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Iº SEMESTRE

Aspectos Introdutórios
Ano Lectivo 2022/2023
1. A necessidade de informação financeira credível
2. As asserções subjacentes às demonstrações financeiras
3. Estrutura conceptual dos trabalhos de asseguração
4. Objecto e Objectivo da auditoria financeira
5. O processo de Auditoria
✓ Explanar a importância da informação financeira para a tomada de decisões
económicas;
✓ Distinguir entre objecto e objectivo de auditoria;
✓ Relacionar as asserções subjacentes às demonstrações financeiras com a
auditoria;
✓ Compreender o processo de Auditoria ;
✓ Todo e qualquer tipo de informação deve ser credível de forma a que as pessoas a quem
a mesma se destina possam dela tirar conclusões idóneas.

✓ Este aspecto assume maior importância para a informação financeira produzida pelas
empresas uma vez que a mesma vai ser interpretada por uma vasta gama de
destinatários.

✓ Existe um vasto leque de pessoas envolvidas nas demonstrações financeiras,


nomeadamente:
✓ As que a preparam;
✓ As que a auditam;
✓ As que a analisam;
✓ As que utilizam.
✓ De todos os usuários, são sem duvida os utilizadores, que devem ser privilegiados, uma
vez que esperam que as dfs, como parte que são da informação financeira em termos
gerais, sejam preparadas com o fim de proporcionar informação que seja útil na tomada
de decisões económicas, como por exemplo:

✓ Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento de capital próprio;


✓ Avaliar a responsabilidade da gestão;
✓ Avaliar a capacidade da empresa de pagar remunerações e de proporcionar outros
benefícios aos seus empregados;
✓ Avaliar a segurança das quantias emprestadas à empresa;
✓ Determinar politicas fiscais;
✓ Determinar os lucros e dividendos distribuíveis;
✓ Preparar e utilizar estatísticas sobre o rendimento nacional;
✓ Regular o sector de actividade em que a empresa se insere.
✓ A responsabilidade pela preparação e apresentação das Dfs das empresas cabe aos
respectivos órgãos de gestão (CA, Gerência ou equivalente), os quais devem assina-las,
juntamente com o contabilista certificado.
✓ O Relatório de Gestão e as contas do exercício devem ser assinadas por todos os
membros da gerência ou da administração da sociedade. (Artigo 70.º, LSC)
✓ A gerência e/ou outro órgão de gestão é responsável pela preparação das Dfs. (PGC,
2001)
✓ Pré condições Auditoria – ISA 210 – Acordar os termos de trabalho de Auditoria
✓ Por seu lado, a auditoria financeira surge como forma de dar credibilidade as Dfs.
✓ As características qualitativas
✓ São os atributos que tornam a informação, prestada pelas demonstrações financeiras,
útil aos utentes.

✓ Relevância
✓ A informação é relevante quando se torna necessária para a tomada de decisões por
parte dos utentes.
✓ A relevância influência as decisões económicas dos utentes ao ajudá-los a:
✓ Avaliar os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou;
✓ Confirmar, ou corrigir as suas avaliações passadas.

✓ Fiabilidade
✓ A informação é fiável na medida em que não enferme de erros materiais e de
preconceitos, devendo para tal:
✓ Representar fidedignamente os resultados e a posição financeira da entidade;
✓ Reflectir a substância económica das operações e outros acontecimentos e não
meramente a sua forma legal;
✓ Ser neutra, isto é, não influenciar uma tomada de decisão ou o exercício de um juízo a
fim de atingir um resultado ou efeito pré-determinado;

✓ Ser prudente, isto é, resultar do uso de um determinado grau de precaução no exercício


dos juízos necessários para fazer estimativas requeridas em condições de incerteza e
os:
✓ Activos e proveitos não serem sobreavaliados;
✓ Passivos e custos não serem sub-avaliados.

✓ Ser completa em todos os aspectos materiais.


✓ Para o efeito, entende-se por materialidade o montante a partir do qual uma
omissão ou inexactidão de uma informação quantitativa influência as decisões
económicas dos utentes tomadas na base das demonstrações financeiras.
✓ Continuidade
✓ As Dfs devem ser preparadas na base da continuidade, a menos que a gerência tenha
intenções de liquidar a entidade ou cessar a sua actividade, ou não tenha outra
alternativa realista que não seja fazê-lo.

✓ Caso existam incertezas quanto à continuidade da entidade ou das suas operações,


tal facto deve ser divulgado nas Demonstrações financeiras com indicação das razões
que estão na origem das incertezas.

✓ Caso exista intenção ou necessidade de liquidar a entidade ou de cessar as suas


operações, as Dfs não devem ser preparadas na base da continuidade, devendo ser
divulgado tal facto, a base usada e as razões pelas quais a entidade não se considera
em continuidade.
✓ Acréscimo
✓ Excepto quanto à demonstração de fluxos de caixa, as Dfs devem ser preparadas na
base do acréscimo.
✓ Sob este regime, os efeitos das operações e outros acontecimentos são reconhecidos
quando ocorrem (independentemente da data em que ocorra o respectivo
recebimento ou pagamento) sendo registadas e relatadas no período a que se
referem.
✓ Desta forma as Dfs informam os utentes não somente das operações passadas
envolvendo o pagamento e o recebimento de dinheiro, mas também das obrigações a
pagar no futuro e de recursos que representam dinheiro a receber no futuro.
✓ A base do acréscimo pressupõe ainda a utilização do conceito de balanceamento
entre custos e proveitos.
✓ De acordo com este conceito as despesas são reconhecidas na demonstração de
resultados na base do relacionamento directo entre os custos incorridos e os
ganhos que lhe estão associados.
✓ Contudo, este conceito não permite o reconhecimento de itens no Balanço que não
satisfaçam os critérios de definição de activos e passivos.
✓ Consistência
✓ A apresentação e classificação de itens nas dfs devem ser mantidas de um período para
outro, a menos que:
✓ Uma alteração significativa nas operações da entidade ou uma revisão da
apresentação das dfs demonstre que uma alteração irá resultar numa mais adequada
apresentação dos acontecimentos e transacções.
✓ A alteração seja imposta pela entrada em vigor de novas políticas contabilísticas.

✓ Materialidade
✓ A informação é considerada material se a sua omissão puder influenciar a decisão
económica dos utentes baseada nas dfs.
✓ A materialidade depende do tamanho e da natureza de cada item avaliados nas
circunstâncias particulares da sua omissão.
✓ Uma divulgação, mesmo que prevista neste plano, não necessita de ser efectuada se a
informação daí resultante for imaterial.
✓ Não compensação de saldos
✓ Não devem ser efectuadas compensações de saldos entre activos e passivos.
✓ A apresentação de rubricas, no Balanço pelo seu valor líquido de amortizações e
provisões não é considerada uma compensação de saldos.
✓ Podem ser efectuadas compensações de saldos entre itens de custos e proveitos
apenas se os ganhos, perdas e despesas relacionadas resultantes de uma mesma
operação ou de uma operação similar não for material ou ainda nos seguintes casos:
✓ Ganhos e perdas na venda de activos não correntes os quais são relatados pela
diferença entre o proveito da venda e o valor contabilístico do activo e respectivas
despesas de venda.
✓ Despesas recuperadas através de um contrato com uma terceira entidade (ex:
sub-arrendamento), as quais são relatadas pelo valor líquido dos proveitos
obtidos.
✓ Comparabilidade
✓ De forma que a informação possa ser útil aos utentes estes deverão ficar habilitados a:
✓ a) Efectuar análises comparativas para identificar tendências na posição financeira da
entidade e no resultado das suas operações:
✓ Por esta razão, para todos os valores contidos nas Demonstrações financeiras,
devem ser apresentados os correspondentes valores comparativos do período
precedente.
✓ Informação qualitativa do período precedente deve igualmente ser divulgada
sempre que for considerada relevante para a compreensão das Demonstrações
financeiras do período corrente.
✓ Quando a apresentação ou classificação de um item nas demonstrações
financeiras forem alteradas, deverão ser divulgadas a razão para a alteração e a
natureza das alterações que deveriam ser efectuadas na informação do período
precedente para que as informações fossem comparáveis.
✓ b) Efectuar comparações entre entidades:
✓ Por esta razão devem ser divulgadas as políticas contabilísticas usadas na
preparação das dfs.
✓ Critério geral
✓ Reconhecimento é o processo de incorporar no Balanço e na Demonstração de
resultados um elemento que satisfaça a definição de uma classe e as condições para
o seu reconhecimento.
✓ Um elemento que satisfaça a definição de uma classe deve ser reconhecido se forem
satisfeitas as seguintes condições:
✓ For provável que qualquer benefício económico futuro, associado com o elemento,
flua para, ou da, empresa;
✓ Seu custo ou valor poder ser quantificado com fiabilidade.

✓ A inter-relação entre as classes significa que um elemento que satisfaça a definição e


critérios para o reconhecimento de uma dada classe automaticamente requer o
reconhecimento de uma outra classe.
✓ Critérios para Reconhecimento de Activos
✓ Um activo deve ser reconhecido no Balanço quando:
✓ For provável que os benefícios económicos futuros fluam para a entidade.
✓ O activo tenha um custo ou um valor que possa ser quantificado com fiabilidade.

✓ A determinação de existência de benefícios económicos futuros deve ser feita


atendendo ao grau de certeza dos benefícios, na base da evidência disponível no
momento do reconhecimento inicial do activo.
✓ A existência de suficiente certeza de que os benefícios fluirão para a entidade
necessita a segurança de que esta:
✓ Receberá as recompensas ligadas ao activo, e
✓ Assumirá os riscos inerentes.
✓ Um dispêndio que tenha sido incorrido e não possa ser reconhecido como um activo,
por ser improvável que dele fluam benefícios económicos futuros, deve ser
reconhecido como um custo na demonstração de resultados.
✓ Imobilizações corpóreas
✓ São reconhecidos como imobilizações corpóreas, os bens que:
✓ Satisfaçam as condições gerais para o seu reconhecimento como activos.
✓ Se destinem a ficar na posse ou a serem controlados pela entidade por um período
superior a um ano.
✓ Não se destinem a ser vendidos no decurso normal das actividades da entidade.
✓ No caso de taras e vasilhame que não se destinem a uso interno da empresa, o
seu reconhecimento como um activo fica ainda condicionado à existência de
registos que demonstrem que a regra geral é a devolução por parte dos clientes.
✓ Imobilizações incorpóreas

✓ Trespasse
✓ Só devem ser reconhecidos como trespasses os encargos que representem um
pagamento feito em antecipação de benefícios económicos futuros e que surjam de
uma aquisição que:
✓ Constitua uma actividade comercial e, simultanêamente.
✓ Resulte na continuação de uma actividade anteriormente exercida.

✓ Despesas de investigação e desenvolvimento:


✓ Só devem ser reconhecidas como activo as Despesas de Desenvolvimento que
satisfaçam todos os critérios seguintes:
✓ O produto ou processo esteja claramente definido e os custos atribuíveis ao
produto ou processo possam ser demonstrados.
✓ A exequibilidade técnica do produto ou processo possa ser demonstrada.
✓ A empresa pretenda produzir, comercializar ou usar o produto ou processo.

✓ Exista um mercado para o produto ou processo ou, se for para ser usado
internamente e não para ser vendido, a sua utilidade para a empresa puder ser
demonstrada.

✓ Existam recursos adequados, ou a sua disponibilidade possa ser demonstrada para


completar o projecto e comercializar ou usar o produto ou processo.

✓ As despesas de desenvolvimento que não satisfaçam todas as condições acima


referidas, bem como as Despesas de Investigação devem ser reconhecidas como um
custo no período em que ocorrem.
✓ Investimentos financeiros
✓ Devem ser reconhecidos como investimentos financeiros os activos que:
✓ Satisfaçam as condições para o seu reconhecimento como activos.
✓ Tenham uma natureza de realizável a médio e longo prazos.
✓ Sejam detidos por um período superior a um ano.
✓ Tenham como objectivo aumentar a riqueza através de uma das seguintes formas:
✓ Distribuição, mediante o recebimento de juros, royalties, dividendos e rendas.
✓ Valorização de capital, ou outros benefícios tais como os resultantes de
transacções comerciais.
✓ Existências
✓ Devem ser reconhecidos como existências, os bens que:
✓ Respeitem as condições gerais para o reconhecimento como activos.
✓ Satisfaçam uma ou mais das seguintes condições:
✓ Sejam detidos para venda no decurso normal da actividade operacional da
empresa.
✓ Resultem do processo de produção da empresa e se destinem à venda.
✓ Se destinem a ser consumidos no processo de produção ou na prestação de
serviços, e que revistam a forma de matérias ou materiais de consumo.
✓ Critério para reconhecimento de passivos
✓ Um passivo deve ser reconhecido no Balanço quando:
✓ For provável que da liquidação de uma obrigação presente resulte um exfluxo de
recursos incorporando benefícios económicos; e
✓ A quantia pela qual a liquidação tenha lugar possa ser quantificada com
fiabilidade.
✓ Critério para reconhecimento de proveitos
✓ Os proveitos devem ser reconhecidos na Demonstração de resultados quando:
✓ Tenha surgido um aumento de benefícios económicos futuros relacionados com o
aumento de um activo ou com uma diminuição de um passivo; e
✓ Estes possam ser quantificados com fiabilidade.
✓ Face ao critério da prudência, os proveitos só devem ser reconhecidos quando
satisfizerem uma condição adicional:
✓ Tenham um grau suficiente de certeza
✓ Vendas
✓ O rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido quando estiverem
satisfeitas todas as seguintes condições:
✓ Condições gerais para o seu reconhecimento como proveito.
✓ Tenham sido transferidos para o comprador os riscos e recompensas significativos
da propriedade dos bens.
✓ Não haja retenção, envolvimento gerencial continuado (com um grau geralmente
associado com a propriedade) nem o controlo efectivo dos bens vendidos.
✓ Os custos incorridos ou a incorrer referentes à transacção possam ser fiavelmente
medidos.
✓ Prestações de serviços

✓ O rédito proveniente da prestação de serviços deve ser reconhecido quando estiverem


satisfeitas todas as seguintes condições:

✓ Condições gerais para o seu reconhecimento como proveito.

✓ A fase de acabamento da transacção à data de balanço possa ser fiavelmente


medida.

✓ Os custos ocorridos ou a ocorrer referentes à transacção possam ser fiavelmente


medidos.
Subsídios
Os subsídios só devem ser reconhecidos após existir segurança de que:
✓ A empresa cumprirá as condições a ela associadas, e

✓ Os subsídios serão efectivamente recebidos.


✓ Contudo, o recebimento do subsídio, por si só, não prova que de facto as condições do
subsídio foram ou irão ser cumpridas.
✓ O rédito proveniente de subsídios deve ser reconhecido durante os períodos necessários
para os balancear com os custos relacionados que se pretende que eles compensem,
numa base sistemática.
✓ Por esta razão, o rédito proveniente de subsídios deve ser reconhecido pela sua
totalidade, no exercício em que se tome recebível no caso dos subsídios:
✓ Se destinarem a investimentos em activos não amortizáveis.
✓ Revestirem a forma de uma doação de um activo não amortizável.
✓ Se destinarem a compensar custos ou perdas incorridos em períodos contabilísticos
anteriores.
✓ Se destinarem a dar imediato apoio financeiro à empresa sem quaisquer custos
actuais ou futuros relacionados
✓ Erros e alterações de políticas contabilísticas

✓ Erros
✓ A correcção de erros na preparação de Demonstrações financeiras de um ou mais
períodos anteriores que sejam descobertos no período corrente deve ser reconhecida
nos resultados líquidos do período corrente, excepto se reunirem as características
para serem considerados erros fundamentais.
✓ A correcção de erros fundamentais deverá ser reconhecida nos resultados
transitados de exercícios anteriores.
✓ Alterações de estimativas contabilísticas

✓ Porque o processo de estimativa envolve juízos fundamentais baseados na última


informação disponível, esta tem de ser revista se ocorrerem alterações respeitantes
às:
✓ Circunstâncias nas quais a estimativa se baseou;
✓ Em resultado de novas informações;
✓ Mais experiência;
✓ Desenvolvimentos subsequentes.
✓ Dada a sua natureza, a revisão de uma estimativa contabilística não reúne as
condições para que possa ser considerada, nem como um:
✓ Erro fundamental;ou
✓ Rubrica extraordinária.
✓ Por esta razão, os efeitos das alterações das estimativas contabilísticas são reconhecidos
na Demonstração de resultados do período corrente, na mesma rubrica usada
anteriormente para reconhecer a própria estimativa.
✓ Face aos princípios contabilísticos da consistência e da comparabilidade dos saldos, as
alterações de políticas contabilísticas só devem ser efectuadas nos seguintes casos:
✓ Se for exigida por disposições contabilísticas emitidas por órgão competente para o
efeito.
✓ Se a alteração resultar numa apresentação mais apropriada de acontecimentos ou
transacções nas demonstrações financeiras da entidade..
✓ Como regra geral, uma alteração numa política contabilística deve ser aplicada
retrospectivamente, isto é, a nova política é aplicada aos acontecimentos e transacções
em causa como se tivesse estado sempre em uso.
✓ Os efeitos desta alteração devem ser reconhecidos nos resultados transitados.
✓ Caso a quantia do ajustamento a efectuar em Resultados transitados não puder ser
razoavelmente estimada, admite-se excepcionalmente que tal ajustamento seja
registado nos Resultados do exercício, devendo ser feita a divulgação apropriada nas
Notas às contas.
✓ Juros
✓ O rédito proveniente de juros deve ser reconhecido quando estiverem satisfeitas:
✓ Condições gerais para o reconhecimento de réditos.
✓ O reconhecimento deve ser feito numa base de proporcionalidade de tempo que
tome em consideração o rendimento efectivo do activo.

✓ Diferenças de câmbio favoráveis:


✓ Os critérios a usar para o reconhecimento de diferenças de câmbio favoráveis são, com
as necessárias adaptações, os mesmos que se encontram definidos para o
reconhecimento das diferenças de câmbio desfavoráveis, excepto no que se refere à
situação a seguir indicada, por ser enquadrável no âmbito de ganhos potenciais os quais
não devem ser reconhecidos.
✓ As diferenças de câmbio favoráveis não realizadas devem ser diferidas:
✓ Se forem originárias da conversão de dívidas a médio e longo prazos.
✓ Se houver expectativas razoáveis de que o ganho é reversível.
✓ Critério para reconhecimento de custos
✓ Os custos devem ser reconhecidos na demonstração de resultados quando:
✓ Tenha surgido uma diminuição dos benefícios económicos futuros relacionados com
uma diminuição num activo ou com um aumento do passivo, e
✓ Estes possam ser quantificados com fiabilidade.
✓ Quando se espera que surjam benefícios económicos durante alguns períodos
contabilísticos e o proveito ou ganho associado só possa ser determinado de uma forma
geral ou indirectamente, o critério de balanceamento determina que os custos sejam
reconhecidos na base de procedimentos sistemáticos e racionais de imputação.
✓ Um custo é imediatamente reconhecido quando:
✓ A despesa não produza benefícios económicos futuros ou;
✓ Estes não se qualifiquem ou deixem de qualificar-se para reconhecimento no balanço
como um activo.
✓ Despesas de investigação e desenvolvimento
✓ A prática demonstra que a generalidade dos custos de pesquisa e desenvolvimento não
satisfazem, na generalidade dos casos, os critérios gerais para o seu reconhecimento
como activos.
✓ Assim, por norma, devem ser adaptados os critérios específicos seguintes:
✓ Despesas de investigação devem ser reconhecidas como um custo no período em que
ocorrem.
✓ Despesas de desenvolvimento devem ser reconhecidas como um:
✓ custo no período em que ocorrem,
✓ A menos que satisfaçam todas as condições definidas para poderem ser
reconhecidas como activos.

✓ Erros e alterações de políticas contabilísticas


✓ Os erros e alterações de políticas contabilísticas, que tenham natureza credora, devem
ser reconhecidos, com as necessárias adaptações, nos termos definidos para o
reconhecimento dos de natureza devedora.
✓ Custos de empréstimos obtidos
✓ Como regra geral, os custos dos empréstimos obtidos devem ser reconhecidos como
um custo no período em que ocorrem.
✓ Alternativamente, os custos com empréstimos obtidos podem ser reconhecidos como
activos (através de acréscimo ao custo do activo qualificável relacionado) desde que,
cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições:
✓ Estejam a ser incorridos.
✓ Satisfaçam os critérios para o reconhecimento de activos.
✓ Possam ser directamente atribuíveis à aquisição, construção, ou produção de um
activo.
✓ Se encontrem em curso as actividades necessárias para preparar o activo para o seu
uso pretendido ou venda.
✓ Estejam a ser incorridos dispêndios com tal activo.
✓ Se em resultado de tal acréscimo o custo ajustado do activo não exceder o mais
baixo de:
✓ Custo de reposição;
✓ Quantia recuperável pela venda (valor realizável); ou
✓ Valor de uso do activo.
✓ Diferenças de câmbio desfavoráveis
✓ Como regra geral, devem ser reconhecidas na demonstração de resultados no período
em que surjam as diferenças de câmbio provenientes de:
✓ Pagamento de elementos monetários.
✓ Relato de elementos monetários a taxas diferentes das usadas:
✓ No momento do reconhecimento inicial, ou
✓ Na data de relato do período anterior.

✓ As diferenças de câmbio provenientes das situações atrás referidas podem, como


regra alternativa, ser reconhecidas da seguinte forma:

✓ Como reservas especiais a serem reconhecidas nos resultados apenas no período


em que o investimento financeiro na empresa estrangeira seja vendido, se
resultarem de activos ou passivos monetários:

✓ Recebíveis ou pagáveis de/a empresas estrangeiras nas quais a entidade tenha


um investimento financeiro que não se refiram a operações comerciais.
✓ Como alteração ao valor de registo inicial dos activos imobilizados qualificáveis,
se:
✓ Resultarem de passivos monetários originados pela aquisição de tais activos;
✓ A aquisição dos activos tenha sido recente; e
✓ Se em resultado de tal alteração o custo ajustado do activo não exceder o mais
baixo de:
✓ Custo de reposição;
✓ Quantia recuperável pela venda (valor realizável).
✓ Valor de uso do activo.
✓ No caso especial dos passivos monetários se referirem a empréstimos para
aquisição, construção ou produção de um activo, a regra alternativa para o
reconhecimento das diferenças de câmbio provenientes das situações atrás
referidas é o acréscimo ao valor do activo qualificável, de acordo com as seguintes
regras:
✓ Se o activo estiver em curso, ou seja, ainda não estiver em condições para o
uso pretendido ou venda.
✓ Se estiverem em curso actividades necessárias para preparar o activo para o
seu uso pretendido ou venda.
✓ Se estiverem a ser despendidos custos com tais actividades.
✓ Se em resultado de tal acréscimo o custo ajustado do activo não exceder o mais
baixo de:
✓ custo de reposição,
✓ quantia recuperável pela venda (valor realizável) ou
✓ valor de uso do activo.

✓ Perdas contingentes:
✓ As perdas contingentes devem ser reconhecidas nas demonstrações financeiras como
uma perda (por contrapartida de um passivo) se:
✓ For provável que os acontecimentos futuros venham a confirmar que um activo
esteja diminuído (depois de já se ter tido em consideração qualquer recuperação
provável) ou que passe a existir um passivo à data de Balanço; e
✓ Puder ser feita uma estimativa fiável.
✓ Valorimetria é o processo de determinação da quantia pela qual as operações e outros
acontecimentos devem ser reconhecidas e inscritas no balanço e na demonstração de
resultados.

✓ Bases de valorimetria globais:

✓ São bases de valorimetria globais, a usar em graus diferentes e em variadas


combinações para efectuar as valorimetrias específicas, as seguintes:

✓ Custo histórico: Valor original de entrada no património de uma operação ou


acontecimento.
✓ Os activos são registados pela quantia de dinheiro ou seus equivalentes, paga ou a
pagar para os adquirir, no momento da sua aquisição.
✓ Os passivos são registados pela quantia dos produtos recebidos em troca da
obrigação ou, em algumas circunstâncias (ex: impostos sobre os lucros), pelas
quantias em dinheiro que se espera que sejam pagas para satisfazer o passivo no
decurso normal dos negócios.
✓ Custo corrente: Valor actualizado de aquisição de activos ou liquidação de passivos.
✓ Os activos são registados pela quantia de dinheiro e seus equivalentes, que teria de
ser paga se o mesmo fosse correntemente adquirido.
✓ Os passivos são registados pela quantia não descontada de dinheiro e seus
equivalentes que seria necessária para liquidar correntemente a operação.

✓ Valor realizável (de liquidação): Valor de realização dos activos e de liquidação dos
passivos.
✓ Os activos são registados pela quantia de dinheiro e seus equivalentes que possa ser
correntemente obtida ao vender o activo numa alienação ordenada.
✓ Os passivos são registados pelos seus valores de liquidação isto é, quantias não
descontadas de dinheiro e equivalentes que se espera sejam pagas para satisfazer os
passivos no decurso normal dos negócios.
✓ Valor presente (actual): Valor descontado dos futuros fluxos de caixa.
✓ Os activos são registados pelo valor presente descontado dos futuros influxos
líquidos de caixa que se espera que o elemento gere no decurso normal dos
negócios.
✓ Os passivos são registados pelo valor presente descontado dos futuros exfluxos
líquidos, de caixa que se espera que sejam necessários para liquidar os passivos no
decurso normal dos negócios.
✓ A base de valorimetria global é o custo histórico, que não tem em atenção:
✓ As variações a nível geral de preços;
✓ As variações nos preços específicos dos activos detidos.
✓ Contudo, em circunstâncias particulares é permitido o uso de outras bases de
valorimetria, como por exemplo:
✓ Custo corrente, para as imobilizações corpóreas.
✓ Valor realizável, para os inventários.
✓ Transacções em moeda estrangeira
✓ As transacções em moeda estrangeira devem ser valorizadas na moeda de relato.
✓ No momento do reconhecimento inicial, as transacções em moeda estrangeira são
valorizadas na moeda de relato determinada pela aplicação, à quantia de moeda
estrangeira,
✓ Taxa de câmbio entre a moeda estrangeira e a moeda de relato à data da
transacção.
✓ Na data de relato, as transacções em moeda estrangeira são valorizadas na moeda
de relato da seguinte forma:
✓ Pelo valor histórico (valorização do reconhecimento inicial), no caso de activos
monetários em que o câmbio tenha sido previamente fixado.
✓ Pelo valor histórico (valorização do reconhecimento inicial), no caso de activos
não monetários aos quais, na data do reconhecimento inicial, tenha sido
atribuído um justo valor em moeda estrangeira.
✓ Pela taxa de fecho determinada pela aplicação, à quantia da moeda estrangeira,
da taxa de câmbio à data de fecho entre a moeda estrangeira e a moeda de
relato, no caso de activos monetários cujo câmbio não esteja previamente
fixado.
✓ Imobilizações corpóreas:
✓ As imobilizações corpóreas devem ser valorizadas ao custo de reconhecimento inicial ou
ao custo revalorizado, líquido das correspondentes amortizações.
✓ O custo, no reconhecimento inicial, pode ter as seguintes vertentes:
✓ Custo de aquisição, para bens adquiridos ao exterior.
✓ O custo de aquisição engloba:
✓ O preço de compra.
✓ Os gastos suportados directa ou indirectamente para colocarem o bem em
condições de utilização.
✓ Durante o período em que o imobilizado se encontrar em curso, poderão ainda ser
acrescidos ao custo de aquisição os seguintes custos:
✓ As diferenças de câmbio provenientes dos custos relacionados com a aquisição
do bem.
✓ Os encargos financeiros provenientes de financiamentos relacionados com a
aquisição do bem, se tal for considerado adequado e se mostrar consistente.
✓ O custo de produção engloba:
✓ Os custos de materiais e serviços utilizados.
✓ Os custos com o pessoal envolvido na produção do bem.
✓ A depreciação dos activos fixos tangíveis que foram usados na produção do bem.
✓ Os gastos gerais de produção relacionados com a produção do bem, que não sejam
custos administrativos.
✓ Durante o período em que o imobilizado se encontrar em curso, poderão ainda ser
acrescidas ao custo de produção os seguintes custos:
✓ As diferenças de câmbio provenientes dos custos relacionados com a produção do
bem.
✓ Os encargos financeiros provenientes de financiamentos relacionados com a
produção do bem, se tal for considerado adequado e se mostrar consistente.
✓ Custo corrente, para bens recebidos através de doação.
✓ O custo revalorizado, de utilização opcional, tem por objectivo actualizar :
✓ O valor de reconhecimento inicial do bem para o seu justo valor (custo corrente ou
custo de realização) na data da revalorização.
✓ O justo valor pode ser deter minado usando uma das seguintes formas:
✓ Actualização do custo e respectivas amortizações acumuladas mediante a
aplicação de índices que reflictam a perda de poder aquisitivo da moeda.
✓ Avaliação, com base no valor de mercado, realizada por avaliadores qualificados
independentes.
✓ As amortizações podem ter as seguintes vertentes:
✓ Amortizações sistemáticas baseadas na vida útil dos bens, destinadas a reflectir a
perda dos benefícios económicos decorrentes do uso, da inactividade ou da
passagem do tempo.
✓ Estas amortizações são calculadas apenas para bens depreciáveis e tendo em atenção:
✓ A quantia depreciável do bem.
✓ A vida útil esperada do bem.
✓ O método mais adequado para reflectir o modelo pelo qual os benefícios económicos
deste bem sejam consumidos.

✓ Amortizações extraordinárias destinadas a reduzir o valor dos bens para o seu valor
recuperável quando haja diminuição de valor na quantia pela qual os bens se
encontram registados.
✓ Estas amortizações devem ser revertidas se cessarem os motivos que a originaram
✓ Imobilizações incorpóreas:
✓ Os critérios valorimétricos específicos a adoptar na valorimetria das imobilizações
incorpóreas são, com as necessárias adaptações, iguais aos critérios definidos para a
valorimetria das imobilizações corpóreas.
✓ Destacam-se como situações particulares as seguintes:
✓ Despesas de investigação e desenvolvimento:
✓ O período de amortização não deve exceder cinco anos.
✓ Trespasses:
✓ O período de amortização não deve exceder cinco anos, a menos que o período mais
dilatado se justifique e desde que este não exceda o período de uso útil.
✓ O método de depreciação a usar deverá ser o das quotas constantes, a menos que outro
seja mais apropriado nas circunstâncias.
✓ As amortizações extraordinárias não devem ser revertidas ainda que cessem os motivos
que as originaram
✓ Investimentos financeiros:
✓ Os investimentos financeiros devem ser valorizados aos custos de reconhecimento
inicial, líquido das correspondentes provisões ou amortizações destinadas a garantir
que o custo não excede o valor de realização.

✓ O custo, no reconhecimento inicial, pode ter as seguintes vertentes:

✓ Custo de aquisição, para a generalidade dos investimentos financeiros.

✓ O custo de aquisição engloba:


✓ O preço de compra.
✓ Os encargos de aquisição, tais como:
✓ Prémios de corretagem.
✓ Honorários.
✓ Direitos e comissões bancárias.
✓ Justo valor, para os investimentos financeiros que forem adquiridos total ou
parcialmente:
✓ Pela emissão de acções ou outros títulos.
✓ Por troca com outros activos.
✓ Podem ser efectuadas alterações ao custo, subsequentes ao reconhecimento inicial, nos
seguintes casos:
✓ Quando o preço pago pela aquisição já incluía uma parcela de juros vencidos.

✓ Neste caso, na data de recebimento dos juros, o custo de aquisição é deduzido da


quantia de juros nele incluídos.
✓ Pela imputação de diferenças de câmbio resultantes de passivos monetários
relacionados com a aquisição de tais activos.
✓ As amortizações, aplicáveis aos investimentos em imóveis, podem ter as seguintes
vertentes:
✓ Amortizações sistemáticas baseadas na vida útil dos imóveis, destinadas a reflectir a
perda dos benefícios económicos decorrentes do uso, da inactividade ou da
passagem do tempo.
✓ Estas amortizações são calculadas apenas para imóveis depreciáveis e tendo em
atenção:
✓ A quantia depreciável do imóvel.
✓ A vida útil esperada do imóvel
✓ O método mais adequado para reflectir o modelo pelo qual os benefícios
económicos deste imóvel fluam para a empresa.
✓ Amortizações extraordinárias destinadas a reduzir o valor dos imóveis para o seu valor
recuperável quando haja diminuição de valor na quantia pela qual estes se encontram
registados.
✓ Estas amortizações devem ser revertidas se cessarem os motivos que a originaram.
✓ As provisões aplicáveis aos restantes investimentos financeiros devem ser:
✓ Registadas no momento em que existam razões fundamentadas que levem a crer que
o custo excede o seu provável valor de realização.
✓ Corrigidas ou revertidas, no momento em que se alterarem ou cessarem os motivos
que as originaram.
✓ Existências
✓ As existências devem ser valorizadas ao custo ou valor realizável líquido, dos dois o
mais baixo.
✓ O custo das existências deve incluir os seguintes custos:

✓ Custos de aquisição, que engloba:


✓ O preço de compra.
✓ Direitos de importação e outros impostos (que não sejam posteriormente
recuperáveis).
✓ Custos de transporte.
✓ Custos de manuseamento.
✓ Outros custos directamente atribuíveis à compra dos bens.
✓ Os custos acima devem ser considerados líquidos de descontos comerciais,
abatimentos e outros de natureza semelhante.
✓ Custo de conversão, que engloba:

✓ Os custos com o pessoal directamente envolvido na produção.


✓ Imputação de gastos industriais fixos.
✓ Depreciação e manutenção de edifícios e de equipamentos de fábrica.
✓ Custos de gestão e administração da fábrica.
✓ Valor realizável líquido deduzido de uma margem normal de lucro.

✓ Esta técnica de medição pode ser usada nos seguintes casos:

✓ Quando a actividade da empresa revista uma ou mais das seguintes formas:

✓ Agricultura.
✓ Pecuária.
✓ Silvicultura.
✓ Pesca.
✓ Extracção.

✓ E quando a determinação dos custos de conversão acarretem custos excessivos de


apuramento.
✓ Podem ser usados como métodos de custeio os seguintes métodos:

✓ Custo de identificação específica dos custos individuais, para:

✓ Bens que não sejam ordinariamente intermutáveis.

✓ Bens ou serviços produzidos e segregados para projectos específicos.

✓ Primeiro entrado, primeiro saído (FIFO — «first in first out») ou custo médio, como
métodos preferenciais, para casos em que não possa ser usado o custo de
identificação específica.

✓ Último entrado, primeiro saído (LIFO — «last in first out»), como método alternativo.
✓ O valor realizável líquido deve ser usado quando o valor do custo não puder ser
recuperável pelo uso ou pela venda.

✓ Este facto acontece, normalmente, quando:

✓ As existências estiverem danificadas.

✓ As existências se tomarem total ou parcialmente obsoletas.

✓ Os preços de venda tiverem diminuído para um valor abaixo do custo.

✓ Os custos estimados de acabamento ou os custos estimados para fazer a venda


tiverem aumentado tornando o custo total estimado superior ao seu esperado valor
de realização.
✓ O valor realizável líquido é, em casos específicos, equivalente ao:

✓ Custo de reposição, no caso de matérias-primas e subsidiárias das quais se espera


que ao serem incorporadas no processo de produção, daí venha a resultar um custo
de produto acabado superior ao valor pelo qual este pode ser vendido.

✓ Valor de venda, no caso de sub-produtos, desperdícios, resíduos e refugos


resultantes do processo de produção, para os quais não seja prático a utilização de
outro critério.

✓ Preço de contrato, no caso de quantidades de inventários detidas para satisfazer


vendas firmes em contratos de prestação de serviços, nos quais o preço de venda
acordado seja superior ao custo.

✓ Preços gerais de venda, para as restantes existências nos casos em que o respectivo
custo for superior ao seu esperado valor de realização.
✓ Os ajustamentos para o valor realizável líquido devem ser reconhecidos através da
criação de uma provisão para depreciação de existências excepto nos casos em que o
custo tenha sido medido e reconhecido pelos seguintes critérios de reconhecimento:

✓ Método do retalho.

✓ Valor realizável líquido.

✓ Valor realizável líquido deduzido de uma margem normal de lucro.


✓ Nos casos em que a actividade da empresa tenha por objecto contratos de construção
plurienais, os produtos e trabalhos em curso no final de cada período podem ser
determinados usando um dos seguintes métodos:

✓ Percentagem de acabamento
✓ Este método só deve ser utilizado se o desfecho do contrato puder ser fiavelmente
estimado.

✓ Contrato completado
✓ Este método deverá ser utilizado apenas quando não seja possível usar o método
da percentagem de acabamento.
✓ Qualquer que seja o método utilizado, quando for provável que os custos totais
excedam os proveitos totais, o respectivo prejuízo deve ser reconhecido imediatamente
como um gasto, através da criação de uma provisão para depreciação de existências ou
para outros riscos e encargos, independentemente:

✓ Do trabalho do contrato ter ou não começado.

✓ Da fase de acabamento em que o contrato se encontra.

✓ O custo, neste tipo de contratos deve compreender:

✓ Os custos que se relacionem directamente com o contrato.

✓ Estes custos incluem:


✓ Custos de mão de obra local, incluindo os de supervisão.
✓ Custos de materiais usados.
✓ Depreciação de activos fixos tangíveis usados.
✓ Custos de movimentar os materiais e os activos fixos tangíveis de e para o local do
contrato.
✓ Custos de alugar activos fixos tangíveis.
✓ Custos de concepção e de assistência técnica que estejam directamente relacionados
com o contrato.
✓ Custos estimados de rectificar e garantir os trabalhos, incluindo custos esperados de
garantias.
✓ Reivindicações de terceiras partes.
✓ Diferenças de câmbio relacionadas com passivos monetários directamente
relacionados com os custos incorridos com à construção:
✓ Custos atribuíveis à actividade do contrato em geral e que possam ser imputados
aos contratos específicos. Estes custos incluem imputações, por métodos
sistemáticos e racionais baseados no nível normal de actividade, de: — Seguros.
✓ Custos de concepção e assistência técnica que não estejam directamente
relacionados com um contrato específico.
✓ Gastos gerais de construção, como seja por exemplo custos com a preparação e
processamento da folha de salários do pessoal.
✓ Custos de empréstimos obtidos.
✓ Custos especificamente debitáveis a cliente.
✓ Estes custos, dependendo dos termos do contrato, podem incluir alguns custos gerais
administrativos e custos de desenvolvimento cujo reembolso esteja especificado nos
termos do contrato.
✓ Custos incorridos para assegurar o contrato:
✓ Estes custos só devem ser incluídos no custo se satisfizerem as seguintes condições
✓ Puderem ser separadamente identificáveis.
✓ Puderem ser medidos fiavelmente.
✓ O contrato for firmado no me
✓ Contas a receber
✓ As contas a receber são valorizadas ao custo histórico ou ao valor de realização, dos
dois o mais baixo.
✓ O custo histórico é o valor de registo inicial eventualmente corrigido para reflectir as
seguintes situações:
✓ Os juros vencidos, relativos a dívidas que não tenham sido recebidas na data de
pagamento.
✓ Diferenças de câmbio não realizadas determinadas pela aplicação da taxa de câmbio
à data de fecho às quantias em moeda estrangeira em dívida na data de relato.
✓ O valor realizável líquido é o valor pelo qual, através de uma análise comercial, se
espera que as dívidas possam ser recebidas.
✓ Na determinação deste valor deverão ser tidos em conta os valores que se espera que
venham a ocorrer com:
✓ Eventuais descontos e créditos que tenham de ser concedidos para conseguir
cobrar as dívidas.
✓ Custos de esforço de cobrança.
✓ O ajustamento do custo histórico para o valor realizável líquido quando este for
inferior ao primeiro deverá ser reconhecido através da constituição de uma provisão
para créditos de cobrança duvidosa, a qual será ajustada ou anulada quando se
alterarem ou cessarem as razões que determinaram a sua constituição.
✓ Contas a pagar

✓ As contas a pagar são, regra geral, valorizadas ao custo histórico.


✓ Em condições excepcionais as contas a pagar são valorizadas ao valor de liquidação.
✓ O custo histórico é o valor de registo inicial, eventualmente corrigido para reflectir as
seguintes situações:
✓ Os juros vencidos, relativos a dívidas que não tenham sido pagas na data de
vencimento.
✓ Diferenças de câmbio não realizadas determinadas pela aplicação da taxa de
câmbio à taxa de fecho às quantias em moeda estrangeira em dívida na data de
relato.
✓ Contas a pagar:
✓ Sempre que, em condições excepcionais o valor de liquidação for inferior ao custo
histórico, como por exemplo no caso de ter havido uma redução ou um perdão de
dívida, o valor nominal é reduzido, de forma directa, para o seu valor de realização
através de uma das seguintes formas:
✓ Transformação em subsídio não reembolsável, a tratar de acordo com os critérios
definidos para o reconhecimento de tais subsídios, se o perdão de dívida for
concedido mediante determinadas condições que o tomem assemelhável a um
subsídio.
✓ Criação de um proveito extraordinário na Demonstração de resultados, se daí
resultar um passivo não exigível.
✓ Impostos sobre lucros a pagar
✓ Os impostos sobre lucros a pagar são valorizados ao custo corrente, determinado
pela diferença entre o:
✓ Custo histórico do imposto que deveria ser pago e o custo histórico dos
adiantamentos já efectuados.
✓ Custo histórico dos adiantamentos corresponde à quantia desembolsada
para o efeito.
✓ O custo histórico do imposto que deveria ser pago corresponde à
responsabilidade da entidade, apurada de acordo com os critérios fiscais
definidos para o seu apuramento.
✓ Asserção
✓ É uma afirmação ou asseveração, ou seja uma proposição que se adianta como
verdadeira.
✓ Uma asserção é uma proposição, positiva ou negativa, enuciada como verdadeira, ou
seja, é uma afirmação categórica.
✓ O órgão de gestão ao ser responsável pela elaboração das dfs, faz asserções,
implícitas ou explicitas, relativamente ao reconhecimento, mensuração, apresentação
e divulgação dos vários elementos das Dfs:
✓ Asserções relativas a classes de transacções e a acontecimentos ocorridos durante
o período sob auditoria:
✓ Assercções relativas a saldos de contas no final do período;
✓ Asserções relativas a apresentação e divulgação.
✓ Assercções relativas a classes de transacções e a acontecimentos ocorridos durante o
período sob auditoria

✓ Ocorrência: As transacções e os acontecimentos que estão registados ocorreram e


têm a ver com a entidade;

✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todas as transacções e acontecimentos que


deviam ter sido registados foram de facto registados;

◦ Exactidão: Quantias e outros dados relativa as transacções e acontecimentos


registados foram apropriadamente registados;
◦ Corte : Transacções e acontecimentos foram registados no período contabilístico
correcto;
◦ Classificação: Transacções e acontecimentos foram registadas nas contas
apropriadas.
✓ Assercções relativas a saldos de contas no final do período

✓ Existência: Activos, passivos e interesses no capital próprio existem;

✓ Direito e Obrigações: A entidade detém ou controla os direitos sobre os activos e os


passivos são obrigações da entidade;

✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todos os activos, passivos e interesses no


capital próprio que deviam ter sido registados foram registados;

✓ Valorização/ mensuração e imputação: Activos, passivos e interesse no capital


próprio estão incluídos nas Dfs por quantias apropriadas e quaisquer ajustamentos
resultantes da valorização ou imputação estão apropriadamente registados.
✓ Assercções relativos a apresentação e divulgação

✓ Ocorrência e direitos e obrigações: Acontecimentos, transacções e outros assuntos


divulgados ocorreram e têm a ver com a entidade;

✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todas as divulgações que deveriam ser


incluídas nas Dfs foram incluídas;

✓ Classificação e compreensibilidade: A informação financeira está apresentada e


descrita de forma apropriada e as divulgações estão claramente expressas;

✓ Exactidão e valorização/mensuração: Informações financeiras e outras estão


apropriadamente divulgadas e por quantias apropriadas.
✓ O IFAC elaborou a estrutura conceptual internacional dos trabalhos de asseguração:

✓ Um trabalho de asseguração é um trabalho no qual um profissional pretende obter


prova suficiente e apropriada a fim de expressar uma conclusão destinada a aumentar o
grau de confiança dos utilizadores, que não sejam a parte responsável, acerca do
resultado da mensuração ou da avaliação de um assunto subjacente.

✓ De acordo com o framework do IFAC existe dois tipos de trabalhos de asseguração:

✓ Trabalhos de asseguração razoável (aceitável)


✓ Cujo objectivo é a redução do risco do trabalho de asseguração a um nível baixo
aceitável nas circunstâncias do trabalho como base para uma forma positiva de
expressão da conclusão do profissional.
✓ Os trabalhos de asseguração razoável relativos a informação financeira históricas
denominam-se auditorias.
✓ A forma positiva de expressar a opinião é a seguinte:

 Opinião
 6. (k) Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima
apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira de (do/da)-----------------(b) em…..(c) e o seu desempenho
financeiro e fluxos de caixa relativos ao exercício findo naquela data, em conformidade
com os princípios contabilisticos.(OCPCA)

 Opinião
 Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma
apropriada, em todos os aspectos materiais, a (ou dão uma imagem verdadeira e
apropriada da) posição financeira da Sociedade ABC e das suas subsidiárias em 31 de
Dezembro de 20X1 e o (ou do) seu desempenho financeiro e fluxos de caixa relativos ao
exercício findo naquela data de acordo com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro.
✓ Os procedimentos relacionados com a obtenção da prova para expressar este tipo de
conclusão incluem, entre outros:
✓ (a) Procedimentos de avaliação do risco; e
✓ (b) Procedimentos de auditoria adicionais, que compreendem:
✓ (i) Testes aos controlos, quando exigidos pelas ISA ou quando o auditor decidir
aplicá-los; e
✓ Os testes aos controlos são concebidos para avaliar a eficácia operacional dos
controlos na prevenção ou na detecção e correcção de distorções materiais ao
nível de asserção. A concepção de testes aos controlos para obter prova de
auditoria relevante inclui a:
✓ Identificação das condições (características ou atributos) que indicam a
execução de um controlo e as;
✓ Condições de desvio que indicam um afastamento da execução adequada. A
presença ou ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.
✓ (ii)Procedimentos substantivos, incluindo testes de detalhe e procedimentos
analíticos substantivos.
✓ Os procedimentos substantivos são concebidos para detectar distorções materiais
ao nível de asserção. Compreendem testes de detalhe e procedimentos analíticos
substantivos. Conceber procedimentos substantivos inclui a identificação de
condições relevantes para a finalidade do teste que constituem uma distorção na
asserção relevante
✓ Trabalhos de asseguração limitada(moderada): cujo objectivo é uma redução no risco do
trabalho de asseguração a um nível que seja aceitável nas circunstâncias do trabalho,
mas onde tal risco seja maior que para um trabalho de asseguração razoável, como base
para uma forma negativa de expressão da conclusão do profissional. Os trabalhos de
asseguração limitada relativos a informação financeira histórica denominam-se revisões.

✓ O tipo de prova a obter para se poder expressar este tipo de conclusão é, portanto,
substancialmente diferente (menor) do que se referiu anteriormente, limitando-se os
auditores a realizarem procedimentos analíticos e indagações.
✓ Num trabalho de asseguração existem os seguintes 5 (cinco) elementos:

✓ Uma relação entre três partes:


✓ O profissional;
✓ A parte responsável e;
✓ Os utilizadores;

✓ Um assunto apropriado em questão;

✓ Critérios adequados;

✓ Prova suficiente e apropriada;

✓ Um relatório de asseguração escrito de forma apropriada para um trabalho de


asseguração razoável ou para um trabalho de asseguração limitada.
✓ Objecto
✓ Asserções subjacentes as Dfs
✓ Objectivo
✓ A expressão de uma opinião, por parte de um profissional competente e
independente , sobre as dfs.
✓ ISA 200:
✓ Obter uma segurança razoável sobre se as demonstrações financeiras como um
todo estão isentas de distorções materiais, seja devido a fraude ou a erro,
permitindo-lhe portanto expressar uma opinião sobre se as demonstrações
financeiras estão preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com
uma estrutura conceptual de relato financeiro aplicável;
✓ Relatar sobre as demonstrações financeiras, e comunicar conforme exigido
pelas ISAs, de acordo com as constatações.
✓ Para a realização de uma auditoria há que seguir diversos passos a que uns auditores
chamam de fases de auditoria e outros o processo de auditoria.

✓ Em cada uma das fases há que executar um conjunto ordenado, sequencial e


sistemático de procedimentos podendo os mesmos variar em função da natureza do
trabalho(auditoria, revisão limitada, etc) e, consequentemente, do tipo de segurança ou
garantia de fiabilidade proporcionada pelo auditor.
✓ A auditoria tem as seguintes fases:
✓ Aceitação ou continuação do cliente;
✓ Planeamento da Auditoria;
✓ Obtenção de prova de auditoria e realização dos testes de auditoria;
✓ Conclusão e avaliação da auditoria;
✓ Relato da auditoria.
Avaliar os antecedentes do cliente e as razões que o
levam a solicitar a auditoria

Determinar se o auditor cumpre os requisitos éticos


relativos ao cliente

Aceitação ou continuação do cliente Contactar com o auditor anterior

Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços


de auditoria devidamente assinado (Audit
engagement letter)

Seleccionar a equipa para realizar a auditoria


Avaliar os antecedentes do cliente e as razões que o levam a solicitar a auditoria
✓ De entre os vários aspectos que uma firma de auditoria deve ter em consideração no
que se refere a integridade de um cliente podemos destacar:
✓ A identidade e reputação empresarial dos seus principais sócios, gestores e
responsáveis pela sua governação;
✓ A natureza das suas operações, incluindo as suas práticas empresariais;
✓ Informações relativas à atitude das pessoas atrás referidas no que se refere à
interpretação agressiva que as mesmas fazem das normas contabilísticas e do
ambiente de controlo interno;
✓ Se o cliente está preocupado em manter os honorários da firma de auditoria tão
baixos quanto possível;
✓ Indicações de limitações não apropriadas ao âmbito da auditoria.
Avaliar os antecedentes do cliente e as razões que o levam a solicitar a auditoria

✓ Indicações de que o cliente possa estar envolvido em lavagens de dinheiro ou outras


actividades criminosas;
✓ Razões pela qual o cliente se propõe a nomear a firma de auditoria e reconduzir a
anterior;
✓ Identidade e a reputação profissional das partes relacionadas;
Avaliar os antecedentes do cliente e as razões que o levam a solicitar a auditoria

Como exemplos mais concretos das situações acabadas de referir salientamos a:


✓ Propensão da utilização da contabilidade criativa;

✓ A existência de facturas falsas de fornecedores;


✓ Vendas e serviços não contabilizados;

✓ Dívidas em mora ao estado e outros entes públicos;


✓ O pedido de realização de auditoria num prazo excessivamente curto.
Avaliar os antecedentes do cliente e as razões que o levam a solicitar a auditoria
✓ Sempre que ocorra um processo de substituição por termo de mandato ou cessação
antecipada de mandato:
✓ a) O Perito Contabilista substituto deverá contactar, por escrito, o Perito Contabilista
substituído, solicitando-lhe informações sobre a existência de motivos de ordem
profissional que aquele entenda dever comunicar-lhe. O Perito Contabilista
substituto deverá proceder de forma a dispor de prova razoável de que a sua
comunicação ao substituído é recebida por este em tempo oportuno;
✓ b) O Perito Contabilista substituído deve responder no prazo de 8 (oito) dias úteis;
✓ O Perito Contabilista substituto deverá comunicar o facto à Ordem no prazo
estabelecido em regulamento interno.
✓ Sempre que o processo de substituição ocorra antes do termo do mandato, o Perito
Contabilista substituto não poderá entregar a declaração de aceitação de funções
antes de obter resposta à informação solicitada ou de haver decorrido o prazo de 8
(oito) dias úteis, a contar da data da expedição da referida comunicação.
✓ O Perito Contabilista não deve aceitar prestar serviços a um cliente quando a recusa
de outro colega para idênticas funções se fundamentou em motivo justificado de
natureza profissional.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Integridade
✓ O princípio de integridade impõe a todos os Contabilistas e Peritos Contabilistas que
sejam correctos e honestos no seu relacionamento profissional e com as empresas,
assumam uma conduta pessoal idónea e responsável, de acordo com os princípios e
normas do presente Código e outras normas aplicáveis, abstendo-se de qualquer
conduta desprestigiante quer para o profissional quer para a profissão.
✓ Um Contabilista ou Perito Contabilista não deve ficar associado à emissão de relatórios,
declarações, comunicações, ou qualquer outra informação quando acreditar que:
✓ a) Contém uma afirmação falsa ou materialmente errónea.
✓ b) Contém informações ou declarações produzidas de forma descuidada; ou
✓ c) Omite e/ou torna obscura informação necessária quando tal omissão ou falta de
clareza forem susceptíveis de induzir em erro.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Integridade
✓ Não há violação do parágrafo anterior se, no caso de auditoria, o Perito Contabilista
emitir um relatório modificado a respeito de uma das matérias mencionadas nesse
parágrafo.
✓ A todos os Contabilistas ou Peritos Contabilistas, nos termos do que estiver plasmado
na Lei angolana, nas convenções internacionais das Nações Unidas e da União Africana,
é imposta a obrigação particular de não estar associado nem de qualquer forma
suportar ou fomentar práticas contabilísticas ligadas a actos de financiamento ao
terrorismo.
✓ De igual modo é imposta a obrigação de não estar associado nem desenhar, construir
ou desenvolver engenharias contabilísticas ou económico financeiras de apoio a
branqueamento de capitais nos termos do estabelecido em leis nacionais e
internacionais, nomeadamente a “Convenção das Nações Unidas Contra a Criminalidade
Organizada Transnacional.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Objectividade
✓ O princípio da objectividade impõe a obrigação a todos os Contabilistas e Peritos
Contabilistas de não comprometerem as suas apreciações profissionais devido a
considerações preconceituosas, conflitos de interesse e/ou a inapropriada influência de
terceiros.
✓ Um Contabilista ou Perito Contabilista pode estar exposto a situações que possam
diminuir a objectividade e por isso não deve prestar um serviço se, em alguma
circunstância ou relacionamento, tal situação distorcer ou influênciar indevidamente o
seu julgamento profissional no que se refere a prestação desse serviço.
✓ Quando prestar qualquer serviço, o Contabilista ou Perito Contabilista deve determinar
se existem ameaças ao cumprimento do principio da objectividade resultantes de haver
interesses em, ou relacionamento com, um cliente ou seus administradores, gerentes,
funcionários ou trabalhadores.
✓ A existência de ameaças à objectividade quando se presta um serviço profissional
depende das circunstâncias particulares e da natureza do trabalho que o Contabilista ou
Perito Contabilista está a executar.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Objectividade
✓ O Contabilista ou Perito Contabilista deve avaliar a importância das ameaças
identificadas e aplicar as salvaguardas apropriadas para as eliminar ou reduzir a um
nível aceitável e, se tal não for possível, deve recusar o trabalho ou renunciar ao
mandato.
✓ Exemplos de tais salvaguardas incluem:
✓ a) Sair da equipa de trabalho;
✓ b) Aplicar procedimentos de supervisão;
✓ c) Terminar o relacionamento financeiro ou comercial que dá origem à ameaça;
✓ d) Discutir a questão com responsáveis hierarquicamente superiores;
✓ e) Discutir a questão com os administradores, gestores ou gerentes da firma, órgãos
de supervisão e fiscalização.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Competência e Zelo Profissional
✓ O princípio da competência e zelo profissional impõe as seguintes obrigações aos
Contabilistas e Peritos Contabilistas:
✓ a)Manter conhecimentos e competências profissionais no nível exigido para
assegurar que os clientes recebam um serviço profissional de qualidade e de acordo
com o desenvolvimento das práticas e técnicas correntemente utilizadas; e
✓ b)Actuar com diligência de acordo com as normas técnicas e profissionais e
legislação aplicáveis quando prestarem serviços profissionais.
✓ Um serviço profissional de qualidade exige o exercício de julgamento sólido na
aplicação de conhecimentos e habilitações profissionais no desempenho de tal serviço.
A competência profissional pode ser dividida em duas fases separadas:
✓ a) Obtenção de competência profissional; e
✓ b) Manutenção da competência profissional.
✓ A manutenção da competência profissional exige uma consciência contínua e um
conhecimento dos desenvolvimentos técnicos, profissionais e dos negócios
relevantes. A formação profissional contínua proporciona e mantém as
capacidades que possibilitam o desenvolvimento e execução competentes no
ambiente profissional.
✓ Determinar se o auditor cumpre com os requisitos éticos relativamente ao cliente
✓ Competência e Zelo Profissional
✓ A diligência abrange a responsabilidade para agir de acordo com os requisitos de um
trabalho de forma cuidada, completa e em tempo útil.
✓ O Contabilista ou Perito Contabilista deve, de forma continuada e actualizada,
desenvolver e aumentar os seus conhecimentos e qualificações técnicas, bem como as
dos seus colaboradores.
✓ Sempre que necessário, o Contabilista ou Perito Contabilista deve fazer com que os
clientes, entidades empregadoras ou outros utentes dos seus serviços fiquem cientes
das limitações inerentes a esses serviços profissionais.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Confidencialidade
✓ O princípio da confidencialidade impõe a obrigação do Contabilista ou Perito
Contabilista se abster:
✓ De divulgar informação confidencial que foi adquirida em consequência de
relacionamentos profissionais ou empresariais:
✓ Sem a expressa autorização, dado por escrito, pela entidade a quem respeita a
informação;
✓ Salvo se existir um direito ou dever legal, ou profissional, de a divulgar; e
✓ De usar informação confidencial adquirida em consequência de relacionamentos
profissionais ou empresariais em sua vantagem pessoal ou em vantagem de
terceiros.
✓ Um Contabilista ou Perito Contabilista deve manter a confidencialidade mesmo em
ambiente social devendo estar alerta para a possibilidade de divulgação inadvertida,
particularmente a alguém com quem tenha um relacionamento profissional próximo ou
a um membro da sua família íntima.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Confidencialidade
✓ Um Contabilista ou Perito Contabilista deve manter confidencial a informação divulgada
por um potencial cliente ou pela entidade a quem preste serviços.
✓ Um Contabilista ou Perito Contabilista deve adoptar medidas razoáveis para assegurar
que os profissionais sob o seu controlo e as pessoas a quem foi pedido aconselhamento
ou ajuda respeitam o seu dever de confidencialidade.
✓ O dever de confidencialidade mantem-se mesmo após a cessação de funções
profissionais.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Confidenciaidade
✓ O dever de confidencialidade não se aplica quando se exija dos Contabilistas ou Peritos
contabilistas que divulguem informação confidencial ou quando considerem que tal
divulgação é apropriada em circunstâncias como as que se indicam:
✓ a) A divulgação é permitida por lei e é autorizada pelo cliente ou entidade
empregadora.
✓ b) A divulgação é exigida por lei como, por exemplo, nos seguintes casos:
✓ (i) Produção de prova ou documentos no decurso de acções legais; ou
✓ (ii) Divulgação às autoridades competentes de infracções à lei, incluindo crimes
públicos, que tenham sido identificadas; e
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Confidencialidade
✓ c) Existe um dever ou direito profissional de divulgar, quando não proibido por lei
para:
✓ (i) Dar cumprimento ao controlo de qualidade exercido pela Ordem;
✓ (ii) Dar resposta a um inquérito ou investigação da Ordem ou organismo de
supervisão;
✓ (iii) Proteger os interesses profissionais de um Contabilista ou Perito
Contabilista em acções legais; ou
✓ (iv) Cumprir normas técnicas e requisitos éticos.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Comportamento Profissional
✓ O princípio do comportamento profissional impõe ao Contabilista ou Perito Contabilista
a obrigação de cumprir as leis e regulamentos relevantes e evitar qualquer acção que
possa contribuir para o descrédito da profissão e da OCPCA.
✓ O Contabilista ou Perito Contabilista deve adoptar em todas as circunstâncias, um
comportamento profissional irrepreensível, devendo ser honesto, verdadeiro e nunca
pôr em causa o bom nome da profissão.
✓ O Contabilista ou Perito Contabilista deve tratar com respeito os seus clientes, os
colegas, a entidade empregadora e outras entidades de forma a estabelecer com todos
uma relação que, presumindo a sua boa-fé, contribua para garantir o pleno e correcto
exercício dos seus direitos e o cumprimento dos seus deveres.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ Independência
✓ A independência exige:
✓ a) Independência de espírito
✓ O estado mental que permite a expressão de uma conclusão sem ser afectado por
influências que comprometam o julgamento profissional, permitindo que um
individuo aja com integridade, e tenha objectividade e cepticismo profissional.
✓ b) Independência na aparência
✓ O evitar factos e circunstâncias que sejam tão significativos que um terceiro, tendo
conhecimento de informação relevante, incluindo as salvaguardas aplicadas,
concluísse que a integridade, a objectividade e o cepticismo profissional de uma
firma ou de um membro da equipa de garantia de fiabilidade estavam
comprometidos.
✓ O uso do termo "independência" por si só, pode criar mal entendidos.
✓ Em isolado, a palavra pode conduzir os observadores a supor que uma pessoa que
exerça julgamento profissional está isenta de relacionamentos económicos, financeiros
e outros. Isto não é assim, pois todos os membros da sociedade se relacionam uns com
os outros.
✓ Determinar se o Auditor cumpre os requisitos éticos relevantes
✓ INDEPENDÊNCIA
✓ As circunstâncias e relacionamentos específicos que criam ou podem criar ameaças à
independência.
✓ Interesses financeiros;
✓ Relações empresariais;
✓ Relacões familiares e pessoais;
✓ Quadro de um cliente que foi seu perito contabilista;
✓ Perito contabilista que foi quadro de um cliente ;
✓ Associação prolongada de peritos contabilistas ou pessoal sénior com clientes de
garantia de fiabilidade.
Contactar com o auditor anterior
✓ Sempre que ocorra um processo de substituição por termo de mandato ou cessação
antecipada de mandato:
✓ a) O Perito Contabilista substituto deverá contactar, por escrito, o Perito Contabilista
substituído, solicitando-lhe informações sobre a existência de motivos de ordem
profissional que aquele entenda dever comunicar-lhe. O Perito Contabilista
substituto deverá proceder de forma a dispor de prova razoável de que a sua
comunicação ao substituído é recebida por este em tempo oportuno;
✓ b) O Perito Contabilista substituído deve responder no prazo de 8 dias úteis;
✓ O Perito Contabilista substituto deverá comunicar o facto à Ordem no prazo
estabelecido em regulamento interno.
✓ Sempre que o processo de substituição ocorra antes do termo do mandato, o Perito
Contabilista substituto não poderá entregar a declaração de aceitação de funções
antes de obter resposta à informação solicitada ou de haver decorrido o prazo de 8
dias úteis, a contar da data da expedição da referida comunicação.
✓ O Perito Contabilista não deve aceitar prestar serviços a um cliente quando a recusa
de outro colega para idênticas funções se fundamentou em motivo justificado de
natureza profissional.
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

*** Ao representante apropriado da gerência ou dos encarregados da governação da


Sociedade ABC:

[Objectivo e âmbito da auditoria]


Solicitaram-nos que auditássemos as demonstrações financeiras da Sociedade ABC, que
compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 20X1, e a demonstração dos resultados, a
demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa
relativas ao ano findo naquela data, bem como um resumo das políticas contabilísticas
significativas e outra informação explicativa. Temos o prazer de confirmar pela presente a
nossa aceitação e o nosso entendimento deste trabalho de auditoria. A nossa auditoria será
conduzida com o objectivo de expressarmos uma opinião sobre as demonstrações
financeiras.
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

Responsabilidades do auditor]
Conduziremos a nossa auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria
(ISA). Essas normas exigem que cumpramos requisitos éticos e que planeemos e
executemos a auditoria para obter garantia razoável de fiabilidade sobre se as
demonstrações financeiras estão isentas de distorção material.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos para obter prova de auditoria acerca
das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras.
Os procedimentos seleccionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a
avaliação dos riscos de distorção material das demonstrações financeiras, devido a fraude
ou a erro.
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

Responsabilidades do auditor]
Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação dos princípios contabilísticos
usados e a razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas pela gerência, bem como a
avaliação da apresentação global das demonstrações financeiras.
Devido às limitações inerentes a uma auditoria, juntamente com as limitações inerentes ao
controlo interno, existe inevitavelmente o risco de que algumas distorções materiais
possam não ser detectadas, mesmo que a auditoria seja devidamente planeada e executada
de acordo com as ISA.
Ao fazermos as nossas avaliações de risco, tomamos em consideração o controlo interno
relevante para a preparação das demonstrações financeiras, a fim de conceber
procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, mas não com a
finalidade de expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da entidade.
Porém, comunicar-vos-emos por escrito quaisquer deficiências significativas de controlo
interno relevantes para a auditoria das demonstrações financeiras que tenhamos
identificado durante a mesma.
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

[Responsabilidades da gerência e identificação do referencial de relato financeiro aplicável


(para efeitos deste exemplo, foi assumido que o auditor não considera que a lei ou
regulamento prescrevem essas responsabilidades em termos apropriados; são por isso
usadas as descrições constantes do parágrafo 6(b) desta ISA).]
A nossa auditoria será conduzida na base de que [a gerência e, quando apropriado, os
encarregados da governação] reconhecem e compreendem que têm a responsabilidade:
✓ (a) Pela preparação e apresentação apropriadas das demonstrações financeiras de
acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro;
✓ (b) Pelo controlo interno que [a gerência] determine ser necessário para possibilitar a
preparação de demonstrações financeiras isentas de distorção material, devido a fraude
ou a erro; e
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

[Responsabilidades da gerência e identificação do referencial de relato financeiro aplicável


(para efeitos deste exemplo, foi assumido que o auditor não considera que a lei ou
regulamento prescrevem essas responsabilidades em termos apropriados; são por isso
usadas as descrições constantes do parágrafo 6(b) desta ISA).]
(c) De nos proporcionarem:
✓ (i) Acesso a toda a informação de que [a gerência] tenha conhecimento e que seja
relevante para a preparação das demonstrações financeiras, tais como registos,
documentação e outras matérias;
✓ (ii) Informações adicionais que possamos pedir à [gerência] para efeitos da auditoria;
e
✓ (iii) Acesso sem restrições a pessoas que dentro da entidade determinemos ser
necessário contactar para obter prova de auditoria. Como parte do nosso processo de
auditoria, solicitaremos [à gerência e, quando apropriado, aos encarregados da
governação], confirmação escrita respeitante a declarações que nos foram feitas
relacionadas com a auditoria. Esperamos uma total cooperação do vosso pessoal
durante a nossa auditoria
Elaborar e obter o contrato de prestação de serviços de auditoria devidamente assinado
(Audit engagement letter)

[Responsabilidades da gerência e identificação do referencial de relato financeiro aplicável


(para efeitos deste exemplo, foi assumido que o auditor não considera que a lei ou
regulamento prescrevem essas responsabilidades em termos apropriados; são por isso
usadas as descrições constantes do parágrafo 6(b) desta ISA).]
[Outras informações relevantes]
[Inserir outras informações, tais como honorários e facturação acordados e outros termos
específicos, conforme apropriado]

[Relato]
[Inserir referência apropriada à forma e conteúdo esperados do relatório do auditor.]
A forma e o conteúdo do nosso relatório poderão ter de ser alterados à luz das conclusões
da nossa auditoria. Queiram assinar e devolver a cópia anexa desta carta para indicar o
vosso reconhecimento e aceitação dos termos relativos à nossa auditoria das
demonstrações financeiras, incluindo as nossas responsabilidades respectivas. XYZ & Co.
Tomámos conhecimento e concordamos em nome da Sociedade ABC (assinado)
...................... Nome e Título Data
Seleccionar a equipa para realizar a Auditoria
✓ A profissão de auditor pode ser exercida a nível individual ou em firmas de auditoria;

✓ Pessoal administrativo

✓ Compete a realização das tarefas de tipo auxiliar e necessárias ao normal


funcionamento da firma, como sejam : facturação para clientes, conferência das
facturas dos fornecedores, pagamentos a fornecedores,pessoal,contabilidade,
tesouraria, controlos dos tempos e das despesas a repercurtir para os clientes,
telefone, correio, arquivo, distribuição, repografia, economato, etc.
✓ Competirá também ao sector administrativo manter actualizado dossiers específicos
para cada cliente:
✓ Cópia da carta de compromisso ou do contrato de prestação de serviços e
eventuais aditamentos;
✓ Relação dos responsáveis da empresa, suas funções e formas de contacto;
✓ Copia de todos os relatórios emitidos;
✓ Copia da correspondência emitida relativa a assuntos técnicos;
✓ Copia da correspondência geral emitida;
✓ Correspondência recebida;
✓ Controlo das horas de trabalho;
✓ Controlo de gastos imputáveis e não imputáveis aos clientes;
✓ Copia das facturas ou notas de honorários e recibos.
 Seleccionar a equipa para realizar a Auditoria
✓ Pessoal técnico
✓ Sócios
✓ Administração da firma é o principal contacto com os clientes sobretudo ao nível
dos seus órgãos sociais. Apenas aos sócios deve ser permitido assinar as
propostas e os contratos de prestação de serviços bem comos os relatórios e
pareceres.
✓ Compete-lhes também determinar o objectivos a tingir em cada trabalho bem
como, em linhas gerais, os procedimentos a efectuar para que tais objectivos
sejam atingidos e o controlo da qualidade do trabalho efectuado.
✓ Supervisores
✓ São os responsáveis directos perantes os sócios sob cujas directivas orientam
simultaneamente a execução de diversos trabalhos. Redigem os programas de
trabalho e acompanham, analisam e reveem a forma como os mesmos são
cumpridos.
✓ Elaboram para apreciação e aprovação pelos sócios, minutas de propostas e de
contratos de prestação de serviços, bem como dos relatórios e pareceres.
✓ Poderão ser responsabilizados por acções de formação profissional dos técnicos
menos qualificados.
✓ Quando atingirem o topo desta categoria devem ser detentores da qualificação
profissional.
Seleccionar a equipa para realizar a Auditoria
✓ Pessoal técnico

✓ Seniores
✓ São os responsáveis da equipa na realização do trabalho de campo, distribuindo,
orientando e revendo a tarefa dos assistentes;
✓ Um sénior deverá estar preparado a orientar simultanêamente mais do que uma
equipa;
✓ È o principal responsável pela FP permanente dos assistentes durante a execução
dos trabalhos.
✓ Procedem o levantamento dos procedimentos contabilísticos e das medidas de
controlo interno
✓ Colaboram com os supervisores na elaboração dos programas de trabalho e, em
trabalhos de pequena ou média dimensão, dos relatórios e dos pareceres.
Seleccionar a equipa para realizar a Auditoria
✓ Pessoal técnico

✓ Assistentes
✓ Responsáveis pela execução do trabalho de campo, sobretudo a nível da abertura
dos mapas de trabalho, inspecções físicas e documentais, preparação de pedidos
de confirmações externas, análise dos movimentos e dos saldos das contas, ,
verificações de saldos aritméticos e conciliações de saldos das contas.
✓ Estas tarefas devem ser realizadas sob orientação directa dos seniores e com base
nos programas de trabalho
✓ Em empresas de pequena dimensão os assistentes podem ser responsabilizados
por tarefas que normalmente estão a cargo dos seniores.
 Seleccionar a equipa para realizar a Auditoria

✓ O auditor deve considerar se ao longo do seu trabalho irá ter a necessidade de se


socorrer ao apoio de outros auditores ou peritos
✓ ISA 610 Utilização do trabalho dos auditores internos
✓ ISA 620 Utilização do trabalho de um perito do auditor
Obter conhecimento da actividade económica do
cliente

Avaliar o modelo de governação do cliente

Obter conhecimento dos sistemas de informação e


de controlo interno do cliente

Identificar as asserções subjacentes as dfs


Planeamento da Auditoria

Executar procedimentos analiticos iniciais

Avaliar os riscos de distorções materiais nas Dfs e


determinar a materialidade

Elaborar o memorando de planeamento e o


programa de auditoria, referindo a posição do
auditor perante aos riscos avaliados
Obter conhecimento da actividade económica do cliente
✓ ISA 315 - Identificar e avaliar os riscos de distorção material através do conhecimento
da entidade e do seu meio envolvente, refere que o objectivo do auditor é o de
“identificar e avaliar os riscos de distorção material, seja devido a fraudes ou erros, ao
nível das Dfs e das asserções através da compreensão da entidade e do seu meio
envolvente, incluindo o seu controlo interno, proporcionando deste modo uma base
para a concepção e implementação de respostas aos riscos de distorção material
avaliados.
✓ De entre os procedimentos que os auditores utilizam, destacamos:

✓ Reuniões com pessoas encarregadas da governação;


✓ Reuniões com o pessoal chave da empresa;
✓ Reuniões com os auditores internos e análises dos seus relatórios;
✓ Reuniões com os advogados e outros consultores das empresas;
✓ Leituras e publicações especializadas do respectivo sector de actividade,
✓ Visita a todas as instalações
✓ Leitura de documentos produzidos pela empresa: actas de reuniões de assembleia
geral, dos órgãos de gestão e fiscalização, relatórios e contas anuais, planos de
negócio e estratégia, manual do sistema de informação, incluindo o sistema
contabilístico, manual de politicas e procedimentos contabilísticos, manual de
controlo interno, material publicitário.
Obter conhecimento da actividade económica do cliente
Lista dos assuntos que devem ser considerados aquando do conhecimento da entidade e
do seu meio envolvente, a qual sintetizamos de seguida:
✓ Sector de actividade, regulação e outros factores externos incluindo a estrutura
conceptual de relato financeiro aplicável:
✓ Condições do sector de actividade;
✓ Ambiente regulatório;
✓ Outros factores externos que presentemente afectam os negócios da entidade.

✓ Natureza da entidade
✓ Operações empresariais;
✓ Estrutura dos detentores de capital e governação;
✓ Investimentos;
✓ Financiamento;
✓ Relato financeiro;
Obter conhecimento da actividade económica do cliente

✓ Selecção e aplicação de politicas contabilísticas pela entidade, incluindo as razões


para alterações às mesmas.
✓ O auditor deve avaliar se as políticas contabilísticas da entidade são apropriadas
para o seu negócio e;
✓ Consistentes com o referencial de relato financeiro aplicável e com as políticas
contabilísticas usadas no sector relevante. (Ref: Parágrafo A28)

Objectivos e estratégias da entidade e os respectivos riscos de negócio que possam


resultar em riscos de distorção material. (Ref: Parágrafos A29-A35)

✓ Mensuração e revisão do desempenho financeiro da entidade. (Ref: Parágrafos A36-


A41)
✓ Rácios chaves e estatísticas operacionais;
✓ Indicadores de desempenho chaves;
✓ Tendências;
✓ Utilização de previsões , orçamentos e análises de desvios.
Obter conhecimento da actividade económica do cliente

✓ ISA 250 – Consideração de Leis e regulamentos numa Auditoria às Demonstrações


financeiras, onde se refere que sempre que um auditor planeia e realiza procedimentos
de auditoria e avalia e relata os respectivos resultados, deve ter em atenção que o
incumprimento, pela empresa, de leis e de regulamentos pode afectar significativamente
as respectivas dfs. Contudo, não se pode esperar que uma auditoria detecte o
incumprimento, por parte da empresa, de todas as leis e regulamentos.
✓ É responsabilidade da gestão assegurar-se que as operações da empresa são realizadas
de acordo com leis e os regulamentos e que é também da sua responsabilidade prevenir
e detectar de incumprimentos.
✓ Embora os auditores não sejam, e não possam ser, responsáveis por impedirem
incumprimentos, o facto de se efectuar uma auditoria anual pode, contudo, servir de
dissuasor à existência dos mesmos.
Obter conhecimento da actividade económica do cliente
✓ Tipo de informações que podem chamar a atenção do auditor para o facto de poderem
ter ocorrido incumprimentos de leis ou de regulamentos. Os exemplos apresentados são
os seguintes:
✓ Inspecções efectuadas por organismos oficiais ou pagamento de multas;
✓ Pagamento de serviços não especificados ou empréstimos feitos a consultores, partes
relacionadas, empregados ou funcionários públicos.
✓ Comissões de vendas ou honorários de agentes que pareçam excessivos em relação
aos que são geralmente pagos pela entidade ou no seu sector de actividade ou face
aos serviços efectivamente recebidos.
✓ Compras a preços significativamente acima ou abaixo do preço de mercado.
✓ Pagamentos não usuais feitos em dinheiro;
✓ Compras pagas com cheques ao portador.
Obter conhecimento da actividade económica do cliente
✓ Tipo de informações que podem chamar a atenção do auditor para o facto de poderem
ter ocorrido incumprimentos de leis ou de regulamentos. Os exemplos são:
✓ Pagamentos de bens ou de serviços feitos a empresas com sede em países diferentes
daqueles dos quais são originários tais bens ou serviços;
✓ Existência de um sistema de informação que falha, seja por concepção seja por
acaso, em proporcionar uma adequada pista de auditoria ou prova suficiente;
✓ Transacções não autorizadas ou inapropriadamente registadas;
✓ Comentários adversos nos órgãos de comunicação social.
Avaliar o modelo de governação do cliente
✓ Comissão de Auditoria

✓ Departamento de AI

✓ Administrador Executivo

✓ Membro do órgão de administração com responsabilidades na gestão corrente, sem


prejuízo das atribuições globais inerentes ao seu cargo;
✓ Administrador Independente
✓ Membro do órgão de administração que exerce as suas funções com independência
nos termos da alínea r) do presente artigo;
Avaliar o modelo de governação do cliente
✓ Independência

✓ capacidade para efectuar juízos valorativos e tomar decisões correctas, objectivas e


independentes sobre as políticas e processos da Instituição Financeira sem a
influência da gestão diária e de interesses exteriores contrários aos objectivos da
Instituição Financeira, considerando-se assim, que um membro do órgão de
administração não cumpre os requisitos de independência sempre que, se verificar
alguma das seguintes situações:
✓ i. Tem ou teve, nos últimos doze meses, um cargo de administrador executivo na
Instituição;
✓ ii. Presta ou prestou, nos últimos doze meses, serviços à Instituição;
✓ iii. Detém ou representa um detentor de participação qualificada no capital da
instituição, ou participação superior a 2%, que permita, no entendimento do Banco
Nacional de Angola, exercer influência significativa na instituição;
✓ iv. Recebe uma remuneração de componente variável concedida pela Instituição;
✓ v. Desempenha funções nos órgãos sociais de outra sociedade, sem que tenha
existido processo formal de averiguação de possíveis conflitos de interesses;
Avaliar o modelo de governação do cliente
✓ Independência

✓ vi. Tem uma relação de cônjuge, descendente ou ascendente, de primeiro e segundo


grau, com pessoa abrangida por, pelo menos, uma das situações previstas nos incisos
de i a v da presente alínea; e,
✓ vii. Se encontra abrangido por, pelo menos, uma das situações referidas nos incisos i, iv
e vi, numa sociedade que se encontre em relação de domínio ou de grupo com aquela
em que é membro do órgão de administração.
Avaliar o modelo de governação do cliente
✓ Administrador Não Executivo: membro do órgão de administração, que deve participar
no processo de tomada de decisões estratégicas, aconselhar, fiscalizar e avaliar a
actividade dos administradores executivos, sem prejuízo das atribuições globais
inerentes ao seu cargo;
✓ Órgão de Administração: pessoa ou conjunto de pessoas, eleitas pelos accionistas,
incumbidos de representar a sociedade, deliberar sobre todos os assuntos e praticar
todos os actos para realização do seu objecto social;
✓ Pelouro: atribuição de funções específicas ou da superintendência de unidades
organizacionais, a um membro do órgão de administração, sem prejuízo das
responsabilidades acometidas ao órgão de administração;
✓ Comité de Auditoria: unidade responsável pela fiscalização do desempenho do auditor
externo da Instituição Financeira
Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente

Um ambiente de sistemas de informação pode afectar:


✓ Os procedimentos seguidos pelo auditor aquando da obtenção da compreensão dos
sistema contabilístico e de controlo interno;
✓ A consideração do risco inerente e do risco de controlo através dos quais o auditor
chega a determinação do risco de auditoria;
✓ A concepção e realização pelo auditor, dos testes aos controlos e dos procedimentos
substantivos apropriados para atingir os objectivos de auditoria
✓ Na década de ssessenta, os auditores não consideravam necessário acompanhar os
sistemas de informação contabilística e de gestão a nível do próprio computador,
limitando-se apenas a utilização de procedimentos de auditoria ao redor do
computador. O auditor testava a entrada e saída de dados de forma externa ao
equipamento sem necessidade de conhecer as técnicas de processamento electrónico de
dados.
Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente

✓ Desde a década de setenta, deu-se origem a procedimentos de auditoria através do


computador, o que obrigou alguns auditores a especializarem-se em auditoria por
sistemas de informação, a qual se dirige ao CI e as rotinas de informação contabilística e
de gestão ao nível operacional. Destacando-se no CI a segurança física e privacidade.
✓ As rotinas de informação contabilística facultam informações que se destinam a
elaboração de dfs, contabilidade financeira e de custos, facturação, contas correntes,
clientes fornecedores, inventario permanente, salários, activos fixos e depreciações.
Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente

✓ CI
✓ Compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas adoptados numa
entidade para:
✓ (a) Salvaguarda dos seus activos;
✓ (b) Verificar a exactidão e fidedignidade dos seus dados contabilísticos
✓ © Promover a eficácia operacional e
✓ (d) Encorajar o cumprimento das politicas prescritas pelos gestores.
✓ É o processo concebido, implementado e mantido pelos responsáveis da governação,
pela gestão e outro pessoal, para proporcionar uma segurança razoável acerca da
consecução dos objectivos de uma entidade com vista a :
✓ Credibilidade do relato financeiro;
✓ Eficácia e eficiência das operações e
✓ Cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis. (ISA 315)
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Ambiente de Controlo
✓ O ambiente de controlo compreende os seguintes elementos:
✓ (a) Comunicação e imposição de integridade e de valores éticos.
✓ A eficácia dos controlos não se pode sobrepor à integridade e valores éticos das
pessoas que os criam, administram e monitorizam. A integridade e o comportamento
ético são produto dos padrões éticos e de comportamento da entidade, da forma como
são comunicados e de como se lhes dá força na prática.
✓ A imposição de integridade e valores éticos inclui, por exemplo, as acções da gerência
para eliminar ou atenuar os incentivos ou tentações que possam levar o pessoal a
empreender acções desonestas, ilegais ou que não sejam éticas.
✓ A comunicação das políticas da entidade relativas à integridade e valores éticos pode
incluir a comunicação de padrões de comportamento ao pessoal através de políticas e
códigos de conduta e através do exemplo.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Ambiente de Controlo
✓ (b) Compromisso com a competência.
✓ A competência compreende o conhecimento e as qualidades necessárias para dar
cumprimento às tarefas que definem o trabalho do indivíduo.
✓ (c) Participação dos encarregados da governação.
✓ A sensibilização de uma entidade para o controlo é influenciada significativamente
pelos encarregados da governação. A importância das responsabilidades dos
encarregados da governação é reconhecida em códigos de práticas e outras leis e
regulamentos ou orientações produzidos para o benefício dos próprios encarregados
da governação. Outras responsabilidades dos encarregados da governação incluem a
supervisão da concepção e do funcionamento eficaz de procedimentos de denúncia e
o processo de revisão da eficácia do controlo interno da entidade.
✓ (d) Filosofia e estilo de actuação da gerência.
✓ A filosofia e o estilo de actuação da gerência compreendem uma grande variedade de
características. Por exemplo, as atitudes e acções da gerência em relação ao relato
financeiro podem manifestar-se através de uma selecção conservadora ou agressiva
de princípios contabilísticos alternativos existentes ou através da consciência e
conservadorismo com que são desenvolvidas as estimativas contabilísticas.

✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Ambiente de Controlo
✓ (e) Estrutura organizacional.
✓ Estabelecer uma estrutura organizacional relevante implica considerar as principais
áreas de autoridade e de responsabilidade e linhas apropriadas de relato. A
adequação da estrutura organizacional de uma entidade depende, em parte, da sua
dimensão e da natureza das suas actividades.
✓ (f) Atribuição de autoridade e de responsabilidade.
✓ A atribuição de autoridade e de responsabilidade pode incluir políticas relativas a
práticas de negócio apropriadas, aos conhecimentos e experiência do pessoal-chave
e aos recursos proporcionados para o cumprimento das diferentes funções. Além
disso, pode incluir políticas e comunicações com vista a assegurar que todo o pessoal
entende os objectivos da entidade, sabe como as suas acções individuais se inter-
relacionam e contribuem para esses objectivos e reconhece como e por quê serão
responsabilizados.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Processo da Entidade para Avaliação do Risco
✓ Para efeitos de relato financeiro, o processo da entidade para avaliação do risco inclui a:
✓ Forma como a gerência identifica os riscos de negócio relevantes para a preparação
de demonstrações financeiras de acordo com o referencial de relato financeiro
aplicável,
✓ Estima a sua importância,
✓ Avalia a probabilidade da sua ocorrência e
✓ Decide sobre as medidas de resposta e gestão desses riscos,
✓ bem como os respectivos resultados.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Processo da Entidade para Avaliação do Risco
✓ Por exemplo, o processo da entidade para avaliação do risco pode abordar a forma
como esta prevê a :
✓ Possibilidade de existirem transacções não registadas ou
✓ Identifica e analisa estimativas significativas registadas nas demonstrações
financeiras.
✓ Os riscos relevantes para um relato financeiro fiável incluem acontecimentos externos e
internos, transacções ou circunstâncias que possam ocorrer e que afectem
adversamente a capacidade da entidade para iniciar, registar, processar e relatar
informação financeira consistente com as asserções da gerência nas demonstrações
financeiras. A gerência pode lançar planos, programas ou medidas para abordar riscos
específicos, ou pode decidir aceitar um determinado risco por razões de custo ou outras
considerações.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Processo da Entidade para Avaliação do Risco
✓ Os riscos podem surgir ou alterar-se devido a circunstâncias como:
✓ Alterações no ambiente operacional.
✓ Alterações no ambiente regulador ou operacional podem resultar em alterações das
pressões competitivas e em riscos significativamente diferentes.
✓ Novo pessoal.
✓ O novo pessoal pode ter uma visão ou um entendimento diferentes do controlo
interno.
✓ Sistemas de informação novos ou reformulados.
✓ Alterações significativas e rápidas dos sistemas de informação podem alterar o risco
relativo ao controlo interno.
✓ Crescimento rápido
✓ A expansão significativa e rápida das operações pode afectar os controlos e aumentar
o risco de falhas nos controlos.
✓ Nova tecnologia
✓ A incorporação de novas tecnologias nos processos de produção ou nos sistemas de
informação pode alterar o risco associado ao controlo interno.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Processo da Entidade para Avaliação do Risco
✓ Novos modelos de negócio, produtos ou actividades.
✓ A entrada da entidade em novas áreas de negócio ou transacções relativamente às
quais a entidade tem pouca experiência pode introduzir novos riscos associados ao
controlo interno.
✓ Reestruturações empresariais.
✓ As reestruturações podem ser acompanhadas por reduções de pessoal e alterações
na supervisão e segregação de funções, que podem alterar o risco associado ao
controlo interno.
✓ Expansão de operações no estrangeiro.
✓ A expansão ou aquisição de unidades operacionais no estrangeiro traz consigo novos
riscos e, muitas vezes, riscos específicos que podem afectar o controlo interno, como
por exemplo riscos adicionais ou alterados decorrentes das transacções em moeda
estrangeira.
✓ Novas directrizes contabilísticas.
✓ A adopção de novos princípios contabilísticos ou a alteração de princípios
contabilísticos existentes pode afectar os riscos na preparação de demonstrações
financeiras
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Sistema de Informação Relevante para o Relato Financeiro, Incluindo os Respectivos
Processos de Negócio, e Comunicação
✓ Um sistema de informação é composto pela infra-estrutura (componentes físico e de
hardware) e software e por pessoas, procedimentos e dados.
✓ Muitos sistemas de informação fazem uso extensivo de tecnologias de informação (TI).
✓ O sistema de informação relevante para os objectivos de relato financeiro, que inclui o
sistema de relato financeiro, abrange métodos e registos que:
✓ Identificam e registam todas as transacções válidas.
✓ Descrevem em tempo oportuno as transacções com suficiente detalhe para permitir
uma classificação apropriada das transacções para efeitos do relato financeiro.
✓ Mensuram o valor das transacções de uma forma que permite registar o seu valor
monetário apropriado nas demonstrações financeiras.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CI
✓ Sistema de Informação Relevante para o Relato Financeiro, Incluindo os Respectivos
Processos de Negócio, e Comunicação
✓ Determinam o período em que ocorreram as transacções, a fim de permitir o seu
registo no período contabilístico apropriado.
✓ Apresentam apropriadamente as transacções e as respectivas divulgações nas
demonstrações financeiras.
✓ A qualidade da informação gerada pelo sistema afecta a capacidade da gerência para
tomar decisões apropriadas na gestão e controlo das actividades da entidade e para
preparar relatórios financeiros fiáveis.
✓ A comunicação, que inclui proporcionar um conhecimento das funções e
responsabilidades individuais respeitantes ao controlo interno do relato financeiro, pode
assumir a forma de manuais de políticas, manuais de contabilidade e de relato
financeiro e memorandos. A comunicação pode ainda ser feita electronicamente,
verbalmente ou através de acções da gerência.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CII
✓ Actividades de Controlo
✓ Em geral, as actividades de controlo que podem ser relevantes para uma auditoria
podem ser classificadas como políticas e procedimentos que respeitam a:
✓ Revisões de desempenho.
✓ Estas actividades de controlo incluem:
✓ Revisões e análises do desempenho real face a orçamentos,
✓ Previsões e ao desempenho do período anterior;
✓ A conjugação de diferentes conjuntos de informação – operacional ou financeira –
juntamente com análises das relações existentes e com medidas de investigação e de
correcção;
✓ A comparação da informação interna com fontes externas;
✓ A revisão do desempenho da função ou actividade.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CII
✓ Actividades de Controlo
✓ Processamento da informação.
✓ Os dois grandes grupos de actividades de controlo dos sistemas de informação são os:
✓ Controlos aplicacionais, que se aplicam ao processamento de aplicações informáticas
individuais, e os
✓ Verificação da correcção aritmética dos registos;
✓ A manutenção e revisão de contas e balancetes;
✓ Os controlos automáticos, como verificações de dados introduzidos e verificações de
sequências numéricas, e o acompanhamento manual de relatórios de excepção
✓ Controlos informáticos gerais, que são políticas e procedimentos que se relacionam com
muitas aplicações e apoiam o funcionamento eficaz dos controlos aplicacionais,
contribuindo para assegurar o funcionamento apropriado e contínuo dos sistemas de
informação.
✓ .
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CII
✓ Monitorização de Controlos
✓ Uma responsabilidade importante da gerência é a de estabelecer e manter o controlo
interno numa base permanente.
✓ A monitorização dos controlos pela gerência inclui considerar se estes:
✓ Estão a operar como pretendido e se
✓ São modificados de forma apropriada quando as condições se alteram.
✓ A monitorização de controlos pode incluir actividades como a.
✓ Verificação pela gerência de que as reconciliações bancárias estão a ser preparadas
em tempo oportuno;
✓ A avaliação pelos auditores internos do cumprimento pelo pessoal de vendas das
políticas da entidade relativas aos termos dos contratos de vendas;
✓ Supervisão pelo departamento jurídico do cumprimento das políticas da entidade em
termos de ética e de práticas de negócio.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CII
✓ Actividades de Controlo
✓ Monitorização de Controlos
✓ A monitorização é também efectuada para assegurar que os controlos continuem a
operar de forma eficaz ao longo do tempo.
✓ Por exemplo, se a frequência e o rigor das reconciliações bancárias não forem
monitorizados, é provável que o pessoal deixe de as preparar.
✓ Os auditores internos ou o pessoal que executa funções semelhantes podem contribuir
para a monitorização dos controlos de uma entidade por meio de avaliações separadas.
Geralmente, proporcionam com regularidade informação sobre o funcionamento do
controlo interno, dando considerável atenção à avaliação da sua eficácia e comunicando
informação sobre os pontos fortes e as deficiências no controlo interno e
recomendações para a sua melhoria.
✓ Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
✓ Componentes do CII
✓ Actividades de Controlo
✓ Monitorização de Controlos
✓ As actividades de monitorização podem incluir o uso de informação proveniente de
comunicações de entidades externas que possa indicar problemas ou evidenciar áreas
que necessitam de melhoria.
✓ Os clientes corroboram de forma implícita a facturação ao:
✓ Procederem ao pagamento das facturas ou ao
✓ Reclamar quanto aos débitos que lhes foram efectuados.
✓ Adicionalmente, os reguladores podem comunicar com a entidade em relação a matérias
que afectam o funcionamento do controlo interno, como por exemplo comunicações
respeitantes a inspecções efectuadas por agências reguladoras do sector bancário.
Igualmente, ao executar actividades de monitorização, a gerência pode considerar as
comunicações dos auditores externos relativas ao controlo interno
Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
Formas de recolher e de registar o sistema contabilístico e de CI
✓ Para o levantamento do sistema contabilístico e de controlo interno deverão começar
por analisar:
✓ Organigrama;
✓ Manual de descrição de funções;
✓ Os manuais de politicas e procedimentos contabilísticos e das medidas de CI;
✓ Quaisquer outras informações (ordens de serviços, comunicações internas, etc) que
de algum modo relacionem com os aspectos de CI administrativo e do controlo
contabilístico.

✓ Deverá completar as leitura que faz com:


✓ Entrevistas com os responsáveis das diversas secções e, quando julgado necessário,
com os próprios executantes das tarefas;
✓ Observação da forma como as tarefas são executadas e como a documentação é
tratada.
Obter conhecimento dos sistemas de informação e de controlo interno do cliente
Formas de recolher e de registar o sistema contabilístico e de CI
✓ Questionários padronizados

✓ Narrativas

✓ Fluxogramas

✓ Mista
Identificar as asserções subjacentes as Dfs:
✓ Asserções relativas a classes de transacções e a acontecimentos ocorridos durante o
período sob auditoria:

✓ Ocorrência: As transacções e os acontecimentos que estão registados ocorreram e


têm a ver com a entidade;
✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todas as transacções e acontecimentos que
deviam ter sido registados foram de facto registados;
✓ Exactidão: Quantias e outros dados relativa as transacções e acontecimentos
registados foram apropriadamente registados;
✓ Corte : Transacções e acontecimentos foram registados no período contabilístico
correcto;
✓ Classificação: Transacções e acontecimentos foram registadas nas contas
apropriadas.
✓ Identificar as asserções subjacentes as Dfs:
✓ Assercções relativas a saldos de contas no final do período

✓ Existência: Activos, passivos e interesses no capital próprio existem;


✓ Direito e Obrigações: A entidade detém ou controla os direitos sobre os activos e os
passivos são obrigações da entidade;
✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todos os activos, passivos e interesses no
capital próprio que deviam ter sido registados foram registados;
✓ Valorização/ mensuração e imputação: Activos, passivos e interesse no capital
próprio estão incluídos nas Dfs por quantias apropriadas e quaisquer ajustamentos
resultantes da valorização ou imputação estão apropriadamente registados.
✓ Identificar as asserções subjacentes as dfs:
✓ Assercções relativos a apresentação e divulgação

✓ Ocorrência e direitos e obrigações: Acontecimentos, transacções e outros assuntos


divulgados ocorreram e têm a ver com a entidade;

✓ Plenitude, integralidade ou totalidade: Todas as divulgações que deveriam ser


incluídas nas Dfs foram incluídas;

✓ Classificação e compreensibilidade: A informação financeira está apresentada e


descrita de forma apropriada e as divulgações estão claramente expressas;

✓ Exactidão e valorização/mensuração: Informações financeiras e outras estão


apropriadamente divulgadas e por quantias apropriadas.
Efectuar procedimentos analíticos iniciais
✓ Os procedimentos analíticos incluem tomar em consideração a comparação da
informação financeira da entidade com:
✓ A informação comparável de períodos anteriores (real ano n versus real n-1);
✓ Os resultados previstos pela entidades tais como orçamentos e previsões( real ano n
versus previsão no ano n-1 para o ano n);
✓ Informações similares do mesmo sector, tais como comparações de rácios com a
média do sector ou com outras entidades de dimensão comparável.
✓ Avaliar os riscos de distorções materiais nas dfs e determinar a materialidade
✓ Risco de distorção material: Risco que as demonstrações financeiras estejam
materialmente distorcidas antes da auditoria. Compreende o risco inerente e risco de
controlo.
✓ Risco inerente: é a susceptibilidade de que uma asserção possa estar materialmente
distorcida, individualmente ou quando agregada com outras distorções, antes de se
tomar em consideração quaisquer controlos relacionados
✓ Risco de controlo: é o risco de que uma distorção, que possa ocorrer numa asserção
e que possa ser material, individualmente ou quando agregada com outras
distorções, não seja evitada ou detectada e corrigida tempestivamente pelo CI da
entidade.
Avaliar os riscos de distorções materiais nas dfs e determinar a materialidade

Condições e acontecimentos que podem indicar a existência de riscos de distorção


material:
✓ Operações em regiões economicamente instáveis, como por exemplo países com
desvalorização monetária significativa ou economias com altas taxas de inflação.
✓ Operações expostas a mercados voláteis, como por exemplo negociação de futuros.
✓ Operações sujeitas a um elevado grau de regulação complexa.

✓ Aspectos relacionados com a continuidade e liquidez, incluindo a perda de clientes


significativos.
✓ Limitações na disponibilidade de capital e crédito.

✓ Alterações no sector de actividade em que a entidade opera.


✓ Alterações na cadeia de fornecimento.

✓ Desenvolvimento ou oferta de novos produtos ou serviços ou orientação para novas


linhas de negócio.
Avaliar os riscos de distorções materiais nas dfs e determinar a materialidade
✓ Expansão para novas localizações.

✓ Alterações na entidade, tais como grandes aquisições ou reorganizações, ou outros


acontecimentos não usuais.
✓ Entidades ou segmentos de negócio que irão provavelmente ser vendidos.

✓ Existência de alianças e empreendimentos conjuntos complexos.


✓ Uso de financiamento fora do balanço, de entidades com finalidade especial e de outros
mecanismos complexos de financiamento.
✓ Transacções significativas com partes relacionadas.
✓ Falta de pessoal com habilitações apropriadas ao nível da contabilidade e do relato
financeiro.
✓ Alterações no pessoal chave, incluindo a saída de executivos chave.

✓ Deficiências no controlo interno, especialmente as não abordadas pela gerência.


Avaliar os riscos de distorções materiais nas dfs e determinar a materialidade

✓ Inconsistências entre a estratégia de tecnologias de informação da entidade e as suas


estratégias de negócio.
✓ Alterações no ambiente informático.
✓ Instalação de novos sistemas significativos de tecnologias de informação relacionados
com o relato financeiro.
✓ Verificação das operações ou dos resultados financeiros da entidade por organismos
reguladores ou governamentais.
✓ Distorções anteriores, historial de erros ou um volume significativo de ajustamentos no
final do período.
✓ Volume significativo de transacções não rotineiras ou não sistemáticas, incluindo
transacções com sociedades relacionadas e grandes transacções geradoras de rédito no
final do período.
✓ Avaliar os riscos de distorções materiais nas dfs e determinar a materialidade
✓ Volume significativo de transacções não rotineiras ou não sistemáticas, incluindo
transacções com sociedades relacionadas e grandes transacções geradoras de rédito no
final do período.
✓ Transacções registadas com base nas intenções da gerência, por exemplo em relação ao
refinanciamento da dívida, a activos para venda e à classificação de títulos negociáveis.
✓ Aplicação de novas directrizes contabilísticas.
✓ Mensurações contabilísticas que envolvam processos complexos.
✓ Acontecimentos ou transacções que envolvam incerteza significativa de mensuração,
incluindo estimativas contabilísticas.
✓ Litígios em curso e passivos contingentes, por exemplo concessão garantias em
vendas, garantias financeiras e recuperação ambiental
Testes aos controlos

Testes de detalhes de transações e saldos

Obtenção de prova de auditoria e realização dos testes de


auditoria Procedimentos analiticos substantivos

Obter confirmações escritas dos advogados

Obter declaração do orgao de gestão (representation


lettter)
Identificar acontecimentos subsequentes

Determinar quais os ajustamentos e reclassificações


que devem ser incluidos nas Dfs
Conclusão e avaliação da auditoria

Apreciar a forma como estão apresentadas as dfs

Efectuar o controlo de qualidade da auditoria


Relatório de auditoria

Elaborar relatorio adicional de auditoria EIP


Relato da auditoria

Elaborar relatório de conclusões e recomendações


de auditoria( management lettter)
✓ 200–299 PRINCÍPIOS E RESPONSABILIDADE GERAIS
✓ ISA 200, Objectivos Gerais do Auditor Independente e Condução de uma Auditoria de
Acordo com as Normas Internacionais de Auditoria
✓ ISA 210, Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria
✓ ISA 220, Controlo de Qualidade para uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
✓ ISA 230, Documentação de Auditoria
✓ ISA 240, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude numa Auditoria de
Demonstrações Financeiras
✓ ISA 250, Consideração de Leis e Regulamentos numa Auditoria de Demonstrações
Financeiras
✓ ISA 260, Comunicação com os Encarregados da Governação
✓ ISA 265, Comunicar Deficiências no Controlo Interno aos Encarregados da Governação e
à Gerência
✓ 300–499 AVALIAÇÃO DO RISCO E RESPOSTA AOS RISCOS AVALIADOS
✓ ISA 300, Planear uma Auditoria de Demonstrações Financeiras
✓ ISA 315, Identificar e Avaliar os Riscos de Distorção Material Através do Conhecimento
da Entidade e do Seu Ambiente
✓ ISA 320, A Materialidade no Planeamento e na Execução de uma Auditoria
✓ ISA 330, As Respostas do Auditor a Riscos Avaliados
✓ ISA 402, Considerações de Auditoria Relativas a uma Entidade que Utiliza uma
Organização de Serviços
✓ ISA 450, Avaliação de Distorções Identificadas durante a Auditoria
500–599 PROVA DE AUDITORIA
ISA 500, Prova de Auditoria
ISA 501, Prova de Auditoria— Considerações Especificas para Itens Seleccionados
ISA 505, Confirmações Externas
ISA 510, Trabalhos de Auditoria Iniciais—Saldos de Abertura
ISA 520, Procedimentos Analíticos
ISA 530, Amostragem de Auditoria
ISA 540, Auditar Estimativas Contabilísticas, Incluindo Estimativas Contabilísticas de Justo
Valor e Respectivas Divulgações ISA 550, Partes Relacionadas
ISA 560, Acontecimentos Subsequentes
ISA 570, Continuidade
ISA 580, Declarações Escritas
600–699 USAR O TRABALHO DE TERCEIROS
ISA 600, Considerações Especiais— Auditorias de Demonstrações Financeiras de
Grupos(Incluindo o Trabalho dos Auditores de Componente)
ISA 610, Usar o Trabalho de Auditores Internos .
ISA 620, Usar o Trabalho de um Perito do Auditor
700–799 CONCLUSÕES DE AUDITORIA E RELATO

ISA 700, Formar uma Opinião e Relatar sobre Demonstrações Financeiras


ISA 705, Modificações à Opinião no Relatório do Auditor Independente
ISA 706, Parágrafos de Ênfase e Parágrafos de Outras Matérias no Relatório do Auditor
Independente
ISA 710, Informação Comparativa— Números Correspondentes e Demonstrações
Financeiras Comparativas
ISA 720, As Responsabilidades do Auditor Relativas a Outra Informação Em Documentos
que Contenham Demonstrações Financeiras Auditadas

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