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APOSTILA 01

Formação de Auditor Líder


Sistema de Gestão Integrado
EAD ao vivo
FORMAÇÃO DE AUDITOR LÍDER Rev.: 01/10/20
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO

Programação do Curso
Carga Horária: 48 horas
1º DIA
Horário Assunto
08:00 Apresentação dos Participantes, Objetivos do Curso e Avaliação
Final
09:00 Conceitos básicos
10:00 Intervalo
10:15 Capítulo 1 – Interpretando as Normas do SGI
12:00 Almoço
13:00 Interpretando as Normas do SGI
15:00 Intervalo
15:15 Interpretando as Normas do SGI
17:00 Final 1º. Dia

2º DIA
Horário Assunto
08:00 Interpretando as Normas do SGI
10:00 Intervalo
10:15 Interpretando as Normas do SGI
12:00 Almoço
13:00 Capítulo 2 – Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade.
Registro de Auditores Certificados.
Apresentação das Norma NBR ISO 19011:2018 e NBR ISO/IEC
17021-1:2016, 17021-02:2014 e 17021-10:2018.
Termos, definições e princípios da auditoria.
15:00 Intervalo
15:15 Capítulo 3 – Gestão do Programa de Auditorias
17:30 Final 2º. Dia

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3º DIA
Horário Assunto
08:00 Capítulo 4 – Iniciando e preparando as atividades de auditoria
09:30 Estudo de Caso 1 – Análise documental
10:00 Intervalo
10:15 Estudo de Caso 2 – Plano de Auditoria
11:15 Estudo de Caso 3 – Lista de Verificação
12:00 Almoço
13:00 Simulados de Auditoria
15:00 Intervalo
15:15 Simulados de Auditoria
17:30 Final do 3º. dia

4º DIA
Horário Assunto
08:00 Capítulo 6 – Preparando as Conclusões da Auditoria
09:00 Estudo de Caso 6 – Declaração de Não conformidade
10:00 Intervalo
10:15 Capítulo 7 – Concluindo a Auditoria
Preparando o Relatório de Auditoria
Conduzindo a Reunião de Encerramento
12:00 Almoço
13:00 Estudo de Caso 7 – Reunião de Encerramento
14:00 Perguntas e respostas
15:00 Intervalo
15:15 Diretrizes para o Simulado
15:30 Exame Simulado ISO 9001:2015
17:30 Final 4º. dia

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5º DIA
Horário Assunto
08:00 Discussão simulado ISO 9001
09:00 Capítulo 8 – Ação Corretiva e Acompanhamento
10:00 Intervalo
10:15 Estudo de Caso 8 – Processo de Ação Corretiva
12:00 Almoço
13:00 Capítulo 9 – Competência dos Auditores e Registro RAC
13:30 Perguntas e Respostas – Esclarecimentos Finais
16:45 Intervalo
15:00 Exame Simulado ISO 14001 e ISO 45001
17:00 Final 5º. dia

6º DIA
Horário Assunto
08:00 Discussão simulado ISO 14001 e ISO 45001
09:45 Intervalo
10:00 Prova Final ISO 9001:2015
12:00 Almoço
13:00 Perguntas e Respostas – Esclarecimentos Finais
13:30 Avaliação do Curso e Diretrizes para a Prova Final
14:00 Prova Final ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018
16:00 Esclarecimentos sobre o RAC/ABENDE
16:45 Encerramento
17:00 Final do curso

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INTRODUÇÃO

INFORMAÇÕES GERAIS

Bem-vindo ao Curso de Formação de Auditores Líderes para Sistemas de Gestão da


Integrado, conforme as normas NBR ISO 19011:2018, NBR ISO/IEC 17021-1:2016 e
NBR ISO/IEC 17021-2:2014 e ISO/IEC 17021-10:2018 ministrado pela Fundação
Vanzolini. A realização com sucesso deste curso o proverá com certificados que são
válidos para demonstrar uma evidência objetiva de seu preparo como Auditor Líder para
Sistemas de Gestão Integrado baseado nas normas NBR ISO 9001:2015, NBR ISO
14001:2015 e a norma ISO 45001:2018.
As normas enfatizam a importância da auditoria como uma ferramenta chave da
administração para se atingir os objetivos estabelecidos na política da organização e
como fonte de dados para melhoria contínua.
Esse curso está alinhado com as diretrizes da NBR ISO 19011:2018 e os requisitos das
normas NBR ISO/IEC 17021-1:2016, NBR ISO/IEC 17021-2:2014 e ISO/IEC 17021-
10:2018 foi elaborado utilizando-se dos vários anos de experiência em auditorias
realizadas pela equipe da Fundação Vanzolini. Durante os próximos 6 dias, teremos uma
série de aulas, trabalhos, estudos de caso e cenários.
A carga é bastante desafiadora e sua participação é muito importante. Você fará isto por
meio de perguntas, trazendo suas opiniões e participando nos trabalhos. Alertamos que
o conteúdo a ser desenvolvido durante o curso se constituirá de importantes informações
sobre a matéria e, portanto, complementará o material distribuído.
Ao longo do curso os Instrutores avaliarão seu desempenho, no que se refere aos
requisitos:

• Capacidade de análise;
• Trabalho individual;
• Trabalho em grupos;
• Capacidade de liderança e de ser liderado;
• Capacidade de se expressar verbalmente;
• Capacidade de se expressar na forma escrita;
• Capacidade de julgamento;
• Pontualidade (100% de pontualidade);

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• Participação no curso como um todo (100% de presença).

A avaliação contínua, conforme acima descrito, é pré-requisito para que o aluno tenha
sucesso no curso. Os instrutores, caso detectem algum desvio que justifique alguma
intervenção, farão isso discretamente ao longo do curso e solicitarão mudança de
comportamento. Ao final, cada aluno terá uma avaliação, do tipo “adequado” ou “não
adequado”.

OBJETIVOS DO CURSO

O curso tem como principais objetivos:


a) Prover treinamento profissional nos princípios e práticas da auditoria de sistemas
de gestão, de modo que aqueles que completarem o curso com sucesso terão
suficiente conhecimento e habilidade para realizar auditorias de sistemas de gestão
da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional;
b) Prover conhecimento sobre princípios de gestão da qualidade, meio ambiente e
segurança e saúde ocupacional;
c) Interpretação da NBR ISO 9001:2015, NBR ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007
como referências para a auditoria, por meio de estudos de caso e exercícios;
d) Interpretação das normas NBR ISO 19011:2012 e NBR ISO/IEC 17021-01:2016 de
modo a servir como guia e base para auditorias de sistemas de gestão;
e) Reforçar os conhecimentos através de práticas de estudos de casos, cenários e
trabalhos em grupo;
f) Através de ações corretivas identificadas na auditoria, melhorar o sistema de
gestão da própria empresa.

AVALIAÇÃO

Certas habilidades e atributos são necessários para uma pessoa que vai conduzir com
sucesso uma auditoria de sistemas de gestão. Uma prova ao final pode servir como
balizamento do seu conhecimento técnico. O instrutor deste curso, como instrumento de
avaliação contínua, acompanhará os alunos quanto ao desempenho das seguintes
características:

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A. Habilidade de comunicação

Expressar ideias, habilidade de formular perguntas. Diálogos tanto com o instrutor


quanto com os colegas, habilidade em tirar conclusões.

B. Habilidade de analisar as informações

Sua análise deve ser objetiva e baseada em fatos. Tente assumir que o modo que sua
empresa utiliza para fazer as coisas não é o único ou o melhor. Você tem que exercitar
seu julgamento em:
✓ O que é importante / crucial;
✓ O que é relevante;
✓ Quando persistir com suas questões e quando parar.

C. Habilidade de organizar seu tempo, suas atividades e documentos de modo a


atingir seus objetivos

Um auditor líder encontra-se muitas vezes em condições de pressão de tempo.


Auditorias requerem reuniões que precisam ser planejadas. Um auditor líder tem que
definir objetivos e determinar tarefas bem como a autoridade e responsabilidade dos
outros. Neste curso exercitaremos este controle, pois todas as tarefas e estudos de caso
terão tempo determinado.

D. Maturidade e profissionalismo na conduta

Um auditor líder trata com gerentes e diretores e deve convencê-los de que seus atos
são responsáveis e positivos, mesmo quando ele ou seu time forem criticados.

E. Habilidade no relacionamento interpessoal

Como um auditor líder, você irá algumas vezes se encontrar em situações de tensão,
haverá ocasiões onde suas conclusões estarão em confronto com o auditado. Espera-
se que você reconheça isso e seja hábil em reduzir a tensão e conflito estabelecendo

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boas condições de trabalho entre o auditado e sua equipe.

RAZÕES PARA A AUDITORIA

a) Atender às normas da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional.


Em geral as normas de sistemas de gestão requerem que o sistema seja
periodicamente monitorado através de auditorias, que verificam se as atividades da
estão de acordo com os planos e determinam se o sistema é adequado, pertinente
e eficaz;
b) Manter e melhorar a conformidade e a eficácia dos sistemas de gestão;
c) Todo sistema entregue a si, tende a deteriorar-se ou estabilizar-se em um
determinado patamar. É comum a observação de que após muito esforço na
implementação de sistemas de gestão e a obtenção da certificação, o sistema
acaba degradando-se, voltando assim para a situação anterior ou não melhorando;
d) A realização de auditorias é uma potente ferramenta para a manutenção e
evolução/ melhoria do sistema de gestão da qualidade, meio ambiente e segurança
e saúde ocupacional:
✓ Elemento de treinamento interno;
✓ Elemento de desenvolvimento dos sistemas de gestão;
✓ Estruturar a atividade de desenvolvimento de fornecedores;
✓ Coletar e registrar evidências que sirvam de base à certificação do sistema de
gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde ocupacional.

OBJETIVOS DA AUDITORIA

Auditorias são normalmente realizadas por um ou mais dos seguintes propósitos:


a) Determinar a conformidade ou não conformidade dos elementos de um sistema de
gestão com requisitos especificados;
b) Determinar a eficácia e eficiência de um sistema de gestão da qualidade, meio
ambiente e segurança e saúde ocupacional implementado, para atender objetivos
especificados;
c) Prover o auditado com uma oportunidade para melhorar os seus sistemas de
gestão;

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d) Atender aos requisitos regulamentares;


e) Certificar o sistema de gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde
f) As auditorias são, geralmente, iniciadas por uma ou mais das seguintes razões:
g) Avaliar um fornecedor antes de estabelecer uma relação contratual;
h) Dentro da estrutura de uma relação contratual, verificar se os sistemas de gestão
do fornecedor continuam a atender os requisitos especificados, e se está sendo
implementado e melhorado;
i) Avaliar os sistemas de gestão da própria organização, comparando com uma
norma do sistema de gestão da qualidade, meio ambiente e segurança e saúde
ocupacional;
j) Programação de auditorias internas.

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CONCEITOS BÁSICOS

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PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA QUALIDADE (9001)

A NBR ISO 9000:2015 e a NBR ISO 9004:2010 contêm sete princípios que, aplicados
em conjunto com um sistema de gestão da qualidade, aumentarão a capacidade de uma
organização de gerir a qualidade.

FOCO NO CLIENTE: Organizações dependem de seus clientes e, portanto, é


recomendável que atendam às necessidades atuais e futuras do cliente, os seus
requisitos e procurem exceder as suas expectativas.

LIDERANÇA: Líderes estabelecem a unidade de propósito e o rumo de uma


organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno, no qual as
pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir os objetivos da
organização.

ENGAJAMENTO DE PESSOAS: Pessoas competentes, com poder e engajadas, em


todos os níveis na organização, são essenciais para aumentar a capacidade da
organização em criar e entregar valor.

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ABORDAGEM DE PROCESSO: Um resultado desejado é alcançado mais


eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são gerenciados como
um processo.

MELHORIA CONTÍNUA: As organizações de sucesso têm um foco contínuo na


melhoria.

TOMADA DE DECISÃO BASEADA EM EVIDÊNCIA: Decisões com base na análise e


avaliação de dados e informações são mais propensas a produzir resultados desejados.

GESTÃO DE RELACIONAMENTO: Para o sucesso sustentado, as organizações


gerenciam seus relacionamentos com as partes interessadas pertinentes, como
provedores.

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ABORDAGEM DE PROCESSOS

A série NBR ISO 9000 traz um modelo para o desenvolvimento, implementação e


melhoria contínua de um sistema de gestão da qualidade. Tal modelo, ilustrado na Figura
abaixo, mostra como o sistema de gestão da qualidade possibilita que a organização
identifique os requisitos e então gerencie os processos que desenvolvem e entregam um
produto que promove a satisfação por atender aos requisitos.

O CICLO PDCA

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SISTEMAS DE GESTÃO INTEGRADOS

Neste curso tratamos de sistemas de gestão da qualidade. Tais sistemas podem ser
integrados a outros sistemas de gestão, como gestão ambiental, gestão da saúde e
segurança ocupacional dos colaboradores, sistema de gestão da segurança da
informação e sistema de gestão da responsabilidade social.
Em 2012, a ISO criou a chamada estrutura de alto nível das normas de sistema de gestão
(HLS – High Level Structure), texto comum a todas as normas, formado por 10 seções.

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A estrutura da norma

MENTALIDADE DE RISCO

A abordagem de riscos e oportunidades estabelece uma base para o aumento da eficácia


do sistema de gestão da qualidade, conseguindo resultados melhorados e para a
prevenção de efeitos negativos.

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Responsabilidade (45001)

Uma organização é responsável pela saúde e segurança ocupacional dos trabalhadores


e outros que podem ser afetados por suas atividades. Esta responsabilidade inclui
promover e proteger sua saúde física e mental.
A adoção de um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional (SSO) destina-
se a permitir que uma organização forneça locais de trabalho seguros e saudáveis, evite
lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho e melhore continuamente seu
desempenho de SSO.

Fatores de sucesso (45001)

A implementação e manutenção de um sistema de gestão de SSO, sua eficácia e sua


capacidade de alcançar os resultados pretendidos dependem de uma série de fatores-
chave, que podem incluir:

a) liderança, compromisso, responsabilidades e responsabilização da Alta Direção;


b) gestão da Alta Direção, liderando e promovendo uma cultura na organização que
suporte os resultados esperados do sistema de gestão de SSO;
c) comunicação;
d) consulta e participação dos trabalhadores e, quando existirem, representantes dos

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trabalhadores;
e) alocação dos recursos necessários para manter o sistema;
f) políticas de SSO, que são compatíveis com os objetivos estratégicos gerais e
direção da organização;
g) processo(s) efetivo(s) para identificação de perigos, controle de risco de SSO e
aproveitamento de oportunidades de SSO;
h) avaliação contínua do desempenho e monitoramento do sistema de gestão de SSO
para melhorar o seu desempenho;
i) integração do sistema de gestão de SSO nos processos de negócios da
organização;
j) objetivos que se alinhem com a política de SSO e levem em conta os perigos da
organização, os riscos de SSO e as oportunidades de SSO;
k) compliance de requisitos legais e outros requisitos.

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CAPÍTULO 1:
INTERPRETANDO OS REQUISITOS

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1. Escopo (9001)

Esta Norma especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade quando uma
organização:
a) necessita demonstrar sua capacidade para prover consistentemente produtos e
serviços que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos estatutários e
regulamentares aplicáveis, e
b) visa aumentar a satisfação do cliente por meio da aplicação eficaz do sistema,
incluindo processos para melhoria do sistema e para a garantia da conformidade
com os requisitos do cliente e com os requisitos estatutários e regulamentares
aplicáveis.
Todos os requisitos desta Norma são genéricos e destinados a ser aplicáveis a todas as
organizações, independentemente de seu tipo, tamanho e do produto e serviço que
provê.

1. ESCOPO (14001)

Esta Norma Internacional especifica os requisitos para um sistema de gestão


ambiental que uma organização pode usar para aumentar seu desempenho ambiental.
Esta norma é destinada ao uso por uma organização que busca gerenciar suas
responsabilidades ambientais de uma forma que contribua para o "pilar ambiental" da
sustentabilidade.

Esta Norma auxilia uma organização a alcançar os resultados pretendidos de seu


sistema de gestão ambiental, os quais agreguem valor para o meio ambiente, a
organização em si e suas partes interessadas.

Os resultados pretendidos de um sistema de gestão ambiental coerente com a


política ambiental da organização incluem:
- aumento do desempenho ambiental;
- atendimento dos requisitos legais e outros requisitos;
- alcance dos objetivos ambientais.
Esta Norma é aplicável a qualquer organização, independentemente do tamanho,
tipo e natureza e aplica-se aos aspectos ambientais das suas atividades, produtos e

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serviços que a organização determina poder controlar ou influenciar, considerando uma


perspectiva de ciclo de vida. Esta Norma não determina critérios de desempenho
ambiental específicos.
Esta Norma pode ser usada na íntegra ou em parte para sistematicamente melhorar
a gestão ambiental.

SUSTENTABILIDADE

Utilização de recursos para atender às


necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações
futuras em atender as suas próprias
necessidades.

(Desenvolvido em Comissão da ONU por Gro


Brundtland em 1987 – Nosso Futuro Comum)

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1. ESCOPO (45001)

Este documento especifica os requisitos para um Sistema de Gestão de Saúde e


Segurança Ocupacional (SSO) e fornece orientações para o seu uso, permitindo as
organizações prover locais de trabalho seguros e saudáveis, prevenindo lesões e
doenças relacionados ao trabalho, bem como melhorar proativamente seu
desempenho de SSO (Segurança e Saúde Ocupacional).
Este documento é aplicável a qualquer organização que deseja estabelecer, implantar
e manter um Sistema de Gestão de SSO para melhorar a segurança e saúde
ocupacional, eliminar os perigos e minimizar os riscos de SSO (incluindo deficiências
do sistemas) aproveitar as oportunidades de SSO e resolver as não conformidades do
Sitema de Gestão de SSO associadas com as suas atividades.
Este documento auxilia uma organização a alcançar os resultados pretendidos do seu
sistema de gestão de SSO. Consistentemente com a política de SSO da organização,
os resultados pretendidos do seu Sistema de Gestão de SSO incluem:
− Melhorar continuamente o desempenho de SSO;
− Atender plenamente os requisitos legais e outros requisitos;
− Alcançar os objetivos de SSO.
Este documento é aplicável a qualquer organização, independentemente do seu
tamanho, tipo e atividades. Ele é aplicável aos riscos de SSO sob o controle da
Organização, levando em consideração fatores como o contexto em que a organização
opera e as necessidades e expectativas de seus trabalhadores e outras partes
interessadas.
Este documento não estabelece critérios específicos para o desempenho de SSO,
tampouco ele prescreve o planejamento de um Sistema de Gestão de SSO.
Este documento possibilita a uma organização, por meio do seu Sistema de Gestão de
SSO, integrar outros aspectos de SSO, como o bem estar dos trabalhadores.
Este documento não aborda questões como a segurança do produto, danos materiais
ou impactos ambientais, além dos riscos aos trabalhadores e outras partes interessadas
relevantes.

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Este documento pode ser utilizado no todo ou em parte para melhorar sistematicamente
um SGSSO. Entretanto reivindicações de conformidade com este documento não são
aceitáveis, a menos que todos os seus requisitos sejam incorporados no sistema de
gestão de SSO de uma organização e atendidos sem exclusões.

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REFERÊNCIAS NORMATIVAS E TERMOS E DEFINIÇÕES

ABNT NBR ISO 9000:2015 Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e


vocabulário.

NBR ISO 9000:2015

Alta Direção não conformidade


pessoa ou grupo de pessoas que dirige e não atendimento de um requisito.
controla uma organização no nível mais alto.

parte interessada riscos e oportunidades


pessoa ou organização que pode afetar, ser efeitos potenciais adversos (ameaças) e efeitos
afetada ou se perceber afetada por uma decisão potenciais benéficos (oportunidades)
ou atividade.

objetivo melhoria contínua


resultado a ser alcançado. atividade recorrente para aumentar o
desempenho

requisito eficácia
necessidade ou expectativa que é declarada, extensão na qual as atividades planejadas são
geralmente implícita ou obrigatória. realizadas e os resultados planejados são
alcançados.

eficiência evidência de auditoria


relação entre o resultado alcançado e os registros, apresentação de fatos ou outras
recursos utilizados. informações, pertinentes aos critérios de
auditoria e verificáveis

auditoria guia
processo sistemático, independente e pessoa indicada pelo auditado para apoiar a
documentado para obter evidência objetiva e equipe auditora
avaliá-la objetivamente para determinar a
extensão na qual os critérios de auditoria são
atendidos.

auditoria combinada observador


auditoria realizada em um único auditado, em pessoa que acompanha a equipe de auditoria ,
dois ou mais sistemas de gestão mas não atua como um auditor

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auditoria conjunta ação corretiva


auditoria realizada em um único auditado por ação para eliminar a causa de uma não
duas ou mais organizações de auditoria conformidade e para prevenir a recorrência.

escopo de auditoria correção


abrangência e limites de uma auditoria ação para eliminar uma não conformidade
identificada

TERMOS E DEFINIÇÕES (14001)

3.1.6 Parte Interessada


Pessoa ou organização que pode afetar, ser afetada ou se perceber afetada por
uma decisão ou atividade.
Exemplos: Clientes, comunidades, fornecedores, regulamentadores, organizações não
governamentais, investidores e funcionários.

Nota 1: " Se perceber afetada", significa que a percepção foi levada ao conhecimento
da organização.

3.2.3 Condição Ambiental


Estado ou característica do meio ambiente, conforme determinado em certo momento.

3.2.10 Risco
Efeito da incerteza.

Nota 1: Um efeito é um desvio do esperado - positivo ou negativo.


Nota 2: Incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, de
compreensão ou de conhecimento relacionado a um evento, sua consequência ou
probabilidade.
Nota 3: Risco é frequentemente caracterizado pela referência a "eventos" potenciais
(como definido no ABNT ISO Guia 73: 2009, 3.5.1.3) e "consequências" (como definido
no ABNT ISO Guia 73: 2009, 3.6.1.3), ou uma combinação destes.
Nota 4: Risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das
consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e a

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"probabilidade" associada (como definido no ABNT ISO Guia 73: 2009, 3.6.1.1) de
ocorrência.

3.3.2 Informações documentadas


Informação que se requer que seja controlada e mantida por uma organização e o meio
na qual ela está contida.

Nota 1: Informação documentada pode estar em qualquer formato e meio, e pode


ser proveniente de qualquer fonte.

3.3.3 Ciclo de Vida


Estágios consecutivos e interligados da produção de um produto (ou serviço), desde
a aquisição de matéria-prima ou da sua geração, a partir de recursos naturais até a
disposição final.

Nota 1 da entrada: Os estágios do ciclo de vida incluem a aquisição de matéria


prima, projeto, produção, transporte/entrega, uso, tratamento após uso e disposição
final.

3.4.10 Desempenho
Resultado mensurável.

Nota 1: Desempenho pode se relacionar tanto a constatações quantitativas ou


qualitativas. Nota 2: Desempenho pode se relacionar à gestão de atividade,
processos, produtos
(incluindo serviços), sistemas ou organizações.

TERMOS E DEFINIÇÕES (45001)

3.1 organização
pessoa ou grupo de pessoas que tem suas próprias funções com responsabilidades,
autoridades e relacionamento para alcançar seus objetivos (3.16).

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Nota 1: O conceito de organização inclui, mas não é limitado a empreendedor individual,


companhia, corporação, firma, empresa, autoridade, parceria, caridade ou instituição,
ou parte ou combinação destes, incorporados ou não, públicos ou privados.
Nota 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.2 parte interessada (termo preferido)


stakeholder (termo admitido) pessoa ou organização (3.1) que pode afetar, ser afetada
ou se perceber afetada por uma decisão ou atividade.
Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.3 trabalhador
pessoa que realiza o trabalho ou atividades relacionadas ao trabalho que estão sob o
controle da organização (3.1)
Nota 1: Pessoas que realizam trabalhos ou atividades relacionadas ao trabalho de
acordo com vários procedimentos pagos ou não pagos como de forma regular ou
temporária intermitente ou sazonalmente, casuamente ou a tempo parcial.
Nota 2: Os trabalhadores incluem a Alta Direção (3.12), pessoas de nível gerencial e
não gerencial.
Nota 3: O trabalho ou as atividades relacionadas ao trabalho, executadas sob o controle
da organização podem ser realizados por trabalhadores empregados pela organização,
trabalhadores de fornecedores externos, contratados, indivíduos, trabalhadores de
agências e outras pessoas, na medida em que a organização compartilha o controle de
seu trabalho ou atividades relacionadas ao trabalho de acordo com o contexto da
organização.

3.4 participação
envolvimento na tomada de decisões
Nota 1: A participação inclui o envolvimento de comitês de saúde e segurança e
representantes dos trabalhadores se existirem.

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3.5 consulta
busca de opiniões antes de tomar uma decisão
Nota 1: A consuta inclui o envolvimento de comitês de saúde e segurança e
representantes dos trabalhadores se existirem.

3.6 local de trabalho


local sob o controle da organização (3.1) onde uma pessoa precisa estar ou ir para fins
de trabalho Nota 1 de entrada: As responsabilidades da organização no âmbito do
sistema de gestão de SSO (3.11) para o local de trabalho dependem do grau de controle
sobre o local de trabalho.
3.7 contratado
organização (3.1) externa que presta serviços à organiação, de acordo com as
especificações, termos e condições acordados
Nota 1 de entrada: Serviços podem incluir atividades de construção, entre outras.

3.8 requisito
necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória

Nota 1: “Geralmente implícita” significa que é costume ou prática comum para a


organização (3.1) e partes interessadas (3.2) que a necessidade ou expectativa em
consideração esteja implícita.
Nota 2: Um requisito especificado é um que é indicado, por exemplo, em informação
documentada (3.24).
Nota 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva
ISO/IEC Parte 1.

3.9 Requisitos legais e outros requisitos


requisitos legais que uma organização (3.1) deve cumprir e outros requisitos (3.8) que
uma organização tem ou opta por cumprir.

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Nota 1: Para os efeitos deste documento, requisitos legais e outros requisitos são
aqueles relevantes para o sistema de gestão de SSO (3.11).
Nota 2: Os “requisitos legais e outros requisitos” incluem as disposições em acordos
coletivos.
Nota 3: Os requisitos legais e outros requisitos incluem aqueles que determinam as
pessoas que são representantes dos trabalhadores (3.3) de acordo com leis,
regulamentos, acordos coletivos e práticas.

3.10 sistema de gestão


conjunto de elementos interrelacionados ou integrantes de uma organização (3.1), para
estabelecer políticas (3.14) e objetivos (3.16) e processos (3.25) para atingir estes
objetivos

Nota 1: Um sistema de gestão pode abordar uma única disciplina ou várias disciplinas.
Nota 2: Os elementos do sistema incluem a estrutura, funções e responsabilidades,
planejamento, operação, avaliação de desempenho e melhoria da organização.
Nota 3: O escopo de um sistema de gestão pode incluir toda a organiação, funções
específicas e identificadas da organiação, ou uma ou mais funções em um grupo de
organizações.
Nota 4: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva
ISO/IEC Parte 1. A Nota 2 foi modificada para esclarecer alguns dos elementos mais
amplos de um sistema de gestão.

3.11 sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional ou sistema de gestão


de SSO
sistema de gestão (3.10) ou parte de um sistema de gestão utilizado para alcançar a
política de SSO (3.15)
Nota 1: Os resultados pretendidos do sistema de gestão de SSO são prevenir lesões e
problemas de saúde (3.18) dos trabalhadores (3.3) e fornecer locais de trabalho (3.6)
seguros e saudáveis.

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Nota 2: Os termos “saúde e segurança ocupacional” (SSO) e “segurança e saúde


ocupacional” (SST) têm o mesmo significado.

3.12
Alta Direção
pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização (3.1) no mais alto
nível
Nota 1: A Alta Direção tem o poder de delegar autoridade e fornecer recursos dentro
da
Organização, desde que a responsabilidade final pelo sistema de gestão de SSO (3.11)
seja mantida.
Nota 2: Se o escopo do sistema de gestão (3.10) abranger apenas uma parte de uma
organização, a Alta Direção se refere àqueles que dirigem e controlam esta parte da
organização.
Nota 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva
ISO/IEC Parte 1. A Nota 1 foi modificada para esclarecer a responsabilidade da Ata
Direção em relação ao sistema de gestão de SSO.

3.13 eficácia
extensão em que as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados
são alcançados

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva
ISO/IEC Parte 1.

3.14 política
intenções e direção de uma organização (3.1) como expresso formalmente pela sua
Alta Direção (3.12)

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Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.15 política de segurança e saúde ocupacional / política de SSO


política (3.14) para prevenir lesões e problemas de saúde (3.18) dos trabalhadores (3.3)
e para fornecer locais de trabalho (3.6) seguros e saudáveis

3.16 objetivo
resutado a ser alcançado

Nota 1: Um objetivo pode ser estratégico, tático ou operacional.


Nota 2: Os objetivos podem se relacionar a diferentes disciplinas (como financeiras,
saúde e segurança e ambientais e podem ser aplicados a diferentes níveis (como
estratégico, em toda a organização, projeto, produto e processo (3.25).
Nota 3: Um objetivo pode ser expresso de outras maneiras, por exemplo como uma
saída pretendida, um propósito, um critério operacional, como um objetivo de SSO
(3.17), ou pelo uso de outras palavras com significado semelhante (por exempo, meta,
objetivo ou alvo).
Nota 4: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva ISO/IEC Parte 1.
A “Nota 4” original foi excluída, pois o termo “objetivo de SSO” foi definido
separadamente em 3.17.

3.17 objetivo de saúde e segurança ocupacional / objetivo de SSO


objetivo (3.1) estabelecido pela organização (3.1) para alcançar resultados específicos
consistentes com a política de SSO (3.15)

3.18 Lesões e problemas de saúde


efeito adverso sobre a condição física, mental ou cognitiva de uma pessoa

Nota 1: Estes efeitos adversos incluem doença ocupacional, problema de saúde e morte.

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Nota 2: O termo “lesão e problema de saúde” implica a presença de lesões ou


problemas de saúde por conta própria ou em combinação.

3.19 perigo
fonte com potencial para causar lesões e problemas de saúde (3.18)

Nota 1: Os perigos podem incluir fontes com potencial de causar danos ou situações
Perigosas, ou circunstâncias com potencial de exposição, levando a lesões e problemas
de saúde.

3.20 risco
efeito da incerteza

Nota 1: Um efeito é um desvio do esperado - positivo ou negativo.


Nota 2: A incerteza é o estado, mesmo parcial, da deficiência de informação
relacionada à compreensão ou ao conhecimento de um evento, sua consequência ou
probabilidade.
Nota 3: O risco muitas vezes é caracterizado por referência a “eventos” potenciais
(conforme definido no ABNT ISO Guia 73:2009, 3.5.1.3) e “consequências” (conforme
definido no ABNT ISO Guia 73:2009 3.6.1.3) ou uma combinação destes.
Nota 4: O risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das
consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias e da
“probabilidade” associada (conforme deifinido no ABNT ISO Guia 73:2009 3.6.1.1) de
ocorrência.
Nota 5: Neste documento, quando o termo “riscos e oportunidades” for utilizado, isso
significa riscos de SSO (3.21), oportunidades de SSO (3.22) e outros riscos e outras
oportunidades para o sistema de gestão.
Nota 6: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A “Nota 5” foi adicionada para esclarecer o termo “risco e
oportunidade” para uso neste documento.

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3.21 risco de saúde e segurança ocupacional / risco de SSO


combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas
relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde (3.18) que
podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(es)

3.22 oportunidade de saúde e segurança ocupacional / oportunidade de SSO


circunstância ou conjunto de circunstâncias que pode levar à melhoria do desempenho
de SSO (3.28)

3.23 competência
capacidade para aplicar o conhecimento e habilidades para alcançar os resultados
pretendidos

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.24 informação documentada


informação requerida a ser controlada e mantida por uma organização (3.1) e o meio em que
está contida

Nota 1: Informação documentada pode ser em quaquer formato e mídia e de qualquer fonte.
Nota 2: Informação documentada pode se referir a:
a) sistema de gestão (3.10) incluindo processos (3.25) relacionados;
b) informação criada para que a organiação opere (documentação);
c) evidência de resultados alcançados (registros).
Nota 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

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3.25 processo
conjunto de atividades interrelacionadas ou interativas que transformam entradas em
saídas

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Supemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.26 procedimento
forma especificada de executar uma atividade ou um processo (3.25)

Nota 1: Procedimentos podem ser documentados ou não.


ABNT NBR ISO 9000:2015, 3.4.5, modificada - Nota 1 foi modificada.

3.27 desempenho
resultado mensurável

Nota 1: Desempenho pode se relacionar tanto às constatações quantitativas como às


qualitativas. Resultados podem ser determinados e avaliados por métodos qualitativos ou
quantitativos.
Nota 2: Desempenho pode se relacionar à gestão de atividades, processos (3.25),
produtos (incluindo serviços), sistemas ou organizações (3.1).
Nota 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.
Nota 1: foi modificada para esclarecer os tipos de métodos que podem ser utilizados
para determinar e avaliar os resultados.

3.28 desempenho de saúde e segurança ocupacional / desempenho de SSO


desempenho (3.27) relacionado à eficácia (3.13) de prevenção de lesões e problemas
de saúde (3.18) dos trabalhadores (3.3) e ao fornecimento de locais de trabalho (3.6)
seguros e saudáveis

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3.29 terceirizar, verbo


fazer um arranjo onde uma organização (3.1) externa desempenha parte da função ou
processo (3.25) de uma organização

Nota 1: Uma organização externa está fora do escopo do sistema de gestão (3.10)
embora a função ou processo terceirizado esteja dentro do escopo.
Nota 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.30 monitoramento
determinação do status de um sistema, um processo (3.25) ou uma atividade

Nota 1: Para determinar o status, pode haver necessidade de verificar, supervisionar


ou
observar criticamente.
Nota 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.31 medição
processo (3.25) para determinar um valor

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.32 auditoria
processo (3.25) sistemático independente e documentado para obter evidências de
auditoria e avalia-las objetivamente para determinar até que ponto os critérios de
auditoria são atendidos

Nota 1: Uma auditoria pode ser uma auditoria interna (primeira parte ou uma auditoria

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externa (segunda parte ou terceira parte), e pode ser uma auditoria combinada
(combinando duas ou mais disciplinas.
Nota 2: Uma auditoria interna é conduzida pela própria organização (3.1), ou por uma
parte externa em seu nome.
Nota 3: “Evidência de auditoria” e “critérios de auditoria” são estabelecidos na ABNT
NBR ISO 19011.
Nota 4: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.33 conformidade
atendimento de um requisito (3.8)

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.

3.34 não conformidade


não atendimento de um requisito (3.8)

Nota 1: A não conformidade refere-se aos requisitos neste documento e aos requisitos
adicionais do sistema de gestão de SSO (3.11) que uma organização (3.1) estabelece
para si mesma.
Nota 2: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO
da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A Nota 1 foi adicionada para esclarecer a reação da não
conformidade com os requisitos deste documento e com os próprios requisitos da
organização para o seu sistema de gestão de SSO.

3.35 incidente
ocorrência decorrente, ou no decorrer, de um trabalho, que pode resultar em lesões e
problemas de saúde (3.18)

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Nota 1: Um incidente em que ocorrem lesões e problemas de saúde algumas vezes é


referido como um “acidente”.
Nota 2: Um incidente em que não ocorrem lesões e problemas de saúde, mas há
potencial de ocorrer, pode ser referido como “quase acidente”, “quase perda” e
“ocorrência perigosa”.
NOTA BRASILEIRA No documento original, os termos “near miss”, “near hit” e “close
call” foram traduzidos como “quase acidente”, “quase perda” e “ocorrência perigosa”
respectivamente.
Nota 3: Embora possa haver uma ou mais não conformidades (3.34) relacionadas a um
Incidente, um incidente também pode ocorrer onde não exista não conformidade.

3.36 ação corretiva


ação para eliminar as causas de uma não conformidade (3.34) ou um incidente (3.35)
e para prevenir a recorrência

Nota 1: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas ISO
de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO da
Diretiva ISO/IEC Parte 1.
A definição foi modificada para incluir referência ao “incidente”, uma vez que os
incidentes são um fator chave na saúde e segurança ocupacional; no entanto, as
atividades necessárias para resovê-los são as mesmas para as não conformidades, por
meio de ações corretivas.

3.37 melhoria contínua


atividade recorrente para melhorar o desempenho (3.27)

Nota 1: O aprimoramento do desempenho relaciona-se ao uso do sistema de gestão


de SSO (3.11) para obter melhoria geral no desempenho de SSO (3.28) consistente
com a política de SSO (3.15) e com os objetivos de SSO (3.17).
Nota 2: Contínua não significa ininterrupta, portanto, a atividade não precisa ocorrer
em todas as áreas simutaneamente.
Nota 3: Este termo é um dos termos comuns e definições fundamentais das normas
ISO de sistemas de gestão apresentadas no Anexo SL do Suplemento consolidado ISO

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da Diretiva ISO/IEC Parte 1. A Nota 1 foi adicionada para esclarecer o significado de


“desempenho” no contexto de um sistema de gestão de SSO. A Nota 2 de entrada foi
adicionada para esclarecer o significado de “contínua”.

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SEÇÃO 4: CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO

4.1 Entendendo a organização e seu contexto (9001)

a) São determinadas questões internas e externas pertinentes ao seu propósito e para


seu direcionamento estratégico que afetem sua capacidade de alcançar o(s)
resultado(s) pretendidos se seu sistema de gestão da qualidade?
b) São monitoradas e analisadas criticamente informações sobre essas questões
externas e internas?
Nota 1: Questões = fatores ou condições positivos e negativos.
Nota 2: Contexto externo – ambiente tecnológico, cultural, social e econômico.
Nota 3: Contexto interno - valores, cultura, conhecimento e desempenho da organização.

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4.1 Entendendo a organização e seu contexto (14001)

A organização deve determinar questões externas e internas que sejam pertinentes


para o seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar os resultados
pretendidos do seu sistema de gestão ambiental. Essas questões incluem as condições
ambientais que afetam ou são capazes de afetar a organização.

4.1. Entendendo a organização e seu contexto (45001)

A organização deve determinar as questões externas e internas que sejam relevantes


para o seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar os resultados pretendidos
de seu Sistema de Gestão de SSO – Segurança e Saúde Ocupacional.

Comentário de interpretação: a norma está preocupada que a Organização tenha


uma ideia muito clara de onde ela está inserida e quais as questões devem ser
consideradas no seu sistema de gestão (14001+45001 = SGI). Caso ela defina e
implante um sistema de gestão totalmente alheio à identificação destas questões, com

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certeza, enfrentará problemas logo adiante, que pode colocar em risco a manutenção
e a melhoria deste sistema.
Quando estiver avaliando o contexto externo, a organização pode considerar as
questões relativas a: legais, tecnológicos, competitivos, mercado, cultural, social e
econômico, entre outros.
No contexto externo, quando a organização estiver avaliando as condições ambientais
ela pode considerar: clima, qualidade do ar, qualidade da água, uso do solo,
contaminação existente, disponibilidade de recursos naturais e biodiversidade, e
outros. Investigação de uma possibilidade de relação entre o meio ambiente e
as atividades, produtos e serviços da organização
Na sua avaliação do contexto interno, a organização pode considerar: valores, cultura,
conhecimento, desempenho, política comercial, politica de parceria, governança,
estrutura organizacional, funções e responsabilidades, políticas, objetivos e
estratégias, sistema de informação, processo de tomada de decisão, percepções e
valores, relações contratuais internas, condições físicas do trabalho, condições
psicológicas, condições internas sociais e outros.
De qualquer maneira, devem ser consideraras as questões internas e externas que
possam afetar a sua capacidade em conseguir atingir os resultados que a direção
almeja com o seu sistema de gestão, para identificar quais devem ser tratados ou
mitigados de modo que não ponha em risco o alcance das saídas pretendidas. Após a
identificação das questões internas e externas que podem afetar os resultados do SGI,
a organização deve adotar alguma sistemática de priorização, para avaliar cada uma
das questões e decidir quais ações são necessárias para quais questões. Como as
questões internas e externas são dinâmicas e podem se alterar ao longo do tempo, a
organização deve avaliar periodicamente estas questões e as suas importâncias, de
modo que possa analisar se houve alterações no seu contexto.

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4.2 Entendendo a necessidades e expectativas de partes interessadas (9001)

a) São determinadas as partes interessadas que sejam pertinentes para o sistema


de gestão da qualidade?
b) Os requisitos dessas partes interessadas são pertinentes para o sistema de
gestão da qualidade?
c) São monitoradas e analisadas criticamente as informações sobre as partes
interessadas e seus requisitos pertinentes?

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4.2 Entendendo as necessidades e expectativas de partes interessadas (14001)

A organização deve determinar:


a) as partes interessadas que sejam pertinentes para o sistema de gestão ambiental;
b) as necessidades e expectativas pertinentes (ou seja, requisitos.) dessas partes
interessadas;
c) quais dessas necessidades e expectativas se tornam seus requisitos legais e
outros requisitos.

4.2. Entendendo as necessidades e expectativas dos trabalhadores e outras


partes interessadas (45001)

A organização deve determinar:


a) as outras partes interessadas, além dos seus trabalhadores, que sejam
pertinentes para o SGSSO;
b) a necessidade e as expectativas pertinentes (por exemplo, requisitos) dos
trabalhadores e de outras partes interessadas;
c) quais destas necessidades e expectativas se tornan seus requisitos legais e
outros requisitos.
d) Parte Interessada

Pessoa ou organização que pode afetar, ser afetada ou perceber-se afetada por uma
decisão ou atividade.

Comentário de interpretação: lembrando a definição e abrangência da palavra


“partes interessadas”, a organização deve primeiro identificar as partes interessadas,
independentemente se são pertinentes ou não para o sistema de gestão. Após a
identificação das partes interessadas, devem ser identificadas as necessidades e
destas partes interessadas. Algumas expectativas ou necessidades são facilmente
identificadas (ex.: governo: cumprir as legislações.), mas outras podem requerer uma
investigação maior. Uma vez identificadas as partes interessadas e as suas
necessidades e expectativas, cabe a organização avaliar quais destas partes
interessadas são pertinentes para o sistema de gestão e quais as necessidades

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destas partes interessadas, já filtradas, são pertinentes. Ex.: uma parte interessada
externa pode ser a comunidade do entorno da organização que tem várias
necessidades e expectativas. Ex.: geração de emprego, doações para organizações
da comunidade, segurança em relação ao tráfego de veículos, cursos de formação
de profissionais, segurança e saúde, etc. Agora, quando a empresa for avaliar a
pertinência destas necessidades e expectativas para o sistema de gestão,
provavelmente o foco será a segurança e a saúde, talvez relacionada aos aspectos
ambientais: emissão de ruído, emissão de gases de queima, etc.
Outra vez será necessária a elaboração de uma sistemática de priorização destas
expectativas e necessidades relacionadas e pertinentes para o sistema de gestãol. De
modo semelhante ao contexto da organização, tanto as partes interessadas como as
suas expectativas e necessidades se alterarão ao longo do tempo, o que exige da
organização um acompanhamento e atualização, quando necessário, para avaliar se
as informações obtidas no início do processo ainda permanecem válidas.
Algumas vezes as reivindicações de um grupo de pessoas ou de alguém podem ser
tornar um requisito legal ou outro requisito, após as tramitações e aprovações
necessárias. Como uma ação preventiva a organização pode acompanhar o
andamento do processo de aprovação, até para se preparar, pois algumas vezes
o atendimento exige um investimento financeiro bastante significativo por parte da
organização.

4.3 Determinando o escopo do sistema de gestão da qualidade (9001)

A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do sistema de gestão da


qualidade para estabelecer o seu escopo. Ao determinar esse escopo, a organização
deve considerar:
a) as questões externas e internas referidas em 4.1;
b) os requisitos das partes interessadas pertinentes referidos em 4.2;
c) os produtos e serviços da organização.
A organização deve aplicar todos os requisitos desta Norma, se eles forem aplicáveis
no escopo determinado do seu sistema de gestão da qualidade.
O escopo do sistema de gestão da qualidade da organização deve estar disponível e
ser mantido como informação documentada.

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4.3 Determinando o escopo do sistema de gestão ambiental (14001)

A organização deve determinar os limites e aplicabilidade do sistema de gestão


ambiental para estabelecer seu escopo.
Ao determinar esse escopo, a organização deve considerar:
a) as questões externas e internas referidas em 4.1;
b) os requisitos legais e outros requisitos referidos em 4.2;
c) suas unidades organizacionais, funções e limites físicos;
d) suas atividades, produtos e serviços;
e) sua autoridade e capacidade de exercer controle e influência.

Uma vez definido o escopo, todas as atividades, produtos e serviços da organização


dentro desse escopo precisam ser incluídos no sistema de gestão ambiental.
O escopo deve ser mantido como informação documentada e disponível para as
partes interessadas.

4.3. Determinando o escopo do sistema de gestão de gestão de SSO (45001)

A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do sistema de gestão de


SSO para estabelecer seu escopo.
Ao determinar esse escopo, a organização deve:
a) considerar as questões externas e internas referidas em 4.1;
b) levar em consideração os requisitos referidos em 4.2;
c) levar em consideração o planejamento e a execução das atividades relacionadas
ao trabalho;
O sistema de gestão de SSO deve incluir todas as atividades, produtos e serviços sobre
os quais a organização tem controle ou influência, que podem impactar o desempenho
de SSO da organização;
O escopo deve estar disponível como informação documentada.

Comentário de interpretação: Há uma diferença na definição do escopo nesta revisão


da norma em relação às versões anteriores. Nesta versão a organização precisa levar
em consideração não apenas as características internas, mas as externas também,
considerando o contexto externo, as partes interessadas e as suas necessidades e

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expectativas que podem se tornar requisitos legais e outros requisitos. Aqui há um


fortalecimento de se levar em conta a sustentabilidade da organização no pilar do meio
ambiente. Também é necessário considerar a perspectiva do ciclo de vida do produto.
Há uma diferença na definição do escopo nesta norma em relação à norma OHSAS
18001.
Assim, agora a norma exige uma visão bem mais abrangente da organização ao definir
e documentar o escopo do sistema de gestão e que deve estar disponível para as partes
interessadas. Nas versões anteriores havia apenas a obrigatoriedade da Politica
Ambiental estar disponível às partes interessadas externas, enquanto que nesta a
declaração do escopo também precisa estar disponível.

4.4 Sistema de gestão da qualidade e seus processos (9001)

4.4.1 A organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente


um sistema de gestão da qualidade, incluindo os processos necessários e suas
interações, de acordo com os requisitos desta Norma.
A organização deve determinar os processos necessários para o sistema de gestão da
qualidade e sua aplicação na organização, e deve:
a) determinar as entradas requeridas e as saídas esperadas desses processos;
b) determinar a sequência e a interação desses processos;
c) determinar e aplicar os critérios e métodos (incluindo monitoramento, medições e
indicadores de desempenho relacionados) necessários para assegurar a operação
e o controle eficazes desses processos;
d) determinar os recursos necessários para esses processos e assegurar a sua
disponibilidade;
e) atribuir as responsabilidades e autoridades para esses processos;
f) abordar os riscos e oportunidades conforme determinados de acordo com os
requisitos de 6.1;
g) avaliar esses processos e implementar quaisquer mudanças necessárias para
assegurar que esses processos alcancem seus resultados pretendidos;
h) melhorar os processos e o sistema de gestão da qualidade.

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4.4.2 Na extensão necessária, a organização deve:


a) manter informação documentada para apoiar a operação de seus processos;
b) reter informação documentada para ter confiança em que os processos sejam
realizados conforme planejado.

4.4 Sistema de gestão ambiental (14001)

Para alcançar os resultados pretendidos, incluindo A organização deve estabelecer,


implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão ambiental,
incluindo os processos necessários e suas interações, de acordo com os requisitos desta
norma, visando aumentar seu desempenho ambiental.

A organização deve considerar o conhecimento do seu contexto ao estabelecer e manter


o sistema de gestão ambiental.

4.4. Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional (45001)

A organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente um


sistema de gestão SSO, incluindo os processos necessários e suas interações, de
acordo com os requisitos deste documento.

Comentário de interpretação: Quando a norma cita que o sistema de gestão ambiental


deve melhorar o seu Desempenho Ambiental, me parece que é um acompanhamento

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dos resultados da organização, em relação às questões ambientais, de médio e longo


prazo. Considerando ainda a citação no próprio escopo da norma (seção 1) que define
que as organizações devem contribuir para o “pilar ambiental” da sustentabilidade, é
necessário que os gestores e a diretoria da organização monitorem os resultados
pretendidos ao longo do tempo. Lembrando que a sustentabilidade apresenta três
pilares: o social, o econômico e o ambiental.
Atualmente os resultados da organização são medidos, comumente, com os objetivos
e metas que, por vezes é uma visão muito curta, talvez de um ano ou até menos, e
não observamos os resultados reais ao longo do tempo. Quando a norma cita o
desempenho ambiental e a contribuição com o pilar ambiental da sustentabilidade,
é um acompanhamento mais em um período médio a longo para avaliar a sua
contribuição efetiva para o meio ambiente
Este item determina que para se implementar e manter um sistema de gestão de
segurança e saúde ocupacional baseado na norma ISO 45001:2018 deve-se definir os
processos necessários de acordo com todos os requisitos exigidos por esta norma.
Assim, é importante o entendimento adequado das pessoas que irão coordenar esta
implantação para que não faça mais do que o necessário que não exigido pela norma
e que não agregue valor para as Organizações. Como a norma define O QUE fazer mas
não COMO fazer, o COMO deve ser no “tamanho”(sistema adequado) que a empresa
necessita para conseguir os resultados pretendidos do seu SGSSO. Estes “como”
alteram com o tempo à medida que a empresa aperfeiçoa o seu SGSSO.

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SEÇÃO 5: Liderança

5.1 Liderança e comprometimento (9001)


5.1.1 Generalidades
A Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao sistema
de gestão da qualidade:

5.1 Liderança e comprometimento (14001)

A alta direção deve demonstrar liderança e comprometimento no que diz respeito ao


sistema de gestão ambiental:

a) Assumindo a responsabilidade pela eficácia do sistema de gestão ambiental;


b) Garantindo que a política ambiental e os objetivos ambientais sejam
estabelecidos e sejam compatíveis com o direcionamento estratégico e o
contexto da organização;
c) Garantindo a integração dos requisitos do sistema de gestão ambiental aos
processos de negócio da organização;
d) Assegurando que os recursos necessários para o sistema de gestão ambiental
estejam disponíveis;
e) Comunicando a importância da eficácia da gestão ambiental e a
conformidade aos requisitos do sistema de gestão ambiental;

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f) Garantindo que o sistema de gestão ambiental atinja seus resultados


pretendidos;
g) Apoiando e orientando as pessoas a contribuir com a eficácia do sistema de
gestão ambiental;
h) Promovendo a melhoria contínua;
i) Apoiando outras funções de gestão relevantes a demonstrar suas lideranças
nas áreas de sua responsabilidade.

5.1. Liderança e comprometimento (45001)

A alta direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao SGSSO:

a) responsabilizando-se por prestar contas pela prevenção de lesões e problemas de


saúde, relacionados ao trabalho, bem como também providenciar locais de trabalho e
atividades seguras e saudáveis;
b) assegurando que a política de SSO e os objetivos de SSO relacionados sejam
estabelecidos e compatíveis com o direcionamento estratégico da organização;
c) assegurando a integração dos requisitos de SGSSO nos processos de negócios da
organização;
d) assegurando que os recursos necessários para o estabelecimento, implementação,
manutenção e melhoria do SGSSO estejam disponíveis;
e) comunicando a importância de uma gestão eficaz de SSO e da conformidade com
os requisitos do SGSSO;
f) assegurando que o SGSSO alcance seus resultados pretendidos;
g) dirigindo e apoiando pessoas a contribuírem para a eficácia do SGSSO;
h) assegurando e promovendo a melhoria contínua;
i) apoiando outros papéis pertinentes da gestão, a demonstrar como sua liderança,
se aplica às suas áreas sob sua responsabilidade;
j) desenvolvendo, liderando e promovendo a cultura na organização para apoiar os
resultados pretendidos do sistema de gestão de SSO;
k) protegendo trabalhadores de represálias quando reportarem incidentes, perigos,
riscos e oportunidades;
l) assegurando que a organização estabeleça e implemente um processo de consulta

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e participação de trabalhadores (ver 5.4);


m) dando suporte e estabelecendo o funcionamento do comitê de saúde e segurança.
(Ver 5.4 e) 1).

NOTA: Referências a “negócio” nessa norma podem ser interpretadas, de maneira


geral, como as atividades relacionadas às razões da existência da organização.

Comentário de interpretação: Houve uma ampliação das responsabilidades da alta


direção em relação às versões anteriores (14001) e também um alinhamento ao
mesmo requisito das outras normas de gestão (45001). Também em dois dos itens há
a preocupação de que o sistema de gestão esteja alinhado e contribuindo aos
negócios da empresa, sem dúvida, para não implantar um sistema de gestão com
vida própria e alienada do dia a dia da organização. Este alinhamento e contribuição
aos negócios da empresa, com certeza assegurarão a sua importância, continuidade e
a melhoria contínua. É importante também a clareza e definição, por parte da alta
direção, em relação aos resultados desejados do seu sistema de gestão. Ao longo do
tempo e nas análises críticas, principalmente, é importante verificar se o sistema de
gestão apresenta os resultados desejados pela alta direção.
A alta direção deve avaliar e assegurar a disponibilidade de recursos necessários
para a implementação e manutenção do SG. Os recursos necessários ficam claros
quando se estabelecem os programas de gestão.
Estes recursos podem contemplar: recursos humanos (ex.: pessoas, se necessário),
treinamentos e qualificações específicas (ex. auditores internos), tecnologia,
equipamentos (ex.: aparelhos para avaliação de atendimento as características legais),
recursos financeiros (ex.: verba análises clínicas, elaboração do PPRA e do PCMSO,
contratação de banco de dados de regulamentações de SSO, investimentos da
implantação de controles conforme a hierarquia de controles, verba para análise externa
de efluentes, disposição correta dos resíduos, etc.)

5.1.2 Foco no cliente (9001)

A Alta Direção deve demonstrar liderança e comprometimento com relação ao foco no


cliente, assegurando que:

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a) Os requisitos do cliente e os requisitos estatutários e os regulamentares pertinentes


sejam determinados, entendidos e atendidos consistentemente;
b) Os riscos e oportunidades que possam afetar a conformidade de produtos e
serviços e a capacidade de aumentar a satisfação do cliente sejam determinados e
abordados;
c) O foco no aumento da satisfação do cliente seja mantido.

5.2 Politica
5.2.1 Desenvolvendo a política da qualidade
A Alta Direção deve estabelecer, implementar e manter uma política da qualidade que:
a) Seja apropriada ao proposito e ao contexto da organização e apoie seus
direcionamentos estratégicos;
b) Proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos da qualidade;
c) Inclua um comprometimento em satisfazer requisitos aplicáveis;
d) Inclua um comprometimento com a melhoria contínua do SGQ.

5.2.2 Comunicando a política da qualidade (9001)


A Política da Qualidade deve:

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5.2 Política ambiental (14001)

A alta direção deve estabelecer, implementar e manter uma política ambiental que,
dentro do escopo definido do sistema de gestão ambiental:

Seja apropriada:
a) aos propósitos da organização;
b) ao contexto da organização, incluindo natureza, escala e impactos ambientais de
suas atividades, produtos e serviços;
c) forneça uma estrutura para estabelecimento dos objetivos ambientais;
d) inclua o compromisso(s) com a proteção do meio ambiente, incluindo prevenção
da poluição e outros específicos ao contexto da organização;
e) inclua o comprometimento em atender as suas obrigações de conformidade;
f) inclua um comprometimento com a melhoria contínua do sistema de gestão
ambiental para melhorar o seu desempenho ambiental.

Nota: Outro(s) compromisso(s) específico(s) com a proteção do meio ambiente podem


incluir: o uso sustentável de recursos, mitigação e adaptação a mudanças climáticas,
proteção da biodiversidade e ecossistemas, ou outras questões ambientais relevantes (ver
4.1).

A política ambiental deve:

− ser mantida como informação documentada;


− ser comunicada dentro da organização, inclusive às pessoas que trabalham
sob o controle da organização;
− estar disponível às partes interessadas.

5.2. Politica de SSO (45001)

A alta direção deve estabelecer, implementar e manter uma política de SSO que:
a) inclua um comprometimento de prover condições de trabalho seguras e saudáveis
para prevenção de lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho e seja
apropriada ao propósito, tamanho e contexto da organização à natureza específica
de seus riscos de SSO e oportunidades de SSO;

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b) proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos de SSO;


c) inclua um comprometimento em atender os seus requisitos legais e outros
requisitos;
d) inclua um comprometimento eliminar os perigos e reduzir os riscos de SSO (ver
8.1.2);
e) inclua um comprometimento da melhoria contínua do SGSSO;
f) inclua um comprometimento de consulta e a participação de trabalhadores, e
quando existirem, dos representantes de trabalhadores.

A política de SSO deve:


− estar disponível como informação documentada;
− ser comunicada dentro da organização;
− estar disponível para as partes interessadas, como apropriado;
− ser relevante e apropriada.

Comentário de interpretação: A Política Ambiental é declaração do compromisso da


alta administração com as partes interessadas em relação às questões ambientais. É
a diretriz que orienta toda a organização e até terceiros que atuam para a empresa
nos assuntos relativos ao meio ambiente. A Política deve traduzir o tipo da organização
quanto aos aspectos e impactos que as suas atividades, produtos ou serviços possam
causar ao meio ambiente. A Política Ambiental deve ser documentada (papel ou
informatizado) e comunicada aos funcionários e às outras pessoas que atuam em
nome da empresa. A Política deve trazer uma declaração explícita quanto ao
comprometimento em proteger o meio ambiente, atender as obrigações de
conformidade e a melhoria contínua. Deve também indicar em quais assuntos relativos
a meio ambiente a direção irá definir os objetivos e metas a serem atingidos. A política
precisa estar disponível ao público, o que não significa que é obrigatório uma ação
proativa de divulgação mas, não pode ser negada o seu conteúdo aos que demonstrem
interesse em conhece-la.
Diferentemente das versões anteriores, a alta direção precisa considerar, além das
questões internas, o contexto que a organização atua, que é mais uma demonstração
de que o sistema de gestão ambiental deve servir aos propósitos não só da
organização mas também das partes interessadas internas e externas e às questões

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externas.
Também o compromisso com a proteção do meio ambiente é muito mais amplo do que
a exigida pelas versões anteriores onde o compromisso obrigatório era o de prevenção
à poluição. Prevenir a poluição é uma pequena parte da proteção do meio ambiente.
Como citado na própria nota, proteger o meio ambiente pode incluir, além de outros: o
uso sustentável de recursos, mitigação e adaptação a mudanças climáticas, proteção
da biodiversidade e ecossistemas, ações quando o produto chegar ao fim de vida, etc.
A análise da Política Ambiental quanto a sua adequação e necessidade de alteração
deve fazer parte da análise crítica pela direção. (requisito 9.3)
A Política de SSO é declaração do compromisso da alta direção com as partes
interessadas, principalmente com os trabalhadores e em relação às questões de
segurança e saúde ocupacional. É a diretriz que orienta toda a organização e até
terceiros que atuam para a empresa nos assuntos relativos à segurança e saúde. A
Política deve traduzir o tipo da organização quanto aos perigos e riscos que as suas
atividades, produtos ou serviços possam causar aos trabalhadores. A Política de SSO
deve ser documentada (papel ou informatizado) e comunicada aos funcionários e às
outras pessoas que atuam em nome da empresa. A Política deve trazer uma
declaração explícita quanto aos comprometimentos exigidos pela norma. Deve também
indicar em quais assuntos relativos à segurança a direção irá definir os objetivos a
serem atingidos. A política precisa estar disponível ao público, o que não significa que
é obrigatória uma ação proativa de divulgação mas, não pode ser negada o seu
conteúdo aos que demonstrem interesse em conhece-la.
Como as leis trabalhistas alteram e a necessidades e expectativas da sociedade
aumentam é necessário uma revisão periódica da Política para garantir que ela se
mantenha atual e relevante para a organização e para as partes interessadas.
A análise da Política de SSO quanto a sua adequação e necessidade de alteração deve
fazer parte da análise crítica pela direção. (requisito 9.3).

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5.3 Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais (9001)

A Alta Direção deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para papéis


pertinentes sejam atribuídas, comunicadas e entendidas na organização.
A Alta Direção deve atribuir a responsabilidade e autoridade para:

5.3 Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais (14001)

A alta direção deve garantir que as responsabilidades e autoridades para funções


relevantes sejam atribuídas e comunicadas dentro da organização para facilitar a
gestão ambiental eficaz.
A Alta Direção deve atribuir responsabilidade e autoridade para:
a) assegurar que o sistema de gestão ambiental esteja conforme com os requisitos desta
norma;
b) relatar o desempenho do sistema de gestão ambiental, inclusive performance
ambiental, à Alta Direção.

5.3. Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais (45001)

A Alta Direção deve assegurar que as responsabilidades e as autoridades para as


funções relevantes no SGSSO sejam atribuídas e comunicadas a todos os níveis da
organização e mantidas como informação documentada. Trabalhadores em cada nível
da organização devem assumir responsabilidade por aqueles aspectos do SGSSO
sobre o(s) qual(is) tem controle.

Nota: embora as responsabilidades e a autoridades possam ser atribuídas, a Alta

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Direção ainda é a responsável pelo funcionamento do sistema de gestão de SSO.


A alta direção deve atribuir responsabilidade e autoridade para:
a) assegurar que o SGSSO esteja conforme com os requisitos deste documento;
b) relatar o desempenho do SGSSO, para a alta direção.

Comentário de interpretação: Para que um Sistema de Gestão seja realmente


implementado e mantido é necessário o estabelecimento e definição das
responsabilidades e autoridades.
A norma ISO 14001:15 define que estas informações precisam estar definidas e
comunicadas a todos os envolvidos nas funções relevantes do SGA para garantir
uma gestão ambiental eficaz.
Nos organogramas e no gerenciamento mais tradicional normalmente a organização
entende que a responsabilidade pela segurança é do Engenheiro de Segurança, dos
seus técnicos e do Médico de Trabalho. Estes, no SSO devem ser tratados como
consultores técnicos internos (fora do seu quadro do Organograma) , cabendo a cada
função do organograma as responsabilidades dentro de um sistema de gestão das
questões de Segurança e Saúde Ocupacional.
Na prática a empresa comunica oficialmente quem são os responsáveis em uma
reunião de lançamento convidando todos os funcionários, fixa CI’s nos quadros de
comunicação e outros meios disponíveis na organização. A alteração em relação
às versões anteriores é que agora não se exige que estas definições estejam
documentadas. Outra alteração em relação às versões anteriores é que nesta não é
mais solicitada a figura do RD – Representante da Direção que tinha algumas
responsabilidades de coordenação e de congregação das informações para relatar
nas análises críticas pela alta direção. Nesta versão estas responsabilidades podem
estar diluídas em várias funções da organização e também podem ser temporárias,
conforme as necessidades da organização.

5.4. Consulta e participação dos trabalhadores (45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para consulta e


participação dos trabalhadores em todas as funções e níveis aplicáveis e, se existirem,
dos representantes dos trabalhadores, no desenvolvimento, planejamento,

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implementação, avaliação de desempenho e ações de melhoria do SGSSO.

A organização deve:
a) prover mecanismos, tempo, treinamento e recursos necessários para consulta e
participação;

Nota 1: O Representante dos Trabalhadores pode ser um mecanismo de consulta e


participação.

b) proporcionar acesso oportuno para a informação clara, compreensível e relevante sobre


SGSSO;
c) determinar e remover obstáculos ou barreiras à participação e minimizar aqueles que
não podem ser removidos;
Nota 2: Obstáculos e barreiras podem incluir falhas nas respostas para as sugestões e
“entradas” do trabalhador, linguagem ou barreira de níveis de escolaridade, represálias ou
ameaças de represálias e polítcas ou práticas que desencoraje ou penalize a participação dos
trabalhadores.

d) dar ênfase a consulta de trabalhadores de níveis não gerenciais sobre o seguinte:


1. na determinação das necessidades e expectativas das partes interessadas (ver 4.2);
2. no estabelecimento da política de SSO (ver 5.2);
3. na atribuição das funções, responsabilidades e autoridades organizacionais, como
aplicável (ver 5.3);
4. na determinação de como atender os requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3);
5. no estabelecimento de objetivos de SSO e no planejando de como alcançá-los (ver
6.2);
6. na determinação de controles aplicáveis para terceirização, aquisição e contratados
(ver 8.1.4);
7. na determinação do que precisa ser monitorado, medido e avaliado (ver 9.1);
8. no planejamento, estabelecimento, implementação e manutenção de programas de
auditoria (ver 9.2.2);
9. para assegura a melhoria continua (ver 10.3).
e) dar ênfase na participação de trabalhadores de níveis não gerenciais no seguinte:
1. na determinação do mecanismo para sua consulta e participação;

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2. na identificação dos perigos e avaliação de riscos e oportunidades (ver 6.1.1.e 6.1.2);


3. na determinação de ações para eliminar os perigos e reduzir os riscos de SSO (ver
6.1.4);
4. na determinação de requisitos de competências, necessidade de treinamento,
treinamentos e avaliação de treinamento (ver 7.2);
5. na determinação do que precisa ser comunicado e como isso deve ser feito (ver 7.4);
6. na determinação de medidas de controle e a sua efetiva implementação e seu uso
(ver 8.1, 8.1.3 e 8.2);
7. na investigação de incidentes e não conformidades e na determinação de ações
corretivas (ver 10.2).

Nota 3: Enfatizar a consulta e participação de trabalhadores não gerenciais tem como intenção
a aplicação a pessoas que realizam as atividades dos trabalhadores, mas não pretende excluir,
por exemplo, gerentes que são impactados pelas atividades de trabalho ou outros fatores da
organização.
Nota 4: É reconhecido que a provisão de treinamento sem custo para os trabalhadores e a
realização de treinamentos no horário de trabalho, quando possível, pode remover barreiras
significativas para a participação dos trabalhadores.

Norma Comentada para Interpretação: As pessoas que trabalham para a empresa ou


sob o seu controle devem ser envolvidas em várias questões relativas à SSO, como, na
identificação de perigos e avaliação dos riscos, na definição dos controles, na investigação
de acidentes e implementação de ações para evitar a sua reocorrência, enfim, devem-se
sentir participativos da gestão de SSO da empresa.
A norma define em vários itens desta subseção os momentos e ações em que os
trabalhadores devem ser envolvidos com o objetivo de que estes se sintam parte da
“construção” do SGSSO e deem a sua contribuição. Uma norma de Gestão de SSO só
terá sucesso com a participação de todos, mas principalmente dos trabalhadores que é
quem estarão envolvidos diretamente nos perigos e no nível dos riscos, podendo alterá-
los conforme as suas atitudes durante a jornada de trabalho.
Canais formais de consulta a empregados e outros envolvidos devem ser estabelecidos
para acompanhamento e controle dos riscos envolvidos nas atividades por estes
executados, problemas na implantação ou manutenção dos procedimentos definidos,

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sobre as mudanças de equipamentos, produtos químicos, processos e modelos de


trabalho que podem estar ocorrendo, etc.

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SEÇÃO 6: Planejamento

6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades (9001)


6.1.1 Ao planejar o sistema de gestão da qualidade, a organização deve considerar as
questões referidas em 4.1 e os requisitos referidos em 4.2, e determinar os riscos e
oportunidades que precisam ser abordados para:
a) Assegurar que o SGQ possa alcançar os resultados pretendidos;
b) Aumentar efeitos desejáveis;
c) Prevenir, ou reduzir, efeitos indesejáveis;
d) Alcançar melhoria.

6.1.2 A organização deve planejar


a) Ações para abordar esses riscos e oportunidades;
b) Como:
1) Integrar e implementar as ações nos processos do seu SGQ;
2) Avaliar a eficácia dessas ações.

6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades (14001)


6.1.1 Generalidades

A organização deve planejar e implementar processo para atender ao requerido de 6.1.2


a 6.1.4.
Ao planejar o sistema de gestão ambiental a organização deve considerar as questões
a que se refere no item 4.1, os requisitos referenciados em 4.2 e o escopo do seu
SGACe determinar os riscos e oportunidades relacionados aos seus aspectos
ambientais (ver 6.1.2), requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3), outras questões
e requisitos, identificados em 4.1 e 4.2, que precisam ser abordados para:
− assegurar que o sistema de gestão ambiental possa alcançar seus resultados
pretendidos;
− prevenir ou reduzir efeitos indesejáveis, incluindo o potencial para condições
ambientais externas que afetem a organização;
− alcançar a melhoria contínua.

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Dentro do escopo do sistema de gestão ambiental, a organização deve determinar


potenciais situações de emergência, incluindo aquelas que podem ter um impacto
ambiental.
A organização deve manter informação documentada de seus:
− riscos e oportunidades que precisam ser abordados;
− processo(s) necessário(s) em 6.1.1 a 6.1.4, na extensão necessária para ter
confiança de que eles sejam realizados conforme planejado.

6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades (45001)


6.1.1 Generalidades

Quando do planejamento do sistema de gestão de SSO, a organização deve considerar


as questões referidas em 4.1 (contexto) e os requisitos referidos em 4.2 (partes
interessadas) e em 4.3 (escopo do seu SGSSO) e determinar os riscos e oportunidades
que precisam ser abordados para:
a) assegurar que o SGSSO possa atingir os resultados pretendidos;
b) prevenir ou reduzir os efeitos indesejáveis;
c) alcançar a melhoria contínua.
Quando determinar os riscos e oportunidades para o SGSSO e seus resultados
pretendidos que precisam ser abordados, a organização deve levar em consideração:
- perigos (ver 6.1.2.1),
- riscos de SSO e outros riscos (ver 6.1.2.2);
- oportunidades de SSO e outras oportunidades (ver 6.1.2.3);
- requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3).
A organização, em seu(s) processos(s) de planejamento, deve determinar e avaliar os
riscos e opor-tunidades que são relevantes para os resultados pretendidos do SGSSO,
associados às mudanças na organização aos seus processos ou ao SGSSO. No caso
de mudanças planejadas, permanentes ou temporárias, esta avaliação deve ser
realizada antes da mudança a ser implementada (ver 8.1.3).
A organização deve manter informação documentada de seus:
- riscos e oportunidades;
- processos e ações necessários para determinar e abordar seus riscos e
oportunidades (ver de 6.1.2 a 6.1.4) na extensão necessária para ter confiança de

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que são realizados conforme o planejado.

Comentário de interpretação: Esta etapa é o P (plan = planejar) do ciclo P.D.C.A, onde


a organização está na fase do planejamento do seu SGI. Neste momento a
organização já se inteirou do contexto, das partes interessadas e as suas
necessidades e expectativas, definiu os limites do seu SGI e o escopo.
Como será apresentado nos subitens seguintes, é a fase de reconhecimento da
situação da organização em relação as suas relações com o meio ambiente, sua
situação em relação aos requisitos legais aplicáveis, os seus riscos relacionados às
oportunidades e ameaças e a elaboração dos planos e definição dos programas que
irão viabilizar a realização dos objetivos e metas ambientais definidos pela organização.

6.1.2 Aspectos ambientais (14001)

Dentro do escopo definido para o sistema de gestão ambiental, a organização deve


identificar os aspectos ambientais e os impactos ambientais associados de suas
atividades, produtos e serviços, que possa controlar e aqueles que possa influenciar,
considerando a perspectiva do ciclo de vida;
Ao determinar os aspectos ambientais a organização deve levar em consideração:
a) mudanças, inclusive projetos planejados ou novos, e atividades,
produtos e serviços, novos ou modificados;
b) condições anormais e situações de emergência razoavelmente previsíveis.
A organização deve determinar aqueles aspectos que possuem ou podem ter impacto
significativo sobre o meio ambiente, ou seja, aspectos ambientais significativos.
A organização deve comunicar seus aspectos ambientais significativos através dos
diversos níveis e funções da organização.
A organização deve manter informação documentada dos:
- critérios adotados para determinar seus aspectos ambientais significativos;
- seus aspectos ambientais e impactos ambientais associados;
- seus aspectos ambientais significativos.

Nota: Aspectos ambientais significativos podem resultar em risco associado tanto a


impactos ambientais adversos (ameaças) como a impactos ambientais benéficos

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(oportunidades).

Comentário de interpretação: Como a definição da própria norma, aspecto


ambiental é qualquer interação possível de ocorrer entre a organização e o meio
ambiente. Se imaginarmos a organização envolvida em uma redoma, qualquer
elemento resultante das atividades, produtos ou serviços da organização que cruza
esta fronteira é um aspecto ambiental. Embora tenha considerado a organização,
nesta versão, este requisito recomenda considerar a perspectiva do ciclo de vida.
Assim, considerações devem ser feitas no levantamento dos aspectos e impactos,
analisando todo o processo, desde a extração das matérias primas até a destinação
final do produto após o uso. Isto não quer dizer que a norma espera que a organização
identifique todos os aspectos e impactos em toda a cadeia, mas que não o ignore.
Pode ser que, ao verificar que um fornecedor de matéria prima está impactando de
modo muito agressivo o meio ambiente, a organização precisa influenciar que o
fornecedor adote medidas menos agressivas ou tenha que procurar outro fornecedor
que impacte menos. Esta ação estará alinhada ao compromisso de proteger o meio
ambiente, expressa na política do SGA.
Na outra ponta do ciclo, também é importante que a organização conheça e orienta
sobre qual é a melhor solução pra o descarte do produto acabado fabricado pela
organização, e pensar na orientação da disposição ou mesmo na logística reversa.
Este requisito da norma refere-se à identificação dos aspectos ambientais que causam
ou podem causar impactos significativos ao meio ambiente.
Define-se como impacto ambiental a modificação que o aspecto ambiental
correspondente provoca ao meio ambiente seja ela adversa ou benéfica. Assim,
aspecto é a causa e o impacto o seu efeito.
Estes impactos podem ser reais ou potenciais, pois em se tratando de SGA precisamos
atuar não só corretivamente mas também preventivamente.
Neste levantamento dos aspectos ambientais levamos em consideração aqueles que a
empresa possa controlar ou que tenha influência no seu controle ou até na sua
modificação, e que esteja dentro do escopo definido.
O levantamento dos aspectos e impactos é uma parte primordial do planejamento, é
quando a organização irá levantar todas as atividades executadas em todos os cantos
da empresa que façam parte do escopo, seja por pessoal próprio ou terceirizado. É

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interessante envolver pessoas de outras áreas em conjunto com o pessoal responsável


do local para este levantamento, pois aspectos rotineiros que passam desapercebidos
para o pessoal do setor podem chamar a atenção do pessoal de outros setores.
Vemos na prática que se um aspecto ambiental não foi percebido e apontado durante
o levantamento, o impacto causado consequentemente não será considerado e
controlado ou tratado adequadamente no Sistema de Gestão Ambiental.
Após a identificação dos aspectos ambientais que causam impactos ambientais, reais
ou potenciais, precisamos criar um critério para a avaliação da significância destes
impactos para que possamos priorizar a atuação do SGA. Como a avaliação de
significância dos impactos geralmente é um exercício subjetivo deve ser efetuado por
equipes multidisciplinares onde todos os pontos de vista das partes interessadas devem
ser apresentados e levados em consideração.
Como critérios para a avaliação da significância, temos observado na prática que as
empresas adotam vários itens, como por exemplo:
- Direto ou indireto.
- Severidade: baixa, média ou alta.
- Abrangência: dentro dos limites da empresa ou até área circunvizinha.
- Probabilidade de ocorrência: baixa, média ou alta.
- Leis aplicáveis: sim ou não.
Assim, após a pontuação dos aspectos e impactos a empresa consegue avaliar quais
são os impactos significativos. Deve-se decidir uma linha de corte na pontuação, acima
da qual os aspectos e impactos são os significativos e a organização definirá seus
objetivos e metas, os controles operacionais e os monitoramentos. Ao estabelecer seus
objetivos e metas, a organização deve levar em conta estes aspectos e impactos
significativos. Alguns impactos talvez não necessitem de investimentos mas apenas um
controle ou um programa de monitoração para mantê-los sob controle.
Caso no levantamento de aspectos a empresa identifique leis ambientais aplicáveis é
recomendado que procedimentos sejam definidos e implantados para garantir o seu
cumprimento ao logo do tempo.
Não esquecer também dos passivos ambientais: atitudes ou ações que foram feitas ou
deixaram de ser feitas no passado e que agora precisam ser corrigidos para se adequar
às leis ou mesmo para atender as atitudes gerenciais atuais.
É necessário criar uma sistemática para rever estes aspectos, principalmente antes de

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uma expansão ou do lançamento de novos produtos, da alteração de processos


produtivos, etc. e uma revisão a intervalos definidos caso nenhum destes eventos
ocorra.

Aspectos
Consumo de água Emissão de material particulado
Consumo de borracha industrial Emissão de névoas
Consumo de copos plásticos Emissão de odores
Consumo de embalagem metálica Emissão de particulado
Consumo de embalagem plástica Emissão de vapores ou gases inorgânicos
Consumo de energia elétrica Emissão de vapores ou gases orgânicos
Consumo de EPI Geração de borracha
Consumo de filtros Geração de cabos e fios
Consumo de gás GLP Geração de embalagem vazia não limpa
Consumo de gás refrigerante Geração de embalagem plástica contaminada
Consumo de gases industriais Geração de embalagens metálicas
Geração de embalagens plásticas não
Consumo de gasolina
contaminadas
Consumo de lâmpadas fluorescentes Geração de emulsão oleosas
Consumo de lâmpadas LED Geração de EPI's contaminados
Consumo de material de limpeza Geração de esgoto sanitário

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Aspectos
Consumo de material metálico Geração de estopas contaminadas
Consumo de óleo diesel Geração de filtros contaminados
Geração de lâmpadas fluorescentes
Consumo de óleo hidráulico
(Resíduo)
Consumo de óleo lubrificante Geração de lâmpadas LED(Resíduo)
Consumo de panos e filtros Geração de resíduo borracha
Consumo de papel Geração de resíduo eletrônico
Consumo de papelão Geração de resíduos da caixa de gordura
Consumo de pilhas e baterias Geração de resíduos da construção civil
Consumo de produto químico não perigoso Geração de resíduos de alimentos
Consumo de produto químico perigoso Geração de resíduos de jardinagem
Consumo de produtos de limpeza Geração de resíduos de filtros e panos
Consumo de tintas Geração de resíduos de madeira
Consumo de tonner e cartuchos de
Geração de resíduos de óleos e graxas
impressoras

Impactos
Alteração da camada de ozônio

Alteração da paisagem

Contaminação da água

Contaminação do ar

Contaminação do solo

Efeito estufa

Erosão ou Assoreamento

Esgotamento de recurso natural

Incômodo a comunidade e fauna silvestre

Redução da biodiversidade

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6.1.2. Identificação de perigos e avaliação de riscos e oportunidades (45001)


6.1.2.1 Identificação de perigos

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para uma


identificação de perigo que seja proativo e contínuo. O(s) processo(s) deve(m) levar em
consideração, mas não se limitar-se a:

a) como o trabalho é organizado, fatores sociais (incluindo carga de trabalho, horário


de trabalho, represália, assédio e bullying), liderança e cultura da organização;
b) atividades e situações rotineiras e não rotineiras, incluindo novos perigos
decorrentes de:
1. infraestrutura, equipamentos, materiais, substâncias e condições físicas do
local de trabalho;
2. projetos de produtos e serviços, pesquisa, desenvolvimento, ensaios,
produção, montagem, construção, entrega de serviços, manutenção e
disposição;
3. fatores humanos;
4. como o trabalho é realizado.
c) incidentes anteriores relevantes, internos ou externos à organização, incluindo as
emergênciais e suas causas;
d) potenciais situações de emergência;
e) pessoas, incluindo as seguintes considerações:
1. aquelas com acesso ao local de trabalho e suas atividades, incluindo
trabalhadores, contratados, visitantes e outras pessoas;
2. aquelas nas vizinhanças do local de trabalho, que podem ser afetadas pelas
atividades da organização;
3. trabalhadores em um local que não esteja sob controle direto da organização.
f) outras questões, incluindo considerações sobre:
1. projeto de áreas de trabalho, processos, instalações, maquinário/
equipamentos, procedimentos, operacionais e organização do trabalho,
incluindo sua adaptação às necessidades e capacidades dos trabalhadores
envolvidos;
2. situações que ocorram nas proximidades do local de trabalho, causadas por
atividades relacionadas ao trabalho sob o controle da organização;
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3. situações não controladas pela organização e que ocorram nas imediações do


local de trabalho, que podem causar lesões e problemas de saúde relacionados
às pessoas no local do trabalho;
g) mudanças reais ou propostas na organização, operações, processos, atividades
e SGSSO (ver 8.1.3);
h) mudanças no conhecimento de, e de informações sobre, perigos.

Norma Comentada para Interpretação: Para o entendimento deste processo


devemos lembrar a seguinte definição:
Perigo é uma fonte ou uma situação com potencial para provocar dano físico ou
doença. (ela é inerente à instalação, tarefa, ação, etc.)
Nesta etapa todas as tarefas devem ser verificadas quanto aos perigos envolvidos,
devemos estimar o risco de cada perigo quanto à probabilidade e a gravidade e decidir
se o risco é ou não aceitável.
Este trabalho de levantamento deve ser organizado de modo a não excluir nenhuma
atividade ou instalação e as pessoas envolvidas.
O levantamento deve contemplar os trabalhos rotineiros e não rotineiros e para
potenciais condições de emergência executados por funcionários, as atividades
executadas por funcionários fora do limite geográfico da empresa, assim como os
funcionários terceirizados, prestadores de serviço e visitantes e também as instalações
pertencentes a terceiros que estão sendo utilizados para prestar serviços à empresa.
Deve-se também considerar os perigos que as pessoas que trabalhem sob o controle da
organização estão expostas e que podem ser originados fora dos limites da empresa
(instalações da vizinhança que podem afetar a segurança e saúde das pessoas dentro
da empresa) assim como os perigos às pessoas da circunvizinhança (fora dos limites da
empresa) que podem ser afetadas pelos perigos da organização.
É recomendado que um formulário com campos definidos quanto às informações
necessárias para a avaliação dos riscos seja previamente elaborado e check-list pode
ser preparado para auxiliar a equipe durante o levantamento.
Também, caso a organização assim o deseje, o formulário pode contemplar um campo
para o registro dos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização
relacionados ás atividades/tarefas levantados.
O levantamento dos perigos e a identificação dos danos é uma parte primordial do

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planejamento, é quando a organização irá levantar todas as atividades executadas em


todos os cantos da empresa que façam parte do escopo, seja por pessoal próprio ou
terceirizado. É interessante envolver pessoas de outras áreas em conjunto com o
pessoal responsável do local para este levantamento, pois perigos rotineiros que
passam despercebidos para o pessoal do setor podem chamar a atenção do pessoal
de outros setores.
Vemos na prática que se um perigo não for identificado e apontado durante o
levantamento, o risco causado consequentemente não será considerado e controlado
ou tratado adequadamente no Sistema de Gestão de SSO.
É necessário criar uma sistemática para rever estes perigos, principalmente antes de
uma expansão ou do lançamento de novos produtos, da alteração de processos
produtivos, etc. e uma revisão a intervalos definidos, caso nenhum destes eventos
ocorra. Lembrar que a identificação dos perigos é uma atividade pró-ativa, quer dizer,
antes da implantação de novos equipamentos, novos controles ou alteração destes,
modificações nos locais de trabalho; deve-se fazer este levantamento e avaliação e
medidas de controle e monitoramentos devem ser definidas, procedimentos devem ser
definidos e os treinamentos devem ser realizados de modo que as pessoas,
funcionários ou não, já estejam devidamente capacitados para executar as tarefas com
segurança. Caso necessário, alterações devem ser propostas durante o projeto de
novas instalações/atividades de modo a implantá-las já em um nível de segurança
maior.

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Descrição dos Perigos Danos

Ruído em ambiente administrativo Desconforto acústico

Ruído em ambiente industrial Surdez

Vibrações Tenossinovite
Agentes Físicos

Radiações ionizantes Alterações hematológicas agudas /crônicas

Radiações não ionizantes Queimaduras

Frio Geladura/congelamento

Calor Insolação/internação

Contato com atmosfera inerte Asfixia

Umidade Dermatose

Fumos Intoxicação aguda/crônica


Pneumoconioses
Poeiras
Agentes Químicos

Irritação Ocular

Névoas Queimaduras/intoxicação

Neblinas Queimaduras/intoxicação

Gases Intoxicação aguda/crônica

Vapores Intoxicação aguda/crônica

Líquidos Dermatite de contato


Biológicos
Agentes

Exposição a agentes microbiológicos (vírus, bactérias,


Doenças infecto-contagiosas
protozoários, fungos, parasitas)

Esforço físico intenso Stress/fadiga

Levantamento e transporte manual de peso Lesões osteomioarticulares


Riscos Ergonômicos

Postura inadequada Fadiga/lesão osteomioarticulares

Mobiliário do posto de trabalho inadequado Fadiga/stress

Equipamentos do posto de trabalho inadequados Stress/fadiga

Stress/fadiga
Condições ambientais de trabalho inadequadas (unidade
Dor de Cabeça
relativa do ar, temperatura efetiva e iluminação)
Irritação

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Situações de
Emergência Incêndio ou explosão Queimaduras, morte

Ataque de animais peçonhentos ou insetos Envenenamento

Lesões por queda (contusão, lesões múltiplas,


Trabalho em altura
grandes fraturas)
Trabalho a quente Queimadura/internação
Trabalho com eletricidade Choque elétrico/queimadura
Lesões por queda (entorses, contusões,
Trabalho em superfícies escorregadias
pequenas fraturas)
Trabalho com exposição a animais peçonhentos Envenenamento
Trabalho sujeito à queda de ferramentas, materiais e
Condições Ambientais de Segurança

Lesões contusas/cortantes
equipamentos
Lesões contusas/cortantes
Trabalho utilizando máquinas e equipamentos sem proteção
Amputações
Trabalho utilizando ferramentas inadequadas ou defeituosas Fadiga/lesões contusas
Trabalho sujeito a ataque de animais ou insetos Mordedura/lesões
Trabalho com explosivos Queimaduras
Embolia gasosa/stress/
Trabalho sob condições hiperbáricas
Doença descompressiva
Trabalho sujeito a desabamentos Lesões por esmagamento/asfixia
Trabalho sujeito a atingimento de partículas Lesões oculares
Trabalho sujeito a cortes ou ferimentos Cortes/lacerações
Incêndio Lesões múltiplas/queimaduras
Queda de objetos Lesões contusas/cortantes
Arranjo físico inadequado Lesões contusas/cortantes
Queda do elevador Lesões contusas/cortantes
Quedas de pessoas Lesões contusas/cortantes
Trabalho em espaço confinado Asfixia/desmaio

6.1.2.2 Avaliação dos riscos de SSO e outros riscos para o SGSSO (45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter processo(s) para:


a) avaliar os riscos de SSO relativos aos perigos identificados, levando em
consideração a eficácia dos controles existentes;
b) identificar e avaliar os outros riscos relacionados ao estabelecimento,
implementação, operação e manutenção do SGSSO.
A metodologia e os critérios da organização para a avaliação dos riscos de SSO devem
ser estabelecidos em relação ao seu escopo, natureza e tempo cronograma, para
assegurar que eles sejam pro-ativos ao invés de reativos e sejam utilizados de forma

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sistemática. Informação documentada deve ser mantida e retida desta metodologia e


dos critérios.

Norma Comentada para Interpretação:


A. Riscos relacionados aos perigos dos processos, atividades, produtos e
outros:
Após a identificação dos perigos e seus danos, precisamos criar um critério para a
avaliação dos riscos de modo a seleccionar aqueles que não são aceitáveis,
considerando a política e as preocupações da gestão. É interessante que as pessoas que
irão avaliar os riscos pensem nos danos pessoais que o perigo poderá resultar e
considerar os danos para depois avaliar os riscos sobre os danos considerados.
Para o entendimento desta atividade devemos lembrar que normalmente, os riscos
relacionados aos perigos e seus danos é avaliado conforme abaixo:
RISCO é uma combinação da probabilidade de ocorrência e das consequências de um
evento perigoso especificado (acidente ou incidente). Um risco, então, tem sempre dois
elementos:
1. a probabilidade de um perigo ocorrer ou doença (considerando o dano que poderá
causar aos trabalhadores);
2. as consequências deste evento perigoso ou situação que pode provocar uma
doença.
Nesta etapa todas as tarefas devem ser verificadas quanto aos perigos envolvidos,
devemos estimar o risco de cada dano quanto à probabilidade e a gravidade e decidir
se o risco é ou não aceitável.
Um formulário com campos definidos quanto às informações necessárias para a
avaliação dos riscos pode ser previamente elaborado e check-list pode ser preparados
para auxiliar a equipe durante o levantamento.
Como sistemática para a avaliação dos riscos encontrados transcrevemos os exemplos
citados na norma BS 8800.
Gravidade do dano – As informações obtidas sobre as atividades de trabalho são
dados fundamentais de entrada para a avaliação de riscos. Quando se procura
estabelecer a gravidade potencial do dano, deve ser levado em conta o seguinte:
a. partes do corpo que provavelmente serão afetadas;
b. natureza do dano, variando do mais leve ao extremamente prejudicial:

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1. Levemente prejudicial, por exemplo:


- Lesões superficiais; pequenos cortes e contusões; irritações dos olhos com
poeira;
- Incômodo e irritação (por exemplo, dor de cabeça); doença ocupacional que
leve a desconforto temporário.
2. Prejudicial, por exemplo:
- Lacerações; queimaduras; concussão; torção/ deslocamentos sérios;
pequenas fraturas;
- Surdez; dermatites; asma; lesões dos membros superiores relacionadas ao
trabalho; doenças que provoquem incapacidade permanente menor.
3. Extremamente prejudicial, por exemplo:
- Amputações; grandes fraturas; envenenamentos; lesões múltiplas; lesões
fatais;
- Câncer ocupacional; outras doenças que encurtem severamente a vida;
doenças fatais agudas.

A tabela seguinte apresenta uma classificação da probabilidade:

Descrição Especialidade
Ocorre freqüentemente
Provável
(já experimentado)
Pode ocorrer alguma vez durante
Improvável
a vida útil do item
Altamente Pode ocorrer, mas nunca
Improvável experimentado

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Tabela D.1 – Um estimador simples do nível de risco


Levemente Extremamente
Prejudicial
prejudicial prejudicial
Altamente Risco Risco Risco
improvável Trivial Tolerável Moderado
Risco Risco Risco
Improvável
Tolerável Moderado Substancial
Risco Risco Risco
Provável
Moderado Substancial Intolerável

Lembrar de verificar se algum(ns) dos riscos de SSO foram selecionados como riscos
e oportunidades do SGSSO. Se a organização escolheu alguns como riscos e
oportunidades, o auditor deve verificar todo o seu desdobramento tal como outros riscos
e oportunidades que foram escolhidos para serem abordados nas seções 4.1 e 4.2.

B. Riscos relacionados ao Sistema de Gestão de SSO:


Outro risco que deve ser considerado é aquele relacionado ao SGSSO. São situações
que, caso ocorram, podem prejudicar nos resultados planejados do SGSSO. Estes têm
como fonte não apenas os perigos a que os trabalhadores estão expostos, mas as
questões do contexto da Organização (ver 4.1) e as necessidades e expectativas das
partes interessadas (ver 4.2). Assim, quando a organização identificar as questões
internas e externas e as necessidades e expectativas das partes interessadas, deve
também levantar os riscos relacionados que podem impactar os resultados esperados
do SGSSO. Pode também ocorrer que um perigo relacionado aos danos pessoais seja
considerado como risco para o SGSSO ou também alguma legislação, principalmente
as não atendidas, sejam consideradas risco para o SGSSO.
Como resultado deste processo, a organização terá uma “lista” de riscos que devem ser
abordados conforme 6.1.4.

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6.1.2.3 Avaliação de oportunidades de SSO e outras oportunidades do SGSSO


(45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo para avaliar:


a) Oportunidades de SSO para melhorar o desempenho de SSO, levando em
consideração as mudanças planejadas para a organização, suas políticas, seus
processos e ou suas atividades e:
1. oportunidades para adaptar o trabalho, organização do trabalho e ambiente de
trabalho aos trabalhadores;
2. oportunidades para eliminar os perigos e reduzir riscos de SSO;

b) outras oportunidades para melhorar o SGSSO.


Nota: riscos de SSO e oportunidades de SSO podem resultar em outros riscos e outras
oportunidades para a Organização.
Norma Comentada para Interpretação: As oportunidades não são ações para
minimizar ou eliminar os riscos, são situações que, caso aproveitadas, podem trazer
resultados benéficos para a Organização. Assim, quando estiver avaliando as questões
externas e internas e as necessidades e expectativas das partes interessadas, a
organização também deve identificar situações que favorecem e melhoram os
resultados de desempenho do SGSSO.

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6.1.3 Requisitos legais e outros requisitos (14001)

A organização deve:
a) identificar e ter acesso aos requisitos legais relacionadas aos seus aspectos
ambientais;
b) determinar como estes requisitos legais se aplicam à organização.
c) Levar requisitos legais e outros requisitos em consideração quando
estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente seu SGA
A organização deve manter informação documentada sobre seus requisitos legais.
Nota: Requisitos legais podem ter o potencial de resultar em risco associado tanto a
impactos adversos (ameaças) quanto a impactos benéficos (oportunidades) para a
organização.

6.1.3 Determinação dos requisitos legais e outros requisitos (45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para:


a) determinar e ter acesso aos requisitos legais atualizados e outros requisitos que
são aplicáveis a seus perigos, riscos de SSO e SGSSO;
b) determinar como esses requisitos legais e outros requisitos se aplicam à
organização e o que precisa ser comunicado;
c) levar em consideração esses requisitos legais e outros requisitos ao estabelecer,
implementar, manter e melhorar continuamente seu SGSSO.
A organização deve manter e reter informação documentada de seus requisitos legais
aplicáveis e outros requisitos e deve assegurar que sejam atualizados para considerar
qualquer mudança.

Nota: Requisitos legais e outros requisitos podem resultar em riscos e oportunidades


para a organização.

Comentário de interpretação: Uma dos requisitos para a empresa certificar-se nas


Normas ISO 14001:15 e ISO 45001:18, é de que a alta administração deve declarar na
Política o seu comprometimento com o atendimento aos requisitos legais ambientais
aplicáveis e os subscritos pela organização.

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A identificação dos requisitos legais (seja de origem municipal, estadual ou federal)


e outros requisitos é de suma importância para a fase de planejamento do SGI porque
alguns deles a empresa precisa atender até a certificação e para os outros é
necessário um plano de ação.
Aqui estamos dando enfoque ao processo de auditoria, mas o cumprimento das leis
é obrigatório, independente se a empresa busca uma certificação ambiental ou não.
Caso a empresa verifique durante o levantamento o não atendimento parcial ou total
de algum requisito legal ela precisará priorizar e destinar os recursos para o seu
enquadramento.
Como os requisitos legais ambientais estão em constante modificação, a organização
precisa criar uma sistemática para garantir a sua atualização, divulgação às áreas
aplicáveis e a sua implementação.
Outros requisitos estão se referindo aos compromissos assumidos pela empresa com
a classe (ex.: Atuação Responsável da Abiquim) com os funcionários (acordos com
sindicatos), declarações de iniciativa da empresa, normas ambientais sobre o produto,
políticas corporativas, etc. e aos identificados no levantamento das necessidades e
expectativas das partes interessadas.
A empresa precisa determinar também como estes requisitos ambientais se aplicam
aos aspectos, por exemplo: medir o aspecto ruído nos limites da empresa conforme o
Conama nº1/90 e normas NBR 10151 e NBR 10152.
Este requisito da norma não é de difícil atendimento porque as NR’s aplicáveis e outras
legislações legais estão compiladas em livros de Segurança e Medicina do Trabalho ou
pode-se recorrer a bancos de dados informatizados. Atenção, porém, que embora as
NR´s cubram uma boa parte dos requisitos legais há outros requisitos legais relativas à
gestão de SSO. Outros requisitos são, por exemplo, os acordos coletivos, determinação
da Matriz ou compromissos voluntários assumidos pela empresa.3

6.1.4 Planejamento de ações (14001)

A organização deve planejar:


a) Tomar ações para abordar seus:
1. Aspectos ambientais significativos;
2. Requisitos legais e outros requisitos;

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3. Riscos e oportunidades identificados em 6 1 1


b) Como
1. Integrar e implementar as ações nos processos de seu SGA
2. Avaliar a eficácia dessas ações (ver 91)

6.1.4 Planejamento de ações (45001)


A organização deve planejar:
a) ações para:
1. abordar riscos e oportunidades (ver 6.1.2.2 e 6.1.2.3);
2. abordar requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3)
3. preparar e responder a situações de emergência (ver 8.2);
b) em como:
1. integrar e implementar as ações em seus processos de seu SGSSO ou em
outros processos de negócio;
2. avaliar a eficácia dessas ações.
A organização deve levar em conta a hierarquia de controles (ver 8.1.2) e saídas do seu
SGSSO ao planejar as ações a serem tomadas.
Quando planejar suas ações, a organização deve considerar as melhores práticas,
opções tecnológicas requisitos financeiros, operacionais e de negócio.

Comentário de interpretação: Neste momento já temos identificados: os riscos


priorizados que devem ser tratados primeiro (item 6.1.5), os aspectos e impactos,
perigos e riscos, escolhidos como significativos (item 6.1.2) e os requisitos legais não
atendidos totalmente ou planejarmos as ações para a melhoria da organização em
relação às questões ambientais.
Então precisamos estabelecer as ações, os prazos, as responsabilidades e os recursos
necessários para que as ações definidas sejam implantadas nos prazos definidos.
Após o término da implantação e transcorrido o tempo necessário para que as ações
apresentem os resultados, precisamos verificar se realmente as ações surtiram os
efeitos desejados, isto é, verificar a eficácia das ações tomadas. As ações podem ser
o de definir os objetivos e metas (ver item 6.2.1), o estabelecimento e implantação de
controles operacionais ou também do estabelecimento e implantação dos
monitoramentos.
Precisamos fazer esta avaliação periodicamente para identificar se as oportunidades e

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ameaças continuam as mesmas e se a prioridade estabelecida ainda é válida.


A norma define que a Organização deve considerar a hierarquia dos controles (ver
8.1.2) e as saídas das análises pela administração (ver 9.3) quando estiver planejando
as ações.
Também devem ser consideradas as melhores práticas, as opções tecnológicas, seus
requisitos financeiros e operacionais e de negócio.

6.2 Objetivos da qualidade e planejamento para alcançá-los (9001)


6.2.1 A organização deve estabelecer objetivos da qualidade nas funções, níveis e
processos pertinentes necessários para o sistema de gestão da qualidade.
Os objetivos da qualidade devem:
a) ser coerentes com a política da qualidade;
b) ser mensuráveis;
c) levar em conta requisitos aplicáveis;
d) ser pertinentes para a conformidade de produtos e serviços e para aumentar a
satisfação do cliente;
e) ser monitorados;
f) ser comunicados;
g) ser atualizados como apropriado.
A organização deve manter informação documentada sobre os objetivos da qualidade.

6.2.2 Ao planejar como alcançar seus objetivos da qualidade, a organização deve


determinar:

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6.2 Objetivos ambientais e planejamento para alcançá-los (14001)


6.2.1 Objetivos ambientais

A organização deve estabelecer objetivos ambientais nas funções e níveis pertinentes,


levando em consideração os aspectos ambientais significativos da organização e os
requisitos legais e outros requisitos associados, e considerando os seus riscos e
oportunidades.
Os objetivos ambientais devem ser:
a) coerentes com a política ambiental;
b) mensuráveis (se viável);
c) monitorados;
d) comunicados;
e) atualizados, como apropriado.

A organização deve manter informação documentada sobre os objetivos ambientais.

6.2 Objetivos de SSO e planejamento para alcançá-los (45001)


6.2.1 Objetivos de SSO
A organização deve estabelecer os objetivos de SSO nas funções e níveis relevantes,
para manter e melhorar continuamente o SGSSO e o seu desempenho de SSO (ver
10.3).
Os objetivos de SSO devem:
a) ser consistentes com a política de SSO;
b) ser mensuráveis (se praticável) ou capazes de avaliar o desempenho;
c) levar em consideração:
1. requisitos aplicáveis;
2. os resultados da avaliação de riscos e oportunidades (ver 6.1.2.2 e 6.1.2.3);
3. resultado de consultas a trabalhadores (ver 5.4), e se existirem, representantes
dos trabalhadores;
d) ser monitorados;
e) ser comunicados;
f) ser atualizados, como apropriado.

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Comentário de interpretação: A organização precisa definir e documentar os seus


objetivos e metas. Todas as áreas e funções que tem relação direta ou indireta com
estas metas devem conhecê-las e atuar para o seu atendimento.
Para a definição destes objetivos e metas a organização deve levar em consideração
as suas obrigações de conformidade, os impactos e perigos significativos, os riscos
identificados e a política definida pela alta direção. Também devem ser considerados
as suas opções tecnológicas, seus requisitos financeiros e operacionais e de negócio.
Todas estas informações que servem de base para a definição dos Objetivos e Metas
são dinâmicas, os aspectos e impactos, perigos e riscos significativos podem se alterar,
assim como a legislações, os riscos, enfim, assim há a necessidade de um
acompanhamento constante porque pode surgir a necessidade de alteração dos objetivos
e metas.
Os objetivos não só devem atender às questões técnicas, mas também de
necessidades de treinamentos e capacitação profissional, programas de
conscientização, comunicação e outros. Enfim são as necessidades que a empresa
percebe e julga que devam ser atendidas para a elaboração e implementação de um
SGI adequado e eficaz para a sua organização de modo a atingir o desempenho
planejado.
Costuma-se dizer que para avaliar se os objetivos e metas estão bem definidas
deve-se aplicar os fatores SMART: S = specific (específico) M = measurable
(mensurável) A = agreed (acordado) R = realistic (realista) T = time-limited (com
prazos).
É aconselhável a observação destes fatores principalmente quando estiver definindo
as metas, para que não incorramos no erro de estabelecer metas inatingíveis, sem
prazo, não mensuráveis, etc. É aconselhável que as metas sejam mensuráveis,
embora algumas vezes as empresas acabem definindo algumas metas subjetivas e
de difícil medição direta.
Os objetivos e metas devem ser monitorados periodicamente, fornecendo
informações para a alta direção gerenciar o SGI e o processo de melhoria contínua
e quando necessário deve servir de base para uma reorientação do Sistema de
Gestão. Algumas vezes a organização prevê através do monitoramento que não
conseguirá atingir algumas das metas estabelecidas ou em outras ocasiões
ultrapassará os valores definidos como meta, principalmente quando o SGI é

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relativamente novo e como a empresa não dispunha de dados históricos as metas


foram definidas muito mais por sentimentos do que baseado em números reais.
Quando a empresa percebe estas variações deve-se fazer uma análise crítica e
redefinir as suas metas. Os objetivos e metas devem fazer parte da análise crítica
pela administração. (requisito 9.3).
O atendimento aos Objetivos e Metas ao longo do tempo demonstrará o desempenho
ambiental da organização e a obtenção dos resultados planejados pela alta direção.

6.2.2 Planejamento das ações para alcançar os objetivos ambientais (14001)


Ao planejar como atingir seus objetivos ambientais, a organização deve determinar:
a) o que será feito;
b) que recursos serão requeridos;
c) quem será o responsável;
d) quando será concluído;
e) como os resultados serão avaliados;
A organização deve considerar como as ações para atingir os objetivos ambientais
podem ser integradas aos processos de negócio da organização.

6.2.2 Planejamento para atingir os objetivos de SSO (45001)

Ao planejar como alcançar seus objetivos de SSO, a organização deve determinar:


a) o que será feito;
b) que recursos serão requeridos;
c) quem será responsável;
d) quando isso será concluído;
e) como os resultados serão avaliados, incluindo indicadores
para monitoraramento;
f) como as ações para atingir os objetivos de SSO serão
integradas aos processos de negócios da organização.

A organização deve manter e reter informação documentada sobre os objetivos de SSO


e planos para alcançá-los.

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Comentário de interpretação: Para que aos objetivos sejam atendidos devemos


estabelecer as responsabilidades, os prazos, verificar e prever os recursos necessários,
sejam estes financeiros, humanos, equipamentos, treinamentos, etc.
Uma vez definido os objetivos, agora são necessárias as definições das ações que
serão realizadas, o levantamento dos recursos necessários que viabilizem a execução
das ações, responsabilidades, prazos e os indicadores que possibilitem o
acompanhamento durante toda a fase do progresso das ações e no final para avaliar
se realmente as metas foram atingidas nos prazos propostos. Pode ser que estes
objetivos requeiram um monitoramento contínuo mesmo após o encerramento das
ações para acompanhar a obtenção dos resultados pretendidos.
Deve se definir um prazo razoável e viável para a realização de cada objetivo.
Devemos identificar as várias tarefas que precisam ser implementadas para alcançar
os objetivos. Para cada tarefa individual é necessário definir a responsabilidade, a
autoridade e os prazos de modo a atender o prazo global do objetivo. Os funcionários
responsáveis de cada tarefa devem ser consultados quanto a sua praticidade e devem
ser competentes para se encarregar das mesmas. Os objetivos também devem ser
tangíveis e reavaliados periodicamente, e deem ser mantidos e retidos como
informação documentada.

6.3 Planejamento de mudanças (9001)

Quando a organização determina a necessidade de mudanças no sistema de gestão


da qualidade, as mudanças devem ser realizadas de uma maneira planejada e
sistemática (ver 4.4).
A organização deve considerar:
a) o propósito das mudanças e suas potenciais consequências;
b) a integridade do sistema de gestão da qualidade;
c) a disponibilidade de recursos;
d) a alocação ou realocação de responsabilidades e autoridades.

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SEÇÃO 7: APOIO
7.1 Recursos (9001)
7.1.1 Generalidades
A organização deve determinar e prover os recursos necessários para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do sistema de gestão
da qualidade.
A organização deve considerar:
a) as capacidades e restrições de recursos internos existentes;
b) o que precisa ser obtido de provedores externos.

7.1.2 Pessoas
A organização deve determinar e prover as pessoas necessárias para a implementação
eficaz do seu SGQ e para a operação e controle de seus processos.

7.1.3 Infraestrutura
a) Edifícios e utilidades associadas;
b) Equipamento, incluindo materiais, máquinas, ferramentas, etc e software;
c) Recursos para transporte;
d) Tecnologia da informação e de comunicação.

7.1.4 Ambiente para a operação dos processos.


A organização deve determinar, prover e manter um ambiente necessário para a
operação de seus processos e para alcançar a conformidade de produtos e serviços.

7.1 Recursos (14001)


A organização deve determinar e prover os recursos necessários para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do sistema de
gestão ambiental.

7.1 Recursos (45001)


A organização deve determinar e prover os recursos necessários para o
estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua do SGSSO.

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Norma Comentada para Interpretação: A alta administração deve disponibilizar os


recursos necessários que podem incluir equipamentos, recursos humanos, treinamento
e principalmente tempo para que as pessoas com outras funções dentro da organização
possam dedicar parte do seu tempo às questões de meio ambiente e às de SSO.
Uma parte da disponibilização dos recursos é observada com a verificação da
realização dos objetivos e planos que foram planejados

7.1.5 Recursos de monitoramento e medição (9001)


7.1.5.1 Generalidades

A organização deve determinar e prover os recursos necessários para assegurar


resultados válidos e confiáveis quando monitoramento ou medição for usado para
verificar a conformidade de produtos e serviços com requisitos.
A organização deve assegurar que os recursos providos:
a) sejam adequados para o tipo específico de atividades de monitoramento e medição
assumidas;
b) sejam mantidos para assegurar que estejam continuamente apropriados aos seus
propósitos.
A organização deve reter informação documentada apropriada como evidência de que
os recursos de monitoramento e medição sejam apropriados para os seus propósitos.

7.1.5.2 Rastreabilidade de medição (9001)

Quando a rastreabilidade de medição for um requisito, ou for considerada pela


organização uma parte essencial da provisão de confiança na validade de resultados de
medição, os equipamentos de medição devem ser:
a) verificados ou calibrados, ou ambos, a intervalos especificados, ou antes do uso,
contra padrões de medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou
nacionais; quando tais padrões não existirem, a base usada para calibração ou
verificação deve ser retida como informação documentada;
b) identificados para determinar sua situação;
c) salvaguardados contra ajustes, danos ou deterioração que invalidariam a situação
de calibração e resultados de medições subsequentes.

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A organização deve determinar se a validade de resultados de medição anteriores foi


adversamente afetada quando o equipamento de medição for constatado inapropriado
para seu propósito pretendido, e deve tomar ação apropriada, como necessário.

7.1.6 Conhecimento organizacional. (9001)

A organização deve determinar o conhecimento necessário para a operação de seus


processos e para alcançar a conformidade de produtos e serviços.
Esse conhecimento deve ser mantido e estar disponível na extensão necessária.
Ao abordar necessidades e tendências de mudanças, a organização deve considerar
seu conhecimento no momento e determinar como adquirir ou acessar qualquer
conhecimento adicional necessário e atualizações requeridas.

7.2 Competências (9001)

A organização deve:
a) determinar a competência necessária de pessoa(s) que realize(m) trabalho sob o
seu controle que afete o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da
qualidade;
b) assegurar que essas pessoas sejam competentes, com base em educação,
treinamento ou experiência apropriados;
c) onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e avaliar a
eficácia das ações tomadas;
d) reter informação documentada, apropriada como evidência de competência.

7.2 Competência (14001)

A organização deve:
a) determinar a competência necessária das pessoas que trabalham sob seu
controle e que afetem seu desempenho ambiental;
b) assegurar que essas pessoas sejam competentes com base em educação,
treinamento ou experiência apropriados;
c) determinar as necessidades de treinamento associadas aos

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seus aspectos ambientais e ao seu SGA;


d) onde aplicável, tomar ações para adquirir a competência necessária e
avaliar a eficácia das ações tomadas.

A organização deve reter informação documentada apropriada como evidência da


competência.
Nota: Ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, provisão de treinamento, tutoria
ou a realocação das pessoas atualmente empregadas, ou a contratação ou realização
de contratos com pessoas competentes.

7.2 Competência (45001)

A organização deve:
a) determinar a competência necessária dos trabalhadores, que afetem ou possam
afetar o seu desempenho de SSO;
b) assegurar que os trabalhadores sejam competentes (incluindo a habilidade para
identificar perigos) com base em educação, treinamento ou experiência
apropriados;
c) quando aplicável, tomar ações para adquirir e manter a competência necessária e
avaliar a eficácia das ações tomadas;
d) reter informação documentada apropriada como evidência de competência.

Nota: Ações aplicáveis podem incluir, por exemplo, a provisão de treinamento, o


mentoreamento ou a mudança de atribuições de pessoas empregadas no momento; ou
empregar ou contratar pessoas competentes.

Comentário de interpretação: Em relação ao item competência, a organização


precisa identificar todos os cargos da própria empresa ou pessoas de contratadas
que durante a execução das suas funções possam afetar o desempenho ambiental
e de SSO planejado pela organização e seu sistema de gestão. Para estes cargos é
necessária a definição das competências necessárias, competência esta adquirida
pela educação, treinamento ou experiência. Observe que o treinamento ou a
experiência asseguram a adequação do profissional na prática da realização das

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tarefas.
Caso exista alguma tarefa realizada por terceiros e que possa afetar o desempenho
ambiental ou o de SSO, deve-se providenciar ou exigir a educação e o treinamento
deste pessoal também. Esta necessidade de treinamento precisa ser verificada de
tempos em tempos para garantir a capacitação adequada do pessoal.
No caso onde for identificada falta de competências (educação e/ou treinamento) há a
necessidade de realizar ações que preencham esta falta e, após a realização da ação
e antes de confiar uma tarefa ao profissional, é necessária a verificação se realmente
foi adquirida a competência necessária. Cuidado para que as novas atribuições não
sejam delegadas ao recém formado ou treinado antes de verificar a eficácia da ação,
ou seja, a pessoa não pode receber uma nova atribuição antes que alguém comprove
que as tarefas serão realizadas conforme definido.

7.3 Conscientização (9001)

A organização deve assegurar que pessoas que realizam trabalho sob o controle da
organização estejam conscientes:
a) da política da qualidade;
b) dos objetivos da qualidade pertinentes;
c) da sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão da qualidade, incluindo os
benefícios de desempenho melhorado;
d) das implicações de não estar conforme com os requisitos do sistema de gestão da
qualidade.

7.3 Conscientização (14001)

As pessoas trabalhando sob o controle da organização devem ser conscientizadas sobre:


a) da política ambiental;
b) dos aspectos ambientais significativos e os impactos reais e potenciais
relacionados às suas atividades;
c) da sua contribuição para a eficácia do sistema de gestão ambiental,
incluindo os benefícios da melhoria do desempenho ambiental;
d) das implicações de não conformidades com os requisitos do sistema de

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gestão ambiental, inclusive os requisitos legais.

Comentário de interpretação: Normalmente poucos são os cargos em uma


organização que requerem uma competência técnica ambiental específica. Exemplos
são: auditores internos, pessoal do laboratório que poderá fazer análises dos efluentes,
a pessoa responsável pelo acompanhamento das leis ambientais, responsável pela
realização de alguns monitoramentos ambientais (ex.: gases de emissão de caldeiras,
caminhões, etc.), componentes da brigada de emergência, etc. A grande maioria da
população interna necessita de uma conscientização para que no dia a dia ajam de
acordo com alguns princípios de boas práticas ambientais e alguns procedimentos
adotados pela organização. É esperado do pessoal uma conscientização e atitudes
ambientalmente corretas, o que deve ou não deve ser feito, como agir em casos de
acidentes envolvendo o meio ambiente em situações reais ou potenciais que possam
ocorrer na área de sua atuação.
Novamente devemos nos preocupar quanto á conscientização dos prestadores de
serviços, principalmente aqueles que executam tarefas de duração muito curta, mas
que não estão livres de causarem grandes impactos ambientais nas instalações da
empresa ao qual estão prestando os serviços.
Como a Política ambiental é uma diretriz que todos devem atender e contribuir, é
esperado que todos saibam qual a sua parte da contribuição no dia a dia da execução
das suas tarefas. Todas as pessoas que atuam sob o controle da organização devem
saber da sua contribuição com a diretriz estabelecida pela direção para obter os
resultados esperados do SGA.
Como os aspectos significativos são as relações com o meio ambiente que a
organização escolheu focar o seu trabalho neste momento (definindo objetivos e metas
(não é obrigatório para todos os significativos), controles operacionais e
monitoramentos) porque são os que mais impactam o meio ambiente, é necessário que
todas as pessoas cujas tarefas apresentam aspectos e impactos significativos estejam
conscientes destes e de como devem realizar estas tarefas. É importante também e até
motivador quando as pessoas que trabalham sob o controle da organização conhecem
como podem contribuir com os resultados ambientais do seu setor e da própria
organização, e que os resultados do trabalho sejam apresentados, sejam estes bons
ou ruins.

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Em relação ao atendimento aos requisitos legais, como este é um assunto muito


específico e de difícil compreensão pela maioria das pessoas, os gestores definem e
implantam procedimentos internos que, uma vez atendidas, atendem as legislações,
sejam estas municipais, estaduais, federais ou alguma condicionante de algum
documento legal. As organizações normalmente utilizam da confecção de cartilhas,
bunner´s, cartazes, SIPATMA – Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho e
Meio Ambiente e outros como meio de comunicação para obter a conscientização das
pessoas nas questões ambientais.

7.3 Conscientização (45001)

Os trabalhadores devem estar conscientes sobre:


a) a política de SSO e dos objetivos de SSO;
b) as suas contribuições para a eficácia do SGSSO, incluindo os benefícios da
melhoria do desempenho do SSO;
c) das implicações e potenciais consequências de não estarem em conformidade
com os requisitos do SGSSO;
d) incidentes e os resultados das investigações relevantes para eles;
e) dos perigos, e riscos de SSO e ações determinadas que sejam relevantes para
eles, e
f) capacidade de se afastarem das situações de trabalho que considerem que
apresentam um perigo iminente e grave para sua vida ou para sua saúde, bem
como as providências para protege-los e das consequências caso não se
removam.

Norma Comentada para Interpretação: A grande maioria da população interna


necessita de uma conscientização para que no dia a dia ajam de acordo com alguns
princípios de boas práticas de segurança e saúde ocupacional e alguns procedimentos
adotados pela organização. É esperado do pessoal uma conscientização e atitudes
corretas, o que deve ou não deve ser feito, como agir em casos de acidentes em
situações reais ou potenciais que possam ocorrer na área de sua atuação.
Novamente devemos nos preocupar quanto á conscientização dos prestadores de
serviços, principalmente aqueles que executam tarefas de duração muito curta, mas

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que não estão livres dos perigos e riscos existentes nas instalações da empresa ao qual
estão prestando os serviços.
Como a Política de SSO é uma diretriz que todos devem atender e contribuir, é
esperado que todos saibam qual a sua parte da contribuição no dia a dia da execução
das suas tarefas. Todas as pessoas que atuam sob o controle da organização devem
saber da sua contribuição com a diretriz estabelecida pela direção para obter os
resultados esperados do SGSSO.
As organizações normalmente utilizam da confecção de cartilhas, bunner´s, cartazes,
SIPAT – Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho e outros como meio de
comunicação para obter a conscientização das pessoas.
Deve-se verificar também o entendimento da Política pelos funcionários e outros, não
aceitando que a pessoa tenha decorado a Política na íntegra; o importante é que tenha
entendido a filosofia, a mensagem, e principalmente a aplicação no dia-dia e como
ele(a) pode contribuir nesta Política.

7.4 Comunicação (9001)

A organização deve determinar as comunicações internas e externas pertinentes para


o sistema de gestão da qualidade, incluindo:
a) Sobre o que comunicar;
b) Quando comunicar;
c) Com quem se comunicar;
d) Como comunicar;
e) Quem comunica.

7.4 Comunicação (14001)


7.4.1 Generalidades
A organização deve planejar e implementar um processo de comunicações internas e
externas relevantes ao sistema de gestão ambiental, incluindo:
a) o que será comunicado;
b) quando comunicar;
c) com quem se comunicar;
d) como comunicar.

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Ao estabelecer seu processo de comunicação, a organização deve:


- considerar seus requisitos legais;
- assegurar que as informações ambientais comunicadas sejam consistentes
com a informação gerada no sistema de gestão ambiental e que seja confiável.
A organização deve responder a comunicações relevantes ao seu sistema de gestão
ambiental.
A organização deve reter informação documentada como evidência de sua
comunicação, como apropriado.

7.4.2 Comunicação interna

A organização deve:
a) comunicar internamente as informações pertinentes para o SGA entre os vários níveis e
funções da organização, inclusive mudanças no sistema de gestão ambiental, como
apropriado;
b) assegurar que seu processo de comunicação possibilite que qualquer
pessoa que trabalhe sob o controle da organização contribua para a melhoria
contínua.

7.4.3 Comunicação externa

A organização deve comunicar externamente as informações relevantes do seu sistema


de gestão ambiental, conforme determinado em seu processo de comunicação e
conforme requerido pelos requisitos legais.

7.4 Comunicação (45001)


7.4.1 Generalidades

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos necessários para a


comunicação interna e externa relevantes para o SGSSO incluindo:
a) sobre o que comunicar;
b) quem irá comunicar;
c) com quem se comunicar:

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1. internamente entre os vários níveis e funções da organização;


2. com contratados e visitantes do local de trabalho;
3. com outras partes interessadas;
d) como comunicar;

A organização deve levar em consideração os aspectos diversos (ex.: gênero, idioma,


cultura, grau de alfabetização, incapacidade) ao considerar a suas necessidade de
comunicação.
A organização deve assegurar que as opiniões das partes interessadas externas sejam
consideradas no estabelecimento dos seus processos de comunicação.
Quando estiver estabelecendo seus processos de comunicação, a organização deve:
- levar em consideração seus requisitos legais e outros requisitos;
- assegurar que as informações de SSO a ser comunicadas sejam consistentes com
as informações geradas no seu SGSSO e são confiáveis.
A organização deve responder às comunicações relevantes sobre seu SGSSO.
A organização deve reter informação documentada como evidência de suas
comunicações, como apropriado.

7.4.2 Comunicação interna

A organização deve:
a) comunicar internamente as informações relevantes para o SGSSO entre os vários
níveis e funções da organização, incluindo mudanças no SGSSO, como
apropriado;
b) assegurar que seu(s) processo(s) de comunicação permita(m) que os
trabalhadores contribuam para a melhoria contínua.

7.4.3 Comunicação externa

A organização deve comunicar externamente as informações relevantes para o seu


SGSSO, conforme estabelecido pelo(s) processo(s) de comunicação da organização,
levando em consideração os seus requisitos legais e outros requisitos.

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Comentário de interpretação: Para o atendimento deste requisito a organização


deve prever processos de comunicação tanto para o seu público interno como para
as partes interessadas externas. A comunicação interna objetiva melhorar a
conscientização e o comprometimento dos funcionários e terceiros em relação à
Política e ao SGI.
A organização pode definir quais informações do seu SGI irá comunicar para os
diferentes níveis da organização como também para as pessoas que atuam em seu
nome, por exemplo: os setores ou funções envolvidas em algumas das metas ficarão
mais engajados quando participarem e acompanharem os resultados alcançados.
Tanto para às partes interessadas internas como externas a norma determina que a
organização implemente procedimentos para resposta às estas comunicações.
Na prática a empresa precisa definir procedimentos e responsáveis para receber todo
o tipo de reclamações, sugestões, queixas de origem interna ou externa em relação
ao meio ambiente e a SSO e providenciar as respostas de modo que atendam estas
necessidades.
Nas demandas externas, normalmente as organizações definem o(s) responsável(is)
para falar oficialmente em nome da empresa nas questões relativas ao meio ambiente
e a SSO. Quando as demandas, incluindo reclamações, são recebidas nos finais de
semana ou feriados ou nos horários noturnos, geralmente a portaria fica responsável
de registrá-los e encaminhar tão logo possa aos responsáveis que geralmente
trabalham no horário administrativo.
É preciso montar um sistema de chamadas urgentes para os casos de maior
gravidade para que o responsável pela portaria possa localizar os responsáveis a
qualquer hora e em qualquer lugar.

7.5 Informação documentada (9001+14001+45001)


7.5.1 Generalidades

O sistema de gestão integrado da organização deve incluir:


a) informação documentada requerida por esta Norma;
b) informação documentada determinada pela organização como sendo necessária
para a eficácia do sistema de gestão integrado.
Nota: A extensão da informação documentada para o sistema de gestão ambiental

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pode diferir de uma organização para outra, devido:


- ao tamanho da organização e tipos de atividades, processos, produtos e serviços;
- à necessidade de demonstrar o atendimento aos seus requisitos legais e outros
requisitos;
- a complexidade dos processos e suas interações;
- à competência de pessoas que realizam trabalho sob o controle da organização.
- a competência dos trabalhadores. (45001)

7.5.2 Criando e atualizando

Ao criar e atualizar informação documentada, a organização deve assegurar


apropriados(as):
a) identificação e descrição (por exemplo, um título, data, autor ou número de
referência);
b) formato (por exemplo, linguagem, versão de software, gráficos) e meio (por
exemplo, papel, eletrônico);
c) análise crítica e aprovação quanto à adequação e suficiência.

7.5.3 Controle de informação documentada

7.5.3.1 A informação documentada requerida pelo sistema de gestão integrado e por


esta Norma deve ser controlada para assegurar que:
a) ela esteja disponível e adequada para uso, onde e quando ela for necessária;
b) ela esteja protegida suficientemente (por exemplo, contra perda de
confidencialidade, uso impróprio ou perda de integridade).

7.5.3.2 Para o controle de informação documentada, a organização deve abordar as


seguintes atividades, como aplicável:
a) distribuição, acesso, recuperação e uso;
b) armazenamento e preservação, incluindo preservação de legibilidade;
c) controle de alterações (por exemplo, controle de versão);
d) retenção e disposição.
A informação documentada de origem externa determinada pela organização como

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necessária para o planejamento e operação do sistema de gestão da qualidade deve


ser identificada, como apropriado, e controlada.
Informação documentada retida como evidência de conformidade deve ser protegida
contra alterações não intencionais.

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SEÇÃO 8: OPERAÇÃO

8.1 Planejamento e controle operacionais

A organização deve planejar, implementar e controlar os processos (ver 4.4)


necessários para atender aos requisitos para a provisão de produtos e serviços e para
implementar as ações determinadas na Seção 6 ao:
a) determinar os requisitos para os produtos e serviços;
b) estabelecer critérios para:
1. os processos;
2. a aceitação de produtos e serviços;
c) determinar os recursos necessários para alcançar conformidade com os requisitos
do produto e serviço;
d) implementar controle de processos de acordo com critérios;
e) determinar e conservar informação documentada na extensão necessária para:
1. ter confiança em que os processos foram conduzidos como planejado;
2. demonstrar a conformidade de produtos e serviços com seus requisitos.
A saída desse planejamento deve ser adequada para as operações da organização.
A organização deve controlar mudanças planejadas e analisar criticamente as
consequências de mudanças não intencionais, tomando ações para mitigar quaisquer
efeitos adversos, como necessário.
A organização deve assegurar que os processos terceirizados sejam controlados (ver
8.4).

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8.2 Requisitos para produtos e serviços

8.2 Requisitos para produtos e serviços


8.2.1 Comunicando como cliente

Ao determinar os requisitos para os produtos e serviços a serem oferecidos para


clientes, a organização deve assegurar que:
a) os requisitos para os produtos e serviços sejam definidos, incluindo:
1) quaisquer requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis;
2) aqueles considerados necessários pela organização;
b) a organização possa atender aos pleitos para os produtos e serviços que ela
oferece.

8.2.3 Análise crítica de requisitos relativos a produtos e serviços

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8.2.3.1 A organização deve assegurar que ela tenha a capacidade de atender aos
requisitos para produtos e serviços a serem oferecidos a clientes. A organização deve
conduzir uma análise crítica antes de se comprometer a fornecer produtos e serviços a
um cliente, para incluir:
a) requisitos especificados pelo cliente, incluindo os requisitos para atividades de
entrega e pós-entrega;
b) requisitos não declarados pelo cliente, mas necessários para o uso especificado
ou pretendido, quando conhecido;
c) requisitos especificados pela organização;
d) requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis a produtos e serviços;
e) requisitos de contrato ou pedido diferentes daqueles previamente expressos.
A organização deve assegurar que requisitos de contrato ou pedido divergentes
daqueles previamente definidos sejam resolvidos.
Os requisitos do cliente devem ser confirmados pela organização antes da aceitação,
quando o cliente não prover uma declaração documentada de seus requisitos.

NOTA Em algumas situações, como vendas pela internet, uma análise crítica formal
para cada pedido é impraticável. Nesses casos, a análise crítica pode compreender
as informações pertinentes ao produto, como catálogos.

8.2.3.2 A organização deve reter informação documentada, como aplicável, sobre:


a) os resultados da análise crítica;
b) quaisquer novos requisitos para os produtos e serviços.

8.2.4 Mudanças nos requisitos para produtos e serviços

A organização deve assegurar que informação documentada pertinente seja


emendada, e que pessoas pertinentes sejam alertadas dos requisitos mudados, quando
os requisitos para produtos e serviços forem mudados.

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8.3 Projeto e desenvolvimento de produtos e serviços


8.3.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de projeto e
desenvolvimento que seja apropriado para assegurar a subsequente provisão de
produtos e serviços.

8.3.2 Planejamento de projeto e desenvolvimento

Na determinação dos estágios e controles para projeto e desenvolvimento, a


organização deve considerar:
a) a natureza, duração e complexidade das atividades de projeto e desenvolvimento;
b) os estágios de processo requeridos, incluindo análises críticas de projeto e
desenvolvimento aplicáveis;
c) as atividades de verificação e validação de projeto e desenvolvimento requeridas
d) as responsabilidades e autoridades envolvidas no processo de projeto e
desenvolvimento;
e) os recursos internos e externos necessários para o projeto e desenvolvimento de
produtos e serviços;
f) a necessidade de controlar interfaces entre pessoas envolvidas no processo de
projeto e desenvolvimento;
g) a necessidade de envolvimento de clientes e usuários no processo de projeto e
desenvolvimento;
h) os requisitos para a provisão subsequente de produtos e serviços
i) o nível de controle esperado para o processo de projeto e desenvolvimento por
clientes e outras partes interessadas pertinentes;
j) a informação documentada necessária para demonstrar que os requisitos de
projeto e desenvolvimento foram atendidos.

8.3.3. Entradas de projeto e desenvolvimento

A organização deve determinar os requisitos essenciais para os tipos específicos de


produtos e serviços a serem projetados e desenvolvidos. A organização deve
considerar:

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a) requisitos funcionais e de desempenho


b) informação derivada de atividades similares de projeto e desenvolvimento
anteriores;
c) requisitos estatutários e regulamentares;
d) normas ou códigos de prática que a organização tenha se comprometido a
implementar;
e) consequências potenciais de falhas devidas à natureza de produtos e serviços.

Entradas devem ser adequadas aos propósitos de projeto e desenvolvimento,


completas e sem ambiguidades.
Entradas conflitantes de projeto e desenvolvimento devem ser resolvidas.
A organização deve reter informação documentada de entradas de projeto e
desenvolvimento.

8.3.4 Controle de projeto e desenvolvimento

A organização deve aplicar controles para o processo de projeto e desenvolvimento


para assegurar que:
a) os resultados a serem alcançados estejam definidos;
b) análises críticas sejam conduzidas para avaliar a capacidade de os resultados de
projeto e desenvolvimento atenderem a requisitos;
c) atividades de verificação sejam conduzidas para assegurar que as saídas de
projeto e desenvolvimento atendam aos requisitos de entrada;
d) atividades de validação sejam conduzidas para assegurar que os produtos e
serviços resultantes atendam aos requisitos para a aplicação especificada ou uso
pretendido;
e) quaisquer ações necessárias sejam tomadas sobre os problemas determinados
durante as análises críticas ou atividades de verificação e validação;
f) informação documentada sobre essas atividades seja retida.

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8.3.5 Saídas de projeto e desenvolvimento;

A organização deve assegurar que saídas de projeto e desenvolvimento:


a) atendam aos requisitos de entrada;
b) sejam adequadas para os processos subsequentes para a provisão de produtos
e serviços;
c) incluam ou referenciem requisitos de monitoramento e medição, como apropriado,
e critérios de aceitação;
d) especifiquem as características dos produtos e serviços que sejam essenciais
para o propósito pretendido e sua provisão segura e apropriada.
A organização deve reter informação documentada sobre as saídas de projeto e
desenvolvimento.

8.3.6 Mudanças de projeto e desenvolvimento.

A organização deve identificar, analisar criticamente e controlar mudanças feitas


durante, ou subsequentemente a, o projeto e desenvolvimento de produtos e serviços,
na extensão necessária para assegurar que não haja impacto adverso sobre a
conformidade com requisitos.
a) as mudanças de projeto e desenvolvimento;
b) os resultados de análises críticas;
c) a autorização das mudanças;
d) as ações tomadas para prevenir impactos adversos.

8.4 Controle de processos, produtos e serviços providos externamente

A organização deve assegurar que processos, produtos e serviços providos


externamente estejam conformes com requisitos.
A organização deve determinar os controles a serem aplicados para os processos,
produtos e serviços providos externamente quando:
a) produtos e serviços de provedores externos forem destinados a incorporação nos
produtos e serviços da própria organização;

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b) produtos e serviços forem providos diretamente para o(s) cliente(s) por


provedores externos em nome da organização;
c) um processo, ou parte de um processo, for provido por um provedor externo como
um resultado de uma decisão da organização.

A organização deve determinar e aplicar critérios para a avaliação, seleção,


monitoramento de desempenho e reavaliação de provedores externos, baseados na
sua capacidade de prover processos ou produtos e serviços de acordo com requisitos.
A organização deve reter informação documentada dessas atividades e de quaisquer
ações necessárias decorrentes das avaliações.

8.4.2 Tipos e extensão do controle

A organização deve assegurar que processos, produtos e serviços providos


externamente não afetem adversamente a capacidade da organização de entregar
consistentemente produtos e serviços conformes para seus clientes.
A organização deve:
a) assegurar que processos providos externamente permaneçam sob o controle do
seu sistema de gestão da qualidade;

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b) definir tanto os controles que ela pretende aplicar a um provedor externo como
aqueles que ela pretende aplicar às saídas resultantes;
c) levar em consideração:
1) o impacto potencial dos processos, produtos e serviços providos
externamente sobre a capacidade da organização de atender
consistentemente aos requisitos do cliente e aos requisitos estatutários e
regulamentares;
2) a eficácia dos controles aplicados pelo provedor externo;
d) determinar a verificação, ou outra atividade, necessária para assegurar que os
processos, produtos e serviços providos externamente atendam a requisitos

8.4.3 Informação para provedores externos

A organização deve assegurar a suficiência de requisitos antes de sua comunicação


para o provedor externo.
A organização deve comunicar para provedores externos seus requisitos para:
a) os processos, produtos e serviços a serem providos;
b) a aprovação de:
1) produtos e serviços;
2) métodos, processos e equipamentos;
3) liberação de produtos e serviços;
c) competência, incluindo qualquer qualificação de pessoas requerida;
d) as interações do provedor externo com a organização;
e) controle e monitoramento do desempenho do provedor externo a ser aplicado pela
organização;
f) atividades de verificação ou validação que a organização, ou seus clientes,
pretendam desempenhar nas instalações do provedor externo.

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8.5 Produção e provisão de serviço


8.5.1 Controle de produção e provisão de serviço

A organização deve implementar produção e provisão de serviço sob condições


controladas.
Condições controladas devem incluir, como aplicável:
a) a disponibilidade de informação documentada que defina:
1. as características dos produtos a serem produzidos, dos serviços a serem
providos ou das atividades a serem desempenhadas;
2. os resultados a serem alcançados;
b) a disponibilidade e uso de recursos de monitoramento e medição adequados
c) a implementação de atividades de monitoramento e medição em estágios
apropriados para verificar que critérios para controle de processos ou saídas e
critérios de aceitação para produtos e serviços foram atendidos;
d) o uso de infraestrutura e ambiente adequados para a operação dos processos;
e) a designação de pessoas competentes, incluindo qualquer qualificação requerida
f) a validação e revalidação periódica da capacidade de alcançar resultados
planejados dos processos para produção e provisão de serviço, onde não for
possível verificar a saída resultante por monitoramento ou medição subsequentes;
g) a implementação de ações para prevenir erro humano;
h) a implementação de atividades de liberação, entrega e pós-entrega.

8.5.2 Identificação e rastreabilidade

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8.5.3 Propriedade pertencente a cliente ou provedor externos

A organização deve tomar cuidado com propriedade pertencente a clientes ou


provedores externos, enquanto estiver sob o controle da organização ou sendo usada
pela organização.
A organização deve identificar, verificar, proteger e salvaguardar propriedade de
clientes ou provedores externos provida para uso ou incorporação nos produtos e
serviços.
Quando a propriedade de um cliente ou provedor externo for perdida, danificada ou de
outra maneira constatada inadequada para uso, a organização deve relatar isto para o
cliente ou provedor externo e reter informação documentada sobre o que ocorreu.
NOTA Uma propriedade de cliente ou provedor externo pode incluir material,
componentes, ferramentas e equipamento, instalações de cliente, propriedade
intelectual e dados pessoais.

8.5.4 Preservação

A organização deve preservar as saídas durante produção e provisão de serviço na


extensão necessária, para assegurar conformidade com requisitos.
NOTA Preservação pode incluir identificação, manuseio, controle de contaminação,
embalagem, armazenamento, transmissão ou transporte e proteção

8.5.5 Atividade pós-estrega

A organização deve atender aos requisitos para atividades pós-entrega associadas com
os produtos e serviços.
Na determinação da extensão das atividades pós-entrega requeridas, a organização
deve considerar:
a) os requisitos estatutários e regulamentares;
b) as consequências indesejáveis potenciais associadas com seus produtos e
serviços;
c) a natureza, uso e o tempo de vida pretendido de seus produtos e serviços;
d) requisitos do cliente;

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e) retroalimentação de cliente.

8.5.6 Controle de mudanças

A organização deve analisar criticamente e controlar mudanças para produção na


extensão necessária para assegurar continuamente conformidade com requisitos.
A organização deve reter informação documentada que descreve os resultados das
análises críticas de mudanças.

8.6 Liberação de produtos e serviços

A organização deve implementar arranjos planejados, em estágios apropriados, para


verificar se os requisitos do produto e do serviço foram atendidos.
A liberação de produtos e serviços para o cliente não pode proceder até que os arranjos
planejados forem satisfatoriamente concluídos, a menos que de outra forma tenham
sido aprovados por autoridade pertinente e, como aplicável, pelo cliente.
A organização deve reter informação documentada sobre a liberação de produtos e
serviços.
A informação documentada deve incluir:
a) evidência de conformidade com os critérios de aceitação;
b) rastreabilidade à(s) pessoa(s) que autoriza(m) a liberação.

8.7 Controle de saída não conforme

8.7.1 A organização deve assegurar que saídas que não estejam conformes com seus
requisitos sejam identificadas e controladas para prevenir seu uso ou entrega não
pretendido.
A organização deve tomar ações apropriadas baseadas na natureza da não
conformidade e em seus efeitos sobre a conformidade de produtos e serviços. Isso
deve também se aplicar aos produtos e serviços não conformes detectados após a
entrega de produtos, durante ou depois da provisão de serviços.
A organização deve lidar com saídas não conformes de um ou mais dos seguintes
modos:

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a) correção;
b) segregação, contenção, retorno ou suspensão de provisão de produtos e
serviços;
c) informação ao cliente;
d) obtenção de autorização para aceitação sob concessão.
A conformidade com os requisitos deve ser verificada quando saídas não conformes
forem corrigidas.

8.7.2 A organização deve reter informação documentada que:


a) descreva a não conformidade;
b) descreva as ações tomadas;
c) descreva as concessões obtidas;
d) identifique a autoridade que decide a ação com relação à não conformidade.

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8. OPERAÇÃO (14001)

8.1 Planejamento e controle operacionais

A organização deve planejar, implementar e controlar os processos necessários para


atendimento aos requisitos do sistema de gestão ambiental e implementar as ações
determinadas em 6.1 (Ações para abordar riscos e oportunidades) e 6.2 (Objetivos
ambientais e planejamento para atingi-los) , através:
- do estabelecimento de critérios para os processos;
- da implementação de controles dos processos, de acordo com os critérios e para
prevenir desvios em relação a política ambiental, objetivos ambientais e
obrigações de conformidade.

Nota: Controles podem incluir controles de engenharia, procedimentos,


procedimentos documentados, etc. Os controles podem ser implementados seguindo
uma hierarquia (por exemplo: eliminação, substituição, controle administrativo) e podem
ser utilizados isoladamente ou em conjunto.

A organização deve controlar mudanças planejadas e analisar as consequências de


alterações não intencionais, tomando ações para mitigar qualquer efeito adverso, como
necessário.
A organização deve garantir que processos terceirizados sejam controlados ou
influenciados. O tipo e o grau de controle ou influência a ser aplicado nesses
processos devem ser definidos no sistema de gestão ambiental.
Coerente com uma perspectiva de ciclo de vida, a organização deve:

a) determinar os requisitos ambientais para aquisição de produtos e serviços, como


apropriado;
b) estabelecer controles para garantir que os requisitos ambientais sejam
considerados no projeto para desenvolvimento, entrega, uso e tratamento de
produtos e serviços em fim de vida, conforme apropriado.
c) comunicar os requisito(s) ambiental(is) relevante(s) aos fornecedores, incluindo
contratados;

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d) considerar a necessidade de prover informações sobre potenciais impactos


ambientais significativos durante a entrega de produtos ou serviços e durante
uso e tratamento de produto em fim de vida.
A organização deve manter informação documentada na extensão necessária para
certificar de que os processos são executados conforme planejado.

Comentário de interpretação: Os processos que podem afetar a Política Ambiental,


os objetivos e o atendimento aos requisitos legais precisam de controles operacionais
com critérios para se assegurar que serão executadas conforme definido. Geralmente
as empresas esquecem as atividades fora do seu negócio principal, mas estes, na
realidade também podem afetar o desempenho ambiental da organização. Atividades
tais como: - separação e disposição dos resíduos (líquidos ou sólidos) - serviços de
manutenção (próprio ou terceirizado) - disposição de resíduos de: ambulatório - cozinha
e refeitório - jardinagem e limpeza, controle das FISPQ - Ficha de Informação de
Segurança de Produtos Químicos, etc.
Caso a empresa julgue necessário, os procedimentos devem ser documentados. Isto,
se a empresa chegar à conclusão que, pelo fato de não estar escrito, as pessoas
poderão executar a tarefa de um modo diferente, seja por causa da complexidade, ou
porque a tarefa é realizada com uma frequência muito pequena, ou porque é
executada por pessoal recém contratado ou terceiros , etc.
Com a preocupação que uma perspectiva do ciclo de vida, é necessário olhar para fora
dos limites geográficos da organização e avaliar os fornecedores e prestadores e
também verificar se não há aspectos e impactos significativos no uso e na disposição
final do produto acabado. Assim, está presente a contribuição do SGA da organização
com o pilar ambiental da sustentabilidade, conforme alertado no escopo da norma.
Ainda com a perspectiva do ciclo de vida, os fornecedores, principalmente os de
matérias primas, são os que estão no início do ciclo de vida e as empresas que dispõe
os resíduos, produtos acabados e/ou refugados e outros estão no final da cadeia do
ciclo de vida. Entre estas duas pontas, estão, como por exemplo: o transporte, o
armazenamento, a manufatura, a entrega e o uso.
Assim, é necessário que os gestores da organização façam uma avaliação para
identificar se há processos e atividades que podem ter um impacto significativo para
o meio ambiente. Ressalto que não se espera que a organização levante TODOS os

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aspectos e impactos em toda a cadeia do produto.


Quanto aos fornecedores e prestadores de serviço é necessária a comunicação dos
requisitos e dos procedimentos que estes devem atender. É necessário realizar um
acompanhamento quanto ao atendimento aos requisitos solicitados. O mínimo de
controleque deve ser exercido é sobre os requisitos exigidos de empresas
contratadas para fornecer a disposição dos resíduos e este controle deve ser rigoroso.
Perante as leis ambientais o gerdor é o responsável pelo resíduo até a sua
degradação total. Vemos na prática vários processos judiciais contra empresas que
pagaram a terceiros a disposição dos seus resíduos e estes acabaram descartando
em algum terreno baldio, contrariando o contrato e o preço pago. Nestes casos sempre
é o nome da empresa geradora que acaba aparecendo na mídia.

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8. OPERAÇÃO (45001)
8.1 Planejamento e controle operacionais
8.1.1 Generalidades
A organização deve planejar, implementar, controlar e manter os processos necessários
para atender aos requisitos do SGSSO, e implementar as ações determinadas na
Cláusula 6 para:
a) estabelecer critérios para os processos;
b) implementar controle de processos, de acordo com os critérios;
c) manter e reter informação documentada na extensão necessária para ter
confiança de que os processos foram realizados conforme o planejado;
d) adaptar o trabalho aos trabalhadores;

Em locais de trabalho com vários empregadores, a organização deve coordenar as


partes relevantes do SGSSO com as outras organizações.

Norma Comentada para Interpretação: Os processos que podem afetar a Política de


SGSSO, os objetivos e o atendimento aos requisitos legais precisam de controles
operacionais com critérios para se assegurar que serão executadas conforme definido.
Geralmente as empresas esquecem as atividades fora do seu negócio principal, mas
estes, na realidade também podem afetar o desempenho de segurança e saúde da
organização. Atividades tais como: - trabalho em espaço confinado - serviços de
manutenção (próprio ou terceirizado) –trabalhos em altura, controle das FISPQ - Ficha
de Informação de Segurança de Produtos Químicos, etc.
Caso a empresa julgue necessário, os procedimentos devem ser documentados. Isto,
se a empresa chegar à conclusão que, pelo fato de não estar escrito, as pessoas
poderão executar a tarefa de um modo diferente, seja por causa da complexidade, ou
porque a tarefa é realizada com uma frequência muito pequena, ou porque é executada
por pessoal recém contratado ou terceiros, etc.

8.1.2 Eliminando perigos e reduzindo os riscos de SSO

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para eliminar os


perigos e reduzir os riscos de SSO, utilizando a seguinte “hierarquia de controle”:

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a) eliminar os perigos;
b) substituir processos, operações, materiais ou equipamentos por menos perigosos;
c) utilizar controles de engenharia e a reorganização do trabalho;
d) utilizar controles administrativos, incluindo treinamento;
e) utilizar equipamento de proteção individual (EPI) adequado.

Nota: Em muitos países, requisitos legais e outros requisitos inclui o requisito que os
EPI´s – Equipamento de Proteção Individual são providos sem custo para os
trabalhadores.

Norma Comentada para Interpretação: A norma estabelece a hierarquia que deve ser
seguida para o estabelecimento dos controles.
Para estabelecer e implementar os controles para a redução dos riscos deve-se realizar
a avaliação de acordo com a seguinte hierarquia definida pela norma:
a) eliminação – verificação e análise, se é possível eliminar as
atividades/tarefas/equipamentos/instalações/etc, de modo que os riscos
relacionados sejam eliminados na sua fonte;
Um controle operacional preventivo é a verificação das atividades, produtos ou serviços
que ainda se encontram na fase de projeto, permitindo alterações e adaptações de modo
a eliminar ou reduzir os riscos de SSO na sua fonte. São medidas que, além de eliminar
ou reduzir os riscos, cooperam na minimização de custos porque alterações em
equipamentos ou instalações prontas demandam tempo e geralmente maiores recursos.
b) substituição – verificação e análise da possibilidade de substituir as
atividades/tarefas/equipamentos/ instalações/etc, por outra alternativa que
representa um risco menor – lembrar que existe sempre a possibilidade de novas
tecnologias, mais seguras (ex.: utilizar produtos a base de água ao invés da base
de solventes, aspirar o pó do que fazer a varrição, etc.).

c) controles de engenharia – verificação da possibilidade de implantar controles para


reduzir os riscos envolvidos nas atividades/tarefas/ equipamentos/instalações/etc.
Podemos citar como exemplo a instalação de “cercas eletrônicas” em prensas,
desligamento automático ao abrir a porta de acesso ao equipamento, instalação de
sistemas de exaustão, etc. No Brasil chamamos de EPC – Equipamentos de

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Proteção Coletiva.
d) sinalização/avisos e/ou controles administrativos – procedimentos ou outras
medidas que definam ou orientem as pessoas expostas para as situações de perigo
para que ajam de modo mais seguro. Ex.: operação de máquinas com alto risco em
turnos com menos pessoas, placas de “piso escorregadio”, etc.
e) equipamento de proteção individual. (EPI) – entrega e treinamento de uso de
EPI´s de modo a reduzir a gravidade do evento, caso este venha a ocorrer.

Lembramos que, pela legislação brasileira e a norma correspondente (NR-6), o EPC –


Equipamento de Proteção coletiva deve prevalecer sobre os EPI´s. Por esta norma os
EPI´s devem ser utilizados nas seguintes situações:
1. quando os EPC´s não oferecem proteção completa sobre os riscos de acidentes
ou doenças;
2. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas ou,
3. para atender às situações de emergências.
Assim, para atender a legislação brasileira, antes de definir o controle apenas pela
entrega dos EPI´s, é necessária a verificação de implantação de controles gerais ou
equipamentos de proteção coletiva. Ex.: ao invés de fornecer continuamente EPI´s para
as pessoas que trabalham expostas ao ruído deve-se estudar a possibilidade de instalar
um sistema de proteção acústica nos equipamentos geradores de ruído.

8.1.3 Gestão de mudança (45001)

A organização deve estabelecer processo(s) para implementação e controle de


mudanças temporárias e permanentes planejadas, que impactem no desempenho de
SSO, incluindo:
a) novos produtos, serviços ou processos, ou mudanças em produtos, serviços e
processos existentes, incluindo:
- local de trabalho e vizinhança;
- organização do trabalho;
- condições de trabalho;
- equipamento, e
- trabalhadores.

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b) mudanças nos requisitos legais e outros requisitos;


c) mudanças em conhecimento ou informação de perigos e riscos de SSO;
d) desenvolvimento de conhecimento e tecnologia.
A organização deve analisar as consequências de mudanças não intencionais, tomando
medidas para mitigar quaiquer efeitos adversos, como necessário.

Nota: As mudanças podem resultar em riscos e oportunidades.

Norma Comentada para Interpretação: As organizações são dinâmicas e durante ou


após a implantação de um SGSSO, com certeza, ocorrerão mudanças de várias
naturezas. Atenção aqui é para que estas mudanças sejam avaliadas quanto a
alteração nos perigos e nos riscos. Como algumas vezes, pelo tamanho e grau de risco
da organização, nem há a obrigatoriedade de ser estabelecido um SESMT Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, cabe a cada gestor responsável
da área ou departamento onde ocorrerá alguma mudança, estar atento em perceber
estas alterações e cuidar para que a segurança e a saúde dos trabalhadores e outros
seja mantida frente a estas mudanças. Se antecipar as mudanças é a possibilidade
mais econômica de se praticar e implementar o controle de Hierarquia de Eliminar ou
Substituir, porque estes controles ficam muito onerosas após a instalação realizada.
Mudanças podem também ter como consequência a necessidade de documentar novas
instruções, fornecer novos treinamentos, adquirir novos EPC´s e EPI´s.

8.1.4 Aquisição (45001)


8.1.4.1 Generalidades

A organização deve estabelecer, implementar e manter os processos para o controle


na aquisição de produtos e serviços, de modo a assegurar que estejam conforme aos
requisitos do seu SGSSO.

Norma Comentada para Interpretação: Após a avaliação dos riscos a organização


deve definir onde medidas de controle devem ser aplicadas. Quando os perigos e riscos
que podem impactar o desempenho do SGSSO estão relacionados a produtos e
serviços adquiridos externamente, a organização deve definir, comunicar e monitorar

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os controles a serem exigidos destes provedores externos. Os requisitos de SSO para


os provedores externos devem ser estabelecidos e comunicados e um controle
operacional do atendimento destes requisitos deve ser estabelecido.

8.1.4.2 Contratados

A organização deve coordenar seu(s) processos de aquisição com seus contratados,


para identificar os perigos e avaliar e controlar os riscos de SSO decorrentes de:
a) atividades e operações de contratados que impactam a organização;
b) atividades e operações da organização que impactam os trabalhadores
contratados;
c) atividades e operações contratadas que impactam as outras partes interessadas no
local de trabalho.
A organização deve assegurar que os requisitos do SGSSO sejam atendidos pelos
contratados e seus trabalhadores. O(s) processo(s) de aquisição da organização
deve(m) estabelecer e aplicar os critérios de SSO para seleção de contratados.

Nota: Pode ser útil incluir os critérios de SSO na seleção dos contratados e nos
documentos de contratação.

Norma Comentada para Interpretação: Esta subseção ocupa-se de todo o trabalho


contratado: seja para os seus funcionários, seja para os funcionários de empresas
contratadas ou mesmo outras partes interessadas contratadas, remuneradas
financeiramente ou não. Todas as atividades relacionadas para esta relação de trabalho
devem ser avaliadas de modo que preserve a integridade física das pessoas envolvidas.
Nenhuma organização, muito menos se esta tem um SGSSO, pode alegar que estes
contratados não fazem parte das responsabilidades da organização.

8.1.4.3 Terceirização – “Outsourcing” (45001)

A organização deve assegurar que funções e processos terceirizados são controlados.


A organização deve assegurar que arranjos de terceirização sejam consistentes com
os requisitos legais e outros requisitos e alcançam os resultados pretendidos do

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SGSSO. O tipo e grau do controle a ser aplicado a estas funções e processos devem
ser estabelecidos no SGSSO.

Nota: Coordenação com os provedores externos pode ajudar a organização a abordar


um impacto que a terceirização pode impactar no seu desempenho de SSO.

Norma Comentada para Interpretação: Processos terceirizados são aqueles que


fazem parte dos processos da organização e que, por algum motivo, a empresa decidiu
que sejam fornecidos por outras empresas. Se estes processos terceirizados afetam de
algum modo o SGSSO a organização deve definir e estabelecer os controles
necessários.
Pelo vocabulário apresentado na norma ISO 45001:2018 versão em inglês:
3.29 terceirizar – “outsource”,
fazer um arranjo onde uma organização externa (3.1) realiza parte da função ou
processo de uma organização (3.25)
Nota 1: Uma organização externa está fora do escopo do sistema de gestão (3.10),
embora a função ou processo terceirizado esteja dentro do escopo.

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8.2 Preparação e resposta a emergência (14001)

A organização deve estabelecer e implementar um procedimento especificando como


ela irá responder a potenciais situações de emergências ambientais e a potenciais
acidentes.
A organização deve:

a) responder às situações de emergência e acidentes;


b) tomar ações para reduzir as consequências de situações emergenciais
ambientais, apropriadas à magnitude da emergência ou acidente e aos potenciais
impactos ambientais;
c) tomar ações para prevenir a ocorrência de situações emergenciais e acidentes
ambientais;
d) testar o procedimento periodicamente, onde praticável;
e) avaliar periodicamente e onde necessário revisar o procedimento em particular
após a ocorrência de acidentes, situações emergenciais ou testes.

Comentário de interpretação: Este requisito objetiva o estabelecimento de


procedimentos e o treinamento do pessoal envolvido para atuação em casos de
emergência. Mesmo com um SGA implantado e mantido, sempre há a possibilidade da
ocorrência de situações fora de controle e que acabam causando impactos ambientais
não planejados. As situações de emergência podem envolver: incêndio,
derramamentos, explosão, etc. No momento do levantamento dos aspectos e
impactos estas situações já devem ter sido levantadas com a utilização de técnicas,
utilizando também o conhecimento dos acidentes e incidentes já ocorridos que foram
lembrados por pessoal com mais tempo na área ou na empresa ou com pessoas com
experiência naquele tipo de atividade. A norma cita também a redução das
consequências, isto é, se não pudermos evitar totalmente o impacto devemos tomar
ações para atenuar a sua severidade. Uma das ações que se verifica na prática é a
providência de kit’s de emergência (com areia, material absorvente, pás, baldes, etc)
localizados próximos aos locais onde possam ocorrer vazamentos, evitando com o
uso destes materiais que todo o produto atinja, por exemplo, a canaleta de água
pluviais. Atenção com a disposição, após uso, do material do kit contaminado com

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produtos químicos. Outra medida que se observa na prática é a instalação de


diques de contenção ou comportas para estancar ou reter todo ou parte do produto
vazado.
Estes procedimentos devem ser analisados e revisados se necessário, principalmente
após a ocorrência de algum acidente porque na prática pode ser que foi percebido que
as ações podem ser melhoradas. Também deve se testar, onde possível, estes
procedimentos na prática. Normalmente as empresas elaboram um plano de simulados,
começando com as situações mais graves e mais prováveis e devem realizar uma análise
crítica após estes simulados para corrigir as eventuais falhas. Nos grandes acidentes que
temos assistido na mídia percebemos que o impacto ambiental poderia ser bem menor
caso as pessoas estivessem preparadas para enfrentar aquelas situações. Normalmente
o problema se agrava devido ao tempo de reação muito lento até o início da tomada das
medidas de contenção. As pessoas não tinham sido treinadas e os equipamentos para
estes casos não estavam no local ou não funcionaram adequadamente no momento que
não poderiam falhar.

8.2 Preparação e resposta a emergências (45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos necessários para se


preparar para responder a situações potenciais de emergência, como identificado em
6.1.2.1, incluindo:
a) estabelecer uma resposta planejada para situações de emergências, incluindo a
provisão de primeiros socorros;
b) a provisão de treinamento para as respostas planejadas;
c) testar e exercitar periodicamente a capacidade de resposta planejada;
d) avaliar o desempenho e, se necessário, revisão das respostas planejadas,
inclusive após o testes e, em particular, após a ocorrência de situações de
emergência;
e) comunicar e fornecer informação relevante para todos os trabalhadores sobre
seus deveres e responsabilidades;
f) comunicar informações relevantes para os contratados, visitantes, serviços de
resposta a emer-gências, autoridades governamentais, e, como apropriado, a
comunidade local, e

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g) levar em conta as necessidades e capacidades de todas as partes interessadas


relevantes e assegurar seu envolvimento, como apropriado, no desenvolvimento
do plano de da resposta.

A organização deve manter e reter informação documentada do processos e dos planos


para resposta a situações potenciais de emergência.

Norma Comentada para Interpretação: As situações potenciais de acidentes devem


ter sido identificadas durante o levantamento dos perigos e avaliação dos riscos. Neste
requisito a norma estabelece que procedimentos devem ser definidos para o
atendimento às estas emergências e simulados devem ser realizados como verificação
da adequação da sistemática planejada.
Estes simulados devem ser priorizados para os possíveis cenários onde a combinação
entre a probabilidade de ocorrência e a gravidade do evento resultou em situações mais
críticas. Normalmente as empresas, após avaliar as situações emergenciais, elaboram
um cronograma de simulados, visando o treinamento prático em situações reais ou
potenciais para que as pessoas qualificadas saibam agir em momentos de ocorrência
destes eventos. Cuidado porque existe uma diferença entre o treinamento prático e o
simulado. Um treinamento em sala ou mesmo em um local escolhido, quando todos os
envolvidos já estão presentes e praticam como fixar uma pessoa acidentado em uma
prancha não é simulado, é um treinamento prático.
A empresa deve preparar pessoas qualificadas para atuar em casos de emergência,
normalmente chamadas de Brigadas de Emergência, e os seus integrantes devem
saber atuar em diferentes cenários de emergência.
São consideradas situações de emergência: incêndio, explosão, vazamentos, alta
concentração de agentes nocivos, acidentes, danos propositais, etc.
Como medida de prevenção ante um possível acidente, a norma determina a existência
de procedimentos para identificar potenciais acidentes e situações de emergência,
tratar os acidentes e situações de emergência e prevenir e reduzir os seus danos ou
seja, a sua gravidade
Os procedimentos devem definir as responsabilidades, as interfaces com serviços
externos de emergência, os procedimentos de evacuação, a comunicação com órgãos
regulamentares e outros, a comunicação com os cargos da hierarquia interna,

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comunicação aos visitantes sobre os toques das sirenes e ações correspondentes, etc.

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SEÇÃO 9: AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação (ISO 9001)


9.1.1 Generalidades
A organização deve determinar:
a) o que precisa ser monitorado e medido;
b) os métodos para monitoramento, medição, análise e avaliação necessários para
assegurar resultados válidos;
c) quando o monitoramento e a medição devem ser realizados;
d) quando os resultados de monitoramento e medição devem ser analisados e
avaliados.

9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação (14001)


9.1.1 Generalidades

A organização deve monitorar, medir, analisar e avaliar seu desempenho ambiental.


A organização deve determinar:
a) o que precisa ser monitorado e medido;
b) os métodos de monitoramento, medição, análise e avaliação, como aplicável, para
assegurar resultados válidos;
c) os critérios pelos quais a organização irá avaliar seu desempenho ambiental e
indicadores apropriados;
d) quando o monitoramento e a medição devem ser realizados;
e) quando os resultados de monitoramento e medição devem ser analisados e
avaliados.

A organização deve assegurar que o equipamento de monitoramento e medição


calibrado ou verificado é usado e mantido, conforme apropriado.
A organização deve avaliar seu desempenho ambiental e a eficácia do sistema de
gestão ambiental.
A organização deve comunicar interna e externamente as informações pertinentes
sobre o desempenho ambiental, como identificado em seu(s) processo(s) de
comunicação e como requerido por seus requisitos legais e outros requisitos.

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A organização deve reter informação documentada apropriada como evidência de


monitoramento, medição, análise e resultados da avaliação.

Comentário de interpretação: Neste requisito é exigido que a organização


estabeleça procedimentos para monitorar e medir as características ambientais
principais de suas atividades que causam ou possam causar impactos significativos,
que estão relacionados aos atendimento dos requisitos legais, aos controles
operacionais e aos objetivos e metas. É exigido também que a organização registre as
informações resultantes destes monitoramentos e medições para poder acompanhar o
desempenho do SGA ao longo do tempo. Este monitoramento também deve incluir o
acompanhamento dos objetivos e das metas estabelecidas através dos indicadores
adotados.
Enfim o recado aqui é: tudo aquilo que é importante como parâmetro para que a
organização verifique se o SGA está implementado e é eficaz deve ser monitorado.
Os monitoramentos possibilitam aos gestores da organização, inclusive a alta direção,
acompanhar o desempenho do SGA e avaliar se os resultados planejados e esperados
estão sendo atingidos.
Caso a empresa utilize equipamentos para realizar o monitoramento ou medição de
características ambientais, estes devem ser calibrados e os registros devem ficar
retidos segundo procedimentos estabelecidos. Esta norma não exige que a calibração
e ajuste sejam executados em laboratórios com padrões rastreáveis, mas na prática
acabam-se enviando para estes locais pela maior confiabilidade.

9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação de desempenho (45001)


9.1.1 Generalidades

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para monitoramento,


medição, análise e avaliação do desempenho.
A organização deve determinar:
a) o que precisa ser monitorado e medido, incluindo:
1. a extensão em que os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos são
atendidos;
2. suas atividades e operações relacionadas a identificação de perigos, riscos e

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oportunidades;
3. progressos no atingimento dos objetivos de SSO da organização;
4. eficácia dos controles operacionais e outros controles.
b) os métodos de monitoramento, medição, análise e avaliação de desempenho,
como aplicável, para assegurar resultados válidos;
c) os critérios em relação aos quais a organização irá avaliar o seu desempenho de
SSO;
d) quando o monitoramento e a medição devem ser realizados;
e) quando os resultados de monitoramento e medição devem ser analisados,
validados e comunicados.
A organização deve avaliar o seu desempenho de SSO e determinar a eficácia do
SGSSO.
A organização deve assegurar que os equipamentos de monitoramento e medição
estejam calibrados ou verificados, conforme aplicável, e que sejam e usados e mantidos
conforme apropriado.
Nota: podem existir requisitos legais e outros requisitos (ex.: padrões nacionais e
internacionais) relativos à calibração ou verificação dos equipamentos de
monitoramento e medição.

A organização deve reter informação documentada apropriada:


- como evidência do resultado de monitoramento, medição, análise e avaliação do
desempenho, e
- manutenção, calibração ou verificação dos equipamentos de monitoramento e
medição.

Norma Comentada para Interpretação: Houve-se muito a frase “aquilo que não é
medido não é gerenciado”. Este conceito também é aplicável na SSO, assim, devemos
estabelecer procedimentos para monitoramento de todos os itens julgados importantes
para termos a situação sob controle. Análise crítica deve ser feita para que apenas as
informações importantes e gerenciáveis sejam coletadas para evitar um trabalho
hercúleo de coleta e a geração de um volume tão grande de informações que o
responsável pela verificação não teria tempo de analisar. Além do monitoramento do
cumprimento das condições operacionais estabelecidas há a necessidade de monitorar

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os indicadores de desempenho, relacionados ou não aos objetivos de SSO, enfim, as


informações que atestam que o sistema de gestão está implementado e tem sido
mantido e atende as necessidades e expectativas dos trabalhadores e outras partes
envolvidos.
As atividades de acompanhamento envolvem monitoramentos pró-ativos (ex.:
monitoramento da realização dos exames médicos estabelecidos, inspeções
realizadas, quantidade de sugestões enviadas, etc.) como também os reativos (ex.:
monitoramento das doenças ocupacionais detectadas e a sua evolução, etc.)
Os equipamentos utilizados para o monitoramento devem ser calibrados e registros
desta operação devem ser mantidos. Para as situações em que os prestadores de
serviço externos são contratados para executar algumas atividades (ex.: elaborar o
PPRA ou fazer os exames médicos, etc.) a organização deve solicitar a este prestador
de serviço que inclua os Certificados de Calibração dos Instrumentos nos Relatórios
como comprovação que usaram equipamentos calibrados.
Algumas vezes documentos auxiliares são desenvolvidas para auxiliar neste
monitoramento, como por exemplo a criação de check-list’ s ou listas de verificação para
avaliar as operações e as condições físicas das instalações.
Ao atender às legislações trabalhistas, a empresa já está realizando uma série de
monitoramentos, como por exemplo, das condições ambientais (PPRA), das condições
de saúde do trabalhador (PCMSO e ASO – Atestado de Saúde Ocupacional), etc.
Não precisamos gerenciar as questões legais obrigatórias independentes das questões
do SGSSO porque são duas partes da mesma preocupação, ou seja de segurança e
saúde do trabalhador. Assim, é recomendado que as obrigações legais sejam envolvidas
no SGSSO para que faça parte de uma mesma gestão.

9.1.2 Satisfação do cliente (9001)

A organização deve monitorar a percepção de clientes do grau em que suas


necessidades e expectativas foram atendidas. A organização deve determinar os
métodos para obter, monitorar e analisar criticamente essa informação.
NOTA: Exemplos de monitoramento das percepções de cliente podem incluir pesquisas
com o cliente, retroalimentação do cliente sobre produtos ou serviços entregues,
reuniões com clientes, análise de participação de mercado, elogios, pleitos de garantia

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e relatórios de distribuidor.

9.1.3 Análise e avaliação (9001)

A organização deve analisar e avaliar dados e informações apropriados provenientes de


monitoramento e medição.
Os resultados de análises devem ser usados para avaliar:
a) conformidade de produtos e serviços;
b) o grau de satisfação de cliente;
c) o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade;
d) se o planejamento foi implementado eficazmente;
e) a eficácia das ações tomadas para abordar riscos e oportunidades;
f) o desempenho de provedores externos;
g) a necessidade de melhorias no sistema de gestão da qualidade.

9.1.2 Avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos (14001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter o processo necessário para


avaliação de atendimento aos seus requisitos legais e outros requisitos
A organização deve:
a) determinar a frequência com que o atendimento aos requisitos legais será avaliado;
b) avaliar o atendimento e tomar ações, se necessário;
c) manter conhecimento e entendimento da situação do atendimento aos seus
requisitos legais e outros requisitos.

A organização deve reter informação documentada como evidência do resultado da


avaliação de atendimento aos seus requisitos legais e outros requisitos.

9.1.2 Avaliação da conformidade (45001)

A organização deve estabelecer, implementar e manter processos para avaliar a


conformidade com os requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3).
A organização deve:

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a) determinar a frequência e os métodos para a avaliação da conformidade;


b) avaliar a conformidade e tomar ações, se necessário (ver 10.2);
c) manter o conhecimento e o entendimento da situação de atendimento aos
requisitos legais e outros requisitos, e
d) reter informações documentadas como evidência do resultado da avaliação de
conformidade.

Comentário de interpretação: Um dos compromissos expressos na política e


aprovado pela alta direção da organização é o de atendimento as suas obrigações de
conformidade. Assim há a necessidade de uma avaliação do atendimento a estes
requisitos em intervalos definidos e os resultados desta avaliação devem ser
apresentados na análise crítica pela direção (item 9.3)
Normalmente os requisitos legais e outros verificados na fase do planejamento já são
conhecidos pela organização e estão controlados assim, atenção especial deve ser
dispensada às novas obrigações de conformidade aplicáveis á organização que são
aprovados ou assinados durante a manutenção do SGI.
A empresa deve realizar estes monitoramentos e registrar os resultados destas
avaliações. Todos os gestores responsáveis pelas ações que levam a atender as
obrigações de conformidade devem ser informados sobre os resultados desta
avaliação. Caso algum requisito legal ou outro não está sendo atendido total ou
parcialmente, ações devem ser definidas para a sua adequação.

9.2 Auditoria interna (9001)

A organização deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados para prover


informação sobre se o SGQ esta conforme com os requisitos da própria organização e
os requisitos desta norma. E se este esta implementado e mantido eficazmente.
A organização deve:
• Planejar, estabelecer, implementar e manter um programa de auditoria;
• Definir critérios de auditoria;
• Selecionar auditores;
• Garantir o relato dos resultados e

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• Reter informação documentada.

9.2 Auditoria interna (14001)


9.2.1 Generalidades

A organização deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados para prover


informação se o sistema de gestão ambiental:
a) está em conformidade com:
1. os requisitos da organização para seu sistema de gestão ambiental;
2. os requisitos desta norma.
b) está efetivamente implementado e mantido.

9.2.2 Programa de auditoria interna

A organização deve estabelecer, implementar e manter um programa(s) de auditoria


incluindo a frequência, métodos, responsabilidades, requisitos para planejar e para
relatar suas auditorias internas;
Ao estabelecer o programa de auditoria interna a organização deve levar em
consideração a importância ambiental dos processos concernentes as mudanças que
afetam a organização e os resultados de auditorias anteriores
a) definir os critérios de auditoria e escopo para cada auditoria;
b) selecionar auditores e conduzir auditorias para assegurar a objetividade e
imparcialidade do processo de auditoria;
c) assegurar que os resultados de auditoria sejam relatados a gerência pertinente.

A organização deve reter informação documentada como evidência da implementação


do programa de auditoria e dos resultados de auditoria.

9.2. Auditoria interna (45001)


9.2.1 Generalidades

A organização deve conduzir auditorias internas a intervalos planejados para prover


informações sobre se o SGSSO:

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a) está conforme com:


1. os requisitos da própria organização para seu SGSSO, incluindo a política de
SSO e objetivos de SSO;
2. os requisitos deste documento.
b) está implementado e mantido eficazmente.

9.2.2 Programa de auditoria interna

A organização deve:
a) planejar, estabelecer, implementar e manter programas de auditoria, incluindo a
frequência, métodos, responsabilidades, consulta, requisitos para planejar e para
relatar suas auditorias internas, levando em consideração a importância dos
processos concernentes e os resultados de auditorias anteriores.
b) definir os critérios de auditoria e o escopo de cada auditoria;
c) selecionar auditores e conduzir auditorias para assegurar a objetividade e a
imparcialidade do processo de auditoria;
d) assegurar que os resultados das auditorias sejam relatados aos gestores
relevantes; assegurar que os resultados relevantes de auditoria sejam relatados aos
trabalhadores, e se existirem, aos representantes dos trabalhadores e outras partes
interessadas relevantes;
e) tomar ações apropriadas para abordar não conformidades e a melhoria contínua no
desempenho de SSO (ver Cláusula 10);
f) reter informação documentada como evidência da implementação do programa de
auditoria e dos resultados da auditoria.

Nota: Para mais informações sobre auditoria e competência dos auditores, ver ABNT
NBR ISO 19011:2018.

Norma Comentada para Interpretação: A auditoria é uma verificação sistemática para


averiguar se aquilo que foi planejado em temos de sistema de gestão está efetivamente
implantado e mantido. A auditoria também deve verificar a eficácia do SGI em relação
ao atendimento à Política e aos objetivos estabelecidos.
A organização deve estabelecer procedimentos e programas para a realização destas

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auditorias periódicas. O programa deve levar em consideração a importância em termos


de meio ambiente e segurança e saúde ocupacional da área, os riscos e os resultados
de auditorias anteriores. Ou seja, se existe uma área mais suscetível a variações e riscos
de acidentes ou ambientais, deve-se fazer auditorias mais frequentes nestes
locais/departamentos; se na auditoria anterior um determinado setor apresentou maior
número de irregularidades deve-se também realizar auditorias com menor periodicidade.
Em contrapartida, caso as atividades de um departamento não tenha aspectos e
impactos ambientais ou perigos e riscos significativos, ou apresenta baixos riscos ou a
área tem apresentado controles adequados em auditorias anteriores pode-se aumentar
o intervalo entre auditorias nestes locais.
Os resultados da auditoria devem ser um dos itens a serem contemplados nas análises
críticas pela alta direção, servindo como uma ferramenta de medição da melhoria
contínua e do desempenho do SGI, e caso necessário, para tomada de algumas
medidas de correção.
Atenção deve ser dispensada na formação dos auditores internos devido ao assunto
meio ambiente e segurança ser bastante abrangente e algumas vezes muito técnico,
estar em constante mudança principalmente em relação à legislação.
As metodologias para a execução das auditorias e os critérios para qualificação de
auditores estão descritas detalhadamente na norma NBR ISO 19011:2018. Atenção
também na programação das auditorias em relação á “escalação” dos auditores para
garantir que sejam independentes em relação à área a ser auditada como também
garantam a objetividade da auditoria, ou seja, não posso seguir só o critério de
independência e enviar para uma área um auditor totalmente despreparado, sem
conhecimentos mínimos técnicos da área a ser auditada.

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9.3 Análise crítica pela direção (9001)

A Alta Direção deve analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade da


organização, a intervalos planejados, para assegurar sua contínua adequação,
suficiência, eficácia e alinhamento com o direcionamento estratégico da organização.

9.3.2 Entradas de análise crítica pela direção

a) Ações de análises críticas anteriores;


b) Mudanças em questões externas e internas que sejam pertinentes;
c) Informações sobre o desempenho do SGQ;
1) Satisfação do cliente e retroalimentação de partes interessadas pertinentes;
2) Objetivos da qualidade;
3) Desempenho dos processos e conformidade do produto;
4) Não conformidade e ação corretiva;
5) Resultados de monitoramento e medição;
6) Resultados de auditoria;
7) Desempenho de provedores externos;
d) A suficiência de recursos;
e) A eficácia das ações tomadas para abordar riscos e oportunidades;
f) Oportunidades de melhoria.

As saídas da análise crítica pela direção devem incluir decisões e ações relacionadas
com:
a) oportunidades para melhoria;
b) qualquer necessidade de mudanças no sistema de gestão da qualidade;
c) necessidade de recurso.
A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados de
análises críticas pela direção.

9.3 Análise crítica pela direção (14001)

A alta direção deve analisar criticamente o sistema de gestão ambiental, a intervalos

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planejados, para garantir sua contínua adequação, suficiência e eficácia.


A análise crítica pela direção deve incluir considerações sobre:
a) a situação das ações de análises críticas anteriores;
b) mudanças em:
1. questões internas e externas relevantes ao sistema de gestão ambiental;
2. obrigações de conformidade;
3. seus aspectos ambientais significativos e
4. o risco associado a ameaças e oportunidades.
c) a extensão do atendimento aos objetivos ambientais;
d) informação do desempenho ambiental da organização, inclusive tendências em:
1. não conformidades e ações corretivas;
2. resultados de monitoramento e medição;
3. aderência às obrigações de conformidade;
4. resultados de auditoria.
e) comunicação(ões) das partes interessadas externas;
f) oportunidades de melhoria contínua;
g) adequação dos recursos requeridos para manter o sistema de gestão ambiental
eficaz.

As saídas da análise crítica pela direção devem incluir:


- conclusões sobre a contínua adequação, suficiência e eficácia do sistema de
gestão ambiental;
- decisões relacionadas às oportunidades para melhoria contínua;
- decisões relacionadas a qualquer necessidade de mudanças no sistema de
gestão ambiental,
- incluindo recursos;
- ações, se necessárias, quando não forem alcançados os objetivos ambientais;
- oportunidades para melhorar a integração do sistema de gestão ambiental com
outros processos
- de negócios, se necessário;
- qualquer implicação para o direcionamento estratégico da organização.
A organização deve reter informações documentadas como evidência dos resultados
de análise crítica.

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Comentário de interpretação: A análise pela alta direção é uma avaliação contínua


pela alta administração do desempenho do SGA com o objetivo de verificar se o sistema
continua adequado às necessidades da organização. A alta direção deve reorientar o
SGA caso este não atenda mais plenamente aos propósitos, seja por apresentar um
desempenho abaixo do esperado ou porque os resultados esperados não foram
apresentados.
A análise crítica deve fornecer subsídios para o aperfeiçoamento contínuo do SGA
identificando oportunidades para melhorar o desempenho ambiental global da
organização.
Deve-se garantir que as informações necessárias para esta análise crítica sejam
coletadas e disponibilizadas para a alta direção, para assegurar uma avaliação eficaz.
Esta análise deve ser suficientemente ampla para incluir os aspectos relacionados ás
atividades, produtos e serviços da organização, mas também levando em consideração
a perspectiva do ciclo de vida e a proteção ao meio ambiente, englobando:
a. constatações das auditorias;
b. análise dos objetivos, metas e desempenho ambientais;
c. melhoria contínua;
d. avaliação da adequação da Política Ambiental e da necessidade de alteração à luz
de:
- mudanças na legislação e outras obrigações legais;
- mudanças no contexto e nas expectativas e requisitos das partes interessadas;
- alterações nos produtos ou atividades da organização, etc.

Deve-se documentar também as saídas da análise crítica como por exemplo:


mudanças na política ambiental, nos objetivos e metas e outros que demonstrem o
comprometimento coma melhoria contínua.
A organização deve definir a periodicidade para fazer tal avaliação e os resultantes
destas análises devem ser documentados.

9.3 Análise crítica pela direção (45001)

A Alta Direção deve analisar criticamente o SGSSO da organização, a intervalos

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planejados, para assegurar sua contínua adequação, suficiência e eficácia.


A análise crítica da Alta Direção deve considerar:
a) a situação das ações provenientes de análises críticas anteriores;
b) mudanças em questões externas e internas que sejam pertinentes para o SGSSO,
incluindo:
1. as necessidades e expectativas das partes interessadas;
2. requisitos legais aplicáveis e outros requisitos;
3. os riscos e oportunidades.
c) extensão na qual a política de SSO e os objetivos de SSO foram alcançados;
d) informações sobre o desempenho de SSO da organização, incluindo tendências
em:
1. incidentes, não-conformidades, ações corretivas e melhoria continua;
2. resultados de monitoramento e medição;
3. resultados da avaliação do atendimento aos seus aos requisitos legais e outros
requisitos;
4. resultados da auditoria;
5. consulta e participação dos trabalhadores;
6. riscos e oportunidades;
e) adequação de recursos para manutenção da eficácia do SGSSO;
f) comunicações relevante para as partes interessadas;
g) oportunidades de melhoria continua;

As saídas da análises críticas pela direção devem incluir decisões relacionadas a:


- contínua adequação, suficiência e eficácia do SGSSO para atingir os resultados
pretendidos;
- oportunidades de melhoria contínua;
- qualquer necessidade de mudança no SGSSO;
- recursos necessários;
- ações necessárias;

- oportunidades para melhorar a integração do SGSSO com outros processos do


negócio, e

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- qualquer implicação da direção estratégica da organização.

A alta Direção deve comunicar as saídas relevantes das análises críticas da gestão aos
seus trabalhadores relevantes, e se existirem, aos representantes dos trabalhadores
(ver 7.4).
A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados das
análises críticas pela direção.

Norma Comentada para Interpretação: O primeiro responsável pelo SSO é a alta


administração, assim, este deve fazer uma avaliação periódica do andamento do
sistema para verificar se este continua suficiente, adequado e é eficaz. A alta
administração precisa analisar se o Sistema de Gestão de SSO é adequado para o
atendimento dos objetivos e da Política. A análise crítica deve fornecer subsídios para
o aperfeiçoamento contínuo do sistema de SSO identificando oportunidades de
melhoria do desempenho global da organização. A análise crítica deve abordar a
necessidade de alterar a Política de SSO e os objetivos com base nas informações
obtidas na auditoria. Outros assuntos normalmente colocados nestas análises são:
acidentes e incidentes ocorridos, alteração ou a possibilidade de alteração de
regulamentações legais, mudanças circunstanciais, problemas jurídicos trabalhistas,
novas tecnologias, etc.
Normalmente, quando observamos as atas de reunião desta análise crítica são
apresentados muitas informações, gráficos, relatórios, estatísticas, mas raramente
existe uma conclusão da alta administração em relação a adequação do sistema de
gestão de SSO.
O sistema atende as atuais necessidades da organização em relação à SSO ou não?
O resultado desta análise crítica deve ser documentado.

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SEÇÃO 10: MELHORIA


10.1 Generalidades (9001)

A organização deve determinar e selecionar oportunidades para melhoria e


implementar quaisquer ações necessárias para atender a requisitos do cliente e
aumentar a satisfação do cliente.
Essas devem incluir:
a) melhorar produtos e serviços para atender a requisitos assim como para abordar
futuras necessidades e expectativas;
b) corrigir, prevenir ou reduzir efeitos indesejados;
c) melhorar o desempenho e a eficácia do sistema de gestão da qualidade.

NOTA: Exemplos de melhoria podem incluir correção, ação corretiva, melhoria


contínua, mudanças revolucionárias, inovação e reorganização.

10.2.1 Ao ocorrer uma não conformidade, incluindo as provenientes de reclamações, a


organização deve:
a) reagir à não conformidade e, como aplicável:
1. tomar ação para controlá-la e corrigi-la;
2. lidar com as consequências;
b) avaliar a necessidade de ação para eliminar a(s) causa(s) da não conformidade, a
fim de que ela não se repita ou ocorra em outro lugar:
1. analisando criticamente e analisando a não conformidade;
2. determinando as causas da não conformidade;
3. determinando se não conformidades similares existem, ou se poderiam
potencialmente ocorrer.
c) implementar qualquer ação necessária;
d) analisar criticamente a eficácia de qualquer ação corretiva tomada;
e) atualizar riscos e oportunidades determinados durante o planejamento, se
necessário;
f) realizar mudanças no sistema de gestão da qualidade, se necessário.
Ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades
encontradas.

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10.2.2 A organização deve reter informação documentada como evidência:


a) da natureza das não conformidades e quaisquer ações subsequentes tomadas;
b) dos resultados de qualquer ação corretiva.

10.1 Generalidades (14001)

A organização deve determinar oportunidades para melhoria e implementar ações


necessárias para alcançar os resultados pretendidos pelo SGA

10.2 Não conformidade e ação corretiva

Quando uma não conformidade ocorre, a organização deve:


a) reagir a não conformidade e quando aplicável:
1. tomar ação imediata para controlar e corrigir;
2. tratar as consequências, incluindo mitigar os impactos ambientais adversos;
b) avaliar a necessidade de ação para eliminar as causas da não conformidade, de modo
que não se repita ou ocorra em qualquer outro lugar, através:
1. da análise da não conformidade;
2. da determinação das causas da não conformidade;
3. da determinação de existência de não conformidades similares, ou de
sua potencial ocorrência.
c) determinar e implementar qualquer ação corretiva necessária;
d) analisar a eficácia da ação corretiva tomada;
e) fazer mudanças no sistema de gestão ambiental, se necessário.

Ações corretivas devem ser apropriadas à significância dos efeitos das não
conformidades encontradas, incluindo impactos ambientais.
A organização deve reter informação documentada como evidência:
- da natureza das não conformidades e quaisquer ações subsequentes tomadas;
- os resultados da ação corretiva.

Comentário de interpretação: Não conformidades são situações que fogem ao


controle planejado. Quando ocorrer uma não conformidade, imediatamente deve se

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tomar uma ação de contenção para controlar o corrigir o problema identificado, atenuar
os seus resultados e tratar as consequências não desejáveis. Após este primeiro
atendimento emergencial, funções definidas pela empresa devem investigar as não
conformidades e caso necessário iniciar as ações corretivas. A ação corretiva é a
atuação para eliminar a causa de um problema
que já ocorreu. Para eliminar um problema na sua origem é necessária uma
investigação para chegar a sua causa raiz. Isto deve ser feito de modo estruturado
para assegurar que o problema não venha a ocorrer novamente. Uma sistemática
que se observa na prática é: normalmente todos os funcionários ou mesmo terceiros
podem registrar uma não conformidade quando observam alguma irregularidade, mas
a abertura de um processo de ação corretiva é delegada a algumas funções que são
treinados para avaliar a necessidade. Quando ocorrerem mudanças nos
procedimentos documentados, originadas pelas ações corretivas estas alterações
devem ser implementadas e registradas. Normalmente este registro é feito no próprio
documento. O objetivo é de valorizar as ações corretivas que são ferramentas de
melhoria contínua de sistemas de gestão.

Em um momento adequado, após a implantação das ações corretivas, deve-se verificar


se as ações realmente surtiram efeito, ou seja, se eles foram eficazes. Deve-se dar
tempo suficiente para poder observar que, mesmo em situações semelhantes, o
problema não voltou a ocorrer, ou seja, realmente as ações atacaram as raízes do
problema.

10.1 Generalidades (45001)

A organização deve determinar as oportunidades para melhoria (ver Cláusula 9) e


implementar as ações necessárias para atingir os resultados pretendidos do seu
SGSSO.

10.2 Incidente, não-conformidade e ações corretivas

A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo, incluindo


relatório, investigação e tomada de ações para determinar e gerenciar os incidentes e

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não conformidades.
Ao ocorrer um incidente ou uma não-conformidade, a organização deve:
a) reagir em tempo hábil ao incidente ou a não-conformidade e, como aplicável:
1. tomar ação para controlar e corrigir o incidente ou não conformidade;
2. lidar com as consequências.

b) avaliar, com a participação dos trabalhadores (ver 5.4) e o envolvimento de outras


partes interessadas relevantes, a necessidade de ação corretiva para eliminar as
causas raízes do incidente ou da não-conformidade, para que não se repita ou
ocorra em outro lugar:
1) investigar o incidente ou revisar a não-conformidade;
2) determinar as causas do incidente ou da não-conformidade;
3) determinar se incidentes similares ocorreram, existência da não conformidade
ou se poderiam potencialmente ocorrer;
c) revisar a avaliação de riscos de SSO e outros riscos, conforme apropriado (ver
6.1);
d) determinar e implementar qualquer ação necessária, incluindo ações corretivas,
conforme hie-rarquia de controles (ver 8.1.2) e gestão de mudanças (ver 8.1.3);
e) avaliar os riscos de SSO relacionados a perigos novos ou modificados, antes de
tomar uma ação;
f) analisar criticamente a eficácia de qualquer ação corretiva tomada, incluindo
ações corretivas;
g) realizar mudanças no SGSSO, se necessário.

As ações corretivas devem ser apropriadas à significância dos efeitos ou efeitos


potenciais para os incidentes ou não-conformidades encontradas.
A organização deve reter a informação documentada como evidência:
- da natureza dos incidentes ou das não-conformidades e quaisquer ações
subsequentes tomadas;
- dos resultados de qualquer ação corretiva, incluindo sua eficácia.

A organização deve comunicar esta informação documentada a trabalhadores


relevantes, e onde eles existirem, representantes dos trabalhadores, e partes

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interessadas relevantes.

Nota: O relatório e a investigaçãodos incidentes deve ocorrer sem demora indevida


para permitir a eliminação do perigo associado aos riscos de SSO ser minimizado tão
logo possivel.

Norma Comentada para Interpretação: Não conformidades são situações que fogem
ao controle planejado. Este requisito define que todos os incidentes (com ou sem lesão)
devem ser investigados para determinar as suas causas raízes e verificar a necessidade
de ações corretivas, preventivas ou de melhoria. Estas investigações devem ser
comunicadas ao pessoal relevante e as ações de correção ou de prevenção negociadas
antes da sua execução. Os resultados da investigação de incidentes devem ser
documentados.
Quando ocorrer uma não conformidade, imediatamente deve se tomar uma ação de
contenção para controlar o corrigir o problema identificado, atenuar os seus resultados e
tratar as consequências não desejáveis. Após este primeiro atendimento emergencial,
funções definidas pela empresa devem investigar as não conformidades e caso
necessário iniciar as ações corretivas. A ação corretiva é a atuação para eliminar a causa
de um problema que já ocorreu. Para eliminar um problema na sua origem é necessária
uma investigação para chegar a sua causa raiz. Isto deve ser feito de modo estruturado
para assegurar que o problema não venha a ocorrer novamente. Uma sistemática que se
observa na prática é: normalmente todos os funcionários ou mesmo terceiros podem
registrar uma não conformidade quando observam alguma irregularidade, mas a abertura
de um processo de ação corretiva é delegada a algumas funções que são treinados para
avaliar a necessidade. Quando ocorrerem mudanças nos procedimentos documentados,
originadas pelas ações corretivas estas alterações devem ser implementadas e
registradas. Normalmente este registro é feito no próprio documento. O objetivo é de
valorizar as ações corretivas que são ferramentas de melhoria contínua de sistemas de
gestão.
Em um momento adequado, após a implantação das ações corretivas, deve-se verificar
se as ações realmente surtiram efeito, ou seja, se eles foram eficazes. Deve-se dar
tempo suficiente para poder observar que, mesmo em situações semelhantes, o
problema não voltou a ocorrer, ou seja, realmente as ações atacaram as raízes do

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problema.

10.3 Melhoria contínua. (9001)

A organização deve melhorar continuamente a adequação, suficiência e eficácia do


SGQ.
A organização deve considerar os resultados de análises e avaliação e as saídas de
análises críticas pela Direção para determinar se existem necessidades ou
oportunidades que devem ser abordadas como parte de melhoria contínua.

10.3 Melhoria contínua (14001)

A organização deve continuamente melhorar a adequação, suficiência e eficácia do


sistema de gestão para melhorar o desempenho ambiental.

10.3 Melhoria contínua (45001)

A organização deve melhorar continuamente a adequação, suficiência e eficácia do


SGSSO:
a) melhorar o desempenho de SSO;
b) promover uma cultura que suporte o SGSSO;
c) promover a participação dos trabalhadores na implementação de ações para a
melhoria contínua do SGSSO;
d) comunicando os resultados relevantes da melhoria contínua aos trabalhadores, e
onde existirem, aos representantes dos trabalhadores;
e) manter e reter informação documentada como evidência dos resultados da
melhoria continua.

Norma Comentada para Interpretação: Um dos compromissos expressos na Política é


o da melhoria contínua. A norma na sua essência é a busca incessante para e melhoria
do desempenho ambiental e das condições de segurança e saúde para todos os
trabalhadores envolvidos. A melhoria pode ser acompanhada através dos indicadores de
desempenho do SGI. Uma das preocupações dos gestores envolvidos na administração
do SGI deve ser o de mensuração das melhorias. A organização deve reter informação
documentada das evidências das melhorias contínuas.

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Continua PARTE 2

Paulo Henrique D. M. Bertolini:


paulo.bertolini@vanzolinicert.org.br
Coordenação dos Cursos da Diretoria de
Certificação
Secretária Acadêmica
secretariapta@vanzolini.com.br

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