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Aula 05

Auditoria p/ TRE-SP (Analista Judiciário - Área Contabilidade)

Professores: Claudenir Brito, Equipe Claudenir Brito


Auditoria
Tribunal Regional Eleitoral TRE/SP
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Claudenir Brito Aula 05

AULA 05: Testes de auditoria em áreas específicas


das demonstrações contábeis.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Presunção de omissão de receitas 3
2. Auditoria dos componentes patrimoniais 11
3. Auditoria das contas de resultado 54
Lista das questões comentadas durante a aula 71
Referências bibliográficas 94

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(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
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Olá, pessoal,

Agradeço imensamente a confiança e a atenção das últimas aulas, espero


que possamos ajudá-los na aprovação.

Nossa aulas de hoje vai tratar dos testes de auditoria em áreas


específicas das demonstrações contábeis.

Normalmente, quando começamos a estudar para concursos na área


fiscal, as primeiras matérias a serem incluídas em nosso “cardápio” são
Português, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário
e Contabilidade Geral, além de algumas exatas.

Assim, quando incluimos a disciplina Auditoria no nosso planejamento, já


adquirimos alguma base em Contabilidade Geral, embora seja possível
estudá-las no mesmo período.

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Na aula de hoje, vamos tratar de alguns conceitos que exigem um mínimo


de conhecimento em algumas áreas da Contabilidade Geral,
particularmente das Demonstrações Contábeis.

O aluno que não souber o que seja um Balanço Patrimonial ou a diferença


entre uma conta do Ativo para uma do Passivo, por exemplo, pode ter
alguma dificuldade em acompanhar nossa aula.

Se for esse o seu caso, não se preocupe. Antes, dê uma revisada nos
conceitos contábeis.

Alguns exercícios da nossa aula são antigos, mas permanecem


atualizados. Prefiro mantê-los para que vocês possam praticar com uma
quantidade maior de questões.

Dúvidas que forem surgindo, só perguntar no fórum do curso, enviar um


email para claudenirbrito@gmail.com ou, ainda:

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1. Presunção de omissão de receitas

Ao tratarmos da presunção de omissão de receitas, devemos definir o que


seria superavaliação e subavaliação.

Os testes de auditoria tem por finalidade avaliar e verificar a efetividade


dos controles internos da entidade – testes de observância – ou obter
evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos
pelo sistema contábil – procedimentos substantivos.

Em relação aos procedimentos substantivos, o auditor verifica se os


dados apresentados nas demonstrações contábeis foram devidamente
registrados e apresentados.

Assim, podemos concluir que o resultado dessa verificação será a


conclusão de que uma conta de uma das demonstrações está certa ou
errada (para mais ou para menos). Se estiver errada para mais, dizemos
que está superavaliada, se para menos, subavaliada.

Para mitigar (reduzir) os riscos de erro de avaliação para mais ou para


menos, as contas deverão ser testadas nos dois sentidos (para mais ou
para menos), sendo que, segundo Almeida (2010)1, “a experiência tem
demonstrado que é mais prático dirigir os testes principais de
superavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas
do ativo e despesas) e os de subavaliação para as contas credoras
(geralmente, contas do passivo e receitas)”.

Segundo o autor, devido ao fato de as transações na contabilidade serem


registradas por meio das partidas dobradas, quando se testam as contas
devedoras para superavaliação, as contas credoras também estão sendo
testadas indiretamente nessa mesma direção.

Por exemplo, se durante o exame das demonstrações contábeis de uma


empresa, para o ano findo em 31-12-20X0, o auditor descobre que as
despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do
mês de janeiro de 20X1 terem sido provisionados indevidamente em
20X0, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no
passivo circulante, também está superavaliada.

Da mesma forma, quando se testam as contas credoras para


subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente
nessa mesma direção.

1
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.

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Outro exemplo: por ocasião da auditoria da conta credora de


fornecedores a pagar (testado para subavaliação), o auditor descobre que
uma fatura de compra de matéria-prima não foi registrada na
contabilidade; consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e
matéria-prima (conta devedora classificada no grupo de estoques do ativo
circulante) estão subavaliadas.

Vejamos outros exemplos apresentados na obra de Almeida (2010).

1.1 Teste principal para superavaliação do ativo e teste


secundário para superavaliação de receita

Na auditoria da conta duplicatas a receber (ativo circulante), o auditor


constatou que uma venda realizada em 20X1 foi contabilizada em 20X0.
Como consequência, a conta de duplicatas a receber (teste principal) e a
conta de receita bruta na venda de bens (teste secundário) estavam
superavaliadas.

1.2 Teste principal para subavaliação do passivo e teste


secundário para subavaliação do ativo

Na auditoria da conta de fornecedores a pagar, o auditor notou que uma


nota fiscal de competência de 20X0, referente à compra de um veículo, foi
registrada somente na ocasião de seu efetivo pagamento em 20X1. Por
conseguinte, a conta de fornecedores a pagar (teste principal) e a conta
de veículos do ativo imobilizado (teste secundário) estavam subavaliadas.

1.3 Teste principal para superavaliação do ativo e teste


secundário para subavaliação da despesa

Na auditoria da conta de máquinas e equipamentos (ativo imobilizado), o


auditor verificou que foram capitalizadas (debitadas no ativo) peças de
reposição, que, de acordo com os princípios contábeis, deveriam ser
registradas como despesas. Portanto, a conta máquinas e equipamentos
(teste principal) estava superavaliada e o grupo de despesas (teste
secundário) subavaliado.

1.4 Teste principal para subavaliação do passivo e teste


secundário para superavaliação de outra conta do passivo

No exame da conta empréstimos a pagar, o auditor constatou que um


financiamento foi registrado indevidamente na conta fornecedores a
pagar. Portanto, a conta de empréstimos a pagar (teste principal) estava

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subavaliada e a conta fornecedores a pagar (teste secundário) estava


superavaliada.

Vamos prosseguir na matéria abordando a omissão de receitas e sua


presunção, com base no saldo credor de caixa, nos suprimentos não
comprovados, em diferenças de levantamentos quantitativos por espécie,
econômicos ou financeiros e na omissão do registro de pagamentos
efetuados, conforme nosso cronograma.

A distorção relevante decorrente de informações contábeis fraudulentas


relativas ao reconhecimento de receita muitas vezes é resultado do seu
registro de forma superestimada, por exemplo, o seu reconhecimento
prematuro ou o registro de receitas fictícias.

Entretanto, o mais comum é o registro de receitas inferiores, por


exemplo, transferindo receitas inadequadamente para um período
posterior, o que representa a falta da escrituração contábil de créditos da
empresa. Esse procedimento é também conhecido por “caixa dois”, e é
utilizado para reduzir o pagamento de impostos.

Segundo o Regulamento do Imposto de Renda, Decreto nº 3.000/992,


caracteriza-se como omissão no registro de receita, ressalvada ao
contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das
seguintes hipóteses:

I - a indicação na escrituração de saldo credor de caixa;


II - a falta de escrituração de pagamentos efetuados;
III - a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja
exigibilidade não seja comprovada.

1.5 Diferença entre Indício e Presunção

Indício: sinal, vestígio, pista que aponta na direção da situação


investigada.
Presunção: dedução baseada em indício.

1.6 Saldo credor de caixa

Por caracterizar o numerário disponível da empresa, para utilização


imediata, a conta Caixa (representada no ativo do balanço patrimonial)
deve se apresentar, em situação normal, com saldo devedor ou nulo,
jamais credor. Tal situação indicaria a realização de pagamentos em

2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm

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montante superior ao disponível, o que nos levaria a um indício de


utilização de numerário não contabilizado (omissão de receita).

O saldo credor de caixa também é conhecido por estouro de caixa.

1.7 Suprimentos de Caixa

Suprimento de caixa é o aporte de recursos dos sócios e proprietários da


empresa, a fim de complementar os recursos necessários à sua operação.
O ingresso desse recurso deve ser comprovado, a fim de se evitar o
ingresso de numerário de “caixa dois”, utilizando-se como contrapartida
uma operação fictícia.

O Regulamento do Imposto de Renda dispõe que, provada a omissão de


receita, por indícios na escrituração do contribuinte ou qualquer outro
elemento de prova, a autoridade tributária poderá arbitrá-la com base no
valor dos recursos de caixa fornecidos à empresa por administradores,
sócios da sociedade não anônima, titular da empresa individual, ou pelo
acionista controlador da companhia, se a efetividade da entrega e a
origem dos recursos não forem comprovadamente demonstradas.

1.8 Levantamento Quantitativo por Espécie

A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de


levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e produtos
intermediários utilizados no processo produtivo da empresa.

Para tanto, deve-se apurar a diferença, positiva ou negativa, entre a


soma das quantidades de produtos em estoque no início do período com a
quantidade de produtos fabricados com as matérias-primas e produtos
intermediários utilizados e a soma das quantidades de produtos cuja
venda houver sido registrada na escrituração contábil da empresa com as
quantidades em estoque, no final do período de apuração, constantes do
Livro de Inventário.

Considera-se receita omitida, nesse caso, o valor resultante da


multiplicação das diferenças de quantidade de produtos ou de matérias-
primas e produtos intermediários pelos respectivos preços médios de
venda ou de compra, conforme o caso, em cada período de apuração
abrangido pelo levantamento.

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1.9 Levantamentos econômicos ou financeiros (depósitos


bancários)

Caracterizam-se também como omissão de receita os valores creditados


em conta de depósito ou de investimento mantida junto à instituição
financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, regularmente
intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a
origem dos recursos utilizados nessas operações.

O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado


auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição
financeira.

Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houverem sido
computados na base de cálculo do imposto a que estiverem sujeitos,
serão submetidos às normas de tributação específicas, previstas na
legislação vigente à época em que auferidos ou recebidos.

Por fim, para efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão


analisados individualizadamente, observado que não serão considerados
os decorrentes de transferência de outras contas da própria pessoa
jurídica.

1.10 Omissão do registro de pagamentos efetuados

A omissão do registro de pagamentos efetuados ocorre quando a empresa


registra uma dívida como “a pagar”, estando a mesma paga, o que a
mantém no Passivo Circulante. Esse procedimento faz surgir o chamado
passivo fictício.

De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda, tanto a falta de


escrituração de pagamentos efetuados como a manutenção, no passivo,
de obrigações cuja exigibilidade não seja comprovada, caracterizam
omissão de receita.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (FGV/Hemocentro-SP/2013) No exame das demonstrações


contábeis de uma entidade para o ano de 2012, em que a
contabilidade atendeu integralmente ao princípio de competência

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para as despesas públicas, o auditor identificou que a conta


despesa com pessoal ativo estava superavaliada em razão do
registro indevido em dezembro de 2012, da provisão da folha de
pagamento de janeiro de 2013. Tal fato ocasionou:
a) uma subavaliação no orçamento de 2013;
b) uma subavaliação no ativo circulante de 2012;
c) uma subavaliação no passivo circulante de 2012;
d) uma superavaliação no passivo circulante de 2012;
e) uma superavaliação no orçamento de 2012.
Comentários:
A folha de pagamento de janeiro de 2013 não deveria ter sido
provisionada no ano de 2012. Dessa forma, há uma superavaliação na
provisão para pagamento da folha de funcionários daquela empresa, o
que faz com que o passivo circulante de 2012 esteja também
superavaliado.
Gabarito: D

2. (FGV/TCM-RJ/2008) Durante a aplicação dos procedimentos


atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos documentos
contábès, que em determ̀nado d̀a a conta “càxa” da ent̀dade
apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato,
assinale a melhor explicação.
a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de
fato, inexistem.
b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas
foram registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo.
c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo,
de receitas recebidas, mas não contabilizadas.
d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de
mercadorias adquiridas e pagas, mas não contabilizadas.
e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prática
sabidamente conhecida e permitida pela legislação.
Comentários:
Como vimos, a conta Caixa (representada no ativo do balanço
patrimonial) deve se apresentar, em situação normal, com saldo devedor
ou nulo, jamais credor. Tal situação indicaria a realização de pagamentos
em montante superior ao disponível, o que nos levaria a um indício de
utilização de numerário não contabilizado (omissão de receita).
O recebimento de receitas sem a devida contabilização pode ser
uma das causas, pois o dinheiro existe fisicamente e quando o pagamento
é contabilizado, o saldo da conta passa a ser credor. Essa situação
também é conhcida por “estouro de caixa”.
Gabarito: C

3. (Fundatec/Cage-RS/2014) Assinale o procedimento de

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auditoria que tem por objetivo identificar a existência de passivos


ocultos:
a) contagem de caixa;
b) recálculo da depreciação anual de itens do ativo imobilizado;
c) circularização de instituições financeiras;
d) observação da contagem física do estoque;
e) inspeção das autorizações de pagamentos conforme limites de alçada
estabelecidos.
Comentários:
Segundo a NBC TA 505 – Confirmações Externas, item 6,
Confirmação externa (ou circularização) “é a evidência de auditoria obtida
como resposta por escrito direta para o auditor de um terceiro (a parte
que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio”.
Assim, dentre as alternativas, a circularização de instituições
financeiras mostra-se mais adequada à confirmação, pelo auditor, da
existência de passivos não apresentados pela entidade (passivos ocultos).
Gabarito: C

4. (FCC/DPE-SP/2013) Em um teste para avaliar se há


superavaliação, o Auditor deve:
a) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão;
b) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis
referentes ao registro inicial;
c) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros
intermediários;
d) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final;
e) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documento-
suporte da transação.
Comentários:
Nesse tipo de teste o objetivo do auditor é verificar se o saldo
contábil não estaria superavaliado, teste geralmente aplicado em contas
devedoras. (Ex.: Estoques)
Nesse caso, a partir do valor registrado no livro razão da empresa,
irá verificar se há documento que suporte aquela transação. No exemplo
dado (Estoques), o auditor iria procurar a Nota Fiscal de compra do
material em estoque, por exemplo, para fazer a conferência dos valores.
Gabarito: E

5. (ESAF/AFRFB/2009) A empresa Parcial S.A. realizou o estorno


da Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade
estabelecida pela Lei n. 11.638/2007. No entanto, o contador não
realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. Dessa
forma pode-se afirmar que:
a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada.
b) a conta de investimento reavaliação está adequada.

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c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada.


d) a conta de lucros acumulados está superavaliada.
e) a conta de resultado do exercício está subavaliada.
Comentários:
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser
mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do
exercício social de 2008 (exercício seguinte à publicação da Lei nº
11.638/073, art. 6º).
Pelo exposto na questão, o contador não realizou o estorno dos
impostos pertinentes à reavaliação. O Imposto de Renda Pessoa Jurídica –
IRPJ – incide sobre o valor da reavaliação, lançado na conta “imposto de
renda diferido”, e será transferido para a despesa na medida da
realização da reserva. Assim, podemos concluir que a conta “imposto de
renda diferido” está superavaliada.
Gabarito: C

6. (FCC/SEFAZ-SP/2009) O auditor externo está realizando


auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo
imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da
depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório
Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria
ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma,
o auditor pode concluir que
a) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está
subavaliada.
b) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada.
c) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada.
d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto.
e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.
Comentários:
Erros das alternativas:
A e E – a conta Móveis e Utensílios do Escritório Administrativo é
conta de despesa administrativa, não influenciando no estoque de
produtos acabados ou no CMV.
B e D – se a taxa foi lançada a maior, o valor da depreciação foi
aumentado, o que torna as alternativas incorretas, já que o valor da
depreciação acumulada aumentou.
Assim, por eliminação, poderíamos concluir pelo gabarito –
alternativa C, ainda mais que o valor com despesa de depreciação no
período foi lançado a maior, denotando uma superavaliação das contas
“depreciação acumulada” e “despesa de depreciação”.
Gabarito: C

3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm

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2. Auditoria dos componentes patrimoniais

As Demonstrações Contábeis obrigatoriamente sujeitas à Auditoria


Independente, segundo a Lei 6.404/764 – Lei das Sociedades por Ações –
são o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
(DMPL), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), a Demonstração do
Valor Adicionado (DVA) e as Notas Explicativas (NE) que as acompanham.

Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes


técnicas contábeis:
- Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais);
- Demonstrações (balanços e outras demonstrações);
- Auditoria; e
- Análise de balanços (ou análise das demonstrações contábeis).

A análise das demonstrações contábeis (ADC) é uma técnica contábil que


consiste na verificação da exatidão e da fidedignidade dos dados contidos
nas demonstrações contábeis, por meio do exame dos registros contábeis
e dos documentos que deram origem a esses registros.

Vimos que, de acordo com a NBC TA 200, o objetivo da Auditoria das


Demonstrações Contábeis é:

“aumentar o grau de confiança nas demonstrações


contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante
a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável.” (gr̀fè)

De acordo com a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria –, o objetivo do


auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que permitam
conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente que lhe
possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua
opinião.

Ou seja:
- executar PROCEDIMENTOS; para
- conseguir EVIDÊNCIAS; que possibilitem
- obter CONCLUSÕES; para
- fundamentar sua OPINIÃO.

4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm

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Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, devemos aplicar


testes e procedimentos específicos, em busca de evidências de distorções
relevantes que possam justificar a existência de não-conformidades
porventura existentes.

Essa não conformidades – ou distorções –, segundo Ribeiro e Ribeiro


(2012)5 e boa parte da doutrina, podem ser de quatro tipos:

- saldo superavaliado (valor maior que o real);


- saldo subavaliado (valor menor que o real);
- saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou
- saldo oculto (omissão de valor).

As não conformidades – ou distorções – encontradas nas DC podem


ser de quatro tipos:
- saldo superavaliado (valor maior que o real);
- saldo subavaliado (valor menor que o real);
- saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou
- saldo oculto (omissão de valor).

Assim, em virtude desses riscos, recomenda-se que todas as contas


apresentadas nas DC sejam testadas.

Em linhas gerais, funciona da seguinte forma: o auditor confere os


cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para depois conferir
os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício anterior.

Adicionalmente, verifica se os saldos informados “batem” com os


registrados nos livros contábeis (principalmente no razão). Se julgar
conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, estende
as verificações aos registros contábeis. Isso porque o simples
confronto entre os saldos das contas apresentadas nas DC com os saldos

5
RIBEIRO, Juliana Moura e RIBEIRO, Osni Moura. Auditoria fácil. 1. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.

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existentes no Livro-Razão dificilmente irá evidenciadar as distorções nos


respectivos saldos.

Lembrem-se de que, de acordo com o Método das Partidas Dobradas


(MPD), cada lançamento (ou mais) no Ativo corresponderá a um
lançamento (ou mais) no Passivo, e vice versa.

Isso explica o fato de que o auditor, ao analisar a documentação, deva ter


ciência de que, normalmente, a superavaliação do saldo de uma conta (ou
mais) encontra guarida na subavaliação do saldo de sua (s) contrapartida
(s). Observem o quadro resumo a seguir, contendo algumas das contas
que abordaremos “em sala”, conforme a Lei nº 6.404/76, alterada pela
11.941/09.

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC)
- Disponibilidades
- Caixa e bancos Passivo Não Circulante (PNC)
- Clientes (contas a receber)
- Estoques Patrimônio Líquido (PL)

Ativo Não Circulante (ANC)


- Ativo Realizável a Longo Prazo
(ARLP)
- Investimentos
- Imobilizado
- Intangível

Esse quadro não está completo, mas serve apenas para os colegas que
ainda não estão craques na Contabilidade terem uma noção do
posicionamento das contas no Balanço Patrimonial.

Elaboramos outro quadro, com base na obra de Ribeiro e Ribeiro (2012),


apresentando alguns exemplos das muitas situações que podem ocorrer:

Situação Definição Exemplo


Saldo superavaliado O saldo constante de Superavaliação em conta de despesa:
uma conta da DC é despesa de 100 paga em $ (valor deixa
superior ao saldo da de compor “caixa”), mas escriturada
mesma conta no como 120. Para haver compensação, ou
livro-razão o caixa será subavaliado em 20 ou o
passivo será superavaliado com a
inclusão de um saldo fictício (conta
inexistente)

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Saldo subavaliado O saldo constante de Subavaliação em conta de receita:


uma conta da DC é receita de 500 recebida em $ (valor
inferior ao saldo da passa a compor “caixa”), mas
mesma conta no escriturada como 400. Acarretará
livro-razão subavaliação na conta de receita, e em
contrapartida, subavaliação no saldo da
conta “caixa”, que será menor que o
real.
Saldo fictício O saldo constante de Para compensar desfalque de 50 no
uma conta da DC não caixa, o contador intencionalmente lança
existe no livro-razão o respectivo valor na conta “duplicatas a
receber”.
Saldo oculto O saldo de uma conta Nota fiscal de venda de mercadorias a
constante do livro- prazo, no valor de 80, não escriturada
razão bão foi no livro diário. Essa omissão provocou
informado ou sequer uma subavaliação no saldo da conta
contabilizado “duplicatas a receber” e a consequente
subavaliação da conta de “receitas com
vendas”.

A partir de agora, vamos nos aprofundar em cada uma das áreas


específicas.

2.1 Caixa e Bancos

Como sabemos, no Balanço Patrimonial, os ativos são classificados em


ordem decrescente de grau de liquidez. Assim, caixa e bancos são
classificados na primeira linha do lado do ativo do BP, pois é o ativo de
maior liquidez.

São registrados no grupo de caixa e bancos os recursos disponíveis


para aplicação nas transações da empresa, tais como:
- dinheiro em caixa;
- dinheiros em contas correntes bancárias;
- recebimentos não depositados.

O valor de caixa e bancos é composto, em geral, por dois


componentes: o numerário em caixa (também denominado encaixe) e
o depósito em bancos. Para cada componente, o auditor realiza
procedimentos próprios.

De acordo com Almeida (2010), para um ativo ser classificado nesse


grupo, é importante que não haja restrições quanto ao seu uso
imediato. Os cheques emitidos e ainda não entregues aos beneficiários
não devem ser considerados como redução de caixa e bancos.

O autor afirma que “caixa e bancos”, por ser um ativo de pronta liquidez,
é o mais sujeito a uma utilização indevida. Nessa área, mesmo que

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haja bom sistema de controle interno, o auditor executa maior volume


de testes do que o normal, já que o risco é maior.

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o


principal objetivo é verificar a existência do ativo. Entre os objetivos
específicos, estão a verificação da existência, da propriedade da exatidão
dos valores, a descoberta de restrições e a apresentação exata nas DC.

E qual seria, na opinião de vocês, a melhor forma de se ter certeza da


existência de recursos em caixa? Exatamente: contá-los fisicamente,
principalmente em empresas nas quais o fluxo de dinheiro diário é mais
expressivo.

Sempre que possível, a auditoria das DC deve ser iniciada pela contagem
física do dinheiro existente em caixa. Para os recursos em contas
correntes bancárias, esse procedimento não poderá ser executado, mas
uma carta do banco, em resposta a uma circularização, normalmente é a
forma utilizada para essa conferência.

As contas “caixa e bancos” são as mais testadas nos trabalhos de


auditoria, pois apresentam alto grau de liquidez, oferecendo mais riscos
que as demais.
Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação, e o
principal objetivo é verificar a existência do ativo.

2.1.1 Contagem de caixa (encaixe)

É normalmente utilizada para as empresas que costumam manter uma


quantia considerável em caixa na data do Balanço Patrimonial. Isso é
bastante comum naquelas que vendem à vista grandes quantidades de
produtos de pequeno valor.

Para se realizar a contagem, na visão de Ribeiro e Ribeiro (2012),


algumas recomendações devem ser seguidas:

- que a contagem física seja realizada em horário bem próximo ao final


do expediente, para evitar que o saldo esteja muito baixo, o que
descaracterizaria as verificações;

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- o fator surpresa inibe o mascaramento do movimento por parte dos


responsáveis (isso pode ser conseguido por meio de uma segunda
contagem, já que o auditado vai acabar esperando pela primeira);

- quando a empresa trabalhar com mais de um caixa, é importante se


destacar membros da equipe de auditoria para que a contagem seja
realizada simultaneamente (para evitar que o mesmo numerário seja
contado nos dois caixas, por substituição de fundos);

- a contagem do dinheiro deve ser feita, se possível, pelo próprio


tesoureiro, na presença da equipe de auditores (os auditores não
devem se apoderar dos valores);

- a contagem física deve abranger não só dinheiro, mas também outros


documentos integrados ao saldo, como por exemplo, recibos e cheques;

- é importante verificar a existência de cheques depositados e


devolvidos por falta de fundos ou por outro motivo (se os cheques não
forem depositados enquanto o auditor controla o numerário, não será
possível certificar-se da validade dos mesmos);

- após a conclusão da contagem, lavrar um termo de conferência.

2.1.2 Saldos bancários

Aqui, o auditor não mais está tratando de dinheiro em mãos, mas com
documentos que comprovam a existência do dinheiro. A checagem é feita,
normalmente, por meio de circularização aos bancos e de
conferência dos extratos bancários, após a resposta.

Almeida (2010) relaciona as principais atividades a serem desenvolvidas


pelo auditor, na verificação dos saldos bancários:

- solicitar o preenchimento da carta de circularização (lembre-se de


que quem preenche a carta é a administração da empresa, pois não há
vínculo direto entre a equipe de auditoria e o banco a ser circularizado);

- incluir na carta um envelope selado endereçado à própria firma de


auditoria (a resposta será enviada diretamente aos auditores, e isso
facilitaria o trabalho do banco);

- para as cartas não respondidas, reiterar em quinze dias. Se ainda assim


não obtiver êxito, obter confirmação pessoalmente;

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Os procedimentos finais de auditoria concentram-se nas conciliações


bancárias.

2.2 Clientes

As contas de clientes, ou contas a receber, representam direitos


adquiridos por vendas a prazo de bens ou serviços relacionados ao
objetivo social da empresa. Além desses, algumas transações são
classificadas como contas a receber:

- adiantamentos (férias, 13º salário), e empréstimos a empregados,


administradores, acionistas e empresas controladas e coligadas;
- impostos a recuperar;
- conta retificadora (provisão para devedores duvidosos – PDD);
- notas fiscais a receber;
- duplicatas a receber.

Na venda de bens, a principal exigência é a transferência para o


comprador dos riscos e benefícios mais significativos inerentes à
propriedade dos bens.

O principal objetivo do auditor na auditoria dos valores a receber é


cobrir a existência, a avaliação e a classificação das contas.

Por serem de natureza intangível, exigem procedimentos diferentes


daqueles aplicados na auditoria de caixa e bancos, tendo o auditor que
aplicar critérios de julgamento não só quantitativos, mas qualitativos,
por meio de evidências indiretas.

De acordo com Crepaldi (2010)6, os procedimentos de auditoria usados no


exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte maneira:
- coleta e exame de evidências externas;
- exame de evidências internas da firma;
- procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.

2.2.1 Evidências Externas - Confirmação

A confirmação externa é um dos mais importantes procedimentos de


auditoria, e é particularmente utilizado na verificação da conta clientes.
Como vimos na aula passada, podem ocorrer dois tipos de pedidos de
confirmação: positivo e negativo.

6
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2010.

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LEMBRETE:

O primeiro é utilizado quando há necessidade de resposta da pessoa de


quem se quer obter uma confirmação formal. Pode ser usado de duas
formas:
- branco: quando não se colocam os valores nos pedidos de
confirmação;
- preto: quando utilizados saldos ou valores a serem confirmados
na data-base indicada.

O pedido de confirmação negativo é utilizado quando a resposta for


necessária em caso de discordância da pessoa de quem se quer
obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o auditor entende
que a pessoa concorda com os valores colocados no pedido de
confirmação.

Considera-se de melhor qualidade a evidência obtida por meio dos


pedidos de confirmação positivos, pois o auditor não tem meios
imediatos de determinar se a ausência de resposta ocorreu por anuência
ou negligência do devedor.

Para as cartas de confirmação não respondidas, Almeida (2010)


apresenta alguns procedimentos alternativos:

- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;


- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas;
- verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de
recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.

Para as cartas de confirmação não respondidas, Almeida (2010)


apresenta alguns procedimentos alternativos:
- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;
- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas;
- verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de
recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.

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2.2.2 Evidências Internas – teste de avaliação das contas a


receber

Os procedimentos utilizados para essa parte da auditoria são os testes de


registros contábeis e o exame da documentação hábil. Devem ser
testadas a exatidão dos registros contábeis e os documentos
comprobatórios, comparando-os aos registros. Esses procedimentos de
auditoria são comumente denominados testes de transações.

Para tanto, o auditor deve solicitar da empresa um mapa demonstrativo


de contas a receber por idade de recebimento, a fim de facilitar a
identificação de problemas.

2.2.3 Procedimentos Analíticos

Consiste em analisar, pelos vencimentos, os saldos das contas a receber,


e fornece dados sobre o vencimento das contas a receber. Esse
procedimento relaciona-se diretamente com a avaliação que o auditor faz
da adequação da PDD, o que se traduz de grande para a fidedignidade
das contas a receber, embora outros dados também possam ser utilizados
com a mesma finalidade:
- antecedentes de porcentagens dos saldos a receber, expressos pela
provisão;
- tendências da incidência de dívidas duvidosas;
- alterações na política de concessão de crédito;
- cálculos de movimentação de contas a receber; e
- condições econômicas vigentes no momento.

2.3 Estoques

Segundo Almeida (2010), os estoques são bens destinados à venda ou


à fabricação, relacionados com os objetivos e atividades da empresa.
Eles são importantes na apuração do lucro líquido de cada exercício social
e na determinação do valor do capital circulante líquido do Balanço
Patrimonial.

A importância dada a este item, na auditoria das DC, deve-se ao fato de


que os resultados da empresa podem ser facilmente manipulados
pela superavaliação ou subavaliação dos estoques.

As principais classes de estoques são:


- matérias-primas (bens comprados e destinados à produção);
- produtos em processo (bens que estão em processo de produção);
- produtos acabados (bens produzidos e destinados à venda);
- mercadorias (bens comprados e destinados à venda).

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Ainda conforme a obra citada, os principais objetivos da auditoria de


estoques (feita por amostragem) são:
- verificar se as quantidades de bens declaradas realmente existem;
- verificar se os bens foram custeados e avaliados de acordo com os
princípios de contabilidade;
- verificar se as informações referentes aos estoques foram
adequadamente divulgadas nas DC.

Crepaldi (2010), por sua vez, apresenta os seguintes objetivos:


- determinação de que há bom controle sobre os estoques;
- verificação de que o cliente é realmente o proprietário do estoque;
- determinação de quantidade de estoque em mão do cliente;
- averiguação e certeza de que o cliente atribui preço adequado a seu
estoque;
- determinação se há ônus sobre o estoque;
- determinação da possibilidade de venda do estoque existente,
atentando para indícios, tais como mercadoria danificada, itens obsoletos,
etc;
- determinação da forma correta de apresentação do estoque nas DC.

Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a inspeção


física (verificação da existência física) e os testes de avaliação
(sistema de alocação de custos aos estoques).

A verificação da existência física ocorre por meio da observação e da


contagem física, confrontando os resultados com os registros.

O corte das operações (cut-off), de acordo com Franco e Marra (2011)7


consiste em determinar o momento em que os registros contábeis
auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o
levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele
momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído.

É escolhida uma data limite, e estando os registros rigorosamente em


dia, verifica-se a última anotação constante, a qual indicará os
materiais que, até ali, farão parte do inventário.

Os testes de avaliação dos estoques dizem respeito à revisão do sistema


de alocação de custos aos estoques – PEPS, UEPS – e à verificação de que
o somatório das relações finais de inventário concorda com os saldos das
respectivas contas do razão geral da contabilidade.

7
FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

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Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a


inspeção física (verificação da existência física) e os testes de
avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques).

2.4 Investimentos

Como parte da política de algumas empresas, estas aplicam recursos em


títulos e outros direitos. Essas aplicações normalmente se dividem em
três grupos (Almeida, 2010):
- instrumentos financeiros de dívidas: aplicações em títulos públicos e
privados;
- instrumentos financeiros de capital: participação no capital social de
outras empresas;
- investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial:
investimentos em sociedades coligadas e em sociedades controladas.

Para concursos – ou seja, o que nos interessa no momento – o mais


importante é o investimento no capital de outras empresas, tendo em
vista que o que acontece com a investida acaba por refletir na situação da
investidora, de acordo com a materialidade do investimento.

Na auditoria de investimentos, o auditor deve tomar cuidados especiais,


além daqueles comuns a outras contas do BP, em virtude das
características das operações que envolvem as operações de
investimentos, especificamente às relativas à legislação de aquisição e
métodos de avaliação.

As informações mais importantes dizem respeito:


- natureza do título;
- data e valor da aplicação;
- data e taxa dos juros e outros rendimentos que eles possam gerar;
- data do resgate;
- valor dos dividendos provisionados;
- valor de mercado, etc.

De acordo com Crepaldi (2010), os procedimentos usados pelo auditor


para atingir o objetivo referente à existência e à propriedade dos
investimentos, normalmente, compreendem exame ou confirmação.

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Quando há títulos envolvidos, considera-se boa prática examiná-los e


confrontá-los com a contagem realizada pelo cliente.

Se esse procedimento for impraticável, uma alternativa pode ser a


confirmação com o encarregado externo das custódia dos bens,
ponderando sobre a reputação e os antecedentes financeiros de quem faz
a confirmação.

Os principais procedimentos utilizados são, de acordo com a obra de


Franco e Marra (2011):

1 - Verificação física (exame documental) dos títulos de investimento:


verificação física, caso os títulos, contratos ou certificados estejam de
posse da empresa; ou circularização, em caso negativo.
2 - Verificação da contabilização do investimento: quando de sua
aquisição, e das variações ocorridas, para assegurar-se da adequação dos
valores mencionados no BP.
3 - Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas
(investimento relevante): deve ser feito por meio do Método de
Equivalência Patrimonial – MEP –, por determinação legal.

2.5 Imobilizado

O Art. 179, IV, da Lei nº 6.404/76, considera Ativo Imobilizado como


sendo os direitos que tenham por objeto os bens corpóreos destinados
à manutenção das atividades da Companhia ou da empresa, ou exercidos
com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram
à Cia. os benefícios, riscos e controle desses bens.

Ou seja, o Imobilizado é composto exclusivamente por bens


materiais, tangíveis.

Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à


auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a
checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis e
da documentação comprobatória.

Uma característica importante, tendo em vista a sujeição ao desgaste


pelo uso, ação da natureza e obsolescência, é avaliação dos planos e
cálculos de depreciação.

De acordo com Crepaldi (2010), a auditoria do imobilizado tem os


seguintes objetivos:
- determinar sua existência física e a permanência em uso;
- determinar se pertence à empresa;

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- determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade, em


bases uniformes;
- determinar se o imobilizado não contém despesas capitalizadas e,
por outro lado, as despesas não contém itens capitalizáveis;
- determinar se os bens do imobilizado foram adequadamente
depreciados monetariamente, em bases aceitáveis;
- determinar a existência de imobilizado penhorado, dado em garantia
ou com restrição de uso;
- determinar se está corretamente classificado nas DC e se as
divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas;
- estudar e avaliar o controle interno existente para esses bens.

Com base nesses objetivos, são ações mais comuns:


- avaliação dos bens, inclusive correção;
- existência, propriedade e posse;
- eventual ônus sobre os bens;
- critérios e extensão das depreciações e amortizações.

Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à


auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a
checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis
e da documentação comprobatória.

2.6 Fornecedores

Da mesma forma que nas Contas a Receber, o grupo Contas a Pagar


engloba um conjunto de obrigações, como as obrigações com
fornecedores, as obrigações trabalhistas, empréstimos,
financiamentos, etc., de curto ou de longo prazo, ou seja, podem ser
classificadas tanto no Passivo Circulante (PC) como no Passivo Não
Circulante (PNC).

Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com


fornecedores. A conta fornecedores (componente do “contas a pagar”)
representa uma obrigação da empresa auditada, uma dívida com
fornecedores, devida às aquisições de bens ou serviços, e deve ser
reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou quando
o ativo passa para sua propriedade.

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Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas


contas a receber, e podem ser identificados da seguinte forma:
- Inspeção física;
- Circularização;
- Recálculo;
- Investigação.

Em relação à circularização, da mesma forma que na auditoria do


”contas a receber”, no caso de “fornecedores”, é o procedimento mais
importante, com a seguinte observação encontrada na obra de Ribeiro e
Ribeiro (2012): “Em relação à circularização, nesse caso, nas cartas
enviadas aos fornecedores, não constam valores, pois é o fornecedor
quem informa o valor da dívida da auditada”.

Nesse caso, a experiência demonstra ser a circularização mais eficiente,


pois o credor tem maior interesse em demonstrar seu crédito ou
apontar irregularidades, sendo de grande importância na detecção de
omissão de passivos.

Segue um quadro adaptado de enumeração constante da obra de Attie


(2010)8, no qual o autor ilustra alguns dos principais procedimentos
que poderão ser utilizados nos trabalhos de auditoria do Passivo:

Procedimento Aplicação
- Contagem das contas a pagar
Exame físico (inspeção)
- Contagem dos títulos a pagar
- Dos fornecedores
Circularização (confirmação) - Dos empréstimos a pagar
- Das contas a pagar
- Exame documental das faturas /
notas fiscais
- Exame documental dos contratos de
Inspeção de documentos empréstimos
- exame das atas e assembleias
-Exame documental das guias de
recolhimento de impostos
- Dos impostos a pagar
- Dos juros a pagar
Cálculo (recálculo) - Da composição dos fornecedores
- Das provisões de férias, 13º salário
- Dos royalties a pagar

8
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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- Classificação adequada das contas


Observação - Observação aos princípios de contabilidade
- Observação de ativos dados em garantia

Fonte: Attie (Atlas, 2010, p. 455 e 456)

2.7 Contingências

De acordo com a orientação IBRACON9 (Instituto dos Auditores


Independentes do Brasil) referente às contingências, a circularização dos
advogados é uma forma de o auditor obter confirmação independente das
informações fornecidas pela administração, referentes a situações
relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias.

As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a


administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização
e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das contingências
(ativas ou passivas).

A extensão da selação dos advogados a serem circularizados depende do


julgamento profissional do auditor, que deve levar em consideração:

- a estrutura de controles internos da empresa;


- a natureza e a relevância dos assuntos envolvidos.

Ao final o auditor deve avaliar todas as circunstâncias e as evidências


obtidas durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para
passivos não registrados e contingências para formar o seu julgamento
quanto à adequação às práticas contábeis adotadas na elaboração e na
apresentação das DC.

2.8 Seguros

De acordo com Franco e Marra (2011), para verificação deste item, além
do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a circularização,
com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os
ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos
de seguros para contingências.

2.9 Folha de pagamentos (salários a pagar)

De acordo com Franco e Marra (2011), os procedimentos são orientados


sobre a razoabilidade do saldo final a pagar. Para tanto, se deve

9
http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/

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pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar possíveis


lançamentos extraordinários. O confronto das folhas de pagamento, se
demonstrar regularidade, é um bom elemento de convicção.

Almeida (2010) sugere as seguintes ações:


- análise de composição do saldo da conta;
- conferência do valor da análise com a respectiva conta do razão da
contabilidade;
- verificação de que não existam itens antigos ou anormais na análise;
- confrontação dos valores com a folha de pagamentos.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

7. (FEPESE/SEFAZ-SC/2010) Na época da auditoria da conta de


estoques de uma concessionária de revenda de veículos, no grupo
circulante, a auditoria observou que um veículo adquirido para
uso foi contabilizado como estoque para revenda. Assinale a
alternativa correta sobre a direção do teste mais adequado
associado à situação exposta.
a) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
superavaliação de outra conta do ativo.
b) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de outra conta do ativo.
c) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de despesa.
d) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de despesa.
e) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de outra conta do ativo.
Comentários:
No caso concreto apresentado pela questão, o veículo foi
contabilizado como estoque para revenda, mas deveria ter sido
contabilizado como imobilizado.
Esse erro trouxe duas consequências: uma subavaliação do
imobilizado e uma superavaliação do ativo circulante.
Com isso, o ideal seria que fosse aplicado o teste principal para a
superavaliação de um ativo (circulante) e o teste secundário para a
subavaliação de outra conta de ativo (imobilizado).
Gabarito: E

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8. (FEPESE/SEFAZ-SC/2010) No teste das conciliações bancárias


o que se espera obter?
1. As transações registradas pelo banco.
2. As transações registradas pela empresa.
3. As transações não registradas pela empresa.
4. As transações não registradas pelo banco.
Assinale a alternativa que indica todos os itens que
respondem corretamente a pergunta.
a) Apenas o item 2.
b) Apenas os itens 1 e 3.
c) Apenas os itens 2 e 4.
d) Os itens 1 e 2 mais item 4.
e) Os itens 1 e 3 mais itens 2 e 4.
Comentários:
A verificação dos saldos bancários é feita, normalmente, por meio
de circularização aos bancos e de conferência dos extratos
bancários, após a resposta. Neste caso, os procedimentos finais de
auditoria concentram-se nas conciliações bancárias.
Na conciliação bancárias, verifica-se a contabilização realizada
pela empresa, comparando-se com os registros efetuados pelos
bancos.
Ou seja, para atender a esse critério, os itens 1 e 3 (transações
registradas pelo banco e não registradas pela empresa), mais os itens 2 e
4 (transações registradas pela empresa, mas não registradas pelo banco).
Gabarito: E

9. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) Um auditor precisa avaliar os


estoques de entidade auditada. As opções a seguir apresentam
possíveis procedimentos de auditoria para lidar com riscos
avaliados de distorção relevante decorrente de fraude em relação
à quantidade do estoque, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Examinar os registros de estoque da entidade, identificando os locais
que exigem atenção específica durante ou após a contagem física do
estoque.
(B) Realizar contagens físicas de estoque em datas pré-agendadas e
traçar um cronograma escalonado para contagens físicas de estoques em
diferentes localidades.
(C) Conduzir contagens de estoque no fim ou perto do fim do período de
reporte.
(D) Executar procedimentos adicionais durante a observação da contagem
física de estoques, como examinar mais rigorosamente o conteúdo de
itens encaixotados.
(E) Comparar as quantidades para o período corrente com períodos
anteriores por classe ou categoria de estoque, local ou outros critérios, ou
comparação de quantidades contadas com registros de estoques.

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Comentários:
Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a
inspeção física (verificação da existência física) e os testes de
avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques).
Essas inspeções físicas devem ser realizadas sem aviso prévio, pois
do contrário, o responsável por eventual fraude pode transferir ativos
físicos de uma localidade para outra, a fim de que as quantidades
previstas sejam as mesmas encontradas pelo auditor.
Assim, a alternativa C está incorreta, por considerar um pré
agendamento e um cronograma de inspeção nas diversas localidades.
Gabarito: B

10. (CESPE/DPU/2016) Acerca dos procedimentos e testes de


auditoria no setor público, julgue os seguintes itens. As normas de
auditoria do Poder Executivo federal preveem procedimento de
auditoria, por meio de inspeção, para avaliar a qualidade e a
quantidade dos bens tangíveis e intangíveis dos órgãos públicos.
Comentários:
Dentre as técnicas de auditoria previstas na IN SFC/MF nº 01/200,
podemos destacar a Inspeção Física, que é o exame usado para testar a
efetividade dos controles, particularmente daqueles relativos à segurança
de quantidades físicas ou qualidade de bens tangíveis.
Ou seja, a evidência é coletada sobre itens tangíveis.
Gabarito: E

11. (FGV/SEAD-AP/2010) Assinale a alternativa que indique os


procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para
Devedores Duvidosos.
a) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e
recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante
circularização.
b) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do
valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base
para fixação dos critérios de cálculo.
c) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos
valores lançados nos investimentos.
d) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação
e amortização acumulada.
e) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por
meio de circularização de informações financeiras.
Comentários:
Segundo Crepaldi (2010), os procedimentos de auditoria usados no
exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte maneira:
- coleta e exame de evidências externas;
- exame de evidências internas da firma;

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- procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e


Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.
Quanto ao procedimento mais adequado a cada caso, o auditor tem
a liberdade de escolher o que entender melhor.
Nesse sentido, todos os procedimentos citados nas alternativas
poderiam ser aplicados, embora o mais adequado fosse o exposto na
alternativa B, por comparar os critérios de fixação com a correção dos
valores efetivamente destinados à provisão.
Gabarito: B

12. (FGV/ANA/2009) Um objetivo comum no exame de qualquer


tipo de ativo é a verificação de que os valores representados são
exatos. Esse objetivo está diretamente ligado à:
a) determinação qualitativa do bem.
b) determinação dos riscos relacionados a esse bem.
c) determinação do objeto de auditoria
d) determinação da existência quantitativa do bem.
e) determinação da amostra para fins de inspeção física.
Comentários:
Para a verificação dos valores referentes aos ativos, é essencial que
se estabeleça a quantidade de unidades desses ativos, ou seja, que se
determine a existência quantitativa do bem.
Gabarito: D

13. (FGV/ALSEN/2008) Na empresa é necessário que,


periodicamente, os ativos sob a responsabilidade de empregados,
sejam confrontados com os registros da contabilidade, com o
objetivo de detectar desfalques ou registro inadequado de ativos.
Não é exemplo desse confronto:
a) contagem de caixa com o saldo do razão geral.
b) contagem física de títulos com o saldo da conta de investimentos.
c) saldo da conta corrente bancária com o saldo do extrato enviado pelo
banco.
d) inventário físico dos bens em estoque com o razão geral da respectiva
conta.
e) inventário do ativo imobilizado com o saldo das vendas efetuadas.
Comentários:
Não há relação direta entre o ativo imobilizado e o saldo das vendas
efetuadas, motivo pelo qual a alternativa E não traz um exemplo de
confronto de ativos sob a responsabilidade de empregados com seus
respectivos registros.
Gabarito: E

14. (UFG/CELG-GT-Contador/2014) Conforme a NBC TA 520, se os


controles sobre o processamento de pedidos de venda são

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deficientes, o auditor pode confiar mais em testes de detalhes do


que em procedimentos analíticos substantivos para afirmações
relacionadas com
A) vendas a prazo.
B) contas a receber.
C) custo da venda.
D) receita de venda.
E) estoques disponíveis.
Comentários:
Questão literal da NBC TA 520, que trata dos Procedimentos
Analíticos. Segundo a norma:
“A9. A determinação da adequação de procedimentos analíticos
substantivos específicos é influenciada pela natureza da afirmação e pela
avaliação do auditor sobre o risco de distorção relevante. Por exemplo, se
os controles sobre o processamento de pedidos de venda são deficientes,
o auditor pode confiar mais em testes de detalhes do que em
procedimentos analíticos substantivos para afirmações relacionadas com
as contas a receber.” (grifei)
O que o item 19 deixa claro é muito simples: o que determina quais
testes serão aplicados é a natureza da afirmação e a avaliação do auditor.
Se o risco de distorção relevante se concentra nos pedidos de venda, o
auditor pode optar pelos testes de detalhes (de classes de transações, de
saldos de contas e de divulgações) e não procedimentos analíticos
substantivos. A conta referente a essa avaliação é denominada “contas a
receber”.
Gabarito: B

15. (UFGUFG-Contador2008) A contagem física e uma técnica


utilizada pelos auditores nos seus trabalhos. Estão sujeitos a
contagem física:
A) títulos (ações e títulos de aplicação financeira).
B) empréstimos em poder de terceiros.
C) estoques em poder de terceiros.
D) recursos em conta corrente bancária.
Comentários:
Das alternativas apresentadas na questão, apenas os títulos podem
estar sujeitos à contagem física, por suas próprias características.
Os estoques até poderiam ser contados (o que é bastante comum),
desde que estivessem em poder da empresa auditada.
Gabarito: A

16. (UFGUFG-Contador2008) A auditoria de Caixa e Bancos exige


um maior volume de testes, visto que são os ativos mais sujeitos a
utilização indevida. A técnica de auditoria para a confirmação da
existência e do saldo da conta Caixa e a contagem física. Para a

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conta Bancos, a técnica a ser utilizada e:


A) carta de confirmação
B) conciliação bancária
C) rastreamento de valores
D) correlação das informações
Comentários:
A carta de confirmação (ou confirmação externa) é a técnica de
auditoria que consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos
alegados pela entidade; no planejamento dos trabalhos, a equipe deve
considerar as partes externas que podem ser circularizadas e os objetivos
de fiscalização que poderão ser satisfeitos pela circularização.
A confirmação com terceiros é utilizada principalmente para testar
as seguintes contas: bancos, clientes, fornecedores (contas a pagar),
advogados.
Gabarito: A

17. (UFGIFDF-Contador2007) O procedimento técnico de


circularização e aplicável no exame de auditoria referente a
A) contas a pagar.
B) inventário físico.
C) reavaliação de ativos.
D) reversão de reservas.
Comentários:
A confirmação com terceiros é utilizada principalmente para testar
as seguintes contas: bancos, clientes, fornecedores (contas a pagar),
advogados.
Gabarito: A

18. (UFGPref. Goiânia2007) Entre os procedimentos de auditoria


de estoques, além do exame contábil, o auditor deve acompanhar
o inventário f̀sico-quantitativo para verificar se
A) os valores demonstrados como estoques estão adequadamente
calculados.
B) o custo para a realização do inventário não onera significativamente o
resultado do período examinado.
C) as instruções emitidas para a tomada do inventário estão sendo
cumpridas.
D) os materiais da empresa auditada, em poder de terceiros, esta em
locais visíveis e separados.
Comentários:
Algumas atividades de controle podem ter efeito específico sobre
uma afirmação individual incorporada em classe específica de transações
ou saldo de conta.
De acordo com o item A130 da NBC TA 315, por exemplo, “as
atividades de controle que a entidade estabeleceu para assegurar que o

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seu pessoal esteja contando e registrando o inventário físico anual


relaciona-se diretamente com a existência e integridade das afirmações
para o saldo da conta de estoque.”
Gabarito: C

19. (FCC/Sefaz-PE/2014) Na realização de auditoria das Contas a


Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração
não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação
externa de saldos, para obtenção de evidência de auditoria.
Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de
auditoria, deve o auditor:
a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a
confirmação dos saldos das duplicatas a receber junto aos devedores;
b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter
evidência de auditoria relevante e confiável;
c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à
solicitação de confirmação externa não foi realizado;
d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando
providências para obtenção das informações desejadas;
e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações
de confirmações externas não foi executado.
Comentários:
A confirmação externa, também chamada de Circularização, deve
ser autorizada pela empresa auditada. Caso o auditor seja impedido de
utilizar esse procedimento, deverá, conforme NBC TA 505:
a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar
evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade;
b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do
auditor dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o
risco de fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros
procedimentos de auditoria; e
c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter
evidência de auditoria relevante e confiável.
Gabarito: B

20. (FCC/TCE-PI/2014) A equipe técnica de um determinado


Tribunal de Contas deseja confirmar a correção do montante a
pagar, registrado no Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de
2013, ao fornecedor de gêneros alimentícios em uma das
Prefeituras sujeitas à sua fiscalização. A técnica de auditoria a ser
aplicada para obter esta confirmação denomina-se:
a) confirmação;
b) circularização;
c) investigação;
d) análise documental;

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e) revisão analítica.
Comentários:
A conta Fornecedores, assim como a conta Clientes, Bancos e
Advogados são as principais contas em que se utiliza a técnica de
circularização, também chamada de Confirmação Externa.
Gabarito: B

21. (Fundatec/Cage-RS/2014) Considere as informações abaixo.


Eventos:
• Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor,
efetuado por meio de cheque no valor de R$ 57.000,00.
• Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$
72.000,00, acrescido de juros por atraso de 2%.
• Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$
21.900,00.
• Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$
51.000,00.
O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa
auditada. Considerando que nessa data o saldo anterior existente
era de R$ 133.000,00, e, levando em consideração os eventos
após a contagem, o correto valor do saldo final do caixa da
empresa é de:
a) R$ 76.540,00;
b) R$ 43.540,00;
c) R$ 133.540,00;
d) R$ 190.540,00;
e) R$ 234.340,00.
Comentários:
A questão trata de conciliação. O caixa possuia R$ 133.000,00. O
primeiro evento não influencia o caixa, pois foi pago em cheque. O
segundo evento implica um aumento no caixa de R$ 73.440,00. O
terceiro evento implica uma diminuição de R$ 21.900,00 e o quarto, uma
redução de R$ 51.000,00.
Dessa forma, 133.000 + 73.440 – 21900 – 51000 = R$
133.540,00.
Gabarito: C

22. (FCC/TRT-18/2013) A técnica que possibilita ao auditor formar


opinião quanto à existência física do objeto ou item a ser
examinado, por exemplo, estoques, é:
a) a auditoria direta;
b) a confirmação externa;
c) o rastreamento;
d) a análise documental;
e) a inspeção física.

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Comentários:
Sempre que a questão falar em comprovação da existência física de
determinado objeto ou item, a técnica que deverá ser usada pelo auditor
é a inspeção física.
Auditoria direta não é técnica de auditoria e sim forma de auditoria.
As outras alternativas, embora técnicas de auditoria, não dão ao auditor a
confirmação da existência física do objeto.
Gabarito: E

23. (FCC/DPE-SP/2013) A contagem de caixa e a comparação com


o saldo final no livro razão, é exemplo de:
a) mecanismo de avaliação econômica de ativos;
b) confronto dos ativos com os seus registros;
c) teste de cumprimento de normas internas;
d) controle de procedimentos de avaliação;
e) mecanismo de avaliação de rotinas.
Comentários:
Técnica bastante utilizada para contagem de caixa. O auditor faz a
contagem e compara com o que foi registrado no livro razão. Esse é um
exemplo de confronto de ativos com registros.
Gabarito: B

24. (CESPE/TCU/2013) O auditor constata que uma conciliação


bancária preparada pelo auditado está correta se, a partir do saldo
presente nos livros contábeis, chega ao saldo do extrato bancário
mediante a soma dos depósitos em trânsito e dos cheques sem
fundos e a subtração dos cheques ainda não descontados.
Comentários:
Em uma conciliação bancária, para se chegar ao saldo do extrato
bancário deve-se partir do saldo presente nos livros contábeis e
DIMINUIR os depósitos em trânsito, pois estes ainda não ingressaram na
conta bancária. Já os cheques ainda não descontados devem ser
SOMADOS, pelo mesmo motivo (ainda não foram apresentados ao
banco).
Gabarito: E

25. (FGV/SEFAZ-RJ/2009) O contador da Cia. Quartzo Rosa


incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita
de juros sobre o investimento em debêntures, deixando de
contabilizar a receita de juros no ano corrente. Antes que
qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:
A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.

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D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.


E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio
líquido.
Comentários:
Como a apropriação da receitas de juros sobre o investimento em
debêntures10 não foi reconhecida, uma conta do ativo será subavaliada
(Juros a Receber).
Como vimos, um fato traz reflexos na contrapartida, e nesse caso, a
conta de contrapartida é uma conta de resultado (receitas financeiras).
Isso trará uma subavaliação do resultado (lucro líquido) e,
consequentemente, do PL, tudo no sentido da subavaliação.
Dessa forma, podemos concluir que ocorrerá uma subavalição do
ativo, do lucro líquido e do PL.
Gabarito: A

26. (ESAF/Pref. Natal-RN/2001) O sócio-diretor pagou diversos


compromissos pessoais com recursos financeiros da empresa e
determinou que tais valores fossem contabilizados como
duplicatas a receber de um determinado cliente. A situação
descrita caracteriza-se como:
A) Ativo fictício
B) Ativo oculto
C) Passivo fictício
D) Passivo oculto
E) Ativo intangível
Comentários:
Para esconder a atitude desonesta de utilizar recursos da empresa
para honrar compromissos pessoais, o sócio-diretor criou um ativo fictício
(valores inexistentes em duplicatas a receber).
Gabarito: A

27. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Séria Ltda. está


adquirindo terreno para construção de sua sede. No processo de
aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área
ocupada por empresa que produzia produtos poluentes, solicitou
que fossem feitos exames do solo, os quais evidenciaram a
contaminação. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo
de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não foram encontrados
registros de provisões ou reservas para o fato, evidenciando para
o auditor um:
a) ativo fictício.
10
Debênture é um título de dívida, de médio e longo prazo, que confere a seu detentor
um direito de crédito contra a companhia emissora. Quem investe em debêntures se
torna credor dessas companhias. http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/renda-fixa/o-
que-sao-debentures.aspx?idioma=pt-br

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b) ativo oculto.
c) passivo fictício.
d) passivo oculto.
e) omissão de receita.
Comentários:
Se um passivo não foi reconhecido, como nos apresenta o caso
concreto da questão, temos um passivo oculto. Questão bastante simples.
Gabarito: D

28. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) A inspeção física, por meio da


contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria
aplicável à verificação em conta do:
A) Ativo Circulante.
B) Ativo Realizável a Longo Prazo.
C) Ativo Permanente.
D) Passivo Circulante.
E) Patrimônio Líquido.
Comentários:
Questão bastante simples, pois acabamos de ver que a conta caixa
e bancos é normalmente verificada por meio do procedimento da inspeção
física, e pertence ao Ativo Circulante.
Gabarito: A

29. (ESAF/Pref. Natal-RN/2001) No encerramento do exercício


social, o balanço patrimonial apresentava a rubrica contábil
"Caixa" com saldo credor. Indique a opção que pode justificar
essa situação.
A) pagamentos a fornecedores não contabilizados
B) empréstimos concedidos não contabilizados
C) recebimentos de numerários não contabilizados
D) adiantamentos recebidos de clientes
E) compras a prazo canceladas
Comentários:
O saldo credor na conta caixa também é conhecido por “estouro de
caixa”, e indica que a natureza da conta está sendo contariada. Em
situações normais, a conta caixa não apresenta saldo credor, pois
estaríamos admitindo que foram realizados pagamentos superiores aos
recursos disponíveis, ou inclusão de numerário sem a devida
contabilização.
No estouro de caixa, a saída dos recursos foi contabilizada, o que
elimina, de imediato, as alternativas A e B.
A alternativa C é coerente com o alegado, e é o gabarito da
questão.
A alternativa D está incorreta, pois o adiantamento de clientes não
caracteriza a utilização de numerário não contabilizado ou receita omitida.

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A alternativa E está incorreta, pois o cancelamento das compra a


prazo não implica em pagamentos pela empresa, ou numerário não
contabilizado.
Gabarito: C

30. (ESAF/Pref. Niterói-RJ/1999) Os testes principais de auditoria


dirigidos para os saldos da conta CAIXA são, respectivamente:
A) superavaliação e confirmação de saldos
B) subavaliação e inspeção física
C) superavaliação e inspeção documental
D) subavaliação e inspeção documental
E) superavaliação e inspeção física
Comentários:
Como vimos, os testes de auditoria são dirigidos para
superavaliação, e o principal objetivo é verificar a existência do
ativo. Essa verificação da existência é realizada por meio da inspeção
física.
Gabarito: E

31. (ESAF/AFRF/1998) Assinale a opção abaixo que não


corresponde a um procedimento geralmente empregado na
auditoria das disponibilidades financeiras das entidades.
A) confirmação de assinaturas autorizada
B) análise do fluxo de caixa projetado
C) contagem de fundo fixo de caix
D) confirmação de contas bancárias paralisada
E) exame documental dos avisos bancários
Comentários:
A auditoria das disponibilidades é a aplicação de procedimentos em
relação à conta caixa e bancos. Das alternativas apresentadas, a única
que não se relaciona com esse trabalho é a de letra B, tendo em vista que
o objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se
comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em
determinado período, podendo ser projetado a curto ou a longo prazo. Ou
seja, trata do futuro, e não dos valores existentes no presente.
Gabarito: B

32. (ESAF/AFRF/2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de


seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil de
seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10
salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para
devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o
auditor deve
A) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando
quanto à posição em atraso e suas justificativas.

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B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da


empresa e tirar suas conclusões pessoais.
C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas
vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas.
D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as
perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.
E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas
prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois o custo x benefício da
circularização de um percentual “significativo” de 5 mil clientes seria
muito baixo.
A alternativa B está incorreta, pelo mesmo motivo (baixo custo x
benefício), já que o auditor teria que analisar cada uma das 5 mil
carteiras.
A alternativa C é a melhor opção, e é o gabarito da questão, como
vimos há pouco, facilitada pela solicitação do mapa demonstrativo de
contas a receber por idade de recebimento.
A alternativa D está incorreta, pois a banca inseriu uma informação
não constante da questão, o que não é comum (perdas efetivas do setor
variam de 5 a 10 % das vendas), e não podemos chegar a conclusões
sem a informação disponível.
A alternativa E está incorreta, pois não cumpriria o pedido da
questão, qual seja, a análise da constituição do PDD.
Gabarito: C

33. (ESAF/INSS/2002) Assinale a opção em que o procedimento


de revisão analítica não está associado a clientes.
A) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por
produto.
B) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes
individualmente.
C) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.
D) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos
fornecedores.
E) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes
especiais.
Comentários:
Questão que deve ser lida com atenção. Das alternativas
apresentadas, a única que não diz respeito à conta clientes, em referência
ao procedimento de revisão analítica é a letra D, pois está relacionada aos
preços de compra de produtos pela empresa auditada (conta
fornecedores), e não aos produtos vendidos (conta clientes). As demais
alternativas citam as informações “vendas” ou “clientes”.
Gabarito: D

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34. (ESAF/INSS/2002) A circularização é um procedimento de


auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma:
A) os cálculos efetuados pelo auditor.
B) a existência física do bem da empresa.
C) a existência física do documento gerador do fato.
D) a existência de duplicatas descontadas.
E) o saldo apresentado pela empresa no cliente.
Comentários:
Confirmação externa é um dos mais importantes procedimentos de
auditoria, e é particularmente utilizado na verificação da conta clientes.
A alternativa D poderia trazer alguma dúvida aos candidatos, mas
as duplicatas estariam relacionadas às contas a receber caso estivessem
na situação “duplicatas e receber”.
Gabarito: E

35. (ESAF/AFRFB/2002) Quando a administração de uma entidade


solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam
diretamente aos seus auditores independentes, caso não concorde
com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-
se uma circularização:
A) branca
B) preta
C) positiva
D) negativa
E) atestatória
Comentários:
Como vimos, o pedido de confirmação negativo é utilizado quando
a resposta for necessária em caso de discordância da pessoa de
quem se quer obter a confirmação, ou seja, na falta de confirmação, o
auditor entende que a pessoa concorda com os valores colocados no
pedido de confirmação.
Gabarito: D

36. (ESAF/SERPRO/2001)O auditor normalmente deve planejar


obter confirmações diretas das contas a receber. Todavia, quando
os devedores não responderem a uma confirmação da forma
denominada "positiva", o auditor deve:
A) aplicar procedimentos alternativos.
B) solicitar confirmação na forma "negativa".
C) solicitar confirmação em data posterior.
D) aplicar procedimentos de controle.
E) emitir parecer com ressalva.
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Uma solução para a ausência de resposta a um pedido de


confirmação positiva, segundo Almeida (2010) é a aplicação de alguns
procedimentos alternativos:
- inspeção de pedido de venda e nota fiscal;
- exame de comprovante de embarque, com atenção para as datas;
- verificação do recebimento subsequente, por meio da inspeção de
recibos, avisos bancários comprovantes de depósitos.
Gabarito: A

37. (ESAF/AFRFB/2009) A auditoria externa realizou na empresa


Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para
verificar se apresentava índice correspondente às operações
praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico
corresponde a:
A) inspeção.
B) revisão analítica.
C) investigação.
D) observação.
E) confronto.
Comentários:
Vimos na última aula que o procedimento de revisão analítica
objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com
vistas à identificação de situações ou tendências atípicas.
Dessa forma, a alternativa que atende ao pedido é a de letra B.
Gabarito: B

38. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Grande Porte S.A. tem


o seu Ativo formado em 15% pelo Contas a Receber e 35%
composto pelos Estoques. Dessa forma, a auditoria contratada, ao
realizar seus serviços, deve:
A) proceder à conferência de 100% do faturamento e realizar inventário
físico na empresa, para confirmar a existência dos estoques.
B) ressalvar em parecer o Contas a Receber por não ser possível auditar
por amostragem e recalcular a apropriação dos custos.
C) realizar o procedimento de circularização para confirmação dos saldos
de contas a receber e acompanhar o inventário físico realizado pela
entidade.
D) confrontar com os fornecedores o saldo de contas a receber e
determinar a realização de inventário físico pela empresa.
E) validar a existência de todos os clientes, mediante verificação do
cadastro de clientes da empresa e realizar com sua equipe técnica,
inventário físico para confirmação dos Estoques.
Comentários:

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Sobre o contas a receber (clientes), já vimos que o auditor, em


vista da materialidade dos valores envolvidos (15%) e pelas
características da conta clientes, deverá utilizar o procedimento da
circularização para confirmação dos saldos de contas a receber. Sobre o
procedimento na auditoria dos estoques, a verificação da existência física
ocorre por meio da observação e da contagem física, confrontando os
resultados com os registros contábeis.
Assim, podemos concluir que a alternativa que atende ao pedido é a
de letra C.
A alternativa A está incorreta, pois a conferência da totalidade do
faturamente pode não trazer uma boa relação entre custo e benefício,
ainda mais com valores tão representativos. Nesse caso, seria desejável a
utilização de amostragem.
A alternativa B está incorreta, pois é possível a utilização de
amostragem ao contrário do que se afirma.
A alternativa D está incorreta, pois contas a receber se relacionam
aos clientes, e não aos fornecedores da empresa.
A alternativa E está incorreta, pois a validação da existência dos
clientes, sem referência aos valores, não atenderia às necessidades da
auditoria.
Gabarito: C

39. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Celta S.A. apresentou


um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade instalada. Seu
gestor, com o objetivo de apresentar resultados mais condizentes
com a performance de seus negócios, decidiu reter essa
ociosidade no processo produtivo, dimensionando esses valores e
mantendo-os nos estoques. O auditor, ao realizar os testes nas
contas de estoques, deve concluir que o saldo da conta:
A) Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no sistema de
custeio reconhecer a ociosidade.
B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter
reconhecido mais custos do que deveria apropriar aos resultados.
C) Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropriado aos
custos dos produtos.
D) Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais
depreciação em função da ociosidade.
E) Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a ociosidade
pode ser retida nos custos.
Comentários:
De acordo com Attie (2010) em períodos de baixa produtividade, o
custo de ociosidade será apurado e levado ao resultado em rubrica
específica. Isso porque os custos referentes à ociosidade compõem o
estoque, já que, por exemplo, um custo de depreciação das máquinas vai

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ocorrer, mesmo no caso da questão, onde estas operam apenas com 70%
de sua capacidade.
Assim, podemos concluir que a ociosidade pode ser retida nos
custos, tornando a alternativa E correta.
A alternativa A está incorreta, por contrariar a informação
apresentada acima.
As alternativas B, C e D estão incorretas, por não se referirem à
manutenção da ociosidade nos estoques, como afirma a questão.
Gabarito: E

40. (ESAF/AFRF/2005) Os procedimentos de controles internos


têm sido fundamentais na prevenção e inibição de desvios,
identificação de erros nos processos contábeis e deterioração ou
perdas dos ativos das empresas. Identifique a seguir o
procedimento relativo ao controle dos estoques.
A) Limites de alçada escalonados de acordo com os cargos para
aprovação de vendas.
B) Segregação de funções do departamento de contas a pagar e do gestor
financeiro.
C) Restrições de acesso aos ativos da empresa realizando movimentações
via requisições.
D) Circularização semestral de fornecedores de ativos para confirmação
dos saldos.
E) Inventário físico dos bens patrimoniais da empresa pelo menos uma
vez ao ano.
Comentários:
Das alternativas apresentadas, a única que efetivamente
possibilitaria o controle dos estoques é a de letra C, com a exigência de
que as movimentações de materiais do estoque somente possam ser
realizadas por meio de requisições formais.
Uma observação importante é quanto à definição de limite de
alçada, que nada mais é do que o valor permitidos a cada nível
hierárquico para a aprovação de certas operações.
Outra observação diz respeito à alternativa E, que não teria um
efeito tão preventivo, sendo mais utilizado para a detecção de distorções
do que para inibir futuras ações fraudulentas.
Gabarito: C

41. (ESAF/AFRF/2002) Durante o acompanhamento de um


inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off
para:
A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem
como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do
inventário.

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B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados


estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa.
C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três
últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário.
D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a
contagem de estoques são adequados às práticas usuais.
E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão
suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.
Comentários:
O corte das operações (cut-off), de acordo com Franco e Marra
(2011), consiste em determinar o momento em que os registros contábeis
auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o
levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele
momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído.
Assim, a alternativa correta é a de letra A.
Atenção para a alternativa C, que prevê a determinação do
momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de
mercadorias ocorreram durante o inventário, quando o previsto é que
sejam determinados o momento da última compra e da última venda.
Gabarito: A

O corte das operações (cut-off) consiste em determinar o


momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os
documentos a ele relacionados, refletem o levantamento do
inventário.

42. (ESAF/INSS/2002) Assinale a opção que não corresponde ao


fator de risco inerente em estoques.
A) Flutuações significativas nos preços de materiais.
B) Alterações significativas nos níveis de produção.
C) Variação no custo-padrão é relevante.
D) Processo de produção envolve várias etapas complexas.
E) Análise de composição de estoques.
Comentários:
Estudamos risco em aulas passadas. Risco inerente é aquele que
existirá na atividade, independentemente da existência de controles
internos eficientes ou de um trabalho de auditoria realizado com correção.
É o risco próprio da atividade, nesse caso da questão, de estoques.

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As alternativas A, B, C e D correspondem a riscos aos quais os


estoques estão sujeitos, independentemente de existirem controles
adequados.
A alternativa E, por sua vez, não chega a ser considerada como
risco do estoque, já que se traduz em simples análise do material que o
compõe, o que a torna o gabarito da questão.
Gabarito: E

43. (ESAF/SFC/2001) No acompanhamento dos inventários físicos


de estoques de materiais, o auditor observou a existência de
diversos itens obsoletos. Qual procedimento deve adotar?
A) Propor a imediata baixa dos estoques para despesas não-operacionais.
B) Propor reclassificação dos itens para outros valores a receber.
C) Propor a imediata baixa dos estoques para o custo dos produtos
vendidos.
D) Propor a constituição de provisão para perdas em estoques.
E) Propor a constituição de provisão de créditos de liquidação duvidosa.
Comentários:
Vimos que um dos objetivos da auditoria em estoques é a
determinação da possibilidade de venda do estoque existente, atentando
para indícios, tais como mercadoria danificada, itens obsoletos, etc.
No caso de identificação de itens obsoletos, a atitude correta seria a
constituição de provisão para perdas em estoques, pois a possibilidade de
venda de materiais obsoletos ou danificados é pequena, e a tendência é
que os valores dos mesmos sejam perdidos pela empresa.
Gabarito: D

44. (ESAF/AFRF/2001) A confirmação, por escrito, de um


fornecedor que mantém estoques da empresa auditada em seu
poder na data-base do balanço:
A) É um procedimento usual de auditoria independente das
demonstrações contábeis
B) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e
existência do ativo
C) É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de
estoques
D) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física
no local
E) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas
explicativas.
Comentários:
A confirmação é amplamente utilizada na auditoria independente
das demonstrações contábeis, tanto em relação aos fornecedores quanto
aos estoques da empresa auditada. Das alternativas apresentadas, a
única que nos remete à realidade é a de letra A, pois esse tipo de

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procedimento é realmente usual nas Auditorias Independentes das


Demonstrações Contábeis.
Além disso, na questão, aceitar que é uma prática irregular levaria o
candidato a quatro possíveis respostas: B, C, D e E.
Gabarito: A

45. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) No processo de acompanhamento


do inventário físico de estoques de matéria-prima, o auditor
constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não
constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste
caso, o auditor pode ter descoberto
A) ativos e passivos fictícios
B) ativos e passivos ocultos
C) ativos ocultos e passivos fictícios
D) ativos fictícios e passivos ocultos
E) ativos obsoletos e passivos a descoberto
Comentários:
A alternativa A e D estão incorretas, pois na realidade há mais
ativos do que registros, o que inviabiliza a existência de ativos fictícios.
A alternativa B está correta, pois faltam registros de ativos (ativos
ocultos), e, consequentemente, em virtude do Método das Partidas
Dobradas, é possível que existam obrigações com fornecedores (dívidas)
não registradas (passivos ocultos).
A alternativa C está incorreta, pois não há possibilidade de passivo
fictício, como vimos.
A alternativa E está incorreta, pois não há referência a
obsolescência de ativos no enunciado, nem indícios de passivo a
descoberto.
Gabarito: B

46. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) O auditor externo, ao auditar


entidade que controle outras empresas e que registre seus
investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem
responsabilidade sobre
A) as demonstrações contábeis das controladas que serviram de base
para cálculo da equivalência patrimonial.
B) o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos
das entidades controladas.
C) a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas no
Patrimônio Líquido da Controladora.
D) os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por
outros auditores independentes.
E) a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e registrada
no Patrimônio Líquido da Controlada.
Comentários:

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A meu ver, essa questão deveria ter sido anulada, pois o auditor
não tem responsabilidade sobre a apresentação da reserva de reavaliação
efetuada nas controladas no Patrimônio Líquido da Controladora, ou de
qualquer saldo das DC, mas apenas em relação a sua opinião.
De qualquer modo, como o candidato deve escolher a opção que
atenda ao pedido da melhor forma possível, o gabarito da questão (C) é a
única alternativa que se refere à controladora, já que as demais estão de
acordo com as controladas, que não são de responsabilidade do auditor.
Gabarito: C

47. (ESAF/AFRFB/2001) A empresa auditada possui investimento


permanente relevante em subsidiária integral. O principal
procedimento de auditoria aplicável é:
A) acompanhamento de inventário físico das cautelas de ações
B) conferência do cálculo da correção monetária integral
C) confirmação dos investimentos através de circularizações
D) conferência do cálculo de equivalência patrimonial
E) exame dos subsídios recebidos para investimentos
Comentários:
Como vimos, um dos principais procedimentos utilizados são, de
acordo com a obra de Franco e Marra (2011), as avaliações dos
investimentos em coligadas e controladas (investimento relevante), que
deve ser feito por meio do Método de Equivalência Patrimonial, por
determinação legal.
Gabarito: D

48. (ESAF/AFRFB/1998) Os procedimentos de auditoria de


conferência de cálculo da equivalência patrimonial aplicam-se às
contas contábeis que registram
A) capital social subscrito e integralizado
B) investimentos permanentes relevantes em controladas
C) capital social subscrito e a subscrever
D) importação de bens do imobilizado em andamento
E) investimentos temporários em ações de empresas
Comentários:
Na auditoria das Participações Permanentes em Outras Sociedades,
os procedimentos mais comuns são: a inspeção documental para a
verificação de contratos, estatutos e suas alterações, certificados de
ações, estratos de ações escriturais, etc.; e a revisão dos cálculos de
provisões para perdas, da aplicação do método da equivalência
patrimonial e do custo de aquisição.
Como vimos no decorrer da aula, como parte da política de algumas
empresas, estas aplicam recursos em títulos e outros direitos. Essas
aplicações normalmente se dividem em três grupos (Almeida, 2010):

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- instrumentos financeiros de dívidas: aplicações em títulos


públicos e privados;
- instrumentos financeiros de capital: participação no
capital social de outras empresas;
- investimentos avaliados pelo método de equivalência
patrimonial: investimentos em sociedades coligadas e em
sociedades controladas.
Gabarito: B

49. (ESAF/SUSEP/2010) O auditor externo, ao realizar testes no


cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo
método do fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa
utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a
recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar
que a conta:
A) de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada.
B) de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada.
C) do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada.
D) de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada.
E) do ativo imobilizado está subavaliada.
Comentários:
No caso prático apresentado na questão, o auditor verificou que o
ativo imobilizado estava tendo seu valor descontado ao longo do tempo,
utilizando-se uma taxa maior do que o normal, ou seja, estava perdendo
mais valor do que deveria.
Lendo a questão com atenção, podemos concluir que a redução do
valor do ativo imobilizado de forma mais rápida do que o ideal o tornará
subavaliado (pois seu valor registrado tende a se tornar mais baixo do
que o valor real).
Gabarito: E

50. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Ao analisar a contabilização em uma


imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da
empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos
Estoques. Pode-se afirmar que
A) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos
no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de
Terrenos estará superavaliada.
B) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a
mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar
superavaliado.
C) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser
sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel.
D) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber,
este apresentará saldo sub-avaliado.

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E) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da


empresa ser de comercialização de imóveis.
Comentários:
O terreno deveria ter sido contabilizado na conta “terrenos” da
empresa imobiliária, do ativo imobilizado. Como o terreno foi
contabilizado em estoques ao invés de em “terrenos”, a conta “terrenos”
ficou subavaliada e conta “estoques” ficou superavaliada, o que torna a
alternativa A correta.
Gabarito: A

51. (ESAF/AFRFB/2002) Um auditor, sabendo que a taxa de


depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10%
ao ano e que não ocorreram adições ou baixas no período sob
exame, efetua um cálculo global de despesa de depreciação no
valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais de custo do bem e da
depreciação acumulada eram de $ 10.000 e $ 5.000,
respectivamente, e o auditor constata que o livro contábil, no final
do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do
imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o
auditor falhou em:
A) confiar demasiadamente no sistema da empresa.
B) confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano.
C) não verificar os itens totalmente depreciados.
D) não verificar os itens reavaliados do imobilizado.
E) não considerar a adição de um novo imobilizado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois a questão trata de um risco de
detecção do auditor que acabou se confirmando, não se relacionando ao
risco de controle.
A alternativa B está incorreta, pois a taxa de depreciação é
determinada pela vida útil do bem, e não pela vontade do auditor.
A alternativa C está correta, já que, aparentemente, ainda existem
bens que já foram depreciados, mas ainda constam do ativo. Caso o
auditor tivesse verificado esses bens, a distorção seria identificada.
A alternativa D está incorreta, pois a reavaliação de itens do
imobilizado não causariam essa distorção, da mesma forma que a adição
de novo imobilizado (letra E).
Gabarito: C

52. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) Caracteriza-se como fraude o


seguinte evento identificado pelo auditor:
A) o sistema de folha de pagamentos não está calculando os duodécimos
da provisão de férias para dois funcionários.
B) a área de produção desativou máquina da linha de produção e não
informou a área contábil para suspender a depreciação.

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C) a empresa não reconheceu os créditos de impostos decorrentes de


prejuízos fiscais a compensar.
D) saldo em aberto na Conta Fornecedores que, consultado na carta de
circularização, respondeu não possuir nenhum crédito contra a empresa.
E) existem depósitos não identificados efetuados na conta-corrente que
estão em aberto na conciliação.
Comentários:
Recordando a diferença entre fraude e erro, enquanto a primeira é
um ato intencional, o erro é consequência de um ato não intencional.
A alternativa D apresenta um fato bastante característico de fraude,
pois existe uma dívida registrada que, segundo o credor, não existe. Esse
aumento fictício do passivo poderia justificar uma diminuição criminosa do
ativo.
As demais alternativas podem ter ocorrido por equívoco ou falha na
interpretação de normativos.
Gabarito: D

53. (ESAF/SUSEP/2002) O auditor independente, durante seus


trabalhos, circulariza uma amostra selecionada de fornecedores.
Este procedimento de auditoria deve ser autorizado pelo
A) auditor independente.
B) administrador da empresa auditada.
C) contador da empresa auditada.
D) auditor interno da companhia.
E) sócio diretor da empresa de auditoria.
Comentários:
Questão bastante interessante, relacionada a quem tem a
competência de autorizar as circularizações com fornecedores.
Na circularização, o auditor solicita o preenchimento da carta de
circularização pela administração da empresa, pois não há vínculo direto
entre a equipe de auditoria e a empresa a ser circularizada.
A resposta, por outro lado, será dirigida diretamente ao
auditor/empresa de auditoria.
Gabarito: B

54. (ESAF/SFC/2001) Os procedimentos de auditoria mais eficazes


para detectar a omissão de passivos nas demonstrações contábeis
são:
A) exame das conciliações bancárias e análise das pendências relevantes
B) confirmação de contas a pagar e inventário físico de mercadorias
C) exames de pagamentos subseqüentes e inventário físico de
mercadorias
D) análise da composição dos saldos de fornecedores e outras contas a
pagar
E) confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subsequentes

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Comentários:
As conciliações bancárias (A) e o inventário físico de mercadorias (B
e C) não possibilitam a detecção de omissão de passivos, pois são testes
realizados em ativos.
A análise da composição de saldos (D), por si só, não demonstração
se determinado passivo foi omitido.
A alternativa E é a única que atende ao pedido da questão, pois a
confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subsequentes
podem demonstrar se um passivo foi omitido nas DC, já que seria
possível observar pagamentos subsequentes em relação a contas a pagar
que não existiam quando da verificação.
Gabarito: E

55. (ESAF/SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas


nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
A) dos auditores externos.
B) dos advogados.
C) da auditoria interna.
D) do conselho de administração.
E) da administração da empresa.
Comentários:
Como vimos, a circularização dos advogados é uma forma de o
auditor obter confirmação independente das informações fornecidas
pela administração, referentes a situações relacionadas a litígios,
pedidos de indenização ou questões tributárias.
Assim, podemos concluir que a responsabilidade pelas estimativas
contábeis é da administração, embora seja possível confirmá-las por meio
da circularização dos advogados.
Gabarito: E

56. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) Para reconhecimento dos passivos


tributários, em discussão jurídica, devem os escritórios de
advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o
sucesso das causas em remoto, possível ou provável. Assim
podemos afirmar que o auditor deve
A) calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e analisando
as probabilidades nos processos possíveis.
B) não contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo
discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável à
entidade.
C) não reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará
reconhecendo a obrigação.
D) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda
judicial.

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E) solicitar o registro contábil de provisão para processos com


classificação remota de perda.
Comentários:
A Deliberação CVM nº 489, de 03 de outubro de 2005, que aprovou
o Pronunciamento do IBRACON NPC nº 22 sobre Provisões, Passivos,
Contingências Passivas e Contingências Ativas, definiu que, para fins de
classificação dos ativos e passivos em contingentes ou não, usam-se os
termos praticamente certo, provável, possível e remota com os
seguintes conceitos:
- Praticamente certo - este termo é mais fortemente utilizado no
julgamento de contingências ativas. Ele é aplicado para refletir uma
situação na qual um evento futuro é certo, apesar de não ocorrido. Essa
certeza advém de situações cujo controle está com a administração de
uma entidade, e depende apenas dela, ou de situações em que há
garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem
mais recursos.
- Provável - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é
maior do que a de não ocorrer.
- Possível - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é
menor que provável, mas maior que remota.
- Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é
pequena.
Podemos verificar que na possível, a chance de um ou mais eventos
futuros ocorrer é menor que na provável.
Assim, a alternativa que atende à lógica apresentada acima é a de
letra A, pois o auditor deve calcular a provisão reconhecendo os passivos
prováveis e analisando as probabilidades nos processos possíveis.
Gabarito: A

57. (ESAF/INSS/2002) Em decorrência das respostas de


circularização, de advogados internos e externos da empresa
auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com
opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de
diversas naturezas, contra a empresa, já em fase de execução.
Neste caso, o auditor deve:
A) concordar integralmente com os advogados.
B) discordar parcialmente dos advogados.
C) concordar parcialmente com os advogados.
D) discordar integralmente dos advogados.
E) não concordar nem discordar dos advogados.
Comentários:
As ações citadas já se encontram em fase de execução da decisão,
ou seja, já houve manifestação do Poder Judiciário contra a empresa. Se
os advogados, ainda assim, informam que as possibilidades de insucesso

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são remotas, o auditor deve desconsiderar essa opinião, por ser contrária
aos fatos.
Gabarito: D

58. (ESAF/AFRFB/2002) No momento da circularização de


advogados da empresa auditada, o objetivo do auditor é
A) identificar todos os compromissos.
B) questionar os ativos e passivos contingentes.
C) identificar todos os passivos contingentes.
D) questionar as chances de sucesso das ações.
E) identificar os valores a serem divulgados.
Comentários:
A circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter
confirmação independente das informações fornecidas pela administração,
referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou
questões tributárias, e servem de evidência para que o auditor avalie se a
administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização
das contingências (ativas ou passivas).
Gabarito: C

59. (ESAF/AFRFB/2002) Como resposta a uma circularização de


advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos
advogados da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso
cliente é 100.000 reais, e a expectativa de perda é remota.
Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a
empresa
A) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa.
B) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa.
C) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.
D) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa.
E) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.
Comentários:
Vimos que o conceito de “remota” é que a chance de um ou mais
eventos futuros ocorrer é pequena. Assim, não há necessidade de
contabilização do valor da ação ou da inclusão do fato em nota
explicativa.
Gabarito: D

60. (ESAF/INSS/2002) Para determinação da suficiência de


cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao
confronto da cobertura da apólice com o valor:
A) da existência física do ativo imobilizado.
B) das despesas antecipadas.
C) total das despesas de seguros.
D) do saldo contábil do ativo imobilizado.

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E) do Patrimônio Líquido.
Comentários:
Como suficiência nos remete ao valor da cobertura, deve-se
confrontar o valor da apólice com o saldo contábil do ativo, e não com sua
existência física.
Gabarito: D

61. (ESAF/AFRFB/2002) O auditor independente, ao efetuar o


teste de auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas
as apólices estavam em vigor conforme relatório entregue pelo
contador da Cia. Siderúrgica Ferro e Aço S.A. Dois dias após o
encerramento dos trabalhos de auditoria, uma explosão ocorre em
uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado
pelo conselho de administração do cliente para esclarecimentos,
já que a cobertura de seguros não era suficiente para o sinistro
ocorrido. Apesar de ter efetuado o teste quanto à vigência das
apólices, o auditor não atentou em:
A) verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados.
B) avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados.
C) verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa.
D) avaliar a real situação financeira da companhia seguradora.
E) verificar detalhadamente as informações fornecidas para a seguradora.
Comentários:
Esta questão traz um exemplo prático sobre seguros. Para avaliar a
suficiência do valor da cobertura, o auditor deveria ter confrontado o
valor da apólice com o saldo contábil do ativo, e não com sua existência
física, como deve ter feito no caso concreto.
Gabarito: B

62. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) Assinale a opção que não


representa um controle eficaz para prevenir o inflacionamento da
folha de pagamento.
A) Reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria.
B) Anotações formais de realização de jornada de trabalho.
C) Resumo da folha de pagamento contabilizado mensalmente.
D) Conferência dos cálculos realizada por funcionário independente.
E) Comparação com valores anteriores e análise de variações
independentes.
Comentários:
A única alternativa que não faria diferença como controle para
prevenção do inflacionamento da folha de pagamento é a de letra C, que
é o gabarito da questão.
O reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria, as
anotações formais de realização de jornada de trabalho, a conferência dos
cálculos realizada por funcionário independente e a comparação com

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valores anteriores e análise de variações independentes seriam atividades


bastante eficientes nesse sentido.
Gabarito: C

Para a classificação dos ativos e passivos em contingentes ou não,


usam-se os termos praticamente certo, provável, possível e remota:
- Praticamente certo - evento futuro é certo, apesar de não ocorrido.
- Provável - a chance de um evento futuro ocorrer é maior do que a de
não ocorrer.
- Possível - a chance de um evento futuro ocorrer é menor que
provável, mas maior que remota.
- Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é pequena.

3. Auditoria das contas de resultado

A auditoria de receitas, despesas e custos compreende,


principalmente, os valores registrados na demonstração do resultado
do exercício – DRE – e os débitos nas contas de estoques, referentes
a compras de matéria-primas e custos incorridos na fabricação ou
aquisição de produtos para a venda.
Segundo Almeida (2010), o teste dessas transações consiste em o auditor
verificar se os valores foram registrados dentro do regime de
competência, se foram aprovados, se estão de acordo com a
natureza dos negócios da companhia, se existe documentação
suportando a operação e se a classificação contábil foi adequada e se
todas as despesas incorridas para a realização das receitas foram
devidamente apropriadas.

Adicionalmente, as receitas são testadas para subavaliação, ou seja, o


auditor parte do documento para o razão geral, enquanto as despesas e
os custos são auditados para superavaliação, o que significa que o auditor
deve partir do razão geral para o documento.

Segundo Attie (2010), os procedimentos de auditoria aplicados pelo


auditor na área de resultado dividem-se basicamente em três tópicos, a
saber:
• Exame de contas correlatas do balanço patrimonial;

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• Estudo e avaliação do controle interno e teste de procedimentos; e


• Estudo, análise e exame das contas de resultado.

Exame das contas correlatas do balanço patrimonial

O exame das contas correlatas do balanço patrimonial nada mais é do


que o relacionamento harmônico do sistema contábil de partidas
dobradas, cujo efeito se revela tanto no balanço quanto no resultado.

Estudo e avaliação do controle interno e teste de procedimentos

No estudo e avaliação do controle interno e testes de procedimentos, é


focada a existência de três grandes ciclos que merecem a apreciação do
auditor e que têm influencia significativa, quer no balanço patrimonial
quer no resultado: ciclo de vendas, ciclo de compras e ciclo de folha.

A efetividade dos controles internos deve indicar nas fases envolvidas de


cada ciclo a presteza das informações de forma conveniente ao bom
andamento do trabalho e que todas as pessoas envolvidas em cada setor
tenham todas as informações necessárias e em tempo hábil.

Dentro de cada um dos ciclos desenvolvidos inclui-se a contabilidade que


é responsável pelo registro de todas as operações que serão refletidas
nas demonstrações financeiras.

O teste de procedimentos realizado de forma adequada e com uma


cobertura razoável permite, portanto, que, além de se confirmar a
efetividade dos controles internos, se determine também que as
informações contábeis refletidas em suas demonstrações financeiras
sejam adequadas, uma vez que sejam atingidos os objetivos da existência
e efetividade dos controles internos e a fluidez necessária para todos os
setores envolvidos e a contabilização em tempo hábil.

Para os ciclos examinados por ocasião do estudo e avaliação do controle


interno e teste de procedimento com cobertura adequada, o trabalho
relativo à auditoria do resultado deveria ser complementativo, uma vez
que já foram analisadas as contas do ativo e do passivo, observando-se,
dependendo das necessidades do auditor, os seguintes itens:

• Ciclo de vendas: análise comparativa das vendas por produtos,


comportamento de mercado, analise da rentabilidade por produto,
discussão com a gerência de vendas quanto às variações ou aos aspectos
relevantes etc.;

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• Ciclo de compras: complementação através de exame documental


para compras, caso seja necessário, e exame de compras de matérias de
despesas, caso relevantes etc.;
• Ciclo de folha: análise mensal da distribuição da folha e encargos,
discussão com a gerência sobre variações ocorridas ou aspectos
relevantes etc.

Estudo, análise e exame das contas de resultado

Segundo Attie (2010), representa o estudo e análise do comportamento


das receitas, custos e despesas do período em exame e, em casos
específicos, o exame documental suporte das receitas, custos e despesas
contabilizados no resultado.

Podem ser aplicados, por exemplo, os seguintes procedimentos:


• Revisão das contas do razão para identificação de possíveis valores
duvidosos ou incomuns e investigação dos itens observados;
• Análise comparativa das contas de receitas, custos e despesas e
investigações de variações importantes;
• Análise detalhada das contas de receitas, custos e despesas para
possíveis exames documentais;
• Análise das vendas por produto, quando ao comportamento de
mercado; e
• Análise de lucro, produto por produto.

Atenção especial deve ser dada a contas que pareçam anormais, ou que
muitas vezes não dispõem de suporte documental adequado, tais como:
viagens, manutenção e reparos, serviços legais, serviços de terceiros,
royalties, despesas diversas, despesas não classificadas etc.

Orientação para auditoria

Attie (2010), explica que, quando da auditoria de resultado, é


conveniente que o auditor faça uma adequada reflexão dos exames já
praticados, quer no balanço patrimonial, quer nos exames preliminares
que envolveram o estudo e a avaliação do controle interno e testes de
procedimentos, para que não sejam realizados exames em duplicidade.

Com base neste raciocínio, a conta de provisão para devedores duvidosos


(PDD), por exemplo, que foi examinada na auditoria das contas a receber,
não seria analisada na auditoria de resultado, pois se constituiria em
duplicidade de exame. Em verdade, o único procedimento de auditoria
aplicável a esta circunstância seria a amarração dos papéis de trabalhos
envolvidos na auditoria das duas áreas citadas.

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É conveniente que todo o trabalho de auditoria a ser realizado nas contas


de resultado seja cuidadosamente planejado, pois existirão casos em que,
mesmo que as contas envolvidas tenham sido analisadas, a profundidade
pode não ter sido adequada.

Nesse caso, o procedimento de auditoria aplicável seria o de


complementação ao exame já realizado como a cobertura de valores ou
saldos ainda não analisados.

A título de ilustração, segundo o autor: os juros pagos ou incorridos sobre


empréstimos podem ter sido parcialmente analisados na auditoria das
instituições financeiras com base nos saldos remanescentes, o que poderá
não cobrir a totalidade ou a cobertura necessária desejada.

Análise e verificação das contas de resultado

Ao examinar as contas de receita, custos e despesas, o auditor, via de


regra, prepara uma análise da conta em exame, retroagindo nos registros
contábeis, com o intuito de exigir as provas documentais adequadas e os
lançamentos detalhados.

De posse da documentação comprobatória, seu exame é feito em


profundidade, de forma a determinar que as operações tenham sido
adequadamente autorizadas, que tenham sido obedecidos os princípios
contábeis e que sejam normais em relação à companhia.

Segundo o autor, o auditor deve dispor de suficiente conhecimento dos


controles internos daquela companhia para distinguir que as autorizações
tenham sido adequadas e normais, e dispor de conhecimentos contábeis
para julgar o correto lançamento contábil e a operação em si.

As contas de receita e despesas são examinadas por amostragem e, como


regra geral, antes de ser feito o exame documental é recomendável que o
auditor faça uma leitura do razão para determinar a existência de itens
anormais ou que lhe chamem a atenção.

Receitas

Segundo Almeida (2010), as receitas de uma empresa são divididas em


operacionais, financeiras e outras receitas.

As receitas operacionais são oriundas da atividade principal da


companhia, por exemplo, pode ser oriunda da venda de mercadorias se
for uma empresa comercial ou da prestação de um serviço, se for uma

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empresa prestadora de serviços. Essas receitas normalmente requerem a


emissão de nota fiscal.

As receitas financeiras representam rendimentos auferidos em função


de os recursos da empresa serem utilizados por terceiros.

As outras receitas são ganhos auferidos fora da atividade principal da


companhia, como, por exemplo, venda de bens do ativo imobilizado,
venda de sucata, etc.

Reconhecimento da receita

Segundo Almeida (2010), as receitas são reconhecidas no resultado do


exercício por ocasião da passagem da propriedade da mercadoria para
terceiros, ou quando da prestação dos serviços. Recebimentos ocorridos
antes do reconhecimento das receitas devem ser contabilizados no
passivo.

Exceção a essa regra são as transações envolvendo contratos a longo


prazo, em que os lucros poderão ser reconhecidos quando o contrato
estiver substancialmente completado ou de acordo com o andamento do
projeto.

Vejamos os principais procedimentos que o auditor pode aplicar nessas


Transações, segundo o autor:

• Selecionar notas fiscais de venda ou prestação de serviço para teste e


ver a aprovação dos créditos;
• Comparar as notas com os pedidos; conferir o preço; checar a soma e o
cálculo dos impostos (ICMS, ISS, IPI) e inspecionar a documentação de
embarque das mercadorias; e
• Verificar a escrituração e a contabilização da nota fiscal.

O objetivo principal desses procedimentos de auditoria é identificar


subavaliações nas contas de receita. Essas subavaliações podem ocorrer
da seguinte maneira:

• Não contabilização de notas fiscais de venda; e


• Soma menor dos registros de vendas.

O auditor deverá ficar atento para diferenças anormais no inventário físico


de produtos acabados (quantidades inventariadas em número inferior às
apresentadas no registro de estoque), as quais poderiam evidenciar
vendas não contabilizadas.

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Teste receitas financeiras

As receitas financeiras são testadas basicamente em conjunto com a


auditoria do grupo de aplicações financeiras, que vimos quando falamos
de investimentos.

Teste de outras receitas

As demais receitas como, por exemplo, de venda do ativo imobilizado são


testadas por ocasião da auditoria do imobilizado que vimos na auditoria
do ativo.

Despesas e custos

Segundo Almeida (2010), a auditoria de despesas e custos é dividida da


seguinte forma:

• Despesas que são testadas em conexão com as contas do balanço


patrimonial;
• Aquisição de matérias-primas e serviços;
• Custo das vendas;
• Impostos;
• Folha de pagamento;
• Outras despesas e gastos gerais de fabricação.

Despesas testadas em conexão com as contas do balanço


patrimonial

O auditor deve, sempre que possível, testar as transações que


influenciam o lucro ou prejuízo líquido do período, em conexão com a
auditoria das contas do balanço patrimonial.

Teste das aquisições de matérias-primas e serviços

Para os débitos relacionados ao razão geral, referentes à compra de bens


e serviços, o auditor deve executar os procedimentos de auditoria abaixo
discriminados (Almeida, 2010):

• Conferir o débito selecionado com a ficha de lançamento contábil;


• Conferir o valor selecionado no registro com a documentação de
compra;
• Examinar a documentação comprobatória da compra e atente quanto a
sua autenticidade;
• Conferir a nota fiscal de compra do fornecedor com o pedido de compra
e/ou contrato;

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• Inspecionar o registro de cotação de preços (a fim de certificar-se de


que a empresa comprou nas melhores condições);
• Ver pedidos de cotação de preços aos fornecedores (para assegurar-se
de que as informações do registro de cotação de preços são corretas);
• Inspecionar a requisição de compra (com o objetivo de verificar se
realmente houve a necessidade de compra);
• Conferir a aprovação de compra;
• Verificar se a empresa recebeu a mercadoria ou se o serviço foi
prestado;
• Verificar se a compra está de acordo com a natureza dos negócios da
empresa;
• Verificar a adequação da classificação contábil (todos os custos
incorridos na compra de um ativo devem ser contabilizados como custo
desse ativo);
• Verificar se a compra foi registrada dentro do regime de competência;
• Observar se os impostos recuperáveis incidentes na compra estão
corretos e não foram alocados ao custo de matéria-prima, e sim
debitados no grupo de contas de impostos a receber.

Teste do custo das vendas

O custo dos produtos vendidos ou das vendas representa valores


transferidosdo estoque e, em última análise, consiste na seguinte
diferença:

Saldo inicial dos estoques + entradas – saldo final dos estoques =


custo dos produtos vendidos.

As entradas e os saldos inicial e final dos estoques são testados


diretamente para superavaliação e indiretamente para subavaliação, por
ocasião da auditoria das contas do balanço patrimonial e demonstração
do resultado do exercício.

Teste das despesas com impostos (ICMS, IPI, ISS, etc.)

Para as despesas com impostos selecionados para teste no razão geral, o


auditor deve proceder da seguinte forma:

• Verificar se estão de acordo com a legislação vigente;


• Conferir os cálculos;
• Verificar escrituração nos livros fiscais, quando aplicável;
• Inspecionar guias quitadas.

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

63. (FGV/SEFAZ-AP/2010) Assinale a alternativa que apresente o


objetivo específico da auditoria do resultado:
A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os
objetivos da empresa.
B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados.
C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram
apropriadas no período.
D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao
regime de caixa.
E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de
mercadorias.
Comentários:
Erros das alternativas:
A – Os testes nas contas de resultado não se relacionam
diretamente com os objetivos da empresa, pois visam à comprovação da
exatidão dos lançamentos contábeis.
B – Passivo (pagamentos realizados) e não Resultado.
C – como vimos, os testes nas contas de resultado tem como
objetivo verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas
foram apropriadas no período.
D – regime de competência, e não de caixa11.
E – estoque não faz parte do Resultado.
Gabarito: C

64. (FGV/SEFAZ-RJ/2008) O controle interno é muito importante


para a auditoria, uma vez que, com base nele, será determinada a
quantidade de testes (substantivos) a serem aplicados. Se,
porventura, esses controles inexistirem ou falharem (risco
inerente ou de controle), a possibilidade de ocorrerem fraudes é
maior.
Na obra "Por Dentro das Fraudes: como são feitas, como
denunciá-las, como evitá-las", o autor comenta um caso de fraude
conhecido como emissão de "notas fiscais cauçadas".
11
A contabilidade define o Regime de Competência como sendo o registro do
documento na data do fato gerador, ou seja, na data do fato, independentemente de
quando vou pagar ou receber. Já no Regime de Caixa consideramos o registro dos
documentos na data que foram pagos ou recebidos, como se fosse uma conta
bancária.

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"Por ocasião do faturamento de bens e serviços, dependendo dos


tributos e da esfera de governo, são extraídos documentos fiscais
a serem entregues ao comprador/tomador, ficando as demais vias
no talonário para fins de registro e fiscalização por parte do
governo. A fim de reduzir a carga tributária, vendedor e
comprador às vezes ajustam um valor menor a ser registrado no
documento fiscal. Quando isso não é possível, o vendedor,
unilateralmente, preenche a nota com montantes diferentes: a via
entregue ao contratante com o valor total; a que será fiscalizada,
com valor menor. Como o preenchimento costuma ser simultâneo
(com folhas carbonadas), coloca-se algo entre a primeira e as
demais vias (uma prancheta de madeira, por exemplo). Dessa
forma, o contratante recebe sua via com o valor correto, e o
fraudador, em um segundo momento, completa sua via com uma
quantia menor."
Considerando a situação exposta, assinale o procedimento que
menos contribui para detectar esse tipo de operação.
a) confrontar (correlacionar) a documentação do tomador do
serviço/comprador com a documentação do prestador de serviço/
vendedor.
b) somar atentamente as notas fiscais emitidas pelo prestador de
serviço/vendedor.
c) verificar se valor faturado (emitido) é suficiente, pelo menos, para
cobrir os custos da operação e manter o prestador de serviço/vendedor
em condições de funcionamento.
d) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na
operação analisada com os valores praticados em outras operações
similares.
e) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na
operação analisada com os valores praticados por concorrentes.
Comentários:
A alternativa B apresenta um procedimento em que não se
confrontam duas fontes de informações distintas, diferentemente do que
ocorre nas demais alternativas. A soma das notas fiscais vai nos trazer
um dado aritmético que pode ter sido fraudado, já que estaremos
somando as notas emitidas pelo prestador, que pode, como afirma o
enunciado, ter preenchido as notas com valores diferentes.
Vamos às demais alternativas:
A – confronto de duas informações distintas (tomador e prestador
do serviço) que devem ser iguais.
C – o prestador não faria um preço inferior aos custos e à
manutenção da operação da empresa.
D e E – a não ser que exista uma justificativa plausível para uma
diferença significativa dos preços, em geral serviços similares possuem
similaridade de preços entre si e com a concorrência.

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Gabarito: B

65. (UFGUFG-Contador2006) Com relação ao ciclo de receita,


pode-se afirmar que são objetivos de auditoria:
I - Verificar se o saldo de Contas a Receber inclui todos os direitos
legais que a entidade tem sobre clientes na data do balanço.
II - Verificar se as transações contabilizadas de vendas
representam produtos expedidos ou serviços prestados durante o
período.
III - Verificar, através de circularização, os valores liquidados no
período.
Das afirmações, apenas
A) a I e verdadeira.
B) I e II são verdadeiras.
C) I e III são verdadeiras.
D) II e III são verdadeiras.
Comentários:
A divisão das operações em ciclos facilita a identificação da
possibilidade da ocorrência de erros ou fraudes, deixando aparentes as
operações mais críticas e frágeis e que precisam, certamente, de maior
atenção na implementação e monitoramento dos controles internos. Os
principais ciclos são:
a) Receitas (ou Vendas) – vendas, recebimento e contas a
receber.
b) Despesas (ou Compras) – compras, pagamentos e contas a pagar.
c) Produção – Requisição de Matéria-prima, transformação, transferência
dos produtos prontos; mensuração de custos.
d) Recursos Humanos – Contratação de pessoal, treinamento,
desligamento.
e) Patrimônio – Aquisição, guarda, manutenção, controle, venda.
O ciclo operacional da Receita se inicia na venda do produto e
termina com o recebimento da fatura, e inclui também a baixa no estoque
do produto vendido. Assim, podemos concluir que as atividades citadas
nos itens I (contas a receber) e II (vendas) se relacionam a objetivos
da auditoria no ciclo da receita.
Gabarito: B

66. (UFGPref. Aparecida Goiânia-Fiscal2012) Na aplicação de


procedimentos de auditoria no ciclo de vendas e cobrança, o
auditor geralmente se preocupa com transações de vendas, com
entradas de caixa e ajuste de vendas, e acumulação no saldo de
A) contas a receber.
B) contas a pagar.
C) custo da mercadoria.
D) custo das vendas.

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Comentários:
Como vimos, os objetivos da auditoria no ciclo da Receita estão
relacionados às vendas, ao recebimento e às contas a receber. Assim, a
questão estaria completa se transcrita da seguinte forma:
“Na aplicação de procedimentos de auditoria no ciclo de vendas e
cobrança (receitas), o auditor geralmente se preocupa com
transações de vendas, com entradas de caixa e ajuste de vendas
(recebimento), e acumulação no saldo de contas a receber.”
Gabarito: A

67. (FCC/TRT-15/2013) A empresa Wiinfo S.A. elabora projetos de


implementação de softwares fiscais. Os projetos são controlados
por sistema de acompanhamento de projetos, que controla as
fases e as horas aplicadas. O sistema foi construído de forma a
dar a situação atual do projeto, não guardando as posições
diárias. As receitas são apropriadas de acordo com o percentual
de conclusão das fases. Para confirmar a veracidade da
contabilização das receitas, deve o auditor externo:
a) aceitar a posição apresentada pela empresa, visto não ter como
verificar a veracidade da apropriação da receita;
b) solicitar à empresa a retenção das informações para sua revisão ou
efetuar a revisão no período em que as informações estiverem
disponíveis;
c) invalidar a auditoria dos valores registrados em receita, em função de
não ter como evidenciar a vera cidade;
d) limitar o escopo do trabalho, uma vez que não são possíveis trabalhos
alternativos para validação, nem procedimentos alternativos;
e) recusar os trabalhos de auditoria, exigindo a mudança nos controles
internos e o arquivamento da posição diária de todos os projetos,
independente do custo proporcionado.
Comentários:
Nesse caso, a primeira atitude do auditor é solicitar que a empresa
retenha as informações necessárias para que ele consiga confrontar o
percentual de conclusão do projeto com a receita apropriada. Caso não seja
possível, deverá executar avaliações periódicas para verificação da conclusão
de cada fase no momento em que esta é concluída.
Gabarito: B

68. (FCC/TRT-12/2013) Para confirmar se os valores


reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a um
empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o
auditor deve utilizar a técnica de:
a) conciliação;
b) entrevista;
c) correlação de informações;

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d) circularização;
e) conferência de cálculo.
Comentários:
Nesse tipo de verificação, obrigatoriamente o auditor deverá utilizar a
técnica de conferência de cálculo, também chamada simplesmente de
cálculo ou recálculo. Em questões desse tipo devemos ficar atentos ao
objetivo principal do procedimento adotado pelo auditor que, nesse caso, é
verificar se os cálculos foram realizados de forma correta.
Se tivéssemos essa mesma situação, mas o objetivo do auditor
fosse verificar a existência desse empréstimo, a técnica a ser utilizada
seria, por exemplo, a circularização.
Gabarito: E

69. (FCC/TJ-PI/2009) Em 31/12/2008, o extrato bancário da


conta corrente que a Cia. Delta mantém junto ao Banco Épsilon
demonstrava um saldo credor de R$ 47.600,00. Em sua
escrituração contábil, o saldo da mesma conta corrente era
devedor em R$ 45.530,00. O auditor independente, por meio da
análise do extrato bancário, apurou os seguintes fatos não
registrados na contabilidade:
I. aviso de lançamento à débito, efetuado pelo banco, de R$
680,00, relativo a contas de luz e de telefone;
II. aviso de lançamento à débito de R$ 2.000,00, em virtude de
devolução de duplicata descontada por falta de pagamento do
sacado;
III. devolução de cheques de terceiros, depositados pela
companhia, no valor de R$ 1.450,00, em virtude de insuficiência
de fundos;
IV. aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em
cobrança no banco, no valor de R$ 4.500,00, mais os juros pelo
atraso no pagamento de R$ 200,00.
No processo de conciliação bancária, o auditor verificou, também,
que havia cheques emitidos pela companhia, ainda não
descontados junto ao banco, no valor de R$ 2.700,00 e depósitos
efetuados em cheque que ainda não tinham sido creditados na
conta da sociedade pelo banco, em virtude de sua compensação,
no valor de R$ 1.200,00. Logo, o saldo correto da mencionada
conta corrente, em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a
conciliação bancária, é (em R$) igual a:
A) 46.500,00.
B) 45.900,00.
C) 46.100,00.
D) 46.230,00.
E) 45.750,00.
Comentários:

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Com a contabilização prevista no item I, o saldo da conta Bancos,


na escrituração contábil deveria ser creditado em R$ 680,00, pois
devemos lembrar que se há um débito na conta corrente do extrato
bancário, deverá haver um lançamento a crédito (redução do valor) na
conta contábil. Dessa forma, o novo saldo dessa conta será de R$
44.850,00 (R$ 45.530,00 – 680,00).
No item II, a empresa havia descontado uma duplicada no valor de
R$ 2.000,00 de um cliente, mas o mesmo não pagou. Dessa forma, a
empresa que ressarcir o banco desse valor. Logo, devemos creditar R$
2.000,00 na conta contábil Bancos, fazendo com que o novo montante
daquela conta seja R$ 42.850,00 (R$ 44.850,00 – R$ 2.000,00).
O item III apresenta uma situação em que o cheque depositado
pela empresa em sua conta corrente bancária não tinha fundos. A
contabilização na conta contábil se dará creditando o valor do cheque (R$
1.450,00), uma vez que esse valor não foi creditado na conta corrente.
Dessa forma, o valor atual da conta contábil Bancos, após esses três
lançamentos é de R$ 41.400,00 (R$ 42.850,00 – R$ 1.450,00).
No item IV, a empresa não havia contabilizado, em sua conta
contábil Bancos, o recebimento de uma duplicata de um cliente no valor
de R$ 4.500,00, acrescidos dos juros de R$ 200,00. Dessa forma, do
valor de R$ 41.400,00 obtidos no parágrafo anterior, deve-se debitar
(aumento do valor da conta contábil) R$ 4.700,00 nessa conta Bancos.
Assim, o novo valor escriturado é de R$ 46.100,00. Essa é a resposta da
questão, já que ela pede o saldo escriturado após a conciliação realizada
pelo auditor.
Por fim, a diferença existente entre o saldo na conta corrente
contábil apurado acima (R$ 46.100,00) e o constante no extrato bancário
(R$ 47.600,00) deixará de existir quando for debitado, pelo banco, o
valor de R$ 2.700,00, referentes a cheques emitidos pela empresa e
creditados R$ 1.200,00 referentes aos cheques depositados pela
empresa.
Gabarito: C

70. (FCC/TJ-PI/2009) Ao fazer a auditoria do Ativo Imobilizado da


Cia. Montes Claros, o profissional encarregado observou que a
sociedade tinha adquirido, por R$ 681.000,00, uma máquina em
08/08/1998, a qual tinha sido colocada em funcionamento no
mesmo mês de aquisição e depreciada à taxa anual de 10%. Ao
fazer o cálculo da depreciação relativa ao ano-calendário de 2008,
o auditor verificou que ela tinha sido lançada corretamente no
valor, em R$, de:
A) 45.400,00.
B) 43.175,00.
C) 41.875,00.
D) 39.725,00.

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E) 34.050,00.
Comentários:
Se o valor da máquina foi de R$ 681.000,00 e ela será depreciada à
taxa anual de 10%, a depreciação anual será de R$ 68.100,00. Como a
máquina foi colocada em funcionamento em agosto/98, naquele ano a
depreciação foi proporcional aos 5 meses utilizados, no valor de R$
28.375,00 (R$ 68.100,00/12*5).
Nos anos de 1999 a 2007, houve depreciação de R$ 612.900,00
(68.100,00*9 anos). Dessa forma, o valor da máquina ao final de 2007
era de R$ 39.725,00 (R$ 681.000,00 - R$28.375,00 + R$ 612.900,00).
Dessa forma, esse é o valor que foi lançado como depreciação no
exercício de 2008, uma vez que a depreciação da máquina terminou em
julho/2008, 10 anos após o início de seu funcionamento.
Gabarito: D

71. (FCC/PGE-SJ/2009) O auditor, ao avaliar um item do ativo,


NÃO deve considerar como um elemento a ser refletido no cálculo
do valor em uso:
A) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo.
B) a estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter
com esse ativo.
C as expectativas sobre possíveis variações no montante ou período
desses fluxos de caixa futuros.
D o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros
livre de risco.
E a inflação esperada para o período do fluxo de caixa e os impostos que
afetam os resultados do fluxo.
Comentários:
Essa questão serve para conhecimento geral, tendo em vista que
não imagino que nossa banca buscará esse nível de aprofundamento,
mesmo porque os CPC não costumam vir expressos no edital. Segundo o
item 28 do Pronunciamento Técnico CPC 0112, emitido pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis:
“Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor
em uso do ativo:
(a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera
obter com esse ativo;
(b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no
período de ocorrência desses fluxos de caixa futuros;
(c) valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de
juros livre de risco;
(d) preço pela assunção da incerteza inerente ao ativo (prêmio); e

12
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=2

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(e) outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do


mercado iriam considerar ao precificar os fluxos de caixa futuros
esperados da entidade, advindos do ativo.”
Dessa forma, trata-se de uma questão praticamente literal da FCC.
Gabarito: E

72. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Ao efetuar a auditoria das contas


do Ativo Permanente da Cia. Mercúrio, o auditor constatou que a
aquisição de 30% das ações da Cia. Polar, realizada durante o
exercício, tinha sido contabilizada pelo custo de aquisição de R$
300.000,00. Na ocasião da compra, o Patrimônio Líquido da
investida correspondia a R$ 1.100.000,00 e o da investidora, a R$
2.100.000,00. A vista desses fatos, o auditor concluiu que o
lançamento em questão estava:
A) correto, porque o investimento não é relevante para a investidora.
B) correto, porque a Cia. Polar não é controlada pela Cia. Mercúrio.
C) correto, porque atendeu ao princípio contábil do custo como base de
valor.
D) incorreto, porque o valor do investimento é R$ 270.000,00, com ágio
de R$ 30.000,00.
E) incorreto, porque o valor do investimento é de R$ 330.000,00, com
deságio de R$30.000,00.
Comentários:
Segundo o Art. 247 da Lei nº 6.404/76:
“Considera-se relevante o investimento:
a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é
igual ou superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio
líquido da companhia;
b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor
contábil é igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do
patrimônio líquido da companhia.”
Dessa forma, como o investimento é relevante para a investidora e,
considerando que a investidora adquiriu 30% de uma empresa cujo PL era
de R$ 1.100.000,00, o valor que deveria ter sido contabilizado na conta
Investimentos era de R$ 330.000,00 (R$ 1.100.000,00*30%). O
lançamento correto seria:
D – Investimentos – R$ 330.000,00
C – Deságio na aquisição desta Cia. – R$ 30.000,00
C – Caixa/Bancos – R$ 300.000,00
Gabarito: E

73. (FCC/Pref. São Paulo/2007) No curso de auditoria externa


realizada na Cia. Novo Hamburgo foram constatadas as seguintes
irregularidades:

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- Registro incorreto de gastos de manutenção do Ativo


Imobilizado de R$ 30.000,00 como despesas, em vez de acréscimo
ao valor dos bens.
- Insuficiência na constituição da Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa no valor de R$ 17.000,00.
- Falta de registro contábil de duplicatas já pagas, mantidas
incorretamente no Passivo Circulante, no valor de R$ 28.000,00.
- Falta de registro de adiantamento a empregados no valor de R$
6.000,00.
Efetuados os lançamentos de ajuste para sanar tais
irregularidades, recomendados pelo auditor, o resultado da
companhia:
A) diminuiu R$ 21.000,00.
B) diminuiu R$ 15.000,00.
C) permaneceu inalterado.
D) aumentou R$ 13.000,00.
E) aumentou R$ 7.000,00.
Comentários:
O item I irá diminuir as despesas em 30 mil, aumentando o
Resultado Líquido do Exercício nesse montante. O item II diminuirá em
R$ 17.000,00 esse resultado, já que deverá ser constituída uma provisão
nesse valor. Os itens III e IV não irão afetar o Resultado. Portanto, R$
30.000,00 – R$ 17.000,00 = R$ 13.000,00
Gabarito: D

74. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Em auditoria externa de estoques


de uma empresa industrial, que tinha iniciado suas atividades no
exercício em curso, foi constatado que o custo total de produção
no período importou em R$ 320.000,00. Foi iniciada nesse
exercício a produção de 2.000 unidades do bem X, sendo que no
final do período estavam ainda em processo 500 unidades com
grau de acabamento equivalente a 20% do produto pronto.
Confirmada essa percentagem com os engenheiros de produção
da empresa, o auditor verificou que o estoque de produtos em
processo tinha sido avaliado e registrado por R$ 80.000,00, na
escrituração contábil da empresa. O valor do estoque de produtos
em processo está:
A) correto.
B) subestimado em R$ 70.000,00.
C) superestimado em R$ 60.000,00.
D) subestimado em R$ 30.000,00.
E) superestimado em R$ 20.000,00.
Comentários:
Considerando que ao final do período havia 500 unidades, 20%
prontas, temos 100 unidades prontas (500*20%). Dessa forma, o total de

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unidades prontas era de 1500 + 100 = 1600. O custo de cada unidade


pronta será de R$ 320.000,00 / 1600 = R$ 200,00. O custo do estoque
de produtos em processo = 100 x R$ 200,00 = R$ 20.000,00.
Portanto, se o valor registrado na escrituração contábil da empresa
foi de R$ 80.000,00, ele está superestimado em R$ 60.000,00.
Gabarito: C

75. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Ao analisar os investimentos


permanentes da Cia. Monte Alto, o auditor externo verificou que
uma participação societária na Cia. Flora Azul havia sido adquirida
por R$ 500.000,00, com ágio de R$ 100.000,00 sobre o valor
patrimonial das ações da investida. O motivo do ágio foi a
existência de imóveis na investida cujo valor de mercado superava
o valor contábil em R$ 200.000,00. No final do exercício, a Cia.
Flora Azul efetuou a reavaliação desses imóveis por esses exatos
R$200.000,00, fato não registrado na contabilidade da
investidora. O lançamento de ajuste recomendado pelo auditor foi:
A) Ágio na aquisição de Investimentos - Cia. Flora Azul a Reserva de
Reavaliação - Cia. Flora Azul 100.000,00
B) Investimentos - Cia. Flora Azul a Ágio na aquisição de Investimentos -
Cia. Flora Azul 100.000,00
C) Reserva de Reavaliação - Cia. Flora Azul a Investimentos - Cia. Flora
Azul 100.000,00
D) Investimentos - Cia. Flora Azul a Reserva de Reavaliação - Cia. Flora
Azul 200.000,00
E) Investimentos - Cia. Flora Azul a Ágio na aquisição de Investimentos -
Cia. Flora Azul 200.000,00
Comentários:
No ato da compra, a Cia. Monte Alto realizou os seguintes
lançamentos:
D – Participações Societárias – Empresa Cia Flora Azul
(Investimentos) – R$ 400.000,00
D – Ágio na aquisição de Investimentos – Empresa Cia Flora Azul –
R$ 100.000,00
C – Caixa/Bancos – R$ 500.000,00
Após a reavaliação dos imóveis, realizada pela investida, e tendo
sido confirmado o ágio pago, deve-se incorporar o ágio. Dessa forma, a
investidora (Cia. Monte Alto) deverá debitar o valor lançado como ágio na
conta Investimentos e creditar esse mesmo valor na conta Ágio, zerando
a mesma:
D - Participações Societárias – Empresa Cia Flora Azul
(Investimentos) – R$ 100.000,00
C - Ágio na aquisição de Investimentos – Empresa Cia Flora Azul –
R$ 100.000,00
Gabarito: B

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Pessoal, concluimos nossa Aula 5. Seguem as questões que comentamos


na aula, desta vez sem os comentários, para que vocês possam resolvê-
las como um simulado. O gabarito está ao final.

Abraços e bons estudos.

CLAUDENIR

QUESTÕES COMENTADAS DURANTE A AULA

1. (FGV/Hemocentro-SP/2013) No exame das demonstrações


contábeis de uma entidade para o ano de 2012, em que a
contabilidade atendeu integralmente ao princípio de competência
para as despesas públicas, o auditor identificou que a conta
despesa com pessoal ativo estava superavaliada em razão do
registro indevido em dezembro de 2012, da provisão da folha de
pagamento de janeiro de 2013. Tal fato ocasionou:
a) uma subavaliação no orçamento de 2013;
b) uma subavaliação no ativo circulante de 2012;
c) uma subavaliação no passivo circulante de 2012;
d) uma superavaliação no passivo circulante de 2012;
e) uma superavaliação no orçamento de 2012.

2. (FGV/TCM-RJ/2008) Durante a aplicação dos procedimentos


atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos documentos
contábès, que em determ̀nado d̀a a conta “càxa” da ent̀dade
apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato,
assinale a melhor explicação.
a) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados que, de
fato, inexistem.
b) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas contratadas
foram registradas erroneamente no passível exigível a longo prazo.
c) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por exemplo,
de receitas recebidas, mas não contabilizadas.
d) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo, de
mercadorias adquiridas e pagas, mas não contabilizadas.
e) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”, prática
sabidamente conhecida e permitida pela legislação.

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3. (Fundatec/Cage-RS/2014) Assinale o procedimento de


auditoria que tem por objetivo identificar a existência de passivos
ocultos:
a) contagem de caixa;
b) recálculo da depreciação anual de itens do ativo imobilizado;
c) circularização de instituições financeiras;
d) observação da contagem física do estoque;
e) inspeção das autorizações de pagamentos conforme limites de alçada
estabelecidos.

4. (FCC/DPE-SP/2013) Em um teste para avaliar se há


superavaliação, o Auditor deve:
a) conferir e inspecionar lançamentos em contas similares no livro razão;
b) conferir a composição e o histórico dos lançamentos contábeis
referentes ao registro inicial;
c) partir do valor total do registro e conferir a soma dos registros
intermediários;
d) verificar a inclusão do valor total do registro inicial no registro final;
e) partir do valor registrado no livro razão e comparar com o documento-
suporte da transação.

5. (ESAF/AFRFB/2009) A empresa Parcial S.A. realizou o estorno


da Reserva de Reavaliação, conforme permissibilidade
estabelecida pela Lei n. 11.638/2007. No entanto, o contador não
realizou o estorno dos impostos pertinentes à reavaliação. Dessa
forma pode-se afirmar que:
a) a conta de reserva de reavaliação está superavaliada.
b) a conta de investimento reavaliação está adequada.
c) a conta de imposto de renda diferido está superavaliada.
d) a conta de lucros acumulados está superavaliada.
e) a conta de resultado do exercício está subavaliada.

6. (FCC/SEFAZ-SP/2009) O auditor externo está realizando


auditoria em uma empresa do setor industrial, na área de ativo
imobilizado. Ao analisar os parâmetros do sistema de cálculo da
depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório
Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria
ser de 5% ao ano, foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma,
o auditor pode concluir que
a) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está
subavaliada.
b) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada.
c) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada.
d) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto.

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e) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado.

7. (FEPESE/SEFAZ-SC/2010) Na época da auditoria da conta de


estoques de uma concessionária de revenda de veículos, no grupo
circulante, a auditoria observou que um veículo adquirido para
uso foi contabilizado como estoque para revenda. Assinale a
alternativa correta sobre a direção do teste mais adequado
associado à situação exposta.
a) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
superavaliação de outra conta do ativo.
b) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de outra conta do ativo.
c) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de despesa.
d) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de despesa.
e) teste principal para superavaliação de ativo e teste secundário para
subavaliação de outra conta do ativo.

8. (FEPESE/SEFAZ-SC/2010) No teste das conciliações bancárias


o que se espera obter?
1. As transações registradas pelo banco.
2. As transações registradas pela empresa.
3. As transações não registradas pela empresa.
4. As transações não registradas pelo banco.
Assinale a alternativa que indica todos os itens que
respondem corretamente a pergunta.
a) Apenas o item 2.
b) Apenas os itens 1 e 3.
c) Apenas os itens 2 e 4.
d) Os itens 1 e 2 mais item 4.
e) Os itens 1 e 3 mais itens 2 e 4.

9. (FGV/ISS-Cuiabá/2016) Um auditor precisa avaliar os


estoques de entidade auditada. As opções a seguir apresentam
possíveis procedimentos de auditoria para lidar com riscos
avaliados de distorção relevante decorrente de fraude em relação
à quantidade do estoque, à exceção de uma. Assinale-a.
(A) Examinar os registros de estoque da entidade, identificando os locais
que exigem atenção específica durante ou após a contagem física do
estoque.
(B) Realizar contagens físicas de estoque em datas pré-agendadas e
traçar um cronograma escalonado para contagens físicas de estoques em
diferentes localidades.

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(C) Conduzir contagens de estoque no fim ou perto do fim do período de


reporte.
(D) Executar procedimentos adicionais durante a observação da contagem
física de estoques, como examinar mais rigorosamente o conteúdo de
itens encaixotados.
(E) Comparar as quantidades para o período corrente com períodos
anteriores por classe ou categoria de estoque, local ou outros critérios, ou
comparação de quantidades contadas com registros de estoques.

10. (CESPE/DPU/2016) Acerca dos procedimentos e testes de


auditoria no setor público, julgue os seguintes itens. As normas de
auditoria do Poder Executivo federal preveem procedimento de
auditoria, por meio de inspeção, para avaliar a qualidade e a
quantidade dos bens tangíveis e intangíveis dos órgãos públicos.

11. (FGV/SEAD-AP/2010) Assinale a alternativa que indique os


procedimentos de auditoria aplicáveis à conta Provisão para
Devedores Duvidosos.
a) Inspeção documental para exame dos documentos de pagamentos e
recebimentos e solicitação de informações aos bancos mediante
circularização.
b) Revisão de cálculos por meio da conferência da exatidão aritmética do
valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram de base
para fixação dos critérios de cálculo.
c) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos
valores lançados nos investimentos.
d) Inspeção de documentos e revisão dos cálculos no caso de depreciação
e amortização acumulada.
e) Revisão de cálculos e investigação e confirmação das operações por
meio de circularização de informações financeiras.

12. (FGV/ANA/2009) Um objetivo comum no exame de qualquer


tipo de ativo é a verificação de que os valores representados são
exatos. Esse objetivo está diretamente ligado à:
a) determinação qualitativa do bem.
b) determinação dos riscos relacionados a esse bem.
c) determinação do objeto de auditoria
d) determinação da existência quantitativa do bem.
e) determinação da amostra para fins de inspeção física.

13. (FGV/ALSEN/2008) Na empresa é necessário que,


periodicamente, os ativos sob a responsabilidade de empregados,
sejam confrontados com os registros da contabilidade, com o
objetivo de detectar desfalques ou registro inadequado de ativos.
Não é exemplo desse confronto:

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a) contagem de caixa com o saldo do razão geral.


b) contagem física de títulos com o saldo da conta de investimentos.
c) saldo da conta corrente bancária com o saldo do extrato enviado pelo
banco.
d) inventário físico dos bens em estoque com o razão geral da respectiva
conta.
e) inventário do ativo imobilizado com o saldo das vendas efetuadas.

14. (UFG/CELG-GT-Contador/2014) Conforme a NBC TA 520, se os


controles sobre o processamento de pedidos de venda são
deficientes, o auditor pode confiar mais em testes de detalhes do
que em procedimentos analíticos substantivos para afirmações
relacionadas com
A) vendas a prazo.
B) contas a receber.
C) custo da venda.
D) receita de venda.
E) estoques disponíveis.

15. (UFGUFG-Contador2008) A contagem física e uma técnica


utilizada pelos auditores nos seus trabalhos. Estão sujeitos a
contagem física:
A) títulos (ações e títulos de aplicação financeira).
B) empréstimos em poder de terceiros.
C) estoques em poder de terceiros.
D) recursos em conta corrente bancária.

16. (UFGUFG-Contador2008) A auditoria de Caixa e Bancos exige


um maior volume de testes, visto que são os ativos mais sujeitos a
utilização indevida. A técnica de auditoria para a confirmação da
existência e do saldo da conta Caixa e a contagem física. Para a
conta Bancos, a técnica a ser utilizada e:
A) carta de confirmação
B) conciliação bancária
C) rastreamento de valores
D) correlação das informações

17. (UFGIFDF-Contador2007) O procedimento técnico de


circularização e aplicável no exame de auditoria referente a
A) contas a pagar.
B) inventário físico.
C) reavaliação de ativos.
D) reversão de reservas.

18. (UFGPref. Goiânia2007) Entre os procedimentos de auditoria

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de estoques, além do exame contábil, o auditor deve acompanhar


o inventário f̀sico-quantitativo para verificar se
A) os valores demonstrados como estoques estão adequadamente
calculados.
B) o custo para a realização do inventário não onera significativamente o
resultado do período examinado.
C) as instruções emitidas para a tomada do inventário estão sendo
cumpridas.
D) os materiais da empresa auditada, em poder de terceiros, esta em
locais visíveis e separados.

19. (FCC/Sefaz-PE/2014) Na realização de auditoria das Contas a


Receber da Indústria de Tecidos Duradouros S.A., a administração
não permitiu que o auditor enviasse solicitações de confirmação
externa de saldos, para obtenção de evidência de auditoria.
Nestas condições, entre outras medidas previstas nas normas de
auditoria, deve o auditor:
a) desacatar a decisão da administração da empresa e solicitar a
confirmação dos saldos das duplicatas a receber junto aos devedores;
b) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter
evidência de auditoria relevante e confiável;
c) registrar no programa de auditoria que o procedimento referente à
solicitação de confirmação externa não foi realizado;
d) comunicar o fato ao conselho fiscal da empresa, solicitando
providências para obtenção das informações desejadas;
e) registrar no relatório de auditoria que o procedimento de solicitações
de confirmações externas não foi executado.

20. (FCC/TCE-PI/2014) A equipe técnica de um determinado


Tribunal de Contas deseja confirmar a correção do montante a
pagar, registrado no Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de
2013, ao fornecedor de gêneros alimentícios em uma das
Prefeituras sujeitas à sua fiscalização. A técnica de auditoria a ser
aplicada para obter esta confirmação denomina-se:
a) confirmação;
b) circularização;
c) investigação;
d) análise documental;
e) revisão analítica.

21. (Fundatec/Cage-RS/2014) Considere as informações abaixo.


Eventos:
• Pagamento de duplicata de um determinado fornecedor,
efetuado por meio de cheque no valor de R$ 57.000,00.
• Recebimento de duplicatas em carteira no valor de R$

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72.000,00, acrescido de juros por atraso de 2%.


• Pagamento em dinheiro de despesas diversas no valor de R$
21.900,00.
• Pagamento em dinheiro de serviços terceirizados no valor de R$
51.000,00.
O auditor realizou uma contagem física no caixa da empresa
auditada. Considerando que nessa data o saldo anterior existente
era de R$ 133.000,00, e, levando em consideração os eventos
após a contagem, o correto valor do saldo final do caixa da
empresa é de:
a) R$ 76.540,00;
b) R$ 43.540,00;
c) R$ 133.540,00;
d) R$ 190.540,00;
e) R$ 234.340,00.

22. (FCC/TRT-18/2013) A técnica que possibilita ao auditor formar


opinião quanto à existência física do objeto ou item a ser
examinado, por exemplo, estoques, é:
a) a auditoria direta;
b) a confirmação externa;
c) o rastreamento;
d) a análise documental;
e) a inspeção física.

23. (FCC/DPE-SP/2013) A contagem de caixa e a comparação com


o saldo final no livro razão, é exemplo de:
a) mecanismo de avaliação econômica de ativos;
b) confronto dos ativos com os seus registros;
c) teste de cumprimento de normas internas;
d) controle de procedimentos de avaliação;
e) mecanismo de avaliação de rotinas.

24. (CESPE/TCU/2013) O auditor constata que uma conciliação


bancária preparada pelo auditado está correta se, a partir do saldo
presente nos livros contábeis, chega ao saldo do extrato bancário
mediante a soma dos depósitos em trânsito e dos cheques sem
fundos e a subtração dos cheques ainda não descontados.

25. (FGV/SEFAZ-RJ/2009) O contador da Cia. Quartzo Rosa


incorreu em um erro no reconhecimento da apropriação da receita
de juros sobre o investimento em debêntures, deixando de
contabilizar a receita de juros no ano corrente. Antes que
qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no
patrimônio da empresa:

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A) subavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.


B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido.
D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido.
E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio
líquido.

26. (ESAF/Pref. Natal-RN/2001) O sócio-diretor pagou diversos


compromissos pessoais com recursos financeiros da empresa e
determinou que tais valores fossem contabilizados como
duplicatas a receber de um determinado cliente. A situação
descrita caracteriza-se como:
A) Ativo fictício
B) Ativo oculto
C) Passivo fictício
D) Passivo oculto
E) Ativo intangível

27. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Séria Ltda. está


adquirindo terreno para construção de sua sede. No processo de
aquisição, em decorrência do terreno localizar-se em área
ocupada por empresa que produzia produtos poluentes, solicitou
que fossem feitos exames do solo, os quais evidenciaram a
contaminação. O valor estimado da multa ambiental para esse tipo
de contaminação é de R$ 2.000.000,00. Não foram encontrados
registros de provisões ou reservas para o fato, evidenciando para
o auditor um:
a) ativo fictício.
b) ativo oculto.
c) passivo fictício.
d) passivo oculto.
e) omissão de receita.

28. (ESAF/SEFAZ-SP/2009) A inspeção física, por meio da


contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria
aplicável à verificação em conta do:
A) Ativo Circulante.
B) Ativo Realizável a Longo Prazo.
C) Ativo Permanente.
D) Passivo Circulante.
E) Patrimônio Líquido.

29. (ESAF/Pref. Natal-RN/2001) No encerramento do exercício


social, o balanço patrimonial apresentava a rubrica contábil
"Caixa" com saldo credor. Indique a opção que pode justificar

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essa situação.
A) pagamentos a fornecedores não contabilizados
B) empréstimos concedidos não contabilizados
C) recebimentos de numerários não contabilizados
D) adiantamentos recebidos de clientes
E) compras a prazo canceladas

30. (ESAF/Pref. Niterói-RJ/1999) Os testes principais de auditoria


dirigidos para os saldos da conta CAIXA são, respectivamente:
A) superavaliação e confirmação de saldos
B) subavaliação e inspeção física
C) superavaliação e inspeção documental
D) subavaliação e inspeção documental
E) superavaliação e inspeção física

31. (ESAF/AFRF/1998) Assinale a opção abaixo que não


corresponde a um procedimento geralmente empregado na
auditoria das disponibilidades financeiras das entidades.
A) confirmação de assinaturas autorizada
B) análise do fluxo de caixa projetado
C) contagem de fundo fixo de caix
D) confirmação de contas bancárias paralisada
E) exame documental dos avisos bancários

32. (ESAF/AFRF/2002) A Cia. Miudezas vende, em média, 70% de


seus produtos a prazo e possui cerca de 5 mil clientes. O perfil de
seus clientes é o de pessoas que possuem renda familiar de até 10
salários mínimos. Na análise da constituição de provisão para
devedores duvidosos do saldo de clientes da Cia. Miudezas, o
auditor deve
A) circularizar um percentual significativo de clientes, questionando
quanto à posição em atraso e suas justificativas.
B) analisar individualmente o máximo possível a carteira de clientes da
empresa e tirar suas conclusões pessoais.
C) segregar a carteira de clientes em função de períodos de contas
vencidas, medindo tendências e probabilidades de perdas.
D) efetuar testes globais sobre o saldo de clientes, uma vez que as
perdas efetivas do setor variam de 5 a 10 % das vendas.
E) estabelecer um valor adicional de provisão para cobrir perdas
prováveis, de modo que não afete o fluxo de caixa projetado.

33. (ESAF/INSS/2002) Assinale a opção em que o procedimento


de revisão analítica não está associado a clientes.
A) Análise de flutuações de volume ou na quantidade de vendas por
produto.

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B) Análise do nível de devoluções e abatimentos por clientes


individualmente.
C) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas.
D) Análise de variação de preços de produtos entregues pelos
fornecedores.
E) Alterações nos preços unitários e taxas de desconto para clientes
especiais.

34. (ESAF/INSS/2002) A circularização é um procedimento de


auditoria que aplicado à área de contas a receber confirma:
A) os cálculos efetuados pelo auditor.
B) a existência física do bem da empresa.
C) a existência física do documento gerador do fato.
D) a existência de duplicatas descontadas.
E) o saldo apresentado pela empresa no cliente.

35. (ESAF/AFRFB/2002) Quando a administração de uma entidade


solicita, por carta postal, aos seus clientes que respondam
diretamente aos seus auditores independentes, caso não concorde
com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-
se uma circularização:
A) branca
B) preta
C) positiva
D) negativa
E) atestatória

36. (ESAF/SERPRO/2001)O auditor normalmente deve planejar


obter confirmações diretas das contas a receber. Todavia, quando
os devedores não responderem a uma confirmação da forma
denominada "positiva", o auditor deve:
A) aplicar procedimentos alternativos.
B) solicitar confirmação na forma "negativa".
C) solicitar confirmação em data posterior.
D) aplicar procedimentos de controle.
E) emitir parecer com ressalva.

37. (ESAF/AFRFB/2009) A auditoria externa realizou na empresa


Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para
verificar se apresentava índice correspondente às operações
praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico
corresponde a:
A) inspeção.
B) revisão analítica.

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C) investigação.
D) observação.
E) confronto.

38. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Grande Porte S.A. tem


o seu Ativo formado em 15% pelo Contas a Receber e 35%
composto pelos Estoques. Dessa forma, a auditoria contratada, ao
realizar seus serviços, deve:
A) proceder à conferência de 100% do faturamento e realizar inventário
físico na empresa, para confirmar a existência dos estoques.
B) ressalvar em parecer o Contas a Receber por não ser possível auditar
por amostragem e recalcular a apropriação dos custos.
C) realizar o procedimento de circularização para confirmação dos saldos
de contas a receber e acompanhar o inventário físico realizado pela
entidade.
D) confrontar com os fornecedores o saldo de contas a receber e
determinar a realização de inventário físico pela empresa.
E) validar a existência de todos os clientes, mediante verificação do
cadastro de clientes da empresa e realizar com sua equipe técnica,
inventário físico para confirmação dos Estoques.

39. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) A empresa Celta S.A. apresentou


um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade instalada. Seu
gestor, com o objetivo de apresentar resultados mais condizentes
com a performance de seus negócios, decidiu reter essa
ociosidade no processo produtivo, dimensionando esses valores e
mantendo-os nos estoques. O auditor, ao realizar os testes nas
contas de estoques, deve concluir que o saldo da conta:
A) Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no sistema de
custeio reconhecer a ociosidade.
B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter
reconhecido mais custos do que deveria apropriar aos resultados.
C) Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropriado aos
custos dos produtos.
D) Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais
depreciação em função da ociosidade.
E) Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a ociosidade
pode ser retida nos custos.

40. (ESAF/AFRF/2005) Os procedimentos de controles internos


têm sido fundamentais na prevenção e inibição de desvios,
identificação de erros nos processos contábeis e deterioração ou
perdas dos ativos das empresas. Identifique a seguir o
procedimento relativo ao controle dos estoques.

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A) Limites de alçada escalonados de acordo com os cargos para


aprovação de vendas.
B) Segregação de funções do departamento de contas a pagar e do gestor
financeiro.
C) Restrições de acesso aos ativos da empresa realizando movimentações
via requisições.
D) Circularização semestral de fornecedores de ativos para confirmação
dos saldos.
E) Inventário físico dos bens patrimoniais da empresa pelo menos uma
vez ao ano.

41. (ESAF/AFRF/2002) Durante o acompanhamento de um


inventário físico de estoques, o auditor deve efetuar o cut-off
para:
A) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem
como os documentos com eles relacionados, refletem o levantamento do
inventário.
B) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados
estão adequadamente acondicionados no almoxarifado da empresa.
C) determinar o momento em que as três últimas compras e as três
últimas vendas de mercadorias ocorreram durante o inventário.
D) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a
contagem de estoques são adequados às práticas usuais.
E) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão
suportados por documentação suporte às necessidades da empresa.

42. (ESAF/INSS/2002) Assinale a opção que não corresponde ao


fator de risco inerente em estoques.
A) Flutuações significativas nos preços de materiais.
B) Alterações significativas nos níveis de produção.
C) Variação no custo-padrão é relevante.
D) Processo de produção envolve várias etapas complexas.
E) Análise de composição de estoques.

43. (ESAF/SFC/2001) No acompanhamento dos inventários físicos


de estoques de materiais, o auditor observou a existência de
diversos itens obsoletos. Qual procedimento deve adotar?
A) Propor a imediata baixa dos estoques para despesas não-operacionais.
B) Propor reclassificação dos itens para outros valores a receber.
C) Propor a imediata baixa dos estoques para o custo dos produtos
vendidos.
D) Propor a constituição de provisão para perdas em estoques.
E) Propor a constituição de provisão de créditos de liquidação duvidosa.

44. (ESAF/AFRF/2001) A confirmação, por escrito, de um

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fornecedor que mantém estoques da empresa auditada em seu


poder na data-base do balanço:
A) É um procedimento usual de auditoria independente das
demonstrações contábeis
B) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e
existência do ativo
C) É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de
estoques
D) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física
no local
E) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas
explicativas.

45. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) No processo de acompanhamento


do inventário físico de estoques de matéria-prima, o auditor
constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não
constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste
caso, o auditor pode ter descoberto
A) ativos e passivos fictícios
B) ativos e passivos ocultos
C) ativos ocultos e passivos fictícios
D) ativos fictícios e passivos ocultos
E) ativos obsoletos e passivos a descoberto

46. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) O auditor externo, ao auditar


entidade que controle outras empresas e que registre seus
investimentos pelo método de equivalência patrimonial, tem
responsabilidade sobre
A) as demonstrações contábeis das controladas que serviram de base
para cálculo da equivalência patrimonial.
B) o cálculo das equivalências patrimoniais registradas nos investimentos
das entidades controladas.
C) a apresentação da reserva de reavaliação efetuada nas controladas no
Patrimônio Líquido da Controladora.
D) os pareceres emitidos para as entidades controladas e emitidos por
outros auditores independentes.
E) a apresentação da reavaliação efetuada nas controladas e registrada
no Patrimônio Líquido da Controlada.

47. (ESAF/AFRFB/2001) A empresa auditada possui investimento


permanente relevante em subsidiária integral. O principal
procedimento de auditoria aplicável é:
A) acompanhamento de inventário físico das cautelas de ações
B) conferência do cálculo da correção monetária integral
C) confirmação dos investimentos através de circularizações

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D) conferência do cálculo de equivalência patrimonial


E) exame dos subsídios recebidos para investimentos

48. (ESAF/AFRFB/1998) Os procedimentos de auditoria de


conferência de cálculo da equivalência patrimonial aplicam-se às
contas contábeis que registram
A) capital social subscrito e integralizado
B) investimentos permanentes relevantes em controladas
C) capital social subscrito e a subscrever
D) importação de bens do imobilizado em andamento
E) investimentos temporários em ações de empresas

49. (ESAF/SUSEP/2010) O auditor externo, ao realizar testes no


cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo
método do fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa
utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a
recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar
que a conta:
A) de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada.
B) de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada.
C) do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada.
D) de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada.
E) do ativo imobilizado está subavaliada.

50. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Ao analisar a contabilização em uma


imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da
empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos
Estoques. Pode-se afirmar que
A) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos
no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de
Terrenos estará superavaliada.
B) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a
mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar
superavaliado.
C) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser
sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel.
D) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber,
este apresentará saldo sub-avaliado.
E) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da
empresa ser de comercialização de imóveis.

51. (ESAF/AFRFB/2002) Um auditor, sabendo que a taxa de


depreciação de um determinado grupo de imobilizado é de 10%
ao ano e que não ocorreram adições ou baixas no período sob
exame, efetua um cálculo global de despesa de depreciação no

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valor de $ 1.000. Se os saldos iniciais de custo do bem e da


depreciação acumulada eram de $ 10.000 e $ 5.000,
respectivamente, e o auditor constata que o livro contábil, no final
do exercício, apresenta um saldo de $ 10.000 para o custo do
imobilizado e $ 5.500 como depreciação acumulada, neste caso o
auditor falhou em:
A) confiar demasiadamente no sistema da empresa.
B) confiar que a taxa de depreciação era de 10% ao ano.
C) não verificar os itens totalmente depreciados.
D) não verificar os itens reavaliados do imobilizado.
E) não considerar a adição de um novo imobilizado.

52. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) Caracteriza-se como fraude o


seguinte evento identificado pelo auditor:
A) o sistema de folha de pagamentos não está calculando os duodécimos
da provisão de férias para dois funcionários.
B) a área de produção desativou máquina da linha de produção e não
informou a área contábil para suspender a depreciação.
C) a empresa não reconheceu os créditos de impostos decorrentes de
prejuízos fiscais a compensar.
D) saldo em aberto na Conta Fornecedores que, consultado na carta de
circularização, respondeu não possuir nenhum crédito contra a empresa.
E) existem depósitos não identificados efetuados na conta-corrente que
estão em aberto na conciliação.

53. (ESAF/SUSEP/2002) O auditor independente, durante seus


trabalhos, circulariza uma amostra selecionada de fornecedores.
Este procedimento de auditoria deve ser autorizado pelo
A) auditor independente.
B) administrador da empresa auditada.
C) contador da empresa auditada.
D) auditor interno da companhia.
E) sócio diretor da empresa de auditoria.

54. (ESAF/SFC/2001) Os procedimentos de auditoria mais eficazes


para detectar a omissão de passivos nas demonstrações contábeis
são:
A) exame das conciliações bancárias e análise das pendências relevantes
B) confirmação de contas a pagar e inventário físico de mercadorias
C) exames de pagamentos subseqüentes e inventário físico de
mercadorias
D) análise da composição dos saldos de fornecedores e outras contas a
pagar
E) confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subsequentes

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55. (ESAF/SUSEP/2010) As estimativas contábeis reconhecidas


nas demonstrações contábeis da empresa são de
responsabilidade:
A) dos auditores externos.
B) dos advogados.
C) da auditoria interna.
D) do conselho de administração.
E) da administração da empresa.

56. (ESAF/SEFAZ-RN/2005) Para reconhecimento dos passivos


tributários, em discussão jurídica, devem os escritórios de
advocacia ou advogados da entidade auditada classificar o
sucesso das causas em remoto, possível ou provável. Assim
podemos afirmar que o auditor deve
A) calcular a provisão reconhecendo os passivos prováveis e analisando
as probabilidades nos processos possíveis.
B) não-contabilizar provisão para as autuações que estejam sendo
discutidas administrativamente, mesmo com posição desfavorável à
entidade.
C) não-reconhecer referidos passivos porque se assim o fizer estará
reconhecendo a obrigação.
D) compor a provisão sem considerar os processos com provável perda
judicial.
E) solicitar o registro contábil de provisão para processos com
classificação remota de perda.

57. (ESAF/INSS/2002) Em decorrência das respostas de


circularização, de advogados internos e externos da empresa
auditada, o auditor independente recebeu diversas respostas com
opinião sobre a possibilidade remota de insucesso de ações de
diversas naturezas, contra a empresa, já em fase de execução.
Neste caso, o auditor deve:
A) concordar integralmente com os advogados.
B) discordar parcialmente dos advogados.
C) concordar parcialmente com os advogados.
D) discordar integralmente dos advogados.
E) não concordar nem discordar dos advogados.

58. (ESAF/AFRFB/2002) No momento da circularização de


advogados da empresa auditada, o objetivo do auditor é
A) identificar todos os compromissos.
B) questionar os ativos e passivos contingentes.
C) identificar todos os passivos contingentes.
D) questionar as chances de sucesso das ações.
E) identificar os valores a serem divulgados.

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59. (ESAF/AFRFB/2002) Como resposta a uma circularização de


advogados, o auditor recebeu a seguinte resposta de um dos
advogados da empresa auditada: o valor da ação, contra nosso
cliente é 100.000 reais, e a expectativa de perda é remota.
Baseado no julgamento do advogado, a posição do auditor é que a
empresa
A) contabilize o valor total da ação e adicione uma nota explicativa.
B) contabilize o valor parcial da ação e adicione uma nota explicativa.
C) contabilize o valor parcial da ação sem uma nota explicativa.
D) não contabilize o valor da ação e não inclua nota explicativa.
E) não contabilize o valor da ação e adicione uma nota explicativa.

60. (ESAF/INSS/2002) Para determinação da suficiência de


cobertura de seguros para ativo imobilizado deve-se proceder ao
confronto da cobertura da apólice com o valor:
A) da existência física do ativo imobilizado.
B) das despesas antecipadas.
C) total das despesas de seguros.
D) do saldo contábil do ativo imobilizado.
E) do Patrimônio Líquido.

61. (ESAF/AFRFB/2002) O auditor independente, ao efetuar o


teste de auditoria nos contratos de seguros, constatou que todas
as apólices estavam em vigor conforme relatório entregue pelo
contador da Cia. Siderúrgica Ferro e Aço S.A. Dois dias após o
encerramento dos trabalhos de auditoria, uma explosão ocorre em
uma das principais caldeiras da empresa e o auditor é convocado
pelo conselho de administração do cliente para esclarecimentos,
já que a cobertura de seguros não era suficiente para o sinistro
ocorrido. Apesar de ter efetuado o teste quanto à vigência das
apólices, o auditor não atentou em:
A) verificar o grau de risco de eventual sinistro dos imobilizados.
B) avaliar o montante segurado com o valor dos imobilizados.
C) verificar as medidas preventivas tomadas pela empresa.
D) avaliar a real situação financeira da companhia seguradora.
E) verificar detalhadamente as informações fornecidas para a seguradora.

62. (ESAF/Pref. Natal-RN/2008) Assinale a opção que não


representa um controle eficaz para prevenir o inflacionamento da
folha de pagamento.
A) Reajuste de salários previamente aprovados pela diretoria.
B) Anotações formais de realização de jornada de trabalho.
C) Resumo da folha de pagamento contabilizado mensalmente.
D) Conferência dos cálculos realizada por funcionário independente.

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E) Comparação com valores anteriores e análise de variações


independentes.

63. (FGV/SEFAZ-AP/2010) Assinale a alternativa que apresente o


objetivo específico da auditoria do resultado:
A) comprovar se compras de mercadoria estão de acordo com os
objetivos da empresa.
B) confirmar se os pagamentos realizados foram conciliados.
C) verificar se as despesas correspondentes às receitas realizadas foram
apropriadas no período.
D) comprovar a correta apropriação das despesas em obediência ao
regime de caixa.
E) conferir a exatidão dos registros contábeis dos estoques de
mercadorias.

64. (FGV/SEFAZ-RJ/2008) O controle interno é muito importante


para a auditoria, uma vez que, com base nele, será determinada a
quantidade de testes (substantivos) a serem aplicados. Se,
porventura, esses controles inexistirem ou falharem (risco
inerente ou de controle), a possibilidade de ocorrerem fraudes é
maior.
Na obra "Por Dentro das Fraudes: como são feitas, como
denunciá-las, como evitá-las", o autor comenta um caso de fraude
conhecido como emissão de "notas fiscais cauçadas".
"Por ocasião do faturamento de bens e serviços, dependendo dos
tributos e da esfera de governo, são extraídos documentos fiscais
a serem entregues ao comprador/tomador, ficando as demais vias
no talonário para fins de registro e fiscalização por parte do
governo. A fim de reduzir a carga tributária, vendedor e
comprador às vezes ajustam um valor menor a ser registrado no
documento fiscal. Quando isso não é possível, o vendedor,
unilateralmente, preenche a nota com montantes diferentes: a via
entregue ao contratante com o valor total; a que será fiscalizada,
com valor menor. Como o preenchimento costuma ser simultâneo
(com folhas carbonadas), coloca-se algo entre a primeira e as
demais vias (uma prancheta de madeira, por exemplo). Dessa
forma, o contratante recebe sua via com o valor correto, e o
fraudador, em um segundo momento, completa sua via com uma
quantia menor."
Considerando a situação exposta, assinale o procedimento que
menos contribui para detectar esse tipo de operação.
a) confrontar (correlacionar) a documentação do tomador do
serviço/comprador com a documentação do prestador de serviço/
vendedor.

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b) somar atentamente as notas fiscais emitidas pelo prestador de


serviço/vendedor.
c) verificar se valor faturado (emitido) é suficiente, pelo menos, para
cobrir os custos da operação e manter o prestador de serviço/vendedor
em condições de funcionamento.
d) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na
operação analisada com os valores praticados em outras operações
similares.
e) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na
operação analisada com os valores praticados por concorrentes.

65. (UFGUFG-Contador2006) Com relação ao ciclo de receita,


pode-se afirmar que são objetivos de auditoria:
I - Verificar se o saldo de Contas a Receber inclui todos os direitos
legais que a entidade tem sobre clientes na data do balanço.
II - Verificar se as transações contabilizadas de vendas
representam produtos expedidos ou serviços prestados durante o
período.
III - Verificar, através de circularização, os valores liquidados no
período.
Das afirmações, apenas
A) a I e verdadeira.
B) I e II são verdadeiras.
C) I e III são verdadeiras.
D) II e III são verdadeiras.

66. (UFGPref. Aparecida Goiânia-Fiscal2012) Na aplicação de


procedimentos de auditoria no ciclo de vendas e cobrança, o
auditor geralmente se preocupa com transações de vendas, com
entradas de caixa e ajuste de vendas, e acumulação no saldo de
A) contas a receber.
B) contas a pagar.
C) custo da mercadoria.
D) custo das vendas.

67. (FCC/TRT-15/2013) A empresa Wiinfo S.A. elabora projetos de


implementação de softwares fiscais. Os projetos são controlados
por sistema de acompanhamento de projetos, que controla as
fases e as horas aplicadas. O sistema foi construído de forma a
dar a situação atual do projeto, não guardando as posições
diárias. As receitas são apropriadas de acordo com o percentual
de conclusão das fases. Para confirmar a veracidade da
contabilização das receitas, deve o auditor externo:
a) aceitar a posição apresentada pela empresa, visto não ter como
verificar a veracidade da apropriação da receita;

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b) solicitar à empresa a retenção das informações para sua revisão ou


efetuar a revisão no período em que as informações estiverem
disponíveis;
c) invalidar a auditoria dos valores registrados em receita, em função de
não ter como evidenciar a vera cidade;
d) limitar o escopo do trabalho, uma vez que não são possíveis trabalhos
alternativos para validação, nem procedimentos alternativos;
e) recusar os trabalhos de auditoria, exigindo a mudança nos controles
internos e o arquivamento da posição diária de todos os projetos,
independente do custo proporcionado.

68. (FCC/TRT-12/2013) Para confirmar se os valores


reconhecidos, no período, como despesa de juros referentes a um
empréstimo de longo prazo foram calculados adequadamente, o
auditor deve utilizar a técnica de:
a) conciliação;
b) entrevista;
c) correlação de informações;
d) circularização;
e) conferência de cálculo.

69. (FCC/TJ-PI/2009) Em 31/12/2008, o extrato bancário da


conta corrente que a Cia. Delta mantém junto ao Banco Épsilon
demonstrava um saldo credor de R$ 47.600,00. Em sua
escrituração contábil, o saldo da mesma conta corrente era
devedor em R$ 45.530,00. O auditor independente, por meio da
análise do extrato bancário, apurou os seguintes fatos não
registrados na contabilidade:
I. aviso de lançamento à débito, efetuado pelo banco, de R$
680,00, relativo a contas de luz e de telefone;
II. aviso de lançamento à débito de R$ 2.000,00, em virtude de
devolução de duplicata descontada por falta de pagamento do
sacado;
III. devolução de cheques de terceiros, depositados pela
companhia, no valor de R$ 1.450,00, em virtude de insuficiência
de fundos;
IV. aviso de crédito de duplicata de emissão da companhia em
cobrança no banco, no valor de R$ 4.500,00, mais os juros pelo
atraso no pagamento de R$ 200,00.
No processo de conciliação bancária, o auditor verificou, também,
que havia cheques emitidos pela companhia, ainda não
descontados junto ao banco, no valor de R$ 2.700,00 e depósitos
efetuados em cheque que ainda não tinham sido creditados na
conta da sociedade pelo banco, em virtude de sua compensação,
no valor de R$ 1.200,00. Logo, o saldo correto da mencionada

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conta corrente, em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a


conciliação bancária, é (em R$) igual a:
A) 46.500,00.
B) 45.900,00.
C) 46.100,00.
D) 46.230,00.
E) 45.750,00.

70. (FCC/TJ-PI/2009) Ao fazer a auditoria do Ativo Imobilizado da


Cia. Montes Claros, o profissional encarregado observou que a
sociedade tinha adquirido, por R$ 681.000,00, uma máquina em
08/08/1998, a qual tinha sido colocada em funcionamento no
mesmo mês de aquisição e depreciada à taxa anual de 10%. Ao
fazer o cálculo da depreciação relativa ao ano-calendário de 2008,
o auditor verificou que ela tinha sido lançada corretamente no
valor, em R$, de:
A) 45.400,00.
B) 43.175,00.
C) 41.875,00.
D) 39.725,00.
E) 34.050,00.

71. (FCC/PGE-SJ/2009) O auditor, ao avaliar um item do ativo,


NÃO deve considerar como um elemento a ser refletido no cálculo
do valor em uso:
A) o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo.
B) a estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter
com esse ativo.
C as expectativas sobre possíveis variações no montante ou período
desses fluxos de caixa futuros.
D o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de juros
livre de risco.
E a inflação esperada para o período do fluxo de caixa e os impostos que
afetam os resultados do fluxo.

72. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Ao efetuar a auditoria das contas


do Ativo Permanente da Cia. Mercúrio, o auditor constatou que a
aquisição de 30% das ações da Cia. Polar, realizada durante o
exercício, tinha sido contabilizada pelo custo de aquisição de R$
300.000,00. Na ocasião da compra, o Patrimônio Líquido da
investida correspondia a R$ 1.100.000,00 e o da investidora, a R$
2.100.000,00. A vista desses fatos, o auditor concluiu que o
lançamento em questão estava:
A) correto, porque o investimento não é relevante para a investidora.
B) correto, porque a Cia. Polar não é controlada pela Cia. Mercúrio.

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C) correto, porque atendeu ao princípio contábil do custo como base de


valor.
D) incorreto, porque o valor do investimento é R$ 270.000,00, com ágio
de R$ 30.000,00.
E) incorreto, porque o valor do investimento é de R$ 330.000,00, com
deságio de R$30.000,00.

73. (FCC/Pref. São Paulo/2007) No curso de auditoria externa


realizada na Cia. Novo Hamburgo foram constatadas as seguintes
irregularidades:
- Registro incorreto de gastos de manutenção do Ativo
Imobilizado de R$ 30.000,00 como despesas, em vez de acréscimo
ao valor dos bens.
- Insuficiência na constituição da Provisão para Créditos de
Liquidação Duvidosa no valor de R$ 17.000,00.
- Falta de registro contábil de duplicatas já pagas, mantidas
incorretamente no Passivo Circulante, no valor de R$ 28.000,00.
- Falta de registro de adiantamento a empregados no valor de R$
6.000,00.
Efetuados os lançamentos de ajuste para sanar tais
irregularidades, recomendados pelo auditor, o resultado da
companhia:
A) diminuiu R$ 21.000,00.
B) diminuiu R$ 15.000,00.
C) permaneceu inalterado.
D) aumentou R$ 13.000,00.
E) aumentou R$ 7.000,00.

74. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Em auditoria externa de estoques


de uma empresa industrial, que tinha iniciado suas atividades no
exercício em curso, foi constatado que o custo total de produção
no período importou em R$ 320.000,00. Foi iniciada nesse
exercício a produção de 2.000 unidades do bem X, sendo que no
final do período estavam ainda em processo 500 unidades com
grau de acabamento equivalente a 20% do produto pronto.
Confirmada essa percentagem com os engenheiros de produção
da empresa, o auditor verificou que o estoque de produtos em
processo tinha sido avaliado e registrado por R$ 80.000,00, na
escrituração contábil da empresa. O valor do estoque de produtos
em processo está:
A) correto.
B) subestimado em R$ 70.000,00.
C) superestimado em R$ 60.000,00.
D) subestimado em R$ 30.000,00.
E) superestimado em R$ 20.000,00.

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75. (FCC/Pref. São Paulo/2007) Ao analisar os investimentos


permanentes da Cia. Monte Alto, o auditor externo verificou que
uma participação societária na Cia. Flora Azul havia sido adquirida
por R$ 500.000,00, com ágio de R$ 100.000,00 sobre o valor
patrimonial das ações da investida. O motivo do ágio foi a
existência de imóveis na investida cujo valor de mercado superava
o valor contábil em R$ 200.000,00. No final do exercício, a Cia.
Flora Azul efetuou a reavaliação desses imóveis por esses exatos
R$200.000,00, fato não registrado na contabilidade da
investidora. O lançamento de ajuste recomendado pelo auditor foi:
A) Ágio na aquisição de Investimentos - Cia. Flora Azul a Reserva de
Reavaliação - Cia. Flora Azul 100.000,00
B) Investimentos - Cia. Flora Azul a Ágio na aquisição de Investimentos -
Cia. Flora Azul 100.000,00
C) Reserva de Reavaliação - Cia. Flora Azul a Investimentos - Cia. Flora
Azul 100.000,00
D) Investimentos - Cia. Flora Azul a Reserva de Reavaliação - Cia. Flora
Azul 200.000,00
E) Investimentos - Cia. Flora Azul a Ágio na aquisição de Investimentos -
Cia. Flora Azul 200.000,00

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Gabarito:

1–D 20 – B 39 – E 58 – C
2–C 21 – C 40 – C 59 – D
3–C 22 – E 41 – A 60 – D
4–E 23 – B 42 – E 61 – B
5–C 24 – E 43 – D 62 – C
6–C 25 – A 44 – A 63 – C
7–E 26 – A 45 – B 64 – B
8–E 27 – D 46 – C 65 – B
9–B 28 – A 47 – D 66 – A
10 – E 29 – C 48 – B 67 – B
11 – B 30 – E 49 – E 68 – E
12 – D 31 – B 50 – A 69 – C
13 – E 32 – C 51 – C 70 – D
14 – B 33 – D 52 – D 71 – E
15 – A 34 – E 53 – B 72 – E
16 – A 35 – D 54 – E 73 – D
17 – A 36 – A 55 – E 74 – C
18 – C 37 – B 56 – A 75 – B
19 – B 38 – C 57 – D

Referências utilizadas na elaboração das aulas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo.


7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BRITO, Claudenir e FONTENELLE, Rodrigo. Auditoria privada e


governamental: teoria de forma objetiva e mais de 400 questões
comentadas. 2. ed. Niterói: Impetus, 2015.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2010.

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