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Índice

Pág.
1.0. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos..................................................................................................................................5
1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................................5
1.1.2. Objectivos específicos..........................................................................................................5
1.2. Metodologias..............................................................................................................................5
2. Ativo imobilizado...............................................................................................................................6
2.2. Depreciação................................................................................................................................7
2.2.1. Cálculo da Depreciação........................................................................................................7
2.2.2. Métodos de depreciação.....................................................................................................8
2.3. Amortização..............................................................................................................................12
2.3.1. Cálculo da amortização......................................................................................................13
3.0. Conclusão.....................................................................................................................................14
4.0. Referências bibliográficas.............................................................................................................15

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1.0. Introdução
Contabilidade como toda metodologia que trata de operações altamente repetitivas, tem sido
mais eficiente para oferecer a saída de relatórios para os interessados externos à empresa,
emanados da contabilidade financeira, do que para oferecer dados e informações para
tomadas de decisões especiais ou mesmo para oferecer subsídios para a “arte” de analisar e
interpretar os demonstrativos financeiros. De qualquer modo, o cálculo de índices e
quocientes para a análise financeira de balanços deve ser entendido dentro de suas
possibilidades e limitações.

Ativo imobilizado é o conjunto de bens relacionados com a manutenção da


empresa. São bens tangíveis, ou seja, físicos. Ele é uma parte que geralmente é utilizada para
gerar renda.

O presente trabalho tem como objetivo principal estudar o imobilizado como um ativo que
visa assegurar a vida corrente da empresa, garantir a sua sustentabilidade no mercado, e serve
de forma duradoura os objetivos definidos a longo prazo pelas unidades econômicas.

O trabalho encontra-se estruturado da seguinte forma, introdução, objetivos, metodologias,


desenvolvimento, conclusão e as referencias bibliográficas

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Estudar o imobilizado.

1.1.2. Objectivos específicos


 Explicar a amortização e depreciação;
 Apresentar os métodos de cálculo de amortização e depreciação.

1.2. Metodologias

Para a materialização do presente trabalho, recorreu-se ao método de pesquisa bibliográfica.

Onde a consulta bibliográfica consistiu na elaboração do referencial teórico, onde foram


consultadas várias obras electrónicas bem como físicas relacionadas a contabilidade
financeira com enfoque para o estudo de imobilizado.

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2. Ativo imobilizado
Segundo MARTINS (2010), o Ativo Imobilizado, também chamado ativo fixo, é a parcela do
ativo que representando inversões básicas e permanentes na empresa, se compõe de
elementos que servem a vários ciclos operacionais e, portanto não se destinam a venda.
Em contabilidade os ativos imobilizados são representados por bens e direitos que a empresa
adquire para manter suas atividades em funcionamento, como por exemplo os edifícios,
terrenos, máquinas, etc. Também é conhecido como ativo fixo.

Por outro lado ATTIE (2011) afirma que, o imobilizado, em muitas companhias, compreende
grande parte do total do ativo e pode consistir em uma gama imensa de tipos de bens. O
exame deve ser cuidadoso, pois as operações realizadas e contabilizadas inadequadamente
podem influir no saldo das contas do imobilizado devido às diferenças de taxas de
depreciação aplicáveis aos grupos de bens do imobilizado.

Para Iudícibus e Marion (2010) entende-se por Ativo Imobilizado todo ativo de natureza
relativamente permanente, que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa e que não
se destina à venda. Podemos diferenciar, no conceito dado, três afirmações importantes que
devem coexistir para que possamos classificar um Ativo Imobilizado:
a) Natureza relativamente permanente. (Vida longa)
b) Ser utilizado na operação dos negócios.
c) Não se destinar à venda.

Os ativos imobilizados aparecem no balanço patrimonial da empresa na parte de ativos não


circulantes, ou também, os ativos realizáveis a longo prazo, considerando que a empresa não
tem intenção de vendê-los.

Estes ativos são conhecidos como tangíveis, como o próprio edifício que a empresa está
instalada.

Exemplos de ativos imobilizados


 Imóveis (Terrenos e edifícios);
 Móveis e utensílios;
 Veículos;
 Máquinas e equipamentos.
Estes ativos aparecem no balanço com valores reduzidos em comparação aos valores que
foram adquiridos, já que são consideradas as depreciações.

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Registo contabilístico dos ativos imobilizados
Quando uma empresa adquire um dos ativos imobilizados, o registo contabilístico é feito ao
valor que foi comprado, conhecido como o custo de aquisição.
O valor de aquisição de ativo imobilizado para o registo contabilístico deve envolver todos os
custos em volta como:
 Valor de compra;
 Custos de instalação;
 Custos de frete;
 Impostos não recuperáveis;
 Outros custos relacionados ao ativo.

2.2. Depreciação

A depreciação está relacionada com a perda de valor de um bem decorrente do seu uso, da
obsolescência técnica ou comercial e do desgaste normal.
O ativo imobilizado começa a ser depreciado quando ele está no local, instalado e em
condição de uso de acordo com o planejado pela empresa. Termina quando o ativo é
classificado como mantido para venda ou quando ele é baixado.

Dessa forma, o valor dessa perda é reconhecido pela empresa em sua contabilidade a cada
período.

Quando a depreciação está relacionada a uma atividade de produção, o valor da perda é


contabilizado como custo; caso contrário, será contabilizado como despesa.

2.2.1. Cálculo da Depreciação


As normas contabilísticas estabelecem que a diminuição do valor dos elementos classificados
no Ativo Imobilizado pelo seu uso, por desgaste ou perda de utilidade, deve ser registrada
periodicamente nas contas respectivas de depreciação. A contabilização da depreciação deve
ocorrer pelo efetivo desgaste físico pelo uso ou perda da sua utilidade, ou então, devido à
ação da natureza ou obsolescência, esclarece ATTIE (2011).
A depreciação é calculada sobre o valor de um ativo imobilizado da empresa, representando o
seu uso e desgaste no período contabilístico.

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Para ser efetuado o seu cálculo, será preciso conhecer o valor contabilístico do bem tangível e
seu tempo de vida útil. Em alternativa poderá ser conhecida a taxa de depreciação
correspondente.
A norma contábil trata ainda, que o valor final de um bem após o seu uso e terminada a sua
vida útil será considerado como Valor Residual e não estará suscetível à depreciação. Nesta
análise se nota que o valor contábil de um bem será formado pelo seu valor de aquisição, o
valor histórico e descontada a sua depreciação até aquela data, que em remota hipótese este
valor será zero, tendo em vista a possibilidade sempre de recuperação do valor residual com a
eventual venda de um ativo imobilizado usado.
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a empresa
obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas
estimadas de vendas, no caso o ativo já tivesse a idade e a
condição esperadas para o fim da sua vida útil. Toda empresa
utiliza cada um dos seus ativos tangíveis por um determinado
tempo, sendo o mesmo desativado e vendido após se uso. Em
resumo, o valor residual é o valor que o ativo tangível terá ao
final de sua vida estimada pela empresa (MARION et al, 2013,
p. 270).
2.2.2. Métodos de depreciação
Outro ponto importante tem a ver com o método de depreciação definido. Conforme o
método selecionado, os valores depreciados e acumulados no tempo serão diferentes. Estes
métodos serão diferentes conforme a quota de depreciação num dado período contabilístico.
Na contabilidade existem vários métodos de cálculo. Entre os mais conhecidos estão o
Método das quotas constantes, Soma dos Dígitos e do Saldo Decrescente.
Método das Quotas Constantes
O método de quotas constantes ou lineares é também conhecido como método da linha reta.
De uma forma simples, o cálculo dessa depreciação é feito ao mesmo valor ou proporção em
cada período contabilístico.
Para calcular a depreciação por esse método basta conhecer a taxa de depreciação e aplicar
sobre o valor contabilístico do ativo. Uma fórmula de cálculo é como a que aparece abaixo:
 Depreciação a quotas constantes = (Valor contabilístico - Valor residual) ÷ Vida útil
Do resultado o que se obtém é a quota a contabilizar em cada período. Em alternativa,
também será possível multiplicar o numerador da fórmula pela taxa de depreciação.
Ex. Uma empresa adquiriu uma máquina avaliado em 100.000,00, com a vida útil estimada
em 10 anos. No final do período a empresa considera um valor residual de 10.000,00

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D= = 100.000,00−10.000,00 =9.000,00
¿¿
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O valor da depreciação será de 9.000,00 anualmente.
Método da Soma dos Dígitos dos Anos
O cálculo por esse método também utiliza quotas, mas desta vez elas são decrescentes. Para
isso ele se divide em dois passos:
1. Somar os algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem. A quota de
depreciação será maior no primeiro ano e menor no último período. Cada quota é
calculada como o número de anos restantes de vida útil sobre a soma dos dígitos obtida
anteriormente, como na fórmula:
Depreciação pela soma dos dígitos dos anos
[Anos restantes x (Valor contabilístico - Valor residual)] ÷ Soma de anos de vida útil
Repare que a quota de depreciação dependerá do ano ou período que vamos calcular. No
primeiro ano ainda restará a vida útil toda para o cálculo, enquanto na última faltará apenas o
último ano da quota.
A ideia por trás deste método é que no início da vida útil o ativo necessita de menores custos
de manutenção e reparos. Já mais perto do final, uma quota de depreciação menor permite
contrabalancear com os custos de manutenção mais elevados.

Ano Forma de calculo Depreciação anual Saldo


1 (10x90.000,00)/55 16.363,63 83.636,36
2 (9x90.000,00)/55 14.727,27 68.909,09
3 (8x90.000,00)/55 13.090,91 55.818,18
4 (7x90.000,00)/55 11.454,55 44.363,64
5 (6x90.000,00)/55 9.818,18 34.545,45
6 (5x90.000,00)/55 8.181,82 26.363,64
7 (4x90.000,00)/55 6.545,45 19.818,18
8 (3x90.000,00)/55 4.909,09 14.909,09
9 (2x90.000,00)/55 3.272,73 11.636,36
10 (1x90.000,00)/55 1.636,36 10.000,00

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Método de Unidades Produzidas ou Horas Trabalhadas

O método de unidades produzidas baseia-se em uma estimativa da quantidade de produção


total pelo ativo imobilizado até o final de sua vida útil.
O cálculo consiste em encontrar a proporção utilizada naquele período contabilístico, a sua
quota de depreciação. Veja a fórmula como exemplo:
 Quota de depreciação = Unidades produzidas no período÷Total de unidades de
produção esperada em toda vida útil
O resultado encontrado será, simplesmente, a taxa de depreciação própria daquele ano.
Para uma máquina adquirida se espera uma produção estimada de 9 milhões de unidades. Em
certo período foram produzidas 990 mil unidades. Neste caso, a quota de depreciação neste
ano será de:
 Quota de depreciação anual: 990.000 / 9.000.000 = 0,11 ou 11%
Com esse percentual encontrado, o próximo passo será o cálculo da depreciação do ativo
“máquina” neste ano. Se ela tem um valor contábil de 100.000,00, menos um valor residual
de 10 mil, a depreciação naquele ano será de:
 Depreciação anual: (100.000,00 - 10.000,00) x 0,11 = 9.900,00
Assim como nos outros métodos, esse valor será somado ao montante das depreciações
acumuladas.

Método do Saldo Decrescente


O método do saldo decrescente é calculado sobre o saldo restante do ativo no final do período
contabilístico. Ele permite descontar maiores quantias em depreciação nos primeiros anos,
representando uma maior economia em impostos sobre o lucro líquido.
Para efetuar o cálculo, a depreciação em cada ano contabilístico é aplicada sobre o saldo do
ativo imobilizado no início do período.
Outro ponto importante é que nesta técnica é comum adotar o dobro da taxa de depreciação
que seria utilizada em quotas constantes.
No último período, o saldo restante deve representar o valor residual do ativo. Se necessário o
valor a depreciar será diferente, de forma a que sobre o valor residual apenas.

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Ex. Foi visto no primeiro exemplo a compra de uma máquina no valor de 100 mil e valor
residual 10 mil, ao final de 10 anos.
Em 10 anos a quota de depreciação constante seria de 10% ao ano. Para o saldo decrescente
utilizamos uma taxa de depreciação de 20% até que o saldo final seja igual ao valor residual.

Ano Forma de cálculo Depreciação anual Saldo


1 100.000,00 x 20% 20.000,00 80.000,00
2 80.000,00 x 20% 16.000,00 64.000,00
3 64.000,00 x 20% 12.800,00 51.200,00
4 51.200,00 x 20% 10.240,00 40.960,00
5 40.960,00 x 20% 8.192,00 32.768,00
6 32.768,00 x 20% 6.553,60 26.214,40
7 26.214,40 x 20% 5.242,88 20.971,52
8 20.971,52 x 20% 4.194,30 16,777,22
9 16,777,22 x 20% 3.355,44 13.421,77
10 13.421,77 x 20% 2.684,35 10.737,42
11 10.737,42 - 10.000,00 737,42 10.000,00

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2.3. Amortização 

Segundo Borges (2011), a amortização é a forma pela qual se registra a desvalorização


de bens intangíveis de uma empresa, ou seja, aqueles que não são materiais, como os pontos
comerciais, as licenças de softwares e os direitos autorais, dentre outros.

A amortização segue uma lógica semelhante à depreciação, que é o registo da desvalorização


de bens materiais, como equipamentos, imóveis e veículos.

No caso da depreciação, a perda de valor do bem é provocada por seu uso, desgaste natural
ou obsolescência. Já na amortização a perda de valor se deve à redução no tempo do
contrato que resta para o uso daquele bem ou direito.
Enquanto na depreciação o cálculo da perda por período leva em conta a vida útil do bem, ou
seja, o prazo máximo em que se espera que ele dê retorno econômico, na amortização existe
um prazo legal ou limitado por contrato.
Por exemplo, se uma empresa consegue a concessão de um espaço público para fazer
publicidade por um período de dez anos, passados cinco anos, será como se esse direito
valesse apenas a metade do que foi efetivamente gasto, pois restará menos tempo para
usufrui-lo.

Contabilização da amortização?
A amortização, ou seja, a desvalorização desses ativos entre um período e outro, pode ser
contabilizada como custo ou despesa. O primeiro caso ocorre quando o bem ou direito em
questão é empregado diretamente na produção e o segundo quando essa utilização é indireta.
Além disso, o valor do bem ou direito é corrigido descontando dele sua amortização
acumulada.
Esse registro pode ter impacto no direto no cálculo dos impostos, pois afeta o lucro da
empresa e seu patrimônio contabilístico. Para isso, porém, é preciso que a amortização seja
feita de acordo com as regras legais.
Regras para a amortização
Somente é permitida a amortização de bens e direitos intrinsecamente relacionados com a
produção ou comercialização dos bens e serviços pela empresa.
No final do período de uso do bem ou direito, a soma das quotas de amortização não poderá
ultrapassar seu custo de aquisição ou o valor das despesas com ele.
Quais bens podem ser amortizados?

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Pode ser amortizado o capital aplicado na aquisição de direitos que tenham duração definida,
de bens cuja utilização tenha prazo legal ou contratualmente limitado ou os custos, encargos e
despesas que contribuirão para os resultados da empresa em mais de um período de apuração.
São exemplos:
 Patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação
 Marcas de propaganda
 Concessões de serviços públicos
 Direitos autorais
 Direito de exploração de um ponto comercial
 Softwares (programas de computador)
 Franquias contratadas
 Custo de construções ou benfeitorias em bens alugados ou de terceiros, quando o
valor não for reembolsável
 As despesas com pesquisas científicas e tecnológicas
 Os custos, despesas e outros encargos com a reestruturação, reorganização ou
modernização da empresa

2.3.1. Cálculo da amortização


O cálculo da quota de amortização que pode ser deduzida para cada período considera o valor
original do capital aplicado na aquisição do bem ou do direito e o período em que ele será
usufruído.
No caso dos custos, encargos e despesas que contribuirão para resultados futuros em mais de
um período de apuração (investimentos em modernização e pesquisa tecnológica, por
exemplo), o prazo mínimo de amortização dos valores não poderá ser inferior a cinco anos.

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3.0. Conclusão
Após a análise dos elementos pesquisados e apoio da bibliografia apresentada, o assunto
ainda pode ser explorado em diversas análises e outros contextos não mensurados neste
trabalho, como forma de avaliação das expectativas gerenciais das empresas.
Com base nos resultados dos dados coletados as Demonstrações Financeiras deverão
divulgar os factores envolvendo os Ativos Imobilizados, tais como: a existência dos valores
contabilisticos, o valor dos gastos reconhecidos nos investimentos e compromissos
contratuais originados como consequência da aquisição de ativos imobilizados. A
determinação do método de depreciação e estimativa da vida útil dos bens contabilizados no
Ativo Imobilizado é questão exclusiva de julgamento sob a administração da entidade que, no
entanto deve evidenciar estas estimativas em notas explicativas, publicadas juntamente com
as Demonstrações financeiras. A divulgação dos métodos de mensuração e avaliação, bem
como as demais estimativas financeiras relacionadas ao ativo imobilizado fornecem aos
usuários das demonstrações financeiras, os stakeholders, informações que permitem revisar
as políticas adotadas pela administração, a comparação com outras entidades e avaliação de
risco e prazo de retorno do investimento.

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4.0. Referências bibliográficas
Attie, W. A. C., & Auditoria, C. (2011). Aplicações. São Paulo: Editora Atlas.Marion, J. C.,
& dos Santos, M. C. (2013). Os dois lados de uma profissão. Revista de Contabilidade do
Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 6(1), 9-16.
Borges, T. B., & Matias, M. A. (2011). Contabilidade gerencial no setor público: o caso de
Minas Gerais. Contabilidade Vista & Revista, 22(3), 73-98.
Iudícibus, S.; Marion, J. C.(2010). Contabilidade Comercial. Atualizado Conforme Lei nº
11.638/07 e Lei nº 11.941/09. 9.ed. São Paulo: Editora Atlas.
Martins, E. et al.(2010) Contabilidade Introdutória – Equipe de Professores da FEA da USP.
11.ed. São Paulo: Editora Atlas.

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