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1. Depreciação
A Depreciação é contabilmente medida através de uma taxa percentual para cada classe
de imobilizado, que em função da vida útil do ativo, permite determinar sua perda de valor anual
(ou mesmo mensal).
Como a redução do valor de um ativo pelo seu desgaste, a Depreciação deve considerar o
nível de utilização do ativo por 1ou mais turnos de trabalho. Para um ativo que trabalha além de
um turno normal de 8 horas, será considerada a Depreciação Acelerada.
1
1 8 horas 1
2 16 horas 1,5
3 24 horas 2
A Depreciação por este método é calculada pela simples divisão do valor depreciável do
bem, pelo tempo de sua vida útil. É método utilizado pela grande maioria das empresas.
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
2
Observando a figura acima é possível observar que ao passar do tempo, estes encargos
tendem a aumentar. Este crescimento das despesas de manutenção e reparos seria compensado
pelas cotas decrescentes de depreciação, resultando em custos globais mais uniformes.
c) Unidades produzidas
Define a taxa de depreciação com base no número de unidades produzidas pelo bem no
período. Seu cálculo parte inicialmente da estimativa de unidades que o bem produzirá durante o
tempo de sua vida útil. Em seguida, a taxa de depreciação de cada período é calculada
proporcionalmente em função da quantidade de unidades produzidas no respectivo período. Por
exemplo:
Logo:
3
10.500,00 x 3,5% = R$ 367,50
d) Horas trabalhadas
Logo:
2. Impearment
Os ativos imobilizados de uma empresa não devem ser apresentados nas demonstrações
contábeis por valor acima de seu valor recuperável. Isso acontece quando o valor contábil do ativo
esta maior que o montante que será recebido pelo uso ou venda daquele ativo. Partindo da
premissa que a empresa possui um bom controle do seu ativo imobilizado, isto é, bens
emplaquetados com registros individuais em algum sistema informatizado com os valores de
aquisição, depreciação acumulada, etc, o primeiro passo é determinar qual abordagem (método)
será utilizado para a realização do teste (Valor em uso ou valor justo líquido de despesa de
venda).
Valor em Uso
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O valor em uso é o valor presente de fluxos de caixas futuros esperados de um ativo
ou de uma unidade geradora de caixa. Isto é, uma avaliação econômica através do método de
fluxo de caixa descontado onde se estima as futuras entradas e saídas de caixa decorrentes do
uso do bem por um período futuro e aplica-se uma taxa de desconto adequada para trazer esse
fluxo a valor presente.
Apesar de o conceito ser simples, sua aplicação na prática pode ser complicada. Quanto
gera de receita para empresa um computador? Há situações em que não é possível estimar o
valor recuperável de maneira individual, nessas situações a empresa deve identificar a unidade
geradora de caixa à qual pertence o bem. O pronunciamento técnico CPC 01 define unidade
geradora de caixa como menor grupo identificável de ativos que gera as entradas de caixa,
logo uma unidade geradora de caixa pode ser uma divisão, uma unidade de negócios, uma
linha de produção, um estabelecimento comercial, etc. A própria empresa deve exercer
julgamento para identificar sua(s) unidade(s) geradora(s) de caixa. Dessa forma, quando o teste
de impairment for realizado para uma unidade geradora de caixa, seu resultado será válido para
todo o conjunto de bens que compõe essa unidade (máquinas, equipamentos, móveis, etc.).
O valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um
ativo ou unidade geradora de caixa em transações com bases comutativas, entre partes
conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. Isto é, o valor líquido
de venda reflete quanto a empresa conseguiria receber pela venda do bem em uma negociação
normal.
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Tendo a empresa, porém, realizado o teste pelo método do valor justo líquido de despesa
de venda resultando em perda, poderá refazer um novo teste pelo método do valor em uso,
escolhendo ao final aquele que apresentar o melhor resultado.
Na prática, para bens tangíveis, o método de avaliação mais utilizado pela maioria das
empresas é o valor justo líquido de despesa de venda, pela facilidade de realização e
compreensão do método. Considere que é mais fácil avaliar o preço de venda de um carro do que
determinar sua geração de fluxos de caixa. Outros obstáculos encontrados na avaliação pelo valor
em uso podem ser: a preparação/separação das informações, subjetividade das premissas e até
mesmo a preocupação com relação ao sigilo das informações sobre receita.
Vale ressaltar que em algumas situações, o método do valor em uso pode ser o mais
adequado para a avaliação de ativos intangíveis como, por exemplo, softwares. Outra situação na
qual o método do valor em uso representa a melhor escolha para avaliação é a de máquinas de
fabricação própria.
Determinado o método, o próximo passo é a sua execução. A empresa pode tanto fazer
internamente (desde que tenha os profissionais adequados e habilitados) como contratar
empresas especializadas (consultorias) para a realização do teste de impairment. Realizado o
teste, deve-se então comparar o valor contábil e o valor recuperável do bem. Se o valor
recuperável do ativo for maior do que seu valor contábil, não será necessário nenhum
registro. Porém, se o valor recuperável for menor que o valor contábil, a empresa deverá
efetuar o ajuste, debitando-se a conta de “Despesa de perda por desvalorização de ativos” e
creditando-se uma conta redutora do ativo. Graficamente, podemos resumir a mensuração da
perda da seguinte maneira:
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Exemplo: A máquina de uma linha de produção, ao final de um exercício, apresenta os seguintes
valores:
Ao fazer o teste pelo valor líquido de venda, verificou-se que o valor de mercado da
máquina diminuiu mais que o esperado (fim de produção desse modelo pelo fabricante e
substituição por um novo modelo com tecnologia mais avançada). A avaliação do valor justo
líquido de despesa de venda desta máquina apresenta o valor de R$ 45.000,00. Como o valor
recuperável é menor que o contábil (perda), a empresa decide contratar uma consultoria
especializada para avaliação do bem pelo valor em uso. Analisado o histórico de faturamento
obtido pela máquina e sua política de manutenção, montou-se a projeção abaixo:
Os fluxos de caixa projetados para os 5 anos restantes da vida útil econômica da máquina,
descontada a corespondente perspectiva de manutenções, apresenta uma soma de R$
96.200,00. Estes valores de fluxos, porém, estão projetados para o futuro e, portanto, devem ser
trazidos a valor presente. A taxa de desconto determinada para tanto foi 20% ao ano.
Considerando uma taxa de desconto em 20% a.a.:
Portanto, escolhendo o maior valor (R$ 61.145,50), devemos compará-lo ao valor contábil do bem
(R$ 68.000,00).
Conclusão: Como o valor recuperável é menor que o contábil, nesse exemplo, a perda seria de
R$ 6.854,50.
No Balanço Patrimonial
Exercícios de reforço
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● Valor de resíduo: R$ 18.500,00
● Vida útil econômica: 10 anos
● Unidades estimadas (a produzir): 485.000 unidades
● Unidades produzidas no período: 22.800 unidades
● Horas estimadas (vida útil): 288.000 h
● Horas de uso no período: 23.500 h
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