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CURSO ON-LINE: AUDITORIA EM EXERCÍCIOS PARA SEFAZ-RJ

PROFESSORES: DAVI BARRETO E FERNANDO GRAEFF


AULA DEMONSTRATIVA

Introdução ........................................................................................ 01
Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos .......................... 04
Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou independente ......... 18
Lista de questões ............................................................................... 26
Bibliografia ........................................................................................ 30

Introdução

Prezado Aluno,

É com muita satisfação que ministraremos para você, a quatro mãos, o curso
de Auditoria em exercícios para o concurso de Fiscal de Rendas da Secretaria
da Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ).

Antes de darmos início a nossa aula, permitam-nos falar um pouco sobre nós:

Meu nome é Davi Barreto, sou cearense, me graduei em engenharia eletrônica


pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Atualmente, sou Auditor
Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), tendo
obtido o 1° lugar no concurso de 2007, e mestrando em economia na UNB.

Meu nome é Fernando Graeff, sou Gaúcho de Caxias do Sul. Sou formado em
Administração de Empresas e, antes de entrar no serviço público, trabalhei
mais de 15 anos na iniciativa privada. Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil, trabalhei nas Unidades Centrais deste Órgão. Atualmente, exerço o
cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.
No serviço público, exerci ainda os cargos de Analista de Finanças e Controle
da Secretaria do Tesouro Nacional - área contábil – em Brasília e de Analista
de Orçamento do Ministério Público Federal em São Paulo.

Feitas as apresentações, vamos falar um pouco sobre nosso curso.

Com certeza não precisamos falar para você sobre a concorrência que irão
enfrentar nesse concurso, seja pelo salário, pelas atribuições da profissão ou
pela possibilidade de morar no Rio de Janeiro. Assim, cada questão, cada
ponto será decisivo. No caso específico de Auditoria, tomando como base a
prova passada, podemos esperar algo em torno de 10 questões, ou seja, cerca
de 10 pontos estarão em jogo nessa etapa.

Como sabemos que você tem muitas matérias para estudar e pouco tempo
para isso, optamos por fazer um curso em exercícios especialmente
desenvolvido para que você, na medida em que aprende a matéria, treine para
o dia da prova. Ou seja, sem perda de tempo, vamos direto ao ponto.

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Vamos abordar todos os tópicos do edital, utilizando, sempre que possível,


questões da FGV, relacionando os diversos conceitos que a matéria traz com
as principais normas.

Eventualmente, será necessário utilizar questões de outras bancas (FCC, ESAF


etc.), contudo vamos resolver quase todas as questões dos concursos mais
recentes (2006 – 2009) da FGV, tentando adaptá-las às novas normas de
auditoria

Opa! Como assim adaptar as questões? Que novas normas de auditoria são
essas?

É importante ressaltar que, como o edital é de 21 de janeiro de 2010,


provavelmente serão cobradas as novas normas de auditoria. Para quem não
sabe ainda, no final do ano de 2009, o Conselho Federal de Contabilidade –
CFC promoveu uma profunda modificação na estrutura das Normas Brasileiras
de Auditoria e publicou 38 novas resoluções, no intuito de alinhar as
disposições brasileiras com os padrões internacionais ditados pela International
Federation of Accounting – IFAC.

As novas normas serão aplicáveis aos balanços com exercícios iniciados a


partir do dia 1º de janeiro de 2010, bem como passarão a ser cobradas em
provas de concursos públicos, em substituição à NBC T 11 e seus
complementos.

Por isso, o nosso curso será baseado em questões passadas da FGV adaptadas
às novas normas de auditoria, de forma que possamos, ao mesmo tempo,
conhecer o estilo da banca e ficar atualizado.

Além disso, faremos uma relação entre as normas antigas e as novas, ou seja,
você não será pego de surpresa caso a banca traga questões que envolvam
aspectos das normas antigas.

Em virtude de nosso curso ser de exercícios comentados, nossa navegação


pelo conteúdo programático do edital não será linear, pois, faremos referência
de um mesmo assunto em diversas ocasiões, isso, que a primeira vista pode
parecer um empecilho, na verdade, facilitará a memorização do conteúdo. Pois
você sabe que para memorizar é necessária a repetição.

Portanto, o cronograma de aulas é apenas um indicativo para nortear nosso


estudo, não nos prenderemos a ele. Assim, um tópico visto nessa aula poderá
ser retomado nas próximas, claro que de forma mais sucinta.

Muitas vezes, notamos que os alunos se esforçam muito tentanto decorar as


diferentes normas de auditoria, sem entender os conceitos e a lógica que
envolvem essa disciplina.

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Você verá que auditoria é uma ciência muito intuitiva e, se conseguir entender
os diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas se
relacionam, não será difícil ter sucesso na hora da prova.

Nosso curso será dividido em seis aulas, uma por semana (contando com a
aula demonstrativa). As aulas terão entre 30 e 50 páginas, variando de acordo
com o assunto tratado, trazendo exercícios comentados de provas passadas,
adaptados, se necessário, às novas normas, e com a base teórica necessária
para seu perfeito entendimento.

O quadro abaixo resume como será distribuído nosso cronograma de aulas:

Aula Data Tópicos abordados


• Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos.
Aula 00 • Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou
independente.
• Planejamento da auditoria.
• Supervisão e controle de qualidade.
Aula 01 26.02.10
• Relevância. Risco de auditoria.
• Procedimentos de auditoria.
• Normas da fraude e erro.
Aula 02 05.03.10
• Amostragem.
• Normas dos papéis de trabalho e documentação da auditoria
Aula 03 12.03.10 • Carta de responsabilidade da administração.
• Contingências.
• Normas aplicáveis à Auditoria Interna.
• Controle interno: conceito; responsabilidade e supervisão;
rotinas internas; aspectos fundamentais dos controles
Aula 04 19.03.10 internos (relação custo/benefício; definição de
responsabilidade e autoridade; segregação de funções;
acesso aos ativos; comprovações e provas independentes;
método de processamento de dados; pessoal).
Aula 05 26.03.10 • Auditoria Contábil.

Outra coisa: sempre colocaremos as questões discutidas durante a aula no


final do arquivo, caso você queira tentar resolver as questões antes de ver os
comentários.

E, por último, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do


Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar
no aprimoramento dos nossos cursos.

Dito isto, mãos à obra...

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Noções gerais sobre auditoria: conceituação e objetivos

01. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009 - Adaptada) A respeito de


conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as afirmativas a
seguir:

I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de


procedimentos técnicos que tem por objetivo a expressão de uma opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já
consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus
organismos próprios.
III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos
usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em
termos de conteúdo, salvo declaração expressa em contrário, constante em
sua opinião.

Assinale

(A) se somente a afirmativa III estiver correta.


(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

Atenção: Antes de iniciarmos, queremos esclarecer que os comentários


dessas primeiras questões serão um pouco mais extensos, no decorrer das
aulas, na medida em que vamos tomando contato com novos conceitos,
acumulando conhecimentos, eles vão ficando mais sucintos.

Desta forma, antes de comentar essa primeira questão, vamos aprender


alguns conceitos básicos sobre a Auditoria.

A auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evolução do


sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e familiares,
posteriormente, a evolução da economia trouxe, para algumas empresas, a
necessidade de captar dinheiro de terceiros.

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Ou seja, para crescer é necessário dinheiro e, em muitas ocasiões, esse


recurso tem que vir de investidores externos à empresa (bancos, credores,
acionistas etc.)

Bom, agora se coloque na posição desses investidores. Com certeza, você vai
querer saber onde está colocando seu dinheiro – vai se perguntar se o
investimento é seguro, se a empresa é saudável, quais são seus ativos e
passivos...

Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e


financeira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade de
informação era essencial para que pudessem avaliar a segurança, a liquidez e
a rentabilidade de seu futuro investimento.

As empresas passaram, então, a publicar suas demonstrações contábeis


(balanço patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa1 etc.), como forma de
prover informações sobre a sua situação econômico-financeira para o mundo
exterior.

Fique atento: Você deve saber que a Lei nº 11.638/07 instituiu várias
modificações nos padrões de contabilidade até então vigente no Brasil.
Porém, ficou mantida na norma a expressão “demonstrações
financeiras” ao invés de “demonstrações contábeis”, que é a
nomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada na
legislação. Assim, você pode encontrar na prova tanto uma como outra
expressão, indistintamente.

Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correção e


idoneidade dessas informações?

É nesse momento que surge a necessidade de uma avaliação


independente da real situação da empresa. Nasce, então, a auditoria!
Auditar é, antes de tudo, avaliar.

Podemos definir auditoria como o exame sistemático e independente das


atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor.

De forma geral, a auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos:


auditoria externa e auditoria interna.

A auditoria externa (=independente) é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

1
A Lei nº 11.638/07 substituiu a demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos fluxos de
caixa, em função da facilidade de melhor entendimento da posição financeira da empresa.

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Já a auditoria interna é aquela executada por profissionais (geralmente


funcionários da empresa) ou empresas que possuem vínculo e/ou
subordinação à empresa auditada, com o objetivo de auxiliar a entidade a
atingir seus objetivos, por meio de uma avaliação sistemática do seu sistema
de controle interno. Falaremos com mais detalhes sobre auditoria interna em
nossa última aula.

Outra forma de classificar auditoria é de acordo com seus objetivos específicos.


Como o próprio nome diz, a auditoria contábil é uma técnica da
contabilidade que objetiva avaliar as demonstrações contábeis de uma
entidade.

Chegamos então onde reside o interesse desse curso: na auditora contábil ou,
mais precisamente, na auditoria independente das demonstrações contábeis.
De agora em diante, trataremos apenas por auditoria independente, OK?

Nesse ponto, é importante esclarecer que as recentes inovações nas normas


brasileiras de auditoria, apesar de em grande quantidade, não alteraram o
espírito, nem os objetivos, muito menos, a lógica da auditoria independente.

Essas alterações vieram no intuito de convergir as normas brasileiras (NBC


TAs) às internacionais, ainda que nomenclaturas e definições tenham sido
alteradas, a dinâmica por detrás das normas continua exatamente a mesma.

Veja, por exemplo, o comparativo entre a definição da auditoria das


demonstrações contábeis antes e depois das alterações:

NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor a partir de


1º/1/10)
A auditoria das demonstrações O objetivo da auditoria é aumentar o
contábeis constitui o conjunto de grau de confiança nas demonstrações
procedimentos técnicos que tem por contábeis por parte dos usuários. Isso
objetivo a emissão de parecer sobre a é alcançado mediante a expressão de
sua adequação, consoante os uma opinião pelo auditor sobre se as
Princípios Fundamentais de demonstrações contábeis foram
Contabilidade e as Normas Brasileiras elaboradas, em todos os aspectos
de Contabilidade e, no que for relevantes, em conformidade com
pertinente, a legislação específica. uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.

Observe que o objetivo do auditor é emitir um parecer (norma antiga), que


nada mais é que uma opinião (norma nova), sobre a adequação das
demonstrações contábeis, levando em consideração:

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NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor)


• os Princípios Fundamentais de • a estrutura de relatório
Contabilidade financeiro aplicável.
• as Normas Brasileiras de
Contabilidade
• a Legislação específica (no que
for pertinente)

Ora, a estrutura de relatório financeiro aplicável é a estrutura de relatórios


financeiros (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício
etc.) adotada pela administração que é considerada aceitável em vista da
natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja
exigida por lei ou regulamento, ou seja, nada mais é do que seguir os mesmos
parâmetros citados pela revogada NBC T 11, enfim, apesar das palavras
diferentes, nada mudou...

Mas, e caso a banca continue usando o termo parecer? A questão estará certa
ou errada?

Nesse caso, existem bancas que cobram a literalidade das normas, outras são
um pouco mais flexíveis. A FGV, em auditoria, certamente é um exemplo do
primeiro tipo.

Porém, temos que considerar que essas alterações são recentes, as novas
normas devem ser aplicadas na análise das demonstrações referentes ao
período que tenha início em 1º/1/2010.

Cremos que a Banca não misturará as normas novas e antigas, para não criar
polêmica. Porém, o cuidado deverá será redobrado, por exemplo, se aparecer
um item correto, mas, citando parecer em vez de relatório, desde que não
tenha outro item totalmente correto à luz das novas normas, ele será o
gabarito da questão.

Vamos agora resolver nossa primeira questão.

Item I – Certo

Vimos que, de acordo com a NBC TA 200, a auditoria objetiva aumentar o grau
de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários por meio de
uma opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos
os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável.

Item II - Certo
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O auditor também pode utilizar práticas profissionais formais ou informais para


embasar sua opinião. Desta forma, o auditor pode vir a utilizar-se de normas
que não foram emanadas pelos seus próprios órgãos de classe, como por
exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Banco Central do Brasil –
Bacen, a SUSEP e outros.

As novas normas convergidas para os padrões internacionais (item A5 da NBC


TA 200) dispõem que no caso do Brasil, as práticas contábeis adotadas
compreendem:

• a legislação societária brasileira;


• as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade;
• os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo
CPC e homologados pelos órgãos reguladores; e,
• práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados,
desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por
conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.

Dessa forma, as práticas já consagradas pela profissão contábil, formalizadas


ou não, podem ser utilizadas pelo auditor na ausência de disposições
específicas.

Item III - Errado

Vimos que a opinião expressa pelo auditor é se as demonstrações contábeis


foram elaboradas em conformidade com a estrutura de relatório financeiro
aplicável. Essa estrutura, segundo o item A12 da NBC TA 200, determina a
forma e o conteúdo das demonstrações contábeis.

Assim, a opinião do auditor não se restringe somente ao conteúdo das


demonstrações, mas abrange também a adequação dos aspectos formais dos
relatórios financeiros.

GABARITO: B

02. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008 – Adaptada) A auditoria


independente de demonstrações contábeis objetiva validar e certificar a
adequação dessas demonstrações em face das normas brasileiras de
contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil.

Para que tenha condições de certificar as informações apresentadas, o auditor


aplica dois grandes conjuntos de testes: os testes de controle (ou aderência) e
os procedimentos substantivos. Os primeiros objetivam verificar a existência,
efetividade, adequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com
vistas a determinar, em um segundo momento, o volume de procedimentos
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substantivos a serem aplicados nas diversas áreas a serem testadas. Os


procedimentos substantivos compreendem duas categorias: os testes de
detalhes e os procedimentos analíticos substantivos.

Os testes de detalhes buscarão validar se as transações contabilizadas de fato


ocorreram (em determinadas situações, as empresas registram operações
fictícias, sem suporte documental, com o objetivo de mascarar determinada
evidência ou apresentar uma situação diferente da real) e se os saldos
correspondem à realidade. Já procedimentos analíticos substantivos
compreendem um conjunto de índices e indicadores que funcionam como sinal
de alerta para o auditor.

Ao final dos trabalhos, o auditor evidenciará sua opinião em um documento


denominado “relatório de auditoria”. Nele, caso emita uma opinião “não
modificada”, é correto afirmar que:

(A) serve como garantia de viabilidade futura. Ou seja, constando ou não um


parágrafo de ênfase, a empresa deverá continuar a operar normalmente por,
pelo menos, mais um exercício.
(B) o trabalho de auditoria foi bem realizado, tendo sido todos os
procedimentos listados no planejamento efetivamente executados.
(C) a conclusão do auditor é que as distorções não corrigidas não são
relevantes, individualmente ou em conjunto.
(D) houve limitações significativas no escopo do trabalho.
(E) a administração da entidade auditada atuou de forma eficiente e eficaz,
tendo optado, na maior parte do tempo, por decisões mais acertadas.

Comentários:

O texto introdutório da questão, além dos objetivos da auditoria independente,


fala sobre testes de controle e procedimentos substantivos, conduzidos pelo
auditor ao longo do seu trabalho. Discutiremos esse assunto, com mais
detalhes, na próxima aula.

Além disso, a questão também traz outro termo que ainda não discutimos:
“relatório com opinião não modificada”. Por hora, basta saber que é aquele em
que o auditor está convencido de que as demonstrações contábeis são
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de
relatório financeiro aplicável. Ou seja, está tudo OK.

Bom… vamos, agora, analisar a questão, com destaque para os itens A e E.

Os itens A e E estão errados.

Inicialmente, só lembrando que as normas em vigor a partir de 2010 não


falam mais em parecer, mas em opinião do auditor sobre as demonstrações
contábeis, cuja emissão se dá por intermédio de um relatório.
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Tal opinião trata de determinar se as demonstrações contábeis são elaboradas,


em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de
relatório financeiro aplicável.

Essa opinião não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem
a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da
entidade.

Em outras palavras, a auditoria não garante que a empresa terá sucesso no


futuro em seus objetivos. Seria muita pretensão do auditor ter esse objetivo.

Na realidade, ele é contratado com um único propósito: garantir, com


determinado nível de segurança, que as demonstrações contábeis estão
corretas.

Muito cuidado com isso!

As bancas geralmente fazem desse ponto uma “pegadinha” clássica. Portanto,


um item que afirme que a auditoria atesta a eficácia ou eficiência da
administração ou que representa uma garantia da viabilidade futura da
empresa está errado.

O item B está errado, pois a opinião do auditor não deve tratar sobre como o
trabalho foi executado, mas sobre os resultados desse trabalho.

O item C está correto, pois, o auditor, ao emitir uma opinião não modificada,
atesta que as demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam
distorções relevantes.

O item D está errado, pois a limitação na extensão dos trabalhos deve conduzir
a uma opinião com ressalvas ou adversa.

Falaremos sobre planejamento da auditoria e sobre os efeitos da limitação do


trabalho do auditor em sua opinião, nas próximas aulas.

GABARITO: C

03. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas –


Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria independente, é correto
afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
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(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a


justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

Comentários:

Depois do que vimos, essa questão ficou bem fácil, não?

Item A: errado
O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir
seus objetivos, isso é papel do auditor interno ou de um consultor. O objetivo
primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas
demonstrações contábeis por parte dos usuários.

Item B: errado
O auditor independente até pode apresentar esses subsídios, mas isso não é o
seu objetivo principal.

Item C: certo
As normas em vigor dispõem que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.

Fique atento: essa opinião é emitida por meio de um relatório de auditoria, as


novas normas não utilizam mais o termo “parecer”.

Item D: errado
A afirmação dessa assertiva representa o papel de um advogado ou de um
consultor jurídico, não do auditor independente.

Item E: errado
O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a
administração por intermédio do chamado “relatório-comentário”, mas esse
não é seu objetivo final.

GABARITO C

04. (FCC – SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – 2006) São princípios


contábeis enunciados pela Resolução CFC no 750/93, do Conselho Federal de
Contabilidade:

(A) continuidade, prevalência da essência sobre a forma e tempestividade.


(B) registro pelo valor atualizado, regime de caixa e materialidade.
(C) entidade, competência e reavaliação de ativos.

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(D) ajuste de bens ao valor de mercado, recuperação de despesas e


uniformidade.
(E) prudência, oportunidade e continuidade.

Comentários:

Bom, vamos utilizar essa questão para falar um pouquinho mais sobre a
auditoria independente.

Para falar de conceitos e objetivos da auditoria, temos que lembrar os


princípios fundamentais da contabilidade. Você lembra que a opinião do auditor
deve tomar como base esses princípios, não é mesmo?

Esses princípios foram estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade na


Resolução 750/93. Acreditamos que você já estudou ou estudará, com mais
detalhes, esses princípios na disciplina específica de Contabilidade Geral.

De qualquer forma, gostaríamos de citá-los. São sete princípios fundamentais,


a saber:

1. Princípio da Entidade: necessidade da diferenciação de um patrimônio


particular no universo dos patrimônios existentes (=autonomia
patrimonial), independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos.

Por consequência, nesta acepção, o patrimônio da entidade não se


confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários.

2. Princípio da Continuidade: a continuidade ou não da entidade deve ser


considerada durante a classificação e avaliação das mutações patrimoniais,
quantitativas e qualitativas.

A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e dos


passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo
determinado, previsto ou previsível.

3. Princípio da Oportunidade: refere-se, simultaneamente, à tempestividade


e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações.

Esse registro deve ser feito de imediato e com a extensão correta,


independentemente das causas que as originaram.

4. Princípio do Registro pelo Valor Original: os componentes do patrimônio


devem ser registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País.
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5. Princípio da Atualização Monetária: os efeitos da alteração do poder


aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros
contábeis.

A atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente,


o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a
aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação
do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Atenção: apesar da Lei 9.249/95 ter extinguido a atualização monetária


das demonstrações contábeis para efeitos comerciais e fiscais, esse
princípio continua a ter aplicação em relação aos direitos e às obrigações
em que haja previsão de correção contratual.

6. Princípio da Competência: as receitas e as despesas devem ser


incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem,
independentemente de recebimento ou pagamento.

7. Princípio da Prudência: determina a adoção do menor valor para os


componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Vamos às assertivas:

Bom… essa questão é bem fácil, basta saber quais são os princípios
fundamentais da contabilidade.

1. Prudência
2. Registro pelo Valor Original
3. Entidade
4. Continuidade
5. Oportunidade
6. Competência
7. Atualização Monetária

Mudamos a ordem de apresentação dos princípios para formar um pequeno


mnemônico: PRECOCA.

Pronto, agora você não pode mais esquecer!

GABARITO: E

05. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças


Públicas/2008) A auditoria que atua diretamente sobre a administração da

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coisa pública e no acompanhamento das ações e dos programas orçamentários


empreendidos pelos órgãos e entidades, é conhecida como:

(A) auditoria de gestão.


(B) auditoria governamental.
(C) auditoria operacional.
(D) auditoria de metas.
(E) auditoria interna de gestão.

Comentários:

Como já falamos, a auditoria pode ser classificada de acordo com seus


objetivos específicos. Nessa questão, traremos algumas noções rápidas do que
é auditoria governamental.

Antes de definir auditoria governamental, é interessante apresentar para você


as EFS e a INTOSAI2.

As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) são as instituições do Estado


responsáveis por executar a auditoria governamental. Aqui no Brasil, esse
papel é exercido por instituições como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a
Controladoria Geral da União (CGU).

Essas instituições verificam as demonstrações financeiras, a obediência às


normas, regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios de
recursos no setor público. Enfim, são os auditores externos e internos dessa
grande “empresa” que é o governo.

Já a INTOSAI é entidade internacional que congrega as EFS e emite normas e


regulamentos que orientam as atividades e procedimentos de auditoria
governamental.

Dessa forma, segundo a INTOSAI, a auditoria governamental é a atividade


independente e objetiva que, através da aplicação de procedimentos
específicos, tem a finalidade de emitir opinião sobre a adequação das
contas governamentais, assim como apresentar comentários sobre o
desempenho organizacional e o resultado dos programas de governo.

Veja que, de forma semelhante à auditoria independente das demonstrações


contábeis, a auditoria governamental também se caracteriza por uma atuação
autônoma (independente) com dois objetivos específicos:

• emitir uma opinião sobre a adequação das contas governamentais


(=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade); e

2
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• avaliar e apresentar recomendações sobre o desempenho das atividades


e programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoria
operacional ou auditoria de otimização de recursos)

Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a


legitimidade dos atos de gestão do ente público, certificando-se, por exemplo,
que as entidades responsáveis cumpriram sua obrigação de prestar contas,
que as decisões administrativas foram tomadas com probidade e que os
dispositivos legais e normativos estão sendo seguidos.

Já, a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia, a


eficiência e a eficácia da gestão pública.

Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser de


regularidade ou de desempenho e o que as diferencia é o seu escopo. A
primeira foca os critérios de legalidade e legitimidade, enquanto que a
segunda foca os critérios de economicidade, eficácia, eficiência e
efetividade.

As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenho


em todas as organizações públicas, de modo a realizar o exame das Contas de
Governo de forma mais efetiva.

Segundo a Secretaria Federal de Controle Interno3, a auditoria governamental


pode ser classificada em 5 (cinco) tipos:

1. Auditoria de Avaliação da Gestão: objetiva emitir uma opinião com vistas a


certificar a regularidade das contas públicas.

Compreende, entre outros, aspectos como o exame das peças que


instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da
documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação
da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil;
verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos
resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à
economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos.

2. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo dos processos


de gestão, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos
efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma entidade,
evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo
gargalos ao desempenho da sua missão institucional.

3. Auditoria Contábil: objetiva opinar se os registros contábeis foram


efetuados de acordo com os princípios fundamentais de

3
Instrução Normativa no 01 de 06 de abril de 2001, da Secretaria Federal de Controle Interno
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contabilidade e se as demonstrações refletem, adequadamente, a


situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do
período administrativo examinado e as demais situações nelas
demonstradas.

Compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de


informações e confirmações, mediante procedimentos específicos.

Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a aplicação de recursos


externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por
unidades ou entidades públicas executoras de projetos celebrados com
aqueles organismos com vistas a emitir opinião sobre a adequação e
fidedignidade das demonstrações financeiras.

4. Auditoria Operacional: consiste em avaliar as ações gerenciais e os


procedimentos relacionados ao processo operacional, com a finalidade de
emitir uma opinião sobre a gestão quanto aos aspectos da
eficiência, eficácia e economicidade, procurando auxiliar a
administração na gerência e nos resultados, por meio de recomendações,
que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar
a responsabilidade gerencial.

5. Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas


relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas
para atender determinação expressa de autoridade competente. Classifica-
se nesse tipo os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras
classes de atividades.

Bom, depois de tudo o que falamos fica fácil ver que a questão, ao falar de
“auditoria que atua diretamente sobre a administração da coisa pública e no
acompanhamento das ações e dos programas orçamentários empreendidos
pelos órgãos e entidades”, está se referindo à auditoria governamental.

GABARITO: B

06. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças


Públicas/2008) O conjunto de procedimentos de auditoria aplicados com o
objetivo avaliar o desempenho e a eficácia/efetividade das operações, dos
sistemas de informação e dos métodos de administração, é denominado:

(A) auditoria especial.


(B) auditoria contábil.
(C) auditoria externa.
(D) auditoria operacional.
(E) auditoria estratégica operacional.

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Comentários:

Vimos na explicação da questão anterior que auditoria operacional é aquela


que consiste em avaliar as ações gerenciais e os procedimentos relacionados
ao processo operacional, com a finalidade de emitir uma opinião sobre a
gestão quanto aos aspectos da eficiência, eficácia e economicidade.
Logo, a resposta que procuramos é a letra D.

GABARITO: D

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Distinção entre auditoria interna, auditoria externa ou independente

07. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008 –


Adaptada) Assinale a afirmativa incorreta sobre a diferença entre Auditoria
Interna e Auditoria Externa.

(A) O auditor interno possui autonomia enquanto o auditor externo possui


independência.
(B) O auditor interno é empregado da empresa e o auditor externo é
contratado.
(C) Uma finalidade da auditoria interna é emitir opinião para a adequação do
controle interno e da auditoria externa, é emitir opinião sobre adequação das
demonstrações contábeis.
(D) Na auditoria interna são realizados procedimentos substantivos, e na
auditoria externa, testes de relevância.
(E) O auditor interno executa auditoria contábil e operacional, e a auditoria
externa executa apenas auditoria contábil.

Comentários:

Como vimos as auditorias também podem ser classificas em dois grandes


grupos: auditoria externa e auditoria interna.

A auditoria externa ou independente é aquela executada por profissionais ou


empresas que não possuem vínculo e/ou subordinação à empresa auditada,
com o objetivo de trazer uma opinião independente sobre a entidade.

A auditoria interna, por sua vez, é aquela executada pela própria organização,
com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, por
meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos.

Os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos


adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e
promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis
(falaremos sobre os detalhes dos controles internos de uma organização nas
aulas seguintes).

Assim, a auditoria interna funciona como um órgão de assessoramento da


administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e
responsabilidades da administração, fornecendo-lhes análises, apreciações, e
recomendações.

Observe que o auditor interno vai além da simples verificação da correta


aplicação de normas e procedimentos. Ele atua como um consultor para a
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empresa, por exemplo, promovendo medidas de incentivo e propondo


aperfeiçoamentos no funcionamento organizacional. Dizemos que, além da
auditoria contábil, também realiza auditoria operacional.

Trata-se, portanto, de uma atuação muito mais proativa, quando comparada à


do auditor externo ou independente.

Isso quer dizer que o auditor independente, no decorrer do seu trabalho, não
pode propor melhorias à organização?

Claro que não! O auditor independente deve descrever os principais problemas


organizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emitir recomendações
sempre que necessário. Contudo, esse não é o seu objetivo principal. A
auditoria independente é, primordialmente, contábil, enquanto que a auditoria
interna é contábil e operacional.

Assim, a principal diferença entre as auditorias interna e externa é a finalidade


do trabalho.

Na auditoria independente, o objetivo é a emissão da opinião sobre as


demonstrações contábeis, destinado, principalmente, ao público externo
(acionistas, credores, fisco etc.). Já na auditoria interna, o objetivo é a
elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas.

É importante ressaltar que, de acordo com as novas normas de auditoria4,


tanto o auditor independente quanto o auditor interno emitem relatórios para
fundamentar, respectivamente, sua opinião e suas recomendações.

Outra diferença que caracteriza o auditor interno é a sua subordinação à


empresa auditada.

O auditor interno, geralmente, é um empregado da empresa. Isso não quer


dizer que essa atividade não possa ser desenvolvida, de forma terceirizada,
por uma firma de auditoria. O que interessa é o grau de subordinação
existente, seja do “empregado pessoa física” ou do “empregado pessoa
jurídica”.

Já o auditor externo ou independente, como o próprio nome remete, não é


subordinado à administração, pois deve emitir uma opinião sobre as
demonstrações contábeis, fidedigna e livre de qualquer pressão da empresa
auditada.

4
A NBC TA 700 define que a opinião do auditor independente deve ser expressa em um documento denominado
relatório de auditoria. As normas de auditoria anteriormente vigentes e hoje revogadas faziam uma distinção na
nomenclatura dos documentos emitidos pelo auditor independente (parecer) e o auditor interno (relatório).
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Ainda sobre esse tópico, apesar de ser subordinado à administração, o auditor


interno deve ter certa autonomia, naturalmente, menor que a do auditor
independente. Contudo, aquele auditor deve produzir um trabalho livre de
interferências internas.

Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais alto
nível da administração, como, por exemplo, à Presidência ou ao Conselho de
Administração. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve,
portanto, reportar-se a um executivo ou órgão cuja autoridade seja suficiente,
para garantir uma ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e à
implantação das recomendações efetuadas. É fundamental que os auditores
internos atuem com liberdade dentro da organização, sem medo de serem
demitidos.

Em algumas empresas e conglomerados, os auditores internos são


subordinados diretamente à holding, permitindo que atuem livres de pressão
em todas as controladas, pois apenas a administração da empresa investidora
pode admitir ou demitir esses profissionais.

Outro ponto importante se refere à extensão do trabalho nesses dois tipos de


auditoria.

Na auditoria interna, os trabalhos são desenvolvidos de forma contínua ao


longo do tempo, pois isso é inerente às atividades de acompanhamento e
avaliação. Enquanto isso, na auditoria independente, os trabalhos são
realizados esporadicamente, de acordo com as exigências legais ou outras
demandas para esse tipo de auditoria. Consequentemente, o volume de testes
e procedimentos realizados pelo auditor interno é maior que aquele realizado
pelo auditor externo.

A auditoria interna, assim como a independente, pode ser exercida nas


pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.
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Além disso, o auditor interno também deve ser contador registrado no


Conselho Regional de Contabilidade.

Vamos resumir as principais diferenças entre a auditoria interna e a auditoria


externa no quadro abaixo.

Auditor Externo ou
Auditor Interno
Independente
Relação com a não possui vínculo
é empregado da empresa
empresa empregatício
Grau de
menor maior
independência
elaboração de um relatório
que comunique os trabalhos
emissão de uma opinião
realizados, as conclusões
Finalidade sobre a adequação das
obtidas e as recomendações
demonstrações contábeis
e providências a serem
tomadas
Tipos de
contábil e operacional contábil
auditoria
interno e externo
Público alvo interno
(principalmente o último)

Duração contínua pontual

Volume de
maior menor
testes
Quem exerce a
contador com registro no CRC
atividade
Documento que
Relatório
produz
Onde é em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo,
realizada e de direito privado.

Depois de tudo o que vimos, analisemos cada um dos itens:

Item A: certo.
O auditor externo é independente em relação à entidade, enquanto que o
auditor interno, por mais que deva preservar sua autonomia, nunca será
totalmente independente.

Item B: certo.
O auditor interno, como regra, possui vínculo empregatício com a empresa, o
que denota sua subordinação. Já o auditor externo nunca poderá possuir esse
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tipo de vínculo, pois acabaria por prejudicar sua independência – logo, deve
ser contratado.

Item C: certo.
O auditor interno objetiva avaliar continuamente o sistema de controle interno
da empresa, enquanto que o auditor externo objetiva emitir uma opinião sobre
a adequação das demonstrações financeiras.

Item D: errado.
Os auditores internos e os auditores externos utilizam os mesmos tipos de
testes e procedimentos na execução de seus trabalhos, sejam eles testes de
controle ou procedimentos substantivos.

O que diferencia os dois profissionais não são os testes que realizam, mas os
objetivos que desejam alcançar.

Item E: certo.
É isso mesmo. A auditoria operacional é uma característica do auditor interno.

GABARITO: D

08. (FCC/SEFAZ SP – Agente Fiscal de Rendas/2009 – Adaptada) O


trabalho de auditoria interna

(A) tem maior independência que o de auditoria externa.


(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

Resolução:

Essa é uma questão bem recente, cobrada no último concurso para fiscal do
ICMS-SP. Vamos ver como não é difícil respondê-la, com base no que
acabamos de discutir.

Item A: errado.
É exatamente o contrário, a auditoria externa é mais independente que a
auditoria interna.

Item B: errado.
O auditor interno não é responsável pela implementação e pelo cumprimento
dos controles internos, ele é responsável por verificar se os mesmos estão
sendo cumpridos.

Item C: errado.
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O auditor interno deve ser subordinado ao mais alto nível da administração, e


não a controladoria.

Item D: errado.
O auditor interno não emite opinião sobre as demonstrações contábeis. O seu
objetivo é elaborar um relatório que comunique os trabalhos realizados, as
conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas em
relação aos controles internos da entidade.

Item E: certo.
Como já falamos, o auditor interno é responsável por verificar a necessidade
de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de
controles internos.

GABARITO: E

09. (FUNRI/Suframa – Auditor/2009) A Auditoria Interna é exercida:

(A) somente nas pessoas jurídicas de direito público interno.


(B) somente nas pessoas jurídicas de direito privado.
(C) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo.
(D) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo e de direito
privado.
(E) nas pessoas jurídicas de direito público, interno e externo e de direito
privado.

Comentários:

Vimos que a auditoria interna e a externa podem ser exercidas em qualquer


tipo de pessoa jurídica, seja de direito público (interno ou externo) ou de
direito privado.

Isso está explícito na NBC T 12: “A Auditoria Interna é exercida nas pessoas
jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado.”

GABARITO: E

10. (FCC/ ISS-SP – Auditor Fiscal Tributário Municipal/2006) Uma das


diferenças entre o auditor independente e o auditor interno é que o primeiro

(A) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o segundo,


não.
(B) está dispensado de recomendar modificações no controle interno e o
segundo, não.
(C) precisa ter conhecimento sobre tecnologia da informação e o segundo,
não.

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(D) não pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus trabalhos por
ele examinados a ao segundo, sim.
(E) tem por obrigação emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis
da entidade e o segundo, não.

Comentários:

Vamos analisar, mais uma vez, item a item.

Item A: errado.

Vimos que tanto o auditor interno quanto o independente precisam ser


contadores, registrados no CRC.

Item B: errado.

Opa! Esse item é interessante. Em uma primeira análise podemos pensar que
o item está correto, pois a principal função do auditor externo é emitir uma
opinião sobre as demonstrações contábeis.

Contudo, lembre que ele também descreve os principais problemas


organizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emite
recomendações, em um documento denominado relatório-comentário.

Portanto, o auditor independente pode e deve emitir recomendações sobre o


sistema de controle interno, apesar de essa não ser sua função principal.

Item C: errado.

Vamos falar, em outra aula, sobre as demandas que a tecnologia da


informação acrescenta às atividades exercidas pelo auditor.

Contudo, não precisamos disso para saber que, no ambiente atual em que as
empresas estão inseridas, o conhecimento sobre tecnologia da
informação é essencial tanto para os auditores internos quanto
externos. Não faz sentido pensar que apenas um deles precisaria desse tipo
de conhecimentos.

Item D: errado.

O auditor independente não deve estar subordinado a ninguém dentro da


empresa auditada.

Já no que se refere ao auditor interno, vimos que, apesar de subordinado à


administração, deve ser ao mais alto nível possível. Ou seja, nunca

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subordinado aos responsáveis pela operação do dia-a-dia ou àqueles que


definem os procedimentos e normas de controle interno.

O auditor interno não deve ficar subordinado a pessoas que possam ter
seus trabalhos por ele examinados.

Isso é bem lógico. Como alguém poderia monitorar e avaliar o trabalho do


superior hierárquico? Não faz o mínino sentido, pois resultaria em um
significativo conflito de interesses.

Item E: certo.

Realmente o auditor externo emite um parecer sobre a adequação das


demonstrações contábeis e o auditor interno, não.

GABARITO: E

Finalizamos, aqui, a nossa aula demonstrativa, foi uma pequena amostra da


metodologia que utilizaremos, esperamos que você tenha gostado, nos vemos
na próxima aula.

Um grande abraço,
Davi e Fernando

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Lista de Questões

01. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009 - Adaptada) A respeito de


conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as afirmativas a
seguir:

I. A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de


procedimentos técnicos que tem por objetivo a expressão de uma opinião
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro
aplicável.
II. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já
consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus
organismos próprios.
III. O auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos
usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em
termos de conteúdo, salvo declaração expressa em contrário, constante em
sua opinião.

Assinale

(A) se somente a afirmativa III estiver correta.


(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

02. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2008 – Adaptada) A auditoria


independente de demonstrações contábeis objetiva validar e certificar a
adequação dessas demonstrações em face das normas brasileiras de
contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil.

Para que tenha condições de certificar as informações apresentadas, o auditor


aplica dois grandes conjuntos de testes: os testes de controle (ou aderência) e
os procedimentos substantivos. Os primeiros objetivam verificar a existência,
efetividade, adequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com
vistas a determinar, em um segundo momento, o volume de procedimentos
substantivos a serem aplicados nas diversas áreas a serem testadas. Os
procedimentos substantivos compreendem duas categorias: os testes de
detalhes e os procedimentos analíticos substantivos.

Os testes de detalhes buscarão validar se as transações contabilizadas de fato


ocorreram (em determinadas situações, as empresas registram operações
fictícias, sem suporte documental, com o objetivo de mascarar determinada
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evidência ou apresentar uma situação diferente da real) e se os saldos


correspondem à realidade. Já procedimentos analíticos substantivos
compreendem um conjunto de índices e indicadores que funcionam como sinal
de alerta para o auditor.

Ao final dos trabalhos, o auditor evidenciará sua opinião em um documento


denominado “relatório de auditoria”. Nele, caso emita uma opinião “não
modificada”, é correto afirmar que:

(A) serve como garantia de viabilidade futura. Ou seja, constando ou não um


parágrafo de ênfase, a empresa deverá continuar a operar normalmente por,
pelo menos, mais um exercício.
(B) o trabalho de auditoria foi bem realizado, tendo sido todos os
procedimentos listados no planejamento efetivamente executados.
(C) a conclusão do auditor é que as distorções não corrigidas não são
relevantes, individualmente ou em conjunto.
(D) houve limitações significativas no escopo do trabalho.
(E) a administração da entidade auditada atuou de forma eficiente e eficaz,
tendo optado, na maior parte do tempo, por decisões mais acertadas.

03. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas –


Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoria independente, é correto
afirmar que tem por objetivo:

(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.


(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a
justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.

04. (FCC – SEFAZ/SP – Agente Fiscal de Rendas – 2006) São princípios


contábeis enunciados pela Resolução CFC no 750/93, do Conselho Federal de
Contabilidade:

(A) continuidade, prevalência da essência sobre a forma e tempestividade.


(B) registro pelo valor atualizado, regime de caixa e materialidade.
(C) entidade, competência e reavaliação de ativos.
(D) ajuste de bens ao valor de mercado, recuperação de despesas e
uniformidade.
(E) prudência, oportunidade e continuidade.

05. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças


Públicas/2008) A auditoria que atua diretamente sobre a administração da
coisa pública e no acompanhamento das ações e dos programas orçamentários
empreendidos pelos órgãos e entidades, é conhecida como:
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(A) auditoria de gestão.


(B) auditoria governamental.
(C) auditoria operacional.
(D) auditoria de metas.
(E) auditoria interna de gestão.

06. (FGV/SAD-PE – Analista de Controle Interno: Finanças


Públicas/2008) O conjunto de procedimentos de auditoria aplicados com o
objetivo avaliar o desempenho e a eficácia/efetividade das operações, dos
sistemas de informação e dos métodos de administração, é denominado:

(A) auditoria especial.


(B) auditoria contábil.
(C) auditoria externa.
(D) auditoria operacional.
(E) auditoria estratégica operacional.

07. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008 –


Adaptada) Assinale a afirmativa incorreta sobre a diferença entre Auditoria
Interna e Auditoria Externa.

(A) O auditor interno possui autonomia enquanto o auditor externo possui


independência.
(B) O auditor interno é empregado da empresa e o auditor externo é
contratado.
(C) Uma finalidade da auditoria interna é emitir opinião para a adequação do
controle interno e da auditoria externa, é emitir opinião sobre adequação das
demonstrações contábeis.
(D) Na auditoria interna são realizados procedimentos substantivos, e na
auditoria externa, testes de relevância.
(E) O auditor interno executa auditoria contábil e operacional, e a auditoria
externa executa apenas auditoria contábil.

08. (FCC/SEFAZ SP – Agente Fiscal de Rendas/2009 – Adaptada) O


trabalho de auditoria interna

(A) tem maior independência que o de auditoria externa.


(B) é responsável pela implementação e pelo cumprimento dos controles
internos.
(C) deve estar subordinado ao da Controladoria da empresa.
(D) deve emitir opinião, que será publicado com as demonstrações contábeis.
(E) deve efetuar a revisão e o aperfeiçoamento dos controles internos.

09. (FUNRI/Suframa – Auditor/2009) A Auditoria Interna é exercida:

(A) somente nas pessoas jurídicas de direito público interno.


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(B) somente nas pessoas jurídicas de direito privado.


(C) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo.
(D) somente nas pessoas jurídicas de direito público externo e de direito
privado.
(E) nas pessoas jurídicas de direito público, interno e externo e de direito
privado.

10. (FCC/ ISS-SP – Auditor Fiscal Tributário Municipal/2006) Uma das


diferenças entre o auditor independente e o auditor interno é que o primeiro

(A) necessita de registro no Conselho Regional de Contabilidade e o segundo,


não.
(B) está dispensado de recomendar modificações no controle interno e o
segundo, não.
(C) precisa ter conhecimento sobre tecnologia da informação e o segundo,
não.
(D) não pode ficar subordinado a pessoas que possam ter seus trabalhos por
ele examinados a ao segundo, sim.
(E) tem por obrigação emitir uma opinião sobre as demonstrações contábeis
da entidade e o segundo, não.

Gabarito:

1. B 2. C 3. C 4. E 5. B
6. D 7. D 8. E 9. E 10.E

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Bibliografia

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09 - NBC TA


200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria).

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.231/09 - NBC TA


700 (Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente
sobre as Demonstrações Contábeis.).

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 986/03 - NBC T 12


(Normas de Auditoria Interna).

Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (e suas atualizações).

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São


Paulo: Ed. Atlas, 2007.

ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.

BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na


Lei Societária. São Paulo: Ed. Atlas, 2009.

FERREIRA, Ricardo J. Manual de Auditoria: teoria e questões comentadas. Rio


de Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.

Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 30

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