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Módulo 2

Facilitador

Carlos Marcelino
Gerente Sênior | Forensic & Litigation
cmarcelino@kpmg.com.br
Coordenador técnico e
mestre de cerimônias

Alessandro
Gratão
Sócio | Forensic & Compliance

alessandrogratao@kpmg.com.br
NÃO SE
ESQUEÇA!
Este material é propriedade
intelectual da KPMG.
Não pode ser gravado,
copiado ou reproduzido
Agenda
Características do investigador

Metodologia Global de Investigação - KPMG

Etapas do processo de investigação

Neurociência: Cristina Lepkison | Novonor


• Como fomos criados
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Escolaridade
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Escolaridade
• Amizades
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Escolaridade
• Amizades
• Gostos e afinidades
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Escolaridade
• Amizades
• Gostos e afinidades
• Lideranças que nos inspiram
• Como fomos criados
• Valores dos nossos familiares
• Meio onde crescemos
• Locais que frequentamos
• Escolaridade
• Amizades
• Gostos e afinidades
• Lideranças que nos inspiram
• Experiências negativas que
vivenciamos
A forma como enxergamos
as situações mudam de
acordo com nossas
experiências
A cultura come a estratégia
no café da manhã.
Peter Drucker
Principais tipos
de vieses

1. Viés de afinidade
Principais tipos
de vieses

1. Viés de afinidade
2. Viés de percepção
Principais tipos
de vieses

1. Viés de afinidade
2. Viés de percepção
3. Viés confirmatório
Principais tipos
de vieses

1. Viés de afinidade
2. Viés de percepção
3. Viés confirmatório
4. Efeito de halo / auréola
Principais tipos
de vieses

1. Viés de afinidade
2. Viés de percepção
3. Viés confirmatório
4. Efeito de halo / auréola
5. Efeito de grupo
• Vocês foram contatados por uma empresa para apurar um suposto favorecimento ilícito a
fornecedor pelo Comprador da área de Suprimentos;
• Vocês foram contatados por uma empresa para apurar um suposto favorecimento ilícito a
fornecedor pelo Comprador da área de Suprimentos;

• Ao solicitar maiores informações sobre o caso, o Diretor de Compliance informa que o


Comitê de Ética tem certeza que o favorecimento ocorreu e quer contratar a Consultoria
para obter evidências formais para justificar uma Demissão por Justa Causa;
• Vocês foram contatados por uma empresa para apurar um suposto favorecimento ilícito a
fornecedor pelo Comprador da área de Suprimentos;

• Ao solicitar maiores informações sobre o caso, o Diretor de Compliance informa que o


Comitê de Ética tem certeza que o favorecimento ocorreu e quer contratar a Consultoria
para obter evidências formais para justificar uma Demissão por Justa Causa;

• Ao questionarem como o Comitê tem tanta certeza, se não possui evidência tácitas do
favorecimento, o Diretor informa que o profissional que fez a denúncia é muito bem
avaliado na empresa e que encaminhou como evidência uma foto do comprador no
aniversário do sócio da empresa;
• Vocês foram contatados por uma empresa para apurar um suposto favorecimento ilícito a
fornecedor pelo Comprador da área de Suprimentos;

• Ao solicitar maiores informações sobre o caso, o Diretor de Compliance informa que o


Comitê de Ética tem certeza que o favorecimento ocorreu e quer contratar a Consultoria
para obter evidências formais para justificar uma Demissão por Justa Causa;

• Ao questionarem como o Comitê tem tanta certeza, se não possui evidência tácitas do
favorecimento, o Diretor informa que o profissional que fez a denúncia é muito bem
avaliado na empresa e que encaminhou como evidência uma foto do comprador no
aniversário do sócio da empresa;

• Assim, foi requerido apenas a coleta e processamento da máquina do profissional e a


realização de um background check de primeiro nível para obter as supostas evidências de
favorecimento.
• Vocês foram contatados por uma empresa para apurar um suposto favorecimento ilícito a
fornecedor pelo Comprador da área de Suprimentos;

• Ao solicitar maiores informações sobre o caso, o Diretor de Compliance informa que o


Comitê de Ética tem certeza que o favorecimento ocorreu e quer contratar a Consultoria
para obter evidências formais para justificar uma Demissão por Justa Causa;

• Ao questionarem como o Comitê tem tanta certeza, se não possui evidência tácitas do
favorecimento, o Diretor informa que o profissional que fez a denúncia é muito bem
avaliado na empresa e que encaminhou como evidência uma foto do comprador no
aniversário do sócio da empresa;

• Assim, foi requerido apenas a coleta e processamento da máquina do profissional e a


realização de um background check de primeiro nível para obter as supostas evidências de
favorecimento.

• Qual o problema nessa definição?


• Caso real: O comprador de fato tinha um relacionamento próximo
ao fornecedor, sendo padrinho do seu filho.

• Entretanto, o profissional relatou a situação na Declaração Anual


de Conflitos de Interesse e somente conduziu o processo de
concorrência em que o fornecedor foi sagrado vencedor porque o
outro Comprador encontrava-se de férias.

• Para se precaver, realizar o disclaimer ao seu Gerente e pediu que


o processo de concorrência fosse acompanhado por ele.
“A decepção é resultado
de falsas expectativas”
Clausen (Série Dark)

“Nosso pensamento é moldado pelo


dualismo. Entrada, saída. Preto, branco.
Bom, mal. Tudo aparece como pares
opostos. Mas isso está errado.”
H.G. Tannhaus (Série Dark)
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 30, DE 17 DE JUNHO DE 2021

De acordo com o CTA 30, uma investigação somente é considerada independente quando é
realizada por profissionais externos a organização

“A objetividade relaciona-se com os possíveis efeitos que tendenciosidades, conflitos de


interesse ou influência que outros possam ter sobre o julgamento profissional ou de negócios
do especialista da administração.” (Fonte CTA 30)

Ou seja, uma investigação pode não


ser independente, porém ela sempre
precisa ser objetiva.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 30, DE 17 DE JUNHO DE 2021

Como avaliar se uma investigação é objetiva?

Na avaliação da objetividade, pode ser relevante discutir com a administração e o


investigador quaisquer interesses e relacionamentos que possam criar ameaças à sua
objetividade e quaisquer salvaguardas aplicáveis, inclusive quaisquer exigências profissionais
que se apliquem ao investigador e avaliar se as salvaguardas são apropriadas. Interesses e
relacionamentos criadores de ameaças podem incluir, entre outros:

(a) interesses financeiros;


(b) relacionamentos comerciais e pessoais; e
(c) prestação de outros serviços.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 30, DE 17 DE JUNHO DE 2021

A investigação pode ser independente e não ser objetiva?

Exemplo de situação trazida pela CTA 30:

“caso a investigação seja externa, há objetividade se os investigadores não tiverem vínculo ou


dependência com a entidade ou pessoas investigadas. Ou seja, caso a entidade opte por
investigação externa a ser conduzida por escritório de advocacia especializado, mas que já é
prestador de serviços da entidade ou das pessoas, pode não haver objetividade na
investigação, se medidas mitigatórias de salvaguarda não forem apropriadas. Além disso, se
o escritório de advocacia estiver defendendo os direitos da entidade ou das pessoas
investigadas ou existir interesses financeiros criadores de ameaças, conforme item A54 da
NBC TA 500, pode não ser atingida a objetividade da investigação”
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE, CTA 30, DE 17 DE JUNHO DE 2021

Situações de salvaguarda para reduzir as ameaças à objetividade:

• Criação de um comitê especial de investigação


• Afastamento do investigado de suas funções
• Existências de políticas, normas e procedimentos que versem sobre investigação e não
retaliação
Bom
Habilidades técnicas
Habilidades comportamentais investigador
Ferramentas e condições de trabalho

Apuração bem conduzida


Howard Gardner - Psicólogo norte-americano
que revolucionou a forma o que entendemos
sobre o que é inteligência e o que é ser
inteligente por meio da publicação, em 1983,
do livro “Frames of Mind:
The Theory of Multiple Intelligences”
Howard Gardner - Psicólogo norte-americano
que revolucionou a forma o que entendemos
sobre o que é inteligência e o que é ser
inteligente por meio da publicação, em 1983,
do livro “Frames of Mind:
The Theory of Multiple Intelligences”
Daniel Goleman
Pai do conceito de “inteligência emocional”, é psicólogo, escritor
e PhD da Universidade de Harvard nos Estados Unidos.
Escritor do Best Seller “Inteligência Emocional: a teoria
revolucionária que redefine o que é ser inteligente”

Define inteligência emocional como “a


capacidade de identificarmos nossos
próprios sentimentos e dos outros, de
nos motivarmos e de gerirmos bem as
emoções dentro de nós e nos nossos
relacionamentos”
Matriz de Inteligência emocional:

Vejo Faço

Competências Pessoais Autoconsciência Autocontrole

Competências Sociais Consciência social Gestão de relacionamento


Matriz de Inteligência emocional:

Vejo Faço

Competências Pessoais Autoconsciência Autocontrole

Competências Sociais Consciência social Gestão de relacionamento

Automotivação / Performance
Caso real: Fraude na folha de
pagamento de uma empresa
do setor de óleo e gás
Formas de resposta e condução de uma investigação corporativa

Condução de uma investigação interna


A
com profissionais da própria empresa.

Contratação de um escritório de
B
advocacia para conduzir a investigação.

Escritório subcontrata uma empresa


Suspeita de B2
especializada em serviços forenses para
fraude, corrupção conduzir a investigação.
ou má conduta
Contratação direta de uma empresa
c especializada em serviços forenses para
conduzir a investigação.
O investigador é factual e imparcial.
Uma investigação tem como objetivo a
produção de provas como elemento
central de análise técnica, ou seja,
não há presunção e os resultados
gerados são fundamentados em
provas e evidências confirmadas.
O investigador é factual e imparcial.
Uma investigação tem como objetivo a
produção de provas como elemento
central de análise técnica, ou seja,
não há presunção e os resultados
gerados são fundamentados em
provas e evidências confirmadas.
Ceticismo no
processo de
Investigação
Erros comuns no processo de investigação

• Anulação de provas e evidências

• Violação do código de confidencialidade

• Limitação de escopo por falta de ferramental adequado

• Constatações incorretas ou parciais

• Medidas disciplinares incoerentes

• Geração de contingências
Características
do Investigador
Soft Skills Hard Skills
• Conhecimento em procedimentos de
• Autocontrole e imparcialidade
entrevistas
• Ter atenção aos detalhes
• Entendimento de processos sob análise
• Capacidade de trabalhar sob pressão
• Ciência sobre o processo de coleta
• Entender os riscos associados
evidências documentais físicas e
• Ter bom senso
digitais
• Alta integridade
• Análise de dados estruturados e não
• Ser responsável
estruturados
• Ter um grande juízo de caráter
• Pesquisas em fontes públicas e
• Saber manter a confidencialidade
privadas
• Ser honesto
• Documentar todo o trabalho em um
• Comunicadores éticos e excelentes.
relatório
Metodologia
Global de
2
Investigação
KPMG
Planejamento estratégico
Efetividade da

Coleta e Análise de Análises


investigação

Inteligência
processamento Data Analytics Entrevistas Informações Financeira e
Corporativa
de dados (Background Checks)
Eletrônicas Contábil
(ex. e-mails) (pós Data Analytics)

Centralizador de Demandas (de acordo com a complexidade)

PMO – Gestão de Projetos (de acordo com a complexidade)

Plano de ação de consequências e melhorias nos processos


1. Planejamento estratégico

Formalização documental da estratégia da investigação, incluindo:


• Entender as legislações locais às quais a investigação pode
“tocar”. Cada país possui suas limitações no que tange
privacidade, coleta e transferência de dados
• Escopo e Objetivo
• Período de tempo
• Linha(s) de Investigação(ões): Se há fatos diferentes a serem
investigados, deve existir uma linha para cada um deles.
• Metodologias de cada frente de trabalho e respectivas
tecnologias utilizadas
• Análise da estrutura Organizacional: Custodiantes
(considerando a timeline)
• Outros potenciais envolvidos externos
• Estratégia para garantia da integridade de dados
• Identificar as partes interessadas e expectativas à
investigação associadas
1. Planejamento estratégico

Formalização documental da estratégia da investigação, incluindo:


• Cronograma inicial (PMO)
Supervisão:
• Plano de comunicação com
• Administração
stakholders (responsáveis da
• Conselho Adm
Companhia, advogados,
• Comitê (Auditoria/ Ética)
investigados, dentre outros)
• Comitê independente
• Independência e Conflito de Interesses
• Entendimento das políticas internas, inclusive de TI para garantir a integridade dos dados
• A estratégia de cada investigação pode ser diferente: Algumas são mantidas em total sigilo,
outras são anunciadas à Companhia inclusive com emissão de “retention letter”, proibindo que
qualquer funcionário apague ou destrua dados físicos e/ou eletrônicos.
1. Planejamento estratégico

Em resumo, o plano de investigação deve conter, no mínimo:


• Indícios / Origem da investigação
• Objetivo e Escopo
• Potenciais jurisdições envolvidas
• Estratégia para garantia da integridade de dados
• Período de tempo dos acontecimentos
• Responsáveis pela investigação (Times interno/externo)
• Possíveis Envolvidos / Áreas de negócio
• Plano de Comunicação (Supervisão da investigação)
• Dados a serem coletados
• Metodologias utilizadas na investigações
• Cronograma inicial das atividades
• Procedimento para reporte dos findings
2. Coleta e processamento de dados

• Avaliação de eventual necessidade de Legal Hold / Rettention


Letter, bem como o consequente monitoramento pelos
servidores sobre deleções;
• Garantia da preservação da integridade de dados, através das
melhores práticas Forenses, incluindo chaves hash e
formulários de aquisição;
• Coleta de dados dos servidores, ouvidoria, canal de denúncia,
relatórios de auditoria, planilhas de budget (inclusive versões
draft e sua cadeia de modificações);
• Recuperação de dados apagados, tentativas de destruição de
dados, uso de criptografia e backups;
• Identificação, coleta, digitalização e OCR de documentos
físicos;
• Capacidade / velocidade de processamento e
armazenamento de dados coletados;
3. Coleta de dados “em massa” Data Analytics

Frente responsável pelo trabalho analítico e inteligente de grandes volumes de dados,


estruturados ou não-estruturados, que são coletados, armazenados e interpretados.
Trata-se do cruzamento de um ambiente de dados interno e externo, gerando uma espécie
de “bússola gerencial” para tomadores de decisão. Tudo isso, é claro, em um tempo de
processamento extremamente reduzido.

Analytics Análises
Disciplina multidimensional com
É a avaliação crítica preocupada
uso extensivo de matemática,
com cada etapa de um processo
estatística, uso de técnicas
ou método.
descritivas e modelos preditivos.
4. Inteligência corporativa –
Background Checks

• Background check não deve ser tratado como uma simples


coleta de dados, com muitas páginas e informações aleatória.
Deve ser uma análise específica e direta para o caso
investigado e dos findings que de fato são relevantes ao caso.
• Definir logo no início da investigação quantos níveis serão
utilizados nos background checks. Quanto mais profundo,
maiores são as chances de se obter findings, porém maior será
o tempo necessário para a realização do procedimento;
• Não hesite em expandir seu background check a sócios e
familiares dos investigados;
• Utilize as informações adquiridas nas análises societárias dos
Background Checks para identificar transações com partes
relacionadas dos investigados;
• O investigado pode ter muito cuidado em proteger suas
informações em redes sociais e bancos de dados, mas seus
familiares, não;
4. Inteligência corporativa – Background Checks

• Não deixe de montar um desenho ou timeline do caso e construir suas redes de


relacionamentos de forma visual;
• Os trabalhos normalmente podem identificar um problema diferente ao escopo
investigado, que deve ser apresentado a parte em seu relatório;
• Todo trabalho de background check deve ser tradado de maneira confidencial e
qualquer pesquisa deve ser realizada com a máxima cautela, independentemente do
local e escopo do trabalho.

A simples coleta e compilação de informações provenientes


de bancos de dados não é Background Check!
Necessário aplicar inteligência para criar conexões entre as
informações capturadas e o caso!
5. Entrevistas
• Estabeleça um planejamento formal de entrevistas com cronograma;
• Defina a abordagem a ser adotada para justificar a entrevista (cuidado
com o sigilo da apuração);
• Avalie a possibilidade de conduzir as entrevistas iniciais com
profissionais de nível hierárquico inferior ou menos importantes para
que se tenha o entendimento do contexto;
• Pratique a escuta ativa!
• Possuir ao menos dois entrevistadores (um responsável pela
condução da entrevista e o outro pela ata / observação das reações do
entrevistado)
• Quando da presença de um advogado, este deve avisar ao
entrevistado que ele não o está representando, mas sim a Companhia
(também conhecido como “Upjohn Warnings”);
• Inteligência não-verbal (Joe Navarro, ex FBI). Exemplos: (i) Movimentos
corporais; (ii) Expressões Faciais; (iii) A forma como o entrevista fala;
(iv) A forma como o entrevista manifesta suas emoções; (v) A forma
como o entrevistado se veste; (vi) Comportamentos e atitudes
(conscientes e inconscientes);
• Formalize a entrevista em um memorando.
6. Análise de informações eletrônicas

Compreende a leitura de documentos obtidos com a coleta e


processamento das informações, podendo ser realizada através de
filtro por palavra-chave ou por busca direcionada.
• Construa um conjunto de palavras-chaves de forma assertiva e
delimitada ao escopo da investigação. Exemplo de palavra-chave:

(fraud* OR ilegal OR superfatura* OR investig* OR má conduta OR


conflit* OR corrup* OR estelionat* OR propin* OR suborn* OR comis*
OR delito OR em espécie OR facilita* OR (contrato AND fachada)
OR caixa dois OR caixa 2 OR ilicit* OR ilega* OR marret* OR bola
OR pixuleco OR trapac* OR mutreta* OR esquema OR manipula*
OR desvi* OR simula* OR operacao OR ((lava* OR desvi*) AND
dinheiro)) AND (Paloc* OR Brani OR Kontic OR Projeto Consultoria)
AND NOT (Clipping OR Informativo OR New* OR Not?cia* OR Nota
OR Comunica* OR Aviso*) AND item-date:[20090101 to 20200301]
6. Análise de informações eletrônicas

Compreende a leitura de documentos obtidos com a coleta e processamento das informações,


podendo ser realizada através de filtro por palavra-chave ou por busca direcionada.
• Defina a tipologia das classificações dos documentos. Exemplo: 03 classificações em “Key”;
“Relevants” e “Non relevants”
• Defina os níveis de revisão / experiência do time. Exemplo:
• 1º Nível (leitura de todos os documentos);
• 2º Nível (Leitura de 100% dos “Key” e dos “Relevants” | 50% dos “Non Relevants”);
• 3º Nível (Leitura de 100% dos “Key” e “50%” dos “Relevants”;
7. Análises Financeira e Contábil
Compreende a análise financeira e mensuração de eventuais impactos
contábeis a partir dos achados ao longo da investigação. Para tal, são
aplicados os os chamados testes de transações:
• São efetuados com o propósito de reunir todas as evidências necessárias
para verificar se as transações e os saldos demonstrados nas
demonstrações contábeis estão corretos.
• Para que os respectivos testes de transações sejam eficientes, utilize como
base os “findings” das demais frentes de trabalho
• Sendo assim, selecione transações relacionadas a:
• Documentos classificados como hot/relevants;
• Empresas e pessoas físicas identificadas em análises de
mídia/processos judiciais;
• Empresas e colaboradores citados em entrevistas;
• Associadas aos riscos de fraude identificados nos processos de negócio;
• Associado aos resultados dos background checks e respectivas análises
societárias para identificação de transações com partes relacionadas;
Realize trabalho independente de Data Analytics nas bases de dados para
identificação de transações suspeitas
7. Análises Financeira e Contábil

Os testes de transação são aplicáveis a contas como:


Vendas para clientes governamentais
Pagamentos à terceiros
Remuneração de representante de vendas
Análise do plano de contas e seleção de contas de alto
risco

Além disso, são revisadas transações, considerando as


seguintes atividades internas:
Despesa com viagem e cartão de crédito corporativo
Fundo fixo
Presentes, contribuições e patrocínios
Doações
8. Centralizador de demandas
Responsável por analisar achados das demais frentes de trabalho e
quando necessário redistribuir às outras frentes com o objetivo de
aprofundar o entendimento dos casos.
• A principal função do Centralizador de Demandas é tornar suas
investigação eficientes, evitando que procedimentos pouco
relevantes sejam realizados pelas demais frentes de trabalho
(lembrem-se da 1ª aula – Minimização);
• Trabalhe com os responsáveis pelas demais frentes para que
reportem qualquer finding ao Centralizador de Demandas. Esse é
o profissional responsável pela discussão dos findings com a
frente de Planejamento Estratégico, a fim de elaborar a
redistribuição de atividades;
• O profissional responsável por essa atividade deve
preferencialmente possuir alta experiência e visão ampla para
consolidar os diferentes findings da investigação em uma
conclusão eficiente para os stakeholders.
8. Centralizador de demandas
John Godfrey Saxe I era um poeta
americano conhecido por recontar a
parábola indiana "Os cegos e o
elefante“.

Em alusão à Fábula, o centralizador de


demandas seria o responsável por
consolidar cada relato dos homens e
construir a imagem real.
9. PMO – Gestão de projetos
Responsável pelo monitoramento do andamento do projeto, apoiando a
equipe de investigação e a Companhia no entendimento dos riscos do
projeto, bem como atualização tempestiva do status de andamento das
atividades desempenhadas pelas frentes e trabalho.
• Aplicação de técnicas de Gerenciamento de Projetos com base no
modelo de escritório de projetos, ou Project Management Office (“PMO”),
para efetivo controle das atividades e prazos do programa de
investigação;
• Utilizado especialmente para investigações mais relevantes, no entanto,
considerar incluir em sua investigação, minimamente:
✓ Mapeamento de Riscos do projeto;
✓ Cronograma inicial previsto considerando suas premissas;
✓ Acompanhamento constante do cronograma, considerando as
atividades realizadas e a realizar, com base no tempo e recursos
necessários para acelerar ou ajustar as expectativas
dos stakholders;
• O time especialista em gestão de projetos pode evitar surpresas em
projetos tão sensíveis como investigações corporativas.
Etapas do processo 1. Avaliação da denúncia 2. Plano de Trabalho

de investigação

4. Reportar Resultados 3. Execução


Etapas do processo de apuração
Toda investigação deve ser vista como um Projeto, e como tal, tem início, meio e fim...

De acordo com PMI (Project Management Institute), um projeto é “esforço temporário empreendido
para criar um novo produto, serviço ou resultado exclusivo”.

Projeto
Apuração de uma denúncia X Processo
Gestão do Canal de Denúncias

Uma vez apurada a denúncia, torna-se importante avaliar as lições aprendidas com a apuração e
recomendações obtidas para aprimoramento do ambiente de controles internos.

Assim, rotinas periódicas são adotadas visando manter o Programa de Compliance, por exemplo, rodando.
O que considerar?
• O que aconteceu?
• Quem cometeu o suposto ato ilícito?
• Quais as pessoas e/ou terceiros envolvidos / impactados? Qual o cargo
hierárquico?
• Qual o período de tempo?
• Sistemas impactados?
• Há possíveis impactos nas demonstrações financeiras?
• Há indicação de conflitos de interesse na apuração?

A depender das respostas, o time de auditoria externa deverá


ser formalmente comunicado da existência do relato.
Possível conluio com
fornecedores e/ou
Fornecedores partes relacionadas
suspeitos:
• Empresa A
• Empresa B
Sra. Maria • Empresa C
(Engenheira)
Target Custodiantes
Principais targets
(principal) suspeitos/citados
na denúncia:

Sr. João Terceiros


(Contador) Período de análise
envolvidos
2 anos
Como definir o plano?
• Linha de investigação | Modus
Operandi / Contábil? Financeiro?
• Período apurado | Linha do tempo
• Pessoas envolvidas | Organograma |
Estrutura organizacional – Informar
RH sobre pessoas envolvidas para
“flag” no sistema de RH
• Fontes / Ferramentas de informação
• Cronograma de atividades (estimado
inicialmente) e suas atualizações
• Procedimentos de investigação a
serem utilizados
Confidencialidade em todo o processo de
Comunicação
• História de cobertura
• Atribuir um nome fictício ao caso para evitar o risco de
exposição.
• Equipe da investigação copiada em troca de e-mails
• Facilitador do projeto
• Reuniões de status
• Acompanhamento dos riscos do projeto / caso:
✓ Indisponibilidade das pessoas para entrevista
✓ Atendimento de agendas e prazos
✓ Indisponibilidade de um ambiente de trabalho
fechado e de uso apenas da equipe de investigação
✓ Integridade e disponibilidade dos documentos
✓ Qualidade da informação obtida
✓ Novos fatos identificados durante a apuração
ABCD
WP do Comitê de Ética / Compliance
APURAÇÃO DO RELATO N. XX / CASO "ABC"
Empresa / Unidade: Estado: SP

Classificação: Severidade:

Período:

O que ocorreu?

Os atores:

Plano de comunicação:

Assessoria Jurídica (sim/não):


Auditoria Forense (sim/não):
Coleta preventiva de evidências
(sim/não):

Procedimentos (Fontes / Ferramentas de


informação / Entrevistas / Análise Status:
Financeira):

Prazo estimado:

Responsável pela execução do trabalho:

Conclusão do Investigador:
Parecer do Comitê:

Plano de Ação / Medidas Disciplinares: Status:

Prazo para cumprimento do plano: Responsável:

Conclusão: Data:
ABCD
APURAÇÃO DO RELATO N. XX / CASO "ABC"
Limitações/
Procedimento Facilitador Início Término Resultados # Evidências
Observações
Diferenças entre relatórios
a) Relatório de Investigação:
• Descreve fatos com neutralidade absoluta;
• Não contém opinião;
• Deve prever sua utilização para fins judiciais, portanto a redação deve conter os rigores
necessários ao universo Jurídico e do ambiente de Justiça;
• Deve ser pormenorizado, principalmente no que diz respeito à descrição da forma de coleta de
provas;
• Trata-se da apresentação de provas coletadas através de um investigação;
• Não deve incluir qualquer elemento que questione a legalidade das atividades investigativas,
que na iniciativa privada possuem diversos limites.

b) Relatório de Auditoria Interna:


• É opinativo;
• Contém recomendações;
• Pode ser usado como prova, mas não tem o fim de provar.
“Fatiou, passou. Boa 06..Boa garoto é isso
ai.Fatiou passou. É isso ai, só não perder a
calma. Oque você vai fazer agora?
Espera, chegou a cobertura? Chegou, sem
afobação, pode ta o pau quebrando, você vai
fazer tudo com calma.”

“Progressão em favela é uma arte,


parceiro. Uma arte que ninguém
aprende na teoria.”

Fonte: Tropa de Elite (2007)


Convidada

Cristina Lepkison
Gerente Sênior de Compliance | Novonor

https://www.linkedin.com/in/cristina-lepikson/
Nós vimos hoje
• Características do investigador

• Metodologia Global de Investigação - KPMG

• Etapas do processo de investigação

• Neurociência: Cristina Lepkison | Novonor


Takeaways
https://padlet.com/kpmgbusinessschool/investigacoest1
Próxima Aula
Fraudes corporativas

Dimensões do comportamento
fraudulento

Perfil do fraudador

Árvore da fraude

Desvios de conduta
Livros

Inteligência emocional: a Rápido e Devagar: Duas A coragem de ser


teoria revolucionária que Formas de Pensar imperfeito
redefine o que é ser Daniel Kahneman Brené Brown
Daniel Goleman
TED Talks/Palestras

KBS Connection: Controlamos nossas


Psicologia & decisões? | Daniel
Compliance Ariely – TED Talks

Como Grandes O poder da


Líderes Inspiram vulnerabilidade |
Ação | Simon Brené Brown – TED
Sinek - TED Talks Talks
Paper

CTA 30 – Norma Brasileira de Contabilidade Eighteen Safeguards To Corporate Self-Investigation


Michael Young
kpmg.com.br
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