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Aula 05

Contabilidade Geral p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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Contabilidade Geral para Exame CFC 2018.1
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 05

AULA 05: ESTOQUES

SUMÁRIO
SEJA BEM-VINDO ........................................................................................................................... 2
1. APURAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO: UMA BREVE INTRODUÇÃO .................................................... 3
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO E DOS PRODUTOS ACABADOS. ............. 5
2.1. ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS (FABRICAÇÃO PRÓPRIA). ................................................. 10
2.2 MERCADORIAS FUNGÍVEIS ...................................................................................................... 10
2.3. PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO ................................................................................................... 11
2.3.1. PEPS.................................................................................................................................. 11
2.3.2. UEPS ................................................................................................................................. 12
2.3.3. CUSTO MÉDIO .................................................................................................................... 12
2.3.4. MÉDIA PONDERADA FIXA ..................................................................................................... 13
2.3.5. MÉDIA PONDERADA MÓVEL .................................................................................................. 14
2.4. CUSTO ESPECÍFICO ............................................................................................................... 14
2.5. MÉTODO DO VAREJO .............................................................................................................. 15
3. APURAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO - ...................................................................................... 16
4. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS. ........................................................................ 17
4.1. CONCEITO ............................................................................................................................ 17
4.2. MATERIAIS DIRETOS – CUSTO DE AQUISIÇÃO .......................................................................... 20
4.2.1. REGRA GERAL ..................................................................................................................... 20
4.2.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS ........................................................................... 21
4.3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 22
4.3.1. ESTOQUE DE MATÉRIA PRIMA .............................................................................................. 22
4.3.2. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM ....................................................... 24
4.3.3. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS ................................................................................................... 25
4.3.3.1. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA ............................................................................................. 28
4.3.3.2. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA) ................ 28
4.3.3.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL) . 29
4.4. TRATAMENTO DAS PERDAS ..................................................................................................... 30
5. MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA ............................................................................................. 30
5.1 – DEFINIÇÃO .......................................................................................................................... 30
5.2 – CUSTO DA MÃO DE OBRA ...................................................................................................... 31
5.2.1. ENCARGOS SOCIAIS............................................................................................................ 31
5.2.2 PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS ................................................................................ 32
5.2.3 PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO ....................................................................... 34
6. CUSTOS INDIRETOS. ................................................................................................................ 34
6.1 DEFINIÇÃO E CRITÉRIOS DE RATEIO ........................................................................................ 34
6.1.1. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................ 34
6.2. CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS ...................................................................... 36
6.3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO ........................................................................................................ 37
6.4. CENTRO DE CUSTOS. ............................................................................................................. 38
5. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................... 40
6. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................................................... 62
7. GABARITO DAS QUESTÕES DESTA AULA ..................................................................................... 72

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SEJA BEM-VINDO

Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, para mais
uma aula do nosso curso de Contabilidade Geral para o Exame do CFC!

Na aula de hoje, falaremos sobre os estoques. Entraremos um pouco na parte


de Contabilidade de Custos.

Pedimos que as dúvidas sejam enviadas, preferencialmente, para o fórum de


dúvidas do site Estratégia Concursos. Afinal, a dúvida de um aluno pode ajudar
a outro.

Estamos à disposição para sanar as dúvidas que surjam no decorrer do curso.

Forte abraço!

GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.

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1. APURAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO: UMA BREVE INTRODUÇÃO

Antes de continuarmos, vamos ver rapidamente como se apura o custo dos


produtos numa empresa.

As contas patrimoniais diretamente envolvidas com o custo são os estoques.

No caso das empresas comerciais, o controle e apuração dos custos são


relativamente simples. A empresa compra e vende mercadorias prontas. Nesse
caso, o valor que vai para estoque inclui o custo das mercadorias e os valores
necessários para deixar o estoque pronto para venda, como fretes e seguro
durante o transporte.

No caso das empresas industriais, as contas de estoque incluem estoque de


matéria-prima, estoque de material de embalagem, estoque de produtos em
processo e estoque de produtos acabados.

A contabilidade de custos é um dos ramos da contabilidade. Cuida ela,


precipuamente, da atribuição de custos da produção e seu controle.

Custos, de acordo com a melhor doutrina, são gastos com bens que
serão utilizados na produção de outros bens. Em suma, são os gastos que
se correlacionam com a atividade produtiva. Exemplos: salários de funcionários
que trabalham na fábrica, aluguéis do imóvel em que funciona a fábrica, seguro
das máquinas que atuam na fábrica.

As indústrias basicamente possuem três tipos de estoques:

1) Estoque de matéria prima;


2) Estoque de produtos em elaboração; e
3) Estoque de produtos acabados.

O custo de produção do período, chamado de CPP, pode ser definido como o


total dos cursos incorridos na produção em um determinado espaço de tempo.

Em linguagem algébrica, podemos defini-lo da seguinte forma:

Custo da produção do período = material direto + mão de obra direito +


custos indiretos de fabricação.

Vamos elaborar um enunciado para exemplificar a questão. Suponha que a


empresa Alfa tenha gasto R$ 1.000,00 com a compra de matéria-prima.

Em seguida, passa toda essa matéria-prima para produção no período.

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O razonete fica assim:

Na compra:

Matéria prima
R$ 1.000,00

Na transferência para o setor produtivo:

Matéria prima Produtos em elaboração


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00

Suponha-se que R$ 500 foram gastos com mão-de-obra direta para a produção
e, também, que R$ 200 são gastos com custos indiretos de fabricação. Todos
esses gastos não são alocados na Demonstração do Resultado do Exercício, por
se tratar de custo. O custo será agregado ao valor da mercadoria (na conta
produtos em elaboração). Vai ficar assim:

Matéria prima Produtos em elaboração


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
R$ 500,00
R$ 200,00

Se deste total, 60% foram acabados, passaremos a essa porcentagem para o


razonete produtos acabados (60% x 1.700 = 1.020).

Matéria prima Produtos em elaboração Produtos acabados

R$1.020,0
R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$1.020,00 0
R$ 500,00
R$ 200,00
R$ 1.700,00

E se agora metade desses produtos forem vendidos? Daríamos saída do


estoque de produtos acabados (por crédito) e debitaríamos custo dos produtos
vendidos.

Estaria assim:

Matéria prima Produtos em elaboração


R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.020,00
R$ 500,00
R$ 200,00
R$ 1.700,00 R$ 1.020,00
R$ 680,00

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Produtos acabados Custo dos produtos vendidos


R$ 1.020,00 R$ 510,00 R$ 510,00
R$ 510,00

Exploremos o nosso enunciado.

Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período


dentro da fábrica = MOD + CIF + MD  No nosso caso, seria 1000 + 500 +
200 = 1.700.

Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção


acabada no período  Na questão são os 1.020 (que equivalem a 60% da
produção do período).

Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção


dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos  é o que vendemos no
período, que equivale a R$ 510,00.

Os estoques aparecem, no Balanço Patrimonial, no Ativo Circulante.

Quando são vendidos, os estoques geram custos. Os custos dos produtos


vendidos figuram na Demonstração do Resultado do Exercício:

Vendas Líquidas
(-) Custo dos produtos vendidos
= Lucro Bruto

Os custos das vendas aparecem também na demonstração do valor adicionado.

Muito bem! Vamos começar o nosso assunto nesta aula...

2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO E DOS


PRODUTOS ACABADOS.

Vamos examinar os critérios de avaliação de estoque.

Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

MENSURAÇÃO DE ESTOQUE

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9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era


chamada de: “custo ou mercado, dos dois o menor.”

Vejamos uma questão sobre o assunto:

(FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2012 – 1) Em 2.10.2011, uma sociedade


empresária adquiriu uma mercadoria para revenda. Os dados da transação são
os seguintes:

Preço de compra antes do abatimento R$ 21.000,00


ICMS s/ compra – recuperável R$ 3.400,00
Abatimentos R$ 1.000,00
Gasto com transporte da mercadoria R$ 2.000,00
ICMS s/ Frete – recuperável R$ 340,00

Em 15.11.2011, a empresa vendeu 50% do estoque.

Em 31.12.2011, a empresa apurou que o preço estimado de venda no curso


normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos
gastos estimados necessários para se concretizar a venda para esta
mercadoria, é de R$8.000,00.

Considerando que a empresa não possui estoque inicial, o valor do estoque em


31.12.2011 a ser apresentado no Balanço Patrimonial nesta data é de:

A) R$8.000,00.
B) R$8.800,00.
C) R$9.130,00.
D) R$9.630,00.

Resolução: Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo


valor realizável líquido, dos dois o menor. A questão informa que o valor
realizável líquido é de $8.000. Portanto, os estoques ficarão avaliados por
$8.000 ou pelo valor de custo, dos dois o menor.

Ocorre que o menor valor que aparece nas respostas é $8.000. Assim, não
precisamos calcular o valor de custo, pois, se for, por exemplo, de $8.800
(Letra B), o estoque ficará avaliado por $8.000.

Precisaríamos calcular o valor de custo se houvesse resposta indicando um


valor menor que $8.000.

Gabarito  A

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Vamos ver, a seguir, algumas definições do pronunciamento CPC 16(R1) –
Estoques.

Texto do CPC (R1) 16 – Estoques:

6. Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados


Especificados:

Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;


(b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

Valor justo o é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre
participantes do mercado na data de mensuração. (Alterada pela Revisão CPC
03)

7. O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera


realizar com a venda do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo
reflete o preço pelo qual uma transação ordenada para a venda do mesmo
estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para esse estoque ocorreria
entre participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um
valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por
isso, o valor realizável líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor
justo deduzido dos gastos necessários para a respectiva venda. (Alterado pela
Revisão CPC 03)

8. Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo,


por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda ou
terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques também compreendem
produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e
incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de
produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. No
caso de prestador de serviços, os estoques devem incluir os custos do serviço,
tal como descrito no item 19, para o qual a entidade ainda não tenha
reconhecido a respectiva receita (ver o Pronunciamento Técnico CPC 30 -
Receita).

Destacamos os seguintes pontos:

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1) VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO É DIFERENTE DE VALOR JUSTO. O
primeiro é um valor específico para a entidade, ao passo que o segundo é um
valor de ordem geral. Por isso, podem ser diferentes.

2) Embora pareça estranho, consta no pronunciamento os “estoques do


prestador de serviços, que devem incluir os custos do serviço”.

Já foi cobrado em prova:

(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins/Instituto


SABER/2010) Com relação aos estoques, é CORRETO afirmar:

a- Estoques são os valores referentes às existências dos produtos acabados,


produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo,
serviços em andamento e outros valores relacionados ás atividades-fim da
entidade.
b- O grupo de contas de estoques é de grande importância no contexto do
Balanço Patrimonial e os efeitos de suas variações são imediatamente refletidos
no Patrimônio Líquido.
c- Existem dois sistemas de controlar contabilmente o valor dos estoques: o
periódico e o permanente.
d- Todas as alternativas anteriores estão corretas.
e- Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

Comentários

O gabarito é a letra D.

O que poderia confundir nesta questão é a menção ao “estoque de serviços em


andamento”. Mas tal terminologia está correta.

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS


DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS
INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E
LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO
11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os
impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser

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deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada
pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e COFINS (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à
aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição.

Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no


momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada
mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse
tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto.

Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto


financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto
para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com
vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para
pagamento em 15 dias.

Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o


comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma


loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais à unidade e, quando recebe a
mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Portanto, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97
reais (sem considerar impostos ou outros custos).

A lei das S.A.s (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

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(...)
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Estas são as determinações gerais sobre avaliação de estoque. Veremos agora


alguns pontos específicos.

2.1. ESTOQUES DE PRODUTOS ACABADOS (FABRICAÇÃO PRÓPRIA).

1) Os custos dos produtos fabricados incluem a alocação sistemática de todos


os custos, diretos e indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.

2) A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades produzidas


deve ser baseada na capacidade normal de produção. Ou seja, as perdas
normais de produção são apropriadas aos custos; as perdas excepcionais
devem ser apropriadas diretamente no resultado do período.

2.2 MERCADORIAS FUNGÍVEIS

Vamos examinar a avaliação de mais um tipo de estoque. Conforme a Lei


6404/76:

Art. 183, § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda


poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume
mercantil aceito pela técnica contábil.

As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja,


café, etc.

As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto,


normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se uma
empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela
conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de
mercadorias.

Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as


mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.

Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar aço,
borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e construir um
carro que será vendido por 20.000.

Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de


custo de 10.000.

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E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no
caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação do
produto.

Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa


conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita de venda e um
lucro, pois o mercado aceitou esse preço.

Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário negociar e
eventualmente diminuir o preço.

Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo


custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela empresa.

Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está


estabelecido pela cotação em bolsa.

2.3. PEPS, UEPS E PREÇO MÉDIO

Dificilmente as mercadorias são compradas pelo mesmo preço. Surge, assim, a


necessidade de atribuir preço ao estoque que está sendo vendido.

Vamos supor que determinada empresa, tendo iniciado o ano com estoque
zero, efetuou duas compras do produto X: a primeira de 10 unidades, com
custo unitário de $10, e a segunda de 20 unidades, com custo unitário de $12.

Em seguida, a empresa efetuou a venda de 15 unidades do produto X, por 20


reais a unidade. Vamos ver como fica o resultado e o estoque final, usando
cada um dos métodos acima.

2.3.1. PEPS

Significa Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla
em inglês FIFO (First in first out).

No nosso exemplo, ficaria assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Usando o PEPS, valorizamos as unidades vendidas usando o custo das unidades


que entraram primeiro no estoque.

Assim:

Custo das 15 unidades:

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10 unidades a 10 reais = $ 100
5 unidades a 12 reais = $ 60

15 unidades que custaram, no total, 160 reais.

Resultado:
Receita vendas 300
(-) CMV (160)
Lucro Bruto 140

Estoque final: 15 unidades a 12 reais = 180

2.3.2. UEPS

Significa Último que Entra é o Primeiro que Sai. Também conhecido pela sigla
em inglês LIFO (Last In First Out). Usando os mesmos dados do exemplo
acima, fica assim:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

Custo das 15 unidades vendidas:


15 unidades a 12 reais = R$ 180

Resultado:

Receita vendas 300


(-) CMV (180)
Lucro Bruto 120

Estoque final:

10 unidades a 10 reais = 100


5 unidades a 12 reais = 60

Estoque final: 15 unidades com custo total de 160.

2.3.3. CUSTO MÉDIO

Usamos o custo médio do estoque, para calcular o custo das vendas.


Retomando o exemplo acima, temos:

1ª compra: 10 unidades a 10 reais = R$ 100


2ª compra: 20 unidades a 12 reais = R$ 240
Custo médio: R$ 340 / 30 unidades = R$ 11,3333 por unidade.

Venda de 15 unidades x $ 20 = R$ 300 (receita de venda)

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Custo das vendas:

15 unidades x $ 11,33 = 170 (OBS: arredondando centavos)

Resultado:

Receita vendas 300


(-) CMV (170)
Lucro Bruto 130

Estoque final:

Estoque final: 15 unidades x R$ 11,3333 = R$ 170


==9bb8a==

Para calcular o custo médio, podemos usar a média ponderada fixa ou a média
ponderada móvel.

No primeiro caso, calculamos a média de todas as entradas do mês e usamos


esse valor para todas as saídas do mês.

Assim:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
10 Vendas -100
15 Compras 200 15,00 3.000,00
20 Vendas -250

Vamos calcular o custo das vendas dos dias 10 e 20, usando as duas médias
ponderadas (fixa e móvel).

2.3.4. MÉDIA PONDERADA FIXA

A partir do estoque inicial e das entradas, calculamos o custo médio que será
usado para todas as saídas do mês.

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
15 Compras 200 15,00 3.000,00
Total 650 12,92 8.400,00

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O Custo Médio Fixo é de $ 12,92. O custo das vendas será:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,92 = $ 1.292,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 12,92 = $ 3.230,00

Custo total do mês: $ 1.292,00 + $ 3.230,00 = $ 4.522,00

2.3.5. MÉDIA PONDERADA MÓVEL

Nesse caso, calculamos o custo médio vigente na data de cada venda. A venda
do dia 10 fica com o seguinte custo médio ponderado móvel:

Dia Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


1 Estoque inicial 100 10,00 1.000,00
4 Compras 150 12,00 1.800,00
6 Compras 200 13,00 2.600,00
Total 450 12,00 5.400,00

Assim, a venda do dia 10 terá custo médio de R$ 12,00. Do total de 450


unidades, sobram 350, após a venda.

Podemos agora calcular o custo médio móvel para a venda do dia 12:

1 Evento Quantidade Custo Médio Custo Total


11 Estoque inicial 350 12,00 4.200,00
15 Compras 200 15,00 3.000,00
Total 550 13,09 7.200,00

A venda do dia 20 terá custo médio de R$ 13,09. Agora podemos calcular o


total do custo das vendas do mês:

Dia 10: venda de 100 unidades x $ 12,00 = $ 1.200,00


Dia 20: venda de 250 unidades x $ 13,09 = $ 3.272,50

Custo total do mês: $ 1.200,00 + $ 3.272,50 = $ 4.472,50

O custo dos estoques deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a
Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio
ponderado. Ou seja, o critério Último a entrar, primeiro a sair (UEPS) só pode
ser utilizado para informações gerenciais, e não na contabilidade oficial.

2.4. CUSTO ESPECÍFICO

Outra forma de atribuir custos às vendas é através do Custo Específico.


Podemos exemplificar da seguinte forma:

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Suponha que uma agência de automóveis possua 10 unidades de um
determinado modelo em estoque. Três foram comprados há 6 meses, por R$
20.000,00. Seis foram comprados na última semana, por R$ 22.000,00. O
último é um carro usado, que foi aceito como parte de pagamento de um
veículo novo, pelo custo de R$ 12.000,00.

A empresa realiza a venda de quatro veículos: um que foi comprado há 6


meses, dois comprados na última semana e o veículo usado.

Nesse caso, a empresa pode atribuir o custo específico de cada item vendido.

2.5. MÉTODO DO VAREJO

Usado em empresas que trabalham com muitos itens e apresentam uma grande
rotatividade de estoque, como os supermercados.

Se a empresa costuma usar uma margem fixa sobre o custo para formar o
preço de venda, ela pode valorizar o seu estoque final a partir do preço de
venda e calcular o custo usando a fórmula:

CMV = estoque inicial + compras – estoque final.

Por exemplo, suponha que determinado supermercado forme o seu preço de


venda multiplicando o custo por 1,5. Para calcular o estoque final, basta pegar
o preço de venda dos itens em estoque e dividir por 1,5.

Esse procedimento está previsto no Pronunciamento CPC 16 – Estoques,


confira:

22. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar
estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que
têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos
de custeio. O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço
de venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada
deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda
reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma
percentagem média para cada departamento de varejo.

Este método era muito útil quando não havia computadores. Imagine controlar
e apurar o custo dos estoques “na mão”, com milhares de itens diferentes.
Atualmente, com os controles informatizados, as empresas podem apurar os
custos de estoque de forma mais adequadas que o Método do Varejo. Mas nada
impede que usem esse método, se julgar adequado.

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3. APURAÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO.

Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período


dentro da fábrica.

Custo da Produção acabada é a soma dos custos contidos na produção


acabada do período. Pode conter Custos de Produção também de períodos
anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente
período.

Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção


dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de
produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos
em diversas épocas diferentes. (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.

São três conceitos distintos e não há nenhuma relação obrigatória entre seus
valores. Cada um pode ser maior ou menor que o outro em cada período,
dependendo das circunstâncias.

Para as questões de custo, vamos utilizar três Razonetes:

Estoque Matéria Prima Estoque produtos elaboração Estoque produtos Acabados


Est. Inicial Est. Inicial Est. Inicial
Entradas Saídas Entradas Saídas
Entradas Saídas Mat. Prima
MOD
CIF
Custos fixos
Est. Final Est. final Est. final

Devemos usar sempre a fórmula:

Saldo inicial + Entradas (-) Saídas = Saldo Final

Ou

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

1) Estoque de Matéria prima:

Entradas: compra de matéria-prima


Saídas: será usada na produção, portanto vai para a conta Estoque de
Produtos em Elaboração

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2) Estoque de Produtos em Elaboração:

Entradas: Matéria-prima usada na produção, Mão-de-obra direta e indireta,


Outros custos fixos e variáveis.

As entradas nesta conta representam o Custo de Produção do Período.

Saídas: são os produtos acabados, que saem desta conta e vão para a conta
de Estoque de Produtos Acabados.

As saídas desta conta representam o Custo da Produção Acabada.

3) Estoque de Produtos Acabados:

Entrada: É a produção acabada no período.


Saídas: Referem-se aos produtos vendidos.

As saídas desta conta representam o Custo dos Produtos Vendidos.

Estoque Matéria Prima Estoque produtos elaboração Estoque produtos Acabados

Est. Inicial Est. Inicial Est. Inicial

Entradas Saídas Entradas Saídas


Saída de
Saída para o Custo da
matéria prima Mat. Prima, Custo dos
Compra de estoque de produção
para o estoque MOD, CIF, Produtos
matéria prima Produtos acabada no
de produto em Custos Fixos Vendidos
Acabados Período
elaboração
É o Custo da
É o Custo da
Produção
Produção do
Acabada no
Período
Período
Est. Final Est. final Est. final

4. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS.

4.1. CONCEITO

Já mencionamos, na aula anterior, a definição de custo direto e custo indireto:

Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos
produtos. Exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, embalagens, etc.

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Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos
produtos. A sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária.
Exemplo: Aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc. (Eliseu Martins,
“Contabilidade de Custos”.)

Vamos expandir um pouco esses conceitos.

A primeira coisa que devemos ter em mente é que custo direto não é o mesmo
que custo variável; e custo indireto não é sinônimo de custo fixo.

A classificação custo direto ou custo indireto refere-se á identificação do custo


com o produto elaborado. Os custos que podem ser atribuídos diretamente a
um produto são os custos diretos.

Já aqueles que necessitam de um critério de rateio para serem alocados aos


produtos são os custos indiretos.

A classificação entre custos fixos e variáveis refere-se à variação dos custos em


relação à variação da quantidade produzida.

Assim, um custo fixo pode ser direto ou indireto. O mesmo ocorre com os
custos variáveis. São duas classificações separadas, com finalidades distintas, e
não há relação entre elas. Ou seja, embora os custos fixos sejam em sua
maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto.

Com os custos variáveis ocorre o mesmo. Repetimos, são classificações


separadas.

Para tornar mais clara a distinção entre custo direto e indireto, vamos
reproduzir um exemplo que consta no livro “Contabilidade de Custos”, do Prof.
Eliseu Martins:

“Suponhamos que os seguintes Custos de Produção de determinado período


precisem ser alocados aos quatro diferentes produtos elaborados pela empresa:

Matéria-prima 2.500.000
Embalagens 600.000
Material de consumo 100.000
Mão-de-obra 1.000.000
Salário da Supervisão 400.000
Depreciação das Máquinas 300.000
Energia Elétrica 500.000
Aluguel do Prédio 200.000
Total 5.600.000

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O responsável por Custos faz os levantamentos e análises necessárias e
verificou o seguinte:

Matéria-prima e Embalagens: podem ser apropriadas perfeita e diretamente


aos quatro produtos, já que foi possível identificar quanto cada um consumiu.

Material de Consumo: Alguns são lubrificantes de máquinas, e não há como


associá-los a cada produto diretamente, e outros são de tão pequeno valor que
ninguém se preocupou em associá-los a cada produto.

Mão-de-obra: é possível associar parte dela diretamente com cada produto,


pois o processo não é muito automatizado e houve uma medição de quanto
cada operário trabalhou em cada um e quanto custa cada operário para a
empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipe de produção, e não há
possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos
($200.000 dos $1.000.000).

Salários da Supervisão: muito mais difícil de ainda de se alocar por meio de


uma verificação direta e objetiva do que a mão-de-obra dos chefes de equipe
de produção, já que essa supervisão é a geral da produção. Representa esse
custo o gasto da supervisão dos chefes de equipes e, por isso mesmo, muito
mais difícil é a alocação aos produtos.

Depreciação das máquinas: a empresa deprecia linearmente em valores


iguais por período, e não por produto. Haveria possibilidade de apropriar
diretamente a cada produto se a depreciação fosse contabilizada de outra
forma.

Energia Elétrica: parte dela é possível alocar a três dos quatro produtos, já
que a máquina que mais consome força possui um medidor próprio, e a
empresa faz verificações de quanto consome cada item elaborado. Porém , o
resto da energia só é medido globalmente, e não há forma direta de alocação
($350.000 são alocáveis e $150.000 não).

Aluguel do prédio: impossível de se medir diretamente quanto pertence a


cada produto.” (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”)

Verificamos que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos


produtos. São os Custos Diretos com relação aos produtos.

Em outros casos, não há uma medida objetiva, e a alocação tem que ser feita
de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. São os Custos Indiretos com
relação aos produtos.

É importante ressaltar que a classificação entre custos diretos e indiretos


relacionada acima vale para as condições descritas. Ou seja, para uma empresa

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a depreciação pode ser um custo indireto e para outra pode ser um custo
direto. Há que se verificar o que diz a questão.

Alguns custos são irrelevantes e, embora pudessem ser apropriados


diretamente (como no caso de Material de consumo, neste exemplo), recebem
um tratamento de custo indireto. A relação “custo-benefício” não justifica um
tratamento mais detalhado para custos irrelevantes.

Lembramos que não há um valor objetivo para que um custo seja considerado
relevante ou irrelevante. Segundo o CPC 00 – Procedimento Conceitual Básico,
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, informação contábil-financeira
relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam
ser tomadas pelos usuários.

Alguns custos, como a depreciação, poderiam ser apropriados de forma direta,


mas, pela própria natureza do custo, muitas vezes não é considerado útil esse
procedimento.

E, finalmente, alguns custos, como a Energia Elétrica, embora possam ser


relevantes, não são tratados como diretos, já que seria necessário um sistema
de mensuração da quantidade aplicada em cada produto. Devido ao custo desse
sistema, ou por ser de difícil aplicação, ou ainda por não ser muito diferente o
valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potência de cada
máquina e no volume de sua utilização, prefere-se fazer a apropriação de forma
indireta.

Sempre que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou


quando há o uso de estimativas ao invés de medição direta, fica caracterizado o
custo indireto.

Assim, o rol dos Custos Indiretos inclui Custos Indiretos propriamente ditos e
Custos Diretos (por natureza), mas que são tratados como indiretos em função
de sua irrelevância ou da dificuldade de sua medição.

Com respeito especificamente à mão-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta


que a mão de obra direta é aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que
trabalha e atua diretamente sobre o produto que está sendo elaborado; a mão
de obra indireta é a relativa ao pessoal de chefia, supervisão ou outras
atividades que, apesar de vinculadas à produção, não tem aplicação direta
sobre o produto: manutenção, programação e controle da produção, etc.

4.2. MATERIAIS DIRETOS – CUSTO DE AQUISIÇÃO

4.2.1. REGRA GERAL

Regra geral: todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em


condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc)

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ou em condições de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse
mesmo ativo. (Eliseu Martins, op cit.)

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS


DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS
INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E
LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada
pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

4) Preço de compra
5) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:
c) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
d) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
6) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de


aquisição, como veremos a seguir.

4.2.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS

Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no


momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada
mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociação, acaba saindo por 95
reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse
tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto.

Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto


financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto

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para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com
vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para
pagamento em 15 dias.

Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o


comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma


loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a
mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97
reais (sem considerar impostos ou outros custos).

A lei das S.A.s (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:
(...)
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Estas são as determinações gerais sobre avaliação de estoque. Veremos agora


alguns pontos específicos.

4.3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

4.3.1. ESTOQUE DE MATÉRIA PRIMA

É registrado pelo valor original, e deve incluir todos os custos de aquisição, bem
como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais.

Assim, o custo dos estoques de matéria-prima compreende o preço de compra,


os impostos de importação e outros tributos, bem como os custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente relacionados com a
aquisição dos materiais.

No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar


o custo do estoque. Devem ser apropriados como despesas financeiras
proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de financiamento de ativos
qualificáveis.

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Descontos comerciais e abatimentos não integram o custo.

No caso de estoques importados, a variação cambial incorrida até a data da


entrada da matéria prima no estabelecimento do comprador será integrada ao
custo; a partir daí, será apropriada como despesa financeira.

Segundo a Lei das S.A.s (lei 6404/76):

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da


companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação


dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam


ser repostos, mediante compra no mercado;

Os estoques de matérias-primas, via de regra, não se destinam a ser vendidos.


Serão usados na fabricação de produtos acabados. É por isso que o preço de
reposição é considerado o valor justo; é o preço pelo qual o fornecedor das
matérias-primas irá vendê-la.

Há ainda outro ponto na avaliação das matérias-primas. Conforme o CPC 16 –


Estoques:

32. Os materiais e os outros bens de consumo mantidos para uso na produção


de estoques ou na prestação de serviços não serão reduzidos abaixo do custo
se for previsível que os produtos acabados em que eles devem ser incorporados
ou os serviços em que serão utilizados sejam vendidos pelo custo ou acima do
custo. Porém, quando a diminuição no preço dos produtos acabados ou no
preço dos serviços prestados indicar que o custo de elaboração desses produtos
ou serviços excederá seu valor realizável líquido, os materiais e os outros bens
de consumo devem ser reduzidos ao valor realizável líquido. Em tais
circunstâncias, o custo de reposição dos materiais pode ser a melhor medida
disponível do seu valor realizável líquido.

Os produtos acabados e as mercadorias destinam-se, apenas, à venda. A


empresa só pode ganhar dinheiro com tais estoques através da venda. Assim,
quando o valor realizável líquido fica abaixo do custo, o estoque deve ser
ajustado, reconhecendo-se uma perda.

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No caso das matérias-primas, além de comparar o custo com o preço de
reposição, devemos também verificar se os produtos acabados nos quais eles
serão incorporado possui preço igual ou superior ao custo. Nesse caso, não
ajustamos o estoque de matérias-primas, eis que seu valor será recuperado
pelo uso nos produtos acabados.

4.3.2. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM

Fretes: Já mencionamos que o frete integra o custo da matéria prima.

Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou
seja, o valor gasto para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser
tratado como despesa.

Frete sobre compras (matéria prima, mercadoria) CUSTO

Frete sobre venda  DESPESA

Armazenagem: Com relação à armazenagem, ocorre a mesma distinção.


Quando a empresa compra matéria prima, pode ser necessário armazená-la por
algum tempo, antes de utilizá-la na produção.

Tais gastos com armazenagem são incluídos no custo da produção.

Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem


são considerados despesas. Pois a mercadoria já está pronta, já foi produzida.

Lembra-se da regra geral?

Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de


uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas, etc) ou em
condições de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo
ativo. (Eliseu Martins, op.cit.)

As mercadorias adquiridas já estão em condição de venda, quando chegam à


empresa. O tempo de estocagem não ocorre para colocá-las em condições de
venda. Portanto, tais gastos vão para a despesa. O mesmo ocorre com os
produtos acabados. Sua armazenagem é despesa, e não custo.

Armazenagem de matéria prima  CUSTO


Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados  DESPESA

Vamos falar sobre os impostos recuperáveis?

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4.3.3. IMPOSTOS RECUPERÁVEIS

São os impostos não cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do


imposto cobrado nas operações anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS
e o COFINS.

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: É um imposto “por fora”, o que


significa que não está incluído no preço do produto . Portanto, deve ser
acrescentado ao preço. Normalmente, a questão informa qual a alíquota que
deve ser considerada ou o valor do IPI.

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços: è um imposto


“por dentro”, ou seja, já está incluído no preço da mercadoria ou produto.
Possui várias alíquotas, sendo que normalmente a questão informa qual deve
ser utilizada.

PIS – Programa de Integração Social: É um tributo “por dentro”. Existe nas


modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 0,65 %
Não-cumulativa: 1,65 %

COFINS – Contribuição para a Seguridade Social: É um tributo “por dentro”.


Existe nas modalidades cumulativas e não-cumulativas. As alíquotas são:

Cumulativa: 3,0 %
Não-cumulativa: 7,6 %

Observação: como estamos interessados nos aspectos contábeis, não


entraremos em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser
estudados na disciplina Direito Tributário.

Impostos “por dentro” e “por fora”. Vamos detalhar a forma de cálculo do


IPI (por fora) e do ICMS (por dentro).

Normalmente, as questões informam o “preço da mercadoria” ou o “preço da


compra”. O preço inclui o ICMS (imposto “por dentro”), mas não inclui o IPI
(imposto “por fora”).

Exemplo: A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, ao preço de $1.000


reais, com incidência de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilização.
Cálculo do imposto:

IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI não está incluído no preço, deve ser
somado.

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Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100

ICMS: 1.000 x 18% = 180

Contabilização (considerando que os dois impostos são recuperáveis):


D – Estoque matéria prima 820
D – ICMS a recuperar 180
D – IPI a recuperar 100
C – Fornecedores 1.100

Já foi cobrado:

(ESAF/MPOG/APO/2008) A empresa comercial Armazém Popular S.A. utiliza o


controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho
de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tênis para revender,
tendo praticado a seguinte composição de custos:

Preço de compra: R$ 200.000,00;


IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00;
ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00.

Ao contabilizar essa operação de compra, a empresa deverá fazer o seguinte


lançamento (...)

Resolução:

O preço inclui o ICMS (por dentro), mas não inclui o IPI (por fora). Assim, o
valor total pago será $ 200.000 + IPI $ 10.000 = $210.000. Trata-se de
mercadorias para revender, portanto o ICMS será recuperado e o IPI não.

Valor do estoque: $ 210.000 – ICMS $ 18.000 = $ 192.000

Contabilização:

D – Estoque de mercadorias 192.000


D – ICMS a Recuperar 18.000
C – Fornecedores 210.000

Obs: a questão não menciona que a compra foi a prazo, mas todas as
alternativas creditavam fornecedores.

Já mencionamos que o preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não o IPI. Mas
devemos atentar para a seguinte “pegadinha”: se a questão mencionar o “valor
da Nota Fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Explicando melhor:

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1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao PREÇO
TOTAL de R$ 1.000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da
Nota fiscal?

R: O preço inclui o ICMS (que é "por dentro") e não inclui o IPI ("por fora").
Assim, o total da NF será:

1.000 + 10% de IPI = 1100

2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria PAGANDO O


TOTAL de 1000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota
fiscal?
R: Se o comprador pagou 1000, este é o valor total da NF., já com 10% de ipi
incluso.

Essa “pegadinha” já caiu em prova? Já, sim:

(ESAF/ MDIC/Analista de Comércio Exterior/2002) A empresa Três Ramos de


Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia
15; e outra de 480 unidades, no dia 25.

O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira a prazo e a


segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao
preço de venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%.

Exclusivamente com base nas informações acima, podemos dizer que o preço
unitário de venda alcançado na operação do dia

a) 25 de agosto foi de R$ 5,00.


b) 25 de agosto foi de R$ 5,50.
c) 15 de agosto foi de R$ 6,64.
d) 15 de agosto foi de R$ 7,92.
e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

Resolução:

O valor apurado foi o mesmo em cada operação, e o valor total foi de $


5.280,00. Assim, o valor apurado em cada operação foi de $ 5.280 / 2 = $
2.640.

Esse foi o valor cobrado, que inclui o IPI de 10%. Para calcular o preço de
venda unitário, devemos excluir o IPI (o preço inclui o ICMS, mas não o IPI).
$ 2.640 / 1,1 = $ 2.400

Preço unitário da venda do dia 15: $ 2.400 / 300 unid. = $ 8,00


Preço unitário da venda do dia 25: $ 2.400 / 480 unid. = $ 5,00

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Gabarito  A

4.3.3.1. COMPRA DE MATÉRIA PRIMA

A empresa KLS adquiriu matéria-prima a prazo, com preço de $ 100.000,00,


com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%.

Determine a contabilização.

IPI (100.000 x 10%) 10.000


Preço da Matéria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

OBS: Usaremos sempre esse formato de cálculo. A partir do preço da


mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI irá aumentar o valor da nota fiscal
(é “por fora”, lembra?). Por isso, colocamos o cálculo do IPI acima do preço da
mercadoria. Já o ICMS, o PIS e a COFINS estão “dentro” do preço da
mercadoria, assim não afetam o valor total da nota fiscal.

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 10.000(IPI) – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

Assim, a contabilização é a seguinte:


D – Estoque 72.750
D – IPI a recuperar 10.000
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 110.000

4.3.3.2. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL


(AQUISIÇÃO DE INDÚSTRIA)

A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com


preço de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e
COFINS de 7,6%.

Determine a contabilização.

Neste caso, o IPI não é recuperável. Como se trata de mercadoria destinada à


comercialização, o IPI não entra na base de cálculo do ICMS.

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Mas, como será incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de cálculo
do PIS e do COFINS. Chamamos a atenção para esse caso, em particular. A
base de cálculo do ICMS será diferente da base de cálculo do PIS e COFINS.

Vamos aos cálculos:

IPI (100.000 x 10%) 10.000


Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000
ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (110.000 x 1,65%) 1.815
COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000

Nesse caso, o IPI não é recuperável. O valor do estoque é:

110.000 – 18.000 – 1.815 -8.360 = 81.825

Assim, a contabilização é a seguinte:


D – Estoque 81.825
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.815
D – COFINS a recuperar 8.360
C – Fornecedores 110.000

4.3.3.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL


(AQUISIÇÃO DE EMPRESA COMERCIAL)

A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com


preço de $ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%.

Determine a contabilização.

Este é o caso mais fácil, por isso deixamos para o final. Como a empresa
vendedora é uma empresa comercial, não há IPI. Os cálculos ficam assim:

Preço da Matéria Prima (sem ipi e com icms) 100.000


ICMS (100.000 x 18%) 18.000
PIS (100.000 x 1,65%) 1.650
COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

Valor da Nota Fiscal: 100.000

Nesse caso, não há IPI. O valor do estoque é:

100.000 – 18.000 – 1.650 -7.600 = 72.750

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Assim, a contabilização é a seguinte:

D – Estoque 72.750
D – ICMS a recuperar 18.000
D – PIS a recuperar 1.650
D – COFINS a recuperar 7.600
C – Fornecedores 100.000

4.4. TRATAMENTO DAS PERDAS

Já vimos esse assunto na aula anterior, mas não custa recordar: as perdas de
material direto na produção podem ser normais, decorrentes do processo
produtivo, ou perdas anormais, decorrentes de algum fato excepcional.

O tratamento contábil é o seguinte:

a) As perdas normais são apropriadas ao custo do produto. Por exemplo, se


uma empresa usa 1.000 kgs de uma determinada matéria prima e ocorre
uma perda de 5% no processo de produção, o custo dos 1000 kgs será
considerado normalmente.
b) As perdas anormais são tratadas como despesa do período, não afetando
o custo da produção. Por exemplo, se ocorre um incêndio e a empresa
perde 5.000 kgs do estoque de matéria prima, não deve incluir o valor
desse estoque como custo da produção, e sim como despesa.

Muito bem. Basta de materiais diretos. Vamos ver agora a mão de obra.

5. MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA

5.1 – DEFINIÇÃO

Mão de obra direta: É aquela que pode ser apropriada diretamente ao


produto.

Mão de obra indireta: Ocorre quando o custo da mão de obra necessita de


algum tipo de rateio ou estimativa, para ser atribuído aos produtos.

Alguns exemplos mais comuns de Mão de obra Direta são: torneiro, prensista,
soldador, cortador, pintor, etc. E de Mão de obra indireta: supervisor,
encarregado de setor, pessoal da manutenção, ajudante, etc.

A legislação trabalhista brasileira garante um mínimo de 220 horas por mês,


mesmo aos operários contratados por hora. Assim, considerando o total do
mês, a folha de pagamento é um gasto fixo (pelo menos quando não excede as
220 horas, do contrário teremos gastos com horas extras).

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Mas o custo da Mão de obra Direta não é um gasto fixo.

Isso ocorre porque só é considerara Mão de obra Direta a parte relativa ao


tempo realmente utilizado no processo de produção. O tempo que algum
operário deixou de trabalhar diretamente no produto deixa de ser classificado
como Mão de obra Direta. Se houver um nível normal de ociosidade, devido a
fatores como falta de material, de energia, quebra de máquinas, etc, esse
tempo não utilizado será transformado em custo indireto para rateio à
produção.

Se, por outro lado, ocorrer uma ociosidade anormal, excepcional, será
considerada como perda do período (como no caso de uma grave prolongada).

5.2 – CUSTO DA MÃO DE OBRA

Apuração do custo da mão de obra

O custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de


férias e a provisão de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para
concursos, a questão pode indicar apenas alguns encargos. Devemos sempre
seguir as instruções da questão.

Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e


dos encargos sociais.

5.2.1. ENCARGOS SOCIAIS

Os principais encargos são o INSS e o FGTS.

INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS:

1) INSS retido do funcionário: as empresas descontam dos funcionários a


contribuição previdenciária sobre o salário recebido, e posteriormente repassa o
valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do recolhimento
ao INSS é devido pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. O
percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do
funcionário.

Este valor não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da
empresa.

Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de


R$ 1.000,00, com retenção do INSS de 9%:

D – Despesa de salário 1.000


C – INSS retido a recolher (Passivo) 90
C – Salários a pagar (Passivo) 910

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Pelo pagamento do salário:

D – Salário a pagar 910


C – Caixa 910

Pelo recolhimento do INSS:


D – INSS retido a recolher 90
C – Caixa 90

Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e


também não afeta o valor das despesas de salários ( a empresa apenas
desconta e repassa, nada mais).

2) INSS patronal: Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20%


do valor da folha salarial ao INSS.

FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) : Também é encargo da


empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado numa
conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é
demitido, ou em certos casos: compra de imóvel, doença, etc.

Há ainda outra contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae,


Sesc, Senai, etc. Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do
trabalho), cuja alíquota depende do grau de risco da atividade.

Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que


deve ser considerado.

5.2.2 PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE FÉRIAS

Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar


um ano.

Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o
Princípio da Competência.

A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de


trabalho; se for demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias
proporcionais. Ou seja, o funcionário demitido após 9 meses de trabalho tem
direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais.

A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser


calculada individualmente para cada funcionário.

A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do


enceramento das demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma:

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1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário


terá direito a férias na seguinte proporção:

Até 5 faltas  30 dias corridos


De 6 a 14 faltas  24 dias corridos
De 15 a 23 faltas  18 dias corridos
De 24 a 32 faltas  12 dias corridos
Acima de 32 faltas  Perde o direito às férias.

2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das


férias proporcionais, com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês
ou fração superior a 14 dias.

Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de


férias (um terço).

Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de


férias, no valor de 1/3 do salário. O abono deve ser somado ao salário, para
calculo dos encargos sociais.

Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e


com direito a 10/12 avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos,
ficaria assim (Obs: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS,
de 8%, como encargos).

Salário 1.000,00
Base para provisão (10/12 avos) 833,00
Abono de férias (1/3) 277,67
Subtotal 1.110,67
INSS (20%) 222,13
FGTS (8%) 88,85
Total Provisão férias 1.421,65

Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A


contabilização, para os funcionários da produção, entra como custo de mão-de-
obra; para os outros funcionários, como despesa:

Funcionários da produção:

D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65


C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

Outros funcionários (escritório)

D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65


C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65

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Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da


provisão de férias (férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode
contabilizar um valor total e manter um controle à parte, extra contábil.

5.2.3 PROVISÃO PARA PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO

É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário
por mês, mais encargos.

A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês


integral.

A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da


produção; e como despesa, para os outros funcionários.

Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados.

6. CUSTOS INDIRETOS.

6.1 DEFINIÇÃO E CRITÉRIOS DE RATEIO

Já definimos Custos Indiretos como aqueles que não podem ser atribuídos
diretamente aos produtos, necessitando de algum critério de rateio.

È o que vamos agora estudar: os critérios de rateio.

Mas, primeiro, vamos ver o Esquema básico da Contabilidade de Custos, para


uma visão geral do processo de custo. (obs: baseado em exemplo do livro
“Contabilidade de Custos”, de Eliseu Martins).

6.1.1. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

1) A separação entre Custo e Despesas.

Vamos supor que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X:

Comissões de Vendedores 56.000


Salários de Fábrica 84.000
Matéria prima consumida 240.000
Salários da Administração 90.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Despesas Financeiras 35.000
Honorários da Diretoria 28.000
Materiais diversos - fábrica 10.000

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Energia elétrica - fábrica 60.000
Manutenção - fábrica 50.000
Despesas de entrega 30.000
Correios, telefone, telex 3.000
Material de consumo - Escritório 4.000
Total gastos/abril 740.000

Iniciamos com a separação entre custos e despesas, da seguinte forma:

Custos de Produção
Salários de Fábrica 84.000
Matéria-prima consumida 240.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica 60.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 494.000

Estes gastos integrarão o Custo dos produtos.

Despesas
Comissões de Vendedores 56.000
Salários da Administração 90.000
Despesas Financeiras 35.000
Honorários da Diretoria 28.000
Despesas de entrega 30.000
Correios, telefone, telex 3.000
Material de consumo - Escritório 4.000
Total de despesas 246.000

As despesas, que não entraram no custo da produção e totalizaram


R$246.000,00, serão contabilizadas diretamente no Resultado do Período, sem
serem alocadas aos produtos.

2) A apropriação dos Custos Diretos.

Digamos que essa empresa elabore dois produtos diferentes, A e B. O próximo


passo consiste em apropriar os custos diretos aos produtos. Vamos supor que,
além da matéria prima, sejam também custos diretos 50% da mão-de-obra e
60% da energia elétrica.

Através de controles e apontamentos, a empresa identifica os seguintes valores


para o custo direto dos produtos:

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Custos de Produção Produto A Produto B TOTAL
Salários de Fábrica 30.000 12.000 42.000
Matéria prima consumida 150.000 90.000 240.000
Energia elétrica - fábrica 20.000 16.000 36.000
TOTAL 200.000 118.000 318.000

3) A apropriação dos Custos Indiretos.

Agora, sobraram os custos indiretos:

Custos Indiretos
Salários de Fábrica - indiretos 42.000
Depreciação na fábrica 42.000
Seguros da fábrica 8.000
Materiais diversos - fábrica 10.000
Energia elétrica - fábrica - indir. 24.000
Manutenção - fábrica 50.000
Total gastos/abril 176.000

Quando os custos diretos são maiores que os custos indiretos, uma forma
simplista de rateio é atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cada
produto já recebeu de custos diretos.

Esse critério é usado principalmente quando os custos indiretos são bem


menores que os custos diretos.

Mas há outros critérios, mais sofisticados:

6.2. CRITÉRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS

Salários de Fabrica – indireto: pode ser rateado pelo número de funcionários


diretos que trabalham em cada produto.

Manutenção – fábrica: pelo número de horas/máquinas usadas na produção


de cada produto.

Depreciação: pela quantidade de horas/máquinas usadas por cada produto.

Aluguel da fábrica: rateado pela área ocupada na produção de cada produto


(obs: nesse exemplo, não incluímos aluguel da fábrica).
Para concursos, a questão deve informar claramente qual será o
critério de rateio.

Apenas para finalizar o exemplo, vamos apresentar o quadro completo de


apropriação de custos aos produtos, supondo que as bases de rateio já tenham
sido calculadas:

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Custos Diretos Produto A Produto B TOTAL


Salários de Fábrica 30.000 12.000 42.000
Matéria-prima consumida 150.000 90.000 240.000
Energia elétrica - fábrica 20.000 16.000 36.000
Subtotal custos diretos 200.000 118.000 318.000
Custos Indiretos
Salários de Fábrica - indiretos 25.000 17.000 42.000
Depreciação na fábrica 30.000 12.000 42.000
Seguros da fábrica 5.000 3.000 8.000
Materiais diversos - fábrica 5.000 5.000 10.000
Energia elétrica - fábrica -
indir. 15.000 9.000 24.000
Manutenção - fábrica 35.000 15.000 50.000
Subtotal custos indiretos 115.000 61.000 176.000
Total dos custos 315.000 179.000 494.000

Portanto, o esquema básico é:

1) Separar custos de despesas


2) Apropriar os custos diretos
3) Apropriar os custos indiretos, através dos critérios de rateio.

Com relação aos critérios de rateio dos custos indiretos, para concursos, fica
bem simples. A banca deve dizer exatamente qual o critério a ser utilizado.
Devemos apenas seguir o que a questão indicar.

6.3. DEPARTAMENTALIZAÇÃO

Departamento é uma unidade administrativa, representada por pessoas e


máquinas que desenvolvem determinada atividade. O Departamento é um
centro de custos, ou seja, os custos indiretos são acumulados no
Departamento, e depois são atribuídos aos produtos.

Os Departamentos podem ser classificados de duas formas:

a) Departamentos de produção, nos quais ocorre a atividade produtiva


propriamente dita: corte, montagem, acabamento, pintura, forjaria, ou
seja, são os departamentos que atuam diretamente na produção;
b) Departamentos de serviços, que prestam serviços aos departamentos de
produção. Exemplo: manutenção, almoxarifado, Administração Geral da
produção, etc.

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Normalmente, os custos acumulados nos departamentos de serviços são
apropriados aos departamentos de produção. Assim, com a utilização dos
departamentos, o esquema básico de custos fica assim:

a) Separação entre Custos e Despesas;


b) Apropriação dos Custos Diretos aos produtos;
c) Apropriação dos Custos Indiretos aos Departamentos;
d) Rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Serviços aos
Departamentos de Produção;
e) Atribuição dos Custos Indiretos dos departamentos de Produção aos
produtos.

Os custos dos departamentos de serviços podem ser atribuídos aos


departamentos produtivos através de três métodos:

O método direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de serviços


diretamente aos departamentos produtivos, ou seja, departamento de serviço
não envia custo para outro departamento de serviço. Só distribui custo aos
departamentos produtivos.

Há, também, o método recíproco ou reflexivo (os custos recíprocos entre os


departamentos são distribuídos). Método trabalhoso, geralmente só resolvido
com processamento de dados.

E há também o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os


departamentos e se distribui os custos naquela ordem). No método sequencial,
se começarmos, por exemplo, com o departamento de Controle de Qualidade,
este distribui seus custos para os outros departamentos até zerar os custos de
Controle de Qualidade e não recebe mais nada de transferência de outros
departamentos.

6.4. CENTRO DE CUSTOS.

Geralmente, um Departamento é um Centro de Custos, pois nele são


acumulados os Custos Indiretos para posterior alocação aos produtos (no caso
de Departamentos de Produção) ou a outros Departamentos (no caso de
Departamentos de Serviços).

Mas pode ocorrer que exista vários Centros de Custos dentro de um


Departamento.

Conforme Eliseu Martins: “O Centro de Custos é a unidade mínima de


acumulação de Custos Indiretos. Mas não é necessariamente uma unidade
administrativa, só ocorrendo quando coincide com o próprio departamento.
Vamos, daqui para a frente, sempre falar em departamentos, partindo da
hipótese simplificadora de que a cada departamento corresponde um único

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Centro de Custos, Lembremo-nos, porém, de que essa simplificação pode não
ocorrer na prática em todas as empresas.
(...)
Para que possa ser caracterizado como tal, um centro de custos deveria:

a) Ter uma estrutura homogênea;


b) Estar concentrado num único local; e
c) Oferecer condições de coleta de dados de custos.” (Eliseu Martins,
“Contabilidade de Custos”, 10ª Edição, Editora Atlas)

Muito bem. Agora, vamos às questões!

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7. QUESTÕES COMENTADAS

1. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade


Empresária importou mercadoria por um valor equivalente a R$21.400,00.
Foram gastos mais R$2.421,00 com seguro e tarifas aduaneiras. Além dos
valores citados, a Sociedade Empresária incorreu nos seguintes tributos, dos
quais apenas o Imposto de Importação não é recuperável:

Tributo Valor
Imposto de Importação R$ 8.337,35
ICMS R$ 7.595,12
PIS R$ 393,05
Cofins R$ 2.048,61
Total dos Tributos R$ 18.374,13

Considerando-se os dados informados, o custo de aquisição das mercadorias é


igual a:
a) R$29.737,35.
b) R$31.416,12.
c) R$32.158,35.
d) R$42.195,13.

Comentário:

Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS


DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS
INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E
LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada
pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

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2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os
tributos recuperáveis são:
e) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
f) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
à aquisição.

A questão informa que apenas o Imposto de Importação não é recuperável.


Assim, o custo de aquisição das mercadorias é o seguinte:

Mercadoria R$ 21.400,00
Seguros e tarifas aduaneira R$ 2.421,00
Imposto de Importação R$ 8.337,35
Custo das Mercadorias R$ 32.158,35

Gabarito  C

2. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade Empresária


apresentou, no mês de agosto de 2015, os saldos abaixo:

Contas Inicial Final


Estoque de Matéria-Prima R$ 18.000,00 R$ 13.500,00
Estoque de Produtos em Elaboração R$ 9.000,00 R$ 11.250,00
Estoque de Produtos Acabados R$ 6.750,00 R$ 33.750,00

Informações adicionais:
--- Os custos de mão de obra direta foram de R$22.500,00.
--- Os custos indiretos de fabricação foram de R$27.000,00.
--- Não foram feitas compras de matérias-primas no período.
--- Não houve registros de perdas por redução ao valor realizado líquido ou de
outras perdas em estoque.

O custo dos produtos vendidos no período foi de:

a) R$20.250,00.
b) R$24.750,00.
c) R$49.500,00.
d) R$58.500,00.

Comentários:

Questão de “três razonete”.

Vamos iniciar pelo estoque de matéria prima.

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Como não houve compra de matéria prima, a diferença entre o estoque inicial e
o estoque final é consumo de matéria prima.

Também podemos calcular pela fórmula:

Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final

Estoque inicial $18.000 + zero – saídas = estoque final $13.500


$18.000 – $13500 = saídas
Saídas = $4.500

Vejamos agora o estoque de produto em elaboração, usando a mesma fórmula.

Estoque de produtos em elaboração:


Estoque inicial = $9.000

Entradas:
--- Matéria prima = $4.500
--- Mão de obra direta = $22.500
--- Custos indiretos de fabricação = $27.000
--- Total de entradas = +$4.500 + $22.500 + $27.000 = $54.000

Saídas = ??

Estoque final = $11.250

Aplicando a fórmula, temos:

Est. inicial $9.000 + entradas $54.000 – saídas = est. final $11.250


Resolvendo, temos saídas = $51.750

Finalmente, o estoque de produtos acabados:

Est. inicial $6.750 + entradas $51.750 – saídas = est. Final $33.750

Resolvendo, temos:
Saídas = Custo dos Produtos Vendidos = $24.750

Gabarito  B

3. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria


iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 e apresentou os seguintes dados,
em 28.02.2015:

Depreciação do Equipamento de Produção R$ 700,00

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Mão de Obra Indireta R$ 9.400,00
Custos indiretos Consumidos na Fábrica R$ 12.530,00
Estoque final de Matérias Primas R$ 15.600,00
Mão de Obra Direta R$ 18.800,00
Estoque Final de Produtos Acabados R$ 25.300,00
Matéria Primas Compradas R$ 37.600,00

Considerando o Custeio de Absorção e que não havia outros saldos, o valor de


matéria prima consumida no período é de:
A) R$ 15.600,00
B) R$ 22.000,00
C) R$ 37.600,00
D) R$ 63.430,00

Comentário:

Questão de “um razonete”. Só precisamos calcular a saída do estoque de


matéria prima, usando a fórmula universal:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final

Para estoque de matéria prima, podemos considerar assim:

Estoque inicial + entrada (compras) – saídas (consumo) = estoque final

Fica assim:

Estoque de matéria prima:


zero + compras $ 37.600 – Saídas (consumo) = $ 15.600
Consumo = $ 37.600 – $ 15.600
Consumo = $ 22.000

Gabarito  B

4. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria


fabrica dois produtos: A e B.

No mês de fevereiro de 2015, a indústria incorreu em Custos Indiretos de


Fabricação no total de R$ 15.000,00.

Nesse mesmo mês, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto.

Para produzir o produto A, foram consumidas 3.000 horas/máquinas e, para


produzir o produto B, foram consumidas 7.000 horas/máquinas.

Os Custos Indiretos de Fabricação são apropriados aos produtos, com base nas
horas/máquinas consumidas.

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Os custos variáveis de cada um dos produtos são de R$ 5,00 por unidade.

Considerando os dados acima, o custo unitário total do produto A calculado pelo


Custeio por Absorção, no mês de fevereiro, é de:

a) R$ 7,25
b) R$ 7,50
c) R$ 8,75
d) R$ 10,25

Comentário:

O Custo Indireto de Fabricação (CIF) é apropriado aos produtos com base nas
horas/máquinas consumidas. Assim, temos:

Horas/máquinas consumidas = 3.000 + 7.000 = 10.000 h/m.


CIF produto A = $15.000 x (3.000/10.000) = $4.500
CIF produto A unitário = $4.500 / 2.000 unidades = $ 2,25

Custo unitário Produto A = $ 2,25 + $ 5,00 = $ 7,25

Gabarito  A

5. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria


iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 e apresentou os seguintes dados,
em 28.02.2015:

Comissão dos vendedores R$ 846,00


Custos indiretos consumidos na fábrica R$ 18.800,00
Depreciação do equipamento de produção R$ 1.034,00
Despesas administrativas R$ 8.460,00
Estoque final de matérias primas R$ 23.500,00
Estoque final de produtos acabados R$ 37.976,00
Mão de obra direta R$ 28.200,00
Mão de obra indireta R$ 14.100,00
Matérias primas compradas R$ 56.400,00
Receita Bruta de Vendas R$ 72.850,00

Considerando o Método de Custeio por Absorção e que não havia outros saldos,
o Custo dos Produtos Vendidos será de:

a) R$ 15.792,00
b) R$ 32.900,00
c) R$ 57.058,00
d) R$ 95.034,00

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Comentário:

Vamos aplicar a fórmula abaixo aos estoques de matéria prima e produto


acabado:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final

Podemos escrever assim, também:

Estoque inicial + entradas – saídas = Estoque final

Estoque de matéria prima (como a questão não mencionou nada, devemos


entender que o estoque inicial é zero):

Zero + 56.400 – saídas (matéria prima consumida) = 23.500

Resolvendo, temos saídas = 56.400 – 23.500 = 32.900

Vamos ao custo da produção:


Custo da Produção
Matéria prima consumida R$ 32.900,00
Custos indiretos consumidos na fábrica R$ 18.800,00
Depreciação do equipamento de produção R$ 1.034,00
Mão de obra direta R$ 28.200,00
Mão de obra indireta R$ 14.100,00
Custo da produção total R$ 95.034,00

E, finalmente, ao estoque de produtos acabados:

Estoque inicial = zero

+ entradas = 95.034,00

(-) Saídas (custo dos produtos vendido) ??

= Estoque final = 37.976,00

Zero + 95.034 – saídas = 37.976


Resolvendo, temos saídas = 57.058

Gabarito  C

6. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma Sociedade empresária


apresentou os seguintes dados, extraídos de seu controle de estoque, referente
a uma mercadoria específica:

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Valor
Data Descrição Quantidade Unitário
1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40
2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50
31.12.2014 Saldo final 11.000 unidades

O estoque é avaliado pela média ponderada fixa.

Com base nos dados informados, o Custo das Mercadorias Vendidas, no mês
de dezembro, é de:

a) R$ 55.500,00
b) R$ 56.050,00
c) R$ 56.160,00
d) R$ 56.600,00

Comentário:
Valor
Data Descrição Quantidade Unitário Valor total
1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40 R$ 42.000,00
2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50 R$ 30.000,00
Total 50.000 unidades R$ 1,44 R$ 72.000,00

Quantidade vendida = 50.000 – 11.000 = 39.000 unidades.

Custo das Mercadorias Vendidas = 39.000 x $1,44 = $ 56.160,00

Gabarito  C

7. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma sociedade Empresária


apresenta os seguintes dados:

Estoque inicial de Mercadorias R$ 100.000,00


Custo das Mercadorias Vendidas R$ 250.000,00
Compras de Mercadorias R$ 340.000,00
Lucro Bruto R$ 140.000,00

Com base nos dados informados, o valor da Receita com Vendas,


desconsiderando os efeitos tributários, é de:

a) R$ 330.000,00
b) R$ 390.000,00
c) R$ 580.000,00
d) R$ 730.000,00

Comentário:

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Questão muito fácil! Vamos lá:

Receita com vendas ???


(-) Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 250.000,00
= Lucro Bruto R$ 140.000,00

Portanto, a Receita com Vendas é de 250.000 + 140.000 = 390.000

Gabarito  B

8. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/2) Uma indústria produz um


determinado produto e apresentou as seguintes movimentações em
determinado período.

Estoque inicial de produtos acabados zero unidade


Quantidade produzida no período 200 unidades
Quantidade vendida no período 150 unidades
Preço de venda unitário R$50,00
Custo fixo total R$5.000,00
Custo variável por unidade R$15,00

Com base no Custeio por Absorção, e desconsiderando os tributos


incidentes, os valores do Estoque Final e do Resultado Líquido com
Mercadorias, respectivamente, são de:

a) R$1.812,50 e R$2.062,50.
b) R$1.812,50 e R$4.262,50.
c) R$2.000,00 e R$1.500,00.
d) R$2.000,00 e R$4.000,00.

Comentários

No custeio por absorção, temos de somar os cursos fixos e variáveis.

Assim, o custo total dos produtos será: 5.000 + (15 x 200) = 8.000,00. Isso
nos dá um custo unitário de R$ 40,00.

Desta maneira, como vendemos 150 unidades, temos 150 x 40 = 6.000,00.

Fazendo a a subtração de R$ 8.000,00 – 6.000,00, temos que o estoque final


será de R$ 2.000,00.

O resultado com mercadorias, por sua vez será (150 x 50) – 6.000 = 1.500,00.

Gabarito  C.

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9. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/2) Durante o mês de julho de
2014, uma indústria que produz seus produtos em ambientes separados do
local de comercialização obteve os seguintes gastos:

Aluguel do prédio da área de vendas R$3.620,00


Depreciação das máquinas da produção R$3.180,00
Energia elétrica consumida pela fábrica R$5.240,00
Mão de obra direta utilizada na produção R$42.400,00
Matéria-prima consumida R$31.800,00
Telefone utilizado pelo setor comercial R$530,00

Informações adicionais:

Todas as unidades iniciadas foram concluídas no período.

Não havia produtos em processo no início e no final do período.

Com base nos dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O Custo da Produção Acabada no período foi de R$86.770,00.


b) O Custo de Produção do período foi de R$86.240,00.
c) O Custo de Transformação no período foi de R$8.420,00.
d) O Custo Primário no período foi de R$74.200,00.

Comentários

Relembremos:

Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período


dentro da fábrica.

Custo da Produção acabada é a soma dos custos contidos na produção


acabada do período. Pode conter Custos de Produção também de períodos
anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente
período.

Na nossa questão, o custo de produção do período e o custo da produção


acabada serão equivalentes, já que a questão diz que “não havia produtos em
processo no início e no final do período.”

Produtos em elaboração
Depreciação 3180
Energia elétrica 5240
Mão de obra direta 42400
Matéria-prima 31800
82620

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Custos de Transformação: soma de todos os Custos de Produção, exceto os
relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem
nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos,
embalagens compradas, etc.). (Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”.)

No nosso caso, será: 3.180 + 5.240 + 42.400 = 50.820,00.

Custos Primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta.

Não são a mesma coisa que Custos Diretos, já que nos Primários só estão
incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um Custo Direto, mas não
Primário.

No nosso caso, será: 42.400 + 31.800 = 74.200,00.

Gabarito  D.

10. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria comprou


matérias-primas no valor de R$35.000,00. No total da nota fiscal de
R$36.750,00, estavam embutidos os seguintes impostos recuperáveis perante o
fisco:

- IPI R$1.750,00
- ICMS R$6.300,00
- PIS R$577,50
- COFINS R$2.660,00

O valor do custo de aquisição que deve ser contabilizado no estoque de


matéria-prima é de:

a) R$25.462,50.
b) R$28.700,00.
c) R$35.000,00.
d) R$36.750,00.

Comentários

Uma vez que a empresa é industrial, o IPI, ICMS, PIS e COFINS serão todos
recuperáveis.

Ficará: 36.750 – 1.750 – 6.300 – 577,50 – 2.660 = 25.462,50.

Gabarito  A.

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11. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma Indústria produz apenas
um produto e incorreu nos seguintes gastos durante o mês de fevereiro de
2014:

- Mão de obra direta R$99.000,00


- Salário da supervisão da fábrica R$22.500,00
- Salário da administração geral da empresa R$31.500,00
- Comissões dos vendedores R$18.000,00
- Outros custos de fabricação R$36.000,00
- Compra de matéria-prima (líquida dos tributos recuperáveis) R$45.000,00

Saldos em fevereiro de 2014

Estoque Inicial de Produtos em Processo R$54.000,00


Estoque Final de Produtos em Processo R$9.000,00
Estoque Inicial de Matéria-Prima R$13.500,00
Estoque Final de Matéria-Prima R$31.500,00

O Custo da Produção Acabada em fevereiro de 2014, pelo Método de


Custeio por Absorção, é de:

a) R$229.500,00.
b) R$211.500,00.
c) R$202.500,00.
d) R$184.500,00.

Comentários

MP
13500 X = 13500 + 45000 - 31500
45000 X = 27000

31500

Produtos em elaboração
54000 X = 54000 + 99000 + 22500 +
99000 36000 + 27000 - 9000
22500 X = 229.500 (produção acabada)
36000
27000
9000

Gabarito  A.

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12. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria, em
determinado período, apresentou os seguintes dados:

Descrição Valores

Compra de matéria-prima R$15.600,00


Custos indiretos de produção R$10.400,00
Despesas administrativas R$2.600,00
Estoque final de matéria-prima R$9.100,00
Estoque final de produtos em processo R$6.500,00
Estoque inicial de matéria-prima R$6.500,00
Estoque inicial de produtos acabados R$7.800,00
Estoque inicial de produtos em processo R$5.200,00
Mão de obra direta R$13.000,00

Considerando que o Estoque Final de Produtos Acabados é igual a zero, o Custo


de Produção do Período é de:

a) R$42.900,00.
b) R$36.400,00.
c) R$35.100,00.
d) R$33.800,00.

Comentários

O custo de produção do período vai ser:

Matéria prima: 15.600 + 6.500 – 9.100 = 13.000


Mão de obra direta: 13.000
Custos indiretos de produção: 10.400
Total 36.400

Gabarito  B.

13. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 2) Uma sociedade


empresária realizou em junho de 2013 as seguintes operações:

Aquisição de 100 unidades de mercadoria para revenda pelo valor total de


R$2.500,00, neste valor incluídos R$500,00 referentes aos impostos
recuperáveis.
Revenda de 70 unidades por R$8.000,00, neste valor incluídos R$1.600,00
referentes aos impostos incidentes sobre as vendas.

Considerando que não havia estoque inicial de mercadorias para revenda, o


Lucro Bruto no mês de junho de 2013 foi de:

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A) R$5.500,00.
B) R$5.000,00.
C) R$4.650,00.
D) R$4.400,00

Comentário:

Devemos excluir os impostos recuperáveis do custo do estoque:

Custo unitário: ($2.500 - $500) / 100 unid. = $20 por unidade.

Agora, vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):

Receita Bruta 8.000


Impostos sobre venda - 1.600
Receita Líquida 6.400
CMV (70 unidades x $20) - 1.400
Lucro Bruto 5.000

Gabarito  B

14. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 2) Uma indústria, em


determinado período, apresentou os seguintes dados:

Descrição Valores
Compra de matéria-prima R$ 15.600,00
Custos indiretos de produção R$ 10.400,00
Despesas administrativas R$ 2.600,00
Estoque final de matéria-prima R$ 9.100,00
Estoque final de produtos em processo R$ 6.500,00
Estoque inicial de matéria-prima R$ 6.500,00
Estoque inicial de produtos acabados R$ 7.800,00
Estoque inicial de produtos em processo R$ 5.200,00
Mão de obra direta R$ 13.000,00

Considerando que o Estoque Final de Produtos Acabados é igual a zero,


o Custo de Produção do Período é de:

A) R$42.900,00.
B) BR$36.400,00.
C) R$35.100,00.
D) R$33.800,00.

Comentários:

Questão de “3 razonetes”. Vamos resolver com a fórmula:

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Saldo Inicial + entradas – saídas = saldo final

Estoque de matéria prima:

Saldo inicial = 6.500


+ Entrada = 15.600
(-) Saídas = ???
= saldo final = 9.100

Resolvendo, temos saídas = 13.000 (entrada no estoque de produtos em


processo)

Estoque de Produtos em Elaboração (ou Produtos em Processo):

A questão pede o Custo de Produção do período. É a entrada do estoque de


produtos em processo.

Matéria prima: 13.000


Custos indiretos de fabricação: 10.400
Mão de obra direta: 13.000
Custo de produção do período: 13.000 + 10.400 + 13.000 = 36.400

Gabarito  B

15. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 1) De acordo com a NBC


TG 16 - Estoques, o estoque de mercadorias deverá ser mensurado:

A) pelo custo de aquisição ou custo corrente de reposição, dos dois o menor.


B) pelo custo de aquisição ou preço de mercado, dos dois o maior.
C) pelo custo de aquisição ou valor justo, dos dois o maior.
D) pelo custo de aquisição ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

Comentário:

Cópia do Pronunciamento CPC 16 – Estoque:

MENSURAÇÃO DE ESTOQUE
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Gabarito  D

16. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 1) Uma sociedade


industrial apresentou os seguintes dados:

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Estoque Inicial:
Matéria-Prima R$20.000,00
Produtos em Elaboração R$40.000,00
Produtos Acabados R$25.000,00

Estoque final:
Matéria-Prima R$25.000,00
Produtos em Elaboração R$0,00
Produtos Acabados R$30.000,00

Outras Informações:
Matéria-Prima comprada no período R$180.000,00
Mão de Obra Direta aplicada no R$80.000,00
período

O Custo dos Produtos Vendidos é de:

A) R$300.000,00.
B) R$295.000,00.
C) R$290.000,00.
D) R$270.000,00

Comentário:

Resolva rapidamente com três razonetes:

Estoque produtos Estoque produtos


Estoque Matéria Prima
elaboração Acabados

Est. Inicial Est. Inicial Est. Inicial

Entradas Saídas Entradas Saídas


Saída de
matéria Saída para o Custo da
Compra de Mat. Prima, Custo dos
prima para o estoque de produção
matéria MOD, CIF, Produtos
estoque de Produtos acabada no
prima Custos Fixos Vendidos
produto em Acabados Período
elaboração
É o Custo da
É o Custo da
Produção
Produção do
Acabada no
Período
Período
Est. Final Est. final Est. final

Fica assim:

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Estoque produtos Estoque produtos
Estoque Matéria Prima
elaboração Acabados

EI 20.000 EI 40.000 Ei 25.000

Matéria prima
180.000 Saída ??? Saída ? Entrada ?
?

MO 80.000

25.000 zero 30.000

Agora basta fazer as continhas:

Estoque de matéria prima:


20.000 + 180.000 – saídas = 25.000
Saídas MP = 175.000

A saída do estoque de matéria prima é um entrada no estoque de produtos em


elaboração.

Estoque de produtos em elaboração:

40.000 + 175.000 (MP) +80.000 – saídas = zero


Saídas = 295.000

A saída do estoque de produtos em elaboração é a entrada no estoque de


produtos acabados.

Estoque de produtos acabados:


25.000 + 295.000 – saídas (CPV) = 30.000

Saídas (CPV) = 290.000

Se na prova não tiver espaço para os razonetes (ou se você preferir), use
diretamente a fórmula para os três estoques:

Estoque inicial + entrada – saídas = estoque final

Gabarito  C

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17. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012 – 2) Uma empresa
industrial, no mês de julho de 2012, utilizou em seu processo produtivo o valor
de R$25.000,00 de matéria-prima; R$20.000,00 de mão de obra direta; e
R$15.000,00 de gastos gerais de fabricação.

O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 30.6.2012, era no valor


de R$7.500,00 e, em 31.7.2012, de R$10.000,00.

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de julho, foi de R$40.000,00 e não


havia Estoque de Produtos Acabados em 30.6.2012.

Com base nas informações, assinale a opção que apresenta o saldo final dos
Estoques de Produtos Acabados em 31.7.2012.

A) R$17.500,00.
B) R$20.000,00.
C) R$57.500,00.
D) R$60.000,00.

Comentário:

Vamos preencher os razonetes com as informações que dispomos:

Estoque produtos elaboração Estoque produtos acabados


EI 7.500 EI ZERO
40.000
MP 25.000 Saída ?? Entrada ??
CPV
MO 20.000
GGF 15.000
EF 10.000 EF ?????

Agora, basta fazer as contas:

Estoque de produtos em elaboração:


7.500 + 25.000 + 20.000 + 15.000 – saídas = 10.000

Resolvendo, temos saídas = 57.500

Portanto:

Estoque produtos elaboração Estoque produtos acabados


EI 7.500 EI ZERO
40.000
MP 25.000 57.500  57.500 CPV
MO 20.000
GGF 15.000
EF ?????
EF 10.000

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Estoque de produtos acabados:


Estoque inicial + entradas – saídas = estoque final
ZERO + 57.500 – 40.000 = Estoque final

Estoque final = 17.500

Gabarito  A

18. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2012 – 1) Em 2.10.2011, uma


sociedade empresária adquiriu uma mercadoria para revenda. Os dados da
transação são os seguintes:

Preço de compra antes do abatimento R$ 21.000,00


ICMS s/ compra – recuperável R$ 3.400,00
Abatimentos R$ 1.000,00
Gasto com transporte da mercadoria R$ 2.000,00
ICMS s/ Frete – recuperável R$ 340,00

Em 15.11.2011, a empresa vendeu 50% do estoque.

Em 31.12.2011, a empresa apurou que o preço estimado de venda no curso


normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos
gastos estimados necessários para se concretizar a venda para esta
mercadoria, é de R$8.000,00.

Considerando que a empresa não possui estoque inicial, o valor do estoque em


31.12.2011 a ser apresentado no Balanço Patrimonial nesta data é de:

A) R$8.000,00.
B) R$8.800,00.
C) R$9.130,00.
D) R$9.630,00.

Comentários:

Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois o menor. A questão informa que o valor realizável líquido é de
$8.000. Portanto, os estoques ficarão avaliados por $8.000 ou pelo valor de
custo, dos dois o menor.

Ocorre que o menor valor que aparece nas respostas é $8.000. Assim, não
precisamos calcular o valor de custo, pois, se for, por exemplo, de $8.800
(Letra B), o estoque ficará avaliado por $8.000.

Precisaríamos calcular o valor de custo se houvesse resposta indicando um


valor menor que $8.000. Assim, já podemos apontar o gabarito: letra A.

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Mas vamos calcular o valor de custo do estoque:

Preço de compra antes do abatimento R$ 21.000,00


ICMS s/ compra – recuperável -R$ 3.400,00
Abatimentos -R$ 1.000,00
Gasto com transporte da mercadoria R$ 2.000,00
ICMS s/ Frete – recuperável -R$ 340,00
Custo do estoque R$ 18.260,00

Como a empresa vendeu 50% do estoque, o que sobra é:

R$18.260,00 / 2 = R$9.130,00

Assim, o estoque deverá ser avaliado pelo valor realizável líquido, que é o
menor dos dois valores.

Gabarito  A

19. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2012 – 1) Em fevereiro de 2012,


o estoque inicial de uma determinada matéria-prima numa indústria era de
R$82.500,00. Durante o mês, foram adquiridos R$1.950.000,00 desta matéria-
prima. No final do mês, o estoque era de R$340.000,00. Nessa operação, foram
desconsideradas as operações com impostos.

O custo da matéria-prima consumida nesse período é de:

A) R$1.527.500,00.
B) R$1.692.500,00.
C) R$2.207.500,00
D) R$2.372.500,00.

Comentário:

Vamos resolver com a fórmula:

Saldo inicial + entradas – saídas = saldo final


Para a conta Estoque de Matéria Prima, podemos escrever assim:
Estoque inicial + compras (entradas) – saídas = estoque final
82.500,00 + 1.950.000,00 – saídas = 340.000,00

Resolvendo, temos saídas = 1.692.500,00

A saída do estoque é o valor da matéria prima consumida na produção.

Gabarito  B

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20. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária utiliza


o Inventário Permanente para controlar seus estoques e apresentou o seguinte
movimento, no mês de fevereiro de 2017, de Estoques de Mercadorias para
Revenda:

A Sociedade Empresária adota como base para mensuração do estoque o


critério Primeiro a Entrar Primeiro a Sair – PEPS. Considerando-se apenas as
informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, e
desconsiderando-se os tributos incidentes sobre compras e vendas, o valor do
Estoque de Mercadorias para Revenda, no final do mês de fevereiro de 2017, é
de:

a) R$48.000,00.
b) R$56.800,00.
c) R$76.000,00.
d) R$132.800,00.

Comentários:

Quando a questão solicita o valor do estoque final de mercadorias pelo método


PEPS, temos uma dica que nos ajuda a ganhar tempo em provas.

Pelo PEPS o estoque final da empresa está composto pelas últimas compras,
visto que por esse critério de avaliação, o Primeiro que entra é o Primeiro que
sai. Vejamos quantas unidades a empresa possui em estoque:

Entradas = 80 + 120 + 100 = 300 unidades


Saídas = 180
Saldo = 120 unidades.

Portanto, nesse estoque, das 120 unidades, 100 foram adquiridas por R$
480,00 e 20 foram adquiridas por R$ 440,00.

Portanto, o valor do estoque final será:

480 x 100 = R$ 48.000


440 x 20 = R$ 8.800
Total = R$ 56.800.

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Poderíamos preparar uma ficha de estoque também:

Entrada Saída Saldo


VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL VU QTD TOTAL
R$ 400,00 80 R$ 32.000,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00
R$ 440,00 120 R$ 52.800,00 R$ 400,00 80 R$ 32.000,00
R$ 440,00 120 R$ 52.800,00
R$ 400,00 80 R$ 32.000,00
R$ 440,00 100 R$ 44.000,00 R$ 440,00 20 R$ 8.800,00
R$ 480,00 100 R$ 48.000,00
Estoque Final R$ 56.800,00

GabaritoB

21. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária


apresentava, em 31.12.2016, as seguintes informações a respeito de seu
estoque de mercadorias:

Até 31.12.2016, não haviam sido registrados ajustes para redução ao valor
realizável líquido ou ajustes a valor presente nos Estoques. Os tipos de
mercadorias apresentados são avaliados separadamente. Considerando-se
apenas os dados informados e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES,
o saldo da conta de Estoques, em 31.12.2016, foi de:

a) R$41.000,00.
b) R$45.000,00.
c) R$46.000,00.
d) R$48.000,00.

Comentários:

Segundo a NBC TG 16 – Estoques, os devem ser mensurados pelo valor de


custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Portanto, para sabermos por qual valor os estoques serão apresentados no


balanço precisamos encontrar o valor realizável líquido, que é a diferença entre
o valor de venda e as despesas necessárias para concretizar a venda.

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Valor
Tipo de Preço de Despesas de Valor Realizável apresentado
Mercadoria Custo Venda venda Líquido no Balanço
Tipo 1 R$ 10.000,00 R$ 16.000,00 R$ 4.000,00 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00
Tipo 2 R$ 22.000,00 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00 R$ 15.000,00 R$ 15.000,00
Tipo 3 R$ 16.000,00 R$ 24.000,00 R$ 6.000,00 R$ 18.000,00 R$ 16.000,00
Total R$ 48.000,00 R$ 60.000,00 R$ 15.000,00 R$ 45.000,00 R$ 41.000,00

Efetuados os ajustes, o valor dos estoques que será apresentado no Balanço


Patrimonial será:

R$ 10.000 + R$ 15.000 + R$ 16.000 = R$ 41.000,00

GabaritoA

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8. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade


Empresária importou mercadoria por um valor equivalente a R$21.400,00.
Foram gastos mais R$2.421,00 com seguro e tarifas aduaneiras. Além dos
valores citados, a Sociedade Empresária incorreu nos seguintes tributos, dos
quais apenas o Imposto de Importação não é recuperável:

Tributo Valor
Imposto de Importação R$ 8.337,35
ICMS R$ 7.595,12
PIS R$ 393,05
Cofins R$ 2.048,61
Total dos Tributos R$ 18.374,13

Considerando-se os dados informados, o custo de aquisição das mercadorias é


igual a:
a) R$29.737,35.
b) R$31.416,12.
c) R$32.158,35.
d) R$42.195,13.

2. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2015 – 2) Uma Sociedade Empresária


apresentou, no mês de agosto de 2015, os saldos abaixo:

Contas Inicial Final


Estoque de Matéria-Prima R$ 18.000,00 R$ 13.500,00
Estoque de Produtos em Elaboração R$ 9.000,00 R$ 11.250,00
Estoque de Produtos Acabados R$ 6.750,00 R$ 33.750,00

Informações adicionais:
--- Os custos de mão de obra direta foram de R$22.500,00.
--- Os custos indiretos de fabricação foram de R$27.000,00.
--- Não foram feitas compras de matérias-primas no período.
--- Não houve registros de perdas por redução ao valor realizado líquido ou de
outras perdas em estoque.

O custo dos produtos vendidos no período foi de:

a) R$20.250,00.
b) R$24.750,00.
c) R$49.500,00.
d) R$58.500,00.

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3. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria
iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 e apresentou os seguintes dados,
em 28.02.2015:

Depreciação do Equipamento de Produção R$ 700,00


Mão de Obra Indireta R$ 9.400,00
Custos indiretos Consumidos na Fábrica R$ 12.530,00
Estoque final de Matérias Primas R$ 15.600,00
Mão de Obra Direta R$ 18.800,00
Estoque Final de Produtos Acabados R$ 25.300,00
Matéria Primas Compradas R$ 37.600,00

Considerando o Custeio de Absorção e que não havia outros saldos, o valor de


matéria prima consumida no período é de:
A) R$ 15.600,00
B) R$ 22.000,00
C) R$ 37.600,00
D) R$ 63.430,00

4. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria


fabrica dois produtos: A e B.

No mês de fevereiro de 2015, a indústria incorreu em Custos Indiretos de


Fabricação no total de R$ 15.000,00.

Nesse mesmo mês, foram produzidas 2.000 unidades de cada produto.

Para produzir o produto A, foram consumidas 3.000 horas/máquinas e, para


produzir o produto B, foram consumidas 7.000 horas/máquinas.

Os Custos Indiretos de Fabricação são apropriados aos produtos, com base nas
horas/máquinas consumidas.

Os custos variáveis de cada um dos produtos são de R$ 5,00 por unidade.

Considerando os dados acima, o custo unitário total do produto A calculado pelo


Custeio por Absorção, no mês de fevereiro, é de:

a) R$ 7,25
b) R$ 7,50
c) R$ 8,75
d) R$ 10,25

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5. (Exame de Suficiência/Bacharel/2015/1) Uma determinada indústria
iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 e apresentou os seguintes dados,
em 28.02.2015:

Comissão dos vendedores R$ 846,00


Custos indiretos consumidos na fábrica R$ 18.800,00
Depreciação do equipamento de produção R$ 1.034,00
Despesas administrativas R$ 8.460,00
Estoque final de matérias primas R$ 23.500,00
Estoque final de produtos acabados R$ 37.976,00
Mão de obra direta R$ 28.200,00
Mão de obra indireta R$ 14.100,00
Matérias primas compradas R$ 56.400,00
Receita Bruta de Vendas R$ 72.850,00

Considerando o Método de Custeio por Absorção e que não havia outros saldos,
o Custo dos Produtos Vendidos será de:

a) R$ 15.792,00
b) R$ 32.900,00
c) R$ 57.058,00
d) R$ 95.034,00

6. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma Sociedade empresária


apresentou os seguintes dados, extraídos de seu controle de estoque, referente
a uma mercadoria específica:

Valor
Data Descrição Quantidade Unitário
1º.12.2014 Saldo inicial 30.000 unidades R$ 1,40
2.12.2014 Compras 20.000 unidades R$ 1,50
31.12.2014 Saldo final 11.000 unidades

O estoque é avaliado pela média ponderada fixa.

Com base nos dados informados, o Custo das Mercadorias Vendidas, no mês
de dezembro, é de:

a) R$ 55.500,00
b) R$ 56.050,00
c) R$ 56.160,00
d) R$ 56.600,00

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7. (Exame de Suficiência/Técnico/2015/1) Uma sociedade Empresária
apresenta os seguintes dados:

Estoque inicial de Mercadorias R$ 100.000,00


Custo das Mercadorias Vendidas R$ 250.000,00
Compras de Mercadorias R$ 340.000,00
Lucro Bruto R$ 140.000,00

Com base nos dados informados, o valor da Receita com Vendas,


desconsiderando os efeitos tributários, é de:

a) R$ 330.000,00
b) R$ 390.000,00
c) R$ 580.000,00
d) R$ 730.000,00

8. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/2) Uma indústria produz um


determinado produto e apresentou as seguintes movimentações em
determinado período.

Estoque inicial de produtos acabados zero unidade


Quantidade produzida no período 200 unidades
Quantidade vendida no período 150 unidades
Preço de venda unitário R$50,00
Custo fixo total R$5.000,00
Custo variável por unidade R$15,00

Com base no Custeio por Absorção, e desconsiderando os tributos incidentes,


os valores do Estoque Final e do Resultado Líquido com Mercadorias,
respectivamente, são de:

a) R$1.812,50 e R$2.062,50.
b) R$1.812,50 e R$4.262,50.
c) R$2.000,00 e R$1.500,00.
d) R$2.000,00 e R$4.000,00.

9. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/2) Durante o mês de julho de


2014, uma indústria que produz seus produtos em ambientes separados do
local de comercialização obteve os seguintes gastos:

Aluguel do prédio da área de vendas R$3.620,00


Depreciação das máquinas da produção R$3.180,00
Energia elétrica consumida pela fábrica R$5.240,00
Mão de obra direta utilizada na produção R$42.400,00
Matéria-prima consumida R$31.800,00
Telefone utilizado pelo setor comercial R$530,00

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Informações adicionais:

Todas as unidades iniciadas foram concluídas no período.

Não havia produtos em processo no início e no final do período.

Com base nos dados acima, assinale a opção CORRETA.

a) O Custo da Produção Acabada no período foi de R$86.770,00.


b) O Custo de Produção do período foi de R$86.240,00.
c) O Custo de Transformação no período foi de R$8.420,00.
d) O Custo Primário no período foi de R$74.200,00.

10. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria comprou


matérias-primas no valor de R$35.000,00. No total da nota fiscal de
R$36.750,00, estavam embutidos os seguintes impostos recuperáveis perante o
fisco:

- IPI R$1.750,00
- ICMS R$6.300,00
- PIS R$577,50
- COFINS R$2.660,00

O valor do custo de aquisição que deve ser contabilizado no estoque de


matéria-prima é de:

a) R$25.462,50.
b) R$28.700,00.
c) R$35.000,00.
d) R$36.750,00.

11. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma Indústria produz apenas


um produto e incorreu nos seguintes gastos durante o mês de fevereiro de
2014:

- Mão de obra direta R$99.000,00


- Salário da supervisão da fábrica R$22.500,00
- Salário da administração geral da empresa R$31.500,00
- Comissões dos vendedores R$18.000,00
- Outros custos de fabricação R$36.000,00
- Compra de matéria-prima (líquida dos tributos recuperáveis) R$45.000,00

Saldos em fevereiro de 2014

Estoque Inicial de Produtos em Processo R$54.000,00

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Estoque Final de Produtos em Processo R$9.000,00
Estoque Inicial de Matéria-Prima R$13.500,00
Estoque Final de Matéria-Prima R$31.500,00

O Custo da Produção Acabada em fevereiro de 2014, pelo Método de


Custeio por Absorção, é de:

a) R$229.500,00.
b) R$211.500,00.
c) R$202.500,00.
d) R$184.500,00.

12. (Exame de Suficiência/Técnico/2014/1) Uma indústria, em


determinado período, apresentou os seguintes dados:

Descrição Valores

Compra de matéria-prima R$15.600,00


Custos indiretos de produção R$10.400,00
Despesas administrativas R$2.600,00
Estoque final de matéria-prima R$9.100,00
Estoque final de produtos em processo R$6.500,00
Estoque inicial de matéria-prima R$6.500,00
Estoque inicial de produtos acabados R$7.800,00
Estoque inicial de produtos em processo R$5.200,00
Mão de obra direta R$13.000,00

Considerando que o Estoque Final de Produtos Acabados é igual a zero, o Custo


de Produção do Período é de:

a) R$42.900,00.
b) R$36.400,00.
c) R$35.100,00.
d) R$33.800,00.

13. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 2) Uma sociedade


empresária realizou em junho de 2013 as seguintes operações:

Aquisição de 100 unidades de mercadoria para revenda pelo valor total de


R$2.500,00, neste valor incluídos R$500,00 referentes aos impostos
recuperáveis.
Revenda de 70 unidades por R$8.000,00, neste valor incluídos R$1.600,00
referentes aos impostos incidentes sobre as vendas.

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Considerando que não havia estoque inicial de mercadorias para revenda, o
Lucro Bruto no mês de junho de 2013 foi de:

A) R$5.500,00.
B) R$5.000,00.
C) R$4.650,00.
D) R$4.400,00

14. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 2) Uma indústria, em


determinado período, apresentou os seguintes dados:

Descrição Valores
Compra de matéria-prima R$ 15.600,00
Custos indiretos de produção R$ 10.400,00
Despesas administrativas R$ 2.600,00
Estoque final de matéria-prima R$ 9.100,00
Estoque final de produtos em processo R$ 6.500,00
Estoque inicial de matéria-prima R$ 6.500,00
Estoque inicial de produtos acabados R$ 7.800,00
Estoque inicial de produtos em processo R$ 5.200,00
Mão de obra direta R$ 13.000,00

Considerando que o Estoque Final de Produtos Acabados é igual a zero,


o Custo de Produção do Período é de:

A) R$42.900,00.
B) BR$36.400,00.
C) R$35.100,00.
D) R$33.800,00.

15. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 1) De acordo com a NBC


TG 16 - Estoques, o estoque de mercadorias deverá ser mensurado:

A) pelo custo de aquisição ou custo corrente de reposição, dos dois o menor.


B) pelo custo de aquisição ou preço de mercado, dos dois o maior.
C) pelo custo de aquisição ou valor justo, dos dois o maior.
D) pelo custo de aquisição ou valor realizável líquido, dos dois o menor.

16. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2013 – 1) Uma sociedade


industrial apresentou os seguintes dados:

Estoque Inicial:
Matéria-Prima R$20.000,00
Produtos em Elaboração R$40.000,00
Produtos Acabados R$25.000,00

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Estoque final:
Matéria-Prima R$25.000,00
Produtos em Elaboração R$0,00
Produtos Acabados R$30.000,00

Outras Informações:
Matéria-Prima comprada no período R$180.000,00
Mão de Obra Direta aplicada no R$80.000,00
período

O Custo dos Produtos Vendidos é de:

A) R$300.000,00.
B) R$295.000,00.
C) R$290.000,00.
D) R$270.000,00

17. (FBC/Exame de Suficiência/Bacharel/2012 – 2) Uma empresa


industrial, no mês de julho de 2012, utilizou em seu processo produtivo o valor
de R$25.000,00 de matéria-prima; R$20.000,00 de mão de obra direta; e
R$15.000,00 de gastos gerais de fabricação.

O saldo dos Estoques de Produtos em Elaboração, em 30.6.2012, era no valor


de R$7.500,00 e, em 31.7.2012, de R$10.000,00.

O Custo dos Produtos Vendidos, no mês de julho, foi de R$40.000,00 e não


havia Estoque de Produtos Acabados em 30.6.2012.

Com base nas informações, assinale a opção que apresenta o saldo final dos
Estoques de Produtos Acabados em 31.7.2012.

A) R$17.500,00.
B) R$20.000,00.
C) R$57.500,00.
D) R$60.000,00.

18. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2012 – 1) Em 2.10.2011, uma


sociedade empresária adquiriu uma mercadoria para revenda. Os dados da
transação são os seguintes:

Preço de compra antes do abatimento R$ 21.000,00


ICMS s/ compra – recuperável R$ 3.400,00
Abatimentos R$ 1.000,00
Gasto com transporte da mercadoria R$ 2.000,00
ICMS s/ Frete – recuperável R$ 340,00

Em 15.11.2011, a empresa vendeu 50% do estoque.

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Em 31.12.2011, a empresa apurou que o preço estimado de venda no curso


normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos
gastos estimados necessários para se concretizar a venda para esta
mercadoria, é de R$8.000,00.

Considerando que a empresa não possui estoque inicial, o valor do estoque em


31.12.2011 a ser apresentado no Balanço Patrimonial nesta data é de:

A) R$8.000,00.
B) R$8.800,00.
C) R$9.130,00.
D) R$9.630,00.

19. (FBC/Exame de Suficiência/Técnico/2012 – 1) Em fevereiro de 2012,


o estoque inicial de uma determinada matéria-prima numa indústria era de
R$82.500,00. Durante o mês, foram adquiridos R$1.950.000,00 desta matéria-
prima. No final do mês, o estoque era de R$340.000,00. Nessa operação, foram
desconsideradas as operações com impostos.

O custo da matéria-prima consumida nesse período é de:

A) R$1.527.500,00.
B) R$1.692.500,00.
C) R$2.207.500,00
D) R$2.372.500,00.

20. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária utiliza


o Inventário Permanente para controlar seus estoques e apresentou o seguinte
movimento, no mês de fevereiro de 2017, de Estoques de Mercadorias para
Revenda:

A Sociedade Empresária adota como base para mensuração do estoque o


critério Primeiro a Entrar Primeiro a Sair – PEPS. Considerando-se apenas as
informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES, e
desconsiderando-se os tributos incidentes sobre compras e vendas, o valor do
Estoque de Mercadorias para Revenda, no final do mês de fevereiro de 2017, é
de:

a) R$48.000,00.

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b) R$56.800,00.
c) R$76.000,00.
d) R$132.800,00.

21. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1) Uma Sociedade Empresária


apresentava, em 31.12.2016, as seguintes informações a respeito de seu
estoque de mercadorias:

Até 31.12.2016, não haviam sido registrados ajustes para redução ao valor
realizável líquido ou ajustes a valor presente nos Estoques. Os tipos de
mercadorias apresentados são avaliados separadamente. Considerando-se
apenas os dados informados e de acordo com a NBC TG 16 (R1) – ESTOQUES,
o saldo da conta de Estoques, em 31.12.2016, foi de:

a) R$41.000,00.
b) R$45.000,00.
c) R$46.000,00.
d) R$48.000,00.

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9. GABARITO DAS QUESTÕES DESTA AULA

QUESTÃO GABARITO

1 C
2 B
3 B
4 A
5 C
6 C
7 B
8 C
9 D
10 A
11 A
12 B
13 B
14 B
15 D
16 C
17 A
18 A
19 B
20 B
21 A

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