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ELABORADO POR: Cláudio Morais José

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Amortizações.
Amortização é o desgaste dos bens (perca de valor dos bens).

Quando devemos amortizar os bens? Os bens podem ser amortizados mensal, trimestral e
anualmente, baseando-se na tabela das taxas de amortizações onde constam também os
respetivos períodos de vida útil.

18 – Amortizações acumuladas

Esta conta regista a acumulação das amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo e dos
investimentos financeiros em imóveis, desde o exercício de início da sua utilização até ao
exercício corrente. A amortização é um conceito contabilístico que pretende refletir o
consumo dos benefícios económicos dos bens resultante da sua participação no processo
produtivo da empresa, do seu desgaste físico, da perda de valor por obsolescência, etc.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

 18.1 – Imobilizações Corpóreas


 18.2 – Imobilizações Incorpóreas
 18.3 – Investimentos financeiros em imóveis

Cada subconta está ainda subdividida em consonância com a subdivisão prevista para as
contas de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas e investimentos financeiros em
imóveis.

A movimentação da subconta de amortizações acumuladas deve ser feita em consonância


com a conta de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas e investimentos
financeiros em imóveis (por exemplo: se está a registar a amortização de um equipamento
contabilizado na conta 11.3 – Equipamento básico, deve debitar a conta 73.1.3 –
Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas, Equipamento básico por contrapartida
do crédito na conta 18.1.3 – Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico).

Conceitos a considerar
- Ativo depreciáveis:
A entidade deve amortizar os ativos depreciáveis. São ativos depreciáveis os ativos que:

 Se espera que sejam usados durante mais do que um período contabilístico;


 Tenham uma vida útil limitada;
 Sejam detidos para uso na produção ou no fornecimento de bens e serviços, para
arrendamento a outros ou para fins administrativos.

Os terrenos não são considerados ativos depreciáveis por terem uma vida útil ilimitada.

- Vida útil

Para calcular a amortização, é necessário estimar a vida útil do ativo. A vida útil de um
imobilizado é:

 O período durante o qual se espera que um ativo depreciável seja usado pela empresa;
ou
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 O número de unidades de produção ou similares que a empresa espera obter do ativo.

A vida útil é, portanto, definida em termos de utilidade esperada dos bens e pode ser mais
curta do que a sua vida económica.

A estimativa da vida útil é uma questão de julgamento. Ao exercer-se tal julgamento, devem
ser tidos em consideração os seguintes fatores:

 Utilização esperada do ativo, avaliada com referência à sua esperada capacidade ou


produção física;
 Desgaste e estragos físicos esperados, que dependem da intensidade do uso, do
programa de reparação e manutenção e do cuidado de manutenção em ociosa;
 Obsolescência técnica proveniente de alterações ou melhoramentos na produção ou
de uma alteração no mercado de procura para o serviço ou produto derivado do ativo;
 Limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como as datas de extinção de
locações com ele relacionadas.

Durante a vida útil de um ativo, pode tornar-se evidente que a estimativa da vida útil seja
inapropriada.

- Quantia depreciável:

A quantia depreciável de um ativo depreciável é o seu custo (histórico ou outro que o


substitua), reduzido do valor residual estimado do ativo.

O valor residual do ativo é determinado por estimativa baseada no valor residual, prevalecente
a data da estimativa, de ativos semelhantes que tenham atingido o fim da sua vida útil e que
tenham funcionado sob condições semelhantes aquelas em que o ativo será usado.

A estimativa é feita a data de aquisição do activo e deverá ser revista na data em que se faça
uma eventual reavaliação.

- Método de depreciação:

O método de depreciação a usar deve reflectir o modelo pelo qual os benefícios económicos
do activo sejam consumidos pela empresa.

O método adotado deve ser revisto periodicamente e, se houver uma mudança significativa no
modelo esperado de benefícios económicos a obter desses activos, o método deve ser
alterado para refletir o modelo alterado.

O consumo de benefícios económicos pode resultar de:

 Uso,
 Obsolescência técnica,
 Desgaste,
 Rotura.

Este consumo deve ser contabilizado, mesmo que o valor do activo exceda a quantia pela qual
este se encontra registado (valor bruto deduzido das amortizações acumuladas).

Expostos os principais conceitos determinantes das amortizações do exercício, segue-se um


resumo da principal característica do método de cálculo das amortizações mais utilizado.
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MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES

Características:

 A quantia depreciável é repartida de modo igual pelos exercícios da vida útil do bem;
 A quota calculada apenas atende ao factor tempo.

Se a Quantia depreciável = Valor de aquisição – valor residual,

Quota de amortização anual = Quantia depreciável x taxa de amortização

Ou

Quota de amortização anual = Quantia depreciável / nº de anos de vida útil

Exemplos:

A empresa CMJ, LDA adquiriu uma viatura em 02/01/2020 no valor de 5.000.000,00 AOA.

- Tempo de vida útil: 5 anos

- Taxa de amortização anual 20%

1) Calcular a quota de depreciação anual:

Quota de amortização anual = Valor de aquisição x Taxa de amortização anual

Quota de amortização anual = 5.000.000,00 x 20% = 1.000.000,00


Quota de amortização anual = 1.000.000,00

Mapa de amortizações

MAPA DE AMORTIZAÇÕES EM 31/12/2020


VALOR
QUOTA DE AMORTIZAÇÃO CONTAB.
DESCRIÇÃO DAT. AQUI VAL. AQUI TAXA ANTERIOR ANUAL ACUMULAD
VIATURA 02/01/2020 5.000.000 20% 1.000.000 1.000.000 4.000.000

TOTAL 1.000.000 1.000.000 4.000.000

Contabilização

D 73.1.4 C D 18.1.4 C
1) 1.000.000 1.000.000 (1

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