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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 06


Professor Marcelo Seco

1 - Fatos que modificam compras e vendas de mercadorias

Vamos iniciar entendendo o quais são os itens que podem alterar o valor de
uma mercadoria quando ela entra ou sai do estoque, para depois
passarmos aos métodos de avaliação do custo do estoque vendido.

1.1 – Valor líquido das compras

Valor líquido das compras é aquele que vai dar entrada no estoque,
servindo posteriormente para o cálculo do custo da mercadoria vendida, ou
dos produtos vendidos, ou dos serviços prestados.

Seu cálculo é o seguinte:

compras brutas

(+) fretes pagos pelo comprador

(+) comissões pagas pelo comprador

(+) seguros pagos pelo comprador

(-) devoluções de compras

(-) descontos incondicionais obtidos

(-) abatimentos sobre compras

(-) tributos recuperáveis

(+) tributos não recuperáveis

(+) demais despesas necessárias para deixar a mercadoria pronta para


venda

= compras líquidas

Os tributos recuperáveis são o ICMS (sempre) e o PIS, Cofins e IPI (apenas


quando não cumulativos).

1.2 – Valor líquido das vendas

Valor líquido das vendas é aquele que vai ser reconhecido como receita
de vendas, ponto de partida para a apuração do resultado.

Seu cálculo é o seguinte:

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vendas brutas

(-) tributos incidentes nas vendas

(-) descontos incondicionais concedidos

(-) abatimentos sobre vendas

(-) devoluções de vendas

(-) ajuste a valor presente da receita (retificadora da receita)

= vendas líquidas (receitas líquidas de vendas)

Será necessário dispensar especial atenção aos seguintes itens:

 fretes
 seguros
 despesa de armazenagem
 materiais de embalagem
 outros gastos necessário para deixar a mercadoria pronta para vender

Quando esses itens são pagos pelo vendedor, eles são classificados como
despesas operacionais.

Quando são pagos pelo comprador, tornam-se custo, e passam a fazer parte
do valor do estoque.

De uma maneira bem simples, podemos dizer que todo o valor que você
agrega à mercadoria até deixá-la pronta para ser vendida faz parte do seu
custo. A partir daí, os demais gastos serão considerados despesas do
vendedor.

1.3 – Custo da mercadoria vendida - CMV

Durante a aula, falaremos genericamente em CMV, mas tudo também será


válido para o CPV ou o CSV, o princípio é o mesmo.

 CMV  Custo da Mercadoria Vendida


 CPV  Custo do Produto Vendido
 CSV  Custo do Serviço Prestado

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CMV = EI + CL – EF

 EI  Estoque Inicial
 CL  Compras Líquidas
 EF  Estoque Final

É essencial que se entenda a sistemática desse cálculo. Isso tem que ficar
automático para vocês. É bater o olho e já sair calculando, sem pensar em
fórmulas.

O princípio é o seguinte: Eu tenho um estoque inicial de 1, durante o período


faço compras no valor de 5, e ao final tenho um estoque de 3, sendo que
diversas vendas foram feitas. O CMV nada mais é do que o valor que eu paguei
pelas mercadorias que vendi, e preciso dele para calcular meu lucro.

Ora, se eu tinha 1 e comprei 5, deveria estar com 6, mas tenho apenas 3. Os


outros 3 estão onde? Foram vendidos. Esse é o meu CMV.

CMV = EI + CL – EF

CMV = 1 + 5 – 3 = 3

Que também pode ser mostrada da seguinte forma, muito simples e intuitiva:

EF = EI + Compras - Vendas

1.4 – Resultado com mercadorias - RCM

O RCM (ou lucro bruto, ou resultado operacional bruto) é o lucro que eu obtive
com minhas vendas.

RCM = VL - CMV

No caso anterior meu CMV foi de 3, Suponhamos que eu tenha vendido essas
mercadorias por 5. Então, obtive lucro de 2.

RCM = 5 – 3 = 2

1.5 - Descontos

Vamos nos deparar com dois tipos de descontos, incondicional (ou


comercial) e condicional (ou financeiro). Cada um deles deve ter um
tratamento apropriado. No mais das vezes, o examinador vai dizer qual o tipo

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2 – Avaliação dos estoques: PEPS, UEPS, Custo Médio

Muito bem! Vamos agora falar sobre como calcular o valor do estoque que está
sendo vendido (o CMV). Isso não tem nada a ver com as formas de avaliação
que vimos nas aulas anteriores, que buscam manter os estoques pelo seu
valor de mercado. Aqui partimos sempre do pressuposto de que o estoque já
está contabilizado e avaliado segundo os ditames do CPC e da 6404. Existem
dois sistemas para controlarmos o estoque: inventário periódico e inventário
permanente, cada um deles com seus métodos específicos.

Sistemas de Inventário

 Permanente
 Periódico

Formas de avaliação

 PEPS
 UEPS
 CMM (ou MPM)
 Média Fixa
 Custo Específico

O método da média fixa utiliza o cálculo simples da média dos preços, sem
ponderar pela quantidade. O método do custo específico dá o valor de cada
item do estoque. É utilizado para itens de singulares de grande valor. Por
exemplo: a empresa tem 3 navios em estoque, cada um deles tem um valor
específico de custo.

O que mais precisamos saber é a diferença entre os dois sistemas, e os


métodos mais comuns de cálculo do sistema periódico.

Mas, antes disso, vamos saber o que significam essas siglas que citei.

 PEPS - Primeiro que entra é o primeiro que sai


 UEPS – Último que entra é o primeiro que sai
 CMM ou MPM – Custo médio móvel, ou média ponderada móvel

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Na venda 2, tive que dar baixa em 20 unidades. Quais eu escolhi?

Primeiro as mais velhas, ou seja, as 10 que custaram 10.

Depois peguei mais 10 das próximas, que haviam custado 15.

Fiquei com um estoque composto por:

20 unidades ao custo de 15 cada.

Qual o CMV dessa venda?

CMV = 10x10 + 10x15 = 250.

Após a compra 3, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:

20 unidades de custo 15 e

40 unidades de custo 20

Na venda 4, tive que dar baixa em 50 unidades. Quais eu escolhi?

Primeiro as mais velhas, ou seja, as 20 que custaram 15.

Depois peguei mais 30 das próximas, que haviam custado 20.

Fiquei com um estoque composto por:

10 unidades no estoque, ao custo de 20 cada.

Qual o CMV dessa venda?

CMV = 20x15 + 30x20 = 900.

Então temos:

Vendas = 2000

EF = 200

EI = 100

CMV = 900 + 250 = 1150

RCM = Vendas – CMV = 2000 – 1150 = 850

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2.2 – UEPS – Último que entra primeiro que sai

Também conhecido como LIFO, na sigla em inglês.

Vamos usar o mesmo exemplo anterior, para você entender a diferença.

No Brasil não é admitido o UEPS. Isso é um vestígio das


épocas de alta inflação, pois o UEPS acaba por fazer que se
pague menos imposto em períodos inflacionários.

A sociedade Tico Tico tinha, no final do exercício anterior, um estoque


registrado de 10 unidades, avaliadas em 10 cada. Neste exercício fez as
seguintes operações:

Janeiro - compra de 30 unidades por 450.

Fevereiro - venda de 20 unidades por 500

Março - compra de 40 unidades por 800

Abril - venda de 50 unidades por 1500

Vamos calcular o CMV, o estoque final e o valor das vendas.

Primeiro ponto: verifique se os eventos estão em ordem cronológica, pois nem


sempre eles vêm assim. No nosso caso estão.

Segundo: veja se tem alguma informação fora da tabela de eventos. No nosso


caso tem a informação do estoque inicial.

Terceiro: calcular o valor unitário de cada operação.

Quarto: estamos no UEPS, então, na hora de calcular o custo do estoque,


precisamos considerar que o custo a ser atribuído para as unidades que estão
sendo vendidas, será o das mais novas, as que entraram por último.

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CMV = 20x15 = 300.

Após a compra 3, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:

10 unidades de custo 10

10 unidades de custo 15 e

40 unidades de custo 20

Na venda 4, tive que dar baixa em 50 unidades. Quais eu escolhi?

Primeiro as mais novas, ou seja, as 40 que custaram 20.

Depois peguei mais 10 das anteriores, que haviam custado 15.

Fiquei com um estoque composto por:

10 unidades no estoque, ao custo de 10 cada.

Qual o CMV dessa venda?

CMV = 40x20 + 10x15 = 950.

Então temos:

Vendas = 2000

EF = 100

EI = 100

CMV = 950 + 300 = 1250

RCM = Vendas – CMV = 2000 – 1250 = 750

Vamos ver a primeira diferença entre PEPS e UEPS.

No UEPS o RCM foi menor, ou seja, menor lucro, com menos pagamento de
imposto, e menos valor retido no estoque. O CMV foi maior. Percebam que no
nosso exemplo a economia estava inflacionária. A cada compra o preço
aumentou.

Não esqueçamos de que o UEPS não é admitido no Brasil.

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Vamos entender o que aconteceu.

O meu estoque final foi de 10 unidades avaliadas pelo preço de 17,92. A cada
compra eu tive que calcular o novo custo médio ponderado unitário do
estoque.

O total das minhas vendas foi de 2000.

Agora preciso calcular o RCM, e para isso, preciso saber quanto custou cada
mercadoria que vendi.

Após a compra 1, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:

40 unidades de custo 13,75 cada

Na venda 2, tive que dar baixa em 20 unidades.

Dei baixa pelo custo médio, ou seja, 20 unidades a 13,75.

Fiquei com um estoque composto por:

20 unidades ao custo de 13,75 cada.

Qual o CMV dessa venda?

CMV = 20x13,75 = 275.

Após a compra 3, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:

60 unidades de custo 17,92

Na venda 4, tive que dar baixa em 50 unidades.

Dei baixa pelo custo médio, ou seja, 50 unidades a 17,92.

Fiquei com um estoque composto por:

10 unidades no estoque, ao custo de 17,92 cada.

Qual o CMV dessa venda?

CMV = 50x17,92 = 896.

Então temos:

Vendas = 2000

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Por aí você mata qualquer questão.

O PEPS elimina as mercadorias mais antigas, logo, o


preço do estoque remanescente está sempre mais perto
da realidade.

3 – Tributos recuperáveis

Os tributos recuperáveis são o ICMS, o PIS, a Cofins e o IPI. Cada um deles é


tratado de forma diferente, dependendo da característica do evento. Antes de
entrar no tratamento desses casos, vamos entender o porquê de termos que
contabilizar os tributos.

3.1 – Características dos Tributos

Vamos lembrar rapidamente algumas características dos tributos que iremos


tratar, aqueles que são considerados recuperáveis.

ICMS

Incide sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de


transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações.

É um imposto não cumulativo cobrado por dentro, ou seja, o próprio imposto


faz parte da base de cálculo. Incide sobre o valor da operação ou prestação.
Em algumas situações ele não é recuperável.

Suas alíquotas são variadas e sempre serão dadas na prova. Na improvável


hipótese de não ser dada a alíquota, assuma 18%.

PIS

Incide sobre o faturamento das empresas.

É um tributo que pode ser cumulativo não cumulativo. É cobrado por dentro,
ou seja, o próprio imposto faz parte da base de cálculo. Incide sobre o valor da
operação ou prestação.

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Quando não cumulativo, sua alíquota é de 1,65%. Esse dado você precisa
saber, pois nem sempre é informado na questão.

Quando cumulativo, a alíquota é de 0,65%, mas, como o cumulativo não é


recuperável, não fará muita diferença para nós..

Cofins

Incide sobre o faturamento das empresas.

É um tributo que pode ser cumulativo não cumulativo. É cobrado por dentro,
ou seja, o próprio imposto faz parte da base de cálculo. Incide sobre o valor da
operação ou prestação.

Quando não cumulativo, sua alíquota é de 7,6%. Esse dado você precisa
saber, pois nem sempre é informado na questão.

Quando cumulativo, a alíquota é de 3%

Guarde isso: PIS + Cofins não cumulativos = 9,25%

IPI

Incide sobre a venda de produtos industrializados.

É um imposto não cumulativo, mas que em algumas situações torna-se não


recuperável. É cobrado por fora, ou seja, o valor do imposto não faz parte da
base de cálculo.

Suas alíquotas são variadas e sempre serão dadas na prova.

Uma empresa comercial não é contribuinte do IPI, logo, para ela, o IPI nunca
será recuperável. O IPI só é recuperável para indústrias, mesmo assim há
casos em que não será recuperável para elas.

Nas provas, quando falarmos em:

 Valor da nota – consideramos o IPI já incluído nele


 Preço do produto – temos que incluir o IPI

Cálculo dos impostos por dentro

Preço da mercadoria: 850


Imposto por dentro (ICMS a 15%, por exemplo): (850/0,85) = 150
Valor da nota: 1000 (850 da mercadoria mais 150 do imposto)
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Cálculo dos impostos por fora

Preço da mercadoria: 850


Imposto por fora (IPI a 15%, por exemplo): (850x0,15) 127,50
Valor da nota: 977,50 (850 da mercadoria mais 127,50 do imposto)

3.2 – O que fazer com os tributos recuperáveis?

Os tributos quando cumulativos não são recuperáveis, tornam-se custo da


mercadoria, entrando para o estoque em caso de compra para revenda.

Já os não cumulativos, quando houver operação posterior ou autorização legal,


são recuperáveis. Seu valor é separado do valor da mercadoria e fica em uma
conta do ativo circulante, representando um direito a recuperar.

 cumulativos  não recuperáveis


 não cumulativos  recuperáveis (ICMS e IPI tem exceções)

Vamos ver um exemplo simplificado de registro contábil de compra com


tributos a recuperar.

Empresa comercial compra 10000 em mercadorias, à vista, de outra empresa


comercial, para revender. Seu regime de tributação prevê ICMS de 18% e PIS
e Confins não cumulativos (alíquotas de 1,65 e 7,6 %, respectivamente, que
você tem que saber). Não há IPI envolvido, pois a operação ocorreu entre
empresas comerciais.

O lançamento na compra é:

D Estoque (mercadorias) 7275 (10000 – tributos recuperáveis)


D ICMS a recuperar 1800 (10000x18%)
D PIS a recuperar 760 (10000x7,6%)
D Cofins a recuperar 165 (10000x1,65%)
C Caixa 10000

Esse foi um exemplo de operação entre empresas comerciais. Caso PIS e


Cofins fossem cumulativos, o procedimento seria semelhante. A diferença é
que seu valor não seria segregado e iria para o estoque, como parte do custo

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da mercadoria. Veremos adiante, em detalhes, outros quatro casos que


envolvem tributos recuperáveis.

Muito bem! Fácil, não é mesmo? Depois, na hora de calcular o recolhimento do


tributo, as contas de tributos a recuperar são creditadas, em contrapartida da
conta de apuração (ou de imposto a pagar), e chegamos ao imposto a
recolher, caso haja.

Vamos continuar no exemplo anterior, analisando a venda, usando apenas o


ICMS.

A empresa vendeu, por 20000, as mercadorias que havia comprado por 10000.

Pela venda:

D Caixa
C Receita de Vendas 20000

Pelo imposto:

D Despesa com ICMS


C ICMS a pagar (PC) 3600

No fechamento do imposto a recolher:

D ICMS a recolher (PC)


C ICMS a recuperar (AC) 1800

D ICMS a pagar (PC)


C ICMS a recolher (PC) 3600

O que aconteceu?

Na prática, ICMS a recolher = ICMS a pagar – ICMS a recuperar. A conta


de ICMS a recolher recebeu um crédito de 3600 pelo imposto a pagar e um
débito de 1800 pelo imposto a recuperar. Logo, a empresa vai recolher apenas
1800 de imposto. Aí é que está caracterizada a não cumulatividade do tributo,
ou seja, só se paga pelo valor agregado na operação. O mesmo vale para os
outros tributos recuperáveis.

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3.1 – Devolução de compras

Na devolução, todas as parcelas lançadas a título de tributo recuperável são


estornadas.

Vamos ver o mesmo caso da empresa comercial que comprara 10000 em


mercadorias, à vista, para revender. Suponhamos que ela tenha devolvido
2000 dessas mercadorias.

O lançamento na devolução é:

D Caixa 2000
C Estoque (mercadorias) 1455 (2000 – parcela tributos recuperáveis)
C ICMS a recuperar 360 (2000x18%)
C PIS a recuperar 152 (2000x7,6%)
C Cofins a recuperar 33 (2000x1,65%)

3.4 – Abatimento sobre compras

No abatimento obtido sobre o valor das compras, não mexemos nas


parcelas de impostos a recuperar. Estornamos apenas a valor reconhecido
em estoque e caixa.

Vamos ver o mesmo caso da empresa comercial que comprara 10000 em


mercadorias, à vista, para revender. Suponhamos que ela tenha obtido um
abatimento de 2000 sobre o valor da compra dessas mercadorias.

O lançamento na devolução é:

D Caixa 2000
C Estoque (mercadorias) 2000

4 – Os casos de tributos recuperáveis

Vamos ver agora como tratar situações específicas de imposto recuperável na


compra.

4.1 – Empresa comercial comprando para revenda

Nesse caso o IPI não é recuperável, pois a empresa comercial não é


contribuinte do IPI. Logo, ele torna-se custo, e vai para o estoque.

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O IPI não entra na base de cálculo do ICMS, por determinação da LC


87/96, que rege o ICMS, haja vista estarem atendidas as 3 condições abaixo:
 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização
 configurar FG de ambos os impostos.

O IPI, por não ser recuperável, entra na base de cálculo do PIS e Cofins.

Empresa comercial compra 10000 em mercadorias para revender, com IPI de


10%, ICMS de 18% e PIS e Cofins cumulativos, com alíquotas de 0,65% e 3%,
respectivamente.

Vamos lá!

Empresa comercial  não recupera IPI, logo ele vai para estoque
PIS e Cofins cumulativos  não são recuperáveis, vão para estoque
ICMS  é recuperável, vai ficar como imposto a recuperar

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1800 (10000x18%, IPI não entra na BC)
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1800 = 9200
Lançamento:

D Estoque 9200
D ICMS a recuperar 1800
C Caixa 11000

Meus caros, essa é a situação que mais aparece nas provas!

Professor, e se o PIS e a Cofins fossem não cumulativos?

Simples, eles não iriam para o estoque, e seriam lançados a recuperar. Não
esqueçam de que devem saber as alíquotas. Vamos ver:

Empresa comercial  não recupera IPI, logo ele vai para estoque
PIS e Cofins não cumulativos  vão ficar como tributo a recuperar
ICMS  vai ficar como imposto a recuperar

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Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1800 (10000x18%, IPI não entra na BC)
PIS a recuperar 836 (11000X7,6%)
Cofins a recuperar 181,50 (11000x1,65%)
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1800 – 836 – 181,50 = 8182,50

Lançamento:

D Estoque 8182,50
D ICMS a recuperar 1800
D PIS a recuperar 836
D Cofins a recuperar 181,50
C Caixa 11000

Professor, e se houvesse frete envolvido na compra, pago pelo


comprador?

Simples, a parcela de ICMS do frete ficaria como imposto a recuperar, e


o valor restante entraria no estoque. Isso vale em todas as situações em que
há ICMS a recuperar.

4.2 – Indústria comprando matéria prima para seu processo produtivo

Nesse caso o IPI é recuperável, pois a empresa industrial é contribuinte do


IPI. Logo, ele fica como tributo a recuperar.

O IPI não entra na base de cálculo do ICMS, por determinação da LC


87/96, que rege o ICMS, haja vista estarem atendidas as 3 condições abaixo:
 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização
 configurar FG de ambos os impostos.

O IPI, por ser recuperável, não entra na base de cálculo do PIS e Cofins.

Empresa industrial compra 10000 em mercadorias para industrializar, com IPI


de 10%, ICMS de 18% e PIS e Cofins cumulativos, com alíquotas de 0,65% e
3%, respectivamente.

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Vamos lá!

Empresa industrial  recupera IPI, logo ele fica a recuperar


PIS e Cofins cumulativos  não são recuperáveis, vão para estoque
ICMS  vai ficar como imposto a recuperar

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1800 (10000x18%, IPI não entra na BC)
IPI a recuperar 1000
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1800 - 1000 = 8200

Lançamento:

D Estoque 8200
D ICMS a recuperar 1800
D IPI a recuperar 1000
C Caixa 11000

E se o PIS e a Cofins fossem não cumulativos?

Simples, vocês devem saber as alíquotas. Eles não iriam para o estoque, e
seriam lançados a recuperar. Vamos ver:

Empresa industrial  recupera IPI, logo ele fica a recuperar


PIS e Cofins não cumulativos  vão ficar como tributo a recuperar
ICMS  vai ficar como imposto a recuperar

O IPI, por ser recuperável, não entra na base de cálculo do PIS e Cofins.

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1800 (10000x18%, IPI não entra na BC)
IPI a recuperar 1000
PIS a recuperar 760 (10000X7,6%)
Cofins a recuperar 165 (10000x1,65%)
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1800 – 1000 - 760 – 165 = 7275

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Lançamento:

D Estoque 8182,50
D ICMS a recuperar 1800
D IPI a recuperar 1000
D PIS a recuperar 760
D Cofins a recuperar 165
C Caixa 11000

4.3 – Comércio ou Indústria comprando para uso ou consumo

Nesse caso o IPI não é recuperável, pois não haverá operação posterior.

O IPI entra na base de cálculo do ICMS, pois não é atendida a segunda


condição abaixo:
 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização (não é)
 configurar FG de ambos os impostos.

Como o IPI não é recuperável, ele entra na base de cálculo do PIS e


Cofins.

PIS e Cofins, mesmo não cumulativos, não são recuperáveis, pois não
haverá operação posterior.

Resumindo: nada é recuperável!!!

Empresa industrial comercial compra 10000 em mercadorias para uso e


consumo, com IPI de 10%, ICMS de 18% e PIS e Cofins cumulativos, com
alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

Vamos lá?

Compra para uso ou consumo  não recupera IPI, logo ele fica no estoque
PIS e Cofins cumulativos ou não  não são recuperáveis, vão para
estoque
ICMS  não é recuperável, vai ficar no estoque

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
Valor que vai para o estoque: 11000

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Lançamento:

D Estoque 11000
C Caixa 11000

4.4 – Comércio ou indústria comprando para imobilizado

Nesse caso o IPI não é recuperável, pois não haverá operação posterior.

O IPI entra na base de cálculo do ICMS, pois não é atendida a segunda


condição abaixo:
 operação realizada entre contribuintes
 produto destinado à industrialização ou à comercialização (não é)
 configurar FG de ambos os impostos.

Como o IPI não é recuperável, ele entra na base de cálculo do PIS e


Cofins.

PIS e Cofins, se forem não cumulativos, serão recuperáveis.

Empresa comercial compra 10000 em máquinas para o imobilizado, com IPI de


10%, ICMS de 18% e PIS e Cofins cumulativos, com alíquotas de 0,65% e 3%,
respectivamente.

Vamos lá!

Compra para imobilizado  não recupera IPI, logo ele fica no imobilizado
PIS e Cofins cumulativos  não são recuperáveis, vão para imobilizado
ICMS  é recuperável, fica como imposto a recuperar

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1980 (11000x18%, IPI entra na BC)
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1980 = 9020

Lançamento:

D Imobilizado 9020
D ICMS a recuperar 1980
C Caixa 11000
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Com o PIS e a Cofins não cumulativos

Simples, vocês devem saber as alíquotas. Eles não irão para o estoque, e
serão lançados a recuperar. Vamos ver:

IPI entra na BC do ICMS.


Empresa comercial  não recupera IPI, logo ele fica no imobilizado
PIS e Cofins não cumulativos  são recuperáveis, ficam como tributo a
recuperar
ICMS  é recuperável, fica como imposto a recuperar

Como o IPI não é recuperável, ele entra na base de cálculo do PIS e Cofins.

Preço de compra: 10000


IPI: 1000
Valor da nota: 11000
ICMS a recuperar 1980 (11000x18%, IPI entra na BC)
PIS a recuperar 836 (11000X7,6%)
Cofins a recuperar 181,50 (11000x1,65%)
Valor que vai para o estoque: 11000 – 1980 – 836 – 181,50 = 8002,50

Lançamento:

D Estoque 8002,50
D ICMS a recuperar 1980
D PIS a recuperar 836
D Cofins a recuperar 181,5
C Caixa 11000

Muito bem! São quatro casos, com a variante de haver PIS e Cofins
cumulativos ou não em alguns deles. Se eu tivesse que escolher apenas um
para estudar, com certeza seria o primeiro, que responde pela absoluta
maioria das questões em prova. O terceiro e o quarto raramente são pedidos.

O caso dado no exemplo, no qual empresa comercial comprava de empresa


comercial, encaixa-se na primeira situação da tabela. Apenas lembre que não
há IPI envolvido.

Vamos a um quadro resumo das situações. Com ele, matamos todas as


questões.

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Não se aplica também à mensuração dos estoques mantidos por:

 produtores de produtos agrícolas e florestais, de produtos agrícolas após


colheita, de minerais e produtos minerais, na medida em que eles sejam
mensurados pelo valor realizável líquido de acordo com as práticas já
estabelecidas nesses setores. Quando tais estoques são mensurados pelo
valor realizável líquido, as alterações nesse valor devem ser
reconhecidas no resultado do período em que tenha sido verificada a
alteração;
 comerciantes de commodities que mensurem seus estoques pelo valor
justo deduzido dos custos de venda. Nesse caso, as alterações desse
valor devem ser reconhecidas no resultado do período em que tenha sido
verificada a alteração.

5.1 - Definições

Estoques

São ativos:

 mantidos para venda no curso normal dos negócios;


 em processo de produção para venda; ou
 na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor realizável líquido

É o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos


custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários
para se concretizar a venda.

O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera


realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios.

O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado
entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso.

Valor realizável líquido é um valor específico para a entidade, ao


passo que o valor justo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos

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estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos
necessários para a respectiva venda.

Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo,


por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou
terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem
produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e
incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de
produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. No
caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do
serviço para o qual a entidade ainda não tenha reconhecido a
respectiva receita.

O valor realizável líquido de cada item é apurado pelo líquido entre o preço de
venda do item e as despesas estimadas para vender e receber, entendendo-
se como tais as despesas diretamente relacionadas com a venda do produto e
a cobrança de seu valor, tais como comissões, fretes, embalagens, taxas e
desconto das duplicatas e outras.

Despesas do tipo propaganda, despesas gerais, administrativas que


beneficiam não diretamente um produto, mas genérica e
constantemente todos os produtos da sociedade, não devem ser incluídas
nessa determinação de despesas para vender e receber.

5.2 - Mensuração de estoque

CPC

Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

6404

“os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da


companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
inferior”.

CPC  Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

6404  Custo ou mercado, dos dois o menor.

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6404  Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão


ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil
aceito pela técnica contábil.

5.3 - Custos de aquisição

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à
sua condição e localização atuais.

O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços.

Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser


deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Custos diretos

São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados,
porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.

Custos indiretos

São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem


apropriados aos diferentes produtos, portanto, são custos apropriados
indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é
chamado de base ou critério de rateio.

Custos de transformação

Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente


relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção,
como pode ser o caso da mão-de-obra direta.

Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção,


fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em
produtos acabados.

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Custos indiretos de produção fixos

Aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do


volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e
instalações fabris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da
fábrica.

Custos indiretos de produção variáveis

Aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de


produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra
indireta.

A alocação de custos indiretos fixos de fabricação às unidades produzidas


deve ser baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é
a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em
circunstâncias normais; com isso, leva-se em consideração, para a
determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total não-
utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros
eventos semelhantes considerados normais para a entidade.

O nível real de produção pode ser usado se aproximar-se da capacidade


normal. O valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser
aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade.

Os custos fixos não-alocados aos produtos devem ser reconhecidos


diretamente como despesa no período em que são incorridos.

Em períodos de anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo


alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira que os
estoques não sejam mensurados acima do custo.

Os custos indiretos de produção variáveis devem ser alocados a cada unidade


produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja,
na capacidade real utilizada.

Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser


incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam
incorridos para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais.

Exemplos de itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos


como despesa do período em que são incorridos:

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 valor anormal de desperdício de materiais, mão-de-obra ou outros


insumos de produção;
 gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao
processo produtivo entre uma e outra fase de produção;
 despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao
seu local e condição atuais; e
 despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e
serviços aos clientes.

Custos de estoque de prestador de serviços

Na medida em que os prestadores de serviços tenham estoques de serviços


em andamento, devem mensurá-los pelos custos da sua produção. Esses
custos consistem principalmente em mão-de-obra e outros custos com o
pessoal diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal
de supervisão, o material utilizado e os custos indiretos atribuíveis.

Os salários e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal


geral administrativo não devem ser incluídos no custo, mas reconhecidos
como despesa do período em que são incorridos.

O custo dos estoques de prestador de serviços não inclui as margens de lucro


nem os gastos gerais não-atribuíveis que são frequentemente incluídos nos
preços cobrados pelos prestadores de serviços.

Custo do produto agrícola colhido proveniente de ativo biológico

O estoques que compreendam o produto agrícola que a entidade tenha


colhido, proveniente dos seus ativos biológicos, devem ser mensurados no
reconhecimento inicial pelo seu valor justo deduzido dos gastos estimados no
ponto de venda no momento da colheita.

Critérios de valoração de estoque:

 Peps
 Ueps (não é aceito)
 MPM
 Preço específico
 Preço varejo para comércio
 Custo padrão para indústria

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Preço específico

O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de


bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser
atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.

A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos


específicos a itens identificados do estoque.

Este é o tratamento apropriado para itens que sejam segregados para um


projeto específico, independentemente de eles terem sido comprados ou
produzidos. Porém, quando há grandes quantidades de itens de estoque que
sejam geralmente intercambiáveis, a identificação específica de custos não é
apropriada. Em tais circunstâncias, um critério de valoração dos itens que
permanecem nos estoques deve ser usado.

O custo dos estoques, que não sejam os tratados a preço específico,


devem ser tratados com PEPS ou MPM.

A entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques


que tenham natureza e uso semelhantes para a entidade.

Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se


diferentes critérios de valoração.

Outras formas para mensuração do custo de estoque, tais como o custo


padrão ou o método de varejo, podem ser usadas por conveniência se os
resultados se aproximarem do custo.

O custo-padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos


materiais e bens de consumo, da mão-de-obra e da eficiência na utilização da
capacidade produtiva. Ele deve ser regularmente revisto à luz das condições
correntes.

As variações relevantes do custo-padrão em relação ao custo devem ser


alocadas nas contas e nos períodos adequados de forma a se ter os estoques
de volta a seu custo.

O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para


mensurar estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente,
itens que têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar
outros métodos de custeio.

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O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço de


venda na percentagem apropriada da margem bruta.

A percentagem usada deve levar em consideração o estoque que tenha tido


seu preço de venda reduzido abaixo do preço de venda original. É usada
muitas vezes uma percentagem média para cada departamento de varejo.

Exemplo

Uma empresa que opera com margem de lucro de 50%.

Se ela adquirir uma mercadoria por 100, o preço de venda deverá ser 150.

Caso o estoque final seja 10 unidades, então teremos que o valor de venda
total é 10 x 100 x 1,5 = 1500.

Para obter o valor dos estoques basta dividir 1500 por 1,5. = 1000.

Caso as vendas sejam de 600, baixaremos 400 do estoque (600/1,5).

5.4 - Valor realizável líquido

O custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques


estiverem danificados, se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se
os seus preços de venda tiverem diminuído.

O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos


estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para
realizar a venda tiverem aumentado.

A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o


valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos
não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera
que sejam realizadas com a sua venda ou uso.

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Chega de teoria. Vamos exercitar o aprendido?

Há poucos exercícios da Esaf sobre esse assunto, vamos complementar com


alguns de outras bancas. Não deixem de fazê-los, pois é importante saber a
forma de calcular os valores do estoques pelos três métodos e conhecer as
situações de tributos recuperáveis.

Aqui um adendo: ainda não aconteceu no nosso curso, mas, geralmente,


alguns alunos reclamam da inserção de questões de outras bancas nas aulas.
Ocorre que, como sabem, resolver exercícios é essencial para aprender. Então:

 se você tem pouco tempo, faça apenas as questões da Esaf;


 se estiver com tempo de sobra, recomendo muito que faça todas as
questões;
 se fazer questões de outra banca for contra seus métodos de estudo,
basta que ignore as questões das outras bancas. Mas saiba que nem
sempre haverá questões da Esaf em quantidade suficiente em todos os
assuntos.

Bora!!!

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Exercícios Resolvidos

1 - Esaf 2013 MF - A Cia. Das Compras emitiu nota fiscal de venda com valor
a pagar de R$ 96.000,00, constando o preço de venda mais IPI de 20%. O
ICMS foi computado à alíquota de 18%. O Custo das Mercadorias Vendidas foi
calculado em R$ 45.000,00. Também ocorreram despesas com vendas de R$
7.000,00 e Administrativas de R$ 8.000,00. Quando foram feitos os cálculos de
apuração para elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, essa
operação contribuiu com um resultado operacional bruto de
a) R$ 26.176,00.
b) R$ 20.600,00.
c) R$ 17.976,00.
d) R$ 17.400,00.
e) R$ 14.520,00.

Vamos lá!
O primeiro ponto a ser observado é que nos foi pedido o resultado operacional
bruto:
Resultado com mercadorias - RCM (ou lucro bruto, ou resultado
operacional bruto)
RCM = VL - CMV

O segundo ponto trata do IPI. Percebam que o enunciado fala que o valor a
pagar da venda foi de 96000. Neste valor, temos que considerar que já estão
os 20% do IPI, e encontrar o valor das vendas líquidas.
Então, temos o seguinte:
Preço de venda + IPI = 96000
Preço de venda + Preço de venda x 0,2 = 96000
1,2 Preço de Venda = 96000
Preço de Venda = 80000
IPI = 16000

O terceiro ponto trata do ICMS. A questão não traz elementos para sabermos
se o IPI deve ou não ser incluído na base de cálculo. Neste caso específico ele
não está incluído. Supomos que seja o caso mais comum: indústria vendendo
para comércio (caso 1, mas do ponto de vista da indústria vendedora).
ICMS = 80000 x 18% = 14400

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Agora temos que lembrar da sequencia abaixo. Para cálculo das vendas
líquidas. Não precisa decorar, apenas saber que venda líquida é igual a venda
bruta menos abatimentos e impostos.
vendas brutas
(-) tributos incidentes nas vendas
(-) descontos incondicionais concedidos
(-) abatimentos sobre vendas
(-) devoluções de vendas
(-) ajuste a valor presente da receita (retificadora da receita)
= vendas líquidas (receitas líquidas de vendas)

VL = 96000 – 16000 – 14400 = 65600

RCM = VL - CMV
RCM = 65600 – 45000 = 20600

Observemos ainda que as despesas não são consideradas para cálculo do RCM
(ou lucro bruto). Veremos isso com detalhes na aula de DRE.
Como o valor do CMV nos foi dado, não precisamos nos preocupar com o ICMS
da entrada.
Professor, como eu vou saber se incluo ou não o IPI na BC do ICMS?
Nesse caso não vai saber. Se tivéssemos incluído o IPI da BC do ICMS, não
haveria alternativa correta.
Na prova da Esaf: comece resolvendo desta forma, que é uma tendência da
banca. Se não chegar ao resultado, inclua o IPI na BC do ICMS.

Gaba: B

2 - Esaf 2012 MDIC - Elabore a ficha de controle de estoques com os


seguintes dados:
Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;
Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00;
Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.
A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.

Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo
de:

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Quantidade adquirida: 2.000 unidades;


Preço unitário de compra: R$ 2,50;
Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.
A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:
a) Débito: de Mercadorias 4.000,00 da compra 750,00 do ICMS (15%) 250,00
do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.
b) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra 750,00 do ICMS (15%) 250,00
do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 6.000,00 pela dívida total.
c) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra e do ICMS (15%) e de IPI a
recuperar 250,00 do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida
total.
d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a
Recuperar 750,00 do ICMS (15%) e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela
dívida total.
e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a
Recuperar 750,00 do ICMS (15%) e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela
dívida total.

A questão fala em compra para revenda, e sabemos que há IPI na compra.


Estamos no caso 1
Empresa comercial comprando para revenda

Vamos lá!
Empresa comercial  não recupera IPI, logo ele vai para estoque
PIS e Cofins cumulativos  não são recuperáveis, vão para estoque
ICMS  é recuperável, vai ficar como imposto a recuperar

ICMS 15%
IPI 5%
PIS e Cofins, não temos
Compra 5000  IPI ainda não está incluído nesse valor, pois nada foi falado
no enunciado.

Preço de compra: (2000 x 2,5) = 5000


IPI: 250 5%
Valor da nota: 5250
ICMS a recuperar 750 (5000x15%, IPI não entra na BC)
Valor que vai para o estoque: 5250 – 750 = 4500

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Lançamento:

D Estoque ou Mercadorias 4500


D ICMS a recuperar 750
C Caixa ou Fornecedores 5250

Notem que nesses 4500 estão o IPI e o valor das mercadorias.

Meus caros, repito, essa é a situação que mais aparece nas provas!

Gaba: E

4 - Esaf 2012 ATRFB - Considere uma operação de compra de materiais para


revender, constante de 300 unidades ao preço unitário de R$ 600,00, com
incidência de ICMS a 12% e de IPI a 8%. Se a operação for realizada a prazo,
vai gerar uma dívida, com fornecedores, no valor de
a) R$ 172.800,00.
b) R$ 180.000,00.
c) R$ 194.400,00.
d) R$ 201.600,00.
e) R$ 216.000,00.

Essa é mais simples. Na verdade o examinador quer apenas que calculemos o


valor total da nota fiscal. Trata-se de compra de material para revenda, como
há IPI, sabemos que foi adquirido de indústria.

Estamos no caso 1
Empresa comercial comprando para revenda

Valor mercadorias: 300 x 600 = 180000  O ICMS já está incluso nesse valor
IPI = 180000 x 8% = 14400
Valor Total da Nota = 180000 + 14400 = 194400

Gaba: C

5 - Esaf 2012 ATRFB - A empresa Metalfino Ltda. não sofre tributação nas
operações de compra e venda de mercadorias; só opera com transações extra-
caixa; utiliza o método de controle permanente de estoques, com avaliação a
preço médio ponderado. Em 15 de outubro a empresa realizou a venda de 120
unidades ao preço unitário de 12 reais. As compras do mês foram: 150
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Eu tinha um EI de 100 unidades a 5 cada, depois adquiri mais 150 unidades ao


custo de 8 cada. O CMM, após a compra 1 passou a ser 6,80, e é ele que
vamos utilizar para calcular o CMV da venda.
Foram vendidas 120 unidades, ao custo de 6,80 cada.
CMV = 120 x 6,80 = 816

Gaba: D

6 - Esaf 2012 AFRFB - Nas operações de mercadorias, o valor dos gastos


com transportes, quando estes são feitos sob a responsabilidade do
comprador,
a) aumentam o valor das mercadorias compradas.
b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.

Será necessário dispensar especial atenção aos seguintes itens:


 fretes
 seguros
 despesa de armazenagem
 materiais de embalagem
 outros gastos necessário para deixar a mercadoria pronta para vender

Quando esses itens são pagos pelo vendedor, eles são classificados como
despesas operacionais.
Quando são pagos pelo comprador, tornam-se custo, e passam a fazer
parte do valor do estoque.
De uma maneira bem simples, podemos dizer que todo o valor que você
agrega à mercadoria até deixá-la pronta para ser vendida faz parte do seu
custo, e fica no estoque. A partir daí, os demais gastos serão considerados
despesas do vendedor.

Gaba: A

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Vamos entender o que aconteceu. Prestem atenção nas datas dos eventos,
pois podem aparecer fora de ordem.

Eu tinha um EI de 80 unidades a 20 cada, depois adquiri mais 60 unidades ao


custo de 110 cada. Tive que incluir o frete nesse custo. O CMM, após a compra
1 passou a ser 102,50, e é ele que vamos utilizar para calcular o CMV da
venda.
Foram vendidas 40 unidades, ao custo de 102,50 cada.
CMV = 40 x 102,50 = 4100

Vendi 40 unidades a 150.


A minha receita bruta de vendas foi de 40 x 150 = 6000
RBV = 6000

RCM = VL - CMV
RCM = 6000 – 4100 = 1900

Se tivesse sido pedido o resultado bruto, ou locro bruto, essa seria nossa
resposta.
Ocorre que o examinador nos pediu o lucro total com o negócio, ou seja, o
lucro final, já desconsideradas as despesas.

Já vimos que quando o frete é pago pelo vendedor, ele é classificado como
despesa operacional.
Então, temos:
LO = 1900 – 400 = 1500

Professor, e se tivesse sido falado que o frete seria pago por conta do
comprador?
Nesse caso, nosso lucro total seria de 1900, pois o vendedor não teria nada a
ver com o frete.

Gaba: A

8 - Esaf 2010 ISS Rio - A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus
estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no
mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de
tributação e negociadas à vista:
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O meu estoque final foi de 25 unidades avaliadas pelo preço de 10, mais 5
unidades ao preço de 18, num valor total de 340. Como os que entraram por
último saíram primeiro, os que ficaram no estoque estão avaliados pelos
preços de entrada mais antigos.
Após a compra 1, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:
35 unidades de custo 10 cada e
30 unidades de custo 15 cada
Na venda 2, tive que dar baixa em 40 unidades. Quais eu escolhi?
Primeiro as mais novas, ou seja, tirei todas as 30 que custaram 15, e mais 10
das que haviam custado 10.
Fiquei com um estoque composto por:
25 unidades ao custo de 10 cada
Após a compra 3, eu fiquei com um estoque composto pelo seguinte:
25 unidades de custo 10
25 unidades de custo 18
Na venda 4, tive que dar baixa em 20 unidades. Quais eu escolhi?
Primeiro as mais novas, ou seja, peguei 20 das que custaram 18.
Fiquei com um estoque composto por:
25 unidades de custo 10
5 unidades de custo 18
Qual o estoque final?
EF = 25x10 + 5x18 = 340.

Não esqueçamos de que o UEPS não é admitido no Brasil.

Gaba: B

9 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade.


O Conselho Federal de Contabilidade - CFC aprovou a Resolução NBC T 19.20,
relativa a Estoques, para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010.
Referida resolução leciona que:
a) o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à
sua condição e localização atuais.
b) os estoques, objeto desta Norma, devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
c) o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos, os custos de transporte, seguro,
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manuseio e outros, deduzido de descontos comerciais, abatimentos e outros


itens semelhantes.
d) o custo dos estoques que não possa ser avaliado pelo valor específico, deve
ser atribuído pelo uso do critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS),
último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou pelo critério do custo médio
ponderado.
e) Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas e a alocação sistemática de custos
indiretos de produção, que sejam incorridos para transformar os materiais em
produtos acabados.

Muito bem. Essa NBC T que foi citada nada mais é do que o CPC 16, aprovado
pelo CFC. Todas as alternativas tratam de trechos do CPC 16. Estudem-nas.
A incorreta é a letra D, vamos ver porque:

CPC 16
Preço específico
O custo dos estoques de itens que não são normalmente intercambiáveis e de
bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser
atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.
A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos
específicos a itens identificados do estoque.
O custo dos estoques, que não sejam os tratados a preço específico,
devem ser tratados com PEPS ou MPM.
UEPS não pode ser utilizado. É vedado pelo CPC e pela Receita Federal.

Gaba: D

10 - Esaf 2010 CVM - Ao fim do exercício social, a empresa Mel & Doces
Ltda., ao inventariar três dos seus produtos para venda, apurou a seguinte
situação em quantidades e custos de aquisição:
Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O
preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o
item ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.

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Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões necessárias


ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como saldo
representativo desses três estoques, o valor de
a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

Mensuração de estoque
CPC 16
Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
6404
“os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
inferior”.
CPC  Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor.
6404  Custo ou mercado, dos dois o menor.

Temos duas formas de avaliar. Pelas informações do enunciado (despesas para


venda) vamos optar pelo entendimento do CPC.
Valor de Custo
ALFA  500 x 3 = 1500
BETA  100 x 12 = 1200
ZETA  300 x 20 = 6000
Valor Realizável
Vamos calcular o preço de venda do dia do balanço menos 10% do preço de
custo.
ALFA  (500 x 3,5) - 150 = 1600
BETA  (100 x 10) – 120 = 880
ZETA  (300 x 20) – 600 = 5400
Ficamos com os menores:
ALFA  1500 custo
BETA  880 realizável líquido
ZETA  5400 realizável líquido
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Total = 7780

Gaba: A

11 - Esaf 2010 AFRFB - No mercadinho de José Maria Souza, que ele,


orgulhosamente, chama de Supermercado Barateiro, o Contador recebeu a
seguinte documentação:
Inventário físico-financeiro de mercadorias:
elaborado em 31.12.2007: R$ 90.000,00
elaborado em 31.12.2008: R$ 160.000,00
Notas-fiscais de compras de mercadorias:
Pagamento a vista R$ 120.000,00
Pagamento a prazo R$ 80.000,00
Notas-fiscais de vendas de mercadorias:
Recebimento a vista R$ 90.000,00
Recebimento a prazo R$ 130.000,00
Os fretes foram cobrados à razão de R$ 25.000,00 sobre as compras e de R$
15.000,00 sobre as vendas; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços foi calculado à razão de 15% sobre as compras e sobre as vendas.
Não há ICMS sobre os fretes, nem outro tipo de tributação nas operações. Com
base nessa documentação, coube ao Contador contabilizar as operações e
calcular os custos e lucros do Supermercado. Terminada essa tarefa, podemos
dizer que foi calculado um lucro bruto de vendas, no valor de
a) R$ 90.000,00.
b) R$ 47.000,00.
c) R$ 87.000,00.
d) R$ 62.000,00.
e) R$ 97.000,00.

LB ou RCM = VL – CMV

CMV = EI + CL – EF

vendas brutas
(-) tributos incidentes nas vendas
(-) descontos incondicionais concedidos
(-) abatimentos sobre vendas
(-) devoluções de vendas
(-) ajuste a valor presente da receita (retificadora da receita)
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= vendas líquidas (receitas líquidas de vendas)

CMV = EI + CL – EF
CL = 200000 – 15% ICMS = 170000 mais o frete de 25000 = 195000
EI = 90000
EF = 160000
CMV = 90000 + 195000 – 160000 = 125000

VL = 220000 – 15% ICMS = 187000


Atenção: O frete da venda é despesa! Não entra no cálculo do VL para
fins de LB.

LB ou RCM = VL – CMV

LB ou RCM = 187000 – 125000 = 62000

Gaba: D

12 - Esaf 2002 AFC - A Fábrica de Pré-moldados, contribuinte de IPI e ICMS,


adquiriu uma partida de materiais pré industrializados para uso industrial. A
operação foi realizada a prazo, pagando-se, no ato, apenas 10% da compra
mais frete e seguros. Emitida a nota fiscal 1xxx3, dela constavam: quantidade
4.000 unidades; preço unitário R$ 2,50; ICMS 17%; IPI 12%; frete e seguros
2% do preço. Assinale o lançamento correto para contabilizar a operação.
a) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 6.900,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00
Fretes e Seguros R$ 200,00 R$ 10.000,00
a Caixa R$ 1.000,00
a Fornecedores R$ 9.000,00 R$ 10.000,00

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b) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.300,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00
Fretes e Seguros R$ 200,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.080,00 R$ 11.400,00
c) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.500,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.140,00
a Fornecedores R$ 10.260,00 R$ 11.400,00
d) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.500,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.080,00 R$ 11.400,00
e) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 9.700,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.260,00 R$ 11.400,00

Fábrica contribuinte do IPI e ICMS, adquiriu matéria-prima p uso industrial.


Operação FOB, pagando no ato 10% da compra + Fretes e seguros. Nota Fiscal
= 4000 unidades; preço unitário 2,50. ICMS 17%; IPI 12% Fretes e seguros
2% do preço. Lançamento da operação?

Turma, essa questão é antiga, mas uma aluna pediu que eu resolvesse, e
achei legal incluir na aula.

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Primeiro passo: Valor da NF


4000x2,50 = 10000
IPI = 12% = 1200
VL NF = 11200

Segundo passo: Valor do ICMS


ICMS = 17%
BC = 10000 nesse caso o IPI não entra na BC pois trata–se de mercadoria
para industrialização em operação tributada pelos dois impostos.
ICMS = 1700

Terceiro passo: descobrir o valor da mercadoria, incluindo o valor do frete


O Preço foi 10000. O frete foi 2% do preço, logo, temos 200 de frete. Como o
frete foi FOB, não entra no valor da NF.
Valor da mercadoria é:
10000 + 1200 IPI + 200 frete = 11400

Quarto passo: descobrir o que vai para o estoque e o que vai ficar com o
tributo a recuperar.
Nesse caso, IPI e ICMS são recuperáveis, não vão para o estoque
Então temos:
11400 Valor da mercadoria
1200 IPI a recuperar
1700 ICMS a recuperar
11400 – 1200 – 1700 = 8500

Então, se a compra fosse à vista, teríamos:


D Estoque 8500
C ICMS a rec 1700
C IPI a rec 1200
C Caixa 11400
Mas a compra foi dividida em pagamento à vista e a prazo, vamos ver:
Foram pagos, à vista, 10% do valor da compra (valor da NF) mais o frete, e o
restante a prazo.
Valor da NF 11200, 10% = 1120
frete = 200
Valor pago à vista = 1320
Valor pago a prazo = 11400 – 1320 = 10080
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Logo, o lançamento seria:


D Estoque 8500
C ICMS a rec 1700
C IPI a rec 1200
C Caixa 1320
C Dupl a pagar (ou fornecedores) 10080

Há uma impropriedade nessa questão, que é a desconsideração do fato que o


ICMS pago sobre o frete também deveria ter sido lançado como ICMS a
recuperar. Contudo, como não há elementos para determinar o cálculo desse
valor, não consideramos. E, além do mais, não devemos brigar com o
examinador, não é mesmo?

Gaba: D

13 - Cespe 2012 TJ - No dia 1.º/6/2012, a empresa comercial X mantinha


um estoque de 5.000 unidades de determinado produto, no valor de R$
25.000,00. No dia 10/6/2012, a empresa X recebeu um novo lote de 5.000
unidades desse mesmo produto, comprado por R$ 30.000,00, FOB Lisboa.
Durante o mês de junho/2012, foram vendidas 8.000 unidades do produto. Ao
encerrar o mês de junho/2012, a empresa aguardava outra remessa de 5.000
unidades desse produto, de fornecedor estrangeiro, no valor de R$ 30.000,00,
FOB Santos. Caso a empresa X utilize o método PEPS (primeiro que entra,
primeiro que sai) para mensurar seu estoque, o saldo do referido produto, no
final mês de junho/202, será de R$ 42.000,00, pois a remessa aguardada é
classificada como mercadoria em trânsito.

PEPS
EI 5000x5 = 25000
Compra 5000x6 = 30000
Venda 8000 (pego 5000 do mais velho e 3000 do próximo)
5000 x 5
3000 x 6
CMV = 25000 + 18000 = 43000
Saldo 2000x6 = 12000

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A mercadoria que está em trânsito não nos interessa. Para a prova, no


que diz respeito a este assunto, só vai contar o que deu entrada na empresa
fisicamente.

FOB, ou Free on Board, significa que o comprador tem que pagar o frete.
Então, a rigor, teríamos que acrescentar o valor do frete no estoque. Como a
questão não falou nada sobre isso, não fazemos nada. Se houvesse valor de
frete, teríamos que acrescentar.

Se falasse em FOB e desse o valor do frete, acrescentaríamos, pois o frete não


está incluído no valor da mercadoria.

Se falasse em CIF e desse o valor do frete, não acrescentaríamos, pois o frete


já está incluído no valor da mercadoria.

Gaba: E

14 - Cespe 2012 TJ - No dia 1.º/6/2012, a empresa comercial X mantinha


um estoque de 5.000 unidades de determinado produto, no valor de R$
25.000,00. No dia 10/6/2012, a empresa X recebeu um novo lote de 5.000
unidades desse mesmo produto, comprado por R$ 30.000,00, FOB Lisboa.
Durante o mês de junho/2012, foram vendidas 8.000 unidades do produto. Ao
encerrar o mês de junho/2012, a empresa aguardava outra remessa de 5.000
unidades desse produto, de fornecedor estrangeiro, no valor de R$ 30.000,00,
FOB Santos.

Considerando essa situação hipotética, e desprezando qualquer aspecto


tributário, julgue os itens a seguir.

Caso a empresa X utilize o sistema de inventário periódico, aplicando o método


da média ponderada móvel, o custo da mercadoria vendida no mês de
junho/2012 será inferior a R$ 45.000,00.

Vamos montar a tabelinha de eventos, e a cada compra temos que recalcular o


custo pela MPM:
EI 5000x5 = 25000
compra 5000x6 = 30000
MPM = (25000 + 30000)/10000 = 5,5
Saldo 10000x5,5
Venda 8000
CMV = 8000x5,5 = 44000

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ICMS a pagar (que se originou na despesa de ICMS, como vimos durante a


aula).

ICMS a recolher = ICMS a pagar – ICMS a recuperar

Gaba: E

22 - Cespe 2011 - EBC - Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos


tributários. O ICMS incide nas prestações de serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal e de comunicações e telecomunicações, sendo
sua base de cálculo, de modo geral, o valor da operação com mercadorias,
incluindo-se importâncias acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo
comprador, excluídos os descontos incondicionais.

Perfeito! Vimos tudo isso durante a aula.

Gaba: C

23 - Cespe 2010 INMETRO - Inúmeras operações podem gerar valores de


impostos a ativar. É comum nas empresas e recomendado pelo Manual de
Contabilidade Societária que tais valores sejam registrados em contas
segregadas, para um melhor controle. Em relação a esse tema, assinale a
opção correta.
a) Credita-se a conta de impostos a recuperar pela retenção do tributo e
debita-se pela compensação.
b) Os efeitos tributários da marcação a mercado de ativos devem ser
registrados em contas de impostos a recuperar.
c) Um direito registrado em tributo a compensar/restituir não é passível de
realização por liquidação em espécie.
d) Em nenhum caso, admite-se o registro de IPI em conta de imposto a
recuperar/compensar em uma empresa comercial.
e) Os efeitos ativos das diferenças de procedimento na apuração dos lucros
societário e fiscal registram-se em conta de impostos diferidos.

Letra A, errada. É o contrário. Trata-se de um ativo, então debitamos na


entrada da mercadoria e creditamos na apuração do imposto.
Letra B, errada. Caso haja qualquer ajuste posterior nos estoques, não
implicará mudanças nas contas de tributos a recuperar.
Letra C, errada. No caso de devolução de mercadoria comprada à vista, os
tributos recuperáveis são baixados contra débito em caixa. Realizados em
espécie, portanto. Além do mais, pode haver conversão indireta em espécie, à
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medida que os valores a recuperar são abatidos do valor a pagar, diminuindo o


valor do recolhimento do tributo.
Letra D, errada. Vimos durante a aula que o IPI pode ser lançado como a
recuperar, nos casos em que indústria compra matéria prima para seu
processo produtivo.

Letra E, correta. É o que determina o CPC 32. Veja que, mesmo sem conhecer
o CPC 32, poderíamos responder. Mas atentem para o texto desta alternativa.
Ele é bastante explorado pelas bancas.

Gaba: E

24 - Cespe 2011 TJ - Há duas regras gerais de apuração para o PIS/PASEP:


incidência não cumulativa e incidência cumulativa. Como a incidência não
cumulativa acarretaria uma perda na arrecadação e, em princípio, essa perda
deveria ser compensada, adotaram-se alíquotas diferentes: 0,65% para a
incidência cumulativa e 1,65% para a não cumulativa.

Correto. O mesmo aconteceu com a Cofins, que tem alíquota de 3% quando


cumulativa e 7,6% quando não cumulativa.

Gaba: C

25 - Cespe 2010 INMETRO - O ICMS é um imposto de competência dos


estados e do Distrito Federal. A respeito desse tributo, é correto afirmar que;
a) os valores a recuperar estão representados como saldos credores na
escrituração mercantil (devedores, na linguagem fiscal).
b) o ICMS não cumulativo pago na aquisição de mercadorias para revenda
integra o custo de aquisição do bem e os estoques inventariados.
c) a contabilização do ICMS deve ser efetuada com base no regime de caixa,
independentemente do fato gerador representado pelas entradas e saídas de
mercadorias.
d) a legislação tributária considera que o ICMS, que incide sobre as vendas e é
proporcional ao preço da venda, não integra a receita líquida.
e) a conta corrente de ICMS é instável, podendo ser tanto de despesa quanto
de receita.
Letra A, errada. Os valores a recuperar são saldos devedores na escrituração
contábil, pois trata-se de ativos.
Letra B, errada. O ICMS não cumulativo não vai para o estoque, fica como
imposto a recuperar no ativo circulante.

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Letra C, errada. Regime de competência, sempre! A não ser na DFC.


Letra D, correta. Vimos durante a aula que o valor dos impostos é retirado do
faturamento para obtermos o valor das vendas líquidas.
Letra E, errada. A conta é instável, sim. Mas não é receita nem despesa. É
uma conta do passivo. Vimos os lançamentos durante a aula.

Gaba: D

26 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O registro do valor relativo à


Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) sobre
aquisição de mercadorias à vista, advindas do exterior, proporciona um débito
na conta de COFINS a recuperar, do ativo circulante, e um crédito no
disponível.

Perfeito!
No recolhimento do tributo, quando recuperável, lançamos o seguinte:
D Cofins a recuperar
C Caixa

Gaba: C

27 - FCC 2009 TRE - Uma empresa contribuinte do ICMS, mas não


contribuinte do IPI, ao adquirir produtos sobre os quais os dois impostos são
cobrados, deve registrar como custo dos produtos para revenda o valor total
da nota fiscal:
A) integral.
B) deduzido do ICMS e do IPI.
C) adicionado do ICMS e do IPI.
D) deduzido do IPI.
E) deduzido do ICMS.

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PIS e Cofins cumulativos


Compra a prazo 10000  IPI ainda não está incluído nesse valor

Empresa comercial  não recupera IPI, logo ele vai para estoque
PIS e Cofins cumulativos  não são recuperáveis, vão para estoque
ICMS  é recuperável, vai ficar como imposto a recuperar

Preço de compra: 10000


IPI: 800
Valor da nota: 10800
ICMS a recuperar 1800 (10000x18%, IPI não entra na BC)
Valor que vai para o estoque: 10800 – 1800 = 9000
Lançamento:

D Estoque 9000
D ICMS a recuperar 1800
C Caixa 10800

Gaba: B

30 – FCC 2010 DNOCS - A seguinte nota fiscal de entrada foi registrada na


contabilidade da Cia. Alfa, que produz bens sujeitos à incidência do ICMS e do
IPI e que está sujeita à incidência do PIS e da COFINS na sistemática
cumulativa:

100 quilos de matéria-prima R$ 30.000,00


IPI (12%) R$ 3.600,00
Valor total da Nota R$ 33.600,00
ICMS destacado (18%) = R$ 5.400,00
A companhia pagou frete para transporte da matéria-prima até seu
estabelecimento no valor de R$ 2.000,00, no qual estava incluso ICMS de R$
360,00 (desconsidere a substituição tributária).
Na ficha de estoque, referente à essa matéria-prima, o custo unitário do quilo
dessa aquisição deve ser registrado, em R$, no valor de:
A) 262,40.
B) 246,00.
C) 266,00.
D) 300,00.
E) 278,40.
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Lançamento:
D Estoque 26240
D ICMS a recuperar 5760
D IPI a recuperar 3600
C Caixa 35600

Gaba: A

31 – FCC 2009 TRT - Uma empresa, contribuinte do ICMS e não-contribuinte


do IPI, ao adquirir mercadorias para revenda incorreu nos seguintes gastos:
valor bruto de aquisição R$ 55.000,00 (valor faturado); seguros: R$ 4.000,00,
fretes: R$ 13.000,00. No entanto, ao receber as mercadorias a empresa
verificou que um lote, no valor de R$ 7.000,00, estava fora das especificações
e por isso o devolveu. Considerando que o ICMS sobre compras foi R$
9.000,00 e o IPI sobre compras foi R$ 5.000,00, o valor registrado no estoque
referente às mercadorias adquiridas foi, em reais:
A) 34.000,00
B) 43.000,00
C) 48.000,00
D) 55.000,00
E) 56.000,00

Estamos no caso 1.
Valor faturado: 55000 (valor da nota, IPI e ICMS já inclusos)
ICMS 9000 a recuperar
IPI: 5000 vai para estoque
Seguros e fretes: 17000 vai para estoque
Devolução: 7000 abatemos do total da nota

Valor do estoque = 55000 + 17000 – 9000 – 7000 = 56000


Percebam que aqui não tratamos o estorno do imposto referente à devolução.
Isso é uma característica das questões da FCC. Caso ocorra na nossa prova,
teremos que analisar o caso, pois há poucas questões disponíveis sobre isso. O
correto é fazer o estorno, como vimos durante a aula. Isso daria uma diferença
de 1260 (7000x18%), no valor a ser ativado em estoque, mas não é o caso
aqui.

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Lançamento na compra:

D Estoque 63000
D ICMS a recuperar 9000
C Caixa 72000

Lançamento na devolução:

D Caixa 7000
C Estoque 7000

Logo o estoque ficou com saldo de 63000 – 7000 = 56000

Gaba: E

32 – FCC 2009 TRE - Uma empresa adquiriu mercadorias para revenda no


valor de R$ 25.000,00 e incorreu nos seguintes gastos: frete sobre compras:
R$ 5.000,00; impostos não recuperáveis: R$ 7.000,00 (não incluso no valor
das mercadorias) e seguros: R$ 2.000,00. Ao receber as mercadorias a
empresa verificou que um lote não estava dentro das especificações e, por
isso, obteve um abatimento de R$ 4.000,00. O valor acrescido no estoque pela
aquisição das mercadorias foi, em R$:
A) 21.000,00
B) 25.000,00
C) 30.000,00
D) 35.000,00
E) 39.000,00

Estamos no caso 1.
Preço: 25000
Frete: 5000 entra no estoque
Imposto não recuperável 7000 (não inclusos) entra no estoque
Seguros 2000 entra no estoque
Abatimento: 4000 é feito o estorno e o valor sai do estoque

Valor do estoque = 25000 + 5000 + 7000 + 2000 – 4000 = 35000

Na compra:
D Estoque
C Caixa 39000
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Na devolução
D Caixa
C Estoque 4000

Logo, o valor do estoque aumentou em 35000.

Gaba: D

33 – FCC 2007 TRE - A empresa Comercial Tudo Tem Ltda. possui como
objeto social a compra e venda de materiais, instalações, suprimentos e
equipamentos de escritório. Ao adquirir estoques da Cia Industrial de Produtos,
recebe os produtos e a nota fiscal a qual, identifica no documento os seguintes
valores, em R$:
Valor do IPI cobrado pelo fornecedor 1.000.000
Valor do ICMS incluso na nota fiscal 150.000
Valor a ser pago ao fornecedor 11.000.000
Ao efetuar o registro contábil dessa operação a empresa comercial deverá
registrar na conta:
A) ICMS a Recuperar um débito de R$ 150.000
B) IPI a Recuperar um crédito de R$ 1.000.000
C) Estoques de Mercadorias um débito R$ 11.150.000
D) ICMS a pagar um crédito de R$ 150.000
E) Despesas Tributárias um débito de R$ 1.150.000
Estamos no caso 1.
Valor do IPI cobrado pelo fornecedor 1.000 – não é recuperável
Valor do ICMS incluso na nota fiscal 150 – é recuperável
Valor a ser pago ao fornecedor 11.000 - Valor da nota
Lançamento:
D Estoque 10850
D ICMS a recuperar 150
C Caixa 11000

Letra B, errada, pois não existe IPI a recuperar no caso 1.


Letra C, errada, pois o valor que vai para o estoque é 10805.
Letra D, errada, pois não existe ICMS a pagar na compra.
Letra E, errada. Não há despesa na compra. O IPI é custo do estoque e o ICMS
é direito a recuperar.
Gaba: A

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34 - FCC 2009 INFRAERO - A Cia. Ômega importou uma máquina no valor


CIF (Cost, Insurance and Freight) de 100.000,00 dólares americanos. Na
ocasião do desembaraço da mercadoria, houve incidência de imposto de
importação à alíquota 10% sobre o valor aduaneiro, este último
correspondente a R$ 215.000,00. Todos os demais impostos pagos sobre a
importação são recuperáveis para a companhia.
Houve pagamento de despesas de armazenagem e outras taxas no valor de R$
23.000,00. A Cia. gastou de frete e seguro internos para remoção da
mercadoria do local de entrada no Brasil para suas instalações fabris o valor de
R$ 38.000,00. A importação foi feita a prazo e, no vencimento, o fornecedor
estrangeiro cobrou juros de 2%, no período, sobre o valor da aquisição em
dólares. Na data do pagamento ao credor, a taxa de câmbio era U$ 1.00 = R$
2,36. Ao final da operação, o valor da máquina no Ativo da companhia ficou
registrado por, em R$:
A) 323.220,00.
B) 318.500,00.
C) 303.220,00.
D) 307.500,00.
E) 297.500,00.

Aqui temos que prestar atenção no seguinte: taxa para cálculo dos impostos é
a taxa considerada para o valor aduaneiro (taxa do dia do recolhimento do
Imposto de importação). Já a taxa para cálculo do valor da ativação, é a taxa
do dia do pagamento.
Vamos ver o que entra no estoque e somar tudo:
Valor da máquina 236000 (100000x2,36)
Imposto Importação 21500
Armazenagem 23000
Frete 38000
Total = 318500
Despesas de juros não entram no estoque.

Gaba: B

35 – FCC 2010 SERGAS - Compra de mercadorias para estoque, realizada


pela empresa Comercial Compre Bem:
Valor Total da Nota Fiscal 500.000
ICMS destacado na Nota Fiscal 90.000

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IPI destacado na Nota Fiscal 40.000


Prazo de pagamento ao fornecedor 45 dias
Pagamento do frete e seguro Feito pela empresa à vista:
Fatura da transportadora 2.000
Seguro transporte 3.000
Com relação aos impostos, destacados na nota fiscal de compra acima, a
contabilidade da Cia. Comercial Compre Bem deverá adotar os seguintes
procedimentos:
A) debitar a conta de fornecedor pelo valor do IPI em contrapartida do registro
em IPI a pagar.
B) considerar os impostos como conta de resultado, tendo em vista que a
empresa não recupera mais os impostos, debitando-os em conta de despesas
comerciais.
C) contabilizar os dois impostos nas contas de passivo IPI a Pagar e ICMS a
Recolher pelo valor dos impostos lançados na nota fiscal.
D) lançar a débito da conta Imposto a recuperar – IPI a crédito da conta do
passivo Impostos a Recolher IPI.
E) registrar no livro de entradas de mercadorias a nota fiscal destacando em
coluna própria o valor bruto da nota fiscal e o valor dos impostos incidentes na
operação.
Letra A, errada. Comércio não paga IPI.
Letra B, errada. O IPI vai para o estoque e o ICMS será recuperável.
Letra C, errada. O IPI vai para estoque e o ICMS fica como a recuperar no
ativo.
Letra D, errada. Não existe IPI a recuperar no comércio.
Letra E, correta.

Gaba: E

36 – Ceperj 2013 Sefaz RJ - A Empresa Comercial Ltda. possuía, em 31/08,


um estoque de mercadorias para revenda no montante de R$ 3.250,00. Para
atender a demanda no mês de setembro, adquiriu de um fornecedor, à vista,
um único lote de mercadorias, com as seguintes informações na nota fiscal:
Quantidade adquirida – 1.600 unidades
Preço unitário de venda – R$ 25,00
IPI incidente – 10%
ICMS com alíquota de 18%

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Sabendo-se que o frete e o seguro ficaram por conta do fornecedor e que a


empresa adquirente está na situação de não cumulatividade, o valor do
estoque disponível em setembro era igual a:
A) R$ 32.050,00
B) R$ 36.350,00
C) R$ 40.050,00
D) R$ 32.730,00
E) R$ 35.980,00

Estamos no caso 1, com PIS e Cofins não cumulativos.


Vamos lá!
O valor do IPI fica no estoque, não é recuperável.
O valor do IPI NÃO entra na BC do ICMS
O valor do IPI entra na BC do PIS/Cofins, cujas alíquotas não cumulativas
somam 9,25% (juntamos os dois para economizar tempo)

Preço de Compra: 40000


IPI: 4000 (nesse caso o IPI vai para estoque)
ICMS a recuperar 7200 (40 000 x 18% - não vai para estoque)
PIS Cofins a Recuperar 4070 (40 000 x 9,25% - não vai para o estoque)
Valor da entrada no estoque = 44000 – 7200 - 4070 = 32730
Havia saldo de 3250
Logo, valor final = 3250 + 32730 = 35980

Lançamento:

D Estoque 32730
D ICMS a recuperar 7200
D PIS e Cofins a recuperar 4070
C Caixa 44000

Gaba: E

37 - Ceperj 2012 Iterj - A Cia. Comercial ABC realizou, em 12/10/2011, a


venda a prazo de certa mercadoria por R$ 15.000 a um cliente. Tempos
depois, o cliente, alegando que a mercadoria apresentava alguns pequenos
defeitos, mostrou-se disposto devolvê-la. A empresa então propôs a concessão
de um abatimento de R$ 1.000 para que o cliente não devolvesse a

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mercadoria, com o que ele prontamente concordou. Tendo em vista o fato


descrito, o lançamento contábil efetuado para registrar a concessão do
abatimento ao cliente, dentro da melhor técnica contábil, foi:
A) Débito: Receita de Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
B) Débito: Desconto Incondicional sobre Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
C) Débito: Abatimento sobre Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
D) Débito: Receita de Vendas 1.000
Crédito: Caixa 1.000
E) Débito: Abatimento Incondicional sobre Compras 1.000
Crédito: Clientes 1.000

Vamos lá! Abatimento e devolução são assuntos mais ligados à compra e


venda com recuperação de tributos, que não foi objeto do nosso edital.
Contudo, vamos fazer as questões, que são bastante simples. De qualquer
forma, a devolução e o abatimento vão diminuir a receita.
O abatimento, tendo sido negociado depois da emissão da nota, vai ser
lançado como uma despesa, e vai diminuir a conta a receber do cliente:

D Despesa com abatimento vendas


C Contas a receber (ou clientes)
Gaba: C

38 - Ceperj 2012 Iterj - Em 5/03/2011, uma empresa comercial adquiriu


100 unidades de uma determinada mercadoria para revenda no montante de
R$ 2.000. Possuía em estoque, no início do mês, 30 unidades a um custo
unitário de R$ 15 cada uma. No dia 12 de março, realizou a venda de 80
unidades dessa mercadoria, a um preço unitário de R$ 18. Sabendo-se que a
empresa para controle do estoque de mercadoria adota o método PEPS e que
as mercadorias estavam isentas de impostos, o resultado com mercadorias,
obtido com essas operações, correspondeu a um:
A) lucro de R$ 10
B) prejuízo de R$ 10
C) prejuízo de R$ 160
D) lucro de R$ 30
E) lucro de R$ 20
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Vamos montar na ordem cronológica:


EI 30 un a 15 cada
Compra 100 un a 20 cada
Venda 80 un a 18 cada
VL = 18x80 = 1440
O método é o PEPS, então vamos ter que dar baixa nas velhinhas primeiro.
Tenho que pegar 80:
vou pegar 30x15 = 450
mais 50x20 = 1000
CMV = 1450

RCM = VL – CMV
RCM = 1440 – 1450 = -10 (prejuízo, portanto)

Gaba: B

39 - Ceperj 2012 Cedae - No mês de março de 2011, a Empresa Comercial


Ltda. realizou as seguintes operações com mercadorias:
dia 5: aquisição de 50 unidades a R$ 10 cada uma;
dia 15: aquisição de 50 unidades a R$ 20 cada uma;
dia 8: venda de 50 unidades ao preço unitário de R$ 15;
dia 31: venda de 50 unidades a R$ 30 cada uma.
Sabendo-se que o estoque no início do mês era de 50 unidades a R$ 8 cada e
que o ICMS incidente nas operações era de 10%, o valor do estoque final, pelo
critério de avaliação do custo médio ponderado, foi igual a:
A) R$ 662,50
B) R$ 583,33
C) R$ 900,00
D) R$ 725,00
E) R$ 652,50
Nessa questão temos que considerar o ICMS. Ele vai ser retirado do custo do
estoque. Vamos lembrar o cálculo do valor bruto de compras, que é aquele que
vai para o estoque:
compras brutas
(+) fretes pagos pelo comprador
(+) comissões pagas pelo comprador
(+) seguros pagos pelo comprador
(-) devoluções de compras
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(-) descontos incondicionais obtidos


(-) abatimentos sobre compras
(-) tributos recuperáveis
(+) tributos não recuperáveis
(+) demais despesas necessárias para deixar a mercadoria pronta para
venda
= compras líquidas
Vamos ver alguns detalhes:
Vamos usar o MPM
Os fatos estão fora de ordem.
O valor do que estava no estoque inicial já está líquido de ICMS.
EI 50 unidades a 8
aquisição 50 unidades a R$ 10 cada uma 9 sem o icms
aquisição 50 unidades a R$ 20 cada uma 18 sem o icms
Vamos montar a tabelinha de eventos, e a cada compra temos que recalcular o
custo pela MPM:
EI 50x8
compra 50x9 MPM = (50x8 + 50x9)/100 = 8,5
Saldo 100x8,5
Venda 50x15 CMV =50x8,5 = 425
Saldo 50X8,5
compra 50x18 MPM = (50x8,5 + 50x18)/100 = 13,25
Saldo 100x13,25
venda 50x30 CMV = 50x13,25 = 662,50
Saldo 50X 13,25

Ele quer saber o estoque final = 50X14,25 = 662,50


Gaba: A

40 – Ceperj 2012 Cedae - Em 31/12/2011foram levantados os seguintes


dados na contabilidade da Empresa Comercial Ltda.:
Venda de Mercadorias............................... R$ 66.000
Compra de Mercadorias............................. R$ 16.500
Estoque Inicial de Mercadorias.................... R$ 16.500
Devolução de Vendas................................... R$ 6.000
Devolução de Compras................................. R$ 1.500
Outras informações complementares:
I- a empresa não adota o inventário permanente para controlar seu estoque;
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II- o ICMS incidente nas operações com mercadorias era de 15%;


III- na apuração do resultado, o lucro bruto foi de R$ 24.750.
Com esses dados, o valor do Estoque Final de Mercadorias foi igual a:
A) R$ 6.150
B) R$ 4.650
C) R$ 3.900
D) R$ 3.675
E) R$ 3.000

EI = 16500 (já está líquido)


Compras =16500 – 1500 (devolução) = 15000 icms = 2250 (15%)
CL = 15000 – 2250 = 12750
Agora precisamos descobrir o CMV
RCM = 24750
RCM = VL – CMV
Tenho que descontar a devolução do valor da venda
VL = 66000 – 6000 = 60000 ainda tenho que tirar 15 % de ICMS (9000)
VL = 60000 – 9000 = 51000
24750 = 60000 – CMV
CMV = 51000 - 24750
CMV = 26250
CMV = EI + CL – EF
EF = EI + CL - CMV
EF = 16500 + 12750 – 26250 = 3000
Anotem o seguinte:
Abatimento: vai direto para contas de resultado e não influi no imposto. O
que foi tributado, foi tributado. Não afeta a tributação.
Devolução: Se houve tributação, ela é estornada, ou seja, na prática não
calculo imposto sobre o valor da devolução. Afeta a tributação.
Nos dois casos o resultado é afetado.

Gaba: E

41 – Ceperj 2012 Degase - A Empresa Comercial Alvorada Ltda. realizou, no


mês de setembro, as seguintes operações com mercadorias:
Dia 03 – aquisição à vista de 120 unidades a R$ 25 cada;
Dia 10 – venda de 120 unidades no montante de R$ 4.200, sendo 70% à vista;
Dia 30 – venda de 100 unidades a R$ 48 cada uma.
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Sabendo-se que no início do mês existiam, em estoque, 120 unidades ao custo


unitário de R$ 20, que o ICMS incidente nas operações com mercadorias era
de 20% e que a empresa utiliza o método PEPS para avaliação dos estoques, o
valor do lucro bruto apurado no período foi igual a:
A) R$ 2.800
B) R$ 2.600
C) R$ 2.500
D) R$ 2.400
E) R$ 2.300

PEPS
EI 120x20 (já líquido)
Compra 120x20 (sem o imposto)
Venda 120 x CMV unitário de 20 = 2400 venda = 4200
Venda 100 x CMV unitário de 20 = 2000 venda = 4800
CMV = 4400
Tenho que tirar 20% do valor da venda
VL = (4200 + 4800) x 0,8 = 7200
RCM = VL – CMV = 7200 – 4400 = 2800
Gaba: A

42 - Ceperj 2012 Procon - A Revendedora Comercial ABC Ltda., no mês de


setembro, realizou as seguintes operações com mercadorias:
- Dia 10: compra de 750 unidades a R$ 6 cada uma:
- Dia 15: venda de 1.000 unidades a R$ 15 cada uma;
- Dia 20: compra de 2.250 unidades a R$ 8 cada uma;
- Dia 28: venda de 1.500 unidades no total de R$ 22.500.
Sabendo-se que no início do mês havia em estoque 500 unidades no montante
de R$ 2.500, e que a incidência de ICMS, nas compras e vendas, era de 10%,o
Resultado com Mercadorias no período, pelo método PEPS, foi igual a:
A) R$ 20.260
B) R$ 19.650
C) R$ 18.200
D) R$ 17.240
E) R$ 16.250

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PEPS
EI 500x5 (já líquido)
Compra 750x5,40 (sem o imposto)
Venda 1000 (pego 500 do mais velho e 500 do próximo)
500 x 5
500 x 5,4
CMV = 2500 + 2700 = 5200
Saldo 250x5,4
Compra 2250x7,2 (sem o imposto)
Venda 1500 (pego 250 do mais velho e 1250 do próximo)
250x5,4
1250x7,2
CMV = 1350 + 9000 = 10350
CMV total = 15550
Venda = 15000+22500 = 37500
Tirando o imposto de 10%
VL = 37500 x 0,9 = 33750
RCM = VL – CMV = 33750 -15550 = 18200

Gaba: C

43 - Ceperj 2012 Rioprev - Numa economia inflacionária, isto é, com preços


crescentes, se uma determinada empresa avaliar seus estoques pelo método
PEPS ou FIFO apurará, em valores, o seguinte resultado:
A) estoque final menor do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias maior.
B) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV maior e
resultado com mercadorias maior.
C) estoque final menor do que os outros métodos, ocasionando CMV maior e
resultado com mercadorias maior.
D) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias maior.
E) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias menor.

Vamos analisar o comportamento:

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Venda 400 (pego 200 do mais velho e 200 do próximo)


200x4,5
200x9
CMV = 900 + 1800 = 2700
Saldo 50x9
Compra 150x18 (sem o imposto)
Saldo final = 50x9 + 150x18 = 3150

Gaba: C

45 - Ceperj 2012 Iterj - Em 31 de dezembro foram obtidos os seguintes


dados, referentes a uma empresa revendedora de mercadorias:
Bancos c/ Movimento......................... R$ 2.250
Capital Social...................................... R$ 7.500
Compras de Mercadorias.................. R$ 10.500
Fornecedores...................................... R$ 8.500
Vendas de Mercadorias..................... R$ 10.000
Móveis e Utensílios............................ R$ 3.000
Custo de Mercadorias Vendidas......... R$ 7.500
Clientes............................................... R$ 3.500
Caixa...................................................... R$ 750

Sabendo-se que, no início do exercício, o valor de mercadorias em estoque era


de R$ 1.000, o montante do Capital Circulante Líquido, no final do exercício,
era igual a:
A) R$ 3.500
B) R$ 5.000
C) R$ 2.000
D) R$ 10.000
E) R$ 10.500

Temos que encontrar o valor do estoque final utilizando os valores dados.


EF = EI + Compras – CMV
EF = 1000 + 10500 – 7500 = 4000

Classificando as contas do BP:


Bancos c/ Movimento...............AC.......... R$ 2.250
Capital Social.........................PL............. R$ 7.500
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Fornecedores.........................PC............. R$ 8.500
Móveis e Utensílios................ANC............ R$ 3.000
Clientes...................................AC............ R$ 3.500
Caixa........................................AC.............. R$ 750
Estoque Final AC 4.000

CCL= Ativo Circulante – Passivo Circulante


AC =2250 + 3500 + 750 + 4000 = 10500
PC = 8500
CCL = 10500 – 8500 = 2000

Gaba: C

46 – FCC 2009 – Uma companhia cujo objeto é o comércio de mercadorias


adota o sistema do inventário periódico para avaliação de seus estoques. são
dadas as seguintes informações, extraídas de sua escrituração contábil:
compras.................................................... 600.000,00
devoluções de compras................................. 50.000,00
estoque inicial de mercadorias ...................... 240.000,00
estoque final de mercadorias......................... 180.000,00
o custo das mercadorias vendidas dessa companhia corresponde a:
a) 660.000,00
b) 610.000,00
c) 580.000,00
d) 550.000,00
e) 490.000,00

EF = EI + Compras – CMV
180 = 240 + (600 – 50) – CMV
CMV = 790 -180 = 610
Gaba: B

47 – FCC 2009 – Considere as seguintes informações:


receita bruta de vendas ........................................................ 850.000,00
devoluções de vendas .............................................................. 50.000,00
custo das mercadorias vendidas ............................................ 320.000,00
impostos incidentes sobre vendas ........................................... 80.000,00
despesas operacionais ........................................................... 240.000,00
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receita de dividendos .............................................................. 50.000,00


ganho de capital na alienação de bem do ativo imobilizado.....20.000,00
o resultado operacional bruto da companhia será:
a) 400.000,00
b) 340.000,00
c) 230.000,00
d) 210.000,00
e) 160.000,00

vendas brutas 850


(-) tributos incidentes nas vendas 80
(-) descontos incondicionais concedidos
(-) abatimentos sobre vendas
(-) devoluções de vendas 50
(-) ajuste a valor presente da receita (retificadora da receita)
= vendas líquidas (receitas líquidas de vendas) 720

RCM = VL – CMV
RCM = 720 – 320 = 400

Gaba: A

48 – FCC 2008 Sefaz MS - Quando as vendas de uma empresa são


realizadas sem um controle concomitante e paralelo do estoque de
mercadorias, indique qual dos sistemas abaixo está sendo utilizado para
calcular o custo das mercadorias vendidas.
a) Sistema de inventário permanente.
b) Sistema de inventário de preço justo.
c) Sistema de inventário periódico.
d) Sistema de inventário de fluxo alternado.

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CPC

Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Gaba: E

52 - Cespe 2011 TJ - Com base nos conceitos e aplicações de custos, julgue


os itens.
As mercadorias devem ser avaliadas pelo custo de aquisição, deduzido de
provisão para ajuste ao valor de mercado, quando este for inferior. O valor de
mercado pode ser utilizado em quaisquer circunstâncias no caso de
mercadorias fungíveis, se esse for o costume mercantil.

Certo!
CPC

Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

6404  Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão


ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil
aceito pela técnica contábil.

Gaba: C

53 - Cespe 2011 FUB - Os estoques devem ser avaliados pelo custo de


aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao
preço de mercado, quando este for inferior, vedado qualquer outro critério.

Errado. Além do valor realizável, citado na questão, temos o valor justo para a
colheita, os custos de produção para os serviços, o valor de mercado para os
fungíveis, o método do varejo. Logo, vemos que não é certo dizer que outros
meios de avaliação são vedados.

Gaba: E

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54 - Cespe 2011 TRE - Em relação ao encerramento do exercício social e às


normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue os próximos itens.
Quando o preço corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e
artigos da indústria e do comércio da empresa estiver acima do valor do custo
de aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente
poderá ser usada para a constituição de reservas de contingência.

Errado. Se o preço corrente, ou de mercado, estiver acima do custo de


aquisição, não há nada a fazer. Logo, não haverá nenhuma diferença. Isso no
caso geral.

Gaba: E

55 - Cespe 2010 ABIN - As compras, ainda não recebidas, cujo transporte


seja de responsabilidade do vendedor (FOB-destino) e as mercadorias
recebidas de terceiros, em consignação, não devem ser incluídas no valor do
estoque da empresa.

Correto. A entidade só deve registrar o estoque quando assumir os riscos e


benefícios do produto em questão. No caso da venda FOB, isso só acontece na
entrada da mercadoria na entidade. No caso das mercadorias recebidas em
consignação, o estoque fica no consignante, pois os benefícios e riscos ainda
são dele. Logo, em nenhuma das situações descritas há lançamento em
estoque..

Gaba: C

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Lista das Questões Apresentadas

1 - Esaf 2013 MF - A Cia. Das Compras emitiu nota fiscal de venda com valor
a pagar de R$ 96.000,00, constando o preço de venda mais IPI de 20%. O
ICMS foi computado à alíquota de 18%. O Custo das Mercadorias Vendidas foi
calculado em R$ 45.000,00. Também ocorreram despesas com vendas de R$
7.000,00 e Administrativas de R$ 8.000,00. Quando foram feitos os cálculos de
apuração para elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, essa
operação contribuiu com um resultado operacional bruto de
a) R$ 26.176,00.
b) R$ 20.600,00.
c) R$ 17.976,00.
d) R$ 17.400,00.
e) R$ 14.520,00.

2 - Esaf 2012 MDIC - Elabore a ficha de controle de estoques com os


seguintes dados:
Mercadorias existentes em 01/10 = 60 unidades ao custo de R$ 20,00;
Compras a prazo em 04/10 = 100 unidades ao custo unitário de R$ 24,00;
Vendas em 10/10 de 80 unidades ao preço unitário de R$ 30,00.
A empresa não sofre tributação e avalia os estoques a custo médio ponderado.
Com essas informações podemos dizer que a operação de venda teve um custo
de
a) R$ 1.600,00.
b) R$ 1.680,00.
c) R$ 1.800,00.
d) R$ 1.920,00.
e) R$ 2.400,00.

3 - Esaf 2012 MDIC - Compra de mercadorias, a prazo, para revender nos


Armazéns do Porto Ltda., nos seguintes termos:
Quantidade adquirida: 2.000 unidades;
Preço unitário de compra: R$ 2,50;
Incidência de ICMS a 15% e de IPI a 5%.
A contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:
a) Débito: de Mercadorias 4.000,00 da compra 750,00 do ICMS (15%) 250,00
do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela dívida total.

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b) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra 750,00 do ICMS (15%) 250,00


do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 6.000,00 pela dívida total.
c) Débito: de Mercadorias 5.000,00 da compra e do ICMS (15%) e de IPI a
recuperar 250,00 do IPI (5%) e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela dívida
total.
d) Débito: de Mercadorias 4.250,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a
Recuperar 750,00 do ICMS (15%) e crédito de Fornecedores 5.000,00 pela
dívida total.
e) Débito: de Mercadorias 4.500,00 da compra e do IPI (5%) e ICMS a
Recuperar 750,00 do ICMS (15%) e crédito de Fornecedores 5.250,00 pela
dívida total.

4 - Esaf 2012 ATRFB - Considere uma operação de compra de materiais para


revender, constante de 300 unidades ao preço unitário de R$ 600,00, com
incidência de ICMS a 12% e de IPI a 8%. Se a operação for realizada a prazo,
vai gerar uma dívida, com fornecedores, no valor de
a) R$ 172.800,00.
b) R$ 180.000,00.
c) R$ 194.400,00.
d) R$ 201.600,00.
e) R$ 216.000,00.

5 - Esaf 2012 ATRFB - A empresa Metalfino Ltda. não sofre tributação nas
operações de compra e venda de mercadorias; só opera com transações extra-
caixa; utiliza o método de controle permanente de estoques, com avaliação a
preço médio ponderado. Em 15 de outubro a empresa realizou a venda de 120
unidades ao preço unitário de 12 reais. As compras do mês foram: 150
unidades a 8 reais cada uma em 05/10 e 60 unidades a 11 reais, em 18/10.
Sabendo-se que em 30 de setembro desse ano já havia um estoque de
mercadorias no valor de R$ 500,00 correspondentes a 100 unidades, pode-se
afirmar que o custo das mercadorias vendidas em outubro foi de
a) R$ 600,00.
b) R$ 660,00.
c) R$ 780,00.
d) R$ 816,00.
e) R$ 960,00.

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6 - Esaf 2012 AFRFB - Nas operações de mercadorias, o valor dos gastos


com transportes, quando estes são feitos sob a responsabilidade do
comprador,
a) aumentam o valor das mercadorias compradas.
b) são registrados a débito de uma conta de despesa.
c) diminuem o valor dos estoques de mercadorias.
d) não geram efeitos no custo das mercadorias vendidas quando estes são
realizados.
e) não afetam o valor dos estoques de mercadorias.

7 - Esaf 2010 Susep - A empresa Varejos Ltda. tinha em estoque 20


unidades de mercadorias contabilizado por R$ 80,00 cada unidade, quando
negociou as seguintes operações:
1. Compra a vista de 60 unidades a R$ 100,00, pagando frete de R$ 600,00;
2. Venda a vista de 40 unidades ao preço unitário de R$ 150,00, pagando frete
de R$ 400,00.
A negociação não sofreu nenhuma espécie de tributação, nem sobre as
mercadorias, nem sobre o frete. Os estoques são controlados pelo método do
custo médio ponderado móvel. Com essas informações, podemos dizer que o
negócio rendeu à empresa um lucro total de
a) R$ 1.500,00.
b) R$ 1.900,00.
c) R$ 1.200,00.
d) R$ 1.800,00.
e) R$ 1.000,00.

8 - Esaf 2010 ISS Rio - A firma Armazém Prá-lá-de-bom Ltda. controla seus
estoques de forma permanente, com avaliação contábil pelo critério UEPS e, no
mês de abril, teve a seguinte movimentação com mercadorias, isentas de
tributação e negociadas à vista:
1 estoque inicial de 35 unidades a R$ 10,00 cada uma;
2 entrada de 30 unidades a R$ 15,00 cada uma;
3 venda de 40 unidades a R$ 20,00 cada uma;
4 entrada de 25 unidades a R$ 18,00 cada uma; e, por último;
5 saída de 20 unidades a R$ 20,00 cada uma.
No fim do período, ao ser computado o estoque, certamente, vamos encontrar
o seu valor contábil avaliado em:
a) R$ 300,00.
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b) R$ 340,00.
c) R$ 454,80.
d) R$ 500,00.
e) R$ 525,00.

9 - Esaf 2010 CVM - Assinale a opção que não corresponde à verdade.


O Conselho Federal de Contabilidade - CFC aprovou a Resolução NBC T 19.20,
relativa a Estoques, para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010.
Referida resolução leciona que:
a) o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à
sua condição e localização atuais.
b) os estoques, objeto desta Norma, devem ser mensurados pelo valor de
custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
c) o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos, os custos de transporte, seguro,
manuseio e outros, deduzido de descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes.
d) o custo dos estoques que não possa ser avaliado pelo valor específico, deve
ser atribuído pelo uso do critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS),
último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou pelo critério do custo médio
ponderado.
e) Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas e a alocação sistemática de custos
indiretos de produção, que sejam incorridos para transformar os materiais em
produtos acabados.

10 - Esaf 2010 CVM - Ao fim do exercício social, a empresa Mel & Doces
Ltda., ao inventariar três dos seus produtos para venda, apurou a seguinte
situação em quantidades e custos de aquisição:
Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O
preço de venda em vigor no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o
item ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00 para o item ZETA.

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Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões necessárias


ao cumprimento das normas, a empresa levará a balanço, como saldo
representativo desses três estoques, o valor de
a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00

11 - Esaf 2010 AFRFB - No mercadinho de José Maria Souza, que ele,


orgulhosamente, chama de Supermercado Barateiro, o Contador recebeu a
seguinte documentação:
Inventário físico-financeiro de mercadorias:
elaborado em 31.12.2007: R$ 90.000,00
elaborado em 31.12.2008: R$ 160.000,00
Notas-fiscais de compras de mercadorias:
Pagamento a vista R$ 120.000,00
Pagamento a prazo R$ 80.000,00
Notas-fiscais de vendas de mercadorias:
Recebimento a vista R$ 90.000,00
Recebimento a prazo R$ 130.000,00
Os fretes foram cobrados à razão de R$ 25.000,00 sobre as compras e de R$
15.000,00 sobre as vendas; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços foi calculado à razão de 15% sobre as compras e sobre as vendas.
Não há ICMS sobre os fretes, nem outro tipo de tributação nas operações. Com
base nessa documentação, coube ao Contador contabilizar as operações e
calcular os custos e lucros do Supermercado. Terminada essa tarefa, podemos
dizer que foi calculado um lucro bruto de vendas, no valor de
a) R$ 90.000,00.
b) R$ 47.000,00.
c) R$ 87.000,00.
d) R$ 62.000,00.
e) R$ 97.000,00.

12 - Esaf 2002 AFC - A Fábrica de Pré-moldados, contribuinte de IPI e ICMS,


adquiriu uma partida de materiais pré industrializados para uso industrial. A
operação foi realizada a prazo, pagando-se, no ato, apenas 10% da compra
mais frete e seguros. Emitida a nota fiscal 1xxx3, dela constavam: quantidade
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4.000 unidades; preço unitário R$ 2,50; ICMS 17%; IPI 12%; frete e seguros
2% do preço. Assinale o lançamento correto para contabilizar a operação.
a) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 6.900,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00
Fretes e Seguros R$ 200,00 R$ 10.000,00
a Caixa R$ 1.000,00
a Fornecedores R$ 9.000,00 R$ 10.000,00
b) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.300,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00
Fretes e Seguros R$ 200,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.080,00 R$ 11.400,00
c) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.500,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.140,00
a Fornecedores R$ 10.260,00 R$ 11.400,00
d) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 8.500,00
IPI a Recuperar R$ 1.200,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.080,00 R$ 11.400,00
e) Diversos
a Diversos
Materiais R$ 9.700,00
ICMS a Recuperar R$ 1.700,00 R$ 11.400,00
a Caixa R$ 1.320,00
a Fornecedores R$ 10.260,00 R$ 11.400,00
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Fábrica contribuinte do IPI e ICMS, adquiriu matéria-prima p uso industrial.


Operação FOB, pagando no ato 10% da compra + Fretes e seguros. Nota Fiscal
= 4000 unidades; preço unitário 2,50. ICMS 17%; IPI 12% Fretes e seguros
2% do preço. Lançamento da operação?

13 - Cespe 2012 TJ - No dia 1.º/6/2012, a empresa comercial X mantinha


um estoque de 5.000 unidades de determinado produto, no valor de R$
25.000,00. No dia 10/6/2012, a empresa X recebeu um novo lote de 5.000
unidades desse mesmo produto, comprado por R$ 30.000,00, FOB Lisboa.
Durante o mês de junho/2012, foram vendidas 8.000 unidades do produto. Ao
encerrar o mês de junho/2012, a empresa aguardava outra remessa de 5.000
unidades desse produto, de fornecedor estrangeiro, no valor de R$ 30.000,00,
FOB Santos. Caso a empresa X utilize o método PEPS (primeiro que entra,
primeiro que sai) para mensurar seu estoque, o saldo do referido produto, no
final mês de junho/202, será de R$ 42.000,00, pois a remessa aguardada é
classificada como mercadoria em trânsito.

14 - Cespe 2012 TJ - No dia 1.º/6/2012, a empresa comercial X mantinha


um estoque de 5.000 unidades de determinado produto, no valor de R$
25.000,00. No dia 10/6/2012, a empresa X recebeu um novo lote de 5.000
unidades desse mesmo produto, comprado por R$ 30.000,00, FOB Lisboa.
Durante o mês de junho/2012, foram vendidas 8.000 unidades do produto. Ao
encerrar o mês de junho/2012, a empresa aguardava outra remessa de 5.000
unidades desse produto, de fornecedor estrangeiro, no valor de R$ 30.000,00,
FOB Santos.
Considerando essa situação hipotética, e desprezando qualquer aspecto
tributário, julgue os itens a seguir.
Caso a empresa X utilize o sistema de inventário periódico, aplicando o método
da média ponderada móvel, o custo da mercadoria vendida no mês de
junho/2012 será inferior a R$ 45.000,00.

15 - Cespe 2011 CBM - Julgue os itens a seguir, a respeito da Lei n.º


6.404/197 e suas alterações, da legislação complementar e dos
pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Uma empresa inserida em um contexto econômico inflacionário que faça o
controle de estoque pelo método PEPS, comparativamente ao método UEPS,
apurará o custo das mercadorias vendidas menor e, consequentemente, lucro
maior.
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16 - Cespe 2011 PREVIC - Julgue os itens que se seguem, relativos à prática


contábil. Se a economia em que se encontra determinada empresa passar por
um período inflacionário, o método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai)
de avaliação dos estoques produzirá um estoque final menor do que o avaliado
por outros métodos.

17 - Cespe 2011 PREVIC - Quando determinada mercadoria comprada por


empresa que utiliza o sistema de inventário permanente precisa ser devolvida,
o valor correspondente deve ser lançado a crédito diretamente na conta de
estoques.

18 - Cespe 2011 TRE - Julgue os itens que se seguem, acerca da utilização


das técnicas contábeis no registro e controle do patrimônio das entidades.
Enquanto, no sistema de inventário periódico, o valor do estoque final de
mercadorias é conhecido por meio de um mecanismo extracontábil, no sistema
de inventário permanente, é a própria contabilidade que fornece a informação
a respeito do estoque existente em cada momento.

19 - Cespe 2010 TRE - Quanto à apuração de resultados contábeis, julgue os


itens que se seguem. O registro contábil do custo da mercadoria vendida em
conta de resultado específica, no momento da venda do produto, é
procedimento contábil adequado independentemente do sistema de inventário
adotado pela empresa: inventário periódico ou permanente.

20 - Cespe 2010 TRE - Em ambiente inflacionário, quando um estoque é


avaliado pelo método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), o saldo da
conta estoque é maior que o que seria apurado, caso o método de avaliação
escolhido fosse a média ponderada móvel.

21 - Cespe 2012 TJ - Em relação aos tributos recuperáveis, é correto afirmar


que, para a empresa, o saldo da conta ICMS a recuperar representa um(a):
a) obrigação, cuja classificação é passivo não circulante.
b) obrigação, que deve ser classificada como passivo circulante.
c) direito, que deve ser classificado como despesas antecipadas.
d) direito, em que se deve reduzir o valor do ICMS escriturado como despesa
em determinado período.
e) direito, que deve ser classificado no ativo circulante.

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22 - Cespe 2011 - EBC - Julgue os itens que se seguem, relativos a aspectos


tributários. O ICMS incide nas prestações de serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal e de comunicações e telecomunicações, sendo
sua base de cálculo, de modo geral, o valor da operação com mercadorias,
incluindo-se importâncias acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo
comprador, excluídos os descontos incondicionais.

23 - Cespe 2010 INMETRO - Inúmeras operações podem gerar valores de


impostos a ativar. É comum nas empresas e recomendado pelo Manual de
Contabilidade Societária que tais valores sejam registrados em contas
segregadas, para um melhor controle. Em relação a esse tema, assinale a
opção correta.
a) Credita-se a conta de impostos a recuperar pela retenção do tributo e
debita-se pela compensação.
b) Os efeitos tributários da marcação a mercado de ativos devem ser
registrados em contas de impostos a recuperar.
c) Um direito registrado em tributo a compensar/restituir não é passível de
realização por liquidação em espécie.
d) Em nenhum caso, admite-se o registro de IPI em conta de imposto a
recuperar/compensar em uma empresa comercial.
e) Os efeitos ativos das diferenças de procedimento na apuração dos lucros
societário e fiscal registram-se em conta de impostos diferidos.

24 - Cespe 2011 TJ - Há duas regras gerais de apuração para o PIS/PASEP:


incidência não cumulativa e incidência cumulativa. Como a incidência não
cumulativa acarretaria uma perda na arrecadação e, em princípio, essa perda
deveria ser compensada, adotaram-se alíquotas diferentes: 0,65% para a
incidência cumulativa e 1,65% para a não cumulativa.

25 - Cespe 2010 INMETRO - O ICMS é um imposto de competência dos


estados e do Distrito Federal. A respeito desse tributo, é correto afirmar que;
a) os valores a recuperar estão representados como saldos credores na
escrituração mercantil (devedores, na linguagem fiscal).
b) o ICMS não cumulativo pago na aquisição de mercadorias para revenda
integra o custo de aquisição do bem e os estoques inventariados.
c) a contabilização do ICMS deve ser efetuada com base no regime de caixa,
independentemente do fato gerador representado pelas entradas e saídas de
mercadorias.
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d) a legislação tributária considera que o ICMS, que incide sobre as vendas e é


proporcional ao preço da venda, não integra a receita líquida.
e) a conta corrente de ICMS é instável, podendo ser tanto de despesa quanto
de receita.

26 - Cespe 2010 Banco da Amazônia - O registro do valor relativo à


Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) sobre
aquisição de mercadorias à vista, advindas do exterior, proporciona um débito
na conta de COFINS a recuperar, do ativo circulante, e um crédito no
disponível.

27 - FCC 2009 TRE - Uma empresa contribuinte do ICMS, mas não


contribuinte do IPI, ao adquirir produtos sobre os quais os dois impostos são
cobrados, deve registrar como custo dos produtos para revenda o valor total
da nota fiscal:
A) integral.
B) deduzido do ICMS e do IPI.
C) adicionado do ICMS e do IPI.
D) deduzido do IPI.
E) deduzido do ICMS.

28 - FCC 2009 TRE - Uma empresa adquiriu mercadorias, a prazo, no valor


de R$ 85.000,00. Nesse montante, estão inclusos os impostos recuperáveis no
valor de R$ 12.000,00 e os impostos não recuperáveis, no valor de R$
7.000,00. No momento da aquisição das mercadorias, a empresa debitou:
A) a conta estoques e creditou a conta fornecedores,no valor de R$ 85.000,00.
B) a conta estoques e creditou a conta fornecedores,no valor de R$ 73.000,00.
C)R$ 73.000,00 na conta estoques e creditou R$ 85.000,00 na conta
fornecedores.
D) a conta caixa e creditou a conta fornecedores, no valor de R$ 85.000,00.
E)R$ 66.000,00 na conta estoques e creditou R$ 73.000,00 na conta
fornecedores.

29 – FCC 2008 TRF - Uma empresa comercial varejista, ao registrar na sua


escrituração contábil a compra, a prazo, de 200 unidades de determinada
mercadoria, ao preço unitário de R$ 50,00, sofrendo incidência de IPI a 8% e
ICMS a 18%, sujeita à tributação cumulativa do PIS (0,65%) e da COFINS

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(3%), deverá lançar a débito da conta estoques de mercadorias, o valor, em


R$, de:
A)10.000,00
B)9.000,00
C)8.785,00
D)8.665,00
E)8.200,00

30 – FCC 2010 DNOCS - A seguinte nota fiscal de entrada foi registrada na


contabilidade da Cia. Alfa, que produz bens sujeitos à incidência do ICMS e do
IPI e que está sujeita à incidência do PIS e da COFINS na sistemática
cumulativa:
100 quilos de matéria-prima R$ 30.000,00
IPI (12%) R$ 3.600,00
Valor total da Nota R$ 33.600,00
ICMS destacado (18%) = R$ 5.400,00
A companhia pagou frete para transporte da matéria-prima até seu
estabelecimento no valor de R$ 2.000,00, no qual estava incluso ICMS de R$
360,00 (desconsidere a substituição tributária).
Na ficha de estoque, referente à essa matéria-prima, o custo unitário do quilo
dessa aquisição deve ser registrado, em R$, no valor de:
A) 262,40.
B) 246,00.
C) 266,00.
D) 300,00.
E) 278,40.

31 – FCC 2009 TRT - Uma empresa, contribuinte do ICMS e não-contribuinte


do IPI, ao adquirir mercadorias para revenda incorreu nos seguintes gastos:
valor bruto de aquisição R$ 55.000,00 (valor faturado); seguros: R$ 4.000,00,
fretes: R$ 13.000,00. No entanto, ao receber as mercadorias a empresa
verificou que um lote, no valor de R$ 7.000,00, estava fora das especificações
e por isso o devolveu. Considerando que o ICMS sobre compras foi R$
9.000,00 e o IPI sobre compras foi R$ 5.000,00, o valor registrado no estoque
referente às mercadorias adquiridas foi, em reais:
A) 34.000,00
B) 43.000,00
C) 48.000,00
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D) 55.000,00
E) 56.000,00

32 – FCC 2009 TRE - Uma empresa adquiriu mercadorias para revenda no


valor de R$ 25.000,00 e incorreu nos seguintes gastos: frete sobre compras:
R$ 5.000,00; impostos não recuperáveis: R$ 7.000,00 (não incluso no valor
das mercadorias) e seguros: R$ 2.000,00. Ao receber as mercadorias a
empresa verificou que um lote não estava dentro das especificações e, por
isso, obteve um abatimento de R$ 4.000,00. O valor acrescido no estoque pela
aquisição das mercadorias foi, em R$:
A) 21.000,00
B) 25.000,00
C) 30.000,00
D) 35.000,00
E) 39.000,00

33 – FCC 2007 TRE - A empresa Comercial Tudo Tem Ltda. possui como
objeto social a compra e venda de materiais, instalações, suprimentos e
equipamentos de escritório. Ao adquirir estoques da Cia Industrial de Produtos,
recebe os produtos e a nota fiscal a qual, identifica no documento os seguintes
valores, em R$:
Valor do IPI cobrado pelo fornecedor 1.000.000
Valor do ICMS incluso na nota fiscal 150.000
Valor a ser pago ao fornecedor 11.000.000
Ao efetuar o registro contábil dessa operação a empresa comercial deverá
registrar na conta:
A) ICMS a Recuperar um débito de R$ 150.000
B) IPI a Recuperar um crédito de R$ 1.000.000
C) Estoques de Mercadorias um débito R$ 11.150.000
D) ICMS a pagar um crédito de R$ 150.000
E) Despesas Tributárias um débito de R$ 1.150.000

34 - FCC 2009 INFRAERO - A Cia. Ômega importou uma máquina no valor


CIF (Cost, Insurance and Freight) de 100.000,00 dólares americanos. Na
ocasião do desembaraço da mercadoria, houve incidência de imposto de
importação à alíquota 10% sobre o valor aduaneiro, este último
correspondente a R$ 215.000,00. Todos os demais impostos pagos sobre a
importação são recuperáveis para a companhia.
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Houve pagamento de despesas de armazenagem e outras taxas no valor de R$


23.000,00. A Cia. gastou de frete e seguro internos para remoção da
mercadoria do local de entrada no Brasil para suas instalações fabris o valor de
R$ 38.000,00. A importação foi feita a prazo e, no vencimento, o fornecedor
estrangeiro cobrou juros de 2%, no período, sobre o valor da aquisição em
dólares. Na data do pagamento ao credor, a taxa de câmbio era U$ 1.00 = R$
2,36. Ao final da operação, o valor da máquina no Ativo da companhia ficou
registrado por, em R$:
A) 323.220,00.
B) 318.500,00.
C) 303.220,00.
D) 307.500,00.
E) 297.500,00.

35 – FCC 2010 SERGAS - Compra de mercadorias para estoque, realizada


pela empresa Comercial Compre Bem:
Valor Total da Nota Fiscal 500.000
ICMS destacado na Nota Fiscal 90.000
IPI destacado na Nota Fiscal 40.000
Prazo de pagamento ao fornecedor 45 dias
Pagamento do frete e seguro Feito pela empresa à vista:
Fatura da transportadora 2.000
Seguro transporte 3.000
Com relação aos impostos, destacados na nota fiscal de compra acima, a
contabilidade da Cia. Comercial Compre Bem deverá adotar os seguintes
procedimentos:
A) debitar a conta de fornecedor pelo valor do IPI em contrapartida do registro
em IPI a pagar.
B) considerar os impostos como conta de resultado, tendo em vista que a
empresa não recupera mais os impostos, debitando-os em conta de despesas
comerciais.
C) contabilizar os dois impostos nas contas de passivo IPI a Pagar e ICMS a
Recolher pelo valor dos impostos lançados na nota fiscal.
D) lançar a débito da conta Imposto a recuperar – IPI a crédito da conta do
passivo Impostos a Recolher IPI.
E) registrar no livro de entradas de mercadorias a nota fiscal destacando em
coluna própria o valor bruto da nota fiscal e o valor dos impostos incidentes na
operação.
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36 – Ceperj 2013 Sefaz RJ - A Empresa Comercial Ltda. possuía, em 31/08,


um estoque de mercadorias para revenda no montante de R$ 3.250,00. Para
atender a demanda no mês de setembro, adquiriu de um fornecedor, à vista,
um único lote de mercadorias, com as seguintes informações na nota fiscal:
Quantidade adquirida – 1.600 unidades
Preço unitário de venda – R$ 25,00
IPI incidente – 10%
ICMS com alíquota de 18%
Sabendo-se que o frete e o seguro ficaram por conta do fornecedor e que a
empresa adquirente está na situação de não cumulatividade, o valor do
estoque disponível em setembro era igual a:
A) R$ 32.050,00
B) R$ 36.350,00
C) R$ 40.050,00
D) R$ 32.730,00
E) R$ 35.980,00

37 - Ceperj 2012 Iterj - A Cia. Comercial ABC realizou, em 12/10/2011, a


venda a prazo de certa mercadoria por R$ 15.000 a um cliente. Tempos
depois, o cliente, alegando que a mercadoria apresentava alguns pequenos
defeitos, mostrou-se disposto devolvê-la. A empresa então propôs a concessão
de um abatimento de R$ 1.000 para que o cliente não devolvesse a
mercadoria, com o que ele prontamente concordou. Tendo em vista o fato
descrito, o lançamento contábil efetuado para registrar a concessão do
abatimento ao cliente, dentro da melhor técnica contábil, foi:
A) Débito: Receita de Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
B) Débito: Desconto Incondicional sobre Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
C) Débito: Abatimento sobre Vendas 1.000
Crédito: Clientes 1.000
D) Débito: Receita de Vendas 1.000
Crédito: Caixa 1.000
E) Débito: Abatimento Incondicional sobre Compras 1.000
Crédito: Clientes 1.000

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38 - Ceperj 2012 Iterj - Em 5/03/2011, uma empresa comercial adquiriu


100 unidades de uma determinada mercadoria para revenda no montante de
R$ 2.000. Possuía em estoque, no início do mês, 30 unidades a um custo
unitário de R$ 15 cada uma. No dia 12 de março, realizou a venda de 80
unidades dessa mercadoria, a um preço unitário de R$ 18. Sabendo-se que a
empresa para controle do estoque de mercadoria adota o método PEPS e que
as mercadorias estavam isentas de impostos, o resultado com mercadorias,
obtido com essas operações, correspondeu a um:
A) lucro de R$ 10
B) prejuízo de R$ 10
C) prejuízo de R$ 160
D) lucro de R$ 30
E) lucro de R$ 20

39 - Ceperj 2012 Cedae - No mês de março de 2011, a Empresa Comercial


Ltda. realizou as seguintes operações com mercadorias:
dia 5: aquisição de 50 unidades a R$ 10 cada uma;
dia 15: aquisição de 50 unidades a R$ 20 cada uma;
dia 8: venda de 50 unidades ao preço unitário de R$ 15;
dia 31: venda de 50 unidades a R$ 30 cada uma.
Sabendo-se que o estoque no início do mês era de 50 unidades a R$ 8 cada e
que o ICMS incidente nas operações era de 10%, o valor do estoque final, pelo
critério de avaliação do custo médio ponderado, foi igual a:
A) R$ 662,50
B) R$ 583,33
C) R$ 900,00
D) R$ 725,00
E) R$ 652,50

40 – Ceperj 2012 Cedae - Em 31/12/2011foram levantados os seguintes


dados na contabilidade da Empresa Comercial Ltda.:
Venda de Mercadorias............................... R$ 66.000
Compra de Mercadorias............................. R$ 16.500
Estoque Inicial de Mercadorias.................... R$ 16.500
Devolução de Vendas................................... R$ 6.000
Devolução de Compras................................. R$ 1.500
Outras informações complementares:

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I- a empresa não adota o inventário permanente para controlar seu estoque;


II- o ICMS incidente nas operações com mercadorias era de 15%;
III- na apuração do resultado, o lucro bruto foi de R$ 24.750.
Com esses dados, o valor do Estoque Final de Mercadorias foi igual a:
A) R$ 6.150
B) R$ 4.650
C) R$ 3.900
D) R$ 3.675
E) R$ 3.000

41 – Ceperj 2012 Degase - A Empresa Comercial Alvorada Ltda. realizou, no


mês de setembro, as seguintes operações com mercadorias:
Dia 03 – aquisição à vista de 120 unidades a R$ 25 cada;
Dia 10 – venda de 120 unidades no montante de R$ 4.200, sendo 70% à vista;
Dia 30 – venda de 100 unidades a R$ 48 cada uma.
Sabendo-se que no início do mês existiam, em estoque, 120 unidades ao custo
unitário de R$ 20, que o ICMS incidente nas operações com mercadorias era
de 20% e que a empresa utiliza o método PEPS para avaliação dos estoques, o
valor do lucro bruto apurado no período foi igual a:
A) R$ 2.800
B) R$ 2.600
C) R$ 2.500
D) R$ 2.400
E) R$ 2.300

42 - Ceperj 2012 Procon - A Revendedora Comercial ABC Ltda., no mês de


setembro, realizou as seguintes operações com mercadorias:
- Dia 10: compra de 750 unidades a R$ 6 cada uma:
- Dia 15: venda de 1.000 unidades a R$ 15 cada uma;
- Dia 20: compra de 2.250 unidades a R$ 8 cada uma;
- Dia 28: venda de 1.500 unidades no total de R$ 22.500.
Sabendo-se que no início do mês havia em estoque 500 unidades no montante
de R$ 2.500, e que a incidência de ICMS, nas compras e vendas, era de 10%,o
Resultado com Mercadorias no período, pelo método PEPS, foi igual a:
A) R$ 20.260
B) R$ 19.650
C) R$ 18.200
D) R$ 17.240
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E) R$ 16.250

43 - Ceperj 2012 Rioprev - Numa economia inflacionária, isto é, com preços


crescentes, se uma determinada empresa avaliar seus estoques pelo método
PEPS ou FIFO apurará, em valores, o seguinte resultado:
A) estoque final menor do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias maior.
B) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV maior e
resultado com mercadorias maior.
C) estoque final menor do que os outros métodos, ocasionando CMV maior e
resultado com mercadorias maior.
D) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias maior.
E) estoque final maior do que os outros métodos, ocasionando CMV menor e
resultado com mercadorias menor.

44 – Ceperj 2011 Sefaz OF - Uma empresa revendedora de mercadorias


realizou, no mês de setembro de 2010, as seguintes operações:
15/09 – aquisição de 500 unidades a R$ 5 cada uma;
18/09 – venda de 300 unidades no valor total de R$ 3.000;
21/09 – aquisição de 250 unidades pelo montante de R$ 2.500;
28/09 – venda de 400 unidades ao preço unitário de R$ 7,50
30/09 – aquisição de 150 unidades a R$ 20 cada uma.
Sabendo-se que o imposto de circulação de mercadorias incidente nas
operações realizadas era de 10% e que não havia saldo inicial de mercadorias,
no final do mês, o montante do estoque avaliado pelo método PEPS
correspondeu a:
A) R$ 2.000
B) R$ 3.500
C) R$ 3.150
D) R$ 1.800
E) R$ 2.500

45 - Ceperj 2012 Iterj - Em 31 de dezembro foram obtidos os seguintes


dados, referentes a uma empresa revendedora de mercadorias:
Bancos c/ Movimento......................... R$ 2.250
Capital Social...................................... R$ 7.500
Compras de Mercadorias.................. R$ 10.500
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Fornecedores...................................... R$ 8.500
Vendas de Mercadorias..................... R$ 10.000
Móveis e Utensílios............................ R$ 3.000
Custo de Mercadorias Vendidas......... R$ 7.500
Clientes............................................... R$ 3.500
Caixa...................................................... R$ 750
Sabendo-se que, no início do exercício, o valor de mercadorias em estoque era
de R$ 1.000, o montante do Capital Circulante Líquido, no final do exercício,
era igual a:
A) R$ 3.500
B) R$ 5.000
C) R$ 2.000
D) R$ 10.000
E) R$ 10.500

46 – FCC 2009 – Uma companhia cujo objeto é o comércio de mercadorias


adota o sistema do inventário periódico para avaliação de seus estoques. são
dadas as seguintes informações, extraídas de sua escrituração contábil:
compras.................................................... 600.000,00
devoluções de compras................................. 50.000,00
estoque inicial de mercadorias ...................... 240.000,00
estoque final de mercadorias......................... 180.000,00
o custo das mercadorias vendidas dessa companhia corresponde a:
a) 660.000,00
b) 610.000,00
c) 580.000,00
d) 550.000,00
e) 490.000,00

47 – FCC 2009 – Considere as seguintes informações:


receita bruta de vendas ........................................................ 850.000,00
devoluções de vendas .............................................................. 50.000,00
custo das mercadorias vendidas ............................................ 320.000,00
impostos incidentes sobre vendas ........................................... 80.000,00
despesas operacionais ........................................................... 240.000,00
receita de dividendos .............................................................. 50.000,00
ganho de capital na alienação de bem do ativo imobilizado.....20.000,00
o resultado operacional bruto da companhia será:
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a) 400.000,00
b) 340.000,00
c) 230.000,00
d) 210.000,00
e) 160.000,00

48 – FCC 2008 Sefaz MS - Quando as vendas de uma empresa são


realizadas sem um controle concomitante e paralelo do estoque de
mercadorias, indique qual dos sistemas abaixo está sendo utilizado para
calcular o custo das mercadorias vendidas.
a) Sistema de inventário permanente.
b) Sistema de inventário de preço justo.
c) Sistema de inventário periódico.
d) Sistema de inventário de fluxo alternado.

49 – FCC 2008 Sefaz MS -Indique, dentre as alternativas abaixo, aquela que


melhor caracteriza o sistema de inventário permanente.
a) Sempre que houver o controle do estoque de mercadorias de forma
contínua, dando-se baixa acumulada e anual pelo total das vendas, utilizando
como base o preço de mercado dessas mercadorias vendidas.
b) Sempre que não houver o controle do estoque de mercadorias de forma não
contínua, dando-se baixa acumulada e anual pelo total das vendas, utilizando
como base o preço de mercado dessas mercadorias vendidas.
c) Sempre que houver o controle do estoque de mercadorias de forma
contínua, dando-se baixa, em cada venda, pelo custo dessas mercadoria
vendidas.
d) Sempre que houver o controle do estoque de mercadorias de forma não-
contínua, paralela e concomitante, dando-se baixa do total transacionado pelo
custo dessas mercadorias vendidas.

50 – FCC 2009 TRE - Suponha um período de aumento de preços. Se uma


empresa usar o método PEPS como critério de avaliação de estoques, em vez
de Média Ponderada Móvel, apresentará menor:
A) valor de mercadorias em estoque.
B) custo dos produtos vendidos.
C) receita líquida.
D) fluxo de caixa nas operações.
E) Passivo circulante.
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51 - Cespe 2013 ANP - Com relação ao efeito contábil das transações


realizadas por uma companhia aberta, julgue os itens a seguir.
Os itens de estoques que, normalmente, não são intercambiáveis são avaliados
pelos seus custos individuais, os quais devem ser ajustados aos seus valores
realizáveis líquidos sempre que eles se revelarem superiores ou inferiores a
esses custos.

52 - Cespe 2011 TJ - Com base nos conceitos e aplicações de custos, julgue


os itens.
As mercadorias devem ser avaliadas pelo custo de aquisição, deduzido de
provisão para ajuste ao valor de mercado, quando este for inferior. O valor de
mercado pode ser utilizado em quaisquer circunstâncias no caso de
mercadorias fungíveis, se esse for o costume mercantil.

53 - Cespe 2011 FUB - Os estoques devem ser avaliados pelo custo de


aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao
preço de mercado, quando este for inferior, vedado qualquer outro critério.

54 - Cespe 2011 TRE - Em relação ao encerramento do exercício social e às


normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue os próximos itens.
Quando o preço corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e
artigos da indústria e do comércio da empresa estiver acima do valor do custo
de aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente
poderá ser usada para a constituição de reservas de contingência.

55 - Cespe 2010 ABIN - As compras, ainda não recebidas, cujo transporte


seja de responsabilidade do vendedor (FOB-destino) e as mercadorias
recebidas de terceiros, em consignação, não devem ser incluídas no valor do
estoque da empresa.

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Gabarito

1 B 6A 11 D 16 E 21 E 26 C 31 E 36 E 41 A 46 B 51 E
2 C 7A 12 D 17 C 22 C 27 E 32 D 37 C 42 C 47 A 52 C
3 E 8B 13 E 18 C 23 E 28 C 33 A 38 B 43 D 48 C 53 E
4 C 9D 14 C 19 E 24 C 29 B 34 B 39 A 44 C 49 C 54 E
5 D 10 A 15 C 20 C 25 D 30 A 35 E 40 E 45 C 50 B 55 C

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51
2 7 12 17 22 27 32 37 42 47 52
3 8 13 18 23 28 33 38 43 48 53
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49 54
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55

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