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FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

AÉCIO FLÁVIO DE JESUS ROCHA

AUDITORIA INTERNA, SUAS CONTRIBUIÇÕES EM UMA EMPRESA


INDUSTRIAL DE MÉDIO PORTE SITUADA NO MUNICÍPIO DE CASTRO ALVES-
BA.

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA

2017
AÉCIO FLÁVIO DE JESUS ROCHA

AUDITORIA INTERNA, SUAS CONTRIBUIÇÕES EM UMA EMPRESA


INDUSTRIAL DE MÉDIO PORTE SITUADA NO MUNICÍPIO DE CASTRO ALVES-
BA.

Monografia apresentada a disciplina de


Trabalho de conclusão de curso II do
curso de Bacharelado em Ciências
contábeis da Faculdade Maria Milza,
como requisito parcial para obtenção da
nota de aprovação.

Orientador: Esp. Jozenei Silva Pereira

,
GOVERNADOR MANGABEIRA – BA

2017
Dados Internacionais de Catalogação
Rocha, Aécio Flávio de Jesus
R672a Auditoria interna, suas contribuições em uma empresa industrial de
médio porte situada no município de Castro Alves - BA / Aécio Flávio
de Jesus Rocha. – Governador Mangabeira – Ba, 2017.

53 f.

Orientador: Prof. Jozenei Silva Pereira

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências


Contábeis) – Faculdade Maria Milza, 2017.

1. Auditoria. 2. Auditoria interna. 3. Controladoria. I. Pereira,


Jozenei Silva. II. Título.

CDD 657.458
PRISCILA DOS SANTOS DIAS
AÉCIO FLÁVIO DE JESUS ROCHA

AUDITORIA INTERNA, SUAS CONTRIBUIÇÕES EM UMA EMPRESA


INDUSTRIAL DE MÉDIO PORTE SITUADA NO MUNICÍPIO DE CASTRO ALVES-
BA.

Aprovado em____/____/____

BANCA DE APRESENTAÇÃO

Prof. Esp. Jozenei Silva Pereira.


Orientador

___________________________________________________________________
Prof. Esp. Rosinaldo da Silva Passos.
FAMAM

___________________________________________________________________
Prof. Esp. Emerson Franco.
FAMAM

GOVERNADOR MANGABEIRA – BA

2017
Dedico este trabalho á Deus e toda minha família.
AGRADECIMENTOS

Nenhuma batalha é vencida sozinho. No decorrer desta luta algumas


pessoas estiveram ao meu lado e percorreram este caminho como verdadeiros
soldados, estimulando que eu buscasse a minha vitória e conquistasse meu sonho.

Agradeço em primeiro lugar a Deus, sei que tudo foi guiado por ele, me
ouviu nos mementos difíceis, me confortou e me deu forças para chegar onde estou.

Agradeço a Instituição de ensino, mestres que compartilharam seus


conhecimentos e me auxiliaram na busca plena de tornar-me um profissional
qualificado para atuar no mercado de trabalho.

Agradeço aos os meus pais Edmundo e Cristina, que não só neste


momento, mais em toda a minha vida estiveram comigo, ao meu lado, fornecendo o
apoio, compreensão e estimulo em todos os momentos.

Agradeço aos meus tios Osvaldo e Antônia pelo acolhimento e palavras de


encorajamento e fé, a prima Joélia por sua dedicação, a minha irmã Camilla pela
paciência e minha noiva Elaíne pelo incentivo e ajuda durante esse período.

Agradeço ao meu orientador Jozenei pela sua confiança e demonstração de


profissionalismo, a todos os amigos do curso, pela agradável convivência e
solidariedade.

A todos o meu muito Obrigado.


7

RESUMO

O atual cenário econômico mundial exige que organizações modernas tenham uma
estrutura organizacional bem projetada e estruturada para sua sobrevivência, para
tanto, necessitam de órgãos e/ou departamentos internos, cuja sua finalidade é a
garantia das informações íntegras e controles internos para o processo decisório.
Esta monografia tem o objetivo de evidenciar e demonstrar a importância da
auditoria interna, suas contribuições em uma empresa industrial de médio porte
situada no município de Castro Alves-BA. Neste sentido, o objetivo geral deste
trabalho é evidenciar a contribuição da auditoria interna dentro de uma empresa de
médio porte. A Auditoria Interna atua na forma de prevenção de irregularidades e
controle minucioso nas operações da entidade. Para atingir os objetivos geral e
específico deste trabalho, a metodologia utilizada, foi a pesquisa bibliográfica, com a
consulta em livros, periódicos, como revistas, sites e artigos científicos. A realização
da pesquisa bibliográfica permitiu uma visão mais ampla sobre a importância da
auditoria para as organizações. Foi feita ainda coleta de dados e informações da
entidade estudada, e buscando descrever os conceitos, teorias dentre outras com
uma abordagem qualitativa. Com este estudo pode-se afirmar que a auditoria
interna contribui positivamente para a gestão das organizações, pois reduz os níveis
de riscos e incertezas, viabilizando decisões de forma mais coerentes, apresentando
integridade e fidedignidade dos processos e, no mesmo sentido as prestando
informações para a gestão, dando suporte para a tomada de decisões.

Palavras-Chave: Auditoria Interna, contribuições, decisões.


8

ABSTRACT

The current global economic scenario requires that modern organizations have a
well-designed and structured organizational structure for their survival. In order to do
so, they need internal bodies and / or departments whose purpose is to ensure the
integrity of information and internal controls for decision-making. This monograph
aims to demonstrate and demonstrate the importance of internal auditing, its
contributions in a medium-sized industrial company located in the municipality of
Castro Alves-BA. In this sense, the general objective of this work is to highlight the
contribution of internal auditing within a medium-sized company. The Internal Audit
acts in the form of prevention of irregularities and detailed control in the operations of
the entity. To achieve the general and specific objectives of this work, the
methodology used was the bibliographical research, with the consultation in books,
periodicals, such as magazines, websites and scientific articles. The accomplishment
of the bibliographic research allowed a broader view on the importance of the audit
for the organizations. We also collected data and information from the entity studied,
and sought to describe the concepts, theories among others with a qualitative
approach. With this study it can be affirmed that the internal audit contributes
positively to the management of the organizations, as it reduces the levels of risks
and uncertainties, making possible decisions in a more coherent way, presenting the
integrity and trustworthiness of the processes and, in the same sense, providing
information for Management, giving support for decision-making.

Keywords: Internal Audit, contributions, decisions.


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LISTA DE SIGLAS

TI- Tecnologia da Informação


CFC- Conselho Federal de Contabilidade
CRC- Conselho Regional de Contabilidade
CVM- Comissão de Valores Mobiliários
NBC- Norma Brasileira de Contabilidade
10

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Definições de Controladoria enquanto unidade organizacional ........... 19

QUADRO 2: Estrutura organizacional ....................................................................... 27

QUADRO 3: Diferenças básicas entre auditoria interna da externa ........................ 30

QUADRO 4: Organograma da empresa estudada ................................................... 45


11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 16
2.1 CONTROLADORIA ............................................................................................. 16
2.2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA ........................................................... 19
2.3 CONCEITOS DE AUDITORIA X RAMOS DE ATIVIDADES ............................... 21
2.4 TIPOS DE AUDITORIA ....................................................................................... 24
2.4.1 Auditoria externa ............................................................................................ 25
2.4.2 Auditoria interna ............................................................................................. 26
2.4.3 Diferenças entre auditoria externa e interna ................................................ 29
2.5 AUDITORIA INTERNA X CONTROLE INTERNO ............................................... 30
2.6 A IMPORTANCIA DA AUDITORIA PARA A ORGANIZAÇÃO ............................ 32
2.7 TOMADA DE DECISÃO ...................................................................................... 33
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 35
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................ 35
3.2 COLETA DE DADOS DA PESQUISA ................................................................. 36
3.2.1 Aplicação da entrevista ................................................................................. 37
3.3. ANALISE DE DADOS......................................................................................... 37
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................................ 38
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCUS DE PESQUISA .............................................. 38
4.1.1 Perfil dos gestores (Diretor e Auditor) ........................................................ 38
4.1.2 A tecnologia da informação(TI). .................................................................... 39
4.1.3 Auditoria interna sua importância e aplicabilidade gerencial ................... 41
4.1.4 Auditoria interna, discussões e decisões ................................................... 43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 47
6 PROPOSIÇÕES .................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
APÊNDICE A ........................................................................................................... 53
APÊNDICE B ............................................................................................................ 55
12

1. INTRODUÇÃO

Na história moderna vários eventos ou fatos históricos em intervalos de


tempo, as vezes curtos e em outros mais longos, mudaram o curso da economia
mundial. Dentre eles, a revolução industrial, a descoberta do petróleo, a guerra fria,
o surgimento dos blocos econômicos, porém é com o avanço das tecnologias, que
houve um vertiginoso crescimento das empresas nos mais variados seguimentos de
mercado. Para Castells (2000) a característica desses intervalos é a transformação
de nossa cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que
se organiza em torno da tecnologia da informação.
Todo este crescimento empresarial forjado a partir do avanço das
tecnologias da informação, atrelado a reestruturação dos processos produtivos, em
conjunto com as ideias inovadoras estão tornando as empresas mais competitivas
no mercado, aumentando assim a eficiência organizacional, reduzindo os custos e
auxiliando os administradores nas tomadas de decisões estratégicas.
Neste novo cenário organizacional, é possível que ao se adotar uma nova
tecnologia, seja no processo de produção ou no processo de gestão, pode-se dizer
que esta tecnologia é constitui-se em um fator que potencializa o desenvolvimento.
Portanto, entende-se que as tecnologias é um recurso estratégico, podendo,
apresentar-se não só como um vetor de oportunidade, mas também como um
elemento de temeridade, se não lhe é dada a devida importância pelos setores das
organizações.
Neste contexto, as organizações têm buscado cada vez mais, a eficiência
empresarial, promovendo a redução de custos e desenvolvendo metas para
aumentar a rentabilidade. Portanto, é fundamental atender as necessidades de seus
clientes, de seus fornecedores e parceiros de negócios. Neste ambiente de
negócios, é necessário que as informações sejam precisas e confiáveis o que
naturalmente leva a um elevado retorno sobre os investimentos auferidos.
Enfatiza-se que as empresas na busca de sua inserção neste competitivo
mercado, estejam á procura de resultados favoráveis, para tanto, é necessário
aprimorar os controles e os procedimentos internos da organização. Dessa maneira,
o grande elemento de diferenciação competitiva das organizações, é o modelo de
gerenciamento estabelecido para a obtenção de tais objetivos. Outro ponto chave
13

nas organizações, que deve estar atrelado ao uso das tecnologias são os sistemas
de controle.
Dentre os principais controles, tem-se o controle interno. As empresas que
possuem controle interno adequado monitoram com mais precisão as informações
necessárias para tomada de decisão de um gestor, assessorando-o no
desenvolvimento das operações, pressupondo-se mais eficiência e eficácia nos
processos produtivos, podendo levar a redução de custos e melhorias na qualidade
dos produtos e ou serviços.
Para que haja um controle interno mais eficaz, é necessário que ele seja
bem estruturado pela administração, com funções bem definidas, para que este
possa adotar medidas que possam reduzir o nível de erros e irregularidades, tendo
em vista ao final do processo produtivo, o repasse de informações de forma
fidedigna para dar suporte às tomadas de decisões.
Portanto, a auditoria interna é de suma importância para o processo de
tomada de decisões, já que é uma ferramenta que pode dar suporte aos gestores,
ajudando-os a eliminar desperdícios, simplificando tarefas, servindo de ferramenta
de apoio à gestão e transmitindo informações ao corpo administrativo sobre o
desenvolvimento das atividades executadas.
Prado (2010, p.40) afirma que:

A auditoria surge da necessidade de confirmação por parte dos


investidores e proprietários, dos valores retratados no patrimônio das
empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus
investimentos, principalmente com o grande crescimento econômico-
financeiro e com o aparecimento das grandes empresas que são
representadas em vários países.

Dessa forma, vale ressaltar o importante papel que a auditoria interna pode
exercer dentro de uma organização, podendo auxiliar no processo de tomada de
decisão, detectando eventuais falhas, erros e possíveis fraudes, assegurando maior
credibilidade para as demonstrações contábeis. Essa ferramenta que serve como
auditoria, além de verificar se as normas internas da organização estão sendo
seguidas, procura avaliar se há necessidade da implantação de novas normas,
procedimentos e controles mais adequados e ágeis para os processos de gestão
administrativa.
Analisando esses aspectos, esse estudo pretende responder ao seguinte
questionamento: Quais as contribuições da auditoria interna para uma organização
14

industrial de médio porte, situada na cidade de Castro Alves-BA? Sendo assim, a


presente pesquisa tem como objetivo geral evidenciar a contribuição da auditoria
interna dentro de uma empresa de médio porte situada na cidade de Castro Alves-
BA.
Como também buscar com seus objetivos específicos, discorrer sobre o uso
da auditoria interna e sua contribuição para auxiliar a organização na tomada de
decisões, avaliar a utilização das informações prestadas pela auditoria para o
planejamento e desempenho das atividades de gestão, identificar os fatores que
contribuem para a solução dos problemas identificados pela auditoria.
Justifica-se esta pesquisa pelas inquietações do autor em tentar entender
como funciona o sistema de controle interno em uma organização, e de que forma
ele pode previnir falhas, agindo com eficiência dentro de uma empresa, contribuindo
para agregar conhecimento pessoal na obtenção de informações estudadas e
aprimorar o tema em questão.
O desenvolvimento deste trabalho será realizado no ambiente de produção
de uma indústria privada de médio porte, localizada no recôncavo baiano localizada
na Zona Rural do Município de Castro Alves/BA, que apresenta como principal
atividade econômica a produção de insumos para alimentação animal.
Em relação á relevância social, a pesquisa busca evidenciar e avaliar quais
os mecanismos aplicados no desenvolvimento do sistema de auditoria interna na
empresa e se a mesma poderá ser utilizada como parâmetro para adoção de
medidas que visem à eficácia e eficiencia nas empresas de forma geral, contribuindo
para sua continuidade enquanto geradora de emprego e renda para a população no
entorno.
Sua relevância no âmbito academico, é trazer para o curso de ciências
contábeis o delineamento de possibilitar a ampliação do conhecimento na área de
auditoria interna, com a contribuição de produzir dados e consequentes resultados
focados na realidade dos estudos produzidos de forma academica da Faculdade
Maria Milza-Famam.
Neste contexto, a auditoria, enquanto ramo da contabilidade pode exercer
papel preponderante dentro de uma visão ampla dos administradores para o
acompanhamento das decisões estratégicas das empresas, alcançando as metas
definidas.
15

Como forma de organização este trabalho foi estruturado em cinco capítulos.


O primeiro traz a introdução, os objetivos, a problemática e a hipótese a ser
comprovada ao final pesquisa.
No segundo, encontram-se os caminhos metodológicos, com a indicação
dos direcionamentos para o entendimento da pesquisa.
No terceiro encontra-se a revisão de literatura, com as bases conceituais,
que deram o norte a esse estudo, com os conceitos de controladoria, origem e
evolução da auditoria, conceitos de auditoria x ramos de atividades, tipos de
auditoria, auditoria interna x controle interno, a importância da auditoria para a
organização e tomada de decisão.
No quarto, são apresentados os resultados e as discussões sobre a
pesquisa. Ainda neste capítulo, apresenta-se o estudo de caso, fazendo uma
relação dos conceitos com os dados levantados com a pesquisa de campo, gerando
um ambiente de discussões entre os conceitos e sua aplicabilidade para a
organização, em resposta os objetivos propostos.
No quinto capítulo, foram apresentadas as considerações finais, reunindo as
principais discussões dos capítulos anteriores e a validação da hipótese levantada
neste trabalho. Por fim o sexto capítulo traz algumas, sugestões, recomendações e
melhorias para o setor da empresa.
16

2. REVISÃO DE LITERATURA

O intuito da elaboração desse capítulo é apresentar a estrutura conceitual do


tema, com as subdivisões, que abordará em detalhes os principais conceitos
envolvidos, como: controladoria, origem e evolução da auditoria, conceito de
auditoria, tipos de auditoria, auditoria interna x controle interno, a contribuição da
auditoria interna para as organizações e tomada de decisão.

2.1 CONTROLADORIA

Diante do atual ambiente turbulento de negócios, e com os constantes


desafios que são enfrentados pelas empresas, as administrações empresariais
estão submetidas a tomada de decisões gerenciais de forma acertada, tendo em
vista a necessidade de evitar a ocorrência de impactos negativos em suas ações.
Diante da busca constante por acertos nas decisões das Administrações das
organizações surge a Controladoria, que segundo Kanitz (1977, p.5) destaca que:

Pessoas que exerciam cargos de responsabilidade no departamento


contábil, ou no departamento financeiro, uma vez que esses
profissionais possuem uma visão ampla da empresa, capacidade esta
que os tornou capazes de detectar as dificuldades e propor soluções

É provável que de inicio os profissionais da contabilidade e dos setores


financeiros no ambiente das organizações exerciam o trabalho de averiguação do
fluxo e das movimentações nas finanças das empresas, para então verificar se estas
estavam regulares, caso fosse detectada qualquer discrepância ela tinham
autonomia para interferir.
Portanto, o surgimento da Controladoria está diretamente ligado a crescente
demanda por dados cada vez mais confiáveis, tendo em vista a competição acirrada
com a globalização dos mercados. Portanto, a controladoria tem a função de
assegurar, através de controles confiáveis, mais efetivos e constantes, o acesso às
informações, para então poder subsidiar os gestores da organização na tomada de
decisões. Neste sentido, a controladoria diante de suas especificidades, e levando-
se em conta os estudos, controles e recomendações, servem como base confiável
nas deliberações que visam a manter a continuidade empresarial. De acordo com
Catelli (2001, p.344) afirma que:
17

A controladoria não pode ser vista como um método, voltado ao como


fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-la em
dois vértices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável
pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como
órgão administrativo respondendo pela disseminação de
conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de
informações.

Nota-se, portanto, que diante do que define Catelli, existem duas vertentes
para que possa de fato ser compreendido o conceito de controladoria, é certo que
ela está diretamente ligada ao processo de gestão das organizações, diante de sua
visão, deverá ter a competência de prever eventos no ambiente organizacional, e se
antecipar aos problemas, e caso verificadas ocorrências, poder diante de sua visão,
propiciar os elementos necessários para as devidas soluções ou correções.
Na compreensão de Mosimann (1999, p.123) “o processo de gestão é
influenciado pela filosofia da empresa, por seu modelo de gestão e pelas variáveis
ambientais que exercem influência sobre ela.”, tomando como base esta assertiva,
tem-se a noção da importância dos órgãos de controle no ambiente organizacional.
Corroborando com este autor, e diante de sua capacidade abrangente e generalista,
a Controladoria poderá influenciar e assessorar todos os departamentos das
organizações, ao gerar informações, e dispô-las aos executivos para servir de
parâmetros para a tomada de decisões.
Para Kaplan e Norton (1997, p 156) “os sistemas de gerenciamento e de
controle e geração de relatórios deverão ser totalmente integrados, com um único
conjunto de informações inseridas uma só vez e acessíveis a todos, dando suporte a
relatórios internos e externos”. Ressalta-se, que como estabelece os autores
citados, a função da Controladoria está além da elaboração de relatórios de análise
e das performances da gestão, portanto, compete a ela no ambiente organizacional
a atuação por segmentação, por setores e produtos, atuando de forma a
recomendar e orientar a execução dos processos de forma a salvaguardar o capital
e o patrimônio da empresa, levando-a a atingir seus objetivos corporativos, neste
sentido proporcionando sempre a lucratividade dos negócios.
A Controladoria, como um órgão interno nas organizações, é responsável
pelo desenvolvimento das atividades de controle interno. Estas atividades se
referem aos procedimentos realizados internamente, com a participação ativa da
Diretoria, do Conselho de Administração, ou por pessoas da companhia, que visam
impulsionar os negócios, através de planos permanentes sempre pautados na
18

obtenção do sucesso. Para dar efetividade ao controle interno Sá (2000,p.106)


discorre que:

Formado pelo plano de organização e de todos os procedimentos


adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos,
controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade,
ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da
direção.

Diante do que afirma Lopes de Sá, o controle interno no âmbito de uma


organização, representa um conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas que tem
como objetivo proteger o patrimônio da empresa, produzindo dados contábeis
confiáveis, auxiliando a administração no exercício dos negócios de forma legal e
transparente.
Com base na afirmação de Knoeppel (1935, p. 58, apud Nepomuceno, 2011,
p. 20), verifica-se que:

A Controladoria tem a função de coordenação do negócio de modo


destacado e imparcial, com responsabilidade sobre o planejamento
de lucros e provisão do aparato necessário ao controle destes lucros.
É uma função investigativa, analítica, sugestiva e conciliadora, pela
qual se estuda o negócio no tempo e no espaço, o que possibilita a
formulação dos planos de controle de produção e vendas a serem
executados, os quais quando aceitos ou modificados pela
administração se tornam a referência para a avaliação de
desempenho.

É visível que mesmo com ponto de vistas diferentes, os conceitos


convergem para uma mesma linha de pensamento. Não diferente é o entendimento
de Oliveira (2008, p. 19) que define a controladoria da seguinte forma: “Pode-se
entender a Controladoria como o departamento responsável pelo projeto,
elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações
operacionais, financeiras e contábeis de uma entidade, com ou sem fins lucrativos”.
Portanto, uma definição de forma mais abrangente, o que evidencia a
importância da Controladoria para as organizações. A Seguir o Quadro 01, traz uma
série de conceitos sobre o termo Controladoria, na visão de diversos autores,
conforme trabalho desenvolvido por Borinelli (2006).
19

Quadro 1 – Definições de Controladoria enquanto unidade organizacional.


Autores Definição
É uma função informativa e analítica que acumula, analisa e informa à
Fiske (1940, p. 232) administração, investidor-proprietários e outros acionistas essenciais,
dados financeiros e estatísticos.
Função que compreende o registro e utilização de todos os fatos
Anderson (1944, p. 63)
pertinentes a um negócio.
Atividade que torna possível a utilização ótima da contabilidade e suas
Brink (1950, p. 251)
técnicas relacionadas para propósitos de gerenciamento.
Sistema de controle gerencial que utiliza técnicas e experiências para
estabelecer planos, estratégias, procedimentos de controles
Yoshitake (1982, p. 247) administrativos e contábeis; processa a informação no sentido de
direcionar as atividades empresariais na consecução de seus objetivos;
motiva, avalia e comunica os resultados do desempenho.
Serve como órgão de controle da cúpula administrativa. E ela que
fornece dadas e informações, que planeja e pesquisa, visando sempre
Peixe (1996, p. 67)
mostrar a essa mesma cúpula os pontos de estrangulamento presentes e
futuros que põem em perigo ou reduzem a eficiência administrativa.
A atividade de controladoria é um serviço de informação econômica
Fernandes (2000, p. 169)
voltada para a gestão da empresa.
Almeida et. al. (in Catelli, Responde pela disseminação de conhecimento, modelagem e
2001, p. 344) implementação de sistema de informações.
É o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação
Oliveira et. al. (2002, p.
e manutenção do sistema integrado de informações operacionais,
13)
financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades
É uma organização à qual é delegada autoridade para tomar decisões
Peleias (2002, p. 13) sobre eventos, transações e atividades que possibilitem o adequado
suporte ao processo de gestão.
Sob a ótica do modelo de gestão econômica [...] é responsável pela
coordenação e disseminação da tecnologia de gestão econômica, quanto
Teixeira (2003, p. 17) ao conjunto de teoria, conceitos, sistema de informações, atuando
também como órgão aglutinador e direcionador dos esforços dos demais
gestores, de forma a conduzir a otimização do resultado global da
É a unidade administrativa dentro da empresa que, através da Ciência
Padoveze (2004, p. 31) Contábil e do Sistema de Informação de Controladoria, é responsável
pela coordenação da gestão econômica do sistema empresa.
É o órgão administrativo responsável pela gestão econômica da
Padoveze (2004, p. 39)
empresa, com o objetivo de levá-la à maior eficiência.
Fonte: Adaptado de Borinelli (2006, p. 194)

Diante das informações contidas nas citações dos autores referenciados,


pode-se presumir que o conceito de Controladoria está inteiramente entrelaçado
com o conhecimento multidisciplinar no ambiente das organizações, onde todos os
setores empresariais, e se juntarão para gerar dados e informações, cabendo a
Controladoria filtrá-los e repassá-los, dando sempre prioridade as informações
relevantes, para embasar os gestores na tomada decisão.

2.2 ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA

De acordo com vários estudos e pesquisas a referencias sobre a auditoria,


fica difícil definir com precisão quando ocorreu o surgimento do termo auditoria, já
20

que não existe uma unissonância sobre tal período.


Segundo Lins, (2014, p. 3), a palavra auditoria tem como origem o latim
audire, cujo significado é ouvir, ainda segundo este autor a Auditoria, seja de qual
tipo for, interna ou externa, significa conferência, verificação, análise e avaliação e,
acima de tudo, comunicação dos resultados dentro de um determinado objetivo ao
qual a auditoria se propõe.
Segundo Oliveira (2008, p.2), é uma função bastante antiga, alguns autores
e pesquisadores americanos citam sua existência há mais de 4.000 anos, em
atividades desenvolvidas na antiga Babilônia. Conforme Pinho (2007, p.5-6)
verificou-se que:

A palavra é de terminologia inglesa (auditing) e deriva do termo


auditor, o qual corresponde a “aquele que ouve”. Conta-se que
quando o rei enviava um emissário com a finalidade de notificar algum
súdito de alguma dívida, numa época em que o papel e a imprensa
ainda não eram utilizados, acompanhava- o uma pessoa que tinha
por missão comprovar que o referido súdito ouviria a mensagem e era
conhecedor da situação, este era o auditor. Infere-se que o fato de a
palavra deste ter fé pública e servir de comprovação perante terceiros
levou posteriormente à aplicação da nomenclatura para o profissional
que passou a atuar no exame de contas cujo testemunho poderia ser
considerado em juízo.

Segundo estudiosos existem relatos que no Brasil a atividade de Auditoria


está presente há, mais ou menos um século, porém, em função das características
legalistas do país, a prática da atividade no país somente teve ocorrências com a
regulamentação a partir de 1965. Sendo verificada sua efetivação nos anos
seguintes com elaboração de vários estudos científicos.
Ressalta-se ainda, conforme aborda Oliveira (2008, p. 4) que foi no ano de
1972 que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução
nº.321/72, pronunciou-se a respeito dos princípios a serem seguidos sobre os
procedimentos do trabalho do auditor, definindo as normas relativas à pessoa do
auditor, à execução dos trabalhos e também ao parecer da auditoria.
Verifica-se, portanto, que na história do Brasil, o desenvolvimento da
auditoria pode ter surgido em virtude da influencia gerada com a chegada ao país de
firmas estrangeiras ou ainda de suas filiais ou subsidiárias. Presume-se que diante
do progresso das empresas brasileiras e a abertura das relações comerciais, e ainda
do mercado de capitais, evidencia a necessidade da figura do auditor, para geração
de relatórios contábeis e administrativos confiáveis e seguros.
21

Almeida (2003, p. 17) afirma que a auditoria é uma atividade relativamente


nova no Brasil. Para este autor a auditoria no país ainda está no estágio embrionário
em termos de técnicas, haja vista que as legislações específicas brasileiras vêm
abordando superficialmente o assunto, para Almeida é necessário que as auditorias
possam definir de forma clara e precisa os procedimentos que os profissionais da
área deveriam adotar por ocasião das auditorias das demonstrações financeiras.
Diante das novas relações comerciais, mudanças ainda tímidas, são
verificadas com referencia a existência de auditorias no país, porém avanços foram
já percebidos, de forma mais acentuada a partir da década de 70, com a criação da
Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades Anônimas em 1976.
Em resumo esta Lei disciplinou, que as companhias abertas, não só
observariam as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, como
seriam obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na
mesma comissão, portanto, um importante marco na história das auditorias no país.
Neste contexto, a auditoria passou a ser obrigatória para todas as empresas que
colocam suas ações no mercado de capitais e, por conseguinte, com o registro de
emissão no Banco Central do Brasil.
O Conselho Federal de Contabilidade editou a Resolução CFC Nº 986/03,
que aprovou a em NBC TI 01, que aborda de forma mais significativa sobre a
auditoria interna.
Convém destacar que existem normas mais recentes, que abordam o tema
em estudo, tendo em vista a importante da atividade no atual contexto das
organizações. Como exemplo a Norma Brasileira de Contabilidade – NBC UTA 610,
de 24 de janeiro de 2014, que aborda em seu conteúdo a responsabilidade do
auditor externo.

2.3 CONCEITOS DE AUDITORIA X RAMOS DE ATIVIDADES

No contexto das organizações, a auditoria está relacionada diretamente a


modelos de gestão, constituindo-se em um conjunto de procedimentos, que tem
como fundamento básico examinar a integridade dos dados contábeis, a adequação
e eficácia dos controles internos e das informações financeiras e operacionais da
entidade, com intuito de auxiliar a organização na tomada de decisões.
Em seu livro Auditoria Interna, Crepaldi (2007, p.3), definiu auditoria como o
22

levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos,


operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. Neste
aspecto, nas organizações o posicionamento da Auditoria é o de emitir sua opinião
diante do levantamento das demonstrações financeiras e garantir que elas
representem adequadamente a posição patrimonial e financeira da empresa.
Nesta mesma vertente Lins (2014, p.3) ressalta que “de maneira geral e
simplificada, auditoria, seja de qual tipo for, interna ou externa, significa conferência,
verificação, análise e avaliação e, acima de tudo, comunicação dos resultados
dentro de um determinado objetivo que a auditoria propõe”. Ressalta-se ainda diante
do que afirma Lins, compete ainda a auditoria aferir o resultado das operações
financeiras e a confiabilidade as origens e aplicações de recursos correspondentes
os períodos em exame, devendo estes dados estar de acordo com os princípios da
contabilidade.
Enfatiza-se que de forma geral a auditoria tem a premissa de determinar
seus demonstrativos contábeis e seus respectivos registros de uma determinada
empresa ou entidade merecem ou não confiança. Portanto, a auditoria é vista como
um esforço para verificar se as demonstrações contábeis confirmam fidedignamente,
ou não, a situação patrimonial, bem como os resultados das operações financeiras
da organização que está sendo examinada.
O crescimento das organizações, favorecido com a evolução do mercado
globalizado, levou as empresas a repensar seus modelos de gestão de negocios,
neste sentido, Almeida (2003, p.29) fala que:

A administração da empresa com a expansão dos negócios, sentiu a


necessidade de dar maior enfase às normas ou aos procedimentos
internos, devido ao fato de que o adminstrador, ou em alguns casos o
proprietário da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente
todas as suas atividades.

Nota-se, portanto, que o surgimento da auditoria mantém uma relação direta


com a evolução dos negócios e a necessidade de aferir a confiabilidade dos
resultados, apresentados nos diversos setores da organização. Trata-se, portanto,
de uma ação estratégica, e vital para permanencia da entidade no mercado, diante
de sua busta constante por resultados financeiros. Auditar resultados passou a ser
palavra de ordem, para se adquirir a confiança dos investidores.
Neste sentido, para Crepaldi (2007, p.3), pode-se definir auditoria como o
23

levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos,


operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade. Nesta
perspectiva, nota-se que são diversos os motivos que levam as empresas a
utilizarem os serviços de auditoria.
Para Attie (2009, p. 8) um dos principais objetivos da auditoria é “examinar a
integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais e os meios
utilizados para aferir, locallizar, classificar e comunicar essas informações”. Diante
do que estabelesse Attie, pode-se considerar que o objetivo da auditoria interna é
auxiliar diretamente todos os colaboradores da administração da empresa, no
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes
relatórios diante das análises, das apreciações, recomendações e fazendo
comentários pertinentes às atividades analisadas.
Segundo Kaplan e Norton (1997) para haver uma gestão eficiente dos
processos, é fundamental que os indicadores estejam conectados, e em uma
perfeita relação de causalidade entre ações e resultados. Portanto, torna-se
indispensável, para a estratégia da organização que suas perspectivas, metas e
indicadores estejam em uma perfeita simbiose para que os ativos intangíveis se
transformem em resultados satisfatórios tanto para os clientes quanto para a
empresa.
Segundo Attie, (2009) o objetivo do exame normal de auditoria das
demonstrações contábeis é expressar uma opinião sobre a propriedade das
mesmas, e assegurar que elas representem adequadamente a posição patrimonial e
financeira, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e
as origens e aplicações de recursos correspondentes aos períodos em exame, de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade.
Como ressalta Franco e Marra, (2001, p. 370), a função da Auditoria é
mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações
contábeis, a contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é própria,
chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros,
inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas,
obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as
demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas
comprovadas, de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade,
aplicados de maneira uniforme.
24

De acordo com Martins e Morais (2007, p. 34), a “Auditoria funciona como o


processo sistemático para obter e avaliar prova acerca da correspondência entre
informações, situações ou procedimentos e critérios preestabelecidos, assim como
comunicar conclusões aos interessados”.
Com essa nova visão de administrar, os gestores passaram a adotar novos
instrumentos que permitem maior flexibilidade, velocidade, inovação e integração
para atuar num ambiente altamente mutável. Neste sentido, a ação de tomar
decisões, em uma organização é de extrema responsabilidade, necessitando de
ações muito bem planejadas.
Portanto, fica claro no contexto das organizações a existência do auditor,
profissional que deverá ter capacidade técnica incontestável, tendo em vista que
será dele a função de emitir relatórios e conferir se os sistemas ali estabelecidos
estão desenvolvendo ações planejadas para certificar se internamente existem a
pratica de políticas, planos, leis e regulamentos, que diretamente possam ter
impactos sobre operações.
Neste ambiente, o auditor ainda assume a função de determinar se a
organização está desenvolvendo atividades em conformidade com as diretrizes da
entidade, e ao final de cada etapa poder comunicar o resultado do trabalho de
auditoria ao setor responsável e certificar que de posse das informações, houve a
tomada de decisões e adoção das medidas necessárias a respeito dos problemas
encontrados.
Para Almeida (2003, p. 29), diante das demandas crecentes por extinção
dos riscos operacionais nas organizações, fez surgir a figura do auditor interno,
como uma ramificação da profissão de auditor externo e, consequentemente, do
contador. Ainda segundo este autor o auditor interno exerce função de auditoria na
excencia da palavra, ou seja, ele não poderá produzir documentos administativos
que posteriormente ele próprio possa vir a auditar.

2.4 TIPOS DE AUDITORIA

Serão explanados neste capitulo teorias e obras de diferentes autores


pautadas sobre auditoria interna e externa, onde serão apresentadas as definições e
as características de cada uma, ajudando a definir a importante de ambas para as
organizações.
25

2.4.1 Auditoria Externa

A Auditoria externa constitui-se em um seguimento de mercado, voltado


especificamente para o ramo da auditoria especializada, que tem como função
principal verificar permanentemente, ou eventualmente, as operações realizadas nas
organizações, em um determinado período de tempo. Estes trabalhos devem
sempre ser executados por profissionais, que não possuem vínculo empregatício
com a empresa a ser auditada, já que eles devem cumprir a regra, tendo em vista a
impessoalidade exigida na realização dos trabalhos de auditoria externa, algo que
seria quebrado com a existência de vínculo.
Neste contexto, segundo o que afirma Jund (2001, p.26), “a auditoria externa
é uma das técnicas utilizadas pela contabilidade, ou seja, aquela destinada a
examinar a escrituração e demonstrações contábeis, a fim de confirmar sua
adequação”. Basicamente, a auditoria externa executa a conferência dos dados
obtidos através das escriturações contábeis, com o intuito de confirmar a veracidade
destes dados.
Para Araújo (2004, p. 20) auditoria externa deverá realizada por profissionais
devidamente qualificados, que não devem ser empregados da administração
auditada, com o objetivo precípuo (principal) de emitir uma opinião independente,
com base em normas técnicas, sobre a adequação ou não das demonstrações
contábeis. Portanto, fica clara a necessidade deste tipo de auditoria ser realizada por
Auditores independentes.
Portanto, a função dos auditores independentes é verificar e analisar os
dados contábeis e revisar os controles contábeis. Para tanto, é primordial que o
auditor externo não deva manter relacionamento pessoal ou aceitar qualquer tipo de
imposição da empresa que será auditada, tendo em vista que só ele será capaz de
julgar a extensão e ou a profundidade que deve imprimir ao processo em analise,
bem como, verificar a procedência e veracidade das provas.
Na maioria dos serviços que envolvem Auditoria Externa, os auditores
externos, muitas vezes utilizam firmas próprias, ofertando seu trabalho às empresas
que requerem um exame de forma imparcial, ou seja, uma análise crítica das suas
demonstrações financeiras e contábeis. Na verdade a intenção é obter uma opinião
neutra e que seja apresentada com um elevado grau de confiança. No entanto,
devem-se observar os critérios para prática da auditoria externa, para tanto, é
26

exigido que o profissional auditor, seja contador e tenha seu registro válido no
Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Caso este resolva auditar empresas de
capital aberto, deverá possuir também registro na (CVM).

2.4.2 Auditoria Interna

Gestada nas Organizações a Auditoria Interna é o ramo da auditoria


especializada em verificar de forma permanente as operações internas da empresa.
Neste sentido, este trabalho é desenvolvido por profissionais que compõem o
quadro de pessoal da própria empresa, cabendo a estes a responsabilidade de
verificar, analisar e revisar os dados contábeis, bem como os procedimentos
operacionais internos.
Conforme afirma Almeida (2003, p. 29) a Auditoria Interna, surge para de
forma rápida e confiável, levar as empresas a ter acesso a relatórios de auditórias
em espaços menores de tempo, ou seja, com uma maior periódicidade, mais
abrangentes que não fique apenas restrita a dados contábeis.
É lógico o raciocionio do autor, já que a organização com a nova dinâmica
de mercado, é constantemente submetida a prova de eficiencia em seus segmentos
de produção, tendo em vista a necessiade de respostas rápidas e
consequentemente a apresentação de resultados positivos. Esta eficiencia mantém
uma forte relação com os lucros nas transações comerciais, portanto, quanto mais
eficiente, maior será a lucratividade.
Para Lins (2014, p. 4) o conceito de auditoria interna compreende exames,
análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente
estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos
integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
Neste aspecto, e diante da necessidade de dar maior transparencia a
atuação destes setores nas empresas, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
através da NBC TI 01 – Da auditoria interna, que conceitua como principal objetivo
desta o de “examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e
das informações sobre aspectos físicos, contábeis, financeiros e operacionais da
entidade, através do conjunto de procedimentos técnicos”.
27

Segundo Lins (2014, p. 9) a auditoria interna contábil tem como foco


principal os trabalhos desenvolvidos pelos controles internos e a
qualidade/confiabilidade das informações geradas. Ainda segundo o referido autor,
objetiva, em última análise, a salvaguarda dos ativos da empresa. Nesse sentido,
busca adequação, integração e equilíbrio entre a gestão de riscos operacionais e os
controles internos. Este tipo de auditoria, dadas as suas peculiaridades de
continuidade, é a única que não é comumente prestada por terceiros.
Na perspectiva de Attie, (2009, p. 66), o estudo e a avaliação do controle
interno objetivam determinar a adequação da confiabilidade que devem ser
depositadas no controle interno. Esta forma de trabalho, é desenvolvida para as
operações principais de cada empresa, tidas como de maior risco; envolve o
conhecimento detalhado desde a origem da operação, o caminho percorrido e os
departamentos revolvidos até a sua finalização. Já na concepção de Crepaldi (2007,
p. 41), “auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos, adequação e eficácia
dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e
operacionais de uma entidade”.
Dessa forma o estudo traçado pelo auditor, o controle interno busca
entender o funcionamento de determinados setores da empresa, apresentando as
principais deficiências daquele determinado setor. Portanto, as ações da Auditoria
Interna deverão estende-se por todos os serviços, programas, operações e controles
existentes na organização, neste aspecto, o posicionamento da Auditoria Interna
dentro de uma organização deve ser sempre de nível elevado conforme apresenta a
estrutura organizacional do Quadro 2, para permitir-lhe o desempenho de suas
responsabilidades com abrangência e independência, em tese sempre vinculado ao
nível mais alto da organização.

Quadro 02: Estrutura Organizacional

Fonte: adaptado de ALMEIDA, (2003, p. 30)


28

Conforme ficou representado na figura acima, além do auditor interno ficar


sempre em nível organizacional mais alto, este setor da organização não deve sofrer
interferência dos setores em sua independência. É bom enfatizar que a
independência da Auditoria Interna tem com princípio básico desvincular-se das
responsabilidades, atribuições e ainda das tarefas, ações normativas, atos, decisões
e atendimento as solicitações dos colegiados e de autoridades integrantes da
diretoria da organização.
Segundo Almeida (2003), “o auditor interno é um empregado da empresa, e
dentro e uma organização ele não deve estar subordinado àqueles cujo trabalho
examina”. Alguns autores apontam ainda que em alguns conglomerados de
empresas ou de companhias, as auditorias internas estão sempre subordinadas
diretamente à sociedade da holding. Nesses casos, apenas a administração da
empresa investidora poderá admitir ou demitir os auditores internos das sociedades
controladas e coligadas.
A auditoria interna para Crepaldi (2004, p.41) é uma atividade que visa a
“avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações,
como um serviço prestado à administração”. Ainda segundo este autor a auditoria
interna constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação
da eficiência de outros controles.
Para alguns autores, existem vantagens e desvantagens no
desenvolvimento das atividades da auditoria interna. Diante do que pesquisado, a
vantagem da realização da auditoria interna pode ser evidenciada em dois pontos: o
primeiro está relacionado a facilidade que o auditor obtém os dados necessários
para a realização da auditoria, e o segundo é que a empresa terá um controle
permanente dos atos administrativos.
Já com referência a desvantagem pode ser apontada diante dos riscos que a
empresa corre, tendo em vista que os funcionários do departamento de auditoria
poderão se acostumar com a rotina de trabalho, e isto influenciarem diretamente nos
critérios de suas avaliações. Outro aspecto seria relacionamento pessoal, o que
poderia provocar o desvirtuamento da função, levando os auditores a perda de
credibilidade e também a eficácia dos trabalhos realizados.
No contexto das organizações, é bom enfatizar que a existência da auditoria
interna depende de alguns fatores, dentre eles observa-se: o porte da empresa, o
volume das operações financeiras e principalmente o fator custo, é validade a
29

observação tendo em vista que, seria inviável do ponto de vista econômico para
algumas empresas manter uma auditoria interna funcionando de forma
permanentemente.
Para Padoveze (2010), como concepção básica, a auditoria interna deve ter
a menor estrutura possível, reduzindo custos, pois na sua essência, é uma atividade
que refaz tarefas e procedimentos dentro da empresa, na busca da máxima
eficiência e eficácia, portanto, a auditoria deve ter sua estrutura reduzida ao máximo,
como forma de redução de custos e sob pena de serviços e tarefas sendo executada
repetitivamente.
Com base em Lins (2014, p.4) “outra ação importante a cargo da auditoria
interna é assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de
fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira
reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas
no decorrer de seu trabalho”. O autor explica que auditoria interna funciona não só
para, casos de fraudes, irregularidades, mas também como um controle fiscal de
gastos.

2.4.3 Diferenças entre Auditoria Interna e Externa.

No âmbito das organizações, as duas Auditorias, fazem os trabalhos


utilizando-se das mesmas técnicas, para tanto, utilizam o controle interno como
ponto de partida para a realização de exames e nas sugestões de melhorias para as
deficiências encontradas, apenas modificando a extensão e abrangência de seu
trabalho levando em conta as suas observações e a eficiência dos sistemas
contábeis e de controles internos existentes nas empresas.
Segundo Lins (2014, p. 15) “de forma global, o trabalho realizado pela
auditoria interna é plenamente idêntico àquele executado pela auditoria externa”.
Portanto, fica claro que o ponto de partida para as auditorias tem sempre as
mesmas características. Segundo o autor, as semelhanças existentes entre a
auditoria interna e externa, são comuns haver confusão entre os tipos de auditoria.
Na visão de Almeida (2003, p. 30) o que diferencia a auditoria interna da
externa, está relacionada diretamente com a visão mais simplista da gestão da
organização, e neste sentido compete a auditoria externa a elaboração dos
trabalhos mais abrangentes, principalmente sobre as demonstrações contábeis. Por
30

certo que mesmo sendo mais abrangente a auditoria externa possui suas limitações.
Entretanto, os trabalhos executados pelos Auditores Internos e Externos têm suas
diferenças básicas caracterizadas por seus respectivos campos de atuação. Em um
ambiente organizacional, são estas as principais diferencias entre a auditoria externa
e interna:

Quadro 03: Diferenças básicas entre auditoria interna da externa.


Auditoria Interna Auditoria Externa
A auditoria é realizada por um funcionário da A auditoria é realizada através de contratação
empresa de um profissional independente
O objetivo principal é atender as necessidades O objetivo principal é atender as necessidades
da administração de terceiros no que diz respeito à fidedignidade
das informações financeiras
A revisão das operações e do controle interno é A revisão das operações e do controle interno é
principalmente realizado para desenvolver principalmente realizado para determinar a
aperfeiçoamento e para induzir ao cumprimento extensão do exame e a fidedignidade das
de políticas e normas, sem estar restrito aos demonstrações financeiras
assuntos financeiros
O trabalho é subdividido em relação às áreas O trabalho é subdividido em relação às contas
operacionais e às linhas de responsabilidade do balanço patrimonial e da demonstração do
administrativa resultado
O auditor diretamente se preocupa com a O auditor incidentalmente se preocupa com a
detecção e prevenção de fraude detecção e prevenção fraudes, a não ser que
haja possibilidade de substancialmente afetar as
demonstrações financeiras.
O auditor deve ser independente em relação às O auditor deve ser independente em relação à
pessoas cujo trabalho ele examina, porém administração, de fato e de atitude mental.
subordinado às necessidades e desejos da alta
administração.
A revisão das atividades da empresa é contínua O exame das informações comprobatórias das
demonstrações financeiras é periódica,
geralmente semestral ou anual.
Fonte: adaptado do Portal de Auditoria

Como ficou evidente no quadro acima, são claras as diferenças entre as


duas formas de auditorias, cada uma com sua especificidade. Os dois tipos de
auditoria têm aspectos em comum, e utilizam técnicas semelhantes, o que diferencia
um do outro é que a auditoria interna é um acompanhamento periódico e mais
detalhado e, por fazer parte da empresa tem maior acesso às informações.

2.5 AUDITORIA INTERNA X CONTROLE INTERNO

No ambiente das organizações, é comum imperar a ideia que os conceitos


de controle Interno e Autoria Interna são a mesma coisa, no entanto é um princípio
31

equivocado, conforme já foi visto anteriormente, já que a Auditoria Interna refere-se


a um trabalho organizado com a revisão e apreciação por parte dos Controles
Internos, já o Controle Interno são os procedimentos utilizados na execução do
trabalho. Na concepção de Pereira (2009) os Controles Internos podem ser todas as
politicas adotadas pelas empresas com o intuito de suavizar os riscos e melhorar os
processos. Eles devem assegurar de forma fidedigna que as várias fases do
processo de decisão, bem como o fluxo de informações sejam revestidas de toda
confiabilidade necessária ao bom andamento das auditorias.
Desta nova forma organizacional a função da auditoria interna, constitui-se
em um centro de excelência atrelado a um sistema de controle interno eficaz no seio
da empresa, que deverá adotar comportamentos éticos irrepreensíveis, nos
trabalhos de auditoria interna, o auditor com base no conhecimento adquirido,
examina o sistema contábil e patrimonial, observando sua funcionalidade,
examinando os procedimentos, inspecionando documentos e bens, refazendo o
cálculo de certos dados, fazendo perguntas e outros procedimentos de acordo com
cada área da organização.
Já a função da Controladoria é a de assumir a reponsabilidade pela gestão
econômica da empresa, com o objetivo básico de leva-la um patamar mais elevado
em matéria de eficiência na gestão dos processos. Sua característica principal é a
de apresentar-se como um órgão de suporte, não como de assessoria como muitos
imaginam, neste sentido, sua função é a de apoiar todos os níveis de gestão na
organização. Toda empresa tem uma série de obrigações criadas pela legislação,
que devem ser atendidas sob pena de impedir a continuidade do empreendimento,
tais como obrigações legais, societárias, fiscais, entre outras.
Segundo Padoveze (2010) a concepção é que o papel da auditoria interna
nas empresas está ligado essencialmente ao Controle Interno, já em outra linha Attie
(2009) comenta que um sistema de controle interno bem desenvolvido pode incluir o
controle orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos, análises
estatísticas, programas de treinamento do pessoal, auditoria interna, estudos de
tempos e movimentos e controle de qualidade.
Sobre a controladoria, Padoveze (2010, p.31) aponta o seguinte: “A
Controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa que, através da Ciência
Contábil e do sistema de informação, é responsável pela coordenação da gestão
econômica do sistema empresa”. Neste contexto a responsabilidade do
32

gerenciamento de uma empresa é um fator determinante para o seu crescimento,


pois se cria a necessidade de um sistema que identifique quais os padrões que
deverão ser mantidos e quais os que necessitarão ser mudados, para que haja a
eficiência e a eficácia da organização dentro de um resultado econômico financeiro
satisfatório.
Com base em Figueiredo e Cagianno (2004) a Controladoria, nada mais é
do que um sistema de feedback que ajusta a comparação entre o desempenho e o
objetivo planejado, sendo ele de longo ou de curto prazo. Segundo o autor o controle
permite ao gestor rever tais objetivos à luz de novas circunstâncias, sendo real ou
não. Para haver um controle real, associa-se o planejamento ao sistema de
feedback que informa o resultado de decisões passadas.
Neste sentido, a auditoria nas organizações na atualidade demonstra que
seu papel não perpassa apenas por mais um simples exame dos demonstrativos
contábeis em contraposição aos registros da escrituração contábil. Tem sim a
função de buscar em consonância com os Princípios Fundamentais da
Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, à medida que esta deverá
preservar a materialização de forma adequada dos fenômenos que afetam a ciência
contábil como um todo, e suas implicações no funcionamento das organizações.
Portanto, o exame normal da auditoria das demonstrações financeiras, tem
como meta expressar uma opinião sobre a propriedade das mesmas e assegurar
que elas representem adequadamente a posição patrimonial e financeira da
organização, apresentando o resultado de suas operações, verificando as origens e
aplicações dos recursos financeiros correspondentes aos períodos em exame,
embasados nos princípios da contabilidade aplicados com uniformidade durante os
períodos de exame.

2.6 A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA PARA A ORGANIZAÇÃO

Devido ao crescimento das organizações, e na mesma escala suas


atividades produtivas, gerenciais e de processos, faz-se necessário um novo olhar
sobre às normas bem como aos procedimentos internos adotados nas operações,
isto justifica-se, levando em consideração que nem os gestores ou proprietários das
organizações, na maioria das vezes não tem a capacidade técnica de ele mesmo
supervisionar as atividades de sua empresa. Portanto, a função de auditar não pode
33

ser realizada por qualquer pessoa, e quanto feita é necessário que esta tenha o
domínio da atividade que está desenvolvendo.
Segundo Attie (2009, p. 5) a importância da auditoria está “voltada a testar a
eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado como o objetivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado”. Isso segnifica que a auditoria é
necessária como forma de organização dos registros e balanços financeiros das
instituições públicas e privadas, aprimorando equlibiro financeiro de uma empresa,
não sendo utilizados apenas para a identficação atos fraudulentos. Portanto Franco
(2001, p.34) ressalta que:

A auditoria deixou de ser, para as entidades, e especialmente para


empresas da atualidade, apenas mais um instrumento criado pela
administração para aumentar seus controles sobre o pessoal
administrativo. Atualmente é o meio indispensável de confirmação
da eficiência dos controles e fator de maior tranquilidade para a
administração e de maior garantia para investidores, bem como
para o próprio fisco, que tem na auditoria o colaborador eficiente e
insuspeito, que contribui indiretamente para melhor aplicação das
leis fiscais.

Portanto, nota-se que a importância da auditoria para a organização está


centrada na função de auxiliar o administrador, confirmando os registros contábeis e
completando os fins informativos da Contabilidade, por outro fiscalizando a própria
administração, cujos erros, omissões ou fraudes podem ser por ela apontados.
Ressalta-se ainda como importância da auditoria, poder informar ao
administrador das faltas cometidas por seus subordinados, como também denunciar
aos titulares do patrimônio (acionistas e outros investidores) as faltas cometidas pelo
seu administrador. Portanto, entende-se que a importância da auditoria para a
organização está centrada na finalidade de desenvolver planos de ação que auxilie a
organização no cumprimento dos seus objetivos de forma disciplinar, aprimorando
de forma eficiente e eficaz o gerenciamento dos processos, levando assim a um
excelente ganho de qualidade nas suas operações.

2.7 TOMADA DE DECISÃO.

Em um ambiente de negócios a tomada de decisão constitui-se em um


procedimento responsável pela escolha da melhor solução para se resolver um
problema ou absorver uma oportunidade. Neste sentido, a depender do contexto, o
34

processo decisório pode ser considerado difícil, e depois de realizado poderá gerar
consequências positivas ou negativas.
Pode-se afirmar que em um ambiente de uma organização são tomadas
inúmeras decisões diariamente, seja em nível gerencial ou até nas etapas de
produção. Segundo Chiavenato (2003, p. 347), foi em 1947 que Herbert Simon, no
intuito de explicar o comportamento humano nas organizações, lançou o livro
Comportamento Administrativo e com ele se inicia a Teoria das Decisões. Para
Chiavenato, nesta obra o autor define a tomada de decisão como um momento,
onde “... cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando
decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento”.
Na mesma linha de pensamento encontra-se Freitas e Kladis (1995, p. 6)
segundo estes autores, toda organização é um sistema de decisões, onde todos os
membros estão continuamente tomando alguma decisão, para estes autores “... é
impossível pensar a organização sem considerar a ocorrência constante do
processo decisório”.
Entende-se, portanto, que o processo decisório, não é constituído apenas de
uma fase final, ao contrario do que se imagina a tomada de decisões, pode gerar
uma sequência de novas atitudes, gerando, portanto, a necessidade de se tomar
novas decisões, ou seja, uma decisão tomada na prática poderá criar uma nova
situação, que poderá gerar outra decisão, ou implicará no surgimento de processos
que gerará novas decisões. No ambiente organizacional essa atividade acontece
todo o tempo, em todos os níveis, e influencia diretamente o desempenho de suas
atividades. Sua importância é bastante clara e pode ser percebida empiricamente,
ao analisar-se a organização. Conclui-se que é impossível pensar a organização
sem levar em consideração a ocorrência constante do processo decisório.
35

3. METODOLOGIA

Com a construção deste capítulo, tem-se como meta principal apresentar os


procedimentos metodológicos, com base na aplicação dos conceitos, e das
categorias de análises reveladas nos capítulos anteriores, indicando assim a
viabilidade, ou não, do tema proposto. Neste sentido, as informações aqui relatadas
provêm da coleta de dados com a aplicação de questionários com o Diretor e com o
Auditor da empresa, com sete questões para cada um, e por fim os procedimentos
de validação e de preparação dos dados para análise.
Com base em Demo (1987) entende-se que metodologia é um conjunto de
métodos e técnicas que tem por objetivo esboçar a comparação existente entre a
realidade, e o que é apresentado pela teoria, ou seja, é o estudo do tipo de processo
empregado na elaboração de um projeto, e neste contexto, tem como fundamento
captar e analisar as características dos vários métodos existentes para então, avaliar
suas capacidades, potenciais, limitações ou distorções, e sustentar o poder de critica
aos pressupostos ou ainda as implicações de sua utilização, gerando assim uma
série de ferramentas que possibilitem a comprovação do objeto do estudo.

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA.

Para o desenvolvimento deste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa


qualitativa, pois procura conhecimento da realidade do estudo em sua definição e
características, já que tais dados serão analisados.
Quanto aos objetivos classifica-se descritiva, pois pretende descrever como a
auditoria interna pode auxiliar no processo decisório. Na visão de Gil (2002) “é muito
útil para o estabelecimento de seu marco teórico, ou seja, para possibilitar uma
aproximação conceitual”. Neste sentido, a utilização dessa estratégia de pesquisa,
pretende-se atingir o objetivo proposto para este trabalho, que é: quais as
contribuições da auditoria interna para uma organização industrial de médio porte,
situada na cidade de Castro Alves-BA.
Neste contexto, seguiu-se a orientação de Gil (2002), segundo o autor a
metodologia aplicada na elaboração de trabalho pode ser, através da pesquisa
realizada de forma descritiva, com o uso de referencial bibliográfico com visitas a
materiais já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos,
36

objetivando coletar informações relevantes sobre a auditoria interna, suas


contribuições no cumprimento do planejamento estratégico adotado pela
organização e o alinhamento dos objetivos, com o acompanhamento da auditoria
interna para a sustentabilidade da organização.
Além de se classificar a pesquisa em relação aos seus objetivos e
evidências, faz-se necessário classificá-la quanto à técnica de análise e
interpretação dos dados, pois, este estudo contempla o exame de fatos mutáveis e
que possuem sentido em um contexto específico apresentando nuances e
peculiaridades. Assim, a técnica do estudo de caso apresenta-se como adequada,
de maneira a permitir conhecimento amplo e detalhado do mesmo.
Quanto ao delineamento, esta pesquisa pode ser classificada como um
estudo de caso, pois apresenta como objetivo levantar e esclarecer informações
sobre uma determinada organização. Tais levantamentos serão realizados em uma
indústria, que atua no ramo alimentício. SILVA, (2010, p. 87) comenta sobre o
processo de análise de estudo. Para o referido autor a maior utilidade do estudo de
caso é verificada nas pesquisas e no início de pesquisas mais complexas, e neste
sentido, poderá ser utilizado para desenvolver entrevistas estruturadas observações
dos fatos, análise documental.
Friza-se que o objeto a ser pesquisado poderá ser o indivíduo, a empresa,
uma atividade, ou até mesmo uma situação. Fica evidente, portanto, que para se
realizar um estudo de caso, e necessário envolver habilidades prévias do
treinamento e preparação para o estudo de caso específico.

3.2 COLETA DE DADOS DA PESQUISA

A coleta de dados pode ser considerada uma das fases mais importantes
para o desenvolvimento de um trabalho de caráter cientifico, já que este instrumento
permite detectar dados até então incólumes. Para Gil (2002) as principais etapas de
uma pesquisa envolvem além da esquematização, a previsão de análise e a
interpretação dos dados coletados. Segundo Yin (2005), definir a estrutura de um
trabalho, constitui-se em um dos passos mais significante para o bom andamento de
uma pesquisa. Neste estudo, será utilizado como instrumento de pesquisa uma
entrevista.
37

3.2.1 Aplicação da entrevista

Pode-se afirmar que uma entrevista se bem estruturada, e com questões


coerentes é extremamente útil quando um investigador pretende recolher informação
sobre um determinado tema. Neste sentido, através da aplicação da entrevista a um
público-alvo constituído, que neste estudo são respectivamente o Diretor e o Auditor,
pessoas diretamente ligadas às tomadas de decisões gerenciais da empresa, e
neste contexto, facilitará a coleta de informações que permitam conhecer melhor a
importância da auditoria para as organizações.
A aplicação de questionários segundo Gil (2002) permite que as questões
formuladas possam sofrer alterações, ou, eventualmente, dependendo da direção
tomada, sejam suprimidas.

3.3 ANÁLISE DE DADOS

Analisar dados segundo o que estabelece Yin (2005) “consiste em examinar,


categorizar, classificar em tabelas ou, do contrário, recombinar as evidencias tendo
em vista proposições iniciais de um estudo”. O autor é categórico ao dizer que cada
pesquisador deve começar seu trabalho com uma estratégia analítica geral,
determinando prioridades do que deve ser analisado e por que.
Com uma pesquisa de caráter qualitativo se pressupõe que o pesquisador,
se deparará com uma infinidade de informações que serão materializadas em forma
de textos. Ao final da coleta de dados, as informações passarão por uma fase de
análise, que possibilitará a elaboração dos resultados e conclusões.
38

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este capítulo tem como objetivo fazer uma breve exposição da empresa
visitada, já que a referida fará parte do Estudo de Caso (Pesquisa de Campo),
contemplada por essa pesquisa, também serão apresentados os resultados obtidos
através de questões efetuadas com a pesquisa de campo (estudo de caso), cabe, no
entanto ressaltar que, as informações aqui apresentadas fazem parte do trabalho de
conclusão de curso como um dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis da Faculdade Maria Milza.

3.4 CARACTERIZAÇÃO DO LOCUS DE PESQUISA

O trabalho de campo foi realizado em uma empresa industrial de médio


porte, especializada em produções de alimentos de nutrição animal, o qual foi
respondido através de uma entrevista pelo diretor e auditor da empresa. Cada um foi
entrevistado com sete perguntas devidamente estruturadas, para permitir uma inteira
simbiose entre o que foi questionado e o que foi elaborado no referencial teórico,
cujas informações servirão de base para o desenvolvimento desta monografia com
as análises que estão descritas.

4.1.1 – Perfil dos Gestores (Diretor/Auditor)

No contexto das organizações, o gestor deve ser visto como uma pessoa
inovadora, que diante do mercado globalizado, deve se destacar, e ser uma pessoa
com capacidade de desenvolver objetivos, que façam manter alto nível de
consciência no ambiente das organizações, utilizando para tanto, instrumentos na
busca constante por novas oportunidades de negócios. Pressupõe-se, portanto que
esse perfil, deve ser verificado nas pessoas que compõem o corpo diretivo da
entidade, possuindo, não só capacidade técnica, más também habilidades
especificas para comandar uma empresa.
Dessa forma, nesse subcapítulo será apresentado a caracterização dos
gestores pesquisados. Verificou-se que, mesmo não constando, como questão da
pesquisa que o gestor e o auditor da empresa são do sexo masculino, mantendo
uma “tradição”, no meio empresarial, que é a ausência de mulheres nos cargos de
39

alto escalão. Esta tradição, na atualidade é muito questionada diante das


sucessíveis provas de capacidade gerencial das mulheres no mercado de trabalho.
Verificou-se, com a pesquisa, que ao serem abordados sobre o grau de
formação, tanto o Diretor da empresa, quanto o Auditor, possuem formação em nível
superior, o que teoricamente pode ser considerada uma grande vantagem para a
organização. Verificou-se que os dois possuem formação em Ciências Contábeis, e
o Diretor possui ainda, MBA em Administração de Negócios e Mestrado em
Auditoria.
Nota-se que a empresa apresenta um corpo diretivo, com bons níveis de
conhecimento, o que teoricamente poderá deixa-la fortalecida junto ao mercado, à
medida que a frente de sua direção, possui um Contador e Mestre em Auditoria,
essa capacidade profissional poderá ser um elemento fundamental no feedback
entre os diversos setores da empresa.

4.1.2 A tecnologia da informação(TI), útil para as auditorias e tomadas de


decisões.

A pesquisa permitiu avaliar de que forma a empresa, utiliza as ferramentas


de TI, para otimizar suas rotinas de trabalho, possibilitando uma melhor estruturação
organizacional, diante das vantagens que estas ferramentas apresentam.
Diante a fala do Diretor, pôde-se entender que a organização possui um
sistema de informação contábil. Segundo ele, esse sistema existe desde a entrada
em operação da produção da empresa, o diretor afirma que esse sistema de dados
é utilizado para otimização, e melhoria no trabalho.
O uso de TI, nas organizações tornou-se um grande, aliado para a tomada
de decisões. A resposta do Diretor reforça a ideia de Kaplan e Norton (1997, p 156)
para este autor “os sistemas de gerenciamento e de controle e geração de relatórios
deverão ser totalmente integrados, com um único conjunto de informações inseridas
uma só vez e acessíveis a todos, dando suporte a relatórios internos e externos.”
Com base no que diz Kaplan e Norton, pode-se afirmar que a utilização de
programas de TI, facilita a elaboração de relatórios, imprimindo a esses processos
maior rapidez e confiabilidade. Segundo o Auditor, os relatórios são de suma
importância para a diretoria, tendo impacto nas tomadas de decisões. Para o auditor
o relatório de Controle Orçamentário e o de auditoria, constituem-se em peças
40

importantes indicando as conclusões e recomendações por escrito para a


administração da organização, expondo os erros, fraudes ou deficiências verificadas
no decorrer da revisão de procedimento.
As ideias do Auditor reforça a fala de Attie (2009, p. 8) onde ele diz que um
dos principais objetivos da auditoria é “examinar a integridade e fidedignidade das
informações financeiras e operacionais e os meios utilizados para aferir, localizar,
classificar e comunicar essas informações”. Ainda com referência ao uso de TI, o
Diretor, afirmou que a utilização de um sistema de informação traz vários benefícios
para empresa. Para ele os sistemas permitem:
I - Permite visualização instantânea da situação econômica. Neste ponto a resposta
está diretamente relacionada com o conceito de auditoria na visão de Crepaldi
(2007, p.3), que definiu auditoria como o levantamento, estudo e avaliação
sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras de uma entidade. Portanto, nota-se esta forte relação
entre os sistemas de informações, direção da entidade e órgãos de controle.
II - Indica análises temporais de desempenho. Aqui é possível perceber na reposta
do gestor que a gestão da empresa atua de forma a buscar sempre a eficiência
administrativa, à medida que busca a aferição do desempenho dos setores da
organização. Este ponto encontra amparo em Kaplan e Norton (1997) segundo estes
autores para haver uma gestão eficiente dos processos, são fundamentais que os
indicadores estejam conectados, e em uma perfeita relação de causalidade entre
ações e resultados. Portanto, torna-se indispensável, para a estratégia da
organização que suas perspectivas, metas e indicadores estejam em uma perfeita
simbiose para que os ativos intangíveis se transformem em resultados satisfatórios
tanto para os clientes quanto para a empresa.
III - Permite gerenciar o controle interno das atividades. O gestor neste ponto dialoga
com as ideias de Attie (2009, p.66) segundo ele o estudo e a avaliação do controle
interno objetivam determinar a adequação da confiabilidade que devem ser
depositadas no controle interno em exame na organização. Ainda segundo Attie
(2009), esta forma de trabalho, regra geral, é desenvolvida para as operações
principais de cada empresa, tidas como de maior risco; envolve o conhecimento
detalhado desde a origem da operação, o caminho percorrido e os departamentos
revolvidos até a sua finalização.
41

IV - Direciona esforços de redução de custos em determinadas áreas. Esta resposta


faz sentido, no que tange a uma constante das organizações que é a redução de
custos. Portanto, surge o papel das auditorias para facilitar a busca por resultados.
Neste sentido, Padoveze (2010), enfatiza que numa concepção básica, a auditoria
interna deve ter a menor estrutura possível, reduzindo custos, pois na sua essência,
é uma atividade que refaz tarefas e procedimentos dentro da empresa, na busca da
máxima eficiência e eficácia, portanto, a auditoria deve ter sua estrutura reduzida ao
máximo, como forma de redução de custos e sob pena de serviços e tarefas sendo
executada repetitivamente.

4.1.3 Auditoria interna sua importância e aplicabilidade gerencial.

Diante do que estabelece Attie (2009), o objetivo da auditoria interna é


auxiliar diretamente todos os colaboradores da administração da empresa, no
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes
relatórios diante das análises, das apreciações, recomendações e fazendo
comentários pertinentes às atividades analisadas.
Confirmando a tese de Attie, o Diretor relata que a criação do departamento
de Auditoria Interna na organização constitui uma grande ferramenta de gestão.
Para ele esta ferramenta permite às empresas minimizar os riscos relativos a sua
administração presente e futura, garantindo maior credibilidade nas atividades das
organizações.
As palavras do Diretor encontram-se, com as do Auditor, que ao falar sobre
a auditoria, relata que a ferramenta presta contribuições importantes ao progresso
organizacional, possibilitando o equilíbrio através de relatórios gerenciais
apresentados aos gestores, retratando as dificuldades existentes no seu ambiente
operacional. A fala do Auditor encontra amparo nas ideias de Franco (2001, p.34)
que diz:

A auditoria deixou de ser, para as entidades, e especialmente para


empresas da atualidade, apenas mais um instrumento criado pela
administração para aumentar seus controles sobre o pessoal
administrativo. Atualmente é o meio indispensável de confirmação
da eficiência dos controles e fator de maior tranquilidade para a
administração e de maior garantia para investidores, bem como
para o próprio fisco, que tem na auditoria o colaborador eficiente e
42

insuspeito, que contribui indiretamente para melhor aplicação das


leis fiscais.

Na mesma linha de pensamento Attie (2009) diz que a importância da


auditoria está “voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial
implantado como o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Ainda, em observância a fala do Diretor, é notório seu conhecimento sobre
auditoria interna, para ele, é de suma importância para o processo de tomada de
decisões, já que é uma ferramenta que pode dar suporte aos gestores, ajudando-os
a eliminar desperdícios, simplificando tarefas, e como ferramenta de apoio à gestão
e transmitindo informações ao corpo administrativo sobre o desenvolvimento das
atividades. Neste ponto o Diretor, em sua fala evidenciou o seguinte conceito que
Prado (2010, p,40) afirma:

A auditoria surge da necessidade de confirmação por parte dos


investidores e proprietários, dos valores retratados no patrimônio das
empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus
investimentos, principalmente com o grande crescimento econômico-
financeiro e com o aparecimento das grandes empresas que são
representadas em vários países.

Segundo o Auditor o processo de auditoria dentro da empresa, está


relacionada a elaboração de relatórios gerenciais bem detalhados, pois é onde
fornece aos empresários uma visão real e objetiva do desempenho da empresa, e
auxilia a obter um aumento de rendimento nas suas operações, reduzindo
desperdícios e possível erros.
As palavras do Auditor corroboram com as palavras de Kaplan e Norton,
remetendo ao conceito de Controladoria que tem como função além da elaboração
de relatórios de análise e das performances da gestão, portanto, compete a ela no
ambiente organizacional a atuação por segmentação, por setores e produtos,
atuando de forma a recomendar e orientar a execução dos processos de forma a
salvaguardar o capital e o patrimônio da empresa, levando-a a atingir seus objetivos
corporativos proporcionando sempre a lucratividade dos negócios. A fala do Auditor
encontra amparo ainda nas ideias de Sá (2000, p.106), que para ele a auditoria é:

Formado pelo plano de organização e de todos os procedimentos


adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos,
controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade,
ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da
direção.
43

Para o Diretor a importância e a contribuição da auditoria Interna para


o processo decisório da empresa estão centrados, na manutenção e controle dos
custos evitando gastos desnecessários e mantém um planejamento estratégico
auxiliando na tomada de decisões, além de contribuir na melhoria das rotinas
operacionais e ter um acompanhamento dos resultados por departamento para obter
um gerenciamento eficaz.
A resposta do gestor encontra amparo, na obra Auditoria Interna, de
Crepaldi (2007, p.3), que definiu auditoria como o levantamento, estudo e avaliação
sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras de uma entidade. Outro autor que ampara a resposta do
gestor é Lins (2014, p.3) segundo ele “de maneira geral e simplificada, auditoria,
seja de qual tipo for, interna ou externa, significa conferência, verificação, análise e
avaliação e, acima de tudo, comunicação dos resultados dentro de um determinado
objetivo que a auditoria propõe”.
Verifica-se na fala do Auditor, uma linha de pensamento igual a do Diretor,
suas noções sobre o conceito de Auditoria, trilham na mesma direção. Segundo o
Auditor o fluxo de trabalho das atividades de auditoria é: elaboração de relatórios
contábeis e gerenciais, controle dos custos de produção, análises e
acompanhamento das contas contábeis e financeiras, controle orçamentário
apresentando os principais desvios entre os valores orçados e realizados sugerindo
ações corretivas cabíveis.
A resposta do auditor está conceitualmente amparada pela teoria
desenvolvida por Franco (2011), segundo este autor a função da Auditoria é
mensurar a adequação e confiabilidade dos registros e das demonstrações
contábeis, a contabilidade utiliza-se também de uma técnica que lhe é própria,
chamada auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros,
inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas,
obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as
demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas
apresentadas, de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade,
aplicados de maneira uniforme.
Outro autor também dá suporte a fala do Auditor, Martins e Morais (2007, p.
34), a “Auditoria funciona como o processo sistemático para obter e avaliar prova
44

acerca da correspondência entre informações, situações ou procedimentos e


critérios preestabelecidos, assim como comunicar conclusões aos interessados”.
Ainda sobre a auditoria Almeida (2003, p. 29), diz que diante das demandas
crecentes por extinção dos riscos operacionais nas organizações, fez surgir a figura
do auditor interno, como uma ramificação da profissão de auditor externo e,
consequentemente, do contador. Ainda segundo este autor o auditor interno exerce
função de auditoria na excencia da palavra, ou seja, ele não poderá produzir
documentos administativos que posteriormente ele próprio possa vir a auditar.

4.1.4 Auditoria interna, discussões e decisões.

Segundo Freitas e Kladis (1995, p. 6) toda organização é um sistema de


decisões, onde todos os membros estão continuamente tomando alguma decisão,
para estes autores “... é impossível pensar a organização sem considerar a
ocorrência constante do processo decisório”.
Segundo o Diretor após encontrar a resposta de como diagnosticar
“melhorar” as falhas encontradas pela auditoria, ele diz que são feitas reuniões com
o gestor cada área, para discutir os desvios e possíveis falhas e propor as melhores
soluções cabíveis para a melhoria da organização.
A fala do Diretor e do Auditor quando o tema abordado são as falhas
detectadas pelos relatórios de Auditoria, ambos remetem ao conceito atribuído a
Almeida (2003), segundo o referido autor a auditoria Interna, surge para de forma
rápida e confiável, levar as empresas a ter acesso a relatórios de auditórias em
espaços menores de tempo, ou seja, com uma maior periódicidade, mais
abrangentes, e que não fiquem apenas restritas a dados contábeis. Neste ponto, a
fala do gestor encontra amparo também nas resoluções do Conselho Federal de
Contabilidade, que entre os seus posicionamentos, estabelece o seguinte conceito
sobe a auditoria interna e sua aplicabilidade para o processo gerencial das
orgnaizações, conforme a seguir:

Auditoria Interna compreende os exames, as análises, as avaliações,


os levantamentos e as comprovações, metodologicamente
estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de
controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no
cumprimento de seus objetivos. (CFC, 2006, p. 24)
45

Segundo o Auditor, após a entrega dos relatórios a diretoria e a cada gestor,


normalmente os diretores se reúnem com cada líder para discutir os desvios e
possíveis falhas e propor as melhores soluções cabíveis para a melhoria da
organização. Verifica-se tanto na fala do Diretor, quanto ao do Auditor que os
relatórios possibilitam a tomada de decisões em cada setor da organização.
Neste contexto, a Auditoria presta um grande serviço que é assessorar o
corpo diretivo em suas decisões, assim também pensa Lins (2014) segundo o autor
a ação importante a cargo da auditoria interna é assessorar a administração da
entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la,
sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações
de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. O autor indica que
auditoria interna funciona não só para, casos de fraudes, irregularidades, mas
também como um controle fiscal de gastos.
Para o Auditor, no que concernem as práticas de auditoria na empresa onde
atua, ele diz que precisa demonstrar a capacidade de prever os problemas que
poderão surgir e de se munir de informações necessárias para a tomada de
decisões, tendo em vista a implantação de ações de melhorias. Precisa ainda,
fornecer as informações em linguagem clara, simples e objetiva aos usuários e
principalmente traduzir os fatos. A fala do Auditor também encontra suporte na teoria
desenvolvida por Lins (2014).
Entende-se, portanto, que o processo decisório, não é constituído apenas de
uma fase final, ao contrario do que se imagina a tomada de decisões, pode gerar
uma sequência de novas atitudes, gerando, portanto, a necessidade de se tomar
novas decisões, ou seja, uma decisão tomada na prática poderá criar uma nova
situação, que poderá gerar outra decisão, ou implicará no surgimento de processos
que gerará novas decisões.

Quadro 4: Organograma da empresa estudada.

Fonte: Produzido com base nas informações do Auditor.


46

O quadro acima, conforme indicação do Auditor exemplifica que a Auditoria


mantém uma relação direta com o nível mais alto da organização. Neste aspecto ele
se assemelha ao quadro constante de Almeida, (2003, p. 30). Conforme apresenta o
quadro acima, além do auditor interno ficar sempre em nível organizacional mais alto,
este setor da organização não deve sofrer interferência dos setores em sua
independência.
É bom enfatizar que a independência da Auditoria Interna tem com princípio
básico desvincular-se das responsabilidades, atribuições e ainda das tarefas, ações
normativas, atos, decisões e atendimento as solicitações dos Colegiados e de
autoridades integrantes da Diretoria da Organização.
Por fim, nota-se que o Diretor, em suas falas ratificou seu conhecimento e
embasamento teórico, o que de certa forma pode se entender como um ponto
positivo para a organização, tendo em vista que é possível um alinhamento entre a
teoria e a prática, favorecendo no processo de tomada de decisão em favor da
organização.
Aqui poderão ser observadas diversas variáveis conceituais, para tanto,
Chiavenato (2003, p. 347), abordou que foi em 1947 que Herbert Simon, no intuito
de explicar o comportamento humano nas organizações, lançou o livro
Comportamento Administrativo e com ele se inicia a Teoria das Decisões. Para
Chiavenato, nesta obra o autor define a tomada de decisão como um momento,
onde “... cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando
decisões individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento”.
47

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das reflexões expostas nos capítulos anteriores, esta parte deste
trabalho, tem o intuito de concluir as ideias apresentadas, ou seja, criar uma síntese
sobre auditoria interna, suas contribuições em uma empresa industrial de médio
porte situada no município de Castro Alves-BA. Neste contexto, faz-se imperiosa a
necessidade de visitar os conceitos e propostas teóricas evidenciadas pelos autores
aqui citados e caso necessário rediscuti-los.
Tais conceitos e propostas teóricas, especialmente os de controladoria,
auditoria interna e externa e controle interno, foram de grande relevância para o
desenvolvimento do trabalho subsidiando nas discussões e operacionalização do
estudo.
No contexto do atual cenário econômico mundial, onde a globalização da
economia tornou-se mais que uma realidade, e na mesma vertente a crescente
busca pela otimização dos resultados, a simples aplicação de procedimentos
técnicos, já não se revelam suficientes para a sobrevivência de qualquer
organização, requerendo assim, a busca constante pela identificação de
oportunidades e estratégias para minimizar os riscos aos seus negócios e eficiência
em suas operações, mantendo um nível aceitável e adequado de controle das
operações e retorno aos seus investimentos.
Enfatiza-se que pretendeu - se, com este estudo, comprovar a simbiose
existente entre a auditoria interna e as organizações, e neste sentido, foi possível
demonstrar a sua importância no processo decisório das empresas, tendo adotado
para tal uma metodologia amparada por um estudo de caso.
Ressalta-se que a pesquisa bibliográfica realizada, foi fundamental para o
desenvolvimento deste trabalho, não apenas no sentido de garantir as condições
para que fosse possível, responder a pergunta problema “Quais as contribuições da
auditoria interna para uma organização industrial de médio porte, situada na cidade
de Castro Alves-BA?”, más ainda, por possibilitar encontrar caminhos teóricos para
responder os objetivos propostos.
De maneira geral os objetivos foram atingidos e as suposições confirmadas.
Quando analisado a importância da auditoria interna para as organizações e
levando-se em conta, as comparações com as definições dos autores aqui
abordados, e as correlações com os objetivos propostos sobre o uso da auditoria
48

interna e sua contribuição para auxiliar a organização na tomada de decisões, a


utilização das informações prestadas pela auditoria para o planejamento e
desempenho das atividades de gestão, e os fatores que contribuem para a solução
dos problemas identificados pela auditoria, as discussões caminharam para os
seguintes aspectos:
1- A auditoria interna assume um papel de grande relevância prestando
contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio
através de relatórios gerenciais apresentados aos gestores, retratando as
dificuldades existentes no seu ambiente operacional, auxiliando de forma eficaz para
a tomada de decisões na organização.
2- Foi verificado que a auditoria interna contribui de forma significativa na melhoria
das rotinas operacionais utilizando as informações prestadas pela auditoria para o
planejamento e desempenho das atividades de gestão, acompanhando os
resultados por departamento obtendo um gerenciamento eficaz.
3- Foi possível identificar no decorrer do trabalho que: o levantamento, estudo e
avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das
demonstrações financeiras e a comunicação dos resultados são os principais fatores
que contribuem para a solução dos problemas identificados pela auditoria para o
sucesso de uma organização.
4- O grau de formação dos profissionais do alto escalão da organização e da
auditoria, e fundamental, além disso, eles devem estar permanentemente
atualizados, através de estudos contínuos, adequando-se e adaptando-se às novas
exigências do mercado.
5- Neste contexto, pode - se afirmar que a auditoria interna contribui positivamente
para a gestão das organizações, pois reduz os níveis de riscos e incertezas,
viabilizando decisões de forma mais coerentes, apresentando integridade e
fidedignidade dos processos e, no mesmo sentido as prestando informações para a
gestão, dando suporte para a tomada de decisões.
Conclui-se os estudos sobre a auditoria interna suas e contribuições, para o
processo decisório das organizações, afirmando, que o trabalho aqui desenvolvido
atingiu a sua finalidade principal, que foi a de evidenciar a contribuição da auditoria
interna dentro de uma empresa de médio porte situada no Município de Castro
Alves.
49

6. PROPOSIÇÕES

Conforme ficou evidenciado na aplicação do questionário e observando as


respostas dos entrevistados, a empresa possui uma concentração de tarefas, já que
o auditor também faz trabalhos de controladoria, e neste sentido deveria existir uma
divisão de tarefas com mais de um funcionário. Seria recomendável que a empresa
contratasse um profissional para assumir especificamente cada setor, ou seja, um
na controladoria e outro na auditoria.
A entidade deve buscar instrumentos que as auxiliem no planejamento e
controle de suas atividades, para tanto, um possível desmembramento de setores
também pode ser uma solução, criando mecanismos para a descentralização do
trabalho como, por exemplo, setores que possuem duas atividades mesmo que
similares poderiam ser repartidos.
A empresa poderá rever alguns conceitos e desenvolver algumas rotinas de
controles o que poderia dar mais fluidez e segurança para a tomada de decisões por
parte da administração evitando assim possíveis de fraudes.
Deve-se também citar a importância de capacitações constantes com todos
os setores da organização, e principalmente para os setores que influenciam
diretamente na tomada de decisões, já que são setores estratégicos e que erros
podem representar enormes prejuízos.
Por fim, recomenda- se que outra pesquisa e estudos sejam realizados
sobre o tema da pesquisa.
50

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/auditoriainternadiferencasbasicasentreauditoria.htm > acesso em 21/04/2017.

A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Norma de NBC T
12 para NBC TI 01. Disponível em <http://www.senar.org.br/sites/default/files/senar/
Resolucao-CFC-N%C2%BA-986-2003.pdf> acesso em 22/04/2017.
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APÊNDICE

APÊNDICE A - Questionário de Entrevista a ser Aplicado ao Gestor da


Empresa.
Prezado (a) Sr. (a), sou estudante da Faculdade Maria Milza(FAMAM), do Curso de
Ciências Contábeis, Venho por meio desse, identificar e avaliar a importância da
controladoria aplicada nesta empresa para tomada de decisões. Estou aplicando
esse questionário, pois é uma ferramenta que faz parte do trabalho de conclusão de
curso (TCC), sendo assim gostaria de contar com o apoio e a sua colaboração,
respondendo as questões solicitadas sobre a importância da controladoria para esta
empresa.
Obs.: As respostas aqui concebidas permanecerão sobre total sigilo,
garantindo assim sua confidencialidade. As informações serão analisadas de
forma clara e impessoal.
Grato pela colaboração.
Acadêmico: Aécio Flávio de Jesus Rocha
Orientador: Prof. Esp. Jozenei Silva Pereira.

QUESTIONÁRIO APLICADO AO GESTOR RESPONSÁVEL PELAS TOMADAS


DE DECISÕES
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

1 - Qual sua formação e experiência profissional?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- A empresa possui um sistema de informação contábil? Há quanto tempo?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3- Quais benefícios o sistema de informação fornece para empresa?


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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4- Porque decidiram implantar a auditoria interna?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5- Na sua opinião, qual a importância e a contribuição da auditoria Interna para


o processo decisório da empresa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6-Como diagnosticar “melhorar” as falhas encontradas pela auditoria?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7-Quais os usuários dos relatórios da auditoria?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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APÊNDICE B- Questionário de Entrevista a ser Aplicado ao Auditor da


Empresa.
Prezado (a) Sr. (a), sou estudante da Faculdade Maria Milza(FAMAM), do Curso de
Ciências Contábeis, Venho por meio desse, identificar e avaliar a importância da
controladoria aplicada nesta empresa para tomada de decisões. Estou aplicando
esse questionário, pois é uma ferramenta que faz parte do trabalho de conclusão de
curso (TCC), sendo assim gostaria de contar com o apoio e a sua colaboração,
respondendo as questões solicitadas sobre a importância da controladoria para esta
empresa.
Obs.: As respostas aqui concebidas permanecerão sobre total sigilo,
garantindo assim sua confidencialidade. As informações serão analisadas de
forma clara e impessoal.
Grato pela colaboração.
Acadêmico: Aécio Flávio de Jesus Rocha .
Orientador: Prof. Esp. Jozenei Silva Pereira.

QUESTIONÁRIO APLICADO AO AUDITOR


CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

1 - Qual sua formação e experiência profissional?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2- Em sua opinião, quais relatórios você apresenta ao gestor que teriam maior
impacto nas tomadas de decisões?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3- Qual a importância do setor de Auditoria para a empresa?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4- Como é o processo de auditoria dentro da empresa?


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___________________________________________________________________
5- Há fluxo de trabalho definido para as atividades de auditoria, quais?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6- De acordo com as falhas apontadas pela auditoria, quais os tratamentos?

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___________________________________________________________________
.7-Quais práticas de auditoria são utilizadas pela empresa onde atua?

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