Você está na página 1de 49

Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15


Professor Marcelo Seco

1 – CPC 30 Receitas CFC 1412/12

1.1 - Objetivo e Alcance

As receitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os


ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias da entidade e é
designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros,
dividendos e royalties. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o
tratamento contábil de receitas provenientes de certos tipos de transações e
eventos.

A questão primordial na contabilização da receita é determinar quando


reconhecê-la. A receita deve ser reconhecida quando for provável que
benefícios econômicos futuros fluam para a entidade e esses benefícios
possam ser confiavelmente mensurados. Alcance

Aplicação

Este Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização da receita


proveniente de:

 venda de bens;
 prestação de serviços; e
 utilização, por parte de terceiros, de outros ativos da entidade que
geram juros, royalties e dividendos.
 juros – encargos pela utilização de caixa e equivalentes de caixa ou de
quantias devidas à entidade;
 royalties – encargos pela utilização de ativos de longo prazo da entidade,
como, por exemplo, patentes, marcas, direitos autorais e software de
computadores; e
 dividendos – distribuição de lucros a detentores de instrumentos
patrimoniais na proporção das suas participações em uma classe
particular do capital.

O termo “bens” inclui bens produzidos pela entidade com a finalidade de


venda e bens comprados para revenda.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 5


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Não aplicação

Este Pronunciamento não trata das receitas provenientes de:

 contratos de arrendamento mercantil;


 dividendos provenientes de investimentos que sejam contabilizados pelo
método da equivalência patrimonial;
 contratos de seguro;
 alterações no valor justo de ativos e passivos financeiros, ou da sua
alienação;
 alterações no valor de outros ativos circulantes;
 reconhecimento inicial e alterações no valor justo de ativos biológicos,
relacionados com a atividade agrícola;
 reconhecimento inicial de produtos agrícolas; e
 extração de recursos minerais.
 contratos de construção.

1.2 - Receita

É o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período


observado no curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no
aumento do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio
líquido relacionados às contribuições dos proprietários.

As quantias cobradas por conta de terceiros bem como as oriundas da relação


de agenciamento (agente – principal) arrecadadas pela entidade, em nome
do principal, não resultam em aumentos do PL da entidade e, portanto, não
são receitas. Já a comissão combinada entre as partes contratantes é
receita.

A conciliação entre os valores registrados para finalidades fiscais e os


evidenciados como receita para fins de divulgação, será evidenciada em nota
explicativa.

1.2.1 - Receita no CPC 00

 Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o


período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do
aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 6


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

Da mesma forma com o que ocorre com ativo e passivo, itens de receita e
despesa devem ser agrupados em classes, de acordo com sua origem e outros
fatores. Também vale aqui o alerta de que as características que identificam a
essência de uma receita ou despesa não devem ser confundidas com os
critérios para o seu reconhecimento. Veremos isso ainda nessa aula.

A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto


ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais da entidade. Os
ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e
podem ou não surgir no curso das atividades usuais.

Não se preocupem por hora em separar receita e ganho. Basta saber que essa
diferenciação existe.

Vamos a alguns exemplos apenas para ilustrar:

 Receita de Vendas
 Receita de Juros
 Receita de Aplicações Financeiras
 Ganho na Venda de Imobilizado
 Ganho por Desconto no Pagamento de um Passivo

Em regra, os ganhos são reportados líquidos das respectivas despesas.

Exemplo:

A entidade vende uma máquina com ganho de 100,00, porém gasta 20,00
para removê-la do local. Vai reconhecer apenas um ganho de 80,00, e não
uma receita de 100,00 e um despesa de 20,00.

Atenção, isso é apenas a regra geral. Se uma assertiva disser que os


ganhos são reportados líquidos das respectivas despesas, ela está correta. Mas
não esqueçam que na contabilidade cada caso deve ser analisado à luz de seus
regramentos específicos, e isso deve ser levado em conta na resolução de
questões.

Uma receita pode ser resultado do aumento de um ativo, como a entrada


no caixa pelo pagamento de uma venda efetuada, ou da diminuição de um
passivo, como o cancelamento de uma dívida, por exemplo.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 7


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Receitas não realizadas também devem ser reconhecidas, e são


apresentadas separadamente nas demonstrações. Receitas não realizadas são
estudadas em nosso curso de contabilidade. São aquelas que já atenderam aos
critérios para reconhecimento, mas ainda não se converteram em entrada de
fluxo de caixa.

Reconhecimento de receitas

A receita deve ser reconhecida na demonstração do


resultado quando resultar em aumento nos benefícios
econômicos relacionado com aumento de ativo ou com
diminuição de passivo, e puder ser mensurada com
confiabilidade.

O reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento


do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos (contrapartida do
lançamento), e só deve ser efetuado se houver suficiente grau de certeza de
que a receita tenha sido ganha.

1.3 - Mensuração da receita

A receita deve ser mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida


ou a receber.

O montante da receita proveniente de uma transação é geralmente


estabelecido entre a entidade e o comprador ou usuário do ativo. É
mensurado pelo valor justo da contraprestação recebida, ou a receber,
deduzida de quaisquer descontos comerciais ou bonificações concedidos pela
entidade ao comprador. Se houver juros embutidos em uma receita a
receber, seu valor deve ser descontado.

A diferença entre o valor justo e o valor nominal da contraprestação deve ser


reconhecida como receita de juros.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 8


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Troca de bens ou serviços de natureza e valor similares


não é considerada receita.

Quando os bens ou serviços forem objeto de troca ou de permuta, por bens


ou serviços que sejam de natureza e valor similares, a troca não é vista como
uma transação que gera receita.

1.3.1 - Identificação da transação

Se o preço da venda de um produto inclui valores identificáveis,


correspondentes a serviços a serem executados posteriormente, esses
valores devem ser diferidos e reconhecidos como receita durante o período
em que o serviço vier a ser executado.

Um exemplo disso é o caso de uma máquina vendida juntamente com o


serviço de manutenção preventiva a ser executado durante o primeiro ano. O
vendedor só vai reconhecer o serviço à medida que ele for executado.

1.4 - Venda de bens

A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem


satisfeitas todas as seguintes condições:

 a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios


mais significativos inerentes à propriedade dos bens;
 a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos em grau normalmente associado à propriedade e tampouco
efetivo controle sobre tais bens;
 o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade;
 for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão
para a entidade; e
 as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação,
possam ser mensuradas com confiabilidade.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 9


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

A transferência dos riscos e benefícios da propriedade pode ocorrer em


momento diferente da transferência da titularidade legal ou da transferência
da posse do ativo.

Se a entidade retiver riscos significativos da propriedade, a transação não


é uma venda e a receita não pode ser reconhecida. A retenção de risco
significativo inerente à propriedade pode ocorrer de várias formas. Exemplos
de situações em que a entidade pode reter riscos e os benefícios significativos
da propriedade são:

 quando a entidade vendedora retém uma obrigação em decorrência de


desempenho insatisfatório que não esteja coberto por cláusulas normais
de garantia;
 nos casos em que o recebimento da receita de uma venda em particular
é contingente, pois depende da venda dos bens pelo comprador (genuína
consignação);
 quando os bens expedidos estão sujeitos à instalação, sendo esta uma
parte significativa do contrato e ainda não tenha sido completada pela
entidade; e
 quando o comprador tem o direito de rescindir a compra por uma razão
especificada no contrato de venda e a entidade vendedora não está certa
da probabilidade de devolução.

Se a entidade retiver somente um risco insignificante inerente à


propriedade, a transação é uma venda e a receita deve ser reconhecida.

A receita só deve ser reconhecida quando for provável que os benefícios


econômicos associados à transação fluirão para a entidade. Em alguns casos
específicos isso só pode ser determinado quando do recebimento ou quando a
incerteza for removida.

A receita e as despesas relacionadas à mesma transação ou a outro evento


devem ser reconhecidas simultaneamente; esse processo está vinculado ao
princípio da confrontação das despesas com as receitas (regime de
competência).

Quando as despesas relacionadas a uma receita não puderem ser


mensuradas com confiabilidade, a receita não pode ser reconhecida. Em

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 10


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

tais circunstâncias, quaisquer contraprestações já recebidas pela venda


dos bens devem ser reconhecidas como passivo.

Se não podemos mensurar com segurança a despesa, as


receitas devem ser reconhecidas como passivo.

1.5 - Prestação de serviços

Quando a conclusão de uma transação que envolva a prestação de serviços


puder ser estimada com confiabilidade, a receita associada à transação deve
ser reconhecida tomando por base o estágio de execução da transação ao
término do período de reporte (normalmente um percentual). O desfecho de
uma transação pode ser estimado com confiabilidade quando todas as
seguintes condições forem satisfeitas:

 o valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade;


 for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão
para a entidade;
 o estágio de execução (stage of completion) da transação ao término do
período de reporte puder ser mensurado com confiabilidade; e
 as despesas incorridas com a transação assim como as despesas para
concluí-la puderem ser mensuradas com confiabilidade.

A receita somente deve ser reconhecida quando for provável que os


benefícios econômicos associados à transação fluirão para a entidade. Porém,
quando surgir incerteza acerca da realização de valor já incluído na
receita, o valor incobrável, ou o valor com respeito ao qual a recuperação
tenha deixado de ser provável, deve ser reconhecido como despesa, e
não como ajuste (dedução) do valor da receita originalmente reconhecida.

Para fins práticos, quando os serviços prestados correspondam a um número


indeterminado de etapas, durante um período específico de tempo, a receita

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 11


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

deve ser reconhecida pelo método linear durante tal período, a menos que
haja evidências de que outro método represente melhor o estágio de
execução da transação. Quando determinada etapa for muito mais
significativa do que quaisquer outras, o reconhecimento da receita deve ser
adiado até que essa etapa seja executada.

Quando a conclusão da transação que envolva a prestação de serviços não


puder ser estimada com confiabilidade:

 a receita somente deve ser reconhecida na proporção dos gastos


recuperáveis.
 não deve ser reconhecido qualquer lucro.

Quando a conclusão da transação não puder ser estimada com


confiabilidade e não for provável que os custos incorridos serão
recuperados, a receita não deve ser reconhecida e os custos incorridos
devem ser reconhecidos como despesa.

1.6 - Juros, royalties e dividendos

A receita proveniente da utilização, por terceiros, de ativos da entidade que


produzam juros, royalties e dividendos deve ser reconhecida em bases
especiais, quando:

 for provável que os benefícios econômicos associados com a transação


fluirão para a entidade; e
 valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade.

Bases para reconhecimento de juros royalties e dividendos

 os juros devem ser reconhecidos utilizando-se o método da taxa efetiva


de juros tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;
 os royalties devem ser reconhecidos pelo regime de competência em
conformidade com a essência do acordo; e
 os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito
do acionista de receber o respectivo valor.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 12


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

1.7 - Divulgação

A entidade deve divulgar:

 as políticas contábeis adotadas para o reconhecimento das receitas,


incluindo os métodos adotados para determinar o estágio de execução
(stage of completion) das transações que envolvam a prestação de
serviço;
 o montante de cada categoria significativa de receita reconhecida
durante o período, incluindo as receitas provenientes de:
 venda de bens;
 prestação de serviços;
 juros;
 royalties;
 dividendos;

 o montante de receitas provenientes de troca de bens ou serviços


incluídos em cada categoria significativa de receita; e
 a conciliação entre a receita divulgada na demonstração do resultado e a
registrada para fins tributáveis.

2 - CPC 24 Eventos Subsequentes CFC 1184/09

2.1 - Objetivo e Alcance

Determinar:

 quando a entidade deve ajustar suas demonstrações contábeis com


respeito a eventos subsequentes ao período contábil a que se referem
essas demonstrações; e
 as informações que a entidade deve divulgar sobre a data em que é
concedida a autorização para emissão das demonstrações contábeis e
sobre os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem
essas demonstrações.

A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis segundo o


pressuposto da continuidade se os eventos subsequentes ao período contábil

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 13


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

a que se referem as demonstrações indicarem que o pressuposto da


continuidade não é apropriado.

Este CPC Deve ser aplicado na contabilização e divulgação de eventos


subsequentes ao período a que se referem as demonstrações contábeis.

2.2 - Definições

Evento subsequente é aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre


entre a data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e
a data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações.

Dois tipos de eventos podem ser identificados:

 os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a


que se referem as demonstrações contábeis - originam ajustes;
 os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis - não
originam ajustes.

Em algumas circunstâncias, as entidades têm que submeter suas


demonstrações contábeis à aprovação de seus acionistas após sua emissão.
Em tais casos, consideram-se as demonstrações contábeis como autorizadas
para emissão na data da emissão e não na data em que os acionistas
aprovam as demonstrações.

Em alguns casos, exige-se que a administração da entidade submeta suas


demonstrações contábeis à aprovação do conselho de administração e/ou
conselho fiscal e/ou comitê de auditoria.

Em tais casos, consideram-se as demonstrações contábeis autorizadas para


emissão quando a administração autoriza sua apresentação a esse conselho
e/ou comitê.

Eventos subsequentes incluem todos os eventos ocorridos até a data em que


é concedida a autorização para a emissão das demonstrações contábeis,
mesmo que esses acontecimentos ocorram após o anúncio público de lucros
ou de outra informação financeira selecionada.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 14


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

2.3 - Reconhecimento e mensuração

Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações


contábeis que originam ajustes

A entidade deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações


contábeis para que reflitam os eventos subsequentes que evidenciem
condições que já existiam na data final do período contábil a que se referem
as demonstrações contábeis.

Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações


contábeis que não originam ajustes

A entidade não deve ajustar os valores reconhecidos em suas demonstrações


contábeis por eventos subsequentes que são indicadores de condições que
surgiram após o período contábil a que se referem as demonstrações.

Dividendos

Se a entidade declarar dividendos aos detentores de instrumentos de


patrimônio após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis, a entidade não deve reconhecer esses dividendos como passivo ao
final daquele período.

Continuidade

A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis com base no


pressuposto de continuidade se sua administração determinar após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis que pretende liquidar
a entidade, ou deixar de operar ou que não tem alternativa realista senão
fazê-lo.

A deterioração dos resultados operacionais e da situação financeira após o


período contábil a que se referem as demonstrações contábeis pode indicar a
necessidade de considerar se o pressuposto da continuidade ainda é
apropriado. Se o pressuposto da continuidade não for mais apropriado, o
efeito é tão profundo que este Pronunciamento requer uma mudança
fundamental nos critérios contábeis adotados, em vez de apenas um ajuste
dos valores reconhecidos pelos critérios originais.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 15


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

2.4 - Divulgação

A entidade deve divulgar a data em que foi concedida a autorização para


emissão das demonstrações contábeis e quem forneceu tal autorização. Se os
sócios da entidade ou outros tiverem o poder de alterar as demonstrações
contábeis após sua emissão, a entidade deve divulgar esse fato.

É importante que os usuários saibam quando foi autorizada a emissão das


demonstrações contábeis, já que elas não refletem eventos posteriores a
essa data.

Condições existentes ao final do período a que se referem as demonstrações


contábeis

Se a entidade, após o período a que se referem as demonstrações contábeis,


receber informações sobre condições que existiam até aquela data, deve
atualizar a divulgação que se relaciona a essas condições, à luz das novas
informações.

Evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações


contábeis que não originam ajustes

Se os eventos subsequentes são significativos, mas não originam ajustes, a


entidade deve divulgar as seguintes informações para cada categoria
significativa de eventos:

 natureza do evento;
 estimativa de seu efeito financeiro ou uma declaração de que tal
estimativa não pode ser feita.

3 - CPC 23 Omissões e erros CFC - 1179/09

3.1 - Objetivo e Alcance

O objetivo é definir critérios para a seleção e a mudança de políticas contábeis,


juntamente com o tratamento contábil e divulgação de mudança nas políticas
contábeis, a mudança nas estimativas contábeis e a retificação de erro.

Deve ser aplicado em:

 seleção e aplicação de políticas contábeis


www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 16
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

 mudança nas políticas contábeis


 mudança nas estimativas contábeis
 retificação de erros de períodos anteriores.

Os efeitos tributários de retificação de erros de períodos anteriores e de


ajustes retrospectivos seguem orientações de CPC próprio (CPC 32 – Tributos
sobre o Lucro).

3.2 - Definições

Políticas contábeis

São os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas


aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de DCs.

Mudança na estimativa contábil

Ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos montantes relativos


ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e
das obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e
passivos. As alterações nas estimativas contábeis decorrem de nova
informação ou inovações e, portanto, não são retificações de erros.

Omissão material ou incorreção material

Omissão ou a informação incorreta que puder, individual ou coletivamente,


influenciar as decisões dos usuários das DCs. A materialidade depende da
dimensão e da natureza da omissão ou da informação incorreta julgada à luz
das circunstâncias às quais está sujeita.

Erros de períodos anteriores

Omissões e incorreções nas DCs da entidade de um ou mais períodos


anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação
confiável que:

 estava disponível quando da autorização para divulgação das


demonstrações contábeis desses períodos; e
 pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na
elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 17
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Aplicação retrospectiva

Aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos e a


condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada.

Reapresentação retrospectiva

Correção do reconhecimento, da mensuração e da divulgação de valores de


elementos das DCs, como se um erro de períodos anteriores nunca tivesse
ocorrido.

Aplicação impraticável de requisito

Ocorre quando a entidade não pode aplicá-lo depois de ter feito todos os
esforços razoáveis nesse sentido.

Para um período anterior em particular, é impraticável aplicar


retrospectivamente a mudança em política contábil ou fazer a reapresentação
retrospectiva para corrigir um erro se:

 os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva


não puderem ser determinados;
 a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir
premissas baseadas no que teria sido a intenção da Administração
naquele momento passado; ou
 a aplicação retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir
estimativas significativas de valores e se for impossível identificar
objetivamente a informação sobre essas estimativas que:
 proporciona evidências das circunstâncias que existiam à data em
que esses valores deviam ser reconhecidos, mensurados ou
divulgados; e

 estaria disponível quando as demonstrações contábeis desse


período anterior tiveram autorização para divulgação.

Aplicação prospectiva de mudança

Aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a


condições que ocorram após a data em que a política é alterada.

Reconhecimento prospectivo do efeito de mudança

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 18


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos


corrente e futuro afetados pela mudança.

Capacidade de a omissão ou o erro influenciarem a decisão do usuário das DCs

Essa avaliação deve levar em conta a maneira como os usuários, com seus
respectivos atributos e sua diligência na análise das DCs,, poderiam ser
razoavelmente influenciados na tomada de decisão econômica.

3.3 - Políticas contábeis

Seleção e aplicação de políticas contábeis

Quando houver manifestação (pronunciamento, orientação ou interpretação)


do CPC sobre determinado assunto, esta deverá sempre ser observada na
definição das políticas contábeis.

Essas políticas (do CPC) não precisam ser aplicadas quando o efeito da sua
aplicação for imaterial. Contudo, não é apropriado produzir, ou deixar de
corrigir, incorreções imateriais com o objetivo deliberado de se obter
determinado efeito.

Guias de implementação emitidos pelo CPC não fazem parte dos


Pronunciamentos e, portanto, não contêm requisitos às demonstrações
contábeis.

Na ausência de manifestação do CPC, a administração exercerá seu julgamento


no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que resulte em
informação que seja:

 relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; e


 confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis:
 representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o
desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade;
 reflitam a essência econômica de transações, outros eventos e
condições e, não, meramente a forma legal;
 sejam neutras, isto é, que estejam isentas de viés;
 sejam prudentes; e
 sejam completas em todos os aspectos materiais.

Para chegar ao resultado acima, a Administração deve considerar a


aplicabilidade das seguintes fontes por ordem decrescente:
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 19
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

 os requisitos do CPC que tratem de assuntos semelhantes e


relacionados; e
 as definições contidos na Estrutura Conceitual. CPC 00;
 posições técnicas de outros órgãos normatizadores contábeis;
 outra literatura contábil e práticas geralmente aceitas do setor, até o
ponto em que estas não entrem em conflito com os CPCs existentes.

Adoção de posições de outros órgãos ou de práticas do setor, constituem


mudança voluntária de política contábil.

Uniformidade de políticas contábeis

A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente


para transações semelhantes, outros eventos e condições, a menos que algum
CPC exija ou permita a classificação com diferentes políticas para determinado
item. Neste último caso, deve ser seguido o CPC específico.

Mudança nas políticas contábeis

A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança:

 for exigida por algum CPC; ou


 resultar em informação confiável e mais relevante.

Os usuários das DCs devem ter a possibilidade de comparar as demonstrações


ao longo do tempo. Por isso, devem ser aplicadas as mesmas políticas
contábeis em cada período e de um período para o outro, a menos que uma
mudança de política contábil esteja em conformidade com o item anterior.

Não constituem mudanças nas políticas contábeis:

 a adoção de política para transações, eventos ou condições que difiram


em essência daqueles que ocorriam anteriormente; e
 a adoção de nova política para transações, eventos ou condições que
não ocorriam anteriormente ou eram imateriais.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 20


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Aplicação de mudanças de políticas contábeis

A entidade deve contabilizar uma mudança na política contábil resultante da


adoção inicial de algum CPC de acordo com as disposições transitórias
específicas da norma em questão.

Se não houver disposições transitórias específicas que se apliquem a essa


mudança, ou se a política contábil for mudada voluntariamente, a
entidade deve aplicar a mudança retrospectivamente.

A adoção antecipada de manifestação do CPC não deve ser considerada


como mudança voluntária na política contábil.

Aplicação retrospectiva

Quando uma mudança é aplicada retrospectivamente, a entidade deve ajustar


o saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado
para o período anterior mais antigo apresentado. Deve também ajustar os
demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior
apresentado.

Isso deve ser feito como se a nova política contábil tivesse sempre sido
aplicada.

Limitação à aplicação retrospectiva

A mudança na política contábil deve ser aplicada retrospectivamente, exceto


quando for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou
o efeito cumulativo da mudança.

Quando isso ocorrer (impraticável determinar os efeitos), a entidade deve:

 aplicar a nova política contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos


de abertura do período mais antigo para o qual seja praticável (que pode
ser o período corrente);
 proceder ao ajuste correspondente no saldo de abertura de cada
componente do patrimônio líquido desse período.
Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, a entidade deve
ajustar a informação comparativa para aplicar a nova política contábil
prospectivamente a partir do período mais antigo que for praticável.
Nesse caso, ignora-se a parcela do ajuste cumulativo em ativos, passivos e
patrimônio líquido correspondente a períodos anteriores.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 21


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

O valor do ajuste é registrado no saldo de abertura de cada componente do


patrimônio líquido afetado do período anterior mais antigo apresentado.
Geralmente, o ajuste é registrado em Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Contudo, o ajuste pode ser feito em outro componente do PL. Qualquer outra
informação sobre períodos anteriores, tal como resumos históricos de dados
financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos quanto for
praticável.

Divulgação

Quando a adoção inicial de norma do CPC a entidade deve divulgar:

 o título do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação;


 que a mudança na política contábil é feita de acordo com as disposições
da aplicação inicial do CPC, se existirem;
 a natureza da mudança na política contábil;
 quando aplicável, uma descrição das disposições transitórias na adoção
inicial;
 quando aplicável, as disposições transitórias que possam ter efeito em
futuros períodos;
 o montante dos ajustes para o período corrente e para cada período
anterior apresentado para cada item afetado e para resultados por ação
se aplicável;
 o montante do ajuste relacionado com períodos anteriores aos
apresentados, até ao ponto em que seja praticável; e
 se a aplicação retrospectiva for impraticável, as circunstâncias que
levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde
quando a política contábil tem sido aplicada.

Se a mudança for voluntária, além dos itens anteriores, será necessa´rio


divulgar:

 a natureza da mudança na política contábil;


 as razões pelas quais a aplicação da nova política contábil proporciona
informação confiável e mais relevante;

Caso haja manifestação do CPC já em vigor, mas ainda não obrigatória, e a


entidade não o aplicar, deverá divulgar informações a esse respeito.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 22


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

3.4 - Mudança nas estimativas contábeis

Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais,


muitos itens nas demonstrações contábeis não podem ser mensurados com
precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa envolve julgamentos
baseados na última informação disponível e confiável.

Podem ser exigidas estimativas de:

 créditos de liquidação duvidosa;


 obsolescência de estoque;
 valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;
 vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos
futuros benefícios econômicos incorporados nesses ativos; e
 obrigações decorrentes de garantias.

O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de


demonstrações contábeis e não reduz sua confiabilidade.

A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas


circunstâncias em que a estimativa se baseou ou em consequência de novas
informações ou de maior experiência.

A revisão da estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem


representa correção de erro.

A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e


não uma mudança na estimativa contábil.

Quando for difícil distinguir uma mudança na política de uma mudança na


estimativa, devemos tratar como mudança na estimativa contábil.

O efeito de mudança na estimativa contábil que NÃO resultar em mudanças


em ativos e passivos, ou que não relacionar-se a componente do
patrimônio líquido deve ser reconhecido prospectivamente, e incluído nos
resultados do:

 período da mudança, se a mudança afetar apenas esse período; ou


 período da mudança e futuros períodos, se a mudança afetar todos
eles.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 23


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Se a mudança na estimativa contábil resultar em mudanças em ativos e


passivos, ou relacionar-se a componente do patrimônio líquido, ela
deve ser reconhecida pelo ajuste no correspondente item do ativo, do passivo
ou do patrimônio líquido no período da mudança.

O reconhecimento prospectivo do efeito de mudança na estimativa contábil


significa que a mudança é aplicada a transações, a outros eventos e a
condições a partir da data da mudança na estimativa.

Divulgação

A entidade deve divulgar a natureza e o montante de mudança na estimativa


contábil que tenha efeito no período corrente ou se espera que tenha efeito em
períodos subsequentes, salvo quando a divulgação do efeito de períodos
subsequentes for impraticável.

3.5 - Retificação de erro

Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na


divulgação de elementos de demonstrações contábeis.

Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem


ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para
publicação.

Contudo, os erros materiais, por vezes, não são descobertos até um período
subsequente, e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na
informação comparativa apresentada nas demonstrações contábeis desse
período subsequente.

A entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores


retrospectivamente no primeiro conjunto de demonstrações contábeis cuja
autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais erros:

 por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior em


que tenha ocorrido o erro; ou
 se o erro ocorreu antes do período anterior apresentado, por
reapresentação dos saldos de abertura para o período anterior mais
antigo apresentado.
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 24
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Limitação à reapresentação retrospectiva de correção de erro

Quando for impraticável determinar os efeitos de erro em um período


específico na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores
apresentados, a entidade deve retificar os saldos de abertura de ativos,
passivos e patrimônio líquido para o período mais antigo para o qual seja
praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente).

A retificação de erro de período anterior deve ser excluída dos resultados do


período em que o erro é descoberto. Qualquer informação apresentada sobre
períodos anteriores, incluindo qualquer resumo histórico de dados financeiros,
deve ser retificada para períodos tão antigos quanto for praticável.

As correções de erro distinguem-se de mudanças nas estimativas


contábeis. As estimativas contábeis, por sua natureza, são aproximações que
podem necessitar de revisão à medida que se conhece informação adicional.

Por exemplo, o ganho ou a perda reconhecida no momento do desfecho de


contingência, que, anteriormente, não podia ser estimada com precisão, não
constitui retificação de erro.

Divulgação de erro de período anterior

A entidade deve divulgar:

 a natureza do erro de período anterior;


 o montante da retificação para cada período anterior em que seja
praticável:
 para cada item afetado da demonstração contábil; e
 para resultados por ação, se exigido;

 o montante da retificação no início do período anterior mais antigo; e


 as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma
descrição de como e desde quando o erro foi corrigido, se a
reapresentação retrospectiva for impraticável para um período
anterior em particular.

Impraticabilidade da aplicação e da reapresentação retrospectivas

Em algumas circunstâncias, torna-se impraticável ajustar informações de um


ou mais períodos anteriores.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 25


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Aplicar, retrospectivamente, nova política contábil ou corrigir erro de período


anterior exige que se identifique a informação que:

 fornece evidência das circunstâncias que existiam à época em que a


transação, outro evento ou condição ocorreu, e que estavam presentes e
disponíveis quando as demonstrações contábeis relativas àquele período
anterior foram elaboradas; e
 teria estado disponível quando as demonstrações contábeis desse
período anterior foram autorizadas para divulgação.

Caso a aplicação retrospectiva exija que se faça uma estimativa significativa


para a qual seja impossível distinguir esses dois tipos de informação, é
impraticável aplicar a nova política contábil ou retificar o erro de período
anterior retrospectivamente.

Não se deve usar percepção posterior ao aplicar nova política contábil ou


ao corrigir erros atribuíveis a período anterior, nem para fazer suposições
sobre quais teriam sido as intenções da administração em período anterior
nem para estimar os valores reconhecidos, mensurados ou divulgados em
períodos anteriores.

O fato de estimativas significativas serem frequentemente exigidas quando se


retifica informação comparativa apresentada para períodos anteriores não
impede o ajuste ou a correção confiável da informação comparativa.

4 – Folha de Pagamento

Pessoal, esse item geralmente é objeto de uma questão nas provas para
auditor. Geralmente é uma questão bastante simples, e você só precisa saber
o que deve ser considerado como custo da empresa, o que é pago pelo
trabalhador e o que é pago pelo governo, por meio do INSS.

4.1 – Classificando os itens da folha

Vamos ver quem suporta o quê na folha de salários, assim poderemos


responder, em qualquer questão, quanto é a parte de cada um dos envolvidos.

 Salários, incluindo horas extras empresa

 Décimo terceiro empresa


www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 26
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

 Férias e 1/3 de férias empresa

 INSS parte patronal empresa

 FGTS empresa

 INSS parte trabalhador empregado

 IR empregado

 Salário Família governo

 Salário maternidade governo

 Licença maternidade governo

4.2 – Como reconhecer os valores descontados dos empregados que


serão repassados ao governo?

Vamos ver um exemplo de como fica essa contabilização.

A empresa tem uma folha com valor de 1000. No pagamento aos funcionários
vai reter 100 de IR e 110 de INSS (parte dos empregados). Sua contribuição
(parte patronal) para o INSS, será de 200.

Lançamentos

D Despesas de salários 1000


C Salários a pagar (PC) 790
C INSS a recolher – empregados (PC) 110
C IR a recolher - empregados (PC) 100

D Despesas INSS
C INSS a recolher – empregador (PC) 200

Muito simples não é? Não tem segredo.

Muito bem, turma!


São poucas as questões sobre os assuntos de hoje, mas consegui passar os
principais pontos para vocês! Não poderia deixá-los irem para a prova sem
essas noções.
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 27
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Exercícios Resolvidos

Enunciado para resolução das questões 1 e 2.


Dos registros do Departamento de Pessoal da Cia. Bom Patrão, foram
selecionados os seguintes dados:
Auxilio Maternidade 2.000,00
FGTS 16.000,00
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRFPF) 6.000,00
INSS (empregado) 9.500,00
INSS (empregador) 40.000,00
Salário Família 500,00
Salários Brutos 200.000,00
Tomando-se como base apenas os dados anteriores, pode-se afirmar que:

1 – Esaf 2012 AFC STN - O total das despesas de pessoal somam:


a) R$ 258.500,00.
b) R$ 258.000,00.
c) R$ 256.500,00.
d) R$ 256.000,00.
e) R$ 250.500,00.

Vamos ver quem deve pagar por cada item:


Auxilio Maternidade 2.000,00 Governo
FGTS 16.000,00 Empresa
Imposto de Renda (IRRFPF) 6.000,00 Empregado
INSS (empregado) 9.500,00 Empregado
INSS (empregador) 40.000,00 Empresa
Salário Família 500,00 Governo
Salários Brutos 200.000,00 Empresa

Então, temos as seguintes despesas de pessoal a serem suportadas pela


empresa:

FGTS 16.000,00 Empresa


INSS (empregador) 40.000,00 Empresa
Salários Brutos 200.000,00 Empresa
Total 256.000

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 28


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

O auxílio maternidade e o salário família estão considerados fora do valor


bruto. Eles não entram como despesa de pessoal, pois são pagos pelo INSS,
por meio de abatimento no valor a ser recolhido.

Gaba: D

2 – Esaf 2012 AFC STN - O valor total inscrito em salários a pagar é


a) R$ 250.000,00.
b) R$ 240.000,00.
c) R$ 206.000,00.
d) R$ 189.000,00.
e) R$ 187.000,00.

Em salários a pagar temos o seguinte:

+ Salários Brutos 200.000,00 Empresa


+ Salário Família 500,00 Governo
+ Auxilio Maternidade 2.000,00 Governo
- Imposto de Renda (IRRFPF) 6.000,00 Empregado
- INSS (empregado) 9.500,00 Empregado
= Total a pagar 187.000

Gaba: E

3 – Esaf 2012 AFRFB - Na identificação e determinação de erro contábil de


períodos anteriores, devem ser consideradas as omissões e incorreções nas
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores que
a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das
demonstrações contábeis desses períodos e não retroagissem a prazo superior
a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos
cálculos e informações que respaldaram as informações sobre as quais as
demonstrações retrospectivas foram baseadas.
c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos
matemáticos ou aplicação equivocada de políticas contábeis que não
retroagissem a cinco períodos contábeis.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 29


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e


levadas em consideração na elaboração e na apresentação dessas
demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento
passado e não produzissem efeitos fiscais.

Erros de períodos anteriores

Omissões e incorreções nas DCs da entidade de um ou mais períodos


anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação
confiável que:

 estava disponível quando da autorização para divulgação das


demonstrações contábeis desses períodos; e
 pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na
elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.

Gaba: D

4 – Esaf 2012 AFRFB - A empresa Data Power S.A. apura sobre sua folha de
pagamentos administrativa de R$ 100.000,00 o total de 20% de INSS,
correspondente a 12% de contribuição da parcela de responsabilidade da
empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa efetuou a contabilização
de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. Ao fazer a conciliação
da conta, deve o contador
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$ 8.000,00, lançando a débito da conta
salários a pagar.
c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de
INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a
parcela do empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a
pagar.

A empresa tem uma folha com valor de 100 000. No pagamento aos
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 30
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

funcionários vai reter 8% de INSS (parte dos empregados). Sua contribuição


(parte patronal) para o INSS, será de 12%.

Lançamentos corretos:

D Despesas de salários 100 000


C Salários a pagar (PC) 92 000
C INSS a recolher – empregados (PC) 8 000

D Despesas INSS
C INSS a recolher – empregador (PC) 12 000

A empresa lançou 20 000 como despesa de INSS, erradamente. Logo, para


corrigir, deverá estornar o valor de 8 000 dessa conta de despesa, pois esse
valor será suportado pelos empregados.
A rigor, a conta a ser debitada não será salários a pagar e, sim, despesas de
salários, dado que esse valor, embora pertencente aos funcionários, não será
pago a eles, e sim retido e repassado ao INSS.
Mas, sabendo a primeira parte, já mataríamos a questão.

Gaba: B

5 – Esaf 2009 Apofp SP - A empresa de serviços Alvorada Ltda. listou os


seguintes dados contratuais para elaborar a folha de pagamento referente ao
mês de março:
Salários R$ 9.000,00
Previdência social patronal (22%) R$ 1.980,00
Previdência social dos empregados (9%) R$ 810,00
FGTS (8%) R$ 720,00
Salário-família R$ 150,00
Com os dados indicados, sem considerar eventuais parcelas de 13o salário ou
férias proporcionais, podemos afirmar que a despesa de pessoal, referente ao
mês de março, que a empresa deverá efetivamente desembolsar, será de
a) R$ 10.890,00.
b) R$ 11.700,00.
c) R$ 10.850,00.
d) R$ 12.510,00.
e) R$ 12.660,00.
Vamos ver quem deve pagar por cada item:
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 31
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Salários R$ 9.000,00 Empresa


Previdência social patronal (22%) R$ 1.980,00 Empresa
Previdência social dos empregados (9%) R$ 810,00 Empregados
FGTS (8%) R$ 720,00 Empresa
Salário-família R$ 150,00 Governo

Despesas da empresa:
Salários R$ 9.000,00 Empresa
Previdência social patronal (22%) R$ 1.980,00 Empresa
FGTS (8%) R$ 720,00 Empresa
Total 11.700

Gaba: B

6 – Esaf 2009 AFRFB - Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de


abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e
valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
Salário-família R$ 80,00
Salário-maternidade R$ 1.500,00
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.

Vamos ver quem deve pagar por cada item:

Salários e ordenados R$ 63.000,00 empresa


www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 32
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Horas-extras R$ 3.500,00 empresa


Salário-família R$ 80,00 governo
Salário-maternidade R$ 1.500,00 governo
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 empregado
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 empresa
FGTS R$ 5.320,00 empresa

Despesas da empresa:
Salários e ordenados R$ 63.000,00 empresa
Horas-extras R$ 3.500,00 empresa
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 empresa
FGTS R$ 5.320,00 empresa
Total 80.850

Gaba: E

7 – FCC 2010 TRE - O reconhecimento de um imposto retido do funcionário


em folha de pagamento deve:
a) ser creditado no passivo para efetuar o recolhimento da obrigação do
empregado.
b) ser debitado no ativo para reconhecer o direito do funcionário contra a
empresa.
c) ser creditado em conta de resultado para evidenciar a recuperação dos
valores dos empregados.
d) controlar extra contabilidade por não ser obrigação da empresa.
e) ser reconhecido como despesa no resultado da empresa.

Vamos rever o lançamento?


D Despesas de salários
C Salários a pagar (PC)
C INSS a recolher – empregados (PC)
C IR a recolher – empregados (PC)

Os impostos retidos no pagamento aos empregados são creditados no passivo,


em conta representativa de obrigação circulante.
Gaba: A

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 33


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

8 - FCC 2013 ICMS SP - A Casa de Espetáculos William Shakespeare realizou


uma peça teatral, em outubro de 2012. De acordo com os critérios da
Resolução CFC no 1.412/2012, a receita deveria ser reconhecida quando:
a) os artistas assinaram o contrato de realização do espetáculo.
b) a empresa recebeu o valor correspondente à venda dos bilhetes.
c) o público cadastrou-se online para compra posterior dos bilhetes.
d) os bilhetes para o espetáculo teatral foram vendidos.
e) o espetáculo teatral aconteceu.
Essa resolução que o examinador citou é o CPC 30. Nós vimos que o CPC
estabelece que o princípio da competência deve ser utilizado para o registro
das transações. Ele pressupõe que os lançamentos devem confrontar despesas
e receitas, levando em conta o momento em que a o evento realmente
acontece e produz efeitos. Muito bem, de forma essencial, em qual momento
ocorre a mágica de transformar uma prestação de serviço em receita para a
entidade? No exato momento em que o serviço está sendo prestado! No caso
da casa de espetáculos, isso se verifica no momento em que o espetáculo
ocorre. Levando a teoria para perto de um limite razoável, um espetáculo de
uma hora, que gerasse receita de 3600 reais, deveria resultar na apropriação
de 1 real de receita a cada segundo. Mas isso não é necessário, pois não é
assim que a contabilidade opera.
As alternativas a, b, d, podem, se atenderem aos critérios, resultar em
reconhecimento de ativos e passivos. A alternativa c não resulta em
lançamento algum.

Gaba: E

9 - UEL 2012 ICMS PR - A receita e as despesas relacionadas à mesma


transação são reconhecidas simultaneamente. Esse processo está vinculado ao
princípio da confrontação das despesas com as receitas (regime de
competência). Porém, quando as despesas não podem ser mensuradas
confiavelmente, a receita fica impossibilitada de ser reconhecida. Em tais
circunstâncias, quaisquer valores já recebidos pela venda dos bens serão
reconhecidos como:
a) um ativo.
b) um custo.
c) um passivo.
d) uma perda.
e) uma receita.
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 34
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

A questão fala sobre regime de competência no reconhecimento das despesas


e receitas, o que é correto. Reconhecimento requer mensuração mais
probabilidade de ocorrer. Se não podemos mensurar com segurança a
despesa, o que fazemos com as receitas relacionadas? Segundo o CPC 30,
nesse caso as receitas devem ser reconhecidas como passivo.

Gaba: C

10 – Professor 2013 – As regras estabelecidas pelo CPC 30, cujo objetivo é


estabelecer o tratamento contábil de receitas, devem ser observadas para
qualquer evento que enquadre na definição de receita dada pelo CPC 00.
Errado!
Vamos aproveitar para lembrar a definição de receitas estudada em nossa
primeira aula:
 Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o
período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do
aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados
com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
Muito bem!
Agora vamos ao erro: O CPC 30 não trata das receitas provenientes de:
 contratos de arrendamento mercantil;
 dividendos provenientes de investimentos que sejam contabilizados pelo
método da equivalência patrimonial;
 contratos de seguro;
 alterações no valor justo de ativos e passivos financeiros, ou da sua
alienação;
 alterações no valor de outros ativos circulantes;
 reconhecimento inicial e alterações no valor justo de ativos biológicos,
relacionados com a atividade agrícola;
 reconhecimento inicial de produtos agrícolas; e
 extração de recursos minerais.
 contratos de construção.

Gaba: E

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 35


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

11 – Professor 2013 – São contabilizadas como receita os ingressos brutos


de benefícios econômicos durante o período observado no curso das
atividades ordinárias da entidade, exceto os aumentos de patrimônio líquido
relacionados às contribuições dos proprietários.
Dessa forma, devem ser reconhecidas como receita as quantias cobradas por
conta de terceiros bem como as oriundas da relação de agenciamento
(agente – principal) arrecadadas pela entidade, em nome do principal.

Errado!
Faltou aí a informação de que as receitas devem, obrigatoriamente, implicar
aumento do patrimônio líquido. Vamos ver o texto correto.

Receita é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período


observado no curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no
aumento do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido
relacionados às contribuições dos proprietários.

As quantias cobradas por conta de terceiros bem como as oriundas da relação


de agenciamento (agente – principal) arrecadadas pela entidade, em nome
do principal, não resultam em aumentos do PL da entidade e, portanto, não
são receitas. Já a comissão combinada entre as partes contratantes é
receita.

Gaba: E

12 – Professor 2013 – O reconhecimento da receita proveniente da venda


de bens depende da transferência dos riscos e benefícios da propriedade, que
deve ocorrer em momento simultâneo à transferência da titularidade legal ou
à transferência da posse do ativo.

Errado!
A transferência dos riscos e benefícios da propriedade pode ocorrer em
momento diferente da transferência da titularidade legal ou da
transferência da posse do ativo.
É o que acontece, por exemplo, nos contratos de arrendamento financeiro,
nos quais, embora mantenha a propriedade legal do bem, o arrendador deve
reconhecer a receita de venda, haja vista que os riscos e benefícios de seu
uso já foram transferidos ao arrendatário.
Gaba: E
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 36
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

13 – Professor 2013 – Na prestação de serviços a receita deve ser


reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos associados à
transação fluirão para a entidade. Porém, quando surgir incerteza acerca da
realização de valor já incluído na receita, o valor incobrável, ou o valor com
respeito ao qual a recuperação tenha deixado de ser provável, deve ser
reconhecido como despesa, e não como ajuste (dedução) do valor da receita
originalmente reconhecida.

Perfeito!
É o tratamento preconizado pelo CPC 30.

Gaba: C

14 – Professor 2013 – Se o preço da venda de um produto inclui valores


identificáveis, correspondentes a serviços a serem executados
posteriormente, esses valores devem ser reconhecidos como receita por
ocasião da venda.

Errado! Vamos ver o que diz o CPC:


Se o preço da venda de um produto inclui valores identificáveis,
correspondentes a serviços a serem executados posteriormente, esses
valores devem ser diferidos e reconhecidos como receita durante o
período em que o serviço vier a ser executado.

Gaba:E

15 – Professor 2013 – Quando a conclusão da transação não puder ser


estimada com confiabilidade e não for provável que os custos incorridos serão
recuperados, a receita deve ser reconhecida e os custos incorridos devem ser
reconhecidos como despesa.

Errado! Faltou um não aí!

Quando a conclusão da transação não puder ser estimada com


confiabilidade e não for provável que os custos incorridos serão
recuperados, a receita NÃO deve ser reconhecida e os custos incorridos
devem ser reconhecidos como despesa.

Gaba:E

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 37


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

16 – Professor 2013 – Evento subsequente é aquele evento, favorável ou


desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se referem as
demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas
demonstrações. A entidade deve, sempre que observar a ocorrência de um
evento subsequente, proceder aos ajustes necessários nas demonstrações
contábeis.
Errado!
Existem dois tipos de eventos subsequentes que podem ser identificados, e
apenas um deles dá origem a ajustes nas DCs., vamos ver:

 os eventos que evidenciam condições que já existiam na data final do


período a que se referem as demonstrações contábeis - originam
ajustes;
 os eventos que são indicadores de condições que surgiram
subsequentemente ao período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis - não originam ajustes.

Gaba: E

17 – Professor 2013 – A entidade não deve elaborar suas demonstrações


contábeis com base no pressuposto de continuidade se sua administração
determinar após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis que pretende liquidar a entidade, ou deixar de operar ou que não
tem alternativa realista senão fazê-lo.

Certo!
Veja que, embora a detecção da situação adversa tenha ocorrido após o final
do exercício, alterações deverão ser feitas. Vamos ver o que diz o CPC:
Continuidade
A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis com base no
pressuposto de continuidade se sua administração determinar após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis que pretende liquidar
a entidade, ou deixar de operar ou que não tem alternativa realista senão
fazê-lo.
A deterioração dos resultados operacionais e da situação financeira após o
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis pode indicar a
necessidade de considerar se o pressuposto da continuidade ainda é
apropriado. Se o pressuposto da continuidade não for mais apropriado, o
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 38
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

efeito é tão profundo que este Pronunciamento requer uma mudança


fundamental nos critérios contábeis adotados, em vez de apenas um ajuste
dos valores reconhecidos pelos critérios originais.

Gaba: C

18 – Professor 2013 – Se a entidade declarar dividendos aos detentores de


instrumentos de patrimônio após o encerramento do exercício, tais
dividendos devem ser reconhecidos como passivo do final daquele período.

Errado!
Nesse caso temos um evento subsequente do tipo que não gera ajuste.
Vamos ver o tratamento dos dividendos.
Dividendos
Se a entidade declarar dividendos aos detentores de instrumentos de
patrimônio após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis, a entidade não deve reconhecer esses dividendos como passivo
ao final daquele período.

Continuidade
A entidade não deve elaborar suas demonstrações contábeis com base no
pressuposto de continuidade se sua administração determinar após o período
contábil a que se referem as demonstrações contábeis que pretende liquidar
a entidade, ou deixar de operar ou que não tem alternativa realista senão
fazê-lo.
A deterioração dos resultados operacionais e da situação financeira após o
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis pode indicar a
necessidade de considerar se o pressuposto da continuidade ainda é
apropriado. Se o pressuposto da continuidade não for mais apropriado, o
efeito é tão profundo que este Pronunciamento requer uma mudança
fundamental nos critérios contábeis adotados, em vez de apenas um ajuste
dos valores reconhecidos pelos critérios originais.

Gaba: E

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 39


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

19 – Professor 2013 – Se a entidade constata eventos subsequentes que


são significativos, mas não originam ajustes, deve divulgar, para cada
categoria significativa de eventos, a natureza do evento e a estimativa de seu
efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.

Perfeito. É a literalidade do CPC.


Se os eventos subsequentes são significativos, mas não originam
ajustes, a entidade deve divulgar as seguintes informações para cada
categoria significativa de eventos:

 natureza do evento;
 estimativa de seu efeito financeiro ou uma declaração de que tal
estimativa não pode ser feita.

Gaba: C

20 – Cespe - 2013 - CNJ - O reconhecimento de ajustes decorrentes de


omissões e erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanças de
critérios contábeis deve ser realizado em contas de resultado.

Errado! Já vimos que tudo deve ser corrigido. Não basta um acerto no
resultado. Vamos ver:

Aplicação retrospectiva

Quando uma mudança é aplicada retrospectivamente, a entidade deve ajustar


o saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado
para o período anterior mais antigo apresentado. Deve também ajustar os
demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior
apresentado.

Isso deve ser feito como se a nova política contábil tivesse sempre sido
aplicada.

Gaba: E

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 40


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

21 - Cespe 2011 PREVIC - Antes da elaboração do balanço patrimonial, a lei


só permite que se façam os ajustes necessários para corrigir erros e omissões
detectados pelo levantamento do balancete de verificação.

Errado! Todos os erros detectados antes da publicação devem ser corrigidos!


Retificação de erro

Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na


divulgação de elementos de demonstrações contábeis.

Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem


ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para
publicação.

Contudo, os erros materiais, por vezes, não são descobertos até um período
subsequente, e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na
informação comparativa apresentada nas demonstrações contábeis desse
período subsequente.

Gaba: E

22 – UEL 2012 Sefaz PR - Quando da realização do inventário físico de


estoques da Empresa Renascer S.A., em 31 de dezembro de 2011, foi
apontada a existência de mercadorias no valor de R$ 585.000,00. Porém, no
registro contábil, na mesma data, a conta de estoque de mercadorias estava
registrada com saldo de R$ 615.000,00. Devido à natureza dos produtos que
a empresa comercializa, o contador terá de ajustar a diferença apurada,
efetuando o seguinte lançamento: débito da conta
a) Custo das Mercadorias Vendidas e a crédito da conta Estoques de
Mercadorias, no valor de R$ 30.000,00.
b) Custo das Mercadorias Vendidas e a crédito da conta Estoques de
Mercadorias, no valor de R$ 585.000,00.
c) Custo Extraordinário e a crédito da conta Estoques de Mercadorias, no
valor de R$ 30.000,00.
d) Estoques de Mercadorias e a crédito da conta Custo das Mercadorias
Vendidas, no valor de R$ 30.000,00.
e) Estoques de Mercadorias e a crédito da conta Custo das Mercadorias
Vendidas, no valor de R$ 615.000,00.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 41


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Vamos lá!
Trata-se de erro detectado antes da publicação, portanto deve ser
corrigido.
Temos um saldo de 615 na conta estoque, mas o inventário apontou que só
existem 585. Para essa correção devemos fazer um acerto da diferença que,
na prática, gera o seguinte lançamento:

D CMV
C Estoque 30000

Agora o estoque fica correto, em 585000, e a diferença foi para despesas de


CMV.

Gaba: A

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 42


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Lista das Questões Apresentadas

Enunciado para resolução das questões 1 e 2.


Dos registros do Departamento de Pessoal da Cia. Bom Patrão, foram
selecionados os seguintes dados:
Auxilio Maternidade 2.000,00
FGTS 16.000,00
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRFPF) 6.000,00
INSS (empregado) 9.500,00
INSS (empregador) 40.000,00
Salário Família 500,00
Salários Brutos 200.000,00
Tomando-se como base apenas os dados anteriores, pode-se afirmar que:

1 – Esaf 2012 AFC STN - O total das despesas de pessoal somam:


a) R$ 258.500,00.
b) R$ 258.000,00.
c) R$ 256.500,00.
d) R$ 256.000,00.
e) R$ 250.500,00.

2 – Esaf 2012 AFC STN - O valor total inscrito em salários a pagar é


a) R$ 250.000,00.
b) R$ 240.000,00.
c) R$ 206.000,00.
d) R$ 189.000,00.
e) R$ 187.000,00.

3 – Esaf 2012 AFRFB - Na identificação e determinação de erro contábil de


períodos anteriores, devem ser consideradas as omissões e incorreções nas
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores que
a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das
demonstrações contábeis desses períodos e não retroagissem a prazo superior
a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos
cálculos e informações que respaldaram as informações sobre as quais as
demonstrações retrospectivas foram baseadas.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 43


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos


matemáticos ou aplicação equivocada de políticas contábeis que não
retroagissem a cinco períodos contábeis.
d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e
levadas em consideração na elaboração e na apresentação dessas
demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas
baseadas no que teria sido a intenção da Administração naquele momento
passado e não produzissem efeitos fiscais.

4 – Esaf 2012 AFRFB - A empresa Data Power S.A. apura sobre sua folha de
pagamentos administrativa de R$ 100.000,00 o total de 20% de INSS,
correspondente a 12% de contribuição da parcela de responsabilidade da
empresa e 8% da parcela do empregado. A empresa efetuou a contabilização
de R$ 20.000,00 como despesa de INSS no resultado. Ao fazer a conciliação
da conta, deve o contador
a) considerar o lançamento correto, uma vez que a folha refere-se a despesas
administrativas.
b) estornar da despesa o valor de R$ 8.000,00, lançando a débito da conta
salários a pagar.
c) reverter da despesa o valor de R$ 12.000,00, lançando contra a conta de
INSS a recolher.
d) reconhecer mais R$ 8.000,00 a débito de despesa de INSS pertinente a
parcela do empregado.
e) lançar um complemento de R$ 12.000,00 a crédito da conta salários a
pagar.

5 – Esaf 2009 Apofp SP - A empresa de serviços Alvorada Ltda. listou os


seguintes dados contratuais para elaborar a folha de pagamento referente ao
mês de março:
Salários R$ 9.000,00
Previdência social patronal (22%) R$ 1.980,00
Previdência social dos empregados (9%) R$ 810,00
FGTS (8%) R$ 720,00
Salário-família R$ 150,00
Com os dados indicados, sem considerar eventuais parcelas de 13o salário ou
férias proporcionais, podemos afirmar que a despesa de pessoal, referente ao
mês de março, que a empresa deverá efetivamente desembolsar, será de
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 44
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

a) R$ 10.890,00.
b) R$ 11.700,00.
c) R$ 10.850,00.
d) R$ 12.510,00.
e) R$ 12.660,00.

6 – Esaf 2009 AFRFB - Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de


abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e
valores:
Salários e ordenados R$ 63.000,00
Horas-extras R$ 3.500,00
Salário-família R$ 80,00
Salário-maternidade R$ 1.500,00
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00
FGTS R$ 5.320,00
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma
de tributação, inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a
despesa efetiva a ser contabilizada na empresa será de
a) R$ 66.500,00.
b) R$ 87.230,00.
c) R$ 79.270,00.
d) R$ 77.630,00.
e) R$ 80.850,00.

7 – FCC 2010 TRE - O reconhecimento de um imposto retido do funcionário


em folha de pagamento deve:
a) ser creditado no passivo para efetuar o recolhimento da obrigação do
empregado.
b) ser debitado no ativo para reconhecer o direito do funcionário contra a
empresa.
c) ser creditado em conta de resultado para evidenciar a recuperação dos
valores dos empregados.
d) controlar extra contabilidade por não ser obrigação da empresa.
e) ser reconhecido como despesa no resultado da empresa.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 45


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

8 - FCC 2013 ICMS SP - A Casa de Espetáculos William Shakespeare realizou


uma peça teatral, em outubro de 2012. De acordo com os critérios da
Resolução CFC no 1.412/2012, a receita deveria ser reconhecida quando:

a) os artistas assinaram o contrato de realização do espetáculo.


b) a empresa recebeu o valor correspondente à venda dos bilhetes.
c) o público cadastrou-se online para compra posterior dos bilhetes.
d) os bilhetes para o espetáculo teatral foram vendidos.
e) o espetáculo teatral aconteceu.

9 - UEL 2012 ICMS PR - A receita e as despesas relacionadas à mesma


transação são reconhecidas simultaneamente. Esse processo está vinculado ao
princípio da confrontação das despesas com as receitas (regime de
competência).
Porém, quando as despesas não podem ser mensuradas confiavelmente, a
receita fica impossibilitada de ser reconhecida.
Em tais circunstâncias, quaisquer valores já recebidos pela venda dos bens
serão reconhecidos como:

a) um ativo.
b) um custo.
c) um passivo.
d) uma perda.
e) uma receita.

10 – Professor 2013 – As regras estabelecidas pelo CPC 30, cujo objetivo é


estabelecer o tratamento contábil de receitas, devem ser observadas para
qualquer evento que enquadre na definição de receita dada pelo CPC 00.

11 – Professor 2013 – São contabilizadas como receita os ingressos brutos


de benefícios econômicos durante o período observado no curso das
atividades ordinárias da entidade, exceto os aumentos de patrimônio líquido
relacionados às contribuições dos proprietários.
Dessa forma, devem ser reconhecidas como receita as quantias cobradas por
conta de terceiros bem como as oriundas da relação de agenciamento
(agente – principal) arrecadadas pela entidade, em nome do principal.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 46


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

12 – Professor 2013 – O reconhecimento da receita proveniente da venda


de bens depende da transferência dos riscos e benefícios da propriedade, que
deve ocorrer em momento simultâneo à transferência da titularidade legal ou
à transferência da posse do ativo.

13 – Professor 2013 – Na prestação de serviços a receita deve ser


reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos associados à
transação fluirão para a entidade. Porém, quando surgir incerteza acerca da
realização de valor já incluído na receita, o valor incobrável, ou o valor com
respeito ao qual a recuperação tenha deixado de ser provável, deve ser
reconhecido como despesa, e não como ajuste (dedução) do valor da receita
originalmente reconhecida.

14 – Professor 2013 – Se o preço da venda de um produto inclui valores


identificáveis, correspondentes a serviços a serem executados
posteriormente, esses valores devem ser reconhecidos como receita por
ocasião da venda.

15 – Professor 2013 – Quando a conclusão da transação não puder ser


estimada com confiabilidade e não for provável que os custos incorridos serão
recuperados, a receita deve ser reconhecida e os custos incorridos devem ser
reconhecidos como despesa.

16 – Professor 2013 – Evento subsequente é aquele evento, favorável ou


desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se referem as
demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas
demonstrações. A entidade deve, sempre que observar a ocorrência de um
evento subsequente, proceder aos ajustes necessários nas demonstrações
contábeis.

17 – Professor 2013 – A entidade não deve elaborar suas demonstrações


contábeis com base no pressuposto de continuidade se sua administração
determinar após o período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis que pretende liquidar a entidade, ou deixar de operar ou que não
tem alternativa realista senão fazê-lo.

18– Professor 2013 – Se a entidade declarar dividendos aos detentores de


instrumentos de patrimônio após o encerramento do exercício, tais
dividendos devem ser reconhecidos como passivo do final daquele período.
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 47
Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

19 – Professor 2013 – Se a entidade constata eventos subsequentes que


são significativos, mas não originam ajustes, deve divulgar, para cada
categoria significativa de eventos, a natureza do evento e a estimativa de seu
efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.

20 – Cespe - 2013 - CNJ - O reconhecimento de ajustes decorrentes de


omissões e erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanças de
critérios contábeis deve ser realizado em contas de resultado.

21 - Cespe 2011 PREVIC - Antes da elaboração do balanço patrimonial, a lei


só permite que se façam os ajustes necessários para corrigir erros e omissões
detectados pelo levantamento do balancete de verificação.

22 – UEL 2012 Sefaz PR - Quando da realização do inventário físico de


estoques da Empresa Renascer S.A., em 31 de dezembro de 2011, foi
apontada a existência de mercadorias no valor de R$ 585.000,00. Porém, no
registro contábil, na mesma data, a conta de estoque de mercadorias estava
registrada com saldo de R$ 615.000,00. Devido à natureza dos produtos que
a empresa comercializa, o contador terá de ajustar a diferença apurada,
efetuando o seguinte lançamento: débito da conta
a) Custo das Mercadorias Vendidas e a crédito da conta Estoques de
Mercadorias, no valor de R$ 30.000,00.
b) Custo das Mercadorias Vendidas e a crédito da conta Estoques de
Mercadorias, no valor de R$ 585.000,00.
c) Custo Extraordinário e a crédito da conta Estoques de Mercadorias, no
valor de R$ 30.000,00.
d) Estoques de Mercadorias e a crédito da conta Custo das Mercadorias
Vendidas, no valor de R$ 30.000,00.
e) Estoques de Mercadorias e a crédito da conta Custo das Mercadorias
Vendidas, no valor de R$ 615.000,00.

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 48


Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da
Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 15
Professor Marcelo Seco

Gabarito

1 D 6E 11 E 16 E 21 E 26 31 36 41 46 51
2 E 7A 12 E 17 C 22 A 27 32 37 42 47 52
3 D 8E 13 C 18 E 23 28 33 38 43 48 53
4 B 9C 14 E 19 C 24 29 34 39 44 49 54
5 B 10 E 15 E 20 E 25 30 35 40 45 50 55

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47 52
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48 53
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49 54
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 49

Você também pode gostar