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Curso:

ENCERRAMENTO DAS
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS

BRUNO FIALEK
2020

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COMO A TEMÁTICA OFERCIDA E PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO PROCESSO.

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INTRODUÇÃO

O presente material foi preparado para dar subsídio ao treinamento principal


denominado Encerramento das Demonstrações Contábeis 2019.
O principal objetivo é que este sirva como norteador dos trabalhos a serem desenvolvidos,
como base para orientação e situar os participantes na matéria proposta. Não buscamos através
deste esgotar os assuntos, mas sim delinear a matéria e promover base para crescimento dos
indivíduos participantes.
Serão abordados temas de cunho teórico para embasar aquilo que entendemos como
prática, que levam à rotina das pessoas envolvidas na geração das informações.
Cabe ressaltar que os exemplos aqui destacados são por muitas vezes apenas
ilustrativos, não podendo ser aplicados a todos os casos práticos, até porque cada caso real traz
consigo uma série de circunstâncias que precisam ser analisadas em conjunto, a saber: sistemas,
pessoas, atividades econômicas, histórico empresarial, recolhimento de tributos, decisões
judiciais e afins.
Diante do exposto, resta lhe dizer que tenha uma ótima leitura e sucesso na vida
profissional.
O autor.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3

QUAL NORMA A EMPRESA DEVE UTILIZAR? ................................................ 7

NBC ITG 1000 ................................................................................................ 8

NBC TG 1000 (R1) ......................................................................................... 8

Normas Completas (IFRS FULL) ................................................................. 8

Exercício ..................................................................................................... 9

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE – ITG 1000 ............... 9

Conjunto de demonstrações contábeis .................................................... 10

Balanço Patrimonial .................................................................................. 10

Demonstração do Resultado ..................................................................... 11

Notas Explicativas às Demonstrações N.E ............................................... 11

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS – NBC – TG 1000 (R1) ......................... 12

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS - NBC TG 26 (R5) ......... 12

ESTOQUES - AVALIAÇÃO – NBC TG 16; ...................................................... 15

Custo do estoque ....................................................................................... 16

Métodos de valoração ................................................................................ 16

Valor realizável líquido ............................................................................... 16

Reconhecimento no resultado .................................................................. 17

Exercício ................................................................................................... 17

Divulgação N.E ............................................................................................ 17

Legislação fiscal ......................................................................................... 18

IMOBILIZADO/DEPRECIAÇÃO – NBC TG 27 (R4) ......................................... 18

Reconhecimento ......................................................................................... 19

Depreciação ................................................................................................ 20

Métodos de depreciação ............................................................................ 21

Exercício ................................................................................................... 21
Divulgação N.E ............................................................................................ 21

Legislação fiscal ......................................................................................... 23

REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL (IMPAIRMENT) - NBC TG 01 (R4) . 24

Mensuração do valor recuperável ............................................................. 25

Exemplo .................................................................................................... 26

Divulgação N.E ............................................................................................ 26

Legislação fiscal ......................................................................................... 27

AJUSTE A VALOR PRESENTE – NBC TG 12 ................................................ 27

Exemplo ....................................................................................................... 28

Divulgação N.E ............................................................................................ 30

Legislação fiscal ......................................................................................... 30

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS - NBC TG 28 ................................. 31

Divulgação – N.E ......................................................................................... 32

INTANGÍVEL – NBC TG 04 (R4)...................................................................... 33

Divulgação N.E............................................................................................ 35

PROVISÕES / RETIFICAÇÃO DE ERROS...................................................... 36

Provisões..................................................................................................... 36

Divulgação N.E ............................................................................................ 36

Retificação de erros ................................................................................... 37

Divulgação N.E............................................................................................ 37

RESERVAS NO ENCERRAMENTO ................................................................ 37

PROCEDIMENTOS IMPORTANTES NO FECHAMENTO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................... 39

REVISÃO DESPESAS ..................................................................................... 40

MULTAS DEDUTÍVEIS .................................................................................... 41

GRATIFICAÇÃO E FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO ............................... 42

Brindes ........................................................................................................ 42
JUROS CAPITAL PRÓPRIO ............................................................................ 43

DISTRIBUIÇÃO E PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS; ....................................... 44

RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS .................................................................... 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 46


ENCERRAMENTO DAS DEMONSTRAÇÕES

O encerramento das demonstrações contábeis é algo inerente às


atividades empresariais. Pelo encerramento do conjunto de demonstrativos,
espera-se oferecer à administração o conjunto de relatórios e informações
necessárias àquele que mais importa na contabilidade: o usuário. Diversos
podem ser os usuários da contabilidade: investidores, diretores, acionistas,
bancos, governo e afins. Como manter a clareza e verdade nos números num
cenário tão complexo como o da economia atual?
As normas contábeis representam uma referência a todo profissional que
é responsável pela elaboração das peças contábeis. Eventuais mudanças em
critérios de mensuração podem impactar significativamente as projeções,
análises, resultados obtidos e assim, percebe-se a necessidade de bases
criteriosas para análise, necessidade de testes aos ativos e passivos e garantir
a consistência dos dados.
A empresa deve avaliar qual norma contábil é aplicável ao negócio, à
entidade. As normas brasileiras buscam uma paridade com as normas
internacionais, porém, vivemos uma interferência significativa do governo sobre
as métricas fiscais de apuração de tributos sobre o lucro. A perfeita identificação
de critérios entre a operação contábil, em sua essência econômica, e a
imposição fiscal é imprescindível para garantir (dentro do possível), uma
segurança quanto a apuração dos resultados e tributos.
A avaliação de ativos, passivos e resultados é posição obrigatória quando
do encerramento das peças contábeis e relatórios auxiliares. No Brasil, a Lei
6.404/76 é referência quanto à tratativa mercadológica dos dados. Na sequência,
iniciaremos as análises para os testes e apuração aqui mencionados.

QUAL NORMA A EMPRESA DEVE UTILIZAR?

Um ponto que deixa alguns profissionais da contabilidade com dúvidas é: qual norma
devo utilizar? Qual norma elenca as tratativas de mensuração deste e daquele negócio? A seguir,
vamos tratar resumidamente os principais aspectos que diferenciam as normas. Na sequência
do material, abordaremos com mais detalhes cada uma.
NBC ITG 1000

A Interpretação técnica geral - ITG 1000 Modelo Contábil para Microempresa e Empresa
de Pequeno Porte, é a norma brasileira de contabilidade aplicável às Microempresas e Empresas
de Pequeno Porte. No Brasil, se estabelece que Micro e Pequena empresa é aquela que fatura
até R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e
oitocentos mil reais), receita bruta anual previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei
Complementar n.º 123/06.

NBC TG 1000 (R1)

A NBC TG 1000 (R1) é a norma aplicável a sociedades fechadas e sociedades que não
sejam requeridas a fazer prestação pública de suas contas. É importante ressaltar, que foi
objetivo do conselho federal, a compilação de aspectos elementares à elaboração e
apresentação das demonstrações contábeis de forma organizada e centralizada.
A entidade que fizer jus à utilização desta norma, fará a sua escrituração amparada nas
disposições desta. Por ocasião da falta de explicações ou elementos que deem subsídio ao
entendimento da situação, a entidade pode fazer uso de norma mais completa. O item 10.6 da
norma destaca: “a administração pode considerar, também, as exigências e orientações das
normas completas, lidando com questões semelhantes e relacionadas”. Ressaltamos que o
presente material usou essa métrica para ser elaborado.
Grande parte das entidades brasileiras que não são consideradas Micro empresas e
empresas de pequeno porte, ou que sejam obrigadas a normas específicas, devem utilizar a NBC
TG 1000.

Normas Completas (IFRS FULL)

O conjunto completo das normas deverá ser aplicado, obrigatoriamente pelas grandes
empresas. Por exclusão à NBC ITG e TG 1000, adotam as normas completas:

a) as companhias abertas, reguladas pela Comissão de Valores


Mobiliários – CVM;
b) as sociedades de grande porte, como definido na Lei nº. 11.638/071;
c) as sociedades reguladas pelo Banco Central do Brasil, pela
Superintendência de Seguros Privados e outras sociedades cuja

1Ativo total superior a R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita


bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).”
prática contábil é ditada pelo correspondente órgão regulador com
poder legal para tanto.

A entidade deve observar ainda se possui alguma norma específica a ser seguida, de
modo a atender os modelos contábeis e técnicas de mensuração aplicáveis.

Exercício

1) Determinada empresa do ramo comercial, com cinco funcionários,


quatro contas bancárias, faturamento médio de R$ 100.000,00 por
mês, sem prestação pública de contas. Por enquadramento puro, qual
norma contábil deve utilizar?

a) CPC 27
b) NBC TG 1000
c) NBC ITG 1000
d) OTG 1000
e) ITG 2002

MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE – ITG 1000

A adoção da norma simplificada, não desobriga a empresa a manter a escrituração


contábil, e, se não for optado pela norma simplificada, orienta-se a adoção da NBC TG 1000.
Alguns elementos, simples, caracterizam a adoção da norma simplificada,
podemos listar por grupos e características:

a) Receitas e despesas pelo regime de competência;


b) Lançamentos no livro diário, feitos diariamente;
c) Adoção da carta de responsabilidade da administração – para
salvaguardar o profissional da contabilidade;

Mesmo em se tratando de norma simplificada, não há que se falar em


dispensa de procedimentos, mas, por negócio de menor porte, subentende-se
que a complexidade operacional pode vir a ser menor.
Estoques seguem as disposições da NBC TG 16, simplificadas, sim, mas
em mesmas linhas de mensuração: registro pelo custo, valoração pelos PEPS
ou custo médio ponderado, menos valor entre o custo e realizável líquido.
Os ativos imobilizados, em linhas gerais, registrados pelo custo, deprecia-
se em valores deduzidos de valor residual, registro de perda por não
recuperabilidade – sendo a norma omissa, a entidade deve recorrer a norma
superior.

Conjunto de demonstrações contábeis

Para a norma simplificada, deve ser adotado um conjunto base de


demonstrativos contábeis para o encerramento do período. Listamos:

o Balanço Patrimonial;
o Demonstrativo do Resultado;
o Notas Explicativas;

Para fins de auxílios a administração da entidade e entrega do conjunto


completo, estimula-se a elaboração em conjunto aos referidos demonstrativos:

o Demonstração dos Fluxos de Caixa;


o Demonstração do Resultado Abrangente;
o Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;

Para atendimento a estrutura requerida nos relatórios citados pela norma


simplificada, destacamos alguns pontos que precisam ser observados.

Balanço Patrimonial

No Balanço Patrimonial, a entidade deve classificar os ativos como Ativo Circulante e


Não Circulante e os passivos como Passivo Circulante e Não Circulante.
O Ativo deve ser classificado como Ativo Circulante quando se espera que seja realizado
até 12 meses da data de encerramento do balanço patrimonial. Nos casos em que o ciclo
operacional for superior a 12 meses, prevalece o ciclo operacional. Todos os outros ativos devem
ser classificados como Ativo Não Circulante.
O Passivo deve ser classificado como Passivo Circulante quando se espera que seja
exigido até 12 meses da data de encerramento do balanço patrimonial. Nos casos em que o ciclo
operacional for superior a 12 meses, prevalece o ciclo operacional. Todos os outros passivos
devem ser classificados como Passivo Não Circulante.

Demonstração do Resultado

A demonstração do resultado precisa apresentar no mínimo a seguinte estrutura:

Notas Explicativas às Demonstrações N.E

No mínimo, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis devem incluir:

a) declaração explícita e não reservada de conformidade com esta


Interpretação;
b) descrição resumida das operações da entidade e suas principais
atividades;
c) referência às principais práticas contábeis adotadas na elaboração das
demonstrações contábeis;
d) descrição resumida das políticas contábeis significativas utilizadas
pela entidade;
e) descrição resumida de contingências passivas, quando houver; e
f) qualquer outra informação relevante para a adequada compreensão
das demonstrações contábeis.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS – NBC – TG 1000 (R1)

A norma NBC TG 1000 (R1) representa a compilação dos pronunciamentos completos


em um documento voltado à aplicação uniforme ao grupo de empresas não obrigados à adoção
das normas completas.
Alguns aspectos de análise são imprescindíveis, dentre eles: este pronunciamento é
distinto dos demais. Uma alteração numa NBC específica não altera automaticamente a
interpretação aplicável às PME.
Ao rezar a respeito das demonstrações contábeis, tal norma demonstra preocupação
quanto aos elementos de composição dos relatórios. O balanço patrimonial tem sua estrutura
representada em elementos mínimos, o demonstrativo de resultado tem seus elementos
mínimos, os ativos e passivos da sociedade são destacados a partir de uma métrica de
mensuração e afins.
Por ser uma norma de compila os aspectos técnicos e resumidos das demais, orientamos
fortemente o alinhamento das técnicas aplicadas ao dia a dia da entidade aos aspectos de
formalidades previstos nas NBCs. Ressalte-se que é proibido fazer declaração de adequação à
norma sem ter havido a real adoção dos padrões.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS - NBC TG 26 (R5)

Ao observarmos o disposto na NBC TG 26 (R5), o conjunto completo de


demonstrações contábeis inclui:

o balanço patrimonial ao final do período;


o demonstração do resultado do período;
o demonstração do resultado abrangente do período;
o demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
o demonstração dos fluxos de caixa do período;
o demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG
09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou
por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada
voluntariamente;
o notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis
significativas e outras informações elucidativas;
o informações comparativas com o período anterior, conforme
especificado nos itens 38 e 38A; (Incluída pela NBC TG 26
(R1))
o balanço patrimonial do início do período mais antigo,
comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma
política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando
procede à reclassificação de itens de suas demonstrações
contábeis de acordo com os itens 40A a 40D;

A entidade deve apresentar com igualdade de importância todas as


demonstrações contábeis que façam parte do conjunto completo de
demonstrações contábeis.
As demonstrações contábeis devem representar apropriadamente a
posição financeira e patrimonial, bem como o desempenho e os fluxos de caixa
da entidade.
A entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com
as normas, interpretações e comunicados técnicos do CFC deve declarar de
forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas.
O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado
pelo menos anualmente (inclusive informação comparativa).
Salientamos que a adoção de norma mais específica para a entidade, vai
relacionar o conjunto próprio de demonstrações obrigatórias, a exemplo da ITG
1000 ou NBC TG 1000. Para facilitar o entendimento sobre as obrigatoriedades,
criamos um quadro comparativo:
Resumo das demonstrações contábeis obrigatorias

Demontração contábil S.A Capital Aberta Demais empresas PME

Balanço Patrimonial Obrigatório Obrigatório Obrigatório

Demonstração do Resultado Obrigatório Obrigatório Obrigatório

Pode ser
Dem. Resultado Abrangente Obrigatório Obrigatório Substituída pela
DLPA
Pode ser Pode ser
Dem. de Lucros e Prejuízos Acumulados substituída pela substituída pela Facultativo
DMPL DMPL
Pode ser
Dem. das Mutações do Patrimônio
Obrigatório Obrigatório Substituída pela
Líquido
DLPA

Dem. dos Fluxos de Caixa Obrigatório Obrigatório Obrigatório

Dem. do Valor Adicionado Obrigatório Facultativo Facultativo

Notas Explicativas Obrigatório Obrigatório Obrigatório

Em se tratando de entidades PME, se as únicas alterações no patrimônio


líquido durante os períodos para os quais as demonstrações contábeis são
apresentadas derivarem do resultado, de distribuição de lucro, de correção de
erros de períodos anteriores e de mudanças de políticas contábeis, a entidade
pode apresentar uma única demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
no lugar da demonstração do resultado abrangente e da demonstração das
mutações do patrimônio líquido.
Cada relatório contábil possui sua finalidade, seu objetivo de prestação de
informações, entretanto, algumas características são comuns aos relatórios para
a prestação da informação mais adequada. Listamos:

o o nome da entidade às quais as demonstrações contábeis dizem


respeito ou outro meio que permita sua identificação, bem como
qualquer alteração que possa ter ocorrido nessa identificação
desde o término do período anterior;
o se as demonstrações contábeis se referem a uma entidade
individual ou a um grupo de entidades;
o a data-base das demonstrações contábeis, notas explicativas e o
respectivo período abrangido;
o a data de encerramento do período de reporte ou o período coberto
pelo conjunto de demonstrações contábeis ou notas explicativas;
(Redação alterada pela Resolução CFC n.º 1.376/11)
o a moeda de apresentação, tal como definido na NBC TG 02 –
Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis; e
o o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas
demonstrações contábeis.

Finalizado o conjunto das demonstrações contábeis, estarão aptas a


divulgação, quando requeridos.

ESTOQUES - AVALIAÇÃO – NBC TG 16;

A NBC TG 16 (R2) – Estoques, é a norma contábil brasileira que tem por objetivo o
estabelecimento do tratamento contábil para os estoques. A NBC destaca a principal
problemática envolvendo tais ativos: “A questão fundamental na contabilização dos estoques é
quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as
respectivas receitas sejam reconhecidas” Griffo nosso.
A norma define estoque como ativo:

o Mantido para venda no curso normal dos negócios;


o Em processo de produção para venda;
o Na forma de suprimentos ou materiais a serem consumidos no
processo.

O estoque, representado como ativo a ser valorado, apresenta conceitos intrínsecos à


sua análise. Para sua valoração, a norma apresenta que a métrica precisa ser pelo valor de custo
ou pelo valor realizável líquido, dos dois, o menor.
“Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal
dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda”

Em nosso estudo vamos vislumbrar a importância da aplicabilidade de tais conceitos à


valoração e teste desse importante ativo nas empresas. O valor realizável líquido é obtido com
informações próprias da entidade, específica para ela.
A norma contábil estabelece no item nove que “os estoques objeto desta norma devem
ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.” A
mensuração é o processo de atribuir valor, de se chegar à demonstração que efetivamente
apresente a realidade desse ativo, por isso, o menor. A contabilidade, como ciência que
apresenta informações para a tomada de decisão, não pode supervalorizar ativos, ao contrário,
ser prudente em demonstrar o quanto espera-se recuperar por aquele valor.

Custo do estoque

O custo de formação do estoque precisa compreender o preço de compra, os impostos


de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos
de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Empresas que possuem alocação
de custos fixos indiretos precisam ser mensurados baseados na capacidade normal de produção.
Empresas que possuam processo produtivo que transforme o insumo em mais de um
produto final, precisam alocar os custos com base racional e consistente. É recomendado, por
exemplo, analisar o potencial de receita de cada produto final, e eventual subproduto, avaliar
por valor realizável líquido.
Métodos de valoração

A entidade precisará aplicar um método para valoração dos estoques. Aplicado o PEPS
– Primeiro que entra, primeiro que sai, entende-se que a entidade pega os primeiros produtos
produzidos para efetuar a comercialização/venda primeiro; o efeito é o de deixar os que em tese
foram produzidos/adquiridos por último no estoque. A entidade pode ainda fazer uso do critério
de custo médio ponderado, neste, o custo de cada item é determinado a partir da média
ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos
itens comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base
periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.

Valor realizável líquido

Há casos que os estoques podem não ter mais seu valor recuperável. Pode-se listar:
danificados, obsoletos, preços de venda diminuídos etc. O ideal é que a empresa possa distinguir
item a item de seu estoque se o valor é recuperável. Em alguns casos, pode ser necessário ou
viável agrupar itens semelhantes.
A aplicação do critério do valor realizável líquido, precisa ser baseado nas evidências
mais confiáveis disponíveis no momento em que são feitas as estimativas de valor dos estoques.
A cada período subsequente deve ser feita uma nova avaliação do valor realizável
líquido. Quando as circunstâncias que anteriormente provocaram a redução dos estoques
abaixo do custo deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento no
valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias econômicas, a quantia da redução
deve ser revertida.

Reconhecimento no resultado

Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser
reconhecido como despesa (custo) do período em que a respectiva receita é reconhecida. A
quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de
estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda
ocorrerem. A quantia de toda reversão de redução de estoques, proveniente de aumento no
valor realizável líquido, deve ser registrada como redução do item em que for reconhecida a
despesa ou a perda, no período em que a reversão ocorrer.
Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como, por
exemplo, estoques usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os
estoques alocados ao custo de outro ativo, devem ser reconhecidos como despesa durante a
vida útil e na proporção da baixa desse ativo.

Exercício

2) Determinada empresa decide levantar inventário para fechamento das


demonstrações contábeis. Na ocasião ela levanta a seguinte situação:

 Custo dos estoques (Preço médio): R$ 45.000,00 (Valor apurado);


 Quantidade 210;
 Preço de Venda (quando do fechamento do balanço) R$ 200,00
cada;
 Comissão: 5% sobre o valor de venda.

Responda: Por qual valor o estoque precisa ser apresentado no balanço


patrimonial?

Divulgação N.E

As demonstrações contábeis devem divulgar:


 as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques,
incluindo formas e critérios de valoração utilizados;
 o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em
outras contas apropriadas para a entidade;
 o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos
de venda;
 o valor de estoques reconhecido como despesa durante o
período;
 o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no
resultado do período de acordo com o item 34;
 o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos
estoques reconhecida no resultado do período de acordo com o
item 34;
 as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à
reversão de redução de estoques de acordo com o item 34; e
 o montante escriturado de estoques dados como penhor de
garantia a passivos.

Legislação fiscal

A legislação fiscal que trata a matéria, estabelece no art. 307 do regulamento do imposto
de renda que “O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá ser
o custo médio ou o custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, admitida,
ainda, a avaliação com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro.“ Desta forma,
uma questionamento poder ser feito: o que deve ser feito com eventual estoque avaliado a valor
realizável líquido? Pois bem, o ajuste deve ser feito diretamente na prestação da informação de
apuração dos tributos, em regra, na ECF do contribuinte.
Destaque-se que no Brasil a norma fiscal e a norma contábil procuram atuar com
neutralidade tributária, não cabendo a apuração do tributo sobre o lucro a dedutibilidade dos
ajustes, em especial, os decorrentes de valoração do estoque.

IMOBILIZADO/DEPRECIAÇÃO – NBC TG 27 (R4)

A NBC TG 27 (R4) – Ativo Imobilizado, é a norma contábil brasileira que tem por objetivo
o estabelecimento do tratamento contábil para ativos imobilizados. A NBC destaca os principais
pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado: seu reconhecimento como
ativo, a determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por
desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos.
Algumas definições se fazem importantes, assim, poderemos seguir com
a análise dos elementos de avaliação dos ativos imobilizados.

o Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a


dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável
acumuladas;
o Depreciação, é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo
ao longo da sua vida útil;
o Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que
seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não
forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
o Perda por redução ao valor recuperável é o valor pelo qual o valor
contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu
valor recuperável;
o Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na
produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a
outros, ou para fins administrativos; e (b) se espera utilizar por mais de
um período;

Reconhecimento

O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na


data do reconhecimento. O custo de um item de ativo imobilizado deve ser
reconhecido como ativo se, e apenas se:

a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item


fluirão para a entidade;
b) O custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Importante destacar que a norma não define em seu teor o que deve ou
não ser classificado como ativo imobilizado. A entidade deve avaliar se
determinada aquisição deve ser alocado a este ou aquele grupo. As
características para classificação precisam ser observadas de modo a não haver
classificação e valoração erradas.
Peças de reposição, itens de conexão, itens que individualmente podem
ser insignificantes, podem ser ativados e avaliados pelo conjunto.
O ativo imobilizado deverá ser reconhecido primariamente pelo seu custo.
Os itens de custo compreendem:

a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos


não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

Podemos destacar dentro os exemplos: preparação do local onde o bem será


inserido, testes, frete, custos com empregados, honorários profissionais etc.
Cessa o reconhecimento dos custos de ativo imobilizado quando o
reconhecimento dos custos no valor contábil de um item está no local e nas
condições operacionais pretendidas pela administração.

Depreciação

A depreciação é a alocação sistemática da perda de valor do ativo imobilizado no


resultado na entidade. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um item que
não tenham custo significativo em relação ao custo total do item, assim, pode agrupar no cálculo
de depreciação aqueles que possuem mesma vida útil e mesmo método de depreciação.
O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da
sua vida útil estimada. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao
final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança
deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil.
O valor depreciável é o valor de custo deduzido do valor residual.
Destaque-se que o valor residual é aquele que se espera recuperar ao fim da
vida útil; vida útil é determinada pela entidade. Podemos exemplificar que para
a companhia A, um caminhão pode durar por dez anos. Para a companhia B, o
mesmo caminhão, em função de sua política de frota, deve durar apenas cinco.
Isso faz parte da política da entidade.
A depreciação inicia-se quando o bem está no lugar e condições previstas
pela administração para funcionamento. Não cessa-se a depreciação por
ociosidade do item, a menos que, a depreciação seja apropriada pela produção.

Métodos de depreciação

A entidade deve, ao final de cada exercício revisar o método de cálculo da depreciação,


constatar se o método é apropriado para mensuração e registro do consumo dos benefícios
econômicos futuros. Importante destacar que o método precisa ser constante, de maneira a
permitir a comparabilidade entre os exercícios.

Exercício

3) Por ocasião da compra de um carro, no valor de R$ 45.000,00 em


01/02/2019, determinada empresa faz a avaliação da vida útil.
Decidem que o carro será útil por oito anos e após isso, venderão o
carro por R$ 13.000,00. Qual será o valor da depreciação societária
do mês?

a) R$ 750,00
b) R$ 333,33
c) R$ 533,33
d) R$ 468,75

Divulgação N.E
As demonstrações contábeis devem divulgar, para cada classe de ativo
imobilizado:
a) os critérios de mensuração utilizados para determinar o valor contábil
bruto;
b) os métodos de depreciação utilizados;
c) as vidas úteis ou as taxas de depreciação utilizadas;
d) o valor contábil bruto e a depreciação acumulada (mais as perdas por
redução ao valor recuperável acumuladas) no início e no final do
período; e
e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período
demonstrando:
a. adições;
b. ativos classificados como mantidos para venda ou incluídos em
um grupo classificados como mantidos para venda de acordo com
a NBC TG 31 e outras baixas;
c. aquisições por meio de combinações de negócios;
d. aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações nos termos
dos itens 31, 39 e 40 e perdas por redução ao valor recuperável
de ativos reconhecidas ou revertidas diretamente no patrimônio
líquido de acordo com a NBC TG 01;
e. provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado, de
acordo com a NBC TG 01;
f. reversão de perda por redução ao valor recuperável de ativos,
apropriada no resultado, de acordo com a NBC TG 01;
g. depreciações;
h. variações cambiais líquidas geradas pela conversão das
demonstrações contábeis da moeda funcional para a moeda de
apresentação, incluindo a conversão de uma operação
estrangeira para a moeda de apresentação da entidade; e
i. outras alterações.
f) a existência e os valores contábeis de ativos cuja titularidade é restrita,
como os ativos imobilizados formalmente ou na essência oferecidos
como garantia de obrigações e os adquiridos mediante operação de
leasing conforme a NBC TG 06;
g) o valor dos gastos reconhecidos no valor contábil de um item do ativo
imobilizado durante a sua construção;
h) o valor dos compromissos contratuais advindos da aquisição de ativos
imobilizados; e
i) se não for divulgada separadamente no corpo da demonstração do
resultado, o valor das indenizações de terceiros por itens do ativo
imobilizado que tenham sido desvalorizados, perdidos ou abandonados,
incluído no resultado.

A seleção do método de depreciação e a estimativa da vida útil dos ativos


são questões de julgamento. Por isso, a divulgação dos métodos adotados e das
estimativas das vidas úteis ou das taxas de depreciação fornece aos usuários
das demonstrações contábeis informação que lhes permite revisar as políticas
selecionadas pela administração e facilita comparações com outras entidades.
Por razões semelhantes, é necessário divulgar:

a) a depreciação, quer reconhecida no resultado, quer como parte do custo


de outros ativos, durante o período; e
b) a depreciação acumulada no final do período.

Legislação fiscal

A legislação fiscal é, neste quesito um dos pontos de maior incongruência


das normas contábeis e fiscais. Enquanto na norma contábil a entidade é
responsável por traças suas estimativas, avaliar a vida útil, reconhecer e divulgar
suas estimativas e afins, na legislação fiscal, a RFB exige do contribuinte o rigor
da taxa fiscal.
A instrução normativa 1.700/2017 traz no anexo III uma relação de
produtos e sua respectiva tratativa fiscal, ou seja, imposição de vida útil e taxa
de depreciação a ser seguida. A referida norma obriga o contribuinte a levar a
zero os valores dos itens (totalmente contrário aquilo previsto pela norma
contábil, que estabelece um valor residual não depreciável).
Essas distorções criam uma série se ajustes a serem seguidos pelos
contribuintes, entre eles, o reconhecimento fiscal para apuração dos tributos
sobre o lucro.
Podemos exemplificar as distorções para fins de apuração a partir de um
demonstrativo de cálculo:

Taxa permitida Taxa utilizada


Ano-calendário Exclusão Lalur Adição Lalur
20% 12,5%
2014 16.000,00 10.000,00 6.000,00 -
2015 16.000,00 10.000,00 6.000,00 -
2016 16.000,00 10.000,00 6.000,00 -
2017 16.000,00 10.000,00 6.000,00 -
2018 16.000,00 10.000,00 6.000,00 -
Total 80.000,00 50.000,00 30.000,00 -
2019 - 10.000,00 - 10.000,00
2020 - 10.000,00 - 10.000,00
2021 - 10.000,00 - 10.000,00
Total - 80.000,00 - 30.000,00

Note-se que a exclusão e a adição ao Lalur chegam no mesmo valor,


diferindo apenas em relação aos períodos (anos) que impactam a apuração. A
intenção é causar a neutralidade tributária para fins de apuração de tributos.

REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL (IMPAIRMENT) - NBC TG 01 (R4)

A NBC TG 01 (R4) – Redução ao valor recuperável de ativos, é a norma contábil brasileira


que tem por objetivo estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar
que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de
recuperação. A NBC destaca que um ativo está registrado contabilmente por valor que excede
seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso
ou pela venda do ativo.
Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de
unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável. A norma estabelece que o teste de
recuperabilidade seja feito no mínimo anualmente.
Valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior montante entre
o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso.
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir
de um ativo ou unidade geradora de caixa.
Por exclusão, temos que a redução ao valor recuperável de ativos é aplicada,
basicamente, aos seguintes ativos:
o Imobilizado;
o Intangíveis;
o Propriedades para investimento mensurada pelo custo;
o Ativos biológicos mensurados pelo custo;
o Participações societárias: coligadas, controladas, e Joint Ventures;

A entidade deverá fazer a avaliação ao final de cada período de reporte para saber se há
indicativos de desvalorização; havendo indícios de desvalorização, deverá ser feito o
reconhecimento de perda.
As principais fontes de dados para avaliar se há perdas por não recuperação, advém de
fontes internas ou externas a entidade. Fontes externas indicarão uma redução significativa de
valor de mercado, mudanças no ambiente tecnológico, econômico ou legal no qual a entidade
atua ou que o ativo é utilizado; mudanças nas taxas de juros. A entidade deve observar ainda os
indícios gerados por informações internas, entre eles: evidência disponível de obsolescência ou
dano físico, mudanças na forma de uso de um ativo, evidência interna que o desempenho do
ativo não alcançará o desempenho econômico esperado.

Mensuração do valor recuperável

O teste de recuperabilidade é o procedimento executado pela entidade para avaliar se


seus ativos carecem de registro por perda de recuperabilidade. Deve ficar registrado no
balanço o maior valor entre o valor em uso ou o valor justo líquido.
Para testar o valor em uso, a entidade deve estimar os valores que pretende obter com
esse ativo a partir dos seguintes dados:

a) Estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas do uso


contínuo do ativo e da sua baixa final;
b) Aplicar uma taxa de desconto apropriada (antes dos impostos) a
esses fluxos de caixa futuros;

Para testar o ativo por valor justo líquido, deverá ser descontado os
valores de gastos na venda e, a empresa dependerá das informações do
mercado. Deverá ser observado em ordem:

a) Preços de mercado para ativos idênticos negociados;


b) Não havendo ativo idênticos, observa-se ativos parecidos, com
características semelhantes;
c) Não havendo a possibilidade de observação das hipóteses anteriores,
verifica-se a partir do olhar de um avaliador, conhecer do ativo e mercado;

Exemplo

Considere as seguintes informações:

Máquina identificada como unidade geradora de caixa:

Máquina
Valor de aquisição 150.000,00
(-) Valor de depreciação 24.990,00
Valor em uso 125.010,00

São projetados os fluxos de caixa a serem gerados, trazidos a valor presente a uma taxa
de risco/retorno de 10% a.a. Temos que:

ANO FLUXOS DE CAIXA VP


1 25.000,00 22.727,27
2 28.000,00 23.140,50
3 32.000,00 24.042,07
4 35.000,00 23.905,47
5 45.000,00 27.941,46
TOTAL 165.000,00
VALOR PRESENTE 121.756,77

O valor da perda por recuperabilidade é de R$ 125.010,00 – 121.756,77 = 3.253,23

Divulgação N.E

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de


ativos:
a) o montante das perdas por desvalorização reconhecido no resultado do
período e a linha da demonstração do resultado na qual essas perdas por
desvalorização foram incluídas;
b) o montante das reversões de perdas por desvalorização reconhecido no
resultado do período e a linha da demonstração do resultado na qual
essas reversões foram incluídas;
c) o montante de perdas por desvalorização de ativos reavaliados
reconhecido em outros resultados abrangentes durante o período; e
d) o montante das reversões das perdas por desvalorização de ativos
reavaliados reconhecido em outros resultados abrangentes durante o
período.

Legislação fiscal

Em conformidade com a lei 12.973/14, o contribuinte poderá reconhecer na


apuração do lucro real somente os valores contabilizados como redução ao valor
recuperável de ativos que não tenham sido objeto de reversão, quando ocorrer
a alienação ou baixa do bem correspondente. No caso de alienação ou baixa de
um ativo que compõe uma unidade geradora de caixa, o valor a ser reconhecido
na apuração do lucro real deve ser proporcional à relação entre o valor contábil
desse ativo e o total da unidade geradora de caixa à data em que foi realizado o
teste de recuperabilidade.
O contribuinte poderá reconhecer na apuração do lucro real e do resultado ajustado
somente os valores contabilizados como redução ao valor recuperável de ativos que não tenham
sido objeto de reversão, quando ocorrer a alienação ou baixa do ativo correspondente. No caso
de alienação ou baixa de um ativo que compõe uma unidade geradora de caixa, o valor a ser
reconhecido na apuração do lucro real e do resultado ajustado deve ser proporcional à relação
entre o valor contábil desse ativo e o total da unidade geradora de caixa à data em que foi
realizado o teste de recuperabilidade.
Para efeitos de apuração do ganho ou da perda de capital, as perdas estimadas no valor
de ativos deverão ser deduzidas do valor contábil do bem. A perda estimada deverá ser
adicionada na parte A do e-Lalur e do e-Lacs no período de apuração em que for reconhecida, e
registrada na parte B para ser excluída.
As reversões das perdas por desvalorização de bens que foram objeto de redução ao
valor recuperável de ativos não são computadas na apuração do IRPJ e da CSLL.

AJUSTE A VALOR PRESENTE – NBC TG 12

A NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente, é a norma contábil brasileira que tem por
objetivo estabelecer os requisitos básicos a serem observados quando da apuração do Ajuste a
Valor Presente de elementos do ativo e do passivo quando da elaboração de demonstrações
contábeis.
A norma não trata pormenorizadamente quais os ativos ou passivos deverão
representar o ajuste a valor presente, entretanto, ela traz indicadores que balizam a matéria.
Em regra, estarão sujeitos ao ajuste a valor presente;

a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou


a uma despesa ou outra mutação do patrimônio líquido cuja
contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira
(recebimento ou pagamento) em data diferente da data do
reconhecimento desses elementos;
b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou
substância de ativos ou passivos similares emprega método de
alocação de descontos;
c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado
a um ativo ou a um passivo;

Ao se aplicar o conceito de valor presente deve-se associar tal procedimento à


mensuração de ativos e passivos levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as
incertezas a eles associados.
Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser
mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial; quando aplicável,
deve ser registrado em conta de receita, despesa ou conforme situação, sem reavaliados – salvo
em matéria específica.
A tarefa de avaliar riscos e precificar o prêmio pelo investimento não é tarefa fácil, mas
de relevância por parte daqueles que preparam ou auditam as demonstrações contábeis. É
fundamental a percepção de custo X benefício na geração das informações. Não é próprio
gastar-se recursos sem percepção de obtenção de informação de qualidade.
Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de longo
prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente
com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao
valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais.
As reversões dos ajustes a valor presente dos ativos e passivos monetários qualificáveis
devem ser apropriadas como receitas ou despesas financeiras. A base de aplicação não deve ser
líquida dos efeitos fiscais e sim, antes dos impostos.

Exemplo

Tomemos como exemplo uma venda feita pela entidade na ordem de R$ R$ 310.000,00,
para recebimento em 6 meses e aplicação de taxa de juros embutida na operação de 1% ao mês.
Assim, temos que:
Datas Valor Presente Mês Juros
01/04/2019 292.034,02 Abril 2.920,34
01/05/2019 294.954,36 Maio 2.949,54
01/06/2019 297.903,91 Junho 2.979,04
01/07/2019 300.882,95 Julho 3.008,83
01/08/2019 303.891,78 Agosto 3.038,92
01/09/2019 306.930,69 Setembro 3.069,31

Até o mês de recebimento final, teremos juros acumulados de R$ 17.965,98 que será
apropriado quando do recebimento.

A fórmula de juros utilizada é:


VP = VF/(1+i)^n

Os lançamentos contábeis devem ser:

QUANDO DA VENDA

D – CLIENTES R$ 310.000,00
C – RECEITAS COM VENDAS R$ 310.000,00

D – (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE RESULTADO R$ 17.965,98


C – (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE A APROPRIAR R$ 17.965,98

BALANÇO:

CLIENTES R$ 310.000,00
(-) AJUSTE A VALOR PRESENTE A APROPRIAR R$ 17.965,98
__________________________
R$ 292.034,02

RESULTADO

RECEITA DE VENDAS R$ 310.000,00


(-) AJUSTE A VALOR PRESENTE R$ 17.965,98
__________________________
R$ 292.034,02

PELA APROPRIAÇÃO

D – (-) AJUSTE A VALOR PRESENTE A APROPRIAR R$ 2.920,34


C – RECEITA FINANCEIRA DE VENDAS R$ 2.920,34
Os valores para compras de materiais com fornecedores seguem a mesma métrica de
cálculo e apropriação. Recomenda-se o uso de conta redutora de fornecedores para registro da
operação.

Divulgação N.E

Em se tratando de evidenciação em nota explicativa, devem ser prestadas informações


mínimas que permitam que os usuários das demonstrações contábeis obtenham entendimento
inequívoco das mensurações a valor presente levadas a efeito para ativos e passivos,
compreendendo o seguinte rol não exaustivo:
a) descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor
presente, natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se
aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado;
b) premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas
por prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de
crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de
montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal estimado
ou esperado, expectativas em termos de montante e temporalidade
dos fluxos (probabilidades associadas);
c) modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos;
d) breve descrição do método de alocação dos descontos e do
procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da
administração;
e) propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento
inicial ou nova medição e motivação da administração para levar a
efeito tal procedimento;
f) outras informações consideradas relevantes.

Legislação fiscal

A legislação fiscal busca aplicar a neutralidade tributária no que tange o ajuste a valor
presente. O ajuste a valor presente é computado na norma tributária, mas, a partir dos controles
efetuados pelo contribuinte, esse valor não gera impactos fiscais. Tomemos por base o artigo
26 da IN 1.700:
A receita bruta compreende:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não


compreendidas nos incisos I a III.

§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:

I - devoluções e vendas canceladas;

II - descontos concedidos incondicionalmente;

III - tributos sobre ela incidentes; e

IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o


inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações
vinculadas à receita bruta. Griffo nosso.

É de se perceber que as tratativas fiscais já estão em grande medida


alinhadas com as contábeis. A supracitada IN ainda prevê:

“A conta de ajuste da receita bruta será analítica e registrará os


lançamentos em último nível, devendo ser criada de acordo com a origem da diferença
verificada ou, de forma alternativa, a pessoa jurídica poderá criar uma única conta,
desde que mantenha detalhamento específico, por origem, dos valores nela
registrados, que permita a identificação da operação da qual seja decorrente”.

O controle a ser feito pelo contribuinte está relacionado aos controles no Lalur e Lacs,
estes entregues no SPED ECF. O alto grau de subjetividade da taxa de desconto a ser aplicado,
deixa de fora da tributação do ajuste a valor presente.

PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTOS - NBC TG 28


A NBC TG 28 (R4) – Propriedade para Investimentos, objetiva estabelecer o tratamento
contábil para o reconhecimento, mensuração, requisitos de divulgação das propriedades para
investimento.
Um dos conceitos mais importantes é a própria definição de propriedade para
investimentos:

“Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício


– ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário como ativo de direito de uso)
para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas e, não, para: (Alterada
pela Revisão NBC 01) (a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas; ou (b) venda no curso ordinário do negócio”.

Cabe ainda, para perfazer a análise, a distinção daquela propriedade que é mantida, mas
para uso, portanto ocupada pelo proprietário. Esta é a propriedade mantida para uso na
produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas.

Divulgação – N.E

A entidade deve divulgar:

 se aplica o método do valor justo ou o método do custo;


 os critérios que usa para distinguir propriedades para investimento
de propriedades ocupadas pelo proprietário e de propriedades
mantidas para venda no curso ordinário dos negócios;
 as quantias reconhecidas no resultado para:
 lucros de rendas de propriedade para investimento;
 gastos operacionais diretos (incluindo reparos e
manutenção) provenientes de propriedades para
investimento que tenham gerado rendas durante o período;
 gastos operacionais diretos (incluindo reparos e
manutenção) provenientes de propriedades para
investimento que não tenham gerado rendas durante o
período; e
 a alteração cumulativa no valor justo reconhecido nos
resultados com a venda de propriedade para investimento
de um conjunto de ativos em que se usa o método do custo
para um conjunto em que se usa o método do valor justo
(ver item 32C).
 a existência e quantias de restrições sobre a capacidade de
realização de propriedades para investimento ou a remessa de
lucros e recebimentos de alienação;
 obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver
propriedades para investimento ou para reparos, manutenção ou
aumentos.

Adicionalmente, a entidade deve divulgar:

 adições, divulgando separadamente as adições resultantes de


aquisições e as resultantes de dispêndio subsequente
reconhecido no valor contábil do ativo;
 adições que resultem de aquisições por intermédio de
combinação de negócios;
 ativos classificados como detidos para venda ou incluídos em
grupo para alienação classificado como detido para venda de
acordo com a NBC TG 31 e outras alienações;
 ganhos ou perdas líquidos provenientes de ajustes de valor justo;
 diferenças cambiais líquidas resultantes da conversão das
demonstrações contábeis para outra moeda de apresentação, e
da conversão de unidade operacional estrangeira para a moeda
de apresentação da entidade que relata;
 transferências para e de estoque e propriedade ocupada pelo
proprietário; e
 outras alterações.

INTANGÍVEL – NBC TG 04 (R4)

Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física. Tal ativo é
identificável quando for separável, isto é, puder ser dividido ou separado da entidade e vendido,
transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com contrato relacionado,
ativo ou passivo ou for proveniente de direitos contratuais ou outros direitos legais,
independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros
direitos e obrigações.
A entidade deverá reconhecer o ativo intangível se for provável que benefícios
econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo fluirão para a entidade; o custo ou o valor do
ativo puder ser mensurado de maneira confiável; o ativo não resultar de gastos incorridos
internamente em item intangível.
A entidade deve avaliar a probabilidade de ativo intangível gerar benefícios econômicos
futuros utilizando premissas razoáveis e comprováveis que representem a melhor estimativa da
administração acerca das condições econômicas que existirão ao longo da vida útil do ativo.
Uma entidade poderá ter o reconhecimento de ativos intangíveis, desde que
qualificados para tal, através da identificação do ativo e expectativa de geração de benefícios
econômicos futuros e a mensuração do custo com confiabilidade.
Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de
reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo:

(a) na fase de pesquisa; e/ou


(b) na fase de desenvolvimento.

Embora os termos "pesquisa" e "desenvolvimento" estejam definidos, as expressões


"fase de pesquisa" e "fase de desenvolvimento" têm um significado mais amplo para efeitos
desta Norma.
Caso a entidade não consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento
de projeto interno de criação de ativo intangível, o gasto com o projeto deve ser tratado como
incorrido apenas na fase de pesquisa.
Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens
similares não podem ser separados dos custos relacionados ao desenvolvimento do negócio
como um todo. Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados
internamente, não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.
Deve-se presumir que o valor residual de ativo intangível com vida útil definida é zero,
a não ser que:

o haja compromisso de terceiros para comprar o ativo ao final


da sua vida útil; ou
o exista mercado ativo (como definido na NBC TG 46) para
ele e: (i) o valor residual possa ser determinado em relação
a esse mercado; e (ii) seja provável que esse mercado
continuará a existir ao final da vida útil do ativo.

O valor amortizável de ativo com vida útil definida deve ser determinado após a dedução
de seu valor residual. O valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a
alienação do ativo intangível antes do final de sua vida econômica. Há de se destacar que Ativo
intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
O ativo intangível deve ser baixado por ocasião de sua alienação ou quando não são
esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação.
Divulgação N.E

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada classe de


ativos intangíveis, fazendo a distinção entre ativos intangíveis gerados
internamente e outros ativos intangíveis:
(a) com vida útil indefinida ou definida e, se definida, os prazos de
vida útil ou as taxas de amortização utilizados;
(b) os métodos de amortização utilizados para ativos intangíveis
com vida útil definida;
(c) o valor contábil bruto e eventual amortização acumulada (mais
as perdas acumuladas no valor recuperável) no início e no final do
período;
(d) a rubrica da demonstração do resultado em que qualquer
amortização de ativo intangível for incluída;
(e) a conciliação do valor contábil no início e no final do período,
demonstrando: (i) adições, indicando separadamente as que foram
geradas por desenvolvimento interno e as adquiridas, bem como as
adquiridas por meio de uma combinação de negócios; (ii) ativos
classificados como mantidos para venda ou incluídos em grupo de ativos
classificados como mantidos para venda, nos moldes da NBC TG 31 e
outras baixas; (iii) aumentos ou reduções durante o período, decorrentes
de reavaliações nos termos dos itens 75, 85 e 86 e perda por
desvalorização de ativos reconhecida ou revertida diretamente no
patrimônio líquido, de acordo com a NBC TG 01 (se houver); (iv) provisões
para perdas de ativos, reconhecidas no resultado do período, de acordo
com a NBC TG 01 (se houver); (v) reversão de perda por desvalorização
de ativos, apropriada ao resultado do período, de acordo com a NBC TG
01 (se houver); (vi) qualquer amortização reconhecida no período; (vii)
variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações
contábeis para a moeda de apresentação e de operações no exterior para
a moeda de apresentação da entidade; e (viii) outras alterações no valor
contábil durante o período.
PROVISÕES / RETIFICAÇÃO DE ERROS

Nos tópicos a seguir, trataremos de provisões e retificações de erros.

Provisões

A norma contábil trata a provisão como passivo de prazo ou valor incertos, uma vez que
há incerteza sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua liquidação.
Uma provisão deve ser reconhecida quando:
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como
resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas
condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida.
São reconhecidas como provisão apenas as obrigações que surgem de eventos passados
que existam independentemente de ações futuras da entidade (isto é, a conduta futura dos seus
negócios).
O processo de reconhecimento de provisão usa de estimativas confiáveis avaliadas pela
entidade. Esta, analisará quais os desfechos possíveis e reconhecerá a provisão no resultado. Em
casos muito específicos, se não for possível chegar a nenhum valor de estimativa confiável, o
passivo não poderá ser reconhecido.
As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a
melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão
deve ser revertida.

Divulgação N.E

Para cada classe de provisão, a entidade deve divulgar: (a) o valor contábil no início e no
fim do período; (b) provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões
existentes; (c) valores utilizados (ou seja, incorridos e baixados contra a provisão) durante o
período; (d) valores não utilizados revertidos durante o período; e (e) o aumento durante o
período no valor descontado a valor presente proveniente da passagem do tempo e o efeito de
qualquer mudança na taxa de desconto. Não é exigida informação comparativa.
A entidade deve divulgar, para cada classe de provisão: (a) uma breve descrição da
natureza da obrigação e o cronograma esperado de quaisquer saídas de benefícios econômicos
resultantes; (b) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o cronograma dessas saídas.
Sempre que necessário para fornecer informações adequadas, a entidade deve divulgar as
principais premissas adotadas em relação a eventos futuros, conforme tratado no item 48; e (c)
o valor de qualquer reembolso esperado, declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido
reconhecido por conta desse reembolso esperado.
Retificação de erros

Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de


elementos de demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis não estarão em
conformidade com as normas, interpretações e comunicados técnicos se contiverem erros
materiais ou erros imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada
apresentação da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da
entidade.
Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem ser corrigidos
antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação. Contudo, os erros
materiais, por vezes, não são descobertos até um período subsequente, e esses erros de
períodos anteriores são corrigidos na informação comparativa apresentada nas demonstrações
contábeis desse período subsequente.
Por ocasião de descoberta de erro, no primeiro conjunto de demonstrações contábeis,
a entidade deverá:

a) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior


apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou
b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado,
da reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e
do patrimônio líquido para o período anterior mais antigo apresentado.

Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo
quando for impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do
erro.

Divulgação N.E

A entidade deve divulgar:

(a) a natureza do erro de período anterior;


(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em
que seja praticável: (i) para cada item afetado da demonstração contábil; e (ii) se a NBC TG 41 –
Resultado por Ação se aplicar à entidade, para resultados por ação básicos e diluídos;
(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado; e
(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como
e desde quando o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável para um
período anterior em particular. As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à
retificação do erro não precisam repetir essas divulgações.

RESERVAS NO ENCERRAMENTO
A lei 6.404/76, atribui a necessidade de dividendos obrigatórios aos acionistas quando
remanescer saldo não destinado às reservas. O Artigo 202 da referida lei, em seu parágrafo
sexto, apresenta:

“§ 6o Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão ser distribuídos
como dividendos.”

Há de se destacar que é impraticável a uma entidade distribuir todo o valor gerado sem
existir, a partir da administração, segurança para o desenvolvimento das atividades normais do
negócio. Assim, a legislação atribui cinco tipos de reservas, a saber: Reserva Legal, Reserva
Estatutária, Reserva para Contingências, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva de Lucros para
Expansão e Reserva de Incentivos Fiscais.
A reserva legal, tem por definição, destinar do lucro líquido do exercício,
5% (cinco por cento), antes de qualquer outra destinação, na constituição da
reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. A
companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o
saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata
o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. A reserva
legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da
companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não
podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório.
A reserva de contingência receberá destinação quando, por proposta dos
órgãos da administração, perceber-se a necessidade de destinar parte do lucro
líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício
futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor
possa ser estimado.
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração,
destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente
de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser
excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.
No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do
estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a
assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar.
Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo (prejuízo), este será
obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva
legal, nessa ordem.
A empresa não enquadrada como S.A, não faz juz à obrigatoriedade de destinação de
todo o lucro gerado/acumulado no exercício (por força dos dividendos obrigatórios gerados pela
não destinação), desta forma, poderá manter em seu balanço saldo de lucros acumulados.

PROCEDIMENTOS IMPORTANTES NO FECHAMENTO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis, conjunto este definido pela norma contábil, precisa de


uma análise que passa desde a forma de escrituração às formalidades de eventual publicação.
É fundamental que a entidade observe critérios como o de classificação correta de ativos
e passivos, estrutura das demonstrações contábeis, revisão de custos e despesas para promover
eventuais ajustes por adição ou exclusão às operações do lucro tributável e afins.
Na era da tecnologia da informação, é possível que empresas promovam a integração
de dados entre softwares. Por entrada de dados importados ou digitados, se faz necessária a
revisão das contas contábeis e reconciliação de valores.
Ativos e passivos precisam ser testados para não existir supervalorização de ativos ou
sub valorização de passivos.
Podemos, a partir da análise das normas, propor um breve check list a ser respeitado
para encerramento das demonstrações:

 Verifique a estrutura das demonstrações contábeis a serem


elaboradas;
 Analise o conteúdo dos registros contábeis e classificação de
contas;
 Teste ativos e passivos mediante técnicas de recuperabilidade;
 Avalie e registre se necessários as provisões;
 Delibere com o conselho ou administração a destinação dos
resultados;
 Promova ajustes que se mostrarem necessários e publique em
conformidade com a norma;
 Encerre as peças contábeis;
 Reúna os dados em notas explicativas para prestar maior
detalhamento.

A lista não é exaustiva. Cada empresa pode demandar de processo específico em função
da demanda dos interessados nas demonstrações contábeis. Relatórios extras à administração
podem ser requeridos; a norma não restringe a composição de relatórios e análises gerenciais,
apenas não exige que todos sejam publicados.
REVISÃO DESPESAS

As despesas, uma vez incorridas e devidamente contabilizadas, deverão estar em


conformidade com as atividades empresariais, serem compatíveis com as o exercício do objeto
empreendido e assim, a legislação tributária, para fins de imposto de renda e contribuição social
serão dedutíveis.
Quando do encerramento das demonstrações, é extremamente válida a
revisão de despesas em ao menos dois aspectos:

 Revisão de despesas incorridas – verificar se todas as despesas


próprias da atividade foram registradas e incorridas (apropriadas no
resultado);
 Revisão de despesas não registradas – é comum verificar-se no
decorrer do processo de escrituração a falta de registro de despesas.

No processo de registro de despesas, espera-se que perante a legislação


fiscal, toda operação tenha lastro fiscal da operação. Essa é uma visão fiscal,
não parada pela norma contábil, esta, que preza pela verdade dos fatos. É
imprescindível que haja uma coerência e conformidade entre informações de
cunho fiscal e contábil na empresa. Isso, traz segurança jurídica.
Algumas despesas, por vezes controversas, podem ser deduzidas do
lucro tributável, quando, amparado pela legislação fiscal. Podemos citar o
exemplo de despesas com bonificação, motivo da solução de consulta COSIT
205 de Junho de 2019:

“Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ


DESPESAS OPERACIONAIS. BONIFICAÇÕES COMERCIAIS CONCEDIDAS.
DEDUTIBILIDADE.

A concessão de bonificações em operações de natureza mercantil, com o fito de manter


fidelidade comercial e ampliar mercado, visando aumento de vendas e possivelmente do
lucro, é considerada despesa operacional dedutível, devendo, entretanto, as
bonificações concedidas, guardarem estrita consonância com as operações mercantis
que lhes originaram.
As despesas com bonificações comerciais concedidas a clientes são dedutíveis no
período em que incorridas, com observância do regime de competência.”
Podemos assim firmar entendimento que o resultado contábil é aquele
apurado para trazer a verdade dos fatos ocorridos na administração. O assim
chamado “resultado fiscal”, é aquele que sofre as interferências da legislação,
devendo ser o lucro contábil ajustado com adições e exclusões próprias da
legislação.

MULTAS DEDUTÍVEIS

O conceito de dedutibilidade advém do conceito fiscal intrínseco às


normas de apuração de tributos sobre a renda aplicáveis ao Brasil. A legislação
estabelece que as despesas dedutíveis são as despesas operacionais, ou seja,
as despesas não computadas no custo, necessárias à atividade da empresa e a
manutenção da respectiva fonte produtora.
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de
transações, operações ou atividades da empresa, entendendo-se como
necessárias as pagas ou incorridas para a realização das transações ou
operações exigidas pela atividade da empresa, ou seja, despesas dedutíveis são
aquelas necessárias às atividades da empresa.
A multa, quando tiver natureza compensatória, poderá ser deduzida na
base de apuração dos tributos. A multa moratória somente terá natureza
compensatória quando, cumulativamente, preencher as seguintes condições:

o não ser excluída pela denúncia espontânea;


o deverá fixar o percentual em função do tempo de atraso.

Podemos citar como exemplos as multas por descumprimento de


obrigação principal e acessória, estas, dedutíveis. Estas tramitarão em conta de
resultado deverão ser adicionadas na apuração do Lucro Real, sendo excluídas
somente no período em que efetivamente forem pagas.
Caso o pagamento ocorra no mesmo período de apuração da constituição
da provisão (trimestral ou mensal/anual), ou seja, período do regime de caixa
igual ao do regime de competência, o valor da adição será igual à da exclusão.
GRATIFICAÇÃO E FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO

Por ocasião do encerramento do exercício, as festas de final de ano, e os


gastos típicos dessa época, não possuem normativa fiscal expressa para sua
dedutibilidade do lucro para fins fiscais. Os contribuintes, amparados no
regulamento do imposto de renda, art. 383 tem a seu favor a redação que será
admitida a dedução de despesa de alimentação fornecida pela pessoa jurídica,
indistintamente, a todos os seus empregados.
A partir desse artigo, os órgãos colegiados externaram seu entendimento,
entre eles, temos o parecer normativo CST 322:

“Despesas com relações públicas em geral, tais como, almoço,


recepções, festas de congraçamento, etc., efetuadas por empresas, como
necessárias à intermediação de negócios próprios de seu objeto social,
para serem dedutíveis da receita bruta operacional, deverão guardar
estrita correlação com a realização das transações ou operações exigidas
pela atividade da empresa, além de rigorosamente escudadas em todos
os elementos comprobatórios que permitem sua aceitabilidade pela
Fiscalização, limitando-se tais despesas a razoável montante, sob pena
de sua inaceitação e tributando-se as quantias glosadas”

Assim, temos que os gastos em relação à confraternização, às cestas


concedidas indistintamente a todos os funcionários, os gastos em limites
razoáveis, serão considerados dedutíveis para fins de imposto de renda e
contribuição social. Nesse cenário, precisamos lembrar dos brindes, estes,
discorreremos a seguir.

Brindes

Principalmente na ocasião de encerramento do ano, a visita a parceiros de negócios,


os próprios funcionários e afins, percebe-se a intensão de dar brindes a estes terceiros. Para
fins fiscais, o regulamento do imposto de renda deixa de forma expressa sua vedação à
dedutibilidade de brindes ao resultado tributável. Art. 260 Inciso VII determina a obrigação de
adicionar o valor gasto com brinde à tributação.
JUROS CAPITAL PRÓPRIO

Lei 9.249/95, em seu artigo 9°, estabelece em sua redação a possibilidade de deduzir
para fins de apuração do lucro real os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,
sócios, ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do
patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP.
O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados
antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual
ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados.
Os valores pagos a título de juros sob capital próprio sofrem a incidência de quinze por
cento de imposto de renda retido na fonte. Para fins de cálculo dos juros, serão consideradas as
seguintes contas:

 I - capital social;

 II - reservas de capital;

 III - reservas de lucros;

 IV - ações em tesouraria; e

 V - prejuízos acumulados.

A conta capital social, prevista no inciso I, inclui todas as espécies de ações previstas no
art. 15 da Lei nº 6.404, de 1976, ainda que classificadas em contas de passivo na escrituração
comercial da pessoa jurídica.
O montante dos juros remuneratórios passível de dedução nos termos do caput não
poderá exceder o maior entre os seguintes valores:

 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da


dedução dos juros, caso estes sejam contabilizados como despesa
(Para os efeitos, lucro será aquele apurado após a dedução da CSLL
e antes da dedução do IRPJ); ou
 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados e
reservas de lucros.

Deve ser observado o tratamento a ser dado ao imposto retido na fonte de que trata a
legislação:

 I - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime de


tributação com base no lucro real, será considerado antecipação do
imposto devido no período de apuração ou poderá ser compensado
com o que houver retido por ocasião do pagamento ou crédito de
juros, a título de remuneração do capital próprio, a seu titular, sócios
ou acionistas;
 II - no caso de beneficiário pessoa jurídica submetida ao regime de
tributação com base no lucro presumido ou com base no lucro
arbitrado será considerado antecipação do imposto devido no
período de apuração; e
 III - no caso de beneficiário pessoa física ou pessoa jurídica não
tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, inclusive
isenta do IRPJ, será considerado definitivo.

DISTRIBUIÇÃO E PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS;

Empresas que aferirem lucros a partir de suas operações poderão deliberar a respeito
da destinação/distribuição destes resultados.
A lei 6.404/76 traz em sua redação um importante esclarecimento sobre o tema:

“Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação,


os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.

Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros


acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.”

Para as demais entidades, não S.A, poderão manter os saldos não


destinados ou distribuídos em lucros acumulados, a entidade, verificada a
melhor política a ser adotada, fará a classificação.
Há que se destacar que essa não é a única regra fiscal a ser observada
sobre a manutenção e distribuição dos lucros. A lei 11.051/2004 impõe
penalidades aos contribuintes que distribuírem quaisquer bonificações a seus
acionistas ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem
como a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou
consultivos. A multa estabelecida é de cinquenta por cento das quantias
distribuídas.
RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS

1) Letra C, NBC ITG 1000;


2) R$ 39.900,00;
3) Letra B;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à
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Cofins e dá outras providências – Diário Oficial da União, Brasília, 13 Maio 2014. Disponível
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BRASIL. Decreto nº 9.580/2018 – Regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a


administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – Diário Oficial
da União, Brasília, 22 Dez. 2018. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm>. Acesso 10
de Outubro de 2019.
BRASIL. Instrução Normativa 1.700/2017 - Dispõe sobre a determinação e o pagamento do
imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas jurídicas e
disciplina o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se
refere às alterações introduzidas pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Diário Oficial da
União, Brasília, 22 Dez. 2018. Disponível em: <
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, aprovada pela


Resolução CFC n° 2017/NBCTG27(R4). Disponível em:
<http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTG27(R4).pdf> Acesso em 15/09/2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC TG 28 – Propriedade para Investimento,


aprovada pela Resolução CFC n° 2017/NBCTG28(R4). Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2017/NBCTG28(R4)&arquivo=N
BCTG28(R4).doc > Acesso em 15/09/2019.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE – CFC. NBC TG 1.000 (R1) – Contabilidade Para
Pequenas e Médicas Empresas, aprovada pela Resolução CFC 2016/NBCTG1000(R1).
Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBCTG1000(R1)&arquivo
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NBR 6023:2002 - Informação e documentação - Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, RJ.


Disponível em: <https://guiadamonografia.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Norma-
ABNT-6023-Referencias.pdf> Acesso em: 19 mar. 2019.

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