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Introdução ........................................................................................ 01
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos .......................... 04
Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou independente ......... 18
Lista de questões ............................................................................... 26
Bibliografia ........................................................................................ 30
Introdução
Prezado Aluno,
É com muita satisfação que ministraremos para você, a quatro mãos, o curso
de Auditoria em exercícios para o concurso de Fiscal de Rendas da Secretaria
da Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ).
Antes de darmos início a nossa aula, permitam-nos falar um pouco sobre nós:
Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em
Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei
mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o
cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.
No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle
da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista
de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo.
Com certeza não precisamos falar para você sobre a concorrência que irão
enfrentar nesse concurso, seja pelo salário, pelas atribuições da profissão ou
pela possibilidade de morar no Rio de Janeiro. Assim, cada questão, cada
ponto será decisivo. No caso específico de Auditoria, tomando como base a
prova passada, podemos esperar algo em torno de 10 questões, ou seja, cerca
de 10 pontos estarão em jogo nessa etapa.
Como sabemos que você tem muitas matérias para estudar e pouco tempo
para isso, optamos por fazer um curso em exercícios especialmente
desenvolvido para que você, na medida em que aprende a matéria, treine para
o dia da prova. Ou seja, sem perda de tempo, vamos direto ao ponto.
Opa! Como assim adaptar as questões? Que novas normas de auditoria são
essas?
Por isso, o nosso curso será baseado em questões passadas da FGV adaptadas
às novas normas de auditoria, de forma que possamos, ao mesmo tempo,
conhecer o estilo da banca e ficar atualizado.
Além disso, faremos uma relação entre as normas antigas e as novas, ou seja,
você não será pego de surpresa caso a banca traga questões que envolvam
aspectos das normas antigas.
Você verá que auditoria é uma ciência muito intuitiva e, se conseguir entender
os diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas se
relacionam, não será difícil ter sucesso na hora da prova.
Nosso curso será dividido em seis aulas, uma por semana (contando com a
aula demonstrativa). As aulas terão entre 30 e 50 páginas, variando de acordo
com o assunto tratado, trazendo exercícios comentados de provas passadas,
adaptados, se necessário, às novas normas, e com a base teórica necessária
para seu perfeito entendimento.
Assinale
Comentários:
Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai
querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o
investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e
passivos...
Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias
modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil.
Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações
financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a
nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na
legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra
expressão, indistintamente.
1
A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de
caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa.
Chegamos então onde reside o interesse desse curso: na auditora contábil ou,
mais precisamente, na auditoria independente das demonstrações contábeis.
De agora em diante, trataremos apenas por auditoria independente, OK?
Mas, e caso a banca continue usando o termo parecer? A questão estará certa
ou errada?
Nesse caso, existem bancas que cobram a literalidade das normas, outras são
um pouco mais flexíveis. A FGV, em auditoria, certamente é um exemplo do
primeiro tipo.
Porém, temos que considerar que essas alterações são recentes, as novas
normas devem ser aplicadas na análise das demonstrações referentes ao
período que tenha início em 1º/1/2010.
Cremos que a Banca não misturará as normas novas e antigas, para não criar
polêmica. Porém, o cuidado deverá será redobrado, por exemplo, se aparecer
um item correto, mas, citando parecer em vez de relatório, desde que não
tenha outro item totalmente correto à luz das novas normas, ele será o
gabarito da questão.
Item I – Certo
Vimos que, de acordo com a NBC TA 200, a auditoria objetiva aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários por meio de
uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.
Item II - Certo
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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCÍCIOS PARA SEFAZ-RJ
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AULA DEMONSTRATIVA
GABARITO: B
Comentários:
Além disso, a questão também traz outro termo que ainda não discutimos:
“relatório com opinião não modificada”. Por hora, basta saber que é aquele em
que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis são
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável. Ou seja, está tudo OK.
Essa opinião não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem
a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da
entidade.
O item B está errado, pois a opinião do auditor não deve tratar sobre como o
trabalho foi executado, mas sobre os resultados desse trabalho.
O item C está correto, pois, o auditor, ao emitir uma opinião não modificada,
atesta que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam
distorções relevantes.
O item D está errado, pois a limitação na extensão dos trabalhos deve conduzir
a uma opinião com ressalvas ou adversa.
GABARITO: C
Comentários:
Item A: errado
O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir
seus objetivos, isso é papel do auditor interno ou de um consultor. O objetivo
primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Item B: errado
O auditor independente até pode apresentar esses subsídios, mas isso não é o
seu objetivo principal.
Item C: certo
As normas em vigor dispõem que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
Item D: errado
A afirmação dessa assertiva representa o papel de um advogado ou de um
consultor jurídico, não do auditor independente.
Item E: errado
O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a
administração por intermédio do chamado “relatório-comentário”, mas esse
não é seu objetivo final.
GABARITO C
Comentários:
Bom, vamos utilizar essa questão para falar um pouquinho mais sobre a
auditoria independente.
Vamos às assertivas:
Bom… essa questão é bem fácil, basta saber quais são os princípios
fundamentais da contabilidade.
1. Prudência
2. Registro pelo Valor Original
3. Entidade
4. Continuidade
5. Oportunidade
6. Competência
7. Atualização Monetária
GABARITO: E
Comentários:
2
International Organization of Supreme Audit Institutions
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Instrução Normativa no 01 de 06 de abril de 2001, da Secretaria Federal de Controle Interno
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Bom, depois de tudo o que falamos fica fácil ver que a questão, ao falar de
“auditoria que atua diretamente sobre a administração da coisa pública e no
acompanhamento das ações e dos programas orçamentários empreendidos
pelos órgãos e entidades”, está se referindo à auditoria governamental.
GABARITO: B
Comentários:
GABARITO: D
Comentários:
A auditoria interna, por sua vez, é aquela executada pela própria organização,
com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, por
meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos.
Isso quer dizer que o auditor independente, no decorrer do seu trabalho, não
pode propor melhorias à organização?
4
A NBC TA 700 define que a opinião do auditor independente deve ser expressa em um documento denominado
relatório de auditoria. As normas de auditoria anteriormente vigentes e hoje revogadas faziam uma distinção na
nomenclatura dos documentos emitidos pelo auditor independente (parecer) e o auditor interno (relatório).
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Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto
nível da administração, como, por exemplo, à Presidência ou ao Conselho de
Administração. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve,
portanto, reportar-se a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente,
para garantir uma ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e à
implantação das recomendações efetuadas. É fundamental que os auditores
internos atuem com liberdade dentro da organização, sem medo de serem
demitidos.
Auditor Externo ou
Auditor Interno
Independente
Relação com a não possui vínculo
é empregado da empresa
empresa empregatício
Grau de
menor maior
independência
elaboração de um relatório
que comunique os trabalhos
emissão de uma opinião
realizados, as conclusões
Finalidade sobre a adequação das
obtidas e as recomendações
demonstrações contábeis
e providências a serem
tomadas
Tipos de
contábil e operacional contábil
auditoria
interno e externo
Público alvo interno
(principalmente o último)
Volume de
maior menor
testes
Quem exerce a
contador com registro no CRC
atividade
Documento que
Relatório
produz
Onde é em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
realizada e de direito privado.
Item A: certo.
O auditor externo é independente em relação à entidade, enquanto que o
auditor interno, por mais que deva preservar sua autonomia, nunca será
totalmente independente.
Item B: certo.
O auditor interno, como regra, possui vínculo empregatício com a empresa, o
que denota sua subordinação. Já o auditor externo nunca poderá possuir esse
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tipo de vínculo, pois acabaria por prejudicar sua independência – logo, deve
ser contratado.
Item C: certo.
O auditor interno objetiva avaliar continuamente o sistema de controle interno
da empresa, enquanto que o auditor externo objetiva emitir uma opinião sobre
a adequação das demonstrações financeiras.
Item D: errado.
Os auditores internos e os auditores externos utilizam os mesmos tipos de
testes e procedimentos na execução de seus trabalhos, sejam eles testes de
controle ou procedimentos substantivos.
O que diferencia os dois profissionais não são os testes que realizam, mas os
objetivos que desejam alcançar.
Item E: certo.
É isso mesmo. A auditoria operacional é uma característica do auditor interno.
GABARITO: D
Resolução:
Essa é uma questão bem recente, cobrada no último concurso para fiscal do
ICMS-SP. Vamos ver como não é difícil respondê-la, com base no que
acabamos de discutir.
Item A: errado.
É exatamente o contrário, a auditoria externa é mais independente que a
auditoria interna.
Item B: errado.
O auditor interno não é responsável pela implementação e pelo cumprimento
dos controles internos, ele é responsável por verificar se os mesmos estão
sendo cumpridos.
Item C: errado.
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Item D: errado.
O auditor interno não emite opinião sobre as demonstrações contábeis. O seu
objetivo é elaborar um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas em
relação aos controles internos da entidade.
Item E: certo.
Como já falamos, o auditor interno é responsável por verificar a necessidade
de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de
controles internos.
GABARITO: E
Comentários:
Isso está explícito na NBC T 12: “A Auditoria Interna é exercida nas pessoas
jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.”
GABARITO: E
(D) não pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus trabalhos por
ele examinados a ao segundo, sim.
(E) tem por obrigação emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis
da entidade e o segundo, não.
Comentários:
Item A: errado.
Item B: errado.
Opa! Esse item é interessante. Em uma primeira análise podemos pensar que
o item está correto, pois a principal função do auditor externo é emitir uma
opinião sobre as demonstrações contábeis.
Item C: errado.
Contudo, não precisamos disso para saber que, no ambiente atual em que as
empresas estão inseridas, o conhecimento sobre tecnologia da
informação é essencial tanto para os auditores internos quanto
externos. Não faz sentido pensar que apenas um deles precisaria desse tipo
de conhecimentos.
Item D: errado.
O auditor interno não deve ficar subordinado a pessoas que possam ter
seus trabalhos por ele examinados.
Item E: certo.
GABARITO: E
Um grande abraço,
Davi e Fernando
Lista de Questões
Assinale
Gabarito:
1. B 2. C 3. C 4. E 5. B
6. D 7. D 8. E 9. E 10.E
Bibliografia
ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.