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ISCAL – CONTABILIDADE FINANCEIRA (Ano letivo 2021/2022)

LICENCIATURA EM FINANÇAS EMPRESARIAIS


Contabilidade Financeira

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Docentes:
António Cariano
Paulo Costa

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis

Índice
1. Definição de AFT
2. Reconhecimento
1. Custos iniciais
2. Custos subsequentes
3. Mensuração no reconhecimento
4. Desreconhecimento
6. Depreciações
9. Divulgações

A conta e classes de conta


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 Quadro de Contas: Apresentação das contas do 1º grau

Classe 4 - INVESTIMENTOS
 Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que
não se destinem a ser vendidos ou transformados no decurso normal das
operações da entidade, quer sejam de sua propriedade, quer estejam em
regime de locação financeira.
 Compreende:

41 Investimentos financeiros
42 Propriedades de Investimento
42……. (para as ME)
43 Ativos fixos tangíveis
44 Ativos intangíveis
45 Investimentos em curso
46 Ativos não correntes detidos para venda (conta inexistente
para as ME)

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Definição: (§6 )
 Ativos usados na produção, no fornecimento de bens
e serviços, para arrendamento a terceiros, ou para
fins administrativos, e cuja expectativa é o de serem
usados por mais de um período.
 Duração de médio/longo prazo.

RECONHECIMENTO INICIAL: O CUSTO DE UM ÍTEM


DO ATIVOS FIXO TANGÍVEL DEVE SER
RECONHECIDO COMO ATIVO SE, E APENAS SE:
(§7 )
 a) for provável que benefícios económicos
associados ao item fluam para a entidade,

 b) o custo de item puder ser mensurado com


fiabilidade

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis
Depreciações
 Depreciação
Gasto por utilização do ativo, que deve ser imputado
numa forma consistente e sistemática ao período em
que o ativo proporciona benefícios económicos.
 Vida Útil
Período de tempo que a empresa espera utilizar o
ativo fixo tangível, ou
Quantidade de produção ou de unidades
semelhantes que se espera obter do ativo fixo
tangível.

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Depreciações
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO

 Temporais
Linha reta
Saldo Decrescente

 Funcionais
Unidades de produção

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Depreciações
 Método da linha reta

Quota = Valor de Aquisição - Valor residual


Vida útil estimada

VIDA ÚTIL – Número de anos que se espera utilizar o bem em


condições económicas de exploração.

NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis


Depreciações
 Depreciações (NCRF 7, §§44 a 63)
- A depreciação traduz-se na imputação sistemática da quantia depreciável
de um ativo durante a sua vida útil, que é o período durante o qual uma
entidade espera que um ativo esteja disponível para uso; ou
- Numa definição funcional, é o número de unidades de produção ou
similares que uma entidade espera obter do ativo.

 Quantia depreciável (NCRF 7, §§51 a 60)


- A quantia depreciável de um ativo é determinada após dedução do seu
valor residual, que é a quantia estimada que se obteria correntemente pela
alienação de um ativo, após dedução dos custos de alienação estimados.
- A depreciação começa quando o ativo esteja disponível para uso (§ 56).

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Depreciações

Identificação dos ativos fixos tangíveis (terrenos)


- Num conjunto imobiliário, os edifícios e os terrenos devem ser avaliados e
contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos
conjuntamente (NCRF 7, §59): A duração de utilização dos terrenos é
ilimitada, e, por isso, só os edifícios devem ser depreciados.

- Porém, se o custo do terreno incluir os custos do desmantelamento, remoção e


restauro do local, essa porção do custo do terreno é depreciada durante o
período de benefícios obtidos ao incorrer nesses custos. Nalguns casos, o
próprio terreno pode ter uma vida útil limitada, caso em que é depreciado
de modo a refletir os benefícios a serem dele retirados. (NCRF 7, §60)

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis


Depreciações
Artigo 10º- Depreciações de imóveis , do Decreto-
Regulamentar 25/2009
‘1 - No caso de imóveis, do valor a considerar nos termos do artigo 2.º, para
efeitos do cálculo das respetivas quotas de depreciação, é excluído o valor
do terreno ou, tratando-se de terrenos de exploração, a parte do respetivo
valor não sujeita a deperecimento.

“2 - De modo a permitir o tratamento referido no número anterior devem ser


evidenciados separadamente no processo de documentação fiscal previsto
no artº 130 do CIRC :”
a) O valor do terreno e o valor da construção, sendo o valor do terreno
apenas o do subjacente à construção e o que lhe serve de logradouro;
b) A parte do valor do terreno de exploração não sujeita a deperecimento
e a parte desse valor a ele sujeito.
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Depreciações
Artigo 10º- Depreciações de imóveis , do Decreto-
Regulamentar 25/2009 – continuação.

“3 - Em relação aos imóveis adquiridos sem indicação expressa do valor do


terreno referido na alínea a) do número anterior, o valor a atribuir a este,
para efeitos fiscais, é fixado em 25% do valor global, a menos que o
sujeito passivo estime outro valor com base em cálculos devidamente
fundamentados e aceites pela autoridade tributária e aduaneira.”

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Depreciações

Para efeitos fiscais, o artigo 4º, do Decreto-Regulamentar 25/2009- Métodos


de cálculo das depreciações e amortizações, refere:
1 - O cálculo das depreciações e amortizações faz-se, em regra, pelo método
da linha reta. (Redação do Decreto Regulamentar n.º 4/2015, de 22 de abril)
2 - Pode, no entanto, optar-se pelo cálculo das depreciações pelo método das
quotas decrescentes, relativamente aos ativos fixos tangíveis novos, adquiridos
a terceiros ou construídos ou produzidos pela própria empresa, e que não
sejam:
a) Edifícios;
b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, exceto quando afetas à
exploração de serviço público de transportes ou destinadas a ser alugadas no
exercício da atividade normal do sujeito passivo;
c) Mobiliário e equipamentos sociais.

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ativos fixos tangíveis - Depreciações Depreciações
O artigo 6.º - Método das quotas decrescentes, refere:

“1 - No método das quotas decrescentes, a quota anual de depreciação que


pode ser aceite como gasto do período de tributação determina-se
aplicando aos valores mencionados do n.º 1 do artigo 2.º que, ainda não
tenham sido depreciados, as taxas referidas n.º1 do artigo anterior,
corrigidas pelos seguintes coeficientes máximos:
a)1,5, quando o período de vida útil do elemento seja inferior a cinco anos;
b) 2, quando o período de vida útil do elemento seja de cinco ou seis anos;
c) 2,5, quando o período de vida útil do elemento seja superior a seis anos.

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ativos fixos tangíveis - Depreciações Depreciações
O artigo 6.º - Método das quotas decrescentes, refere:
2 - Nos casos em que, nos períodos de tributação já decorridos de vida útil do
elemento do ativo, não tenha sido praticada uma quota de depreciação
inferior à referida no n.º 1 do artigo anterior, quando a quota anual de
depreciação determinada de acordo com o disposto no número anterior for
inferior, num dado período de tributação, à que resulta da divisão do valor
pendente de depreciação pelo número de anos de vida útil que restam ao
elemento a contar do início desse período de tributação, pode ser aceite
como gasto, até ao termo dessa vida útil, uma depreciação de valor
correspondente ao quociente daquela divisão.
3 - Para efeitos do disposto no número anterior, a vida útil de um elemento do
ativo reporta-se ao período mínimo de vida útil segundo o disposto na
alínea a) do n.º 2 do artigo 3.º
4 - O disposto no n.º 2 não prejudica a aplicação do que se estabelece no
artigo 18.º relativamente a quotas mínimas de depreciação. “
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Perdas por Imparidade
Imparidade dos ativos fixos tangíveis

- Para determinar se um item do ativo fixo tangível


está ou não com imparidade, uma entidade aplica a
NCRF 12 - Imparidade de ativos. (NCRF 7, § 64)

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Desreconhecimento
(alienações, sinistros e abates)

 Desreconhecimento – Alienação de AFT (ver


NCRF 7, §§67 a 72)
 Exemplo: Nossa fatura nº 234 referente à
alienação de uma máquina de soldar por €1.500,
acrescida de IVA à taxa normal que tinha sido
adquirida por €5.000. A máquina estava
depreciada em €4.000.

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis
Desreconhecimento
(alienações, sinistros e abates)

 Desreconhecimento – Sinistros
 Exemplo: Um armazém que tinha sido adquirido
por €25.000 e que estava depreciado em
€20.000, incendiou-se, não podendo ser
recuperado pelo que a empresa seguradora F12
informou que irá indemnizar em €4.000.

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis


Desreconhecimento
(alienações, sinistros e abates)

 Desreconhecimento – Abates
 Exemplo: Abate de um computador, tendo sido
colocado fora de uso e que tinha sido adquirido
pelo equivalente a €1000. O computador estava
totalmente depreciado, conforme auto elaborado
pelo diretor financeiro e confirmado pelo ROC.

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis
Divulgações (§§73 a 76 )

 Remete as divulgações para a portaria 220/2015


de 24 de Julho
 O Anexo nº 6 da portaria 2015/220 de 24 de Julho
(às demonstrações financeiras) exige as seguintes
divulgações sobre Ativos Fixos Tangíveis:

 9.1 Divulgação sobre AFT

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NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis


Divulgações
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 9 — Ativos fixos tangíveis

 9.1— Divulgações sobre ativos fixos tangíveis.


 a) Bases de mensuração usados para determinar a quantia escriturada bruta;

 b) Métodos de depreciação usados;

 c) Vidas úteis ou as taxas de depreciação usadas;

 d) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com perdas por


imparidade acumuladas) no início e no fim do período; e

 e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período mostrando as


adições, as revalorizações, as alienações, os ativos classificados como detidos para
venda, as depreciações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras
alterações.

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Divulgações
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 9.2 — Existência e quantias de restrições de titularidade de ativos fixos


tangíveis dados como garantia de passivos.

 9.3 — Quantia de dispêndios reconhecida na quantia escriturada de


cada um dos seguintes itens do ativo fixo tangível no decurso da sua
construção.

 9.4 — Quantia de compromissos contratuais para aquisição de ativos fixos


tangíveis indicando as alterações durante o período.

 9.5 — Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de um custo


de outros ativos, durante um período.

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Divulgações
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 9.6 — Para os itens do ativo fixo tangível expressos por quantias


revalorizadas:
 a) Medida em que o justo valor dos itens foi determinado diretamente por
referência a preços observáveis num mercado ativo ou em transações de mercado
recentes numa base de não relacionamento entre as partes ou foi estimado usando
outras técnicas de valorização, caso em que os principais pressupostos deverão ser
referidos;
 b) Quantia do excedente de revalorização relacionada com ativos fixos tangíveis no
início e no final do período, indicando as alterações durante o período, uma
explicação do tratamento fiscal dos elementos nele contidos e quaisquer restrições
na distribuição do saldo aos acionistas; e
 c) A quantia escriturada no balanço que teria sido reconhecida se os ativos fixos
tangíveis não tivessem sido revalorizados.

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Bibliografia

Livros
 ALMEIDA, Rui, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO, Pedro, (2021)
“SNC CASOS PRÁTICOS E EXERCÍCIOS RESOLVIDOS”4ª Edição,ATF EdiçõesTécnicas, Lisboa.
 GONÇALVES, Cristina; SANTOS, Dolores; RODRIGO, José; FERNANDES SANT’ANA, (2017),
“Contabildade Financeira Explicada” 2ª Edição,Vida Económica.
 ALMEIDA, Rui, DIAS, Ana I., ALBUQUERQUE, Fábio, CARVALHO, Fernando, PINHEIRO, Pedro, (2010)
“SNC EXPLICADO” 2ª Edição,ATF EdiçõesTécnicas, Lisboa.

Complementar
 BORGES, António, RODRIGUES, Azevedo e RODRIGUES, Rogério, (2014) “ELEMENTOS DE
CONTABILIDADE GERAL”, 26ª Edição, Áreas Editora, Lisboa.
 COSTA, Carlos Batista e ALVES, Gabriel Correia (2014), Contabilidade Financeira, Rei dos Livros Editora
 ELLIOT, Barry, ELLIOT, Jamie, (2011) “FINANCIAL ACCOUNTING AND REPORTING”, 15th Edition, Prentice
Hall International, UK.
 SILVA, Eusébio Pires da, SILVA, José Luís Miguel da, JESUS, Tânia Alves de, SILVA, Ana Cristina Pires da,
(2011) “SNC – CONTABILIDADE FINANCEIRA – CASOS PRÁTICOS – TOMO I (Contabilidade das
empresas individuais) ”, Rei dos Livros, Lisboa.
 SILVA, Eusébio Pires da e SILVA, Ana Cristina Pires da, (2010) “SNC – CONTABILIDADE: Teoria e prática”, Rei
dos Livros, Lisboa. 25

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