estabelecidas pela Legislação do Imposto de Renda. RIR/2018 - (https://www.valor.srv.br/artigo.php? id=339&titulo=ativo-imobilizado-limite-de-imobilizacao- imposto-renda-irpj-csll)
O valor (custo) unitário dos bens do Ativo
Imobilizado será considerado em função da utilidade que o mesmo possa prestar em relação ao objeto da empresa.
Exemplos: carrinho (para fregueses
apanharem mercadoria); a bicicleta (para entregas); a escrivaninha (para o escritório); e, assim por diante. Bens cujo custo podem ser lançados diretamente a resultado:
• O RIR/2018 autoriza a dedução como despesa
operacional, o custo de aquisição de bens de valores irrelevantes destinados à manutenção das atividades da empresa que, por sua natureza, seriam classificados no "Ativo Imobilizado (AI)" do Balanço Patrimonial (BP) da empresa, desde que atendidos os seguintes requisitos:
• seu valor (custo) unitário não seja superior a R$
1.200,00 (um mil e duzentos reais) (1); ou • seu prazo de vida útil não for superior a um ano (qualquer que seja o custo do bem) (2) NÃO CUMULATIVIDADE
• Note-se que esses requisitos não são cumulativos,
mas sim, alternativos. Aplica-se ou um outro, conforme o caso real. Assim, se o valor da aquisição for superior à R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), mas o tempo de vida útil for inferior a 1 (um) ano, o custo de aquisição poderá ser registrado como gasto corrente, ou seja, como despesa operacional do período. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES (IR)
• Uma vez ativado o bem, será
inadmissível a reversão do seu custo para despesa operacional MATERIAIS DE USO OU CONSUMO • Contabilmente, o procedimento mais adequado é lançar os materiais de uso ou consumo como estoque do ativo circulante. À medida que eles sejam consumidos, o valor correspondente deve ser transferido para o resultado. • Se a quantidade de material adquirido não for relevante, é admissível o seu registro diretamente como custo ou despesa. GASTOS COM REPAROS, CONSERVAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO Segundo a legislação do IR, os gastos incorridos com reparos, conservação ou substituição de partes de bens do ativo imobilizado, de que resulte aumento de vida útil superior a um ano, devem ser incorporados ao valor do bem para fins de depreciação do novo valor contábil. Geralmente, os gastos com reparos e conservação não afetam de forma relevante a vida útil de um bem, ao contrário da substituição de peças. Exemplo: Máquina 10.000 Depreciação Acumulada ( 6.000) Valor contábil 4.000 Tempo de vida útil remanescente 4 anos A substituição de uma determinada peça, no valor de 3.000, provocou o aumento da vida útil da máquina em cinco anos. EXEMPLO Na contabilização dos fatos, primeiro deve ser baixada a depreciação acumulada da máquina: D – Depreciação Acumulada 6.000 C – Máquinas 6.000 Em seguida, devemos adicionar o valor gasto com a substituição das peças: D – Máquinas 3.000 C – Caixa ou Contas a Pagar 3.000 Com isso, a máquina passou a apresentar o saldo de 7.000 e será depreciado com base no tempo de vida útil após a substituição das peças, nove anos (quatro anos de vida útil remanescente mais cinco anos agregados pela substituição das peças. DEPRECIAÇÃO
• Essa taxa será fixada em função do prazo durante
o qual se possa esperar utilização econômica do bem pela empresa, na produção de seus rendimentos. DEPRECIAÇÃO
Não há um método recomendado isoladamente. O
CPC sugere, a princípio, três métodos de depreciação: Método Linear, com a depreciação distribuída igualmente durante o prazo de vida útil: dividimos o valor depreciável pelo tempo de vida útil estimada. Exemplo: Máquina com vida útil de 10 anos e valor depreciável de $ 60.000. Depreciação anual = 60.000/10 = $ 6.000 Método Das Horas De Trabalho Inicialmente, estima-se o total de horas que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de sua vida útil. E a depreciação é calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total de horas.
Ex. Máquina com vida útil de 50.000 horas. Trabalhou
4.500 horas em 2020. Depreciação anual: 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%. DEPRECIAÇÃO
O critério fiscal: regras básicas de dedução da
depreciação (artigo 305 do RIR/99):
• Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada
período de apuração, a importância correspondente à diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal • Em qualquer hipótese, o montante acumulado das quotas de depreciação não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem. DEPRECIAÇÃO
• Somente será permitida depreciação de bens móveis e
imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.
• A taxa de depreciação será fixada em função do prazo
durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção de seus rendimentos. DEPRECIAÇÃO
• A Secretaria da Receita Federal do Brasil publicará
periodicamente o prazo de vida útil admissível, em condições normais ou médias, para cada espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte o direito de computar a quota efetivamente adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que faça a prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente DEPRECIAÇÃO BENS TAXA DE DEPRECIAÇÃO VIDA ÚTIL
Veículos de Passageiros 20% ao ano 5 anos
Veículos de carga 20% ao ano 5 anos
Motociclos e Tratores 25% ao ano 4 anos
Computadores e equipamentos 20% ao ano 5 anos
Máquinas e Equipamentos 10% ao ano 10 anos
Móveis e Utensílios 10% ao ano 10 anos
Instalações 10% ao ano 10 anos
Edifícios e Benfeitorias 4% ao ano 25 anos
DEPRECIAÇÃO • Taxa de depreciação inferior à permitida: as importâncias não apropriadas não poderão ser recuperadas posteriormente através da utilização de taxas superiores às máximas anualmente permitidas. • Lei nº 11.638, de 2007: taxas de depreciação inferiores daquelas permitidas pela Receita Federal, tendo em vista a vida útil maior. CRITÉRIO FISCAL X ESTIMATIVA CONTÁBIL
• Para a contabilidade, a depreciação deve ser calculada
segundo a melhor estimativa técnica.
• Por exemplo, se a Empresa X adquire dois veículos idênticos
e estima que um terá vida útil de 6 anos e o outro 4 anos (o segundo será utilizado em condições mais severas que o primeiro), deve depreciá-los conforme esta estimativa.
• O Fisco, por sua vez, aceita apenas determinados prazos
para cálculo da depreciação. As diferenças deveriam ser ajustadas para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a utilizar o critério fiscal. Mas, contabilmente, deve ser utilizada a melhor estimativa técnica. DEPRECIAÇÃO Depreciação na aquisição de bens usados: No caso de aquisição de bens usados, o Regulamento do IR determina que a depreciação seja calculada ou pelo tempo de vida útil restante, ou pela metade da vida útil do bem novo, dos dois O MAIOR. EXEMPLO: Ao comprar uma máquina, cuja vida útil restante seja de sete anos, deve-se efetuar a depreciação em sete anos. Se esta mesma máquina tivesse uma vida útil restante de três anos, a depreciação dela seria feita em cinco anos que é a metade do prazo de vida útil original do bem, dez anos. DEPRECIAÇÃO
Depreciação acelerada pelo uso:
• As taxas determinadas pelo Fisco para os bens móveis são válidas para utilização num período de trabalho de 8 horas.
• Caso a empresa comprove que o bem é utilizado em dois
turnos de 8 horas, poderá ser depreciado em 50% a mais do que sua taxa normal.
• Se a utilização se der em três turnos, num total de 24 horas
diárias de uso, a taxa utilizada poderá ser dobrada, ou seja, duas vezes o máximo permitido usualmente. DEPRECIAÇÃO RESUMINDO: • Coeficiente 1,0 para um turno de 8 horas de operação; • Coeficiente 1,5 para dois turnos de 8 horas de operação • Coeficiente 2,0 para três turnos de 8 horas de operação. Depreciação Acelerada
Exemplo: Máquinas e Equipamentos: 10% a.a.
1 turno de 8 horas: fator 1,0 x 10 = 10% 2 turnos de 8 horas: fator 1,5 x 10 = 15% 3 turnos de 8 horas: fator 2 x 10 = 20% DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• Cada componente de um ativo imobilizado com custo
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. Ex: a estrutura e os motores de aeronave (alteração significativa na legislação).
• A empresa pode, por exemplo, depreciar uma aeronave em 12
anos e depreciar os motores em 5 anos. DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
Exemplo: Uma empresa compra uma aeronave pelo
valor total de $ 1.200.000. O custo do motor (já incluído nesse total) é de $ 200.000. O motor tem vida útil de 5 anos, e o restante do conjunto do avião tem vida útil de 10 anos, sem valor residual. A depreciação anual fica assim: Motor: 200.000/5 anos = 40.000 por ano Avião (sem o motor): 1.000.000/10 anos = 100.000 DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• No quinto ano, ao efetuar a troca do motor, a empresa dá baixa
contabilmente no motor antigo e capitaliza (contabiliza como custo do ativo) o novo motor:
• Situação do Imobilizado ao final do quinto ano:
Motor ............................................. 200.000 Depreciação acumulada ............... (200.000)
Depreciação acumulada .................. (500.000) DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 Baixa do motor antigo:
D – Depreciação acumulada ....... 200.000
C – Motor ..................................... 200.000
Capitalização do novo motor (custo = 280.000)
D – Motor (ativo)........................... 280.000
C – Caixa ou bancos .................... 280.000
A partir do sexto ano, a empresa passa a depreciar o novo motor.
DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 Alteração de vida útil: • O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
• O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo
menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (outra novidade importante) DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• Anteriormente, o valor residual e a vida útil eram definidos
(geralmente, as empresas usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
• Agora, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser
revisados pelo menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deverá ser realizada e tratada como mudança de estimativa contábil. DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• No caso de alteração do método de contabilidade (passar
do Método da linha reta para o Método de Cole), também é tratado como alteração de estimativa contábil. • Como a mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, produzirá efeitos prospectivos – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma alteração nos valores já contabilizados como depreciação DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• O valor depreciável de um ativo é determinado após a
dedução de seu valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.
• O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de
depreciação será zero (a depreciação deve cessar) enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27
• A depreciação de um ativo deve cessar na data em
que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. • A depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção. EXEMPLO 1: Uma entidade pública registrou um veículo para compor seu ativo imobilizado pelo custo de aquisição de R$78.000,00. No ato da contabilização, a entidade determinou que esse veículo terá um valor residual de R$21.000,00 e uma vida útil de cinco anos; o Método das Cotas Constantes foi escolhido para apropriação da depreciação. Diante dessas informações, calcule:
a) A depreciação anual: 78.000 – 21.000 = 57.000/5 =
11.400 b) A depreciação mensal: 11.400/12 = 950 c) O valor depreciável: 57.000 ATIVIDADES: 1 - Uma sociedade empresária adquiriu uma máquina, no dia 14.6.2012, por R$190.000,00. Para deixar a máquina em condições de produzir, arcou ainda com gastos de R$12.000,00 referentes à instalação, concluída em 31.7.2012. Em 1º.8.2012, a máquina estava em condições de funcionamento e, em 1º.10.2012, começou a ser utilizada na produção. A empresa estima que a vida útil da máquina é de oito anos e utilizará o método das quotas constantes para cálculo da depreciação. O valor residual estimado para a máquina é de R$10.000,00. De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, ao final do ano de 2012, o saldo da conta Depreciação Acumulada relativo à máquina será de: Exame de Suficiência/2015/1 2 - Uma Sociedade Empresária adquiriu um equipamento, por R$25.000,00, para uso em suas atividades. Para deixá-lo em condições de uso, foi necessário gastar mais R$1.500,00. O equipamento ficou pronto para uso no dia 2.1.2014, e a empresa estima usar o equipamento por 5 anos. O valor residual é estimado em R$2.500,00, para qualquer método de depreciação adotado. A vida útil estimada do equipamento é de 12.000 horas. O equipamento tem capacidade para produzir 8.000 unidades de produto. O equipamento foi utilizado durante todo o ano de 2014; operou por 2.600 horas; e produziu 1.800 unidades. Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que a despesa com depreciação, no ano de 2014 foi de: Alternativas da questão: a)R$4.800,00, apurados com base no Método das Quotas Constantes. b) R$5.416,67, apurados com base no Método das Horas de Produção. c) R$5.962,50, apurados com base no Método das Unidades Produzidas. d) R$7.500,00, apurados com base no Método da Soma dos Dígitos. DEPRECIAÇÃO: Método dos Saldos Decrescentes Método dos Saldos Decrescentes, com despesa decrescente durante prazo de vida útil (Método das Somas dos Dígitos ou Método de Cole): somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma. A justificativa técnica para esse método é que a despesa de depreciação menor nos últimos anos é compensada pelo aumento das despesas de manutenção. Exemplo: Veículo com vida útil de 5 anos. Somamos os dígitos da vida útil e dividimos cada algarismo pela soma = 5+4+3+2+1=15 Depreciação ano 1 = 5/15 = 33.33 Depreciação ano 2 = 4/15 = 27 Depreciação ano 3 = 3/15 = 20 Depreciação ano 4 = 2/15 = 13 Depreciação ano 5 = 1/15 = 7 DEPRECIAÇÃO: Método das Unidades Produzidas
Método das Unidades Produzidas, com despesa baseada
no uso ou produção esperados: estima-se a quantidade total de unidades que será produzida. A depreciação é feita dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total.
Exemplo: Máquina que custou $ 100.000 e com capacidade
de produção total, ao longo de toda a sua vida útil de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades: 80.000/1.000.000 = 0,08 ou 8% Valor da Depreciação em X1 = $100.000 x 8% = $ 8.000,00