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Muitas empresas ainda têm dúvidas sobre como se aplica e para que serve o Teste

de Impairment, obrigatório desde 31 de dezembro de 2008. Sendo assim, é exigido que o


teste seja aplicado, no mínimo, a cada fim de exercício social.

A redução ao valor recuperável de ativos, Impairment,  é uma das alterações da Lei


11.638/07 que, por meio da CPC 01, define que as empresas devem verificar o valor de
seus ativos anualmente.

Portanto, neste post, vamos esclarecer, diversas questões sobre o Teste de Impairment,
tais como conceito, métodos e como funciona a reversão.

O que é Teste de Impairment?

Impairment é uma palavra em inglês que em sua tradução literal significa deterioração.
Assim, trata-se da redução do valor recuperável de um ativo.

O Teste de Impairment é, portanto, uma avaliação para verificar se os ativos da empresa


estão desvalorizados, ou seja, se o seu valor contábil excede seu valor recuperável. Por
valor recuperável entende-se o maior valor entre o Valor Justo líquido de despesas de
venda e o Valor em Uso.

Nos casos em que o valor recuperável for inferior ao valor contabilizado, o resultado do
teste deve ser contabilizado. Ou seja, a empresa deve registrar a baixa contábil da
diferença nas Demonstrações de Resultado. Debitando-se a conta de “despesa de perda
por desvalorização de ativos” e creditando-se uma conta redutora do ativo.

Entretanto, se o valor recuperável for maior do que valor contabilizado, o ativo deve
permanecer com o valor original registrado.

 Dica! Leia também: Entenda a importância da baixa contábil


para o controle patrimonial
Além da obrigatoriedade anual de realizar o Teste de Impairment, há diversas razões para
levar uma empresa a avaliar seus ativos, tais como nos casos de:

– Obsolescência, reestruturação ou venda parcial de ativos;


– Baixa performance econômica, com objetivo de estimar o valor recuperável da sua
perda;
– Liquidação da empresa;
– Depreciação acelerada, a exemplo da utilização de ativos em vários turnos, quando a
depreciação do mesmo é levada em conta em apenas um turno.

A quem se aplica o Teste de


Impairment?
A obrigatoriedade do Teste de  Impairment com periodicidade anual é, segundo a Lei Nº.
11.638/07, para as Sociedades de Grande Porte que tiverem, no exercício anterior, ativo
total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. Aplica-se
à sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum, independentemente de sua
constituição jurídica ser Sociedade Anônima ou Sociedades de Responsabilidade Limitada.

Quais são os métodos utilizados?


Existem dois métodos que podem ser aplicados para realizar o Teste de Impairment: Valor
Justo líquido de despesa de venda e Valor em Uso. A determinação de qual método
utilizar para a realização do teste de recuperabilidade pode ser escolhido pela própria
empresa. Caso haja perdas, é interessante optar por utilizar ambos os métodos de
avaliação e escolher o resultado que apresente o maior valor. 

Vamos entender um pouco melhor de cada um dos métodos do Teste de Impairment: 

Valor Justo líquido de despesa de venda:


O método Valor Justo líquido de despesa de venda, como o próprio nome já sugere, é a
avaliação do ativo subtraindo as despesas estimadas em uma possível venda do bem. Ou
seja, o valor que a empresa conseguiria receber pela venda do ativo em uma negociação
padrão. Deste valor são descontados os custos com a venda, como comissão de
corretores, custos de leiloeiros, custos com transportes e embalagens de ativos.

Valor em Uso:
O método Valor em Uso é o valor presente de fluxos de caixas futuros, esperados de um
ativo ou de uma unidade geradora de caixa. Portanto, trata-se de uma avaliação
econômica realizada por meio do método de Fluxo de Caixa Descontado. É feita uma
projeção futura das entradas e saídas de caixa decorrentes do uso do bem avaliado por
um período de 5 anos, aplicando uma taxa de desconto adequada para trazer esse fluxo ao
valor presente.

Este método é indicado especialmente para bens intangíveis, como softwares, ou para


avaliar máquinas de fabricação própria. Porém, a maior dificuldade deste método é a
subjetividade das premissas de avaliação, assim como a cautela em relação ao sigilo das
informações sobre a receita.

Seria indicado a utilização dos dois métodos. Como por exemplo,  quando uma empresa,
que está avaliando seus ativos, opte pelo método de Valor Justo líquido de despesa de
venda e o resultado apresente uma perda. Neste caso, poderia refazer o teste utilizando o
método Valor em Uso. Contudo, caso o avaliador interprete que o Valor em Uso não
excederá o valor encontrado no primeiro método utilizado, a empresa pode optar por não
refazer o teste.

 Dica! Leia também: Teste de Impaiment e Compliance: qual é


a relação para a sua empresa.

Comprovação e divulgação do Teste


de Impairment:
Após realizar o Teste de Impairment, é necessário comprovar os resultados obtidos
com Laudos Técnicos assinados pelos profissionais especializados em Engenharia de
Avaliações. Isto é, após a execução das avaliações, a empresa deve divulgar em notas
explicativas as seguintes informações sobre Teste de Impairment:

– Se houve perda e qual o valor (reversão da perda), indicando as desvalorizações


reconhecidas no período e possíveis reflexos de reavaliações;
– Caso a metodologia aplicada tiver sido Valor Justo líquido de despesa de venda,
descrever no laudo a base usada para determinar o valor líquido de venda;
– Caso a metodologia aplicada tiver sido Valor em Uso, indicar e justificar no laudo qual a
taxa de desconto utilizada;
– Se a avaliação foi composta por uma unidade geradora de caixa, descrever as razões
que justifiquem como foi composta.

Revisão e reversão do Teste de


Impairment:
A empresa pode optar por realizar uma revisão do Teste de Impairment, caso haja indícios
de alterações no Valor Justo de um ativo que eventualmente tenha sido desvalorizado. De
acordo com a norma contábil, CPC 01, o valor pode ser ajustado para cima até o limite do
custo de aquisição inicialmente contabilizado. Ou seja, mesmo que o bem em questão
apresente um valor ainda superior ao valor original registrado, deve-se registrar pelo valor
inicial contabilizado, apenas revertendo a perda anterior.

A revisão e reversão do Teste de Impairment  podem ser realizadas a qualquer momento


em que a empresa julgar a necessidade de reavaliar um ativo. No entanto, sugere-se a
revisão do teste de recuperabilidade nos casos em que haja fortes indícios de alteração do
Valor Justo estimado anteriormente, ou ao final de cada exercício.

 Veja nesse vídeo rápido como é feito todo o processo de


Gestão do Ativo e Teste do Impairment:
Imparidades
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Não existirá português que não tenha sido fustigado, nos últimos anos
de crise, com a palavra “imparidade”. 

O conceito de “imparidade” (excedente da quantia escriturada de um


ativo em relação à sua quantia recuperável) agrega um conjunto de
noções que se tornam decisivos para o seu completo esclarecimento. 

As metodologias para a
determinação do valor da perda por imparidade demonstram
inequivocamente a transversalidade de conhecimentos dos técnicos
avaliadores de património, que devem dominar as noções de “quantia
recuperável”, “justo valor”, “valor de uso”, “quantia escriturada” e
“depreciação”. 

Estas noções encontram-se perfeitamente enquadradas nas normas


contabilísticas e de relato financeiro NCRF 7 e NCRF 12: 

“Depreciação (amortização): é a imputação sistemática da quantia


depreciável (custo de um ativo, ou outra quantia substituta do custo,
menos o seu valor residual) de um ativo durante a sua vida útil. 

Justo valor: é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado ou um


passivo liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa
transação em que não exista relacionamento entre elas. 

Quantia escriturada: é a quantia pela qual um ativo é reconhecido no


Balanço, após a dedução de qualquer depreciação/amortização
acumulada e de perdas por imparidade acumuladas inerentes. 

Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o preço de venda


líquido de um ativo e o seu valor de uso. 

Valor residual: de um ativo é a quantia estimada que uma entidade


obteria correntemente pela alienação de um ativo, após dedução dos
custos de alienação estimados, se o ativo já tivesse a idade e as
condições esperadas no final da sua vida útil.” 
Já o “valor de uso” é definido como um “valor presente dos fluxos de
caixa futuros estimados, que se espere surjam do uso continuado de um
ativo e da sua alienação no fim da vida útil” 

Existem ainda dois aspetos importantes a ter em conta quando se


realizam testes de imparidade. 

O primeiro aspeto a considerar é a estimativa da taxa de atualização a


que devem ser descontados os "cash-flow" quando pretendemos
encontrar o valor de uso. Uma alternativa é utilizar o modelo CAPM -
Capital Asset Pricing Model, que estima a taxa de retorno mínima por
forma a satisfazer as expectativas dos investidores. 

Um segundo aspeto a verificar é se os testes de imparidade podem ser


feitos de uma forma isolada ou em conjunto com outros bens. Acontece
muitas vezes que só grupos de bens, e não bens de forma isolada, têm
capacidade para gerar fluxos de caixa. Estes conjuntos chamam-se
unidades geradoras de caixa, e os testes devem ser aplicados a estas
unidades. 

Mas, o que são unidades geradoras de caixa? Exemplificando: 

Uma empresa fabrica o produto XPTO, entre outros, que é


exclusivamente fabricado pelas máquinas A, B e C (para simplificar, é
um pequeno grupo de ativos que geram fluxos de caixa). O que gera
fluxos de caixa é a venda do produto XPTO e não cada uma das
máquinas por si só. Estamos então na presença de uma unidade
geradora de caixa, constituída pelas máquinas A, B e C. 

Esta é a situação mais simples, mas pode ocorrer que, por exemplo, a
máquina A também faça parte do processo de fabrico de outro produto
XPTO1. Como resolver? 

Uma sugestão seria ver qual o peso da máquina A nos ativos afetos a
cada uma das unidades geradoras de caixa. 

Se uma perda de imparidade for determinada pelo valor de uso terá que
ser feita para um determinado ativo ou para os ativos que constituam
uma unidade geradora de caixa. 

Finalmente, a estimativa do justo valor e os testes de imparidade devem


ser da responsabilidade de um perito avaliador de imóveis ou de
um perito avaliador de máquinas e equipamentos.

A perda por imparidade é desvalorização parcial ou total de um determinado


ativo, relativamente ao seu valor real e em termos contabilísticos.

Todo o tipo de ativos pode ser afetado pelas perdas de imparidade: fixos
tangíveis e intangíveis, como também ativos não correntes detidos para venda,
investimentos financeiros, propriedades de investimento, inventários e até
mesmo dívidas a receber. Por exemplo, quando um cliente entra em
insolvência, existindo faturas antigas por pagar, considera-se uma perda por
imparidade.

O que causa Perdas por Imparidade?


É suposto que todos os ativos de um empresa representem vantagens
económicas, no entanto, determinadas situações afetam essa capacidade.
Listamos alguns exemplos práticos de perdas por imparidade que as empresas
podem enfrentar:

 Clientes que deixam de adquirir produtos, mas ainda têm faturas


pendentes;
 Insolvência dos clientes, o que pode implicar incapacidade financeira de
honrar os seus compromissos;
 Vendas abaixo do preço de custo, por exemplo, saldos ou promoções;
 Inventário perde validade, por ser perecível ou não é vendido em tempo
útil, porque se trata de produtos sazonais;
 Máquinas que não produzem as unidades inicialmente estipuladas;
 Equipamento ultrapassado.

Porque as Perdas por Imparidade são


importantes?
Por uma questão de saúde financeira, é muito importante estar atento às
perdas por imparidade. Estas devem ser tidas em conta na contabilidade,
procedendo ao respetivo ajuste periódico.

Desta forma, a contabilidade reflete, efetivamente, o valor real da empresa, o


que permite o acesso de informação fidedigna por parte dos diversos agentes
económicos, como fornecedores, clientes e investidores.

As Perdas por Imparidade são dedutíveis?


Sim, de acordo com o artigo 28.º-A do Código do IRC, as perdas por
imparidade são dedutíveis para efeitos fiscais, as relacionadas com créditos
resultantes da atividade normal que, no fim do período de tributação, possam
ser considerados de cobrança duvidosa e sejam evidenciados como tal na
contabilidade, quando contabilizadas no mesmo período de tributação ou em
períodos de tributação anteriores.

No entanto, nem todas as perdas por imparidade são dedutíveis em sede de


IRC, mesmo que tenham sido contempladas na contabilidade da empresa.
Aliás, todas as imparidades devem ser registadas, mesmo que não venham a
ser dedutíveis.

As perdas por imparidade consistem na redução do valor contabilístico de um


ativo de uma empresa, de modo a evidenciar uma perda, potencial ou efetiva, de
parte ou da totalidade do seu valor real.
Que ativos podem ser objeto de perdas por imparidade?
As perdas por imparidade podem incidir sobre dívidas a receber, inventários,
investimentos financeiros, propriedades de investimento, ativos fixos tangíveis,
ativos intangíveis, investimentos em curso e ativos não correntes detidos para
venda.
As perdas por imparidade podem ser parciais ou totais, caso em que o valor do
ativo é reduzido a zero.
O que provoca perdas por imparidade?
De todos os ativos de uma empresa é esperado um determinado beneficio
económico. No entanto, existem circunstâncias que podem afetar a capacidade
do ativo de gerar esse benefício para a empresa. As perdas por imparidades são
motivadas por eventos internos ou externos à empresa, que indiciam que
determinado ativo já perdeu ou irá perder o seu valor.
Exemplos práticos de perdas por imparidade
Conheça alguns exemplos práticos de perdas por imparidade sobre dívidas a
receber, imobilizado e inventários.
Exemplos de perdas por imparidade sobre dívidas a receber
1. Cliente deixa de fazer compras e mantém faturas antigas por pagar (perda de
relação comercial agrava o risco de incumprimento);
2. Cliente continua a fazer compras e a pagá-las, mas deixa uma fatura mais antiga
sem pagamento (fatura pendente pode estar associada a litígios cuja resolução
será demorada);
3. Insolvência de cliente (incapacidade financeira de honrar os seus
compromissos).
Poderá ter interesse no artigo Os créditos incobráveis e a insolvência.
Exemplos de perdas por imparidade sobre imobilizado
1. Máquina que não consegue produzir a quantidade de unidades inicialmente
estimada (a máquina está sobrevalorizada);
2. Máquina que deixa de produzir as unidades estimadas por decisão de gestão e
não é adaptável a outro produto (a máquina torna-se obsoleta);
3. Software de faturação deixa de estar certificado (não pode ser utilizado por
disposição legal).
Exemplos de perdas por imparidade sobre inventários
1. Inventário perde validade (perecível) ou não é vendido em tempo útil (sazonal);
2. Vender abaixo do preço de custo (saldos);
3. Equipamento obsoleto (tecnologia ultrapassada);
4. Produto da empresa que já não se vende há determinado período de tempo
(rejeição por parte do mercado).
Veja, também, o artigo Inventário de uma empresa: o que é?
Quando registar uma perda por imparidade?
Deve ser registada uma perda por imparidade sempre que o valor do ativo na
contabilidade da empresa seja, ou se pense que possa vir a ser, superior ao valor
que poderia ser obtido através do seu uso (valor de uso) ou que poderia ser
recuperado através da sua venda (valor recuperável). Para o efeito, devem ser
efetuados periodicamente testes de imparidade.
O que é o teste de imparidade?
Todos os anos, a empresa deve avaliar se há indícios de que um ativo possa estar
em imparidade. Para o efeito, deve fazer uma análise aprofundada de alguns
aspetos, entre eles, o estado do ativo (está obsoleto ou tem danos físicos), o
desempenho do ativo (está abaixo do que era expectável) e a relação do ativo
com o mercado (a procura diminuiu).
Que perdas por imparidade são fiscalmente dedutíveis?
Mesmo quando previstas na contabilidade da empresa, nem todas as perdas por
imparidade são dedutíveis em sede de IRC. Isto não significa que devam ser
registadas na contabilidade apenas as perdas por imparidade fiscalmente
aceites. Devem ser registadas contabilisticamente todas as imparidades, mesmo
que não venham a ser dedutíveis. No Código do IRC estão elencadas as
imparidades que são fiscalmente dedutíveis. Pode consultar os artigos 28.º e
seguintes aqui.
Há diferença entre depreciação (amortização) e
imparidade?
Sim, depreciação e perdas por imparidade não são a mesma coisa. A
depreciação é a perda de valor de um ativo decorrente do seu uso e desgaste
natural. Depreciar consiste em descontar, ao longo do tempo, uma percentagem
do valor contabilístico do imóvel, de acordo com a sua expetativa de vida útil.
Aprenda a calcular o valor que um ativo terá no fim de vida útil no artigo Valor
residual: O que é e como calcular.
O que é a reversão de perdas por imparidade?
Verifica-se uma reversão de perdas por imparidade quando existem indícios de
que uma perda por imparidade, registada em períodos anteriores, possa ter
diminuído ou deixado de existir. Existe, assim, evidência de que o desempenho
económico do ativo é ou será melhor do que o esperado.
Porquê registar as perdas por imparidade na
contabilidade?
A contabilidade deve espelhar, a cada momento, o valor real da empresa. A
informação contabilística vertida no balanço e na demonstração de resultados
tem de ser fiável, para que possa ser consultada e entendida por clientes,
fornecedores, investidores e demais agentes económicos.
Saiba mais sobre Como calcular o valor da sua empresa.
Consulte, também, o artigo sobre Como Obter Informações Sobre uma
Empresa.
Onde obter mais informações?
As regras sobre como proceder contabilisticamente quanto ao registo de perdas
por imparidade constam da Norma Contabilística e de Relato Financeiro 12.
Atualizado em 28/12/2018
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Andrea Guerreiro
Licenciada em Direito e mestre em Direito Fiscal pela Universidade Católica
Portuguesa. É advogada, professora e formadora.
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Lean Managemen

Advogada e Mestre em Direito Fiscal


As imparidades e perdas por imparidade estão relacionadas, mas não são a mesma coisa. Na verdade,
as perdas por imparidade são uma consequência da existência de imparidades.

O que são imparidades?


Diz-se que há imparidades quando o valor real de um ativo da empresa é menor do que o valor que
está registado na respetiva contabilidade. Em resposta a essa diminuição do valor real, devem ser
registadas, na contabilidade, perdas por imparidade.

O que são perdas por imparidade?


Quando um ativo perde valor, mas continua registado na contabilidade com o valor que tinha antes
dessa perda, a contabilidade não espelha o verdadeiro valor da empresa. Nessas situações, é
necessário corrigir o valor do ativo na contabilidade, reduzindo-o. As perdas por imparidade
consistem na redução do valor contabilístico de um ativo, de modo a evidenciar uma perda, potencial
ou efetiva, de parte ou da totalidade do seu valor real.

O que provoca imparidades e perdas por imparidade?


As imparidades e, consequentemente, as perdas por imparidade, são provocadas por eventos internos
ou externos à empresa, que indiciam que determinado ativo já perdeu ou irá perder o seu valor.

Exemplos de imparidades
As perdas por imparidade podem incidir sobre dívidas a receber, inventários, investimentos
financeiros, propriedades de investimento, ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis, investimentos
em curso e ativos não correntes detidos para venda.

Veja 1 0 e x e m p l o s p r á t i c o s   no artigo Perdas por imparidade: o que são, porque ocorrem e


exemplos práticos.

Que perdas por imparidade são fiscalmente dedutíveis?


Mesmo quando previstas na contabilidade da empresa, nem todas as perdas por imparidade são
dedutíveis em sede de IRC. Isto não significa que devam ser registadas na contabilidade apenas as
perdas por imparidade fiscalmente aceites. Devem ser registadas todas as imparidades, mesmo que
não venham a ser dedutíveis. Nos artigos 28.º e seguintes do Código do IRC estão elencadas as
imparidades que são fiscalmente dedutíveis.

Atualizado em 28/12/2018

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