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2 o Ano de Contabilidade CV4

Trabalho de EAFCEDFEAE

:
Depreciações De Ativos Tangíveis E Intangíveis

Formador :

Dr. João

Classificação

________________________

Nampula, Novembro de 2021

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Formandos:
Ausencio Mussa Inlala
Edmundo Cardoso
Edna Carlitos Carlos Faife
Lanete António

Trabalho de EAFCEDFEAE

Tema: Depreciações De Ativos Tangíveis E Intangíveis

Nampula, Novembro de 2021

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Índice

Introdução………………………………………………………………………………..4

Conceitos………………………………………………………………………………...5

Depreciações E Amortizações De Activos Fixos


Tangíveis……………………………...6

Depreciações E Amortizações De Activos Intangíveis………………………..…………


6

Requisitos Legais………………………………………………………………………...8

Métodos De Depreciação (E Amortização) …………………………….......


…………..15

Exemplos De Exercícios Resolvidos……………………………………………………


17

Conclusão………………………………………………………………………………19

Bibliografia……………………………………………………………………………..20

3
Introdução

O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica que tem como o tema:
depreciações de ativos tangíveis e intangíveis. E por sua vez o trabalho este
organizado em capa, contracapa, índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e
respetiva referência bibliográfica.

Ativo Imobilizado - é representado pelos direitos que tenham por objeto os Bens
destinados ao uso nas atividades da empresa (não à venda – apesar de poderem vir a ser
vendidos) ou à manutenção de suas atividades, inclusive os de propriedade industrial ou
comercial. Exemplo: Máquinas, Imóveis, Equipamentos, Móveis e Utensílios, Veículos,
Computadores, Instalações etc. São bens que podem servir a vários ciclos operacionais
da empresa.

Um terreno, no qual se pretenda construir uma nova instalação, também é um ativo


imobilizado por ser adquirido com a intenção de ser utilizado no processo operacional
da empresa.

O Ativo Imobilizado pode ser tangível ou intangível, sendo tangíveis aqueles elementos
que possuem um corpo físico, como máquinas, equipamentos, veículos etc. Os
elementos intangíveis do Ativo Imobilizado são aqueles que não possuem um corpo
físico, mas envolvem direitos de propriedade, como marcas, patentes, direitos autorais

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1. Conceitos
 Depreciação

São perdas de valor decorrentes do uso e da duração temporal dos activos fixos.

A depreciação é a perda de valor de um bem decorrente de seu uso, do desgaste natural


ou de sua obsolescência. Na contabilidade das empresas, essa depreciação é registrada
como um percentual do valor contábil do bem que é descontado ao longo do tempo, de
acordo com sua expectativa de vida útil.
Seu uso se aplica no caso dos bens que compõem o ativo permanente da empresa,
aqueles que foram adquiridos com a expectativa de serem usados por mais de um ano.
Em geral, o ativo permanente costuma corresponder ao ativo imobiliário, ou seja, os
bens que garantem as atividades da empresa e que são usados visando obter benefícios
econômicos. Alguns exemplos são os imóveis, as máquinas e equipamentos, e os
veículos.
 Amortização

É processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos.

Amortização é a forma pela qual se registra a desvalorização de bens intangíveis de uma


empresa, ou seja, aqueles que não são materiais, como os pontos comerciais, as licenças
de softwares e os direitos autorais, dentre outros.
A amortização segue uma lógica semelhante à depreciação, que é o registro da
desvalorização de bens materiais, como equipamentos, imóveis e veículos.
No caso da depreciação, a perda de valor do bem é provocada por seu uso, desgaste
natural ou obsolescência. Já na amortização a perda de valor se deve à redução no
tempo do contrato que resta para o uso daquele bem ou direito.
Enquanto na depreciação o cálculo da perda por período leva em conta a vida útil do
bem, ou seja, o prazo máximo em que se espera que ele dê retorno econômico, na
amortização existe um prazo legal ou limitado por contrato.
Por exemplo, se uma empresa consegue a concessão de um espaço público para fazer
publicidade por um período de dez anos, passados cinco anos, será como se esse direito

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valesse apenas a metade do que foi efetivamente gasto, pois restará menos tempo para
usufrui-lo.
 Vida útil:

Período durante que ocorre a amortização ou depreciação (art 3º, nº 1, DR 25/2009).

Depreciação (amortização) é a imputação sistemática da quantia depreciável de um


activo durante a sua vida útil, de acordo com as taxas de amortização estabelecidas
no Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro.

1.2. Depreciações E Amortizações De Activos Fixos Tangíveis

São aceites como gastos as depreciações e amortizações de activos fixos tangíveis. O


Código do IRC recomenda o método das quotas constantes para o cálculo das
depreciações e amortizações dos activos fixos tangíveis sujeitos a deperecimento ou
o método das quotas degressivas, mas apenas para elementos que:

 Não tenham sido adquiridos em estado de uso;


 Não seja mobiliário ou equipamentos sociais;
 Não sejam edifícios ou viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, salvo se
afectas à exploração ou aluguer.

São ainda admitidos outros métodos desde que seja aceita previamente pela DGCI caso
origine quota superior. O art.º 34.º apresenta algumas limitações à aceitação dos
gastos, sendo de salientar:

 Activos não sujeitos a deperecimento;


 A parte dos imóveis, correspondente ao valor do terreno;
 As depreciações e amortizações que excedam os limites estabelecidos ou
praticadas para além do período máximo de vida útil;
 Aquisição dos bens é dedutível, desde que reúna os requisitos dos art.ºs 19.º e
20.º do Código. É importante referir que o art.º 21.º do CIVA exclui do direito à
dedução o imposto relativo à aquisição e reparação de viaturas de turismo,
barcos de recreio, helicópteros, aviões, motos e motociclos.

A transmissão onerosa dos activos fixos tangíveis gera mais/menos valias sujeitas a
tributação, podendo beneficiar da redução de 50% se houver reinvestimento, de
acordo com o art.º 48.º.

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1.2. Depreciações E Amortizações De Activos Intangíveis

No modelo do custo, o ativo intangível deve ser escriturado pelo seu custo menos
qualquer amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas,
conforme previsto no parágrafo 72 da NCRF 6.

As amortizações do ativo intangível são determinadas em função da estimativa da vida


útil e do eventual valor residual.

A estimativa da vida útil do ativo intangível é efetuada com base no período que se
espera este venha a ser utilizado no decurso do exercício da atividade da entidade.

No caso em concreto, atendendo a que se trata de um direito de concessão de exploração


da marina, temporariamente por um período definido em termos contratuais, a vida
útil desse ativo intangível deve ser estimada em função do período definido no
contrato e das possíveis renovações previstas, que não representem qualquer custo
adicional para a entidade.

As amortizações contabilizadas de acordo com a estimativa de vida útil, efetuadas com


base no período do contrato de concessão, são aceites em termos fiscais, por
enquadramento no Código 2475 da Tabela II - Taxas genéricas, Anexa ao Decreto
Regulamentar n.º 25/2009.

Nos termos do parágrafo 95 da NCRF 6, a amortização do ativo intangível deve


começar quando este estiver disponível para uso, i.e. quando estiver na localização e
condição necessárias para que seja capaz de operar da forma pretendida.

O direito de concessão deve ser amortizado a partir do momento em que a entidade o


possa utilizar na sua atividade, não podendo existir qualquer diferimento desse
início da contabilização das amortizações.

Caso não se efetuem amortizações a partir desse momento inicial, em que a empresa
pode utilizar o direito de concessão da marina, tal constitui um erro contabilístico.

Se o erro contabilístico for considerado material para a preparação das demonstrações


financeiras da entidade, este deve ser corrigido nos termos da NCRF 4 - "Políticas
Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros".

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A não contabilização de amortizações em períodos anteriores trata-se de um erro
contabilístico com efeitos nos resultados desses períodos anteriores, devendo
proceder-se à respetiva correção nos termos dos parágrafos 32 a 39 da NCRF 4.

De acordo com esse procedimento contabilístico, a correção de erros materiais de


períodos anteriores deve ser efetuada através de reexpressão retrospetiva.

A ré expressão retrospetiva implica dois procedimentos:

1.º O registo no período corrente em resultados transitados, quando esses erros tenham
influenciado os resultados do(s) período(s) anterior(es);

2.º E, pela correção da informação comparativa das quantias comparativas desse(s)


período(s) anterior(es) apresentados nas demonstrações financeiras do período
corrente, até ao limite do período mais antigo apresentado, em que se deve
reexpressar os saldos de abertura dos ativos, passivos e capitais próprios (resultados
transitados).

A correção de erros materiais de períodos anteriores nunca deve ser reconhecida nos
resultados do período corrente em que se esteja a efetuar a correção.

Tratando-se da incorreta contabilização de amortizações de ativos intangíveis, tal


correção necessária pode ser considerada como correção a um erro material,
devendo ser aplicado o procedimento previsto na NCRF 4.

A questão da avaliação, se uma determinada operação (facto ou transação) é material,


ou não, deve ser efetuada pela entidade em causa, não dependendo exclusivamente
dos montantes em causa, mas também da natureza e dimensão das operações, e da
situação económica e financeira da própria entidade, conforme previsto nos
parágrafos 29 e 30 da Estrutura Conceptual do SNC.

Como se percebe é muito diferente, imputar o erro a resultados de anos anteriores


(transitados) ou ao resultado do período, principalmente se tiver existido a alteração
do órgão de gestão entre esses dois períodos.

1.3. Requisitos Legais

Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 31.º do Código do IRC, aprovado pelo Decreto-
Lei n.º 442-B/88, de 30 de Novembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º

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159/2009, de 13 de Julho, e nos termos da alínea c) do artigo 199.º da Constituição,
o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.º

Condições Gerais De Aceitação Das Depreciações E Amortizações

1 - Podem ser objecto de depreciação ou amortização os elementos do activo sujeitos a


deperecimento, considerando -se como tais os activos fixos tangíveis, os activos
intangíveis, os activos biológicos que não sejam consumíveis e as propriedades de
investimento contabilizados ao custo histórico que, com carácter sistemático,
sofrerem perdas de valor resultantes da sua utilização ou do decurso do tempo.
(Redação da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro)

2 - Salvo razões devidamente justificadas e aceites pela Autoridade Tributária e


Aduaneira, as depreciações e amortizações só são consideradas: (Redação do
Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

a) Relativamente a activos fixos tangíveis e a propriedades de investimento, a partir da


sua entrada em funcionamento ou utilização;

b) Relativamente aos activos biológicos que não sejam consumíveis e aos activos
intangíveis, a partir da sua aquisição ou do início de actividade, se posterior, ou
ainda, no que se refere aos activos intangíveis, quando se trate de elementos
especificamente associados à obtenção de rendimentos, a partir da sua utilização
com esse fim. (Redação da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro)

3 - As depreciações e amortizações só são aceites para efeitos fiscais desde que


contabilizadas como gastos no mesmo período de tributação ou em períodos de
tributação anteriores.

Artigo 2.º

Valorimetria Dos Elementos Depreciáveis Ou Amortizáveis

1 - Para efeitos de cálculo das quotas máximas de depreciação ou amortização, os


elementos do activo devem ser valorizados do seguinte modo:

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a) Custo de aquisição ou de produção, consoante se trate, respectivamente, de elementos
adquiridos a terceiros a título oneroso ou de elementos construídos ou produzidos
pela própria empresa;

b) Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação de carácter fiscal;

c) Valor de mercado, à data do reconhecimento inicial, para os bens objeto de avaliação


para este efeito, quando não seja conhecido o custo de aquisição ou de produção,
podendo esse valor ser objeto de correção, para efeitos fiscais, quando se considere
excedido. (Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

2 - O custo de aquisição de um elemento do ativo é o respetivo preço de compra,


acrescido:

a) Dos gastos acessórios suportados até à sua entrada em funcionamento ou utilização;

b) Das benfeitorias necessárias ou úteis realizadas, de acordo com a normalização


contabilística aplicável. (Redação da Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro)

3 - O custo de produção de um elemento do activo obtém-se adicionando ao custo de


aquisição das matérias-primas e de consumo e da mão-de-obra directa, os outros
custos directamente imputáveis ao produto considerado, assim como a parte dos
custos indirectos respeitantes ao período de construção ou produção que, de acordo
com o sistema de custeio utilizado, lhe seja atribuível.

4 - No custo de aquisição ou de produção inclui-se o imposto sobre o valor acrescentado


(IVA) que, nos termos legais, não for dedutível, designadamente em consequência
de exclusão do direito à dedução, não sendo, porém, esses custos influenciados por
eventuais regularizações ou liquidações efectuadas em períodos de tributação
posteriores ao da entrada em funcionamento ou utilização.

5 - Para efeitos da determinação do valor depreciável ou amortizável, previsto nos


números anteriores:

a) Não são consideradas as despesas de desmantelamento; e

b) Deduz-se o valor residual.

(Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

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6 - [Anterior n.º 5] São, ainda, incluídos no custo de aquisição ou de produção, de
acordo com a normalização contabilística especificamente aplicável, os custos de
empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisição ou produção de
elementos referidos no n.º 1 do artigo anterior, na medida em que respeitem ao
período anterior à sua entrada em funcionamento ou utilização, desde que este seja
superior a um ano. ((Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

7 - [Anterior n.º 6] Sem prejuízo do referido no número anterior, não se consideram no


custo de aquisição ou de produção as diferenças de câmbio relacionadas com os
activos resultantes quer de pagamentos efectivos, quer de actualizações à data do
balanço. (Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

Artigo 3.º

Período De Vida Útil

1 - A vida útil de um elemento do activo depreciável ou amortizável é, para efeitos


fiscais, o período durante o qual se deprecia ou amortiza totalmente o seu valor,
excluído, quando for caso disso, o respectivo valor residual.

2 - Qualquer que seja o método de depreciação ou amortização aplicado, considerase:

a) Período mínimo de vida útil de um elemento do activo, o que se deduz da quota de


depreciação ou amortização que seja fiscalmente aceite nos termos dos n.os 1 e 2 do
artigo 5.º;

b) Período máximo de vida útil de um elemento, o que se deduz de quota igual a metade
da referida na alínea anterior.

3 - Exceptuam-se do disposto na alínea b) do número anterior as despesas com projectos


de desenvolvimento, cujo período máximo de vida útil é de cinco anos.

4 - Os períodos mínimo e máximo de vida útil contam-se a partir da ocorrência dos


factos mencionados no n.º 2 do artigo 1.º

5 - Não são aceites como gastos para efeitos fiscais as depreciações ou amortizações
praticadas para além do período máximo de vida útil, ressalvando-se os casos
devidamente justificados e aceites pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
(Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

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Artigo 4.º

Métodos De Cálculo Das Depreciações E Amortizações

1 - O cálculo das depreciações e amortizações faz-se, em regra, pelo método da linha


reta. (Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

2 - Pode, no entanto, optar-se pelo cálculo das depreciações pelo método das quotas
decrescentes, relativamente aos activos fixos tangíveis novos, adquiridos a terceiros
ou construídos ou produzidos pela própria empresa, e que não sejam:

a) Edifícios;

b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, excepto quando afectas à exploração de


serviço público de transportes ou destinadas a ser alugadas no exercício da
actividade normal do sujeito passivo;

c) Mobiliário e equipamentos sociais.

3 - A adoção pelo sujeito passivo de métodos de depreciação e amortização diferentes


dos referidos nos números anteriores, de que resulte a aplicação de quotas de
depreciação ou amortização superiores às previstas no presente decreto
regulamentar, depende de autorização da Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual
deve ser solicitada até ao termo do período de tributação no qual o sujeito passivo
pretenda iniciar a aplicação de tais métodos, através de requerimento em que se
indiquem as razões que os justificam. (Redação do Decreto Regulamentar n.º
4/2015, de 22 de abril)

Artigo 5.º

Método Da Linha Reta (Epígrafe Atualizada Pelo Decreto Regulamentar N.º


4/2015, De 22 De Abril)

1 - No método da linha reta, a quota anual de depreciação ou amortização que pode ser
aceite como gasto do período de tributação é determinada aplicando-se aos valores
mencionados no n.º 1 do artigo 2.º as taxas de depreciação ou amortização
específicas fixadas na tabela I anexa ao presente decreto regulamentar, e que dele
faz parte integrante, para os elementos do ativo dos correspondentes ramos de
atividade ou, quando estas não estejam fixadas, as taxas genéricas fixadas na tabela

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II anexa ao presente decreto regulamentar, e que dele faz parte integrante. (Redação
do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os seguintes casos, em que as taxas de


depreciação ou amortização são calculadas com base no correspondente período de
utilidade esperada, o qual pode ser corrigido quando se considere que é inferior ao
que objectivamente deveria ter sido estimado:

a) Bens adquiridos em estado de uso;

b) Bens avaliados para efeitos de abertura de escrita;

c) Grandes reparações e beneficiações;

d) Obras em edifícios e em outras construções de propriedade alheia.

3 - Relativamente aos elementos para os quais não se encontrem fixadas, nas tabelas
referidas no n.º 1, taxas de depreciação ou amortização são aceites as que pela
Autoridade Tributária e Aduaneira sejam consideradas razoáveis, tendo em conta o
período de vida útil esperada daqueles elementos. (Redação do Decreto
Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

4 - Quando, em relação aos elementos mencionados nas alíneas a) e b) do n.º 2, for


conhecido o ano em que pela primeira vez tiverem entrado em funcionamento ou
utilização, o período de utilidade esperada não pode ser inferior à diferença entre o
período mínimo de vida útil do mesmo elemento em estado de novo e o número de
anos de utilização já decorrido.

5 - Para efeitos de depreciação ou amortização, consideram-se:

a) «Grandes reparações e beneficiações» as que aumentem o valor ou a duração


provável dos elementos a que respeitem;

b) «Obras em edifícios e em outras construções de propriedade alheia» as que, tendo


sido realizadas em edifícios e em outras construções de propriedade alheia, e não
sendo de manutenção, reparação ou conservação, ainda que de carácter plurianual,
não dêem origem a elementos removíveis ou, dando-o, estes percam então a sua
função instrumental.

Artigo 6.º

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Método Das Quotas Decrescentes

1 - No método das quotas decrescentes, a quota anual de depreciação que pode ser
aceite como gasto do período de tributação determina-se aplicando aos valores
mencionados no n.º 1 do artigo 2.º, que ainda não tenham sido depreciados, as taxas
referidas no n.º 1 do artigo anterior, corrigidas pelos seguintes coeficientes
máximos:

a) 1,5, quando o período de vida útil do elemento seja inferior a cinco anos;

b) 2, quando o período de vida útil do elemento seja de cinco ou seis anos;

c) 2,5, quando o período de vida útil do elemento seja superior a seis anos.

2 - Nos casos em que, nos períodos de tributação já decorridos de vida útil do elemento
do activo, não tenha sido praticada uma quota de depreciação inferior à referida no
n.º 1 do artigo anterior, quando a quota anual de depreciação determinada de acordo
com o disposto no número anterior for inferior, num dado período de tributação, à
que resulta da divisão do valor pendente de depreciação pelo número de anos de
vida útil que restam ao elemento a contar do início desse período de tributação, pode
ser aceite como gasto, até ao termo dessa vida útil, uma depreciação de valor
correspondente ao quociente daquela divisão.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, a vida útil de um elemento do activo


reporta-se ao período mínimo de vida útil segundo o disposto na alínea a) do n.º 2
do artigo 3.º

4 - O disposto no n.º 2 não prejudica a aplicação do que se estabelece no artigo 18.º


relativamente a quotas mínimas de depreciação.

Artigo 9.º

Regime Intensivo De Utilização Dos Activos Depreciáveis

1 - Quando os activos fixos tangíveis estiverem sujeitos a desgaste mais rápido do que o
normal, em consequência de laboração em mais do que um turno, pode ser aceite
como gasto do período de tributação:

a) Se a laboração for em dois turnos, uma quota de depreciação correspondente à que


puder ser praticada pelo método que estiver a ser aplicado, acrescida até 25 %;

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b) Se a laboração for superior a dois turnos, uma quota de depreciação correspondente à
que puder ser praticada pelo método que estiver a ser aplicado, acrescida até 50 %.

2 - No caso do método das quotas decrescentes, o disposto no número anterior não pode
ser aplicado relativamente ao primeiro período de depreciação, nem dele pode
decorrer, nos períodos seguintes, uma quota de depreciação superior à que puder ser
praticada nesse primeiro período.

3 - A aplicação do regime mencionado no n.º 1 a ativos fixos tangíveis que estejam


sujeitos a um desgaste mais rápido do que o normal em consequência de causas
diferentes das previstas no referido número, desde que devidamente justificadas e
respeitado o limiar máximo estabelecido na alínea b) do n.º 1 e as limitações
mencionadas no número anterior, depende de autorização da Autoridade Tributária
e Aduaneira, a qual deve ser solicitada até ao termo do primeiro período de
tributação no qual o sujeito passivo pretenda aplicar aquele regime, através de
requerimento em que se indiquem as quotas de depreciação a praticar e as razões
que as justificam. (Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)

4 - O disposto nos números anteriores não é aplicável, em regra, relativamente a:

a) Edifícios e outras construções;

b) Bens que, pela sua natureza ou tendo em conta a actividade económica em que
especificamente são utilizados, estão normalmente sujeitos a condições intensivas
de exploração.

1.5. Métodos De Depreciação (E Amortização)

O cálculo da depreciação é efectuado de acordo com um dos seguintes métodos de


depreciação: método da linha recta, método do saldo decrescente e método das
unidades de produção.

A escolha por um destes métodos deve reflectir o modelo pelo qual se espera que os
futuros benefícios económicos do activo sejam consumidos pela entidade.

Cada um dos métodos referidos tem o seguinte impacte na conta 4.3.8 Depreciações
acumuladas: - A depreciação pelo método da linha recta resulta num débito
constante durante a vida útil do activo se o seu valor residual não se alterar. - O
método do saldo decrescente resulta num débito decrescente durante a vida útil. - O

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método das unidades de produção resulta num débito baseado no uso ou produção
esperados.

 Método Da Linha Recta

O método da linha recta tem como principal característica a fixação da quantia


depreciável do item aquando a sua aquisição, atendendo apenas ao factor tempo.

O cálculo da depreciação pode ser feito das seguintes formas: a) (Custo do item – valor
residual) / vida útil b) (Custo do item – valor residual) * taxa de depreciação
(constante da tabela anexa ao Decreto Regulamentar 25/2009, de 14 de Setembro)

 Método do saldo decrescente

O método do saldo decrescente caracteriza-se por imputar ao item do activo um valor de


depreciação mais elevado no início da sua vida útil, decrescendo a depreciação ao
longo da sua vida. Assim sendo, o valor de depreciação tem uma relação inversa
com o decurso da vida útil do item.

O cálculo da quantia depreciável em termos anuais é efectuado da seguinte forma:


Depreciação do ano 1 = Taxa de depreciação * (custo do item – valor residual);
Depreciação do ano 2 = Taxa de depreciação* quantia escriturada no fim ano 1;
Depreciação do ano 3 = Taxas de depreciação * quantia escriturada no fim ano 2; …
Depreciação do ano N = Taxa de depreciação * quantia escriturada no fim ano N-1.

Em termos fiscais a quota anual de depreciação que pode ser aceite como gasto do
período de tributação, determina-se aplicando ao custo do item a taxa de
depreciação, constante na tabela anexa ao Decreto Regulamentar 25/2009, de 14 de
Setembro, corrigida dos coeficientes apresentados (*1) dependendo da vida útil do
bem.

(*1) – N.º 1 do artigo 6.º - No método das quotas decrescentes, a quota anual de
depreciação que pode ser aceite como gasto do período de tributação determina-se
aplicando aos valores mencionados no n.º 1 do artigo 2.º, que ainda não tenham sido
depreciados, as taxas referidas no n.º 1 do artigo anterior, corrigidas pelos seguintes
coeficientes máximos: a) 1,5, quando o período de vida útil do elemento seja
inferior a cinco anos; b) 2, quando o período de vida útil do elemento seja de cinco

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ou seis anos; c) 2,5, quando o período de vida útil do elemento seja superior a seis
anos.

 Método das unidades de produção

O método das unidades de produção resulta na imputação da depreciação com base no


uso do activo (definição de benefícios económicos esperados como por exemplo no
caso das viaturas os Kms percorridos) ou na sua produção esperada. O cálculo da
depreciação é feito tendo em conta as unidades de produção (que pode definir-se
como a vida útil do activo) esperadas para aquele item, como por exemplo:

[(custo do item – valor residual) / número de unidades de produção esperadas] * número


de unidades de produção verificadas no período

Note-se que para os activos intangíveis, se não for possível determinar qual o modelo
que reflecte da melhor forma o consumo dos benefícios económicos futuros daquele
activo, então a entidade deve usar o método da linha recta para amortizar o mesmo
(96 da NCRF 6).

Reconhecimento da depreciação

O gasto de depreciação em cada período deve ser reconhecido nos resultados a menos
que seja incluído na quantia escriturada de um outro activo. Assim, geralmente o
registo da depreciação é efectuado em gastos de depreciação (conta 64), por
contrapartida de Depreciações Acumuladas (conta 438).

1.4. 1. Exemplos De Exercícios Resolvidos usando os métodos de


depreciações/ amortizações
1. Método da linha recta ou métodos Linear

Por exemplo: um bem com um valor inicial do bem em 100% (0% de desgaste), sendo a
sua vida útil de 5 anos, a depreciação linear do mesmo é 20% ao ano, ou seja 100 / 5.

Exemplo:

Custo do bem: 100.000,00

Vida útil estimada: 10 anos (120 meses)

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Não temos valor residual estimado Depreciação:

100/mês Taxa a ser aplicada= 0,83333.

2. Método da Soma dos Algarismos dos Anos

Exemplo: Um bem tem prazo de vida útil de 5 anos e custo de 30.000,00.

Calcular o valor da depreciação anual.

Resolução:

Inicialmente somamos os algarismos que compõem o número de anos:

1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15.

Assim, a depreciação é calculada como se segue:

Ano 1: 5/15 X 30.000,00 = 10.000,00

Ano 2: 4/15 X 30.000,00 = 8.000,00

Ano 3: 3/15 X 30.000,00 = 6.000,00

Ano 4: 2/15 X 30.000,00 = 4.000,00

Ano 5: 1/15 X 30.000,00 = 2.000,00

Com este método podemos observar que ele proporciona quotas de depreciação maiores
no início do prazo de vida útil e menores no final da vida útil do bem. Este
procedimento permite que tenhamos uma uniformidade nos custos uma vez que os
bens novos não estão sujeitos à manutenção e reparos.

Métodos das Unidades Produzidas:

Exemplo:
Um equipamento cujo custo é de 182.000,00 produziu 800.000 peças no primeiro ano
e 1.200.000 peças no segundo ano. Durante a vida útil da máquina é estimado que
a mesma produza 30.000.000 de peças.
A depreciação deve ser calculada da seguinte forma:
Número de unidades produzidas x 100
Número de unidades estimadas durante a vida útil

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Ano 1:

800.000 x 100 = 2,67%

30.000.000

2,67% x 182.000,00 = 4.859,40 (despesa de depreciação no Ano 1)

Ano 2:

1.200.000 x 100 = 4%

30.000.000

4% x 182.000,00 = 7.280,00 (despesa de depreciação no Ano 2)

Conclusão

Realizado o trabalho, conclui-se que habilidades e conhecimentos são frutos da


aprendizagem, isto é, do nosso intelecto. E concluo que os recursos consumidos no
processo de produção de uma empresa industrial ou na operação de uma empresa
comercial ou de serviços são considerados custos ou despesas. A depreciação é uma
estimativa de consumo dos recursos aplicados no ativo imobilizado da empresa, a
diferença é que determinados materiais são consumidos integralmente e os bens do
Ativo Imobilizado são consumidos lentamente e não é possível mensurar quanto foi
consumido em determinado período, só é possível fazer uma estimativa tendo em vista a
vida útil daquele bem.

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Bibliografia

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