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NOÇÕES DE CONTABILIDADE GERENCIAL E DE CUSTO

Professor Fernando Lemos


MATERIAL DE APOIO – II BIMESTRE
→ CONTAS

O registro dos fatos administrativos gerados pela ação da administração de uma empresa é
função estrita da contabilidade. Os argumentos para registro dos fatos administrativos de uma
mesma natureza denominam-se contas.
Podemos dizer que contas são os argumentos com características semelhantes dos
componentes do patrimônio e são onde serão registrados os aumentos ou reduções de
valores.
Segue abaixo exemplos de nomes de contas e seus registros:

Caixa: registra todo o movimento de entradas e saídas de dinheiro;


Fornecedores: registra a movimentação de compras efetuadas a prazo e os respectivos
pagamentos;
Despesas de aluguéis: registra todas as despesas efetuadas pela empresa para pagamento de
aluguéis, seja das unidades para comércio, indústria ou escritório.

 Teoria das Contas


Durante a evolução da contabilidade surgiram muitas teorias aplicadas às contas contábeis,
entre elas separamos três para exemplificar:

Teoria Personalista: Considera como objeto da contabilidade a relação jurídica entre as


pessoas. Personaliza as contas, classificando-as como:
Contas de Agentes Consignatários: que representam os bens.
Contas de Agentes Correspondentes: que representam os direitos e as obrigações.
Contas do Proprietário: que representam o patrimônio Líquido, as receitas e as
despesas.

Teoria Materialista ou Econômica: As contas representam valores materiais e são indicadas da


seguinte forma:
Contas Integrais: que representam os bens, os direitos e obrigações da entidade.
Contas Diferenciais: que representam o patrimônio Líquido, as receitas e as despesas
da entidade.

Teoria Patrimonialista: É a teoria adotada no Brasil que considera o patrimônio como o objeto
da contabilidade, classificando-as como:
Contas Patrimoniais: que representam os bens, os direitos, as obrigações o patrimônio
Líquido da entidade.
Contas de Resultado: que representam as receitas e as despesas da entidade.

 Classificação e organização das Contas

Nas Contas são registrados os fatos administrativos denominados daqui em diante de


Lançamentos contábeis e deles derivam-se todas as funções da contabilidade. Identifica-se
uma conta por meio de um título específico e próprio, que claramente leva a raciocinar e
definir o agrupamento a que pertence o fato administrativo que pretende-se registrar.

A classificação das contas se realiza em agrupamentos que podemos chamar de graus. Essa
subdivisão é desenvolvida obedecendo a preceitos legais e convenções de acordo com o porte
e a necessidade da empresa. Os elementos são ordenados em níveis e subníveis dos grupos
patrimoniais, conforme exemplo a seguir:

Observação: este material foi compilado e todos os direitos autorais são de exclusividade dos autores descritos no
tópico de referências.
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MATERIAL DE APOIO – II BIMESTRE

Graus Representatividade
1. Ativo Conjunto de bens e direitos
1.1 Ativo Circulante Subgrupo que congrega os bens e direitos de maior movimento
1.1.1 Disponibilidades Divisão do circulante que representa os elementos de maior liquidez
1.1.1.01 Caixa Conta representativa do dinheiro em moeda corrente
1.1.1.02 Bancos conta movimento Conta representativa do saldo bancário

 Contas retificadoras
As contas retificadoras servem para ajustar o saldo de uma conta “principal”. Por isso esse tipo
especial de conta possui natureza contrária ao grupo no qual está inserida. Uma conta
retificadora do Ativo, não possui a natureza desse grupo (devedora); possui natureza credora.
Logo, ela ao invés de aumentar o saldo do grupo, irá diminuí-lo. De maneira similar, uma conta
retificadora do Passivo ou Patrimônio, não possui natureza credora; possui natureza devedora.
Um exemplo da aplicação desse conceito é o cálculo da Depreciação de Ativos Imobilizados.

A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:


Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será
registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) a)
depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
Imagine uma máquina usada na produção que foi adquirida por R$ 12.000. Concorda que o
uso contínuo tende a desgastá-la e esse valor de aquisição não irá refletir o quanto ela
realmente vale? Nesse caso, aplicaremos o conceito de depreciação. Trata-se de uma
diminuição sistemática do valor contábil do ativo, com intuito de manter esse valor atualizado.
Porém, essa diminuição não será registrada diretamente na conta do Ativo Imobilizado; será
registrada em uma conta específica chamada Depreciação Acumulada. Essa conta é uma conta
retificadora do ativo. Como o próprio nome sugere, ela computa a soma da depreciação
acumulado ao longo do período de utilização da máquina.

Por exemplo, se a depreciação registrada em determinado período for R$1.000,00, a


contabilização será:
D-Encargos de Depreciação (conta de despesa)
C-Depreciação Acumulada (Conta Retificadora do Ativo)

Após o registro, na contabilidade da empresa o Ativo ficará registrado deste modo:


Ativo Imobilizado
Máquinas R$ 12.000
(-)Depreciação Acumulada R$ 1.000

No Balanço Patrimonial, identificamos essas contas no por causa dos parêntesis, o que
evidencia a diminuição de saldo de um grupo principal, vejam:
Patrimônio Líquido
Capital Social
(-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro
Reserva de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria

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A contabilização de contas retificadoras atende alguns princípios contábeis, a saber:

 Princípio do Registro pelo Valor Original, mais especificamente, as variações do Custo


Histórico, como: Valor Presente, Valor Corrente, Valor Realizável Líquido e etc;

 Princípio da Competência; determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.

 Princípio da Prudência.
O valor da depreciação do período será obtido por alguns métodos como:
Método linear, Método de controlo de período em linha reta, Método de saldo decrescente,
Método de vários níveis, Método de amortização imediata, Método de depreciação especial,
Método de depreciação manual, Método acelerado (República Checa e Eslováquia)e etc...

Principais contas retificadoras

 DO ATIVO
Perdas estimadas com Clientes (*antiga Provisão Para devedores Duvidosos PDD);
Perdas estimadas para redução ao valor recuperável (CPC 01);
Ajuste a Valor Presente de Clientes;
Receitas Financeiras a transcorrer;
Lucros a Apropriar; Lucros em vendas para controladas, Lucros em vendas para coligadas,
Lucros em vendas para joint venture (controle comum);
Depreciação, Exaustão e Amortização Acumuladas.

 DO PASSIVO
Ajuste a Valor presente;
Encargos Financeiros a transcorrer;
Custos de Transação a Apropriar;
Deságio a Apropriar.

 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital a subscrever;
Capital a integralizar;
Gastos na emissão de ações;
Gastos na emissão de valores patrimonial;
Prejuízos Acumulados;
Ações em Tesouraria.

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→ PLANO DE CONTAS

Toda empresa desde o início de suas atividades tem a necessidade de se organizar


estruturalmente preparando um Plano de Contas ou Elenco de Contas a nada mais é que o
conjunto de contas, previamente estabelecido para nortear os trabalhos contábeis de registro
de fatos inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das
demonstrações contábeis.

A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários
de informações podem necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de
Contas geral pode não compreender.

O Plano de Contas na prática é um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a
descrição do funcionamento de cada conta - o chamado "Manual de Contas", que contém
comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para que
serve, o que deve conter e outras informações sobre critérios gerais de contabilização).

Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta três objetivos fundamentais:

a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;

b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de


elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a
chamada "Lei das S/A”) e o modelo de plano de contas conforme a Lei 11.638\07 e 11.941\09;

c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da


legislação do Imposto de Renda.

Um plano de contas organiza-se por:

Contas Patrimoniais: representam os bens, os direitos, as obrigações o patrimônio Líquido da


entidade. Elas são Ativas quando representam bens e direitos e são Passivas quando
representam as obrigações. As contas Patrimoniais Ativas apresentam sempre Saldo Credor e
vão receber sempre o registro de fatos permutativos.

Contas de Resultado: representam as receitas e as despesas da entidade. Apresentam


natureza Devedora e saldo devedor quando representam despesas e natureza credora com
saldo Credor quando representam receitas. Nessas contas são registrados fatos modificativos.

Um plano de Contas normalmente é composto de cinco grupos.

ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO RECEITAS DESPESAS

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Estes grupos por sua vez também se dividem nos subgrupos a seguir:

ATIVO representando a parte positiva do patrimônio, a fonte de investimentos e as aplicações


de recursos (BENS E DIREITOS).

Ativo circulante (Bens e direitos realizáveis num prazo inferior a 365 dias)
Caixa
Equivalentes de caixa (cofre)
Bancos
Contas a receber
Estoques
Ativo não circulante (Idem, num prazo superior a 365 dias)
Realizável à Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível

PASSIVO representando a parte negativa do patrimônio, as fontes de financiamentos e as


origens dos recursos para devolução a terceiros (OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS).
Passivo circulante (Obrigações exigíveis num prazo inferior a 365 dias)
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Obrigações fiscais
Provisões
Passivo não circulante (Idem, num prazo superior a 365 dias)
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Obrigações fiscais
Provisões

PATRIMÔNIO LÍQUIDO representando o capital próprio da entidade, as origens dos recursos


para devolução aos sócios (OBRIGAÇÕES NÃO EXIGÍVEIS).
Capital Social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
Prejuízos acumulados

RECEITAS: representa todo valor obtido decorrente da venda dos produtos e serviços da sua
atividade.
Com mercadorias
Prestação de serviços
Financeiras

DESPESAS: representa todo gasto despendido na manutenção da atividade da empresa


Com vendas
Administrativas
Financeiras

Nas tabelas a seguir veremos exemplos de planos de conta:

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Tabela 1 - PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS COMERCIAIS
Contas patrimoniais Contas de resultado
1 – ATIVO 3 - DESPESAS
1.1 - CIRCULANTE 3.3 – DESPESAS OPERACIONAIS
1.1.1 - Disponível 3.3.1 – Despesas com Vendas
1.1.1.001 - Caixa 3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento 3.3.1.006 - Fretes e Carretos
1.1.2 - Realizações 3.3.1.007 - Material de Embalagem
1.1.2.001 - Clientes 3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade
1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas 3.3.1.009 – Despesas c/ Devedores Duvidosos
1.1.2.003 - Aplicações Financeiras 3.3.2 – Despesas Administrativas
1.1.2.004 - Impostos a Recuperar 3.3.2.001 - Aluguel
1.1.2.005 - Despesas do Exercício Seguinte 3.3.2.002 - Energia Elétrica
1.1.2.006 - ( - ) Provisão para Devedores Duvidosos 3.3.2.003 - Água
1.1.3 – Estoques 3.3.2.004 - Correios
1.1.3.001 - Estoque de Mercadorias 3.3.2.005 - Depreciações
1.1.3.002 - (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 3.3.2.006 - Amortizações
1.2 - NÃO CIRCULANTE 3.3.2.007 - Fretes e Carretos
1.2.1 - Realiza a Longo prazo 3.3.2.008 - Material de Expediente
1.2.1.001 - Títulos a Receber 3.3.2.009 - Prêmios de Seguro
1.2.2 - Investimentos 3.3.2.010 - Comunicações
1.2.2.001 - Participações em Outras Cias 3.3.2.011 - Impostos e Taxas
1.2.2.002 - Imóveis para Renda 3.3.2.012 - Serviços de Terceiros
1.2.3 – Imobilizado 3.3.2.013 - Multas Fiscais
1.2.3.001 - Equipamentos de Informática 3.3.2.014 - Salários
1.2.3.002 - Imóveis 3.3.2.015 - Honorários da Diretoria
1.2.3.003 - Instalações 3.3.2.016 - Décimo Terceiro Salário
1.2.3.004 - Máquinas e Equipamentos 3.3.2.017 - Encargos Sociais
1.2.3.005 - Móveis e Utensílios 3.3.2.018 - Férias
1.2.3.006 - Veículos 3.3.3 – Despesas Financeiras
1.2.3.007 - (-) Depreciação Acumulada 3.3.3.001 - Despesas Bancárias
1.2.4 - Intangível 3.3.3.002 - Juros Passivos
1.2.4.001 - Marcas e Patentes 3.3.3.003 - Descontos Concedidos
1.2.4.002 - Capital Intelectual 3.3.4 – Outras Despesas Operacionais
1.2.4.002 - (-) Amortização Acumulada 3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em outras Cias
3.3.4.002 - Despesas Eventuais
2- PASSIVO
2.1 – CIRCULANTE
2.1.1 - Obrigações 4 - RECEITAS
2.1.1.001 - Fornecedores 4.1 – RECEITAS OPERACIONAIS
2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar 4.1.1 – Receitas de Vendas
2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar 4.1.1.001 – Venda de Mercadorias
2.1.1.004 - ICMS a Recolher 4.1.1.002 – ( - ) Vendas Anuladas
2.1.1.005 - Imposto de Renda a Pagar 4.1.1.003 – ( - ) ICMS sobre Vendas
2.1.1.006 - IR Fonte a Recolher 4.1.1.004 – ( - ) PIS sobre Faturamento
2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias a Recolher 4.1.2 – Receitas Financeiras
2.1.1.008 - FGTS a Recolher 4.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras
2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar 4.1.2.002 - Descontos Obtidos
2.1.1.010 - Salários a Pagar 4.1.2.003 - Juros Ativos
2.1.1.011 - Dividendos a pagar 4.1.3 – Outras Receitas Operacionais
2.1.1.012 - Outras Obrigações a Pagar 4.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias
2.2 – NÃO CIRCULANTE 4.1.3.002 - Reversão de Provisão Para Devedores Duvidosos
2.2.1 – Obrigações 4.1.3.003 - Receitas Eventuais
2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar
5 – CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS
2.3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.1 – APURAÇÃO DE RESULTADO
2.3.1 – Capital 5.1.1 – Apuração de Resultado
2.3.1.001 - Capital 5.1.1.001 - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
2.3.1.002 - ( - ) Capital a Realizar 5.1.1.002 - Resultado com Vendas de Mercadorias (RVM)
2.3.2 - Reservas de Capital 5.1.1.003 - Apuração do Resultado do Exercício (ARE)
2.3.2.001 - Ágio na Emissão de Ações
2.3.3 – Ajuste de Avaliação Patrimonial
2.3.3.001 - Aumentos Atribuídos a Bens do Ativo
2.3.4 - Reservas de Lucros
2.3.4.001 - Reserva Legal
2.3.5 - Ações em Tesouraria
2.3.5.001 - Aquisição de Ações Próprias
2.3.6 - Lucros ou Prejuízos Acumulados
2.3.6.001 – Lucros Acumulados
2.3.6.002 – ( - ) Prejuízos Acumulados

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Tabela 2 - PLANO DE CONTAS PARA EMPRESAS INDUSTRIAIS
Contas patrimoniais Contas de resultado
1 - ATIVO 3 - DESPESAS
1.1 - CIRCULANTE 3.3 - DESPESAS OPERACIONAIS
1.1.1 - Disponível 3.3.1 - Despesas com Vendas
1.1.1.001 - Caixa 3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento 3.3.1.006 - Fretes e Carretos
1.1.1.003 - Aplicações de Liquidez Imediata 3.3.1.007 - Material de Embalagem
1.1.2 - Realizações 3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade
1.1.2.001 - Clientes 3.3.1.009 - Despesas c/ Devedores Duvidosos
1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas 3.3.2 - Despesas Administrativas
1.1.2.003 - ICMS a Recuperar 3.3.2.001 - Aluguel
1.1.2.004 - IPI a Recuperar 3.3.2.002 - Energia Elétrica
1.1.2.005 - Despesas do Exercício Seguinte 3.3.2.003 - Água
1.1.2.006 - ( - ) Provisão para Devedores Duvidosos 3.3.2.004 - Correios
1.1.3 - Estoques 3.3.2.005 - Depreciação
1.1.3.001 - Estoque de Produtos Acabados 3.3.2.006 - Fretes e Carretos
1.1.3.002 - Estoque de Produtos em Elaboração 3.3.2.007 - Material de Expediente
1.1.3.003 - Estoque de Matérias-primas 3.3.2.008 - Prêmios de Seguro
1.1.3.004 - Estoque de Materiais Secundários 3.3.2.009 - Comunicações
1.1.3.005 - Estoque de Materiais de Embalagem 3.3.2.010 - Impostos e Taxas
1.1.3.006 - Estoque de Subprodutos 3.3.2.011 - Serviços de Terceiros
1.1.3.007 - (-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 3.3.2.012 - Multas Fiscais
1.2 - NÃO CIRCULANTE 3.3.2.013 - Salários
1.2.1 - Realizável a Longo prazo 3.3.2.014 - Honorários da Diretoria
1.2.1.001 - Títulos a Receber 3.3.2.015 - Décimo Terceiro Salário
1.2.2 - Investimentos 3.3.2.016 - Encargos Sociais
1.2.2.001 - Participações em Outras Cias 3.3.2.017 - Férias
1.2.2.002 - Imóveis para Renda 3.3.3 - Despesas Financeiras
1.2.3 - Imobilizado 3.3.3.001 - Despesas Bancárias
1.2.3.001 - Equipamentos de Informática 3.3.3.002 - Juros Passivos
1.2.3.002 - Imóveis 3.3.3.003 - Descontos Concedidos
1.2.3.003 - Instalações 3.3.4 - Outras Despesas Operacionais
1.2.3.004 - Máquinas e Equipamentos Industriais 3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em outras Cias
1.2.3.005 - Móveis e Utensílios 3.3.4.002 - Despesas Eventuais
1.2.3.006 - Veículos 4 - CUSTOS
1.2.3.007 - (-) Depreciação Acumulada 4.1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO
1.2.4 - Intangível 4.1.1 - Produtos em Elaboração
1.2.4.001 - Marcas e Patentes 4.1.1.001 - Produto em Elaboração - A
1.2.4.002 - Capital Intelectual 4.1.1.002 - Produto em Elaboração - B
1.2.4.003 - (-) Amortização Acumulada 4.1.1.003 - Produto em Elaboração - C
4.1.2 - Materiais
2 - PASSIVO 4.1.2.001 - Matéria-prima
2.1 - CIRCULANTE 4.1.2.002 - Materiais Secundários
2.1.1 - Obrigações 4.1.2.003 - Materiais de Embalagem
2.1.1.001 - Fornecedores 4.1.3 - Mão de Obra Direta
2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar 4.1.3.001 - Salários
2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar 4.1.3.002 - Encargos Sociais
2.1.1.004 - ICMS a Recolher 4.1.3.003 - Décimo Terceiro Salário
2.1.1.005 - IPI a Recolher 4.1.3.004 - Férias
2.1.1.006 - IRR Fonte a Recolher 4.1.3.005 - Seguro Acidentes do Trabalho
2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias a Recolher 4.1.3.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
2.1.1.008 - FGTS a Recolher 4.1.3.006 - Lanches e Refeições
2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar 4.1.3.007 - Outros Gastos com Pessoal
2.1.1.010 - Salários a Pagar 4.1.4 - Mão de Obra Indireta
2.1.1.011 - Dividendos a pagar 4.1.4.001 - Salários
2.1.1.012 - Outras Obrigações a Pagar 4.1.4.002 - Encargos Sociais
2.2 - NÃO CIRCULANTE 4.1.4.003 - Décimo Terceiro Salário
2.2.1 - Obrigações 4.1.4.004 - Férias
2.2.1.001 - Financiamentos a Pagar 4.1.4.005 - Seguro Acidentes do Trabalho
4.1.4.006 - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
2.3 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.1.4.007 - Lanches e Refeições
2.3.1 - Capital 4.1.4.008 - Outros Gastos com Pessoal
2.3.1.001 - Capital 4.1.5 - Gastos Gerais de Fabricação
2.3.1.002 - ( - ) Capital a Realizar 4.1.5.001 - Energia Elétrica
2.3.2 - Reservas de Capital 4.1.5.002 - Aluguéis
2.3.2.001 - Ágio na Emissão de Ações 4.1.5.003 - Depreciação
2.3.3 - Ajuste de Avaliação Patrimonial 4.1.5.004 - Prêmios de Seguro
2.3.3.001 - Aumentos Atribuídos a Bens do Ativo 4.1.5.005 - Serviços de Terceiros
2.3.4 - Reservas de Lucros 4.1.5.006 - Comunicações

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2.3.4.001 - Reserva Legal 4.1.5.007 - Água
2.3.5 - Lucros ou Prejuízos Acumulados 4.1.5.008 - Conservação e Manutenção
2.3.5.001 - Lucros Acumulados 4.1.5.009 - Combustíveis e Lubrificantes
2.3.5.002 - ( - ) Prejuízos Acumulados 4.1.5.010 - Materiais de Expediente
4.1.5.011 - Materiais de Limpeza
4.1.5.012 - Materiais Diversos

5 - RECEITAS
5.1 - RECEITAS OPERACIONAIS
5.1.1 - Receitas de Vendas
5.1.1.001 - Venda de Produtos
5.1.1.002 - ( - ) Vendas Anuladas
5.1.1.003 - ( - ) ICMS sobre Vendas
5.1.1.004 - ( - ) PIS sobre Faturamento
5.1.2 - Receitas Financeiras
5.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras
5.1.2.002 - Descontos Obtidos
5.1.2.003 - Juros Ativos
5.1.3 - Outras Receitas Operacionais
5.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias
5.1.3.002 - Receitas Eventuais
6 - CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS

6.1 - APURAÇÃO DE RESULTADO 6.1.1 - Apuração de Resultado


6.1.1.001 - Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
6.1.1.002 - Resultado com Vendas de Produtos (RVP)
6.1.1.003 - Apuração do Resultado do Exercício (ARE)

TABELA 3 – PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO

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→ NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados


muito diferentes daqueles que têm na linguagem cotidiana.
É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtração”
e “adição” do financeiro. O correto é associá-los aos termos Destino ou
Aplicação dos recursos e Origem de Recursos, respectivamente.

Debitar: significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a
conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa
uma obrigação).
Creditar: significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para
aumentar seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a
conta representa um Bem ou Direito).

Sendo assim: Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso


aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento a débito em uma conta, significa
que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um
lançamento a crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço teve origem
naquela conta.

Exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista, foi
usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registro destas duas contas da
seguinte forma:

D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos imóveis da empresa)
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro da empresa)

Para fixar
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada.
Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada.
Débito é tudo aquilo que a empresa DEVE aos seus sócios
Crédito é tudo aquilo que os sócios e demais entidades têm a RECEBER da empresa.

Ocorrências quando debitar e quando creditar:


Débito Crédito
↑ Aumenta o A vo (mais bens e direitos) ↓ Diminui o A vo (menos bens e direitos)
↓ Diminui o Passivo (menos obrigações) ↑ Aumenta o Passivo (mais obrigações)
↓ Diminui o PL ( menos patrimônio líquido) ↑ Aumenta o PL ( mais patrimônio líquido)

 Classificação quanto à natureza da conta:

Observação: este material foi compilado e todos os direitos autorais são de exclusividade dos autores descritos no
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MATERIAL DE APOIO – II BIMESTRE

 Saldo de uma Conta representa a diferença entre o valor do débito e do crédito. Eles
podem ser:
Devedor: quando o valor do débito for superior ao do crédito. ( D > C)
Credor: quando o valor do crédito for superior ao do débito. (C > D)
Nulo: quando o valor do débito for igual ao do crédito. ( D = C)

 Método de Partida Dobrada

Esse método apresenta como regra fundamental:

Para cada débito existe um crédito correspondente

O importante nesse método é que a soma dos débitos seja igual à soma dos créditos.

Na contabilidade nos trabalhamos com as chamadas partidas dobradas, registramos o mesmo


valor duas vezes, mas em contas diferentes.
Exemplo:

Crédito de 10.000,00 no capital social e débito de 10.000,00 no caixa da empresa;


Débito de 10.000,00 no estoque da empresa e crédito na conta caixa e fornecedores no valor
de 5.000,00;

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→ LANÇAMENTOS

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→ ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

A escrituração contábil é o registro regular dos fatos administrativos, através de processo


manual, mecanizado ou eletrônico. As formalidades da escrituração contábil são estipuladas
pelo Decreto Lei 486/1969.
Trata-se da técnica utilizada para o registro dos fatos administrativos em livros apropriados,
obedecendo aos princípios contábeis, que tem a finalidade criar a história da empresa,
possibilitando assim, o controle do patrimônio. Cada fato administrativo corresponde a um
registro e a escrituração representa o conjunto desses registros.

A escrituração tem duas funções distintas:

Função Histórica – registra os fatos em ordem cronológica no livro Diário.


Função Sistêmica - organiza os elementos conforme a sua natureza e valores, oferecendo
uma visão estática do patrimônio, com dados numéricos. Essa visão é extraída do livro
Razão.

A escrituração apresenta como resultado o controle do patrimônio e oferece:

Visão Gerencial: oferece ao gestor elementos fundamentais de controle, capazes de auxiliá-


lo na tomada de decisões sobre sua atividade, permitindo uma avaliação dos resultados.
Visão Documental: possibilita a demonstração dos resultados de sua atividade aos usuários
internos e externos.
Visão Fiscal: permite o controle do Estado sobre a arrecadação tributária de sua atividade
econômica por meio da incidência de tributos.

A escrituração apresenta formalidades:

Formalidades intrínsecas: São as formalidades relacionadas à escrituração propriamente


dita, segundo as formalidades intrínsecas os livros de escrituração devem obedecer a um
método de escrituração mercantil uniforme, em língua e moeda nacionais, com
individualização e clareza, ser escriturado em rigorosa ordem cronológica, não conter,
rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, espaços em branco, observações ou
escritas à margem.

Formalidades Extrínsecas: São as formalidades relacionadas à apresentação ou aparência


dos livros, esta formalidade exige, por exemplo, que os livros, sejam encadernados, que
tenham suas folhas numeradas tipograficamente, possua o termo de abertura e de
encerramento em que conste entre outras informações a assinatura do responsável, a
identificação da empresa e do livro, espécie de livro, número de páginas e número de
ordem.

Os elementos indispensáveis dos registros: a terminologia utilizada deve expressar o


verdadeiro significado das transações. E sua escrituração será executada:

Em idioma e moeda corrente nacionais;


Em forma contábil;
Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes
para as margens;
Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que
comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.

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Utilização de códigos e/ou abreviaturas

Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos, desde que
permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no "Diário" ou em
registro especial revestido das formalidades extrínsecas.

Atribuição exclusiva ao contabilista

A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e


demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de contabilista
legalmente habilitado. O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de
exercício serão transcritas no "Diário", completando-se com as assinaturas do Contabilista e do
titular ou representante legal da entidade.

Método de Partida Dobrada

Como tratado anteriormente esse método segue a regra fundamental: para cada débito existe
um crédito correspondente. Esse princípio determina a equação dos demonstrativos
contábeis. Para que haja uma igualdade entre O Passivo e o Ativo, que chamamos de
Equação ou Equilíbrio Patrimonial.

Livros de escrituração

De forma geral os livros utilizados podem ser divididos em quatro categorias:

Livros contábeis Livros sociais


Livros fiscais Livros trabalhistas

Para estudo da escrituração contábil abordaremos os livros contábeis, que se classificam


entre:
Livros obrigatórios: seu uso é obrigatório para a contabilidade, tendo aspecto legal.
Livros facultativos: embora não sejam obrigatórios por lei, sua utilização é de suma
importância para as empresas; Também são conhecidos por livros auxiliares.

Livro Caixa: Esse livro tem a finalidade de registrar as entradas e saídas de numerário. Os
registros devem ser efetuados em ordem cronológica e, por isso, pode ser utilizado como
auxiliar do Livro Diário, devendo, nesse caso, atender a todas as formalidades exigidas.
Ressalte-se que as empresas optantes pelo SIMPLES estão obrigadas, perante o fisco, à
escrituração do Livro Caixa, observando as exigências contidas na Lei no 9.317/96 e as demais
formalidades, inclusive quanto aos termos de abertura e encerramento.

Livro de Inventário: tem a finalidade de registrar os bens de consumo, as mercadorias, as


matérias-primas e outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem
levantados os balanços. As empresas optantes pelo SIMPLES também estão obrigadas a
escriturar este Livro.

Livro de Entrada de Mercadorias: destina-se ao registo, em ordem cronológica, das


mercadorias adquiridas e recebidas pelas empresas. Nele também são registradas as entradas
de bens de qualquer espécie, inclusive os que se destinam a uso ou consumo.

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Livro de Saída de Mercadorias: registram-se, em ordem cronológica, as vendas de
mercadorias ou de produtos, bem como toda e qualquer saída, inclusive de bens móveis da
empresa.

Livro de Registro de Prestação de Serviços: esse livro é obrigatório perante o fisco municipal,
podendo ser utilizado como auxiliar do Diário, pois nele registram-se todas as operações de
serviços, individualizando as respectivas Notas Fiscais em ordem cronológica.

Livro Diário

Todos os registros efetuados no decorrer do exercício pela empresa ou entidade, devem ser
escriturados em um livro que chamamos de Diário. Sendo um dos livros obrigatórios para
efeitos de registros, e posteriores fiscalizações pelos órgãos competentes, deve seguir algumas
formalidades para ser escriturado.
Essas formalidades devem ser seguidas, no caso de escrituração manual, antes de começar a
serem feitos os registros. Hoje como pode ser impresso este livro já com os seus lançamentos,
pode seguir as formalidades da mesma forma, só que após de impresso.

As formalidades são as seguintes:


- deve ser escriturado em ordem cronológica de data do lançamento;
- deve conter numeração das páginas, que nunca podem ser manuscritas;
- possuir termos de abertura e de encerramento;
- não podem conter erros, rasuras, borrões nos lançamentos;
- deve ser registrado na repartição competente: para comércios e indústrias na junta
comercial, e sociedades civil em cartório de registro de títulos e documentos.
- Deve conter assinatura do funcionário destas repartições.

Requisitos para escrituração do livro diário: há duas formas de registrar os lançamentos como
débito e crédito:

D- Estoque OU Estoque
1 C- Bancos 2 a Bancos

No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso,
o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. Tem-se
por mais usada a primeira opção.

Cada lançamento no Diário deverá ter:

Local e data da operação; Título da conta de crédito;


Título da conta de débito; Histórico

.Exemplo 1:

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Exemplo 2:

Estes quesitos a serem observados, são obrigatórios, porque eles padronizam a escrituração
nos livros, trazendo estética e segurança no trabalho profissional.

Observada esta disposição, admite-se:


1. a escrituração do "Diário" por meio de partidas mensais;
2. a escrituração resumida ou sintética do "Diário", com valores totais que não
excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada
em registros auxiliares.
3. No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico,
os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão
destacados e encadernados em forma de livro.

O Livro "Diário" será registrado na Junta Comercial do Estado. Na hipótese de pessoas jurídicas
não sujeitas a registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial (como é o caso de
entidades sem fins lucrativos), o registro é feito no Cartório Civil da sede.

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Livro Razão

Após lançamento no Diário, o registro contábil é desdobrado e lançado, conta por conta, em
um livro ou jogo de fichas denominado Razão.
A sua escrituração deve ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações,
sendo dispensável o registro ou autenticação do livro ou fichas, e o seu preenchimento
devem obedecer ao método das partidas dobradas.
O lançamento no livro Razão é muito importante para as empresas, pois, com a totalização
individual das contas, possibilita saber a qualquer momento, o saldo de cada uma delas. Com
esses dados fornecidos através da escrituração do livro razão, temos o controle do
patrimônio, e essas informações trazem resultados positivos para melhor administrar as
organizações empresarias.
Não há necessidade de registro do Livro Razão. Entretanto, o mesmo deve conter termo de
abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do responsável pela empresa.
Este livro tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada no livro
Diário. Ele seguira a mesma ordem cronológica que o Livro Diário.
No Razão será demonstrado em cada folha de seu livro, o movimento de uma determinada
conta, sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o saldo final, sendo
devedor ou credor.
Este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração ou para o seu
registro. Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo
um livro facultativo, já para os contribuintes do imposto de renda com base no Lucro Real se
torna obrigatório conforme a legislação fiscal.

Exemplo:

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→ CICLO CONTÁBIL

São procedimentos contábeis utilizados para identificar, classificar, mensurar, registrar,


acumular, sumarizar e evidenciar a informação, este procedimento é utilizado para elaboração
das demonstrações contábeis, de acordo com Szuster et al (2008, p. 33), “O termo ciclo indica
que tais procedimentos devem ser repetidos continuamente para possibilitar que se preparem
Demonstrações Contábeis atualizadas...”.

O ciclo contábil possui cinco fases:

Captação – colhimento dos dados de atos e


fatos que afetam o patrimônio da entidade,
como coloca Szuster et al (2008,p.33): “A
captação envolve a análise de documentos
(leis, contratos, notas fiscais, recibos, laudos,
processos judiciais etc.), bem como de
eventos macroeconômicos que afetam a
entidade”.

Reconhecimento – é o momento dos


questionamentos em relação aos dados dos
atos e fatos, por exemplo, o primeiro
questionamento a ser realizado, consiste se o
dado captado deve ser reconhecido.

Processo de acumulação – após o


reconhecimento dos dados, estes devem ser
organizados em banco de dados. Para
facilitar o acesso rápido as informações as
empresas têm adotado sistemas
informatizados de contabilidade.

Sumarização – é ato de transformar todos os


dados em informações contábeis úteis aos
seus usuários, como a criação de
Demonstrações e relatórios contábeis.

Evidenciação – consiste na divulgação das


informações contábeis aos seus usuários,
seja por meio de jornais de grande
circulação, pelo site da entidade ou qualquer
outro meio. Com isso, a cada exercício social
a entidade elabora Demonstrações e
relatórios contábeis atualizados, desta forma,
a cada período social os empresários sabem
como se encontra o patrimônio da empresa.

Observação: este material foi compilado e todos os direitos autorais são de exclusividade dos autores descritos no
tópico de referências.
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Em virtude da alteração da lei 6.404/76 pela lei 11.638/07, são obrigatórias as seguintes
demonstrações:

 Balanço Patrimonial – evidencia em determinado momento a situação patrimonial da


empresa, como destaca Szuster et al (2008, p. 49, grifo do autor), “ uma fotografia dos
bens, direitos e obrigações de uma entidade em determinada data”.
 Demonstração do Resultado do Exercício – consiste na apuração dos lucros ou
prejuízos da empresa em determinado período, ou melhor, na apuração das receitas
auferidas deduzindo as despesas incorridas.
 Demonstração das Mutações do patrimônio líquido – demonstra as alterações
ocorridas no patrimônio líquido, geralmente são os aumentos do capital social, a
apuração e a destinação dos lucros. a rigor, a lei exige apenas das empresas a
demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, que é uma parte da DMPL, mas em
virtude desta trazer mais informações preferem elaborá-la.
 Demonstração dos fluxos de caixa - evidencia as mutações ocorridas no caixa ou
equivalentes.
 Demonstração do valor adicionado – evidencia a riqueza gerada pela empresa e como
ela distribuída entre os empregados, Governo, financiadores e os sócios.

→ REGIME DE CAIXA E DE COMPETÊNCIA

Em uma empresa, toda movimentação que acontece dá origem a um evento (ou lançamento)
contábil e financeiro. Este evento pode ser uma entrada (venda) ou uma saída (despesas,
custos ou investimentos). Todos os eventos são registrados pela contabilidade e pelo
financeiro da empresa, respectivamente pelo Regime de Competência e pelo Regime de Caixa.

Para entender as diferenças entre os dois regimes, primeiramente precisamos entender o que
cada um deles significa e representa.

Conceitos importantes
Rédito Exercício Social
Resultado da atividade econômica que Espaço de tempo (12 meses), findo o qual as
provoca variação patrimonial (lucro ou pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele
prejuízo). pode coincidir, ou não, com o ano-calendário,
de acordo com o que dispuser o estatuto ou
o contrato social.

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 Regime de Competência

É a forma de registrar um evento através da data que o evento aconteceu. Nesse caso a
contabilidade utiliza o regime de competência, contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e
Investimentos dentro do mês onde ocorreu o fato gerador. Isto é, na data da realização do
serviço, compra do material, da venda, do desconto, não importando quando o item será pago
ou recebido, mas sim quando foi realizado o fato.

Curiosidades!
O rédito é apurado pelo confronto entre as receitas e as despesas incorridas durante o
exercício social.
É o regime utilizado pelas entidades com fins lucrativos.
O registro do documento se dá na data que o evento aconteceu.
Este evento pode ser uma entrada (venda) ou uma saída (despesas e custos).

O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), um dos mais importantes relatórios de


gestão de uma empresa, é elaborado pelo Regime de Competência. Através deste relatório
podemos saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em um determinado período de
tempo.

 Regime de Caixa

Os eventos são registrados na data de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta
bancária. Neste caso, o Financeiro utiliza o Regime de Caixa, contabilizando as Receitas,
Custos, Despesas e Investimentos dentro do mês onde foram pagos ou recebidos.

Curiosidades!
O rédito é apurado pelo confronto entre os recebimentos e os pagamentos no decorrer do
período administrativo.
É o regime utilizado pelas entidades sem fins lucrativos.
Não leva em conta a depreciação.
Pode ser comparado a uma conta bancária.
O registro dos documentos é realizado na data que foram pagos ou recebidos.

É utilizado nos demonstrativos financeiros da empresa, como exemplo o Demonstrativo de


Fluxo de Caixa (DFC), que mostra as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Através dele
que é verificada a saúde financeira da organização.

Uma companhia pode ter um grande volume de vendas, e produtos com boas margens,
apresentando lucro no DRE. Porém pode ter seus processos de pagamentos e recebimentos
mal dimensionados, ficando assim sem disponibilidade de dinheiro em caixa. Esta avaliação é
realizada com a interpretação do DFC.

A principal diferença entre o Regime de Competência e o Regime de Caixa é que no primeiro


deles utilizamos a data que a compra ou venda aconteceu e no segundo consideramos a data
em que o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do caixa da empresa.

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No quadro abaixo a esquerda apresenta o registro dos eventos por regime de competencia, no
quadro abaixo a direira apresenta oregistro dos eventos pela da ta de pagamentos e
recebimentos

Exemplo : Para evidenciar melhor a diferença entre caixa e competência, imagine que sua
empresa tinha a receber R$10.000,00 de um cliente durante 06 meses, mas ele atrasou os
pagamentos e deixou para pagar tudo no último mês.

Neste caso, os saldos mensais ficariam conforme as tabelas a seguir:

Por regime de competência será registrado na data que ocorreu o fato gerador.

Já no seu regime de caixa seria registrado no mês que realizou o pagamento:

Então quando utilizar o regime de caixa e o regime de competência?


Para realizar a medição dos resultados de uma empresa, o mais comum e recomendado é que
se utilize do Regime de Competência, onde além de se considerar as vendas efetuadas e as
despesas realizadas, também se considera a depreciação, que no Regime de Caixa não é
considerada. Neste sentido, o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), um dos mais
importantes relatórios de gestão de uma empresa, é confeccionado pelo Regime de
Competência. Através deste relatório podemos saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo
em um determinado período de tempo.
Porém, o Regime de Caixa também é muito importante. É por meio dele que são
confeccionados os demonstrativos financeiros da empresa, por exemplo, o Demonstrativo de
Fluxo de Caixa (DFC), este relatório nos mostra as entradas e saídas de dinheiro da empresa, e
é através dele que sabemos como está a saúde financeira da organização.

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REFERÊNCIAS:

 Livros e periódicos

RIBEIRO, Osni Moura.Contabilidade geral fácil. 6ª ed. atualizada. São Paulo: Saraiva, 2010.

SZUSTER, Natan et al. Contabilidade geral: introdução à contabilidade societária. 2ª ed. São
Paulo: Atlas, 2008.

SÁ, Antônio Lopes de. Fundamentos da contabilidade geral. 3ª ed. Curitiba: Juruá, 2010.

 Sites

https://www.contabeis.com.br/

https://www.jornalcontabil.com.br/

https://www.socontabilidade.com.br/

https://www.portaldecontabilidadel.com.br/

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