo com as necessidades que o problema apresenta.

Embora haja diferenças entre os papéis de trabalho, existem certos tipos


comuns que são usados em todos os trabalhos. De acordo com Crepaldi (2002),
alguns deles são: análises de contas, lançamentos de acertos, conciliações,
balancetes, pontos para recomendações, programas de auditoria.

A maioria dos papéis de trabalho enquadra-se em algum desses tipos, embora


a necessidade específica de cada caso determine os tipos e quantidades exigidos
em determinada situação.
28

Os papéis de trabalho básicos de uma auditoria devem conter: demonstrações


financeiras auditadas; balancete da razão; folha de ajuste; folha de análise das
contas do activo; folhas de análise das contas do passivo; folhas de análise das
contas de receitas e de despesas; folha de análise das contas do património líquido.
Entre os papéis de trabalho, em um lugar de fácil localização, devem ficar: cópia ou
extrato do contrato celebrado com o cliente para a execução da auditoria;
memorando especificando as datas em que os trabalhos deverão estar encerrados e
os relatórios entregues; tipo de relatórios a elaborar, pessoas a quem deverão ser
encaminhadas e outras informações geradas.

2.3.3 Aspectos fundamentais dos papéis de trabalho

Para que os papéis de trabalho estejam completos, há a necessidade de


observar pontos importantes que deverão estar demonstrados neles. Segundo
Crepaldi (2002, p. 261), o auditor deve levar em consideração quanto à elaboração
dos papéis de trabalho:

 Concisão: os papéis de trabalho devem ser concisos, de forma que


todos entendam sem a necessidade de explicação da pessoa que
os elaborou;
 Objetividade: os papéis de trabalho devem ser objectivos, de forma
que se entenda onde o auditor pretende chegar;
 Limpeza: os papéis de trabalho devem estar limpos, de forma a não
prejudicar o entendimento destes;
 Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados de forma lógica
de raciocínio, na sequência natural do objectivo a ser atingido;
 Completos: os papéis de trabalho devem ser completos por si só.

Segundo o mesmo autor, os papéis de trabalho não estão limitados a dados


quantitativos, eles devem incluir explicações que mostrem o que foi feito pelo
auditor, suas razões para seguir certos procedimentos, sua opinião sobre a
qualidade dos dados examinados, a adequação dos controlos internos utilizados e a
competência das pessoas responsáveis pelas operações revisadas.

2.4 Auditoria Financeira na Área das Disponibilidades

A auditoria da disponibilidade tem por objectivo verificar e determinar a


existência das disponibilidades da empresa nas contas Banco, Caixa ou com
29

terceiros e se de facto essas contas pertencem à empresa auditada, verificar se são


utilizados os princípios da contabilidade geralmente aceitos para o seu registo. Nas
contas Caixa e Banco, são registrados os recursos disponíveis em moeda no
momento.

Para um activo ser classificado no grupo de Caixa e Banco é necessário que


não haja nenhuma restrição quanto ao uso emitido. Os cheques imediatos e ainda
não entregues aos beneficiários não devem ser considerados como redução de
caixa e bancos (ALMEIDA, 2010).

O Caixa da empresa, é onde todos os dias registram as entradas a saídas de


dinheiro, por ter um grande fluxo de movimento, muitas vezes fica difícil de ser
controlado. Um erro pode desencadear uma diferença no seu saldo, por isso o
auditor deve ter bem definido o objectivo que quer alcançar com o estudo dessa
conta, sendo que a análise deverá ser mais detalhada para se chegar ao objectivo
definido. O principal objectivo da auditoria das disponibilidades é verificar se os
valores registrados nas demonstrações financeiras são de factos verdadeiros, se o
que está registrado no caixa da empresa realmente confere como os lançamentos
das demonstrações, verificar se há algum tipo de restrição ou se está tudo em
conformidade.

2.4.1 Aspectos da Administração Financeira

O auditor externo deve ter conhecimento sobre a administração financeira para


que ele consiga entender o funcionamento das contas e Caixas e Bancos e fornecer
sugestões construtivas para o aprimoramento das políticas financeiras da empresa
(ALMEIDA, 2010).

Para Almeida (1996, p.136) os principais pontos que o auditor externo deve
observar são os seguintes:

Se é elaborado orçamento financeiro; se existe boa base para a elaboração


desse orçamento( não é feito em base aleatória); se as provisões do
orçamento são precisas; se o orçamento é revisado periodicamente para
garantir sua eficácia; se é preparado relatório comparando os resultados
efetivos com as previsões e indicado por escrito os motivos das principais
variações;se os valores de caixa pequena são excessivos ou requerem
reposição muito frequente; se as sobras de caixa e banco, ou seja, que não
30

será utilizado de imediato nas operações da empresa, são aplicadas; se a


empresa está utilizando os meios mais baratos de financiamentos; se existe
uma centralização no controle dos recursos mantidos em diversos locais ,de
modo a evitar que um local tenha excesso de recursos em quanto outro
toma empréstimo; se existe uma política definida para os descontos
financeiros; se diariamente é preparado relatório de recursos em caixa e
bancos, de forma a permitir que a administração da empresa exerça efetivo
controle sobre estes.

Do ponto de vista do autor, o auditor deve saber sobre a área financeira para
poder interpretar os relatórios financeiros fornecidos, para realizar um trabalho de
auditoria de forma que consiga detectar possíveis falhas no sistema, e verificar se
estão utilizando o dinheiro de forma correcta e de acordo com os princípios de
contabilidade.

2.4.1.1 Contagem de Caixa

Para realizar a contagem de caixa o auditor deve tomar alguns cuidados, para
que tenha validade.

O Auditor deve se preocupar com a contagem inesperada para evitar possíveis


manipulações que possam esconder as faltas de numerários; com o número de
caixa existente com o intuito de evitar manipulações e transferências entre eles,
devendo verificar se a contagem esta sendo realizada no mesmo tempo que a
contagem rotativa; se há a presença do responsável na contagem do caixa, sendo
que após os números serem contados deve ser entregue um recibo assinado pelo
responsável de Caixa, para isentar o auditor de qualquer diferença que possa
ocorrer; já em relação ao papel de trabalho o auditor deve preencher a tinta depois
da contagem do caixa, sendo observados alguns requisitos como o nome do caixa,
nome do responsável pelo numerário, data e hora da realização da contagem,
listagem de todos os itens constantes no caixa, e o recibo de devolução de
numerário contado. (ATTIE, 1998) Para que a auditoria tenha mais validade, é
necessário que a contagem do caixa seja realizada inesperadamente, evitando
assim que ocorra uma manipulação.
31

2.4.1.2 Contas Bancárias

Na análise das contas bancárias o auditor pode utilizar vários procedimentos


para atingir seus objectivos. Segundo Attie (1998, p.258) na verificação das contas
bancárias o auditor deve se preocupar com:
As conciliações bancárias, com as confirmações do saldo bancário, com os
extratos bancários para verificar se os débitos e os créditos foram normais e
se estão sendo contabilizados corretamente, se os que ficaram pendentes
são comprovados no período subsequente.

Quando o auditor for verificar as contas bancárias deverá confirmar os saldos


das contas, extratos bancários para analisar se os débitos e créditos estão em
acordo com a contabilização, se houve alguma movimentação pendente de
conciliação e no período deve ser realizada uma nova conferência para verificar se
de facto as contas pertencem à empresa auditada.

A auditoria nas contas bancárias tem como objectivo analisar os extratos


bancários para verificar se estão sendo corretamente contabilizados e tentar
detectar possíveis erros para serem corrigidos.

Para realizar a auditoria das disponibilidades caixa e banco e necessário que


seja seguido alguns procedimentos, como verificar se estão sendo movimentadas
corretamente, se os lançamentos e as demonstrações estão de acordo com as
normas e princípios de contabilidade.

2.4.2 Procedimentos de Auditoria Financeira na Área das Disponibilidades

Almeida (1996, p. 45) afirma que “os procedimentos de auditoria representam


um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre as
informações das demonstrações financeiras”.

De acordo com Carvalho (2006), os procedimentos de auditoria são os


mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de evidências ou provas que
fundamentarão o relatório de auditoria. Estes procedimentos representam o conjunto
de técnicas ou métodos que permitem ao auditor obter elementos comprovativos, de
forma suficiente e adequada, para fundamentar os seus comentários, opiniões e
recomendações aquando da elaboração do seu relatório.
32

2.4.1 Testes de Observância

De acordo com Crepaldi (2004), Os testes de observância são aqueles


empregues pelo auditor, a fim de determinar se os procedimentos internos
determinados pela empresa estão a ser cumpridos pelos seus colaboradores.
Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibilidade dos
procedimentos de controlo da empresa, e não necessariamente em relação aos
registos correctos das operações.

O objectivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que


os procedimentos de controlo interno estejam a ser executados na forma
determinada pela organização. Esta observação é essencial para o auditor, uma vez
que é através dos testes de observância que ele pode vir a depositar maior ou
menor confiança no sistema de controlos internos aplicados. Os testes de
observância são largamente aplicados em auditoria operacionais, onde a
preocupação central do auditor é com respeito se os colaboradores da organização
respeitam as normas internas pré-estabelecidas. A aplicação destes testes requer
muita atenção e acuidade do auditor, e normalmente é aplicado sem que os
envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto fosse notado, certamente
fariam o correto, pelo menos na frente do auditor.

2.4.2 Testes Substantivos

Testes Substantivos, estes testes estão relacionados com os exames de saldos


de Balanços, tendo como finalidade a obtenção de evidências quanto à suficiência,
exactidão e validade das informações contabilísticas da entidade.

Para Crepaldi (2004), “prova de duditoria” refere que “são necessários testes
de controlos em duas circunstâncias. Quando a avaliação do risco do auditor incluir
uma expectativa da eficácia operacional de controlos, é exigido ao auditor que teste
esses controlos para suportar a avaliação do risco. Além disso, quando os
procedimentos substantivos só por si não proporcionam prova de auditoria
apropriada suficiente, é exigido ao auditor que execute testes de controlos para
obter prova de auditoria acerca da sua eficácia operacional”. Para o mesmo autor,
expõe os seguintes procedimentos de auditoria utilizados pelos auditores:
33

a) Inspecção de Registos ou Documentos e de Activos Tangíveis: a inspecção


consiste no exame de registos, como é o caso da verificação dos
lançamentos nos Livros Diários e Razão; no exame de documentos, tais como
facturas e extractos bancários que tenham servido como base para os
lançamentos; e no exame de activos tangíveis (corpóreos), como a verificação
da existência física de máquinas, equipamentos, mobiliárias e utensílios, etc.
Também são objecto de inspecção os activos intangíveis ou incorpóreos, pelo
exame dos documentos que comprovem os direitos sobre o bem. O auditor é
também responsável pelo acompanhamento do levantamento físico das
existências. A contagem física é da responsabilidade do pessoal da entidade,
cabendo ao auditor apenas acompanhar o inventário e executar contagens
em base de testes.
b) Observação: “A observação consiste em olhar para um processo ou
procedimento que está a ser desempenhado por outros. Os exemplos incluem
observação de contagem de inventários pelo pessoal da entidade e
observação da execução de actividades de controlo. A observação
proporciona prova de auditoria acerca da execução de um processo ou
procedimento, mas é limitada ao momento no qual a observação tem lugar e
pelo facto de que o acto de ser observado pode afectar como o processo ou
procedimento é executado”.
c) Indagação: “A indagação consiste em procurar informação com a finalidade
de obter os esclarecimentos necessários à realização do trabalho. As
indagações podem ir de indagações formais escritas até indagações orais
informais, e são dirigidas a qualquer trabalhador da empresa, consoante a
área que esteja a ser examinada. Por vezes este procedimento toma um
aspecto mais formal, acabando por se tornar numa entrevista, como é o caso
de levantamentos de procedimentos contabilísticos e de controlo interno
existente”. Em ambos os casos, as perguntas devem ser adequadas e
previamente preparadas pelo auditor. Durante o diálogo há que haver
bastante flexibilidade perante as respostas, que poderão influenciar o rumo da
conversa ou levantar questões para as quais não se estava preparado à
priori;
34

d) Confirmação: “A confirmação é o processo de obter uma declaração de


informação ou de uma condição existente directamente de uma terceira parte.
Por exemplo, o auditor pode procurar confirmação directa de dívidas a
receber ao comunicar-se com devedores. (…)” Quando o valor das
transacções for expressivo em relação à posição financeira e ao resultado das
operações da empresa, o auditor deve confirmar os valores das contas a
receber e a pagar, por meio de comunicação formal com os terceiros
envolvidos, através da circularização. Também os Bancos, Seguradoras,
Advogados e quaisquer outras entidades financeiras devem ser
circularizados.

A circularização é, assim, a confirmação de saldos e informações da entidade,


solicitada pelo auditor. As minutas das cartas de circularização são preparadas pelo
auditor, sendo posteriormente elaboradas pela entidade auditada.

Deve ser o auditor a colocar todas as cartas no correio e as respostas devem


ser também recepcionadas directamente pelo próprio auditor. Hoje em dia, com a
disseminação do uso da internet, muitas correspondências de circularização são
feitas por correio electrónico.

A circularização pode ser efectuada de forma positiva ou negativa. Numa


circularização positiva solicita-se à entidade circularizada uma resposta com a
confirmação da informação; na circularização negativa não é necessário que a
entidade responda se houver concordância com a informação constante na carta. A
circularização positiva proporciona, evidentemente, muito mais garantias do que a
negativa.

2.4.3 Procedimentos Analíticos

Os procedimentos analíticos consistem em avaliações de informação financeira


feita por um estudo dos relacionamentos plausíveis entre quer dados financeiros
quer não financeiros. Os procedimentos analíticos também englobam a investigação
de flutuações e relacionamentos que sejam inconsistentes com outra informação
relevante ou se desviem significativamente de quantias previsíveis.
35

Para Andrade (2003, p. 32):


Procedimentos de auditoria, ou combinação deles, podem ser usados como
procedimentos de avaliação de risco, testes de controlos ou procedimentos
substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor.
Em certas circunstâncias, a prova de auditoria obtida de anteriores
auditorias pode proporcionar prova de auditoria sempre que o auditor
executar procedimentos de auditoria para estabelecer a sua relevância
continuada.

2.4.4 Testes aos Controlos

Segundo Borges (2007), os testes aos controlos são os testes que se realizam
para obter prova da auditoria acerca da adequada concepção e da eficaz
operacionalidade do sistema de controlo interno. Após o levantamento e o registo
dos sistemas de controlo interno há que os testar, de modo a perceber se estão
efectivamente em funcionamento. Para tal realizam-se, geralmente, testes às
vendas e às dívidas de clientes; teste às compras e às dívidas a fornecedores; e
testes aos custos com pessoal. Os testes são realizados numa base de
amostragem, e deve ter-se em conta que a amostra deve ser representativa do total
do universo e que os testes incidam sobre vários períodos do ano.

Cada um dos testes só pode ser escrito depois de se efectuar o levantamento


do sistema de controlo interno em causa. Perante isto conclui-se que não existem
testes padronizados e que se apliquem integralmente a duas empresas distintas. No
entanto, existem procedimentos que são básicos e de aplicação geral que devem
posteriormente ser complementados face a cada situação específica, (BORGES,
2007).

2.4.5 Procedimentos Substantivos

Para Andrade (2003), procedimentos substantivos são os procedimentos de


auditoria realizados com o objectivo de se detectarem distorções materiais ao nível
das asserções. Estes procedimentos incluem testes de detalhes de classe de
transacções, saldos de contas e divulgações e procedimentos analíticos
substantivos. Os primeiros, testes de detalhe de transacções e saldos, estão
relacionados com a análise dos movimentos e saldos das contas e de outros
registos contabilísticos com o propósito de se averiguar a credibilidade da
36

informação das demonstrações financeiras. Muitas vezes, e especialmente nas


contas bancárias e de terceiros, torna-se necessário, após efectuar a respectiva
análise, proceder à reconciliação do saldo apresentado com o referido pela outra
entidade, isto é, justificar as diferenças existentes entre o saldo apresentado por
uma empresa numa determinada data e o saldo apresentado pelos registos
contabilísticos da outra entidade, com referência à mesma data. Os procedimentos
analíticos, como foram referidos anteriormente, passam por tomar considerações
acerca da comparação da informação financeira da entidade com informação
comparável de exercícios anteriores, orçamentos e previsões, informação similar
dentro do mesmo sector de actividade, etc.
37

3. METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1. Natureza da Pesquisa

Por ser um estudo de carácter aplicativo nada mais é relevante se não


apresentar a natureza devida deste estudo, no caso a pesquisa Aplicada. Os
procedimentos desta pesquisa auxiliam bastante nas mudanças comportamentais
das organizações.

3.1.1. Pesquisa quanto aos Procedimentos

Os procedimentos na pesquisa científica referem-se à maneira pela qual se


conduz o estudo e, portanto, se obtêm os dados. Gil (2009, p. 65) ressalta que ‘‘o
elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o
procedimento adoptado para a colecta de dados’’.

Apresenta-se, na sequência, detalhadamente a tipologia de pesquisa


bibliográfica:

 Pesquisa bibliográfica:
De acordo com Gil (2009) explica que “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida
mediante material já elaborado, principalmente livros e artigos científicos. Apesar de
praticamente todos os outros tipos de estudo exigem trabalho dessa natureza, há
pesquisa exclusivamente desenvolvidas por meio de fontes bibliográficas”.

O material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já


tornado público em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, teses, entre outros.
Por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática
pesquisada. Com base nisso é que se pode elaborar o trabalho monográfico, seja
ela em uma perspectiva histórica ou com o intuito de reunir diversas publicações
isoladas e atribuir-lhes uma nova leitura.

No que diz respeito a estudos em Auditoria, percebe-se que a pesquisa


bibliográfica está sempre presente, seja como parte integrante de outro tipo de
38

pesquisa ou exclusivamente enquanto delineamento. As publicações de autores


sobre a teoria e a prática contabilísticas podem ajudar o estudante a conhecer o que
foi produzido de importante sobre o objecto de pesquisa. Também podem implicar o
desenvolvimento do próprio trabalho, reunindo os fragmentos encontrados, e inseri-
los em um texto construído pelo estudante, ou fazendo uma interpretação dos
escritos ainda não realizadosbbb.

3.1.2. Pesquisa quanto aos objectivos

Diante da necessidade de definir o delineamento da pesquisa, quanto aos


objectivos, o estudante poderá enquadrar seu trabalho monográfico como uma
pesquisa descritiva, exploratória ou explicativa. Apresenta-se, na sequência,
detalhadamente a tipologia de pesquisa descritiva:

 Pesquisa Descritiva:
Na concepção de Gil (2009), a pesquisa descritiva tem como principal objectivo
descrever características de determinada população ou fenómeno ou
estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais
significativas está na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados.

Infere-se do exposto que a pesquisa descritiva configura-se como um estudo


intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão
preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto,
descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos.

De forma análoga, Andrade (2002) destaca que a pesquisa descritiva


preocupa-se em observar os factos, registá-los, analisá-los, classificá-los e
interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenómenos do mundo
físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.

3.1.3. Pesquisa quanto abordagem do problema


39

Finalizando as tipologias de pesquisa aplicáveis em Auditoria, contemplam-se,


na sequência, as tipologias de pesquisa quanto à abordagem do problema. Nessa
perspectiva destacam-se as pesquisas qualitativa e quantitativa.

Da mesma forma como na explanação das duas categorias de delineamento já


realizadas (quantos aos procedimentos e quanto aos objectivos), apresentam-se
também em cada tipologia conceitos relacionados ao estudo.

 Pesquisa Qualitativa
Richardson (1999, p. 80) menciona que ‘‘os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema,
analisar a interacção de certas variáveis, compreender e classificar processos
dinâmicos vividos por grupos sociais’’. Ressalta também que ‘‘podem contribuir no
processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de
profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos
indivíduos’’.

Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao


fenómeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar
características não observadas por meio de um estudo qualitativo, haja vista a
superficialidade deste último.

Abordar um problema qualitativamente pode ser uma forma adequada para


conhecer a natureza de um fenómeno social. Isso justifica a existência de problemas
que podem ser investigados com uma metodologia quantitativa e outros que exigem
um enfoque diferente necessitando-se da metodologia qualitativa.

Em Auditoria, é bastante comum o uso da abordagem qualitativa como


tipologia de pesquisa. Cabe lembrar que, apesar de que o estudo em Auditoria lida
intensamente com os números, ela é uma Ciência Social, e não uma Ciência exacta
como alguns poderiam pensar, o que justifica a relevância do uso da abordagem
qualitativa.

 Pesquisa Quantitativa
Diferente da pesquisa qualitativa, a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo
emprego de instrumentos estatísticos, quanto na colecta como no tratamento dos
40

dados. Esse procedimento não é tão profundo na busca do conhecimento da


realidade dos fenómenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral
dos acontecimentos.

A pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto


nas modalidades de colecta de informações, quanto no tratamento delas por
meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual,
média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação,
análise de regressão (RICHARDSON, 1999, p. 70).

Destaca ainda sua importância ao ter a intenção de garantir a precisão dos


resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando uma margem
de segurança quanto às inferências feitas. Assim, a abordagem quantitativa é
frequentemente aplicada nos estudos descritivos, que procuram descobrir e
classificar a relação entre variáveis e a relação de causalidade entre fenómenos.
Torna-se bastante comum a utilização da pesquisa quantitativa em estudos de
levantamento, numa tentativa de entender por meio de uma amostra o
comportamento de uma população.

3.2. Universo da Pesquisa

No universo, a variedade de fenómenos passíveis de serem estudados é


infinita. A Ciência selecciona os que deseja estudar e os abstrai da realidade,
escolhendo alguns ângulos do fenómeno para ser investigado. Assim, se cada
Ciência estuda determinados aspectos da realidade e possui diversos sistemas
abstractos de pensamento para analisar e interpretar esses fenómenos, o
pesquisador necessita ter conhecimento dos sistemas conceituais que expressem
cada área do saber.

 População
População ou universo da pesquisa é a totalidade de elementos distintos que
possui certa paridade nas características definidas para determinado estudo.

Num aspecto macro, a população é formada pela colecção de propriedades ou


atributos das unidades elementares que estão sob estudo. Para Lapponi (1997, p.
8), a população é o ‘‘conjunto ou colecção de dados que descreve algum fenómeno
41

de nosso interesse’’. A população não se refere apenas a um grupo de pessoas


sobre as quais se pretende conhecer, mas a uma colecção de unidades como: os
seres humanos, os países, os factos sociais, a produção agro-industrial, as
empresas públicas ou privadas e objecto diversos.

Portanto, com base na formulação da questão – pesquisa, deve-se delimitar o


mais precisamente possível o número restrito de objectos a serem estudados, ou
seja, a população – alvo. Idealmente, as unidades de análise da população devem
estar explicitas na formulação das hipóteses de pesquisas. Assim sendo, a
população definida para a presente pesquisa compreende a empresa Mi Diamond
Company, Lda.

 Amostra:
As pesquisas, no campo das Ciências Sociais, abarcam um universo de
elementos consideravelmente extensos, o que torna inviável considerá-los em sua
totalidade. Por essa razão, um estudo científico pode buscar a identificação dessas
relações e sequências repetitivas mediante estudo amostral, isto é, utilizados
fracções ou uma pequena parte dos elementos de um universo da pesquisa.

Conforme Lapponi (1997, p.8) introduz que a amostra é um ‘‘subconjunto de


dados seleccionados de uma população’’. No entanto, amostrar simplesmente não é
suficiente para fazer inferências mais contundentes sobre determinado objecto
pesquisado, é necessário que a amostra seja representativa da população, ou seja,
conter características não conflituantes com as características ou estrutura da
composição da população de onde foi retirada. Todavia, a amostra seleccionada
para a presente pesquisa compreende as demonstrações financeiras da empresa Mi
Diamond Company, Lda., nomeadamente o Balanço Patrimonial com suporte das
informações dos membros que compilam essas informações, no caso os
funcionários seleccionados que corresponde a 06 colaboradores do Departamento
de Finanças, dentro os quais 4 mulhes e 2 homens.

3.3. Técnica de Recolha de dados

O objecto de um trabalho monográfico é a sistematização metódica e objectiva


de informações fragmentadas, seguida da identificação de suas relações e
42

sequências repetitivas, com vista em descobrir respostas para determinada questão


– problema. Assim, o processo de colecta, análise e interpretação dos dados busca
regularidades ou padrões de associação de dados que não sejam

idiossincráticos aos factos que estão sendo examinados, mas comuns a toda
categorias de factos semelhantes.

A Ciência utiliza inúmeras técnicas para obtenção dos propósitos objectivados.


A técnica é uma forma sistematizada e lógica de preceitos ou processos em que se
apoia uma Ciência; dito de outra forma, a técnica é a habilidade para se usar
pragmaticamente os preceitos ou normas. Nesse sentido, após a etapa de colecta
de dados, estes precisam ser tratados para facilitar a construção de um raciocínio
conclusivo. Assim, faz-se na sequência uma breve inclusão teórica nessas técnicas,
sem a pretensão de esgotar as particularidades de cada instrumento usado para
colectar dados nos trabalhos monográficos.

 Questionários
O questionário é um instrumento de colecta de dados constituído por uma série
ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante, sem
a presença do pesquisador. Gil (2009) define o questionário como uma técnica de
investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões
apresentadas por escrito às pessoas, tendo como objectivo o conhecimento de suas
opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas.

O questionário deve ser claro e limitado em extensão e estar acompanhado de


notas que expliquem a natureza da pesquisa e ressaltem a importância e
necessidade das respostas, a fim de motivar o informante.

O processo de elaboração dos questionários é um tanto quanto complexo e


longo, exigindo cuidados na selecção e formulação das questões. As perguntas
devem ser claras, concretas e precisas, ter linguagem acessível ao entendimento da
média da população estudada, possibilitar uma única interpretação, não sugerir ou
induzir respostas, referir-se a uma ideia de cada vez, conter apenas perguntas
relacionadas aos objectivos da pesquisa, e evitar questionamentos que, de antemão,
sabe-se que não serão respondidos fidedignamente.
43

 Analise Documental
Para Richardson (1999), a análise documental consiste em uma série de
operações que visam estudar um ou vários documentos para descobrir as
circunstâncias sociais e económicas com as quais podem estar relacionados.
Comenta que o método mais conhecido é o histórico, o qual consiste em estudar os
documentos visando investigar os factos sociais e suas relações com o tempo
sociocultural – cronológico.

Algumas características da análise documental são apresentadas por


Richardson (1999), tais como a análise documental trabalha em específico, sobre os
documentos, e essencialmente a temática: e busca a determinação fiel dos
fenómenos sociais.

No que diz respeito aos aspectos metodológicos da análise documental, o


primeiro passo é a caracterização dos documentos que serão usados ou
seleccionados, entre eles o documento oficial (decreto, parecer), documento técnico
(relatório, planeamentos, livro – texto) ou documento pessoal (cartas, diários,
autobiografias); o passo seguinte é a análise propriamente dita, para a qual deve
recorrer a metodologia da análise de conteúdo.

 Análise de conteúdo
Segundo Richardson (1999, p. 224) infere que a análise de conteúdo busca
compreender melhor um discurso, aprofundar suas características ‘‘gramaticais,
fonológicas, cognitivas, ideológicas’’ e extrair os momentos mais importantes.

Portanto, baseia-se em teorias relevantes que sirvam de marco de explicação


para as descobertas do pesquisador. Análise de conteúdo caracteriza-se como um
método de investigação do conteúdo simbólico das mensagens, podem ser
abordadas por diferentes ângulos.
44

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

4.1 Apresentação da empresa

A empresa Mi Diamond Company, Lda., constituida nos termos da Lei


Angolana, sendo o seu estatuto e o contrato e o contrato de concessão dos direitos
mineiros publicados no Diário da República, III Série nº 3 de 5 de Janeiro de 2007,
tem como actividade principal a comercialização de diamantes e outros recursos
minerais, prospecção, pesquisa, produção de recursos minerais, construção civil e
obras públicas, agricultura, pescas, hotelária e turismo e imobiliária.

4.2 Procedimentos Contabilisticos e Medidas de Controlo Interno

Quadro nº 1: Há controlo específicos sobre os valores recebidos?


Controlo específicos sobre os valores recebidos
Elementos Frequências Percentagem
Sim 5 83
Não 0 0
Nem por isso 1 17
Total 6 100
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Gráfico nº 1: Há controlo específicos sobre os valores recebidos?


Nem por
isso
17%
Não
0%

Sim
83%

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)


45

Interpretação do gráfico nº 1, faz referência se há um controlo específicos


sobre os valores recebidos, dos 6 funcionários inquiridos 83% responderam que sim
e 17% nem por isso, os que responderam sim são os mais representativo.

Quadro nº 2: Os valores recebidos são diária integralmente depositada no banco?


Elementos Frequências Percentagem
Sim 6 100
Não 0 0
Nem por isso 0 0
Total 6 100
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Gráfico nº 2: Os valores recebidos são diária integralmente depositada no banco?

Sim Não Nem por isso

0%

100%

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Interpretação do gráfico nº 2, faz referência se os valores recebidos são diária


integralmente depositada no banco, todos os inquiridos responderam que sim.
46

Quadro nº 3: Efectuam-se inspecções fisicas de surpresa na tesouraria?


Elementos Frequências Percentagem
Sim 4 67
Não 0 0
Nem por isso 2 33
Total 6 100
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Gráfico nº 3: Efectuam-se inspecções fisicas de surpresa na tesouraria?

Nem por
isso
33%

Sim
67%
Não
0%

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Interpretação do gráfico nº 3, faz referência se efectuam inspecções fisicas de


surpresa na tesouraria, das pessoas consultados 67% responderam sim, e 33%
responderam nem por isso.
47

Quadro nº 4: As reconciliações bancárias são feitas mensalmente?


Elementos Frequências Percentagem
Sim 6 100
Não 0 0
Nem por isso 0 0
Total 6 100
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Gráfico nº 4: As reconciliações bancárias são feitas mensalmente?

Sim Não Nem por isso

0%

100%

Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Interpretação do gráfico nº 4, faz referência se as reconciliações bancárias são


feitas mensalmente, em relação a esta pergunta os funcionários foram unanimes,
todos os inquiridos responderam que sim.
48

4.3 Demonstrações Financeiras da Empresa Mi Diamond Company, Lda

BALANÇO
EXERCÍCIO DE 2014 (AKZ)

Descrição Nota 2014 2013

ACTIVO
Activos não correntes:
Imobizações corpóreas 04 5 599 753, 60 17 422 330,40

Imobizações incorpóres 05 (38 589, 75) (24 373,00)

Investimentos em subsidiária
5 561 145,85 17 397 957,40
Activo corrente
Contas a receber 09 145 047 238,10 2 177 488 606,96
Disponibilidade 10 855 714, 10 58 699 382,11
145 902 952,20 2 236 187 989,07
Total do activo 151 464 098,05 2 253 585 946,47

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


Capital:
Capital 12 200 000,00 200 000,00
Resultados Transitados 14 296 469 325,41 257 023 862,00
Resultados do exercício (145 205 227,36) 39 445 463,41
151 464 098,05 296 669 325,41

Paasivo não corrente:


Provisões para outros riscos

Passivo corrente:
Conta a pagar 19 1 956 916 621,06
1 956 916 621,06
Total do capital próprio e passivo 151 464 098,05 2 253 585 946,47
Fonte: Empresa Mi Diamond Company, Lda.
49

4.3.1 Saldo das disponibilidades que deve constar do balanço referido à data
de 31 de Dezembro de 2014
Depósito a Ordem 222 480,77
Caixa 633 233,33

Saldo das disponibilidades 855 714, 10


Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2021)

Verifica-se que o saldo da disponibilidade está de acordo com os saldos


constantes do balanço, pelo que se constatou, que não foi difícil apurar o saldo
contabilístico apresentado no valor de 855 714, 10 kz.

Assim sendo, o saldo da disponibilidade, foi encontrado, o que representa que


a empresa está com um controlo interno eficiente, pois não foram encontrados erros
nesses cálculos, eles estão todos registados contabilisticamente no balanço. As
demostrações financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Geral de
Contabilidade em vigor em Angola e tiveram em conta os princípios da relevância,
da fiabilidade, do acréscimo, da consistência, da materialidade, bem como os
princípios da não compensação de saldo e da comparabilidade.
50

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa tem como tema auditoria financeira na área das disponibilidades
da empresa, que com objectivo de verificar através do processo de auditoria, as
contas de disponibilidades constantes nas demonstrações financeiras elaboradas
pela empresa Mi Diamond Company, Lda., no período de 2014, se foram lançadas
conforme os princípios que regem a contabilidade.

O tipo de pesquisa quanto à abordagem é pesquisa qualitativa e quantitativa,


quanto aos procedimentos: A pesquisa bibliográfica e documental, onde recorremos
nas demonstrações financeiras da empresa Mi Diamond Company, Lda.,
nomeadamente o Balanço Patrimonial com suporte das informações dos membros
que compilam essas informações, no caso os funcionários seleccionados que
corresponde a 06 colaboradores do Departamento de Finanças

No decurso da pesquisa, constatou-se que há um controlo específicos sobre os


valores recebidos e os mesmos são integralmente depositada no banco, foi possivel
constatar que na empresa efectuam inspecções fisicas de surpresa na tesouraria e
que as reconciliações bancárias são feitas mensalmente. Verificou-se que o saldo da
disponibilidade está de acordo com os saldos constantes do balanço, pelo que se
constatou, que não foi difícil apurar o saldo contabilístico apresentado no valor de
855 714, 10 kz.

Foi notório que as contas de disponibilidades constantes nas demonstrações


financeiras elaboradas pela empresa Mi Diamond Company, Lda., no período de
2014, foram lançadas conforme os princípios que regem a contabilidade.
51

SUGESTÕES

Em termos de sugestão, a empresa deve continuar a publicar os seus relatórios


e contas de forma a dar credibilidade a sua real imagem perante os terceiros.
52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Statement Audit. Obtido.
ALMEIDA, A.R.M. (2014). Relatório de estágio. Relatório de Estágio do Mestrado em
Contabilidade – ramo: Auditoria. Instituto Superior de Contabilidade e
Administração de Aveiro, 2014.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti (1996). Auditoria: Um Curso Moderno e Completo
(5ª ed.). S. Paulo: Atlas.SA;
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. (2003). Auditoria: um curso moderno e completo. 6.
ed. São Paulo: Atlas.
ANDRADE, M. M. D. Introdução à metodologia do trabalho científico. 6 Ed. São
Paulo: Atlas, 2003.
ARAUJO, Inaldo da Paixão Santos. (2008). Introdução à auditoria operacional. 4.
ed. Rio de Janeiro: FGV.
ATTIE, William. (2010). Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª ed. - 2. São Paulo:
Atlas.
ALMEIDA, B.J.M. (2014a). Manual de auditoria financeira – uma análise
integrada baseada no risco. (1ªEdição). Lisboa: Escolar Editora.
ATTIE, William. (1992). Auditoria interna. São Paulo: Atlas.
BORGES António e Outros, (2007). Elementos de Contabilidade Geral, Áreas
Editora 24ª Edição
CARVALHO, José Carlos Oliveira de. (2006). Auditoria Geral e Pública: Teoria e
Questões Comentadas – Rio de Janeiro: Elsevier.
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Lisboa: Rei dos Livros.
CREPALDI, Sílvio Aparecido (2000). Auditoria Contábil: Teoria e Prática (2ª ed.).
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CREPALDI, Sílvio Aparecido. (2011). Auditoria Contábil. 2. Ed – São Paulo – S.P –
Editora Atlas.
CREPALDI, Silvio Aparecido. (2013). Auditoria contábil: teoria e prática. – 9. Ed. –
São Paulo: Atlas.
53

FRANCO, Hilário, MARRA, Ernesto. (2001). Auditoria contábil. 4ª. ed. São Paulo:
Atlas.
GIL, Antônio Carlos. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4º. Ed. São
Paulo: Atlas.
GIL, António Carlos. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo:
atlas, 6 Ed.
JUND, Sergio. (2001). Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos.
Rio de Janeiro: Impetus.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. (2005). Fundamentos de metodologia
científica. 6. Ed. São Paulo: Atlas.
MARÇAL, Nelson e MARQUES, Fernando Luís (2011). Manual de Auditoria e
Controlo Interno no Sector Público (1ª ed.). Lisboa: Sílabo Lda:
MARQUES, Madeira (1997).Auditoria e Gestão (1ª ed.). Lisboa: Editora Presença.
MORAIS, Georgina e MARTINS, Isabel (2003) Auditoria Interna: Função e
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PAULA, Maria Goreth Miranda Almeida. (1999). Auditoria interna: embasamento
conceitual e suporte tecnológico. São Paulo: Atlas.
PINHEIRO, Joaquim Leite (2010). Auditoria Interna- Auditoria Operacional:
Manual Prático para Auditores Internos (2ª ed.). Rei dos livros, Letras e conceitos
lda;
SÁ, Antônio Lopes de. (1998). Curso de Auditoria. 8° ed. rev., ampl. E atual. São
Paulo: Atlas.
54

ANEXOS
55

APÊNDICE

Apêndice 1 – Questionário de pesquisa

1. Há controlo específicos sobre os valores recebidos?


Sim ( ) Não ( ) Nem Por isso ( )

2. Os valores recebidos são diária integralmente depositada no banco?


Sim ( ) Não ( ) Nem Por isso ( )

3. Efectuam-se inspecções fisicas de surpresa na tesouraria?


Sim ( ) Não ( ) Nem Por isso ( )

4. As reconciliações bancárias são feitas mensalmente?


Sim ( ) Não ( ) Nem Por isso ( )

MUITO OBRIGADO (A)

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