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MBA em Contabilidade

e Auditoria em
Sociedades Cooperativas

Auditoria Externa nas


Sociedades Cooperativas
Profª Esp.: Letícia Matos Duarte
Abril/2023

PUC Minas, 11 de Abril de 2023


Apresentação Docente
Especialista em Controladoria e Contabilidade com ênfase
01
em Auditoria pela Universidade Federal de Minas Gerais;

Auditora Independente pelo Conselho Federal de


02 Contabilidade e Banco Central do Brasil;

Professora Convidada nas turma de pós-graduação


03 MBA da PUC Minas, desde 2020;

Experiência em cooperativas de crédito há 9 anos,


04 desde a área operacional, atendimento até
auditoria externa, governança e riscos;
Experiência em auditoria das demonstrações
05 financeiras, auditoria cooperativa e de
incorporações;

Experiência em auditorias conforme escopo do Banco


06 Central do Brasil;

Autora de artigos publicados em congressos e


PwC
07 sociedades de economia: SOBER e EBPC
Linha do tempo

Sistemas Cooperativos
atuantes:

2019 2021

2015
2020 2022

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Apresentação
Turma

✓ Nome
✓ Idade e Naturalidade
✓ Tempo de Cooperativa
✓ Setor que atua atualmente
✓ Setores que já atuou
✓ Experiência em outras S.C.
✓ O que espera da disciplina
PwC | AILOS 4
“minuta para discussão, sujeita a alterações”

Cronograma

Cronograma dos dias semanais da


disciplina: 04 Aula 17/04 (Segunda-feira) 08 Aula 26/04 (Quarta-feira)
Total de 11 aulas

05 Aula 19/04 (Quarta-feira) 09 Aula 03/05 (Quarta-feira)

01 Aula 11/04 (Terça-feira)


06 Aula 24/04 (Segunda-feira) 10 Aula 04/05 (Quinta-feira)

02 Aula 12/04 (Quarta-feira)


07 Aula 25/04 (Terça-feira) 11 Aula 08/05 (Segunda-feira)

03 Aula 13/04 (Quinta-feira)

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Ementa O que o torna um interessante e o que as turmas de engajamento precisam fazer:
Interagir!

Disciplinar
Compartilhe Incentive seus Foque na Deixe claro os
casos de colegas a rentabilidade objetivos com
sucesso compartilhar da disciplina seu professor
experiências e do curso

7. Ambiente regulatório, Half


normas aplicáveis e 11. Abordagens que
complementares
podem ser adotadas nos
trabalhos de auditoria e as
Post Start 8. Avaliação de Riscos no
respostas da auditoria aos
Nível das Demonstrações e
Avaliação de Riscos no riscos.
4. Abordagem das
1. Auditoria Externa: principais normas e Nível das Transações
Conceitos, Finalidades,
práticas de acordo com as
Cases e Aspectos 9. Execução dos
Fundamentais
Normas e Procedimentos
de Auditoria Independente Procedimentos de Auditoria End
5. Instrumentos para 10. Emissão dos Relatórios:
2. Avaliação de Controles
execução dos trabalhos de Opinião e Circunstanciado Avaliação do Trabalho
Internos, pela ótica do
Auditor Externo Orientado
auditoria: papéis de
trabalho, programa de
Avaliação Suscinta Final
3. Perfil Ético do Auditor auditoria das
Demonstrações Contábeis
Half
6. Riscos que uma
Start
instituição cooperativa está
submetida e Gestão de
Riscos

Profª.:
PwC |Letícia
ServiceMatos
Delivery
Duarte
Center
Abreviações Importantes

Relação de Siglas:

• CA/Consad: Conselho de Administração


• CF/Confis: Conselho Fiscal
• DIREX: Diretoria Executiva
• PDGC: Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas
• CRO: Chief Risk Officer
• PLD/FT: Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo
• COSO: The Comitee of Sponsoring Organizations
• UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina

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Primeiros Blocos:

Auditoria Externa: Instrumentos para Ambiente


Conceitos, Finalidades, Perfil ético do
execução dos regulatório, normas
Cases e Aspectos auditor trabalhos de auditoria
Fundamentais aplicáveis

Avaliação de Controles Abordagem das Riscos em uma Avaliação de


Internos pela ótica do principais normas e instituição cooperativa Riscos no
Auditor Externo; práticas e Gestão de Riscos Nível
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ServiceDelivery
DeliveryCenter
Center 8
Primeiros Blocos:

Execução dos Emissão dos Abordagens que


Procedimentos de Relatórios: Opinião e podem ser
Auditoria Circunstanciado adotadas

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ServiceDelivery
DeliveryCenter
Center 9
Bloco 1
Auditoria
Externa Conceitos, Finalidades,
Cases e Aspectos
Fundamentais;
A Auditoria Externa - Apresentação

As Big Four Empresas De Auditoria

O mercado de auditoria é dominado por 4 multinacionais multimilionárias empresas de


auditoria e consultoria que repartem as maiores fatias do bolo, ou seja, detém os
maiores contratos do mundo.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

A auditoria externa ou auditoria das demonstrações contábeis de uma cooperativa tem por
objetivo dar a credibilidade necessária aos associados e demais interessados, sobre a sua
situação patrimonial e financeira, bem como o resultado apurado no semestre/exercício e
atender às exigibilidades do órgão fiscalizador, se requerido.

Transparência e confiabilidade das informações contábeis é fundamental para a


credibilidade de uma cooperativa de seus administradores.

Os trabalhos técnicos de auditoria são planejados e executados de acordo com as normas


brasileiras de auditoria e requer a compreensão dos negócios e área da
atividade fim das cooperativas visando atender ao máximo às expectativas da relação
custo-benefício, assim como ser realizada de maneira segura e uniforme.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

Auditoria Externa nas Sociedades Cooperativas: também conhecida como “auditoria


independente”, é uma atividade que não pertence à estrutura da instituição e tem como principal
função a emissão de opinião sobre a adequação, em todos os aspectos relevantes, das informações
constantes nas demonstrações contábeis, cuja elaboração é de responsabilidade do Conselho de
Administração da Cooperativa.

A obrigatoriedade de contratação dos serviços de auditoria independente por cooperativas ocorre por
necessidade legal. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) (2016), estão
obrigadas a contratar auditoria independente, com registro na Comissão de Valores Imobiliários
(CVM), as cooperativas sujeitas às normas dos órgãos reguladores e aquelas consideradas de
grande porte

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xxxx

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A auditoria não tem por
objetivo detectar erros
ou fraudes.

Existe o risco de uma


demonstração contábil
possuir algum erro ou
fraude não detectada pela
auditoria independente,
sendo que quando
respeitada todas as normas
vigentes de pratica de
auditoria promulgadas
pelo CRC e demais órgãos
reguladores, essa situação
não configura falha da
auditoria.
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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

xxxx

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Benefícios da Auditoria
1. Garante a utilização
dos controles
2. Confere a aplicação
das políticas

3. Avalia a efetividade das


normas

4. Antecipa e procura 6. Aumenta a


resolver problemas confiabilidade da
empresa
5. Identifica possibilidades
de melhoria 7. Contribui para a
tomada de decisões
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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

A obrigatoriedade de contratação dos serviços de auditoria independente por cooperativas ocorre por
necessidade legal. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) (2016), estão
obrigadas a contratar auditoria independente, com registro na Comissão de Valores Imobiliários
(CVM), as cooperativas sujeitas às normas dos órgãos reguladores e aquelas consideradas de grande
porte.

Grande porte são aquelas com faturamento anual superior a 300 milhões de reais ou
ativo total superior a 240 milhões de reais, conforme lei 11.638/2007.

Neste contexto, as cooperativas em geral estão obrigadas a contratar


auditoria externa apenas se forem consideradas de grande porte.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas
Panorama do Cooperativismo
E quais são os Ramos do cooperativismo?

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas
Panorama do Cooperativismo
E quais são os Ramos do cooperativismo?

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Panorama do Cooperativismo
E quais são os Ramos do cooperativismo?

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Panorama do Cooperativismo

E quais são os Ramos do cooperativismo?

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Panorama do Cooperativismo
Números do cooperativismo
por ramo

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Panorama do Cooperativismo

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Auditoria, Conceitos e Finalidades

De um lado, no contexto das cooperativas No caso das ademais sociedades


de crédito, o Banco Central (Bacen), pela cooperativas não há uma regulamentação
Resolução Bacen nº 4.454/2015, passou nesse sentido, o que contribui para que a
a exigir a auditoria independente destas auditoria externa seja passível de não
entidades, com periodicidade anual. adoção por tais entidades.

Sendo assim, ao considerar que


pequenas e médias cooperativas
não são obrigadas legalmente a Quais motivos levam as pequenas e médias
contratar serviços de auditoria sociedades cooperativas a contratar serviços
independente, questiono à vocês: de auditoria independente, mesmo estando
desobrigadas legalmente?

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas
Auditoria, Conceitos e Finalidades

Uma auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, registros,
transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a
finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às
demonstrações financeiras e outros relatórios da administração.

A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no sistema


financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

Em geral, as auditorias externas podem ser basicamente classificadas em três grupos:

Auditoria financeira

Auditoria de cumprimento

Auditoria operacional

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

AUDITORIA FINANCEIRA

No caso da auditoria financeira, há interesse na auditoria das demonstrações financeiras da


entidade como um todo.

O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o auditor
expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão razoavelmente
apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.

A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que


tem por objetivo a emissão de parecer sobre sua adequação, consoante os Princípios
Fundamentais de Contabilidade e pertinente à legislação específica.

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AUDITORIA DE CUMPRIMENTO E OPERACIONAL

A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e podem ou não


estar relacionadas à contabilidade de uma entidade.

A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação dos controles e


procedimentos operacionais de uma entidade.

A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos e desempenho


de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades da entidade
estão alcançando seus objetivos.

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Conforme TCU

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

Segundo a NBC TA 200, o objetivo da Auditoria independente é aumentar o grau de


confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é
alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com
uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
A administração conta com uma Auditoria Interna para executar um trabalho de
assessoramento, auxiliando no cumprimento dos objetivos operacionais da empresa.

A auditoria independente, por sua vez, não dispõe de meios suficientes (pessoal, tempo,
recursos) para uma análise aprofundada de todos os aspectos das demonstrações
financeiras, limitando-se aos mais relevantes (aqueles que têm possibilidade de
influenciar a opinião do usuário quanto às demonstrações). Além disso, o auditor trabalha
por amostragem e, dessa forma, irregularidades podem passar despercebidas por ele, o
que não quer dizer que seu trabalho não tenha sido bem feito.

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A auditoria em geral tem os seguintes reflexos:

- Aspecto Administrativo: reduz ineficiência, negligência;


- Aspecto Patrimonial: melhora o controle sobre o patrimônio;
- Aspecto Fiscal: resguarda contra multas e penalidades;
- Aspecto Técnico: eficiência contábil;
- Aspecto Financeiro: reduz fraudes e resguarda créditos de terceiros;
- Aspecto Social: veracidade das demonstrações contábeis para a sociedade em geral.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

✓ Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis.


✓ Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e
financeira das empresas.
✓ Assegura maior exatidão dos resultados apurados.

Entretanto, a auditoria independente, como qualquer outra atividade,


apresenta algumas limitações que devem ser conhecidas pelo auditor, a
fim de que possa reduzi-las a um nível coerente com o cumprimento de
seus objetivos. Essas limitações dizem respeito, principalmente, ao fato de
que a auditoria não pode ser interpretada como substituta da
administração no cumprimento de seus objetivos de gestão.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

LIMITAÇÕES INERENTES À AUDITORIA

A auditoria sofre limitações de diversas fontes. A primeira delas decorre do próprio


processo de acumulação de evidências. As evidências não são conclusivas, mas
persuasivas, o que exige aguçado treinamento e conhecimento para formação da
opinião. Além disso, há limitações que podem ter origem nas seguintes
circunstâncias:

• Ausência de colaboração da administração da entidade para fornecer as


informações e documentos solicitados pelo auditor.

• A presença de fraudes e, eventualmente, conluios, mais difíceis de detectar por


envolver duas ou mais pessoas no processo de burla ao controle, especialmente se
há participação da alta administração.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

• A existência e integridade de relações e transações com partes relacionadas.

• A ocorrência de não conformidade com leis e regulamentos.

• Eventos ou condições adicionais que possam interromper a continuidade da entidade.

O principal mecanismo para enfrentar as limitações da


auditoria é acumular evidências adequadas e suficientes
e um controle de qualidade eficaz.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

Normas de Auditoria e convergência às normas internacionais

Para assegurar que a auditoria paute sua atuação, entidades nacionais e internacionais
que congregam instituições de controle e auditoria, governos e seus órgãos de controle e
regulamentação e organismos de regulação e fiscalização profissional estabelecem
princípios e normas, de observância obrigatória ou de orientação, relacionados à atividade
de auditoria, conhecidas como normas de auditoria geralmente aceitas ou normas gerais
de auditoria.

São finalidades das normas de auditoria:

• Garantir a qualidade dos trabalhos de auditoria;


• Manter a consistência metodológica no exercício da atividade;
• Registrar o conhecimento desenvolvido na área;
• Assegurar a sustentabilidade da atividade de auditoria.

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Auditoria com Instrumento de Gestão

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Auditoria com Instrumento de Gestão

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Para uma empresa do tamanho da Master Blenders, que fatura o equivalente a 7 bilhões de reais, um erro de 200
milhões de reais nas contas não chega a ser uma catástrofe – segundo dados da consultoria KPMG, empresas
brasileiras e americanas perdem o equivalente a 5% do PIB em fraudes a cada ano. O maior problema está na crise
de confiança que esse tipo de notícia gera.
Empresas envolvidas na auditoria Pilão - PwC (big four), Ernst & Young (big four) e Kroll (empresa de investigação
americana)
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Auditoria Externa em Cooperativas de Crédito

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https://www.youtube.com/watch?v=5MpNETAVLUM
– 8:49 min – Total de 5min
https://www.youtube.com/watch?v=MZlik-PrkXQ
- 00:18 min – Total de 4min

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Auditoria com Instrumento de Gestão
Caso Big Five

ERON - O escândalo resultou em acionistas


perdendo mais de US $ 74 bilhões,
enquanto o preço da ação da Enron caiu de
cerca de US $ 90 para menos de US $ 1 em
um ano.
• Receita com base em perspectivas futuras
• Balanço inchado Reflexão!
• Como
Receita não realizada, receita estimadapodemos atrelar minimamente o caso da ERON
• Julgada e Condenada com possíveis práticas nas sociedades cooperativas?
• Conivência
• Operações vendidas – PwC
• 2005 julgada e considerada inocente,
• Brasil atual – Consultoria Tributária

O escândalo levou à falência da Enron e à dissolução de Arthur Andersen.

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

Postado em 12/02/2019 06:00

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Auditoria Externa em Sociedades Cooperativas

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https://gabrieldrb11.jusbrasil.com.br/artigos/1113535687/caso-enron-vs-
investidores#:~:text=Em%20Dezembro%20de%202001%2C%20a,causou%20a%20liquida%C3%A7%C3%
A3o%20da%20sua

Principais aspectos do Caso ERON:

1. Conduta dos gestores e fraudes (até o dia do colapso)


2. Falsificação das Contas e Registros Contábeis
3. Fraude Realizada pelo CFO, Andrew Fastow.
4. Fraude No Mercado Elétrico na Califórnia.
5. Queda das ações
6. Prisões
7. Conduta da empresa de auditoria
8. Alterações Legislativas - Em razão de uma série de escândalos financeiros
corporativos, como o da Enron, foi redigida a Lei Sarbanes-Oxley, em 2002.

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Com a nova Lei os Executivos ganharam uma maior responsabilidade sobre as


demonstrações financeiras.

Entre as mudanças introduzidas com a SOX, a Seção 302 exige que a administração aprove
as demonstrações financeiras e segunda a Seção 906 da referida Lei, os executivos passam a
ser responsáveis criminalmente por demonstrações financeiras fraudulentas.

Com relação à conduta da empresas de auditoria, a Seção 802 definiu multa e prisão para
“alteração, destruição, ocultação e/ou falsificação de registros, documentos ou objetos
tangíveis com a intenção de obstruir, impedir ou influenciar uma investigação legal”.
(CAMARGO, 2017).

Os documentos devem ser armazenados eletronicamente pelo departamento de tecnologia


da informação por um prazo mínimo de 5 anos.

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No Brasil, a Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76 e suas atualizações)
determinou que as companhias abertas, além de observarem as normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), deveriam obrigatoriamente ser
auditadas por auditores independentes nela registrados.

Desde 1972 temos normas de auditoria relacionadas a esses objetivos, elaboradas por
diversos órgãos, tais como pelo Banco Central do Brasil (BACEN), pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), entre outros.

No entanto, a partir de 1991, foi discutida a necessidade de alteração das normas de


contabilidade, em virtude da necessidade de adaptação da contabilidade brasileira aos
padrões internacionais definidos pela IFAC (International Federation of Accouting).

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Fique atento!

As normas de auditoria dirigem-se aos auditores, sendo que a adoção de tais normas é
obrigatória, e a sua inobservância poderá constituir como infração disciplinar sujeita às
penalidades previstas no Decreto Lei n° 9295/46.

Apesar de serem de observância obrigatória, em determinadas circunstâncias, quando


resulte ineficaz, o auditor poderá deixar de observar uma norma acautelando-se com
evidências e procedimentos adicionais.

Por exemplo: se uma entidade não dispõe da função de auditoria interna, é ineficaz para o
auditor observar total ou parcialmente a NBC TA 610, que trata da utilização dos trabalhos
de auditoria interna

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Demonstrações contábeis são a representação


estruturada de informações contábeis históricas,
incluindo notas explicativas relacionadas, com a finalidade
de informar os recursos econômicos ou obrigações da
entidade em determinada data no tempo ou as mutações de
tais recursos ou obrigações durante um período de tempo,
em conformidade com a estrutura de relatório financeiro.

Portanto, é finalidade da Auditoria Externa: buscar


conferir credibilidade às demonstrações contábeis, visto
que, para os interessados nas informações financeiras, não
basta uma opinião interna, sendo indispensável a opinião
independente da Auditoria Externa.

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Cooperativa

Auditor Independente

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Segundo a NBC TA 200 – Objetivos gerais do Auditor Independente e a Condução da


Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria - descreve o objetivo da
Auditoria das Demonstrações Contábeis (Auditoria Externa) da seguinte forma:

“Aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos


usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo
auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os
aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório
financeiro aplicável”.

Auditoria Externa = Auditoria Independente = Auditoria Independente das demonstrações


Contábeis = Auditoria Independente das Demonstrações Financeiras = Auditoria Contábil

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Dando continuidade, ainda segundo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de


demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor:

(a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo


estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou
erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as
demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e

(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-


se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do
auditor.

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Sobre o item A descrito, qual o significado de distorção?

• A própria norma define distorção é a diferença entre o valor, a


classificação, a apresentação ou a divulgação de uma demonstração
contábil relatada e o valor, a classificação, a apresentação ou a
divulgação que é exigida para que o item esteja de acordo com a
estrutura de relatório financeiro aplicável.

• A distorção pode ser considerada relevante quando podem vir a


modificar a opinião do usuário, independentemente se causada por
fraude ou erro. Portanto, o auditor deve obter segurança razoável de
que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de
distorção relevante, e não de toda e qualquer distorção.

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A principal semelhança entre a Auditoria Externa e Interna refere-se aos métodos de


trabalho, que em geral são efetuados por métodos idênticos. Há também semelhanças
quanto às características desejáveis à pessoa do auditor quanto aos aspectos de
planejamento, execução e emissão de relatórios.
a) O auditor externo é b) As tarefas do auditor
independente, contratado externo são delimitadas no c) A auditoria Externa é
para determinada tarefa contrato, enquanto as
de auditoria, enquanto o eventual, enquanto a
tarefas do auditor interno
auditor interno é auditoria Interna é
empregado da empresa, são tão abrangentes quanto
sem total independência forem as operações da contínua.
(porém com autonomia). empresa.

d) Não existe vínculo empregatício


entre a empresa auditada e o Auditor
Externo nem dependência hierárquica
da administração, logo sua opinião
consegue maior credibilidade junto
aos usuários da informação
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Aspectos Fundamentais

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Questão Quebra Cabeça I


Você deverá:

1. Consultar materiais
lecionados e outros se
preferir (CPC, NBC) e
identificar a veracidade
das afirmações,
apontando qual é a
verdadeira.

2. Justificar as falsas
conforme entendimento
absorvido na aula.

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Questão Quebra Cabeça II


(FCC – TRE/SP – 2017) As demonstrações contábeis de determinada Cooperativa de Produção Você deverá:
Agrícola do exercício de 2016 foram auditadas pela firma de auditoria X&Y Auditores
Associados. No que tange a auditoria independente, segundo a NBC TA 200: 1. Consultar materiais
lecionados e outros se
a) as demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da entidade, elaboradas pela sua preferir (CPC, NBC) e
administração, com supervisão geral dos responsáveis pela governança. identificar a veracidade
das afirmações,
b) o objetivo e recomendar à alta Administração soluções para as irregularidades ou impropriedades apontando qual é a
detectadas durante os trabalhos de auditoria. verdadeira.

c) para expressar uma opinião exige-se que o auditor obtenha segurança razoável de que as 2. Justificar as falsas
demonstrações contábeis foram avaliadas pelo controle interno da entidade. conforme entendimento
absorvido na aula.
d) o objetivo e auxiliar a Administração da entidade no cumprimento de suas metas e objetivos
operacionais.

e) a administração da entidade utiliza-se de informações obtidas mediante evidências de auditoria


registradas nos papéis de trabalho, para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos.
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Questão Quebra Cabeça III

(VUNESP – TJ/SP – 2015) É responsabilidade do auditor: Você deverá:

a) identificar e avaliar os riscos de distorções relevantes, exceto se houver fraude. 1. Consultar materiais
lecionados e outros se
preferir (CPC, NBC) e
b) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis não contêm distorções identificar a veracidade
relevantes. das afirmações,
apontando qual é a
c) prevenir e detectar erros e fraudes. verdadeira.

d) jamais se retirar do trabalho, mesmo se houver suspeita de fraude. 2. Justificar as falsas


conforme entendimento
absorvido na aula.
e) em caso de suspeita de fraude, comunicar-se com acionistas ou contratantes da
auditoria, mas nunca com as autoridades reguladoras, tendo em vista o sigilo do
trabalho.

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Questão Quebra Cabeça IV

Você deverá:
(VUNESP – DESENVOLVE/SP – 2014) O objetivo geral de uma auditoria independente
é: 1. Consultar materiais
lecionados e outros se
a) apresentar as demonstrações contábeis de acordo com as normas contábeis do país preferir (CPC, NBC) e
identificar a veracidade
b) determinar bases sólidas de consolidação das demonstrações contábeis das afirmações,
apontando qual é a
c) assegurar que os controles internos possam produzir informações confiáveis verdadeira.

2. Justificar as falsas
d) informar a alta administração quanto aos princípios contábeis utilizados em suas conforme entendimento
demonstrações absorvido na aula.

e) aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.

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Questão Quebra Cabeça V

(CESPE – TCE/MG – 2018) Determinado trabalho de um auditor consiste em examinar as Você deverá:
demonstrações contábeis e outros relatórios financeiros, com o objetivo de expressar sua
1. Consultar materiais
opinião, materializada em relatório de auditoria, acerca da adequação desses
lecionados e outros se
demonstrativos em relação aos princípios de contabilidade. Nesse caso, o trabalho preferir (CPC, NBC) e
realizado pelo auditor denomina-se auditoria: identificar a veracidade
das afirmações,
a) Contábil apontando qual é a
b) De regularidade verdadeira.
c) De cumprimento legal
d) Operacional 2. Justificar as falsas
conforme entendimento
e) Patrimonial
absorvido na aula.

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Questão Quebra Cabeça VI


Você deverá:

1. Consultar materiais
lecionados e outros se
preferir (CPC, NBC) e
identificar a veracidade
das afirmações,
apontando qual é a
verdadeira.

2. Justificar as falsas
conforme entendimento
absorvido na aula.

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Questão Quebra Cabeça VII


Você deverá:

1. Consultar materiais
lecionados e outros se
preferir (CPC, NBC) e
identificar a veracidade
das afirmações,
apontando qual é a
verdadeira.

2. Justificar as falsas
conforme entendimento
absorvido na aula.

PwC
Próximos
passos

BLOCO ENCERRADO!
68
PwC

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