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Contabilidade Geral e Avançada para Auditor Fiscal da

Receita Federal do Brasil - Teoria e Exercícios – Aula 17


Professor Marcelo Seco

Chegue cedo ao local da prova. Quando digo cedo, quero dizer o seguinte, na
hora em que o portão abrir você já deve estar lá há uns 20 minutos. Se tiver
algum conhecido seu por lá, evite ficar conversando. Nesse momento você
precisa se concentrar.

Portões abertos, entre imediatamente e dirija-se à sua sala. Se tiver que ir ao


banheiro, faça-o nesse momento. Se o tempo for um ponto crítico para essa
prova, é sempre melhor prevenir. Digo isso porque enquanto você vai ao
banheiro durante a prova, os seus concorrentes estão resolvendo duas
questões.

Nos concursos de algumas bancas, os lugares são de livre escolha. No caso da


Esaf, são quase livres. Por isso a necessidade de chegar cedo e escolher um
bom lugar para você. Veja se a cadeira não está quebrada ou muito capenga.
Mesmo que sejam cadeiras pré-determinadas, verifique se a sua está
confortável.

A partir desse momento, você deve ter 30 a 40 minutos até o início da prova.
Concentre-se, tranquilize-se, baixe a adrenalina. Isso é essencial para começar
bem. Não puxe conversa com o vizinho. Caso apareça um daqueles chatos
impertinentes, explique educadamente que está precisando se concentrar.
Quando a prova começar você deve estar com a respiração tranquila,
concentração máxima e tranquilidade total.

Se ainda não planejou como vai ser a resolução da prova, faça isso agora.
Você tem que saber em qual matéria vai começar, e qual o tempo máximo que
deve dedicar a essa matéria inicial. Minha sugestão é sempre iniciar por língua
portuguesa, mas isso é muito pessoal. O fato é que para as questões de
interpretação não é exigido nenhum conhecimento que você tenha tido que
estudar ou decorar. São necessários apenas atenção e capacidade de análise, e
isso você sempre tem mais no começo da prova, então a chance de perder um
ponto por bobeira é menor.

Se der de cara com uma questão cascuda, não perca tempo, passe para a
próxima e volte a ela depois. No mais, é detonar as questões e controlar o
tempo, e a ansiedade.

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Fiquem com uma frase inspirada em César, e saboreiem a merecida vitória!

Venimus, vidimus, victoriam!

Nós viemos, nós vimos a vitória!

Boa sorte, e boa prova a todos!

Vamos lá!

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Materialidade não é uma característica fundamental, mas sim um


aspecto da relevância, no contexto de cada entidade. A informação é
material se sua omissão ou distorção puder influenciar decisões.

Representação Fidedigna é uma representação:


Completa
Neutra
Livre de Erro

Os elementos contábeis

Posição patrimonial e financeira Mensuração do desempenho


(BP) (DRE)
Ativos Receitas
Passivos Despesas
Patrimônio líquido

Ativo: controlado pela entidade, resultado de eventos passados, expectativa


de entrada de futuros benefícios econômicos;
Passivo: obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados,
expectativa de saída de benefícios econômicos;
PL: interesse residual nos ativos depois de deduzidos todos os seus passivos.

Receitas: entrada de recursos, aumento de ativos ou diminuição de passivos,


que aumentem o PL e que não sejam contribuições dos sócios;
Despesas: saída de recursos, redução de ativos ou assunção de passivos, que
diminuam o PL e que não sejam distribuições aos sócios.

O reconhecimento dos Elementos

Um elemento deve ser reconhecido se:


For provável que algum benefício econômico entre ou saia da entidade
E
Se o item puder ser mensurado com confiabilidade.

Se faltar uma das duas condições, e o elemento for material (relevante), a


informação vai para as notas explicativas.

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O que mudou na 6404 com o processo de convergência

 A DOAR - demonstração das origens e aplicações de recursos, não


existe mais.
 As exigências da administração tributária e dos reguladores devem
ser atendidas em separado, sem interferir na contabilidade.
 Obrigatoriedade do teste de recuperabilidade (impairment).
 Fim da reserva de reavaliação.
Os saldos existentes deverão
- ser mantidos até sua efetiva realização; ou
- ser estornados até o término do exercício social de 2008.
 Prêmio na emissão de debêntures e doações e subvenções para
investimento não são mais reservas de capital.
 Criação da Reserva de Incentivos Fiscais (é uma reserva de lucros)
 Mudança na estrutura do BP.
Balanço Patrimonial

ATIVO (A) PASSIVO (P)


Circulante Circulante

Não Circulante Não Circulante


Realizável Longo Prazo
Imobilizado

Investimentos PATRIMÔNO LÍQUIDO (PL)


Intangível

 Fim do Ativo Diferido.


 Fim dos Resultados de Exercícios Futuros - REF
 Mudanças na apresentação de Notas Explicativas.
 Nova forma de avaliação de instrumentos financeiros.
 Ajuste a valor Presente para ativo e passivo. Longo prazo sempre
será ajustado. Curto prazo quando houver efeito relevante.
 Mudanças na estrutura da DRE. Não existem mais receitas e despesas
não operacionais. Foi ampliado o conceito de algumas participações.
 Mudança no conceito de coligadas e no uso do MEP.
 Sociedades de grande porte, mesmo que não sejam S/A deverão
elaborar e publicar DCs seguindo os preceitos da 6404.

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A Avaliação dos demais elementos patrimoniais

 Mercadorias, Matérias Primas, Produtos e Almoxarifado.


Custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor
de mercado, quando este for inferior.
 Valor de mercado das matérias-primas e dos bens em almoxarifado.
O preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.
 Valor de mercado dos bens ou direitos destinados à venda.
O preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os
impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro.
 Provisão para ajuste ao valor de mercado.
A regra é custo registrado ou mercado, dos dois o menor.
 Diferença no conceito de Valor dos estoques - 6404 x CPC
6404 – custo aquisição ou valor de mercado, o menor dos dois
CPC – custo aquisição ou valor realizável líquido, o menor dos dois
 Valor de mercado dos estoques de bens fungíveis.
Temos aqui uma exceção.
Mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de
mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.
 Imobilizados
Os imobilizados serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido da
depreciação, amortização ou exaustão acumuladas, conforme o caso, ou por
teste de recuperabilidade.
 Intangíveis
Os intangíveis serão avaliados pelo custo de aquisição deduzido pela,
amortização acumulada, quando cabível ou por teste de recuperabilidade.
 Passivo
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto
sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados
pelo valor atualizado até a data do balanço.
As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão
convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.
As obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando
houver efeito relevante. Veremos isso adiante, em ajuste a valor presente.

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O teste de Recuperabilidade (Impairment)

Valor recuperável = o maior entre valor líquido de


venda e valor em uso.

Quando efetuar o teste de recuperabilidade?


A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se
há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido
desvalorização. Se houver, o teste deve ser feito.

Teste anual obrigatório, independente de indicação:


Intangível com vida útil indefinida
Intangível ainda não disponível para uso
Ágio por rentabilidade futura (goodwill).

O Ajuste a Valor Presente


Ativo e Passivo de longo prazo serão sempre ajustados
a valor presente.
Os de curto prazo, somente quando houver efeito
relevante.
Os elementos são reconhecidos no ativo ou no passivo
pelo seu valor descontado.
A diferença, relativa aos juros, fica em conta separada,
sendo transferida ao resultado com o decurso do
tempo.

Valor justo (fair value) - é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado,
ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e
independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Valor presente (present value) - é a estimativa do valor corrente de um


fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade.

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Outros resultados abrangentes

Itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são


reconhecidos na DRE, ou seja, não “passam” pelo resultado. São eles:

 variações na reserva de reavaliação, se ainda permitidas legalmente;


 ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido;
 ganhos e perdas de conversão de DCs de operações no exterior;
 ganhos e perdas na avaliação de ativos financeiros disponíveis para
venda
 parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de hedge
em operação de hedge de fluxo de caixa

Usuários das DCs

As DCs são elaboradas para usuários externos em geral, com finalidades


distintas e necessidades diversas.

Usuários primários, são eles:


Investidores (atuais e potenciais);
Credores por empréstimo (Financiadores);
Outros credores

O objetivo das DCs é fornecer informações que sejam úteis na tomada de


decisões econômicas e avaliações diversas por parte dos usuários em geral,
sem atender a nenhuma necessidade específica.

Com relação a esse ponto, quero que vocês levem para a


prova duas informações preciosas sobre as DCs:
São feitas para usuários externos;
Não são feitas para atender necessidade específica de
nenhum grupo;

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Notas explicativas - NEs


É é uma informação adicional em relação à apresentada nas DCs. Atenção
aqui: as NEs só podem tratar de assuntos presentes nas DCs, ou de itens de
interesse que não se enquadraram nos critérios para reconhecimento nas DCs.
DCs requeridas na visão do CPC
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
 BP - balanço patrimonial;
 DRE - demonstração do resultado;
 DRA - demonstração do resultado abrangente;
 DMPL - demonstração das mutações do patrimônio líquido;
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa;
 NE - notas explicativas (políticas contábeis e outras informações);
 DVA - demonstração do valor adicionado
 balanço patrimonial do período mais antigo quando:
 for aplicada política contábil retrospectivamente
 for apresentada retrospectiva de itens das DCSs
 forem reclassificados itens das DCs;
DCs requeridas na visão da 6404
 BP - balanço patrimonial BP;
 DLPA - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
 DRE - demonstração do resultado do exercício; e
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa;
 DVA - demonstração do valor adicionado, se companhia aberta.

DFC é dispensada para Cias. fechadas cujo PL for menor do que R$ 2 milhões.
A CVM obriga as companhias de capital aberto a publicarem a DMPL.
A DLPA deverá indicar o valor dos dividendos por ação, e poderá ser incluída
na DMPL, caso a companhia a publique.
A DRA não pode mais ser incluída na DMPL, tendo que ser apresentada
separadamente.

A DRA não pode mais ser incluída na DMPL, tendo que


ser apresentada separadamente.

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As Reservas

Só temos três reservas de capital


 Ágio obtido na emissão de ações;
 Produto da alienação de partes beneficiárias;
 Produto da alienação de bônus de subscrição.

Prêmio obtido na emissão de debêntures e doações e


subvenções governamentais não são mais considerados
Reservas de Capital.

Reservas de Lucros são as seguintes:


 Reserva legal
 Reserva estatutárias
 Reserva para contingências
 Reserva de incentivos fiscais
 Reserva de retenção de lucros
 Reserva de lucros a realizar
 Reserva especial para dividendos obrigatórios não
distribuídos

A Reserva Legal
Sua finalidade é a proteção do capital social e é obrigatória por lei.
É constituída com 5% do lucro líquido do exercício (LLE).
É a única com percentual estabelecido em lei
Forma de cálculo: 5% x (LLE – Prejuízos acumulados)

 Limite máximo obrigatório:


 20% do Capital Social é o máximo!
 Constituição opcional da reserva legal:
 Se reserva legal + reservas de capital maior ou igual a 30% do
Capital Social, pode-se deixar de fazer a constituição da reserva.
 A reserva legal só pode ser utilizada para duas finalidades:
 compensar prejuízos ou
 aumentar o capital social

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O tratamento do software

Softwares

Se só puderem ser utilizados em equipamento


específico, por exemplo, sistema operacional, ficam
registrados junto com o equipamento, no imobilizado.

Se forem autônomos, por exemplo, sistema de controle


de projetos, ficam registrados no intangível.

As benfeitorias

Benfeitorias em imóveis de terceiros

Se forem reembolsáveis ficam no circulante ou no


realizável a longo prazo.

Se forem não reembolsáveis ficam no imobilizado e se


sujeitam à amortização pelo tempo do contrato.

DRE

O resultado não é mais segregado entre operacional e


não operacional. Tudo é operacional.

Os antigos itens de receita e despesa não operacional


agora são designados:
outras receitas e outras despesas.

BP
Estático
Informações Patrimoniais e Financeiras
DRE
Dinâmica
Informações sobre o desempenho econômico.

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A DRA não pode mais ser incluída na DMPL, tendo que


ser apresentada separadamente.

DCs exigidas pela 6404:

Vamos fazer um paralelo entre o que é exigido pelo CPC e pela 6404, pois a
banca pode citar especificamente a referência, e devemos estar preparados
para isso.

Art. 176 - Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:

 BP - balanço patrimonial BP;


 DLPA - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
 DRE - demonstração do resultado do exercício; e
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa;
 DVA - demonstração do valor adicionado, se companhia aberta.

A obrigatoriedade da DFC é dispensada para companhias fechadas cujo PL for


menor do que R$ 2 milhões.

A CVM obriga as companhias de capital aberto a publicarem a DMPL.

A DLPA deverá indicar o valor dos dividendos por ação, e poderá ser incluída
na DMPL, caso a companhia a publique.

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O Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial

Ativo (A) Passivo (P)

Circulante Circulante

Não Circulante

Não Circulante Patrimônio Líquido (PL)

Realizável Longo Prazo Capital Social

Imobilizado Reservas de Capital

Investimentos Reservas de Lucros

Intangível Ajustes Avaliação Patrimonial

Ações em Tesouraria

Prejuízos Acumulados

As Situações Patrimoniais

 A > P  Situação Líquida Positiva ou Superavitária  PL > 0

 A < P  Situação Líquida Negativa ou Deficitária  PL < 0

Também chamada de Passivo a Descoberto

 A = P  Situação Líquida Nula  PL = 0

No ativo as contas são dispostas em ordem decrescente


de grau de liquidez.

No passivo as contas são dispostas em ordem


decrescente de grau de exigibilidade.

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As Provisões

São reconhecidas como passivo, pois pode-se fazer uma estimativa confiável
de seu valor e é provável que uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação.

Reconhecimento da Provisão

Uma provisão deve ser reconhecida quando:

 a entidade tem uma obrigação presente como resultado de evento


passado; e

 seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e

 possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.

O Passivo contingente

Caso falte uma das condições para o reconhecimento de uma provisão, temos
um passivo contingente. A entidade não deve reconhecer um passivo
contingente.

O passivo contingente é divulgado em NE, a menos que seja remota a


possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos.

Passivos contingentes

Não são reconhecidos como passivo porque:


 ainda não são obrigações pois são apenas possíveis (e não
prováveis)
ou
 são obrigações presentes mas não satisfazem os critérios de
reconhecimento porque
 não é provável que seja necessária uma saída de recursos
para liquidar a obrigação
ou
 não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável
do valor da obrigação

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A Demonstração dos fluxos de caixa - DFC

A DFC proporciona aos usuários das DCs uma base para avaliar a capacidade
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades
da entidade de utilização desses fluxos de caixa.

DFC

Os fluxos de caixa do período classificados por


atividades operacionais, de investimento e de
financiamento.

Caixa

Compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.

Equivalentes de caixa

São aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são


prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Atividades operacionais

São as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras


atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.

Atividades de investimento

São as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros


investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.

Atividades de financiamento

São aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do


capital próprio e no capital de terceiros da entidade.

Os Juros e os dividendos

Apesar da controvérsia e da possibilidade de classificação em qualquer dos

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fluxos, o CPC encoraja fortemente as entidades a classificarem assim:

 Juros recebidos ou pagos  fluxo operacional


 Dividendos e JCP recebidos  fluxo operacional
 Dividendos e JCP pagos fluxo de financiamento.

A CVM também adota essa classificação, e a opção por alternativa diferente


deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.

Fluxos originados em obtenção ou perda de controle de


investida – atividades de investimento.

Fluxos originados em mudança de percentual de


participação, sem perda de controle de investida –
atividades de financiamento.

A Transação que não envolve caixa ou equivalentes de caixa

Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa


ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da demonstração dos fluxos de
caixa. Exemplos:

 Depreciação
 Constituição de EPCLD
 Ajuste de Avaliação Patrimonial
 Constituição de Reservas

A Demonstração do valor adicionado - DVA

A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte


forma:
 pessoal e encargos;
 impostos, taxas e contribuições;
 juros e aluguéis;
 juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;
 lucros retidos/prejuízos do exercício.
Os ativos construídos pela empresa para uso próprio na DVA

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A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa


riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse
mesmo tratamento.

Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como


insumos.

A reorganização societária

A transformação é a operação pela qual a sociedade


passa, independentemente de dissolução e liquidação,
de um tipo para outro.

Incorporação, fusão ou cisão:

Podem ocorrer entre sociedades de tipos iguais ou


diferentes.
Se envolver Cia aberta, gerará Cia aberta.

Incorporação

Uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que


lhes sucede em todos os direitos e obrigações.

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Fusão
Unem-se duas ou mais sociedades para formar
sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos
e obrigações.

Cisão
É a operação pela qual a companhia transfere parcelas
do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão
de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital,
se parcial a versão.

A Consolidação das Demonstrações

O que diz a 6404

Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% do seu PL


representado por investimentos em sociedades controladas deverá
elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras,
demonstrações consolidadas.

O que diz o CPC 36?

Qualquer controladora aberta ou fechada, deve apresentar DCs


consolidadas.

Toda entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações


consolidadas, com as seguintes exceções:

Se a controladora for um plano de benefícios a empregados; OU

Se a controladora satisfizer todas as condições:

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 a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) e todos


proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e
não fizeram objeção;
 seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados
publicamente;
 ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de
suas demonstrações visando à distribuição pública de instrumento no
mercado de capitais;
 a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da
controladora, disponibiliza demonstrações consolidadas.

O que fazer na consolidação:


Somar itens patrimoniais e de resultado
Eliminar o investimento da controladora
Eliminar saldos entre as entidades
Eliminar eventos não realizados
Eliminar receitas e despesas entre as entidades

Os Indicadores de liquidez.

Liquidez corrente

LC = AC / PC

Liquidez seca

LS = (AC – Estoques) / PC

Liquidez Imediata

LI = Disponível / PC

Liquidez Geral

LG = AC + RLP / PC + PNC

Margem de garantia ou Índice de solvência

MG = Ativo Total / PC + PNC

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Capital Circulante Líquido

CCL = AC - PC

Os Indicadores de rentabilidade

Rentabilidade do Capital Próprio (PL)

RCP = Receita Líquida / Capital Próprio

Rentabilidade das Vendas

RV= Receita Líquida / vendas

Retorno sobre o Ativo

RSA =Lucro Operacional / Ativo Total

Retorno sobre o Investimento

RSI = Lucro Operacional / Passivo Total

Atenção: RSI = RSA

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

RSPL = Lucro Líquido / PL

Os Indicadores de lucratividade.

Margem bruta

MG = Lucro Bruto / Receita Líquida

Margem Operacional

MO = Lajir / Receita Líquida

Lajir = lucro antes dos juros e imposto de renda

Margem Líquida

ML = Lucro Líquido / Receita Líquida

Margem Ebitda

ME = Ebitda / RL

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A Análise Vertical

AV consiste em verificar a participação percentual de


cada conta, ou grupo de contas no total de um grupo,
em um mesmo exercício.

A Análise Horizontal

AH consiste em comparar os valores de contas de um


período em relação ao período estabelecido como
período base. A partir dos valores do período base, são
calculados números índices.

A correção monetária

A correção monetária obrigatória por lei foi extinta, mas


ela continua presente como aspecto do princípio do
registro pelo valor orgiginal.

Itens monetários e não monetários

Itens monetários são os ativos representados por valor em moeda, como caixa
e bancos, ou direitos a receber e obrigações a pagar em moeda.

Os ativos monetários puros são o dinheiro em espécie e os depósitos em


contas não remuneradas, e não possuem defesa contra os efeitos da inflação.

Os ativos monetários indexados e os pré-fixados possuem defesa contra a


inflação.

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Subvenção só deve ser reconhecida se houver razoável


certeza de que:
Entidade cumprirá condições
Subvenção será recebida

Subvenção relacionada a ativo

Depreciável: reconhecer na mesma base da depreciação


Não depreciável: acompanhar a apropriação das
despesas referentes às obrigações

O que fazer com os custos enquanto uma operação de captação não se


conclui?

Enquanto os recursos não forem captados, os custos de transação


devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo
como pagamento antecipado (despesa antecipada). O saldo dessa conta
transitória deve ser reclassificado para a conta específica, conforme a natureza
da operação, tão logo seja concluído o processo de captação, ou baixado se a
operação não se concretizar.

O Intangível

Ativo intangível

É um ativo não monetário identificável sem substância física.

Intangível deve ser:

Identificável
Controlado
Gerador de benefícios econômicos

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Caso um item não atenda à definição, o gasto incorrido na sua aquisição ou


geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.

Se um item não identificável for adquirido em uma combinação de


negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.

Para ser identificável um ativo intangível deve:

 ser separável, ou seja, pode ser separado da entidade e vendido,


transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto
com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da
intenção de uso pela entidade;
ou

 resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais,


independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da
entidade ou de outros direitos e obrigações.

O Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura ou goodwill, caso não


possa ser identificado, deve ficar contabilizado em conta separada no
imobilizado, aumentando o valor do investimento.

Goodwill
Não sofre amortização.
Está sujeito ao teste de recuperabilidade.
Classifica-se em ANC Investimentos no balanço individual se não for
identificável.
Classifica-se em ANC Intangível no balanço individual se for identificável.
Classifica-se em ANC Intangível no balanço consolidado, sempre.
Se nada for falado, classificamos no investimento.

O Ágio por expectativa de rentabilidade futura ou goodwill gerado


internamente não é reconhecido.
Ágio pago ou adquirido em de terceiros é reconhecido.

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Goodwill

Gerado internamente: não é reconhecido.


Adquirido de terceiros: é reconhecido.

A Pesquisa e o Desenvolvimento

Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de


adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros


conhecimentos em plano ou projeto visando à produção de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou
do seu uso.

Durante pesquisa
Tudo é despesa, não se reconhece intangível.

Durante o desenvolvimento
Intangível pode ser reconhecido se atendidas as
condições

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.

 Vida útil definida deve ser amortizado.


 Vida útil indefinida não deve ser amortizado.

O Ativo imobilizado

Imobilizado é o item tangível que:

 é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
 se espera utilizar por mais de um período.

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Imobilizados correspondem aos direitos que tenham por objeto bens


corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Custos da manutenção periódica - despesa

Os custos da manutenção periódica ou gastos com reparo e manutenção,


devem ser classificados como despesa do período em que foram
incorridos, não sendo reconhecidos como parte do valor contábil do ativo
imobilizado.

Peças e conjuntos de reposição – gasto ativado

A entidade reconhece o custo incorrido da peça reposta no valor


contábil de um item do ativo imobilizado se os critérios de reconhecimento
forem atendidos. O valor contábil das peças que são substituídas é
baixado de acordo com as disposições de baixa desta Norma.

Realização regular de grandes inspeções – gasto ativado

Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido


no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os
critérios de reconhecimento forem satisfeitos.

Qualquer valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior


(distinta das peças físicas) é baixado.

O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


 seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
 quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para er capaz de funcionar;
 a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local no qual este está localizado.

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Custos diretamente atribuíveis são:


 custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da
construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
 custos de preparação do local;
 custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
 custos de instalação e montagem;
 custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda
de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o
equipamento); e
 honorários profissionais.

Não são custos de um item do ativo imobilizado:


 custos de abertura de nova instalação;
 custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
 custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
 custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado


cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de


um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os
seguintes custos:
 custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas
condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;
 prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a
demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e
 custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as
operações da entidade.

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Os Estoques
São ativos:

 mantidos para venda no curso normal dos negócios;


 em processo de produção para venda; ou
 na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor realizável líquido

É o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos


custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários
para se concretizar a venda.

O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera


realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios.

O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado
entre compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso.

Valor realizável líquido é um valor específico para a entidade, ao


passo que o valor justo já não é. Por isso, o valor realizável líquido dos
estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos
necessários para a respectiva venda.

As Receitas
Receita

Ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período observado no


curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu
patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às
contribuições dos proprietários.

As quantias cobradas por conta de terceiros bem como as oriundas da relação


de agenciamento (agente – principal) arrecadadas pela entidade, em nome
do principal, não resultam em aumentos do PL da entidade e, portanto, não
são receitas. Já a comissão combinada entre as partes contratantes é receita.

Venda de bens

A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem


satisfeitas todas as seguintes condições:
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 a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios


mais significativos inerentes à propriedade dos bens;
 a entidade não mantenha envolvimento continuado na gestão dos bens
vendidos em grau normalmente associado à propriedade e tampouco
efetivo controle sobre tais bens;
 o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade;
 for provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão
para a entidade; e
 as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à transação,
possam ser mensuradas com confiabilidade.

Os Eventos Subsequentes

Evento subsequente é aquele evento, favorável ou desfavorável, que ocorre


entre a data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e
a data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações.

Dois tipos de eventos podem ser identificados:

 os que evidenciam condições que já existiam na data final do período a


que se referem as demonstrações contábeis - originam ajustes;
 os que são indicadores de condições que surgiram subsequentemente ao
período contábil a que se referem as demonstrações contábeis - não
originam ajustes.

Os Investimentos
Propriedade para investimento

É a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos)


mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro)
para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não
para:

 Uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para


finalidades administrativas; ou
 Venda no curso ordinário do negócio.

Exemplos de itens que não são propriedades para investimento:

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 Propriedade destinada à venda no decurso ordinário das atividades ou


em vias de construção ou desenvolvimento para tal venda;
 Propriedade em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros;
 Propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida para uso
futuro como propriedade ocupada pelo proprietário, propriedade mantida
para desenvolvimento futuro e uso subsequente como propriedade
ocupada pelo proprietário, propriedade ocupada por empregados
(paguem ou não aluguéis a taxas de mercado) e propriedade ocupada
pelo proprietário no aguardo de alienação;
 Propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento
financeiro.

A entidade pode:

 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as


propriedades para investimento que suportem passivos que pagam
retorno diretamente associado ao valor justo de, ou aos retornos de
ativos especificados incluindo essa propriedade para investimento; e
 escolher o método do valor justo ou o método do custo para todas as
restantes propriedades para investimento, independentemente da
escolha feita no item anterior.

A Variação Cambial
Taxa de fechamento

Taxa de câmbio à vista vigente ao término do período de reporte.

Variação cambial

Diferença resultante da conversão de um número específico de unidades em


uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais.

Taxa de câmbio

Relação de troca entre duas moedas.

Moeda estrangeira

Qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade.

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Moeda funcional

Moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera.

Moeda de apresentação

Moeda na qual as demonstrações contábeis são apresentadas.

Taxa de câmbio à vista

Taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação imediata das


operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pelo
Banco Central do Brasil.

Reconhecimento de variação cambial

As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da


conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais
foram convertidos quando da mensuração inicial, durante o período ou em
demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na DRE ou
DRA.

Quando um ganho ou uma perda sobre itens não monetários for reconhecido
em conta específica de outros resultados abrangentes, qualquer
variação cambial atribuída a esse componente de ganho ou perda deve ser
também reconhecida em conta específica de outros resultados
abrangentes.

Muito bem pessoal, chegamos ao fim!

Estudem bem esse material. Façam nele as suas anotações, levem-no para a
prova. E lembrem-se: o dia da prova é o dia da batalha final! Cheguem lá
preparados e tranquilos.

Boa prova a todos!

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