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MANUAL DE FORMAÇÃO

ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO -
FINANCEIRO
MÓDULO 8 - FATURAÇÃO E TESOURARIA

Form.5/2017 – Layout do Manual de Formador/Tutor


Elaborado por: Miguel Franco | Em vigor desde: 20-02-2019| Atualizado a: 13-03-2020
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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO AO SOFTWARE DE FATURAÇÃO ....................................................................................... 6
2. REQUISITOS DE FATURAÇÃO .................................................................................................................. 7
3. PROCESSAMENTO DE FATURAS E ARQUIVO DE DOCUMENTOS – NOVAS REGRAS ............................... 8
3.1. COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À AT ATÉ AO DIA 15 DO MÊS SEGUINTE… ....................................... 9
3.2. MAIS OBRIGAÇÕES DE INFORMAÇÃO À AT… .................................................................................... 9
4. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GESTÃO DA TESOURARIA .............................................................................. 11
4.1. GESTÃO DE TESOURARIA ................................................................................................................ 11
5. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TESOURARIA ..................................................................................... 15
5.1. CICLOS FINANCEIROS ...................................................................................................................... 15
5.2. FUNDO DE MANEIO......................................................................................................................... 17
6. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ...................................................................................................................... 23
6.1. EXERCÍCIO 1 ..................................................................................................................................... 23
6.2. EXERCÍCIO 2 ..................................................................................................................................... 27
6.3. EXERCÍCIO 3 ..................................................................................................................................... 31
6.4. EXERCÍCIO 4 ..................................................................................................................................... 36
6.5. EXERCÍCIO 5 ..................................................................................................................................... 39
6.6. EXERCÍCIO 6 ..................................................................................................................................... 41
6.7. EXERCÍCIO 7 ..................................................................................................................................... 43
6.8. EXERCÍCIO 8 ..................................................................................................................................... 44
6.9. EXERCÍCIO 9 ..................................................................................................................................... 45
6.10. EXERCÍCIO 10 ............................................................................................................................ 46
6.11. EXERCÍCIO 11 ............................................................................................................................ 47
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................. 51

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INTRODUÇÃO
A Gestão Financeira concentra-se sobre o estudo das decisões financeiras assumidas na empresa; assim,
e antes de nos debruçarmos sobre o conceito de Gestão Financeira, importa demarcar muito claramente
a definição da própria empresa.

«A empresa é um agrupamento humano hierarquizado, que mobiliza meios humanos, matérias e


financeiros para extrair, transformar, transportar e distribuir produtos ou prestar serviços e que
atendendo a objetivos definidos por uma direção (pessoal ou colegial), faz interferir nos diversos escalões
hierárquicos as motivações do lucro e da utilidade social.»

Esta definição de empresa é uma de entre as mais conhecidas, e perecedoura de algumas observações da
nossa parte, tendo o elemento humano configurando-se então como substrato da empresa e o facto de
esta ser apresentada como um conjunto hierarquizado de homens não implica a expressa formalização
das relações hierárquicas existentes entre eles.

Os objetivos da empresa têm sido particularmente condicionados ao longo da história, pois o seu
enquadramento institucional tem variado, de acordo com as ideologias políticas predominantes, em cada
época e em cada país.

O objetivo da maximização do lucro a curto, ou a médio prazo, pressupõe teoricamente a aceitação do


regime da propriedade privada dos meios de produção e do comportamento concorrencial dos diversos
agentes económicos, numa perspetiva contabilística, o conceito de lucro que importa considerar
identifica-se com os lucros líquidos de custos financeiros e de impostos sobre lucros.

O desenvolvimento e a estabilidade global da empresa poderão ser seriamente comprometidos, se a ótica


do curto prazo sobrelevar a visão do longo prazo, como por exemplo, acontece com a adoção de uma
política de distribuição de lucros demasiadamente liberal, na verdade uma adequada política de
distribuição de resultados.

anuais poderá contribuir para a manutenção de níveis anuais corretos de autofinanciamento ou para a
consolidação da autonomia financeira da empresa.

A simples maximização do lucro contabilístico anual apresenta-se mais como um importante meio de
preservação da independência e do desenvolvimento da empresa do que propriamente como um
objetivo, realmente a equilibrada retenção dos lucros anuais pode contribuir para a elevação do valor da
própria empresa.

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1. INTRODUÇÃO AO SOFTWARE DE FATURAÇÃO
Um programa de faturação certificado é um software de faturação que deve cumprir um conjunto de
requisitos legais mínimos destinados sobretudo a impedir a adulteração de faturas emitidas e a dificultar
ilícitos de evasão fiscal.

A certificação de um programa de faturação consiste no compromisso por parte do produtor do software


em como o programa cumpre os requisitos aplicáveis. No entanto, pode haver programas que, apesar de
certificados, não cumpram todas as normas legais aplicáveis ao software de faturação.

Ao escolher um programa de faturação, deve certificar-se de que esse programa é de uma empresa
fidedigna que lhe ofereça garantias quanto à qualidade do produto. Isto é ainda mais importante
tratando-se de uma aplicação de faturação online, uma vez que é necessário garantir a proteção dos
dados enquanto circulam pela Internet e durante o armazenamento, bem como dispor de uma
arquitetura resiliente a falhas de hardware e que ofereça alta disponibilidade.

O software de faturação Primavera tem tudo o que uma empresa precisa para vender de forma fácil e
rápida: desde cotações e propostas, regras de preços, encomendas, expedições, até vendas e outros
documentos financeiros, respeitando todos os requisitos legais e fiscais.

A solução PRIMAVERA Professional é o motor das PME que exigem o sucesso como resultado final. É uma
tecnologia inovadora que integra os ambientes Cloud e On-premises, que simplifica o acesso à informação
e que torna as operações mais rápidas. Os dados mais rigorosos o que leva à existência de equipas mais
produtivas.

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2. REQUISITOS DE FATURAÇÃO
Os sujeitos passivos são obrigados a emitir uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de
serviços.

As faturas deverão cumprir os requisitos previstos no Código do IVA e legislação complementar, podendo
ser emitidas faturas simplificadas em determinadas circunstâncias.

Na emissão de faturas a sujeitos passivos, a menção da denominação social, número de identificação fiscal
e domicílio do adquirente é sempre obrigatória.

Nos casos em que o adquirente seja um particular, o nome e a morada não são menções obrigatórias em
faturas de valor inferior a 1.000 €, exceto se solicitadas.

A menção na fatura do número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo é sempre
obrigatória quando este o solicite.

Os sujeitos passivos poderão optar pela emissão de faturas simplificadas nas seguintes situações:

• Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos


passivos, caso o valor da fatura não seja superior a 1.000 €; ou,
• Transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura não seja superior a
100 €.

A obrigatoriedade de emissão de fatura pode ser cumprida mediante a emissão de outros documentos
ou do registo das operações, respetivamente, nas seguintes situações:

• Prestações de serviços de transporte, estacionamento, portagens e entradas em espetáculos,


quando seja emitido um bilhete de transporte, ingresso ou outro documento comprovativo de
pagamento; e,
• Transmissões de bens efetuadas através de máquinas de venda automática que não permitam a
emissão de fatura.

Regra geral, as faturas devem ser emitidas o mais tardar até ao 5.º dia útil seguinte ao do momento em
que o imposto é devido, ou seja, regra geral, do momento em que os bens são colocados à disposição do
adquirente ou em que os serviços são prestados.

Nas situações de adiantamentos recebidos por operações a realizar, a respetiva fatura deve ser emitida
na data do respetivo.

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3. PROCESSAMENTO DE FATURAS E ARQUIVO DE DOCUMENTOS – NOVAS REGRAS
O Decreto-Lei 28/2019, de 15 de fevereiro, aprovou a regulamentação das obrigações relativas ao
processamento de faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, bem como das obrigações de
conservação de livros, registos e respetivos documentos de suporte que recaem sobre os sujeitos passivos
de IVA, promovendo a emissão de faturas sem papel e a utilização de sistemas de arquivo eletrónico dos
documentos contabilísticos.

Destaques:

• Desde que o consumidor (não sujeito passivo) aceite, as faturas deixam de ser impressas em
papel e passam a poder ser emitidas por meio eletrónico, sendo disponibilizadas no Portal das
Finanças e enviadas pelo vendedor por meio eletrónico. As faturas e demais documentos
fiscalmente relevantes passam a só poder ser processados por uma das seguintes formas:
o Programas informáticos de faturação, incluindo aplicações de faturação disponibilizadas
pela AT,
o Outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras, terminais eletrónicos
ou balanças eletrónicas, e
o Documentos pré-impressos em tipografia autorizada.
• O arquivo dos elementos da contabilidade pode ser totalmente eletrónico, mesmo para
documentos processados em papel, que passam a poder ser digitalizados e arquivados
eletronicamente.
• É dispensada a comunicação de inventários para os contribuintes abrangidos pelo regime
simplificado em IRS ou IRC.
• Um conjunto maior de empresas fica obrigado a emitir faturas utilizando exclusivamente
programas informáticos de faturação certificados, prevendo-se que a AT disponibilize, no futuro,
uma aplicação de faturação para utilização gratuita.

Os programas informáticos certificados de faturação passam a ser obrigatórios para sujeitos passivos com
volume de negócios superior a 75.000 €, em 2019, e a 50.000 €, em 2020.

• A partir de 2020, as faturas passam a incluir um código único de documento e código de barras
bidimensional (Código QR), para reforçar o controlo e o combate à fraude e evasão fiscais, mas
que permitirá também que os contribuintes comuniquem faturas de despesas, para efeitos de
dedução no IRS, mesmo que estas não contenham o seu número de identificação fiscal.
• Os documentos processados por meios eletrónicos que são apresentados ao consumidor para
conferir bens ou serviços vendidos (v.g. pré-fatura, consulta de mesa…) devem conter
o número sequencial,
o data e hora de emissão e
o nome e NIF/NIPC da empresa

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• Os livros, registos e documentos de suporte devem ser arquivados pelo prazo de 10 anos, se
outro prazo não resultar de legislação especial, desde que fique garantida toda a informação
neles contida em formato digital. Se os contribuintes exercerem direitos com um prazo superior,
devem manter estes elementos até ao termo do prazo de caducidade para a liquidação dos
impostos correspondentes
• Os documentos de transporte (DT) devem ser guardados até ao final do 4.º ano seguinte ao da
sua emissão, incluindo os destinados à fiscalização que não tenham sido recolhidos
• A partir de 01/01/2020, o documento de transporte processado globalmente, por serem
desconhecidos o destinatário ou os bens a entregar em cada local de destino, passa a poder ser
emitido eletronicamente e não apenas em papel. Por outro lado, quaisquer DT deixam de poder
ser processados através de software produzido internamente pela empresa.
• O transportador fica igualmente dispensado de se fazer acompanhar de DT quando o mesmo
tenha sido previamente comunicado à AT por transmissão eletrónica de dados, desde que se faça
acompanhar do código único de documento e do código de barras bidimensional (código QR)
quando este seja obrigatório.

3.1. COMUNICAÇÃO DAS FATURAS À AT ATÉ AO DIA 15 DO MÊS SEGUINTE…


Face à alteração do artigo 3.º do Decreto-Lei 198/2012, de 24 de agosto, os elementos das faturas passam
a ser comunicados à AT até ao dia 15 do mês seguinte ao da sua emissão, aplicando-se já em 2019 a partir
das emitidas em fevereiro (o prazo decorria antes até ao dia 20).

A partir de 2020 o prazo limite é antecipado para o dia 10 do mês seguinte.

3.2. MAIS OBRIGAÇÕES DE INFORMAÇÃO À AT…


Os sujeitos passivos devem comunicar à AT por via eletrónica, no Portal da Finanças, este ano até 30 de
junho (ou nos 30 dias seguintes ao início de atividade, se esta ocorrer após 31 de maio):

a. A identificação e localização dos estabelecimentos da empresa em que são emitidas faturas e


demais documentos fiscalmente relevantes;
b. A identificação dos equipamentos utilizados para processamento de faturas e outros
documentos fiscalmente relevantes;
c. O número de certificado do programa utilizado em cada equipamento, quando aplicável;
d. A identificação dos distribuidores e dos instaladores que comercializaram e/ou instalaram as
soluções de faturação.

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Devem ainda, sempre que se verifiquem alterações em qualquer dos elementos referidos proceder à
respetiva atualização, previamente à emissão de faturas ou demais documentos fiscalmente relevantes,
sendo que em 2019 o poderão fazer nos 30 dias posteriores à respetiva ocorrência.

No prazo de 30 dias, até 17 de março p.f., devem também, mediante entrega de declaração de alterações,
comunicar o estabelecimento ou instalação em que seja feita a centralização do arquivo em papel de
faturas emitidas e recebidas, livros, registos e demais documentos de suporte, bem como a localização
do arquivo em suporte eletrónico.

A partir de 2020, devem igualmente informar a AT pela mesma via, antes da respetiva utilização, a
identificação das séries utilizadas na emissão de faturas e demais documentos fiscalmente relevantes por
cada estabelecimento e meio de processamento utilizado, atribuindo a AT um código, que deve integrar
o código único de documento, por cada série documental comunicada.

O Decreto-Lei 28/2019 entrou em vigor no dia 16 de fevereiro, mas algumas das suas normas só entram
em vigor ou produzem efeitos a partir de 1 de janeiro de 2020.

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4. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GESTÃO DA TESOURARIA
Um Sistema de Gestão de Tesouraria trata do registo dos fluxos financeiros da organização. Permite gerir
contas correntes, efetuar pagamentos e recebimentos, executar operações relacionadas com caixa e
bancos.

4.1. GESTÃO DE TESOURARIA


As noções de Tesouraria são numerosas e variam segundo os autores. Lacrampe e Causse (1975, p. 9)
definem a tesouraria como “... o saldo entre os recursos permanentes de que dispõe a empresa e as suas
necessidades de financiamento permanentes ou, utilizando a terminologia financeira, a tesouraria é igual
à diferença entre o fundo de maneio e as necessidades de fundo de maneio.” Já para Meunier et al (1987)
a tesouraria de uma empresa é a diferença entre os recursos empregues para financiar a sua atividade e
as necessidades resultantes dessa mesma atividade. A Tesouraria preocupa-se fundamentalmente com a
gestão financeira de curto prazo, em particular, com a capacidade da empresa pagar atempadamente as
suas obrigações, isto é, pagar as suas dívidas de curto prazo à medida que estas se vão tornando exigíveis.

Brealey e Myers (1998) referem que as decisões de curto prazo são mais fáceis de tomar do que as
decisões de longo prazo. Uma empresa poderá identificar oportunidades de investimento extremamente
valiosas, encontrar o rácio de endividamento ótimo, seguir uma política de dividendos adequada e, no
entanto, colocar em causa o equilíbrio financeiro pela ausência de preocupação na obtenção de fundos
para liquidar antecipadamente as faturas do ano em curso.

De acordo com o esquema apresentado de seguida, observa-se a relevância da interação da tesouraria


com o ambiente empresarial externo e interno da empresa. A composição de um sistema de tesouraria
abrange o controlo de informações oriundas de todos os departamentos da empresa, convergindo em
informações financeiras para a Tesouraria.

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FIGURA 1 - GESTÃO DE TESOURARIA – VISÃO SISTÉMICA
FONTE: ADAPTADO DE CATELLI ET AL. (2001), P.15.

Hoji (2000) refere que direta ou indiretamente, todas as áreas da empresa mantêm algum tipo de vínculo
com a área de tesouraria. As áreas industriais, comercial e administrativa, todas elas fornecem
informações e dados para a elaboração da previsão do fluxo de caixa.

Praticamente todos os atos praticados por outras áreas convertem-se em contas a pagar ou a receber.
Consequentemente, os seus valores refletir-se-ão na Tesouraria.

De seguida, podemos visualizar um esquema que, de forma sucinta, contribui para o entendimento da
gestão de tesouraria em empresas de pequena dimensão:

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FIGURA 2 - GESTÃO DE TESOURARIA PARA PEQUENAS EMPRESAS
FONTE: ADAPTADO DE HOJI (2000), P.175.

Durante todo o processo de agregação de valor ocorrem custos e benefícios que exprimem,
respetivamente, consumo e obtenção de fundos de dinheiro. Este processo representa, portanto, fluxos
financeiros com impacto em todas as atividades das áreas funcionais da organização e que constituem
globalmente a atividade financeira da empresa. Por outro lado, tais fluxos têm origem na caixa central –
área financeira – e, em última análise, convergem para a mesma.

As vendas originam contas a receber, as compras originam contas a pagar e estas invariavelmente
transitam para contas bancárias, nas quais se faz os devidos controles de débitos avisados, estornos,
cheques emitidos, compensados, devolvidos, apresentados e os respetivos saldos.

A literatura identifica outro conceito intimamente ligado com a tesouraria: a Liquidez. Sharpe et al (1995)
defendem que liquidez é a capacidade que os investidores possuem em converter ativos em
disponibilidades a preço idêntico à anterior transação efetuada com esse mesmo ativo, realçando o facto
de que, num contexto de negócios, liquidez se refere à capacidade de converter facilmente um ativo de e
para dinheiro, via compra e venda, sem causar um movimento significativo do seu preço.

Brealey e Myers (1998), a propósito, referem que um dos dez problemas não resolvidos no domínio das
Finanças é a resposta à seguinte questão: “Qual é o valor da liquidez”?

Segundo estes autores, a grande questão não será a definição do montante de numerário que a empresa
deve deter, mas sim como dividir o seu investimento total entre ativos relativamente líquidos e
relativamente ilíquidos. Esta é uma questão de difícil resposta, e como é óbvio, todas as empresas devem
estar preparadas para obter numerário a curto prazo. O tesoureiro deverá ter consciência que corre
sempre o risco de não poder fazer face às suas obrigações, pois ser-lhe-ia necessário, para cobrir despesas
imprevistas, reservar no banco quantias muito elevadas e de que provavelmente não dispõe. Face a estas
contingências, o profissional financeiro deverá admitir sempre uma certa “taxa de risco” e de incerteza.

A manutenção do equilíbrio financeiro põe à prova a capacidade da empresa em efetuar, em interrupção,


pagamentos que resultem de:

• Compromissos anteriores – dívidas que atingem a sua data de liquidação e cujo reembolso tem
de se efetuar segundo um calendário previamente definido;

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• Operações Correntes cuja concretização e liquidação condicionam a continuidade da atividade –
pagamento de salários e de encargos sociais, por exemplo;
• Disposições Legais ou Regulamentares.

Uma empresa que atravessa um momento difícil pode renunciar provisoriamente aos seus objetivos de
crescimento, de resultados, de progresso técnico ou social, no entanto a manutenção do equilíbrio
financeiro é condição essencial para a sobrevivência da empresa.

Em síntese, podemos referir que a finalidade básica da tesouraria é assegurar os recursos e instrumentos
financeiros necessários para a manutenção e viabilização dos negócios da empresa [Hoji (2000)].

Nos últimos anos, as importâncias dos fluxos de caixa face aos resultados contabilísticos têm assumido
um papel crescente dado que, o resultado contabilístico pode ser mais facilmente manipulado através de
artifícios contabilísticos permitidos por lei. Deste modo, torna-se crucial a análise numa perspetiva de
fluxos de caixa para determinar, de uma forma mais fidedigna, a capacidade que as empresas têm de
gerar fluxos financeiros.

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5. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TESOURARIA
Se considerarmos que a situação económica e financeira de uma empresa é um reflexo do seu nível de
competitividade, é primordial que os profissionais da área financeira tenham em consideração uma
perspetiva funcional da empresa.

5.1. CICLOS FINANCEIROS


A análise dos ciclos financeiros da empresa constitui o princípio básico da abordagem funcional da
situação financeira da empresa, contribuindo para a valorização da análise que assenta na abordagem
tradicional. A grande maioria dos livros académicos identifica três ciclos de atividade:

FIGURA 3 - CICLOS DE ATIVIDADE DE UMA ORGANIZAÇÃO


FONTE: VIEIRA ET AL. (2008), P.4

Nabais e Nabais (2004) consideram que o ciclo de exploração integra as operações relacionadas com o
aprovisionamento, a produção e a comercialização. Pinho e Tavares (2005) referem que este ciclo se inicia
com a produção e termina com a venda dos produtos acabados.

Este ciclo corresponde aos fluxos financeiros traduzidos em pagamentos e recebimentos.

A duração do ciclo de exploração é influenciada pela atividade desenvolvida e influencia o nível das
necessidades financeiras de exploração e a rendibilidade da empresa. Deve-se, por isso, tentar encurtar
ao máximo a duração deste ciclo.

Pinho e Tavares (2005) concluem que constitui informação relevante a análise dos fluxos resultantes do
ciclo de exploração da empresa, pois será este saldo, na sua essência, que nos indica a potencialidade da
empresa para gerar meios de pagamento suficientes para manter a capacidade operacional, reembolsar
empréstimos, pagar dividendos e impostos, e fazer investimentos de substituição sem o recurso a fontes
externas de financiamento.

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A identificação dos ciclos acaba por tornar visíveis as atividades que dão origem aos próprios ciclos. Tal
perceção leva Hill et al (1998) a listarem como principais eventos dentro do processo de decisão da
empresa os seguintes eventos: a compra, a transformação, a venda, o recebimento e o pagamento. Tais
atividades possibilitarão a formação do conceito de ciclo operacional e ciclo de caixa.

Caso a empresa deseje reduzir o seu ciclo de caixa, há três questões que têm de ser claramente
compreendidas e que são:

• A duração do ciclo operacional, ou seja, o intervalo entre a compra, a produção e a venda;


• O diferimento dos pagamentos, ou seja, o intervalo entre a compra e o pagamento;
• O diferimento dos recebimentos, ou seja, o intervalo entre a venda e o recebimento.

O ciclo de Investimento compreende o conjunto de atividades e decisões respeitantes à análise e seleção


de investimentos ou desinvestimentos em ativo fixo. Pinho e Tavares (2005) defendem que estas
operações se enquadram no âmbito das decisões estratégicas.

Salientam-se assim:

• Aquisições e alienações de ativos fixos e corpóreos (bens de equipamento);


• Aquisição ou alienação de partes sociais de outras empresas (do grupo ou não), com o intuito de
manutenção das mesmas por um período longo, ou outras aplicações financeiras com carácter
de permanência longo;
• Aquisição ou alienação de bens de rendimento (como por exemplo edifícios destinados a
arrendamento a terceiros);
• Aquisição ou alienação de ativos incorpóreos (como por exemplo, direitos de propriedade ou
direitos de exploração de superfície);
• Obtenção de subsídios ao investimento (destinados a financiar a aquisição de ativos fixos);
• Juros provenientes de investimentos financeiros;
• Dividendos provenientes de empresas participadas.

A empresa que não invista adequadamente, nomeadamente na manutenção da capacidade operacional,


pode prejudicar a rentabilidade futura, favorecendo a atual liquidez e a distribuição de resultados em
detrimento da sua sustentabilidade a prazo.

Por outro lado, do ponto de vista financeiro, o incorreto financiamento dos investimentos poderá originar
graves desequilíbrios estruturais da situação de tesouraria da empresa, o

que poderá refletir-se na sua independência ou mesmo na sua sobrevivência.

Por último, o ciclo financeiro corresponde às atividades de obtenção de fundos adequados aos
investimentos e às necessidades de financiamento da exploração. Segundo Nabais e Nabais (2004) este
ciclo pode dividir-se em:

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• Operações de Capital – Obter recursos estáveis para o financiamento de ativos estáveis. Engloba
decisões financeiras derivadas de opções de investimento (capital fixo, participações financeiras
e fundo de maneio necessário) e de opções estritamente financeiras autónomas e que afetam a
tesouraria;
• Operações de Tesouraria – Operações que visam gerir disponibilidades e assegurar os fundos
necessários no caso de tesouraria insuficiente.

No ciclo de operações financeiras a empresa encaixa as receitas, paga as dívidas, procede à distribuição
dos resultados e investe em ativos financeiros. As decisões financeiras centram-se na seleção das fontes
e produtos de financiamento mais adequados e no equilíbrio estrutural de tesouraria.

5.2. FUNDO DE MANEIO


O Conceito de Fundo de Maneio (FM) originou uma multiplicidade de definições ilustrando até, de uma
forma algo caricata, a confusão que a ausência de normalização pode gerar no seio dos analistas
financeiros.

De acordo com Santos (1987), o FM é geralmente definido como o conjunto de valores submetidos às
transformações cíclicas de curto prazo, cujo destino normal, no final de cada ciclo de exploração, é a sua
reutilização em novos ciclos, garantindo à empresa uma margem de segurança que lhe permita adequar,
a todo o tempo, a cadência de transformação dos ativos às exigências dos credores.

O conceito de FM está, então, intimamente relacionado com a denominada regra de ouro da gestão
financeira, que pode ser expressa do seguinte modo [Moreira (1997), p.138]: “Os capitais utilizados pela
empresa no seu financiamento em ativos devem ter uma maturidade (período em que estão ao seu
dispor) igual ou superior à vida económica destes (período de permanência na empresa).”

Podemos extrair que FM não é mais do que a parte dos capitais permanentes em excesso sobre os ativos
fixos, e que financiam parte do ativo corrente, que está expresso de forma esquemática na figura infra.

FIGURA 4 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE FUNDO DE MANEIO


A correta compreensão do Fundo de Maneio e a sua adequação ao nível das operações, da natureza e da
atividade de uma empresa, pressupõe uma análise prévia à estrutura do

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ativo circulante, quer sob a perspetiva do equilíbrio financeiro, quer sob a perspetiva económica ou da
maximização da sua rentabilidade.

Contudo, a definição de limite ideal para o Fundo de Maneio é de difícil determinação, originando
nomeadamente os seguintes condicionantes:

• Duração do ciclo de exploração da empresa - O ciclo de exploração das empresas industriais será,
em princípio, superior ao das empresas comerciais, como resultado da necessidade de financiar
o período associado à fabricação;
• Natureza da atividade - Esta poderá determinar, por exemplo, a necessidade de se recorrer a
trabalhos especializados ou de se efetuarem determinados adiantamentos para garantir a
compra de certas matérias-primas;
• 3. Prazos médios de recebimento e pagamento - Mesmo em empresas do mesmo sector de
atividade, com idêntica dimensão e igual volume de negócios, estes prazos podem determinar
necessidades diferenciadas;
• Grau de maturidade e/ou desenvolvimento - Na fase de desenvolvimento, a empresa terá de
financiar um maior volume de vendas e todo o processo associado do que, por exemplo, nas
fases de maturidade ou declínio.
• Preço dos diferentes fatores de produção - Este determinará um ciclo de exploração mais ou
menos oneroso, com todas as consequências favoráveis ou desfavoráveis que daí advêm para o
FM necessário.
• Ocorrência de imprevistos - A eventualidade de ocorrerem situações extraordinárias que
influenciem o ciclo de exploração, como greves, avarias técnicas, absentismo, conjuntura
desfavorável ou outros, condicionam o montante de FM adequado.

O Fundo de maneio patrimonial é dado pela expressão:

Fundo de Maneio (FM) = Capitais estáveis – Ativos não Correntes

Ou fundo de maneio corrente:

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obtido através pela seguinte expressão:

FM = Ativo corrente − Passivo corrente

Nota:

O FM pode ser calculado com base no balanço contabilístico ou balanço funcional, designando-se neste
caso de fundo de maneio funcional. É provável que as quantias apuradas pelos dois métodos sejam
diferentes, devido aos ajustamentos necessários à preparação do balanço funcional.

Da comparação entre capitais estáveis e ativos não correntes podem-se obter três resultados possíveis:

FM = 0

▪ indica que os capitais estáveis igualam os ativos não correntes, pelo que não financiam o ciclo de
exploração - fundo de maneio nulo

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Um fundo de maneio deficitário pode conduzir ao recurso exagerado a créditos de curto prazo em
detrimento de créditos de prazos mais alargados, designadamente descobertos bancários, normalmente
mais onerosos com efeitos negativos nos resultados da empresa, perda da capacidade negocial junto dos
fornecedores, comportando estes efeitos um maior risco de estabilidade financeira e económica.

Se um fundo de maneio deficitário é contraproducente, também um fundo de maneio excessivo conduz


a um decréscimo mais rápido da rendibilidade do capital investido.

Traduz-se num excesso de meios líquidos cuja rendibilidade resulta desequilibrada.

Para baixar o FM excessivo a empresa pode distribuir dividendos em montantes mais elevados, amortizar
antecipadamente financiamentos de médio e longo prazo, adquirir bens ou equipamentos produtivos ou
outros com recurso a financiamentos de curto prazo, para reduzir a diferença entre os capitais estáveis e
os ativos não correntes ou entre o ativo e passivo corrente (perspetiva funcional).

Como se depreende o FM resulta da estratégia financeira da empresa. Na perspetiva patrimonial as


alterações do FM têm origem nas variações dos capitais a médio longo prazo e às decisões de
investimento.

As principais variações que ocorrem nas contas de capitais estáveis são devidas, quer aos recursos
próprios, quer alheios com caráter de médio ou longo prazo:

Recursos próprios

• Aumentos de capital (capital social ou prestações suplementares) (+)


• Reduções de capital social (e.g. amortização e remição de capital, aquisição de quotas/ações
próprias) (-)

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• Resultados do período (±)
• Distribuição de resultados (-)
• Revalorizações de ativos tangíveis e intangíveis (+)
• Imparidades de ativos revalorizados (-)
• Ajustamentos de ativos financeiros (MEP) (±)
• Cobertura de prejuízos (com entradas) (+)

Recursos alheios

• Aumentos de financiamentos a médio/longo prazo (+)


• Reembolsos de financiamentos a médio/longo prazo (-)
• Aumentos / reduções de outros créditos com características de médio/ longo prazo

As principais variações que ocorrem nas contas do ativo não corrente, e sobre as quais o analista deve
centrar a sua observação, são as seguintes:

• Realização de novos investimentos (+)


• Alienações (-)
• Imparidade de investimentos (-)
• Ajustamentos de justo valor (±)

Na perspetiva operacional para determinar se o FM é adequado calcular as necessidades de fundo de


maneio (NFM), que resultam das políticas de gestão operacional relacionados com prazos de crédito
concedidos e stocks. Estas políticas têm em consideração os prazos de liquidez (transformação em meios
líquidos ou moeda) dos diversos elementos afetos ao ciclo operacional. O título de exemplo:

A exigibilidade do passivo corresponde ao prazo no qual a entidade tem de pagar a sua dívida aos
fornecedores, ao Estado, à banca. Agrupam-se os passivos, quanto à exigibilidade, em curto prazo, que
têm de ser liquidados no prazo até um ano, e de médio longo prazo, aqueles passivos que têm de ser
pagos num período que excede o ano.

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A análise das NFM permite avaliar se este se encontra a níveis adequados, ou seja, se é igual às
necessidades, excessivo ou insuficiente.

Fundo de maneio exploração:

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6. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

6.1. EXERCÍCIO 1
A empresa PISTEX, SA., apresentou as seguintes Demonstrações Financeiras a 31/12/N:

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4. Determinar TESOURARIA

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6.2. EXERCÍCIO 2

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6.3. EXERCÍCIO 3

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6.4. EXERCÍCIO 4

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6.5. EXERCÍCIO 5

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6.6. EXERCÍCIO 6

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6.7. EXERCÍCIO 7

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6.8. EXERCÍCIO 8

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6.9. EXERCÍCIO 9

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6.10. EXERCÍCIO 10

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6.11. EXERCÍCIO 11

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