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Mencione os métodos de depreciação existentes, caraterize cada um deles e informe

sobre as vantagens e desvantagens da sua adoção na contabilidade. Justifique.


Existem três métodos de cálculo das depreciações, cujos
são o método da linha reta, o método do saldo decrescente
e o método das unidades de produção. O método de
depreciação usado deve refletir o modelo por que se
espera que os futuros benefícios económicos do ativo
sejam consumidos pela entidade.
​A depreciação pelo método da linha reta resulta
num débito constante durante a vida útil do ativo se o seu
valor residual não se alterar.
​O método do saldo decrescente resulta num débito
decrescente durante a vida útil.
​O método das unidades de produção resulta num
débito baseado no uso ou produção esperados. A
depreciação é função da atividade produtiva desenvolvida.
​A entidade seleciona o método que reflita mais
aproximadamente o modelo esperado de consumo dos
futuros benefícios económicos incorporados no ativo.
​Esse método é aplicado consistentemente de período
para período a menos que ocorra uma alteração no modelo
esperado de consumo desses futuros benefícios
económicos.
​Passando por último às vantagens e/ou
inconvenientes de cada um deles, a aplicação do método
das unidades de produção não é aconselhável nos casos
em que a depreciação do bem seja em função do tempo e
não da atividade produtiva desenvolvida. O método da
linha reta ou das quotas constantes considera que a
depreciação é uma função do tempo em vez de ser
considerada uma função da atividade produtiva
desenvolvida, pressupõe o conhecimento do custo do bem,
a sua vida útil estimada e o seu valor residual estimado
aquando da alienação no final da sua vida útil. Este
método considera ainda que a utilidade económica do bem
é idêntica ao longo da sua vida útil e quando não há
variações significativas com custos de conservação e
reparação em cada um dos anos. É um método de
aceitação geral pois é de fácil aplicação. Por último o
método do saldo decrescente é aceite pela Administração

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fiscal, mas apenas para elementos que não tenham sido
adquiridos em estado de uso, não sejam edifícios ou
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas e, podem, ainda,
ser aplicados métodos de depreciação e amortização
diferentes dos indicados nos números anteriores.
Comente a seguinte frase: “Diferir é entendido como o ato de transferir um gasto
ou um rendimento para o exercício anterior, em relação àquele em que nos
encontramos”.
…Para o exercício seguinte…
Refira os métodos de depreciação previstos na NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis,
em que consistem e quais são as vantagens de uns face aos outros.
Diga o que entende por vida útil de um ativo fixo tangível e que métodos de
depreciação estão previstos na NCRF 7. Justifique.
Ativos Fixos Tangíveis são os bens e direitos
necessários à manutenção da atividade de uma empresa
(edifícios, máquinas).
Sendo assim, e passando agora à resposta em si,
entende-se por vida útil de um AFT o período no qual se
espera que o ativo esteja disponível para uso por uma
entidade, ou o número de unidades de produção ou
unidades similares que se espera obter do ativo por uma
entidade. A vida útil é revista periodicamente e cada
revisão deve ocorrer no mínimo no final de cada exercício.
Abordando agora os métodos de depreciação que
estão previstos na NCRF 7, estes são o método da linha
reta, o método do saldo decrescente e o método das
unidades de produção. Para os justificar, estes métodos são
modelos que refletem o consumo dos benefícios
económicos gerados pela empresa, são previstos
periodicamente.
Em relação à depreciação pelo método da linha reta,
resulta num débito constante durante a vida útil do ativo se
o seu valor residual não se alterar. O método do saldo
decrescente resulta num débito decrescente durante a vida
útil. Por último, o método das unidades de produção
resulta num débito baseado no uso ou produção esperados.
Descreva como se deve efetuar a mensuração inicial e a mensuração subsequente
previstas na NCRF 7 – Ativos Fixos Tangíveis. Justifique.
Diga como se procede em termos de mensuração subsequente na NCRF 7 – Ativos
Fixos Tangíveis.
O reconhecimento de AFT envolve a mensuração
inicial e a mensuração subsequente.
Na mensuração inicial ao custo, temos nos
elementos do custo, o preço de compra, incluindo direitos
aduaneiros e impostos não recuperáveis, qualquer custo

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direto para colocar o ativo em condição de uso e
estimativa de custos de desmantelamento, remoção do
ativo e restauração do local. (Exemplos de custos
diretamente atribuíveis: custo de preparação do local,
custo de instalação e montagem, custos de testes de
funcionamento do ativo, honorários de profissionais
envolvidos).
Na mensuração subsequente ao reconhecimento
inicial, uma entidade deve optar entre: Modelo do Custo
ou o Modelo de Revalorização, como a sua política
contabilística e aplicá-la a uma classe inteira de ativos
fixos tangíveis.
Diga como se mensuram os inventários de acordo com a NCRF 18 – Inventários:
mensuração inicial e mensuração subsequente. Justifique a sua resposta.
​ NCRF 18 prescreve o tratamento a dar aos
A
inventários/existências. Os inventários são reconhecidos
nos ativos e aí permanecem até ao desreconhecimento
aquando da venda, consumo ou abate.
​No que respeita à mensuração os inventários devem
ser mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido,
dos dois o mais baixo. O que significa, na prática, que os
inventários não podem ser ajustados para valores
superiores ao do custo, apenas podem ser ajustados para
valores inferiores.

​ a mensuração inicial, o custo dos inventários deve


N
incluir todos os custos de compra, custos de produção e
outros custos suportados para colocar os inventários no
seu local. No caso do custo de compra, soma do preço de
compra (onde se incluem os direitos de importação e
outros impostos, custos de transporte, manuseamento e
outros atribuíveis à aquisição) e deduzem-se os descontos
comerciais, abatimentos.
​O custo de produção deve incluir os custos diretos da
unidade de produção (mão de obra direta, gastos gerais de
produção fixos e variáveis).

​ a mensuração subsequente, os inventários são


N
mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido,
dos dois o mais baixo. (o valor realizável líquido é o preço
de venda estimado no decurso normal da atividade
empresarial menos os custos estimados de acabamento e

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os custos estimados necessários para efetuar a venda).
​Temos que ter em conta no que diz respeito à
mensuração o seguinte:
Se o custo > VRL = Ajustamento para o VRL (perda por
imparidade em inventários)
Se o custo < VRL = Mantém-se o custo -> não se faz
qualquer registo contabilístico

Indique os critérios de mensuração previstos na NCRF 18 – Inventários.


Justifique.
​ e acordo com a NCRF 18, os inventários são
D
reconhecidos nos ativos e aí permanecem até ao
desreconhecimento aquando da venda, consumo ou abate.
No que respeita à mensuração, os inventários devem ser
mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido,
dos dois o mais baixo, sendo então estas as suas bases de
mensuração.
​Isto significa, na prática que os inventários não
podem ser ajustados para valores superiores ao do custo,
apenas podem ser ajustados para valores inferiores.
​Assim, passando agora a fundamentar cada uma das
bases, o inventário é valorizado ao custo de aquisição
(e/ou produção) ou ao valor realizável líquido, dos dois o
mais baixo.
​O custo de aquisição deve incluir a soma do
respetivo preço de compra, com os gastos suportados
direta ou indiretamente, para o colocar no seu estado atual
e no local de armazenagem. São abatidos quaisquer
descontos comerciais.
​Já o custo de produção/transformação deve incluir
custos diretos da unidade de produção e imputação
sistemática de gastos industriais fixos e variáveis que
sejam incorridos ao converter matérias-primas em
produtos acabados. Outros custos podem incluir custos de
empréstimos obtidos.
​Em relação ao valor realizável líquido, este é o
preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade
empresarial menos os custos estimados de acabamento e
os custos estimados necessários para efetuar a venda. As
estimativas do valor realizável são baseadas nas provas

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mais fiáveis disponíveis em que sejam feitas as estimativas
quanto à quantia que se espera que os inventários venham
a realizar. Estas estimativas tomam em consideração as
variações nos preços ou custos diretamente relacionados
com acontecimentos que ocorram após o fim do período,
na medida em que tais acontecimentos confirmem
condições existentes no fim do período.
Diga quais são as condições para ser reconhecida uma venda segundo a NCRF 20 –
Rédito.
O conceito de rédito é menos vasto que o de rendimento,
na medida em que o rédito deve ser gerado internamente,
enquanto que o rendimento pode não o ser. (Ex: subsídios)
​O rédito é reconhecido quando for provável que
benefícios económicos futuros fluirão para a entidade e
esses benefícios possam ser mensurados fiavelmente.
​(Existe venda de bens quando os riscos e retornos
significativos são transferidos, quando não há
envolvimento continuo gestão, quando a quantia do rédito
passa a ser fiavelmente mensurada, quando há benefícios
económicos prováveis que fluam para a entidade, quando
os custos podem ser fiavelmente mensurados.)
Indique como se reconhecem as vendas e as prestações de serviços de acordo com a
NCRF 20 – Rédito. Justifique.

As vendas e prestações de serviços são reconhecidas numa
classe 7 quando estiverem reunidas as seguintes
condições:
​- Quando s riscos e retornos significativos são
transferidos
​- Quando não há envolvimento contínuo da gestão
​- Quando a quantia do rédito possa ser fiavelmente
mensurada
​- Quando há benefícios económicos prováveis que
fluam para a entidade
​- Quando os custos podem ser fiavelmente
mensurados.

Distinga entre provisão, passivos contingentes e ativos contingentes. Diga em que


NCRF baseou a sua resposta.
​ ma provisão é uma obrigação presente resultada de
U
um evento passado, ou seja, é um passivo de
tempestividade ou quantia incerta. Passivo contingente é
uma obrigação possível de eventos passados, cuja
ocorrência (ou não) só se confirmará no futuro ou

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obrigação provável, mas não quantificável com
fiabilidade. Ativo contingente é um ativo
possível/provável que fluirá como resultado de eventos
passados, e cuja ocorrência (ou não) só se confirmará no
futuro.
​Assim, conseguimos observar que as definições dos
três conceitos são distintos.
​Por fim, a minha resposta foi baseada na NCRF 21.

Diga o que se entende por Provisão, por Passivo Contingente e por Ativo
Contingente no contexto da NCRF 21 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes e dê um exemplo que ilustre a sua resposta.
Uma provisão é uma obrigação presente resultada de
um evento passado, correspondente a uma quantia incerta.
​Passivo contingente corresponde a uma obrigação
possível de eventos passados, cuja ocorrência (ou não) só
se confirmará no futuro ou obrigação provável, mas não
quantificável com fiabilidade.
​Ativo contingente corresponde ao ativo
possível/provável que fluirá como resultado de eventos
passados, e cuja ocorrência (ou não) só se confirmará no
futuro.
​Sendo assim, a distinção entre provisão, passivo
contingente e ativo contingente assenta no facto de, no
primeiro, a obrigação presente de eventos passados das
quais, ou não será provável haver uma transferência de
benefícios económicos para liquidar a obrigação, ou ainda
que se verifique o valor necessário para liquidar a
obrigação, não pode ser mensurado com fiabilidade; já no
segundo caso, quando a entidade deve receber um
reembolso de um terceiro na liquidação de uma obrigação
e que este reembolso é virtualmente assegurado, então é
reconhecido como um ativo.
​Se a probabilidade de obter benefícios económicos
resultantes da situação é remota, deve ignorar-se.
Exemplos: Passivo contingente -> uma ação a decorrer
contra mim e não consigo quantificar nem prever o
desfecho
Provisão -> garantia, processo a decorrer contra empresa
Ativo Contingente -> coloquei a ação em tribunal contra
uma pessoa, e não consigo prever nem o desfecho da ação
nem o montante que posso vir a receber da entidade contra
a qual pus em tribunal

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Diga em que consiste o “Regime de acréscimo (periodização económica)”
​ s empresas constituem-se para desenvolver a
A
atividade em que consiste o seu objeto social. Isto só é
possível repartindo artificialmente a vida das empresas em
segmentos temporais, para determinação no final de cada
um, do seu resultado e da sua posição financeira. Cada
segmento se designa por “período contabilístico”,
“exercício contabilístico”, “exercício económico”,
“exercício” e “período”. O exercício contabilístico tem a
duração de 12 meses. A segmentação da vida das empresas
em períodos contabilísticos suporta a existência de alguns
princípios contabilísticos, nomeadamente o princípio do
acréscimo. As demonstrações financeiras tradicionais são
elaboradas numa base de acréscimo, à qual se opõe a base
de caixa.
​A base de acréscimo assenta no pressuposto de que as
transações e outros acontecimentos são reconhecidas
quando ocorrem, escriturados nos registos contabilísticos
dos períodos a que respeitam e relatados nas
demonstrações financeiras dos respetivos exercícios ou
períodos. É esta a ideia expressa no regime de acréscimo
constante do SNC.

Refira-se ao conceito de imparidade e dê exemplos da sua aplicação.


​ ssocia-se o conceito de imparidade ao conceito de
A
perda por imparidade. Perda por imparidade é a quantia
pela qual o valor contabilístico de um ativo ou unidade
gerador de caixa excede o seu valor recuperável. O valor
recuperável será o maior entre o justo valor, o valor de
mercado, deduzido dos custos associados à venda, e o
valor de uso, que é o valor presente dos fluxos de caixa
futuros estimados que se espera que surjam do uso
continuado de um ativo e da sua alienação no fim da sua
vida útil.

Refira-se, fundamentando, às tarefas de processamento e pagamento dos gastos


com o pessoal nas empresas.
​ processo deve ser efetuado na Secção de Pessoal. A
O
folha de processamento deve ser aprovada pelo
responsável da Secção de Pessoal e pelo Diretor
financeiro. As remunerações devem ser pagas
preferencialmente por transferência bancária. No ato do

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pagamento de retribuição deve ser entregue ao trabalhador
um documento (recibo de retribuição) onde constem
alguns elementos como o nome completo do trabalhador, a
quantia líquida a receber, a categoria profissional, entre
outros.
​O recibo deve ser assinado pelo trabalhador sempre
que as quantias sejam pagas em dinheiro ou em cheque.
No caso de haver remunerações a processar em período
posterior ao da prestação efetiva do trabalho, devem fazer-
se estimativas de remunerações variáveis, estimativas dos
encargos com ferias e quaisquer outros considerados
pertinentes para o objetivo em vista.

Diga como se determina o CMVMC quando se utiliza o


sistema de inventario intermitente. Justifique.
​Em sistema de inventario intermitente, no que
respeita a mensuração, as existências finais são apuradas
no final do exercício com base na contagem física dos
bens, utilizando-se a fórmula de apuramento do CMVMC:
CMVMC= Existências iniciais + compras ±
Regularização de existências – Existências finais
​As existências finais resultam da contagem física no
final do ano mensuradas de acordo com as fórmulas de
custeio.

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