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INDICE pag.
Objetivos do Curso 2
Competências 2
Capítulo 1 – Auditorias de Sistemas Gestão 4
Capítulo 2 – Classificação das Auditorias 6
Capítulo 3 – Gerenciamento da Auditoria 7
Capítulo 4 – Competências do Auditor 13
Capítulo 5 – Fases de uma Auditoria 18
Capítulo 6 – Auditoria de Adequação 22
Capítulo 7 – Auditoria de Terceira Parte 23
Capítulo 8 – Condução da Auditoria 24
Capítulo 9 – Elaboração dos Relatórios 30
Capítulo 10 – Não Conformidades 31
Capítulo 11 – Guia ou Acompanhante 32
Anexo 1 – Os Dez mandamentos da Comunicação Efetiva 35
Anexo 2 – Modelo Proced. p/definição freqüência Aud. Interna 36
Anexo 3 – Check List de Auditorias 38
Anexo 4 – Relatório de Auditoria 39
Anexo 5 – R.N.C.A (Notificação Não-Conformidade Auditoria) 42
Anexo 6 - Plano de Auditoria 46
Anexo 7 - Lista de Verificação 47
Anexo 8 - Conceitos 48
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CURSO DE FORMAÇÃO DE AUDITORES DO
SISTEMA DA QUALIDADE
1. OBJETIVOS
2. COMPETÊNCIAS
Certos conhecimentos, habilidades e atributos são necessários para uma pessoa que
vai conduzir com sucesso uma Auditoria.
HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO
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CONDUTA E PROFISSIONALISMO
Um auditor trata com Gerentes e Diretores e deve convencê-los de que seus atos
são responsáveis e positivos, mesmo quando ele e seu time forem criticados.
Como auditor você irá enfrentar algumas vezes situações de TENSÃO, haverá
ocasiões onde suas conclusões estarão em confronto com o auditado.
O esperado é que você reconheça isso e seja hábil em reduzir a tensão e conflito
estabelecendo boas condições de trabalho entre o auditado e seu time.
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CAPÍTULO 1 - AUDITORIAS DE SISTEMAS DE GESTAO
1.1. INTRODUÇÃO
Segundo a norma NBR 9000: 2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade –
fundamentos e vocabulário, Auditoria é um processo sistemático, documentado e
independente para obter evidência da auditoria e avaliá-las objetivamente para
determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.
Partindo-se da definição acima, podem ser feitas as seguintes considerações:
Processo Sistemático: ocorre periodicamente de maneira programada e
documentada.
Independente: A equipe de auditoria ou organização auditora não pode ter
responsabilidade sobre a atividade auditada.
Evidência da Auditoria: Registros, apresentação de fatos ou outras informações,
pertinentes aos critérios de auditoria e verificáveis.
Determinar: Função básica da auditoria, que visa analisar, verificar e relatar.
Critérios de Auditoria: Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos.
A auditoria da qualidade se aplica essencialmente, mas não limitada, a um sistema da
qualidade ou aos elementos deste, a processos, produtos ou a serviços. Tais
auditorias podem ser chamadas de auditoria de sistema da qualidade, auditoria da
qualidade, auditoria da qualidade do processo, auditoria da qualidade do produto e
auditoria da qualidade do serviço e auditoria ambiental.
É importante frisar que, a auditoria é uma atividade de coleta de informações, para
verificar o atendimento aos requisitos especificados. A auditoria procura “evidências
de conformidades” permitindo uma avaliação da necessidade de ações corretivas ou
de aperfeiçoamento, não devendo ser confundidas com atividades de “supervisão “ou
“inspeção”, executadas com o propósito de controle do processo ou aceitação do
produto.
As auditorias da qualidade devem ser executadas por pessoas que não tem
responsabilidade direta nas áreas a serem auditadas, mas de preferência e quando
possível, trabalhem em cooperação com o pessoal destas áreas. Isto é necessário
para assegurar a independência da auditoria, além de proporcionar imparcialidade e
credibilidade. Esta independência deve ser mantida, mesmo que para tanto se
considere apenas as atividades que estejam sendo auditadas.
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1.2 PRINCIPIOS DA AUDITORIA
A auditoria é caracterizada pela confiança em alguns princípios. Eles fazem da
auditoria uma ferramenta eficaz e confiável em apoio as políticas de gestão da
qualidade da empresa, e está subordinada aos seguintes princípios relacionados a
auditores:
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As evidências de não conformidade do SG, que serão verificadas em uma
Auditoria, consistem em elementos preciosos para prevenção e eliminação de falhas
O desenvolvimento de habilidades para a Auditoria interna pode ser utilizado para
auditar fornecedores e utilizar-se de meios para o desenvolvimento destes.
As auditorias são geralmente iniciadas por uma ou mais das seguintes razões:
Auditoria de Segunda Parte: Conduzida por uma organização sobre outra, em seu
próprio interesse. Como exemplo, podemos citar as auditorias de clientes em seus
fornecedores.
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Nota: Quando duas ou mais organizações de auditoria cooperam para auditar um
único auditado, isto é chamado de auditoria conjunta.
- Quais níveis devem ser auditados (até nível de execução?), quantos departamentos
e quais atividades estarão envolvidas.
- Critérios de confidencialidade;
Qualquer divergência com relação ao Plano de Auditorias deve ser resolvida antes do
início da auditoria (de preferência).
- Equipe Auditora:
Independente do fato de uma auditoria estar sendo executada por uma equipe, ou um
indivíduo, deve haver um auditor-líder encarregado do processo como um todo.
(lembre-se que, mesmo em pequenas empresas, é necessária a independência da
equipe auditora ou do auditor das atividades que estão sendo auditadas).
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- Sem perder a objetividade, registrar todas as observações e se possível, as causas
de quaisquer não-conformidades.
- Reunir, organizar e analisar as evidências relevantes e informa imediatamente à
gerência do auditado.
- Manter conduta ética e tratar toda informação obtida com restrita confidencialidade
- Auditor-Líder:
- Auditores:
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Os auditores são responsáveis por:
. Documentar as observações;
- Auditado
Cabe ao Auditado:
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4.1 – QUALIFICAÇÃO DE AUDITORES DE SISTEMA DA QUALIDADE
Definições
Auditor em Treinamento
Auditor Habilitado
Auditor Líder
Educação
Os candidatos a auditor devem ter educação em nível médio caso contrário devem ter
sua capacitação avaliada por uma banca de avaliação, implantada pela empresa e/ou
que possuem boa experiência na empresa.
Treinamento
Os candidatos a auditor devem ter feito um treinamento até um nível que assegure
sua competência nas habilidades necessárias para executar e gerenciar auditorias.
Um treinamento nas seguintes áreas deve ser considerado particularmente
importante:
Experiência
Atributos Pessoais
Capacidade Gerencial
Manutenção da Competência
Especialista
Seleção do Auditor-Líder
O auditor-líder para uma auditoria específica dever ser escolhido pela gerência
de um programa de auditoria entre auditores qualificados, levando em conta
sua experiência em auditoria para desenvolver os conhecimentos e habilidades
para executar sua função e a empresa pode até determinar um número mínimo
de auditorias para se tornar auditor líder.
Calmo Honesto
Imparcial Interessado
Mentalidade aberta Paciente
Pesquisador Estar treinado
Boa comunicação Pontual
Preparado Objetivo
Independente Consciente
Características de um mau auditor:
5.2 - PREPARAÇÃO:
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. Definição de guias para acompanhamento dos auditores, locais de reuniões da
equipe auditora, uso de instalações do auditado (escritórios, restaurante, etc.);
Em Auditorias Internas este item costuma ser suprimido, porém é uma boa
oportunidade de se verificar pontos de melhoria no Manual da Qualidade.
Podem ser utilizadas listas de verificação, para orientação dos auditores sobre os
tópicos a serem auditados, evitando assim que algum item não seja coberto pela
auditoria (abrangência da auditoria).
Deve-se ter o cuidado na utilização das listas, para que as mesmas não se tornem
uma restrição ao bom andamento da auditoria, e também evite que os auditores
fiquem presos determinado tipo de informação padronizada.
É recomendado, também, o uso de um caderno de anotações por parte dos auditores,
onde possam registrar as não conformidades e evidências encontradas, e demais
informações necessárias.
Outros documentos podem ser utilizados para auxiliar nos registros das observações,
registro das não-conformidades ou mesmo para se guiar na verificação da
documentação.
Durante a Auditoria de conformidade, o Auditor-Líder deve assegurar que:
. A abrangência da Auditoria está sendo coberta;
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. Os relatórios sobre não-conformidades estejam sendo elaborados com informações
claras e objetivas;
. Todas as não-conformidades estejam sendo relatadas, com base em evidências
objetivas;
. Os representantes da organização sejam informados de não-conformidades críticas;
. A Auditoria esteja sendo executada conforme planejado e, caso necessário realizar
uma redistribuição de trabalho para a conclusão da auditoria;
. Reuniões entre a equipe auditora e o representante da organização estejam sendo
realizadas conforme o planejado.
A equipe auditora deve se reunir antes da reunião de encerramento, para fechamento
dos relatórios, sendo abordados ainda nesta reunião:
. Dúvidas sobre duplicação de observações efetuadas, para casos de não-
conformidades aplicadas à mesma situação;
. Classificação das não-conformidades (se utilizado um critério para isso);
. Decisão sobre aprovação ou não do sistema, caso seja uma Auditoria de
Certificação ou homologação de fornecedor, por exemplo;
. Elaboração do Relatório final a ser apresentado à organização auditada.
5.5 - REUNIÃO DE ENCERRAMENTO:
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Em caso de auditoria temos, por exemplo, em pequenas organizações, a reunião de
encerramento pode consistir apenas em comunicar as constatações e conclusões de
auditoria.
MANUAL DA QUALIDADE
PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE
INSTRUÇÕES DETALHADAS
REGISTROS
POLÍTICA DA QUALIDADE:
Intenções e Diretrizes globais da organização relativas à qualidade, formalmente
expressas pela Alta Direção.
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OBJETIVOS DA QUALIDADE
Aquilo que é buscado ou almejado relativo à qualidade.
MANUAL DA QUALIDADE:
Documento que especifica o Sistema de Gestão da Qualidade de uma organização
Nota: Manuais da qualidade podem variar em detalhe e formato para se adequar ao
tamanho e à complexidade de uma organização.
PROCEDIMENTOS:
Documento que especifica como executar uma atividade ou um processo
Nota: Quando um procedimento é documentado, o termo “procedimento escrito” ou
“procedimento documentado”é geralmente utilizado.
OUTROS DOCUMENTOS:
Normalmente são os registros que irão comprovar que o sistema da qualidade está
operando. Serão consultados para verificar a conformidade com os requisitos, na
Auditoria de Conformidade.
Uma Auditoria de terceira parte é aquela realizada por uma entidade independente,
para definir até que ponto uma organização atende aos requisitos de uma norma ou a
um conjunto de regulamentos a ela aplicáveis.
A entidade que realiza a auditoria, normalmente chamada de Organismo Certificador
ou Entidade Certificadora, emite um certificado, indicando a aceitação da organização
auditada, como “Organização capacitada”, ou algo similar.
Os Certificados possuem um período de validade, normalmente de três anos, após o
qual, a organização é novamente auditada. Durante este período de validade, as
Entidades Certificadoras fazem auditorias periódicas, para verificar se a empresa
continua a atender os requisitos da norma. Estas auditorias periódicas podem cobrir
todos os itens da norma ou apenas alguns deles.
Se detectadas não-conformidades nestas auditorias periódicas, a organização
auditada deve elaborar um programa de ações corretivas, que serão acompanhadas
pela entidade Certificadora. Caso a organização não implemente as ações corretivas,
a entidade Certificadora pode cancelar a certificação e suspender o uso da marca em
embalagens e propagandas.
Os passos para uma auditoria de terceira parte são, normalmente os seguintes:
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4 - Envio de documentação para a entidade Certificadora, normalmente Manual da
Qualidade e alguns procedimentos que esta solicitar, para que seja realizada a
Auditoria de Adequação;
5 - Auditoria de conformidade, realizada por uma equipe de auditores;
6 - Registro das não-conformidades (caso sejam encontradas) e elaboração do plano
de ações corretivas;
7 - Auditoria de acompanhamento das ações corretivas.
8 - Se a empresa atendeu aos requisitos (totalmente) da norma, o auditor irá
recomendar a certificação à Entidade Certificadora.
. Quer levar você para almoçar naquele restaurante que fica a 10 km da empresa: Se
possível, acertar já na reunião de abertura, ou até antes, que o local almoço não deve
ser muito longe, de preferência na própria organização (um lanche não está
descartado);
. Em toda área que você chega, o encarregado quer lhe oferecer um cafezinho: Se
você tomar todos os “cafés” que lhe oferecerem, antes de terminar a auditoria, estará
passando mal, e provavelmente não conseguirá terminar a auditoria. Simplesmente (e
polidamente) recuse, e vá direto ao assunto;
. O guia sumiu (e todos da área auditada também): Você tenta voltar outra hora, se
possível (e tenta achar o guia também). Caso contrário anote no relatório a
impossibilidade de se auditar a área, e vá em frente;
. As áreas a serem auditadas são normalmente distantes uma das outras: Isto pode
causar desperdício de tempo. O ideal é programar a auditoria levando em
consideração as distâncias a serem percorridas (Isto pode ser feito utilizando-se de
um mapa da organização) e agrupar as áreas a serem visitadas por um mesmo
auditor. Isto pode diminuir o problema de grandes distâncias.
Inicie a auditoria com perguntas para “quebrar o gelo”, tipo: Quais processos são
realizados nesta área, e qual as responsabilidades principais do pessoal que atua na
área, quanto tempo está na empresa, etc. Isto faz com o auditado fique mais à
vontade para falar, e melhore o relacionamento com o auditor. Ajuda a amenizar o
sentimento de “perseguição” que normalmente toma conta dos auditados.
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Não é aconselhável ir abrindo armários e gavetas (até mesmo em auditorias internas).
Se quiser saber o que há dentro de determinado armário, ou sala, é melhor solicitar
para o guia ou para o auditado. Se ele desconversar, é sinal que alguma informação
importante pode estar sendo ocultada. Tente descobrir, mas se realmente a
informação ou acesso lhe for negado, anote o porque e inclua no relatório final..
É importante anotar tudo o que foi mostrado, inclusive as conformidades, pois serão
informações necessárias para a elaboração do Relatório final, e confirmação de que a
abrangência da auditoria foi alcançada e explique ao auditado a importância das
anotações.
8.4 PROCESSOS
A Norma ISO 9001:2000 incentiva a adoção Abordagem de Processo para o
desenvolvimento, implementação e melhoria da eficácia de um sistema de gestão da
qualidade para aumentar a satisfação do cliente por meio do atendimento aos destas.
Para uma organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que identificar e gerir
numerosas atividades interligadas. Uma atividade que usa recursos e que é a gerida
de forma a possibilitar transformação de entradas em saídas pode ser considerada
um processo. Freqüentemente a saída de um processo é a entrada para o próximo.
Várias podem ser as entradas, que também podem ser saídas, como por exemplo:
Registros, documentos, matéria prima, produto em elaboração, normas,
comunicações, etc...
Uma vantagem da abordagem de processo é o controle contínuo que ela permite
sobre a ligação entre os processos individuais dentro do sistema de processos, bem
como sua combinação e interação.
O auditor deverá focar nesses processos, e entende-los preferencialmente com base
no ciclo do PDCA. Deve verificar dentro de cada processo o conjunto de requisitos
para aquele processo (veja modelo de Lista de Verificação para auditar processo).
Analisar o que o processo deve agregar de valor a empresa e seus resultados,
levando em conta sempre a Eficácia no processo.
Quando usado em um sistema de gestão da qualidade, esta abordagem enfatiza a
importância de:
a) entendimento dos requisitos e seu atendimento;
b) necessidade de considerar os processos em termos de valor agregado;
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c) obtenção de resultados de desempenho e eficácia de processos, e;
d) Melhoria contínua de processos baseados em medições objetivos.
Ao auditar o processo determinado, analise o Mapeamento de Processos do SGQ da
empresa para conhecer as comunicações, interações, seqüência, suas entradas e
saídas.
Verifique também os resultados de desempenho do processo que a empresa
determinou (aquele da cláusula 8.2.3 da norma). Pois assim terá condições de avaliar
objetivamente se o processo agrega valor ao SGQ e se está alcançando os
resultados planejados.
Verifique se o processo cumpre suas atividades para as metas dos Objetivos da
Qualidade planejados pela empresa e assim atender a Política da Qualidade.
Responsabilidade
CLIENTE
da administração CLIENTE
Medição
Gestão de
Satisfação
análise e
Requisitos
recursos
melhoria
Legenda:
agregação de valor
informação
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Ao chegar as Seções para a auditoria de campo, o auditor deverá captar junto aos
auditados se as atividades e objetivos do processo são direcionados para cumprir
principalmente os requisitos de Foco no Cliente e Melhoria Continua (alem é claro dos
outros princípios).
Plan
a) Se Existe um Plano determinado do que fazer, como, quando, quem, onde
fazer e qual a razão do processo.(Procedimentos, entrevistas, Instruções de
Trabalho, Fluxos, objetivos da qualidade, métricas de desempenho do
processo, influencia nos resultados dos Objetivos da Qualidade e do
atendimento a Política da Qualidade, etc...).
Se Foram planejados resultados e critérios de aceitação.
Do
b) Se o Plano foi implementado como planejado
c) Existem evidencias objetivas da efetiva atividade implementada (registros,
respostas dos auditados, etc...)
Check
d) Se foram verificados os resultados da implementação ou realização (Como
confere, mede, inspeciona, testa, Analisa Dados, etc...)
Act
e) Se ocorreram ajustes, do tipo Ações Corretivas ou Preventivas, caso os
resultados não tenham sido os esperados e foram determinadas melhorias.
Em cada processo auditado deve incluir a busca de um ou mais resultados que
possam evidenciar o atendimento: da capacidade dos processos (8.2.3), do produto
(8.2.4) e satisfação do cliente (8.2.1) e melhoria continua (8.5.1)
Deverá fazer julgamentos se as metas tem sido atingidas, e se sim, buscar evidencias
das melhorias propostas; se não, requerer evidencias de que a empresa ou os
responsáveis pelo processo determinou ações e como estas estão sendo conduzidas.
A chamada Auditoria horizontal (no processo) é mais adequada neste tipo de auditoria
que a vertical (por itens da norma), pois o auditor poderá aproveitar sua estada no
local do processo e verificar também os outros itens da norma, tais como: Se os
registros estão controlados conforme procedimento, a Preservação do Produto, a
identificação e rastreabilidade, instrumentação de medição e monitoramento,
propriedade do cliente, etc...(veja modelo de Lista de Verificação).
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EXEMPLO DE AUDITORIA NO PROCESSO DE MATERIAIS
PLAN
Selecione um Material
Peça registros, procedimentos, controle de recebimento.
Senão tiver faça perguntas para conhecer como funciona.
Pergunte qual o Resultado que o processo deve ter (qual a razão deste processo?)
De onde vem e quais informações precisa?
Qual o prazo para entrega?
Quantidade Solicitada?
Características do Material?
DO E CHECK
Verifique se os registros (ou as evidencias) demonstram o atendimento
Se chegou no prazo, a quantidade correta, a qualidade do produto com suas
características descritas anteriormente
Se preenche os registros conforme determinado.
Se no momento estiver chegando material, acompanhe a execução.
ACT
Se não atendeu algum requisito qual a ação tomada? Devolveu, segregou, identificou,
aceitou, etc...
Onde registrou?
Abriu algum Relatório de Não Conformidade?
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A equipe auditora deve se reunir, quando necessário para analisar criticamente essas
constatações (incluindo conformidades e não-conformidades e evidências).
As constatações devem ser analisadas pela coordenação da auditoria para obter seu
reconhecimento de que a evidência de auditoria é preciso e que as não-
conformidades foram compreendidas.Qualquer opinião divergente deve ser
solucionada.
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colocados com sutileza, pois podem dar margem a discussões, se não
apresentados adequadamente.
O relatório deve ser datado e aprovado pelo auditor líder
A distribuição do relatório deve ser feita pelo auditor-líder, fornecendo uma cópia
deste relatório para o cliente, ou representante da área auditada, ficando sob
responsabilidade deste a distribuição de cópias adicionais.
O relatório de auditoria deve ser emitido o mais rapidamente possível, com o prazo
acordado entre equipe auditora e auditado. Caso não seja possível sua emissão
dentro do período previsto, deve-se comunicar o auditado sobre os motivos do atraso,
e determinado novo prazo de entrega, dentro dos critérios internos ou acordo entre as
partes os documentos de auditoria ficam retidos ou são destruídos. A todos os
envolvidos (equipe auditora, auditado) recomenda-se a não revelar para qualquer
outra parte o conteúdo de documentos, quaisquer outras informações obtidas durante
a auditoria ou o relatório da auditoria, sem a aprovação do cliente ou direção da
empresa, a menos que requerido por lei.
Um modelo de relatório encontra-se no anexo
CAPÍTULO 10 – NÃO-CONFORMIDADES
O termo não-conformidade está bastante difundido e utilizado hoje em dia, mas sua
utilização não é obrigatória. Podem ser utilizados outros termos, tais como,
discrepância, problemas, etc., porém, em nosso caso vamos utilizar a palavra não-
conformidade para efeito de estudo.
Uma não conformidade “maior” pode ser descrita como a ausência ou o colapso
completo de um sistema requerido. Um Sistema requerido pode ser definido como
uma subseção da norma em questão. Podem representar o impedimento à
certificação e estão sujeitas à reavaliação, após serem implementadas as ações
corretivas.
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As não conformidades podem ser relatadas de várias maneiras. Isto depende do
objetivo da auditoria (primeira, segunda ou terceira parte) da organização auditora
(interna ou externa) e do auditado.
1 - Uma descrição detalhada do que foi verificado pelo auditor, incluindo a evidência
objetiva. Dependendo da situação, pode-se solicitar que a observação seja assinada
pelo guia ou acompanhante da auditoria, para confirmar sua exatidão.
Evidência objetiva: Informação cuja veracidade pode ser comprovada com base em
fatos obtidos através de observação, medição, ensaio ou outros meios.
O Sucesso de uma auditoria depende muito das pessoas que serão auditadas e
principalmente do guia ou acompanhante do auditor.
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(procedimentos, instruções, etc.). É aconselhável para este casos que os guias
tenham um treinamento especial para conhecer detalhadamente estes pontos;
O guia pode questionar uma não-conformidade, não para discordar do auditor, mas
sim para verificar se a pergunta formulada foi bem entendida ou se o auditor não
entendeu a resposta ou se algum documento apresentado como atendimento a algum
requisito foi mal interpretado.
À medida que as não-conformidades forem sendo descritas, o guia deve, sempre que
possível, informar seu coordenador ou coordenador da área sobre esta não-
conformidade. Isto pode ajudar na solução do problema antes do término da auditoria.
O guia deve responder apenas o que lhe é perguntado, sem enfeites ou alongando
muito a resposta e mostrando documentos e registros desnecessários. Isto pode
causar desperdício de tempo e comprometer o bom andamento da auditoria.
. O auditor não está na sua empresa ou área por que quer. Alguém da sua própria
organização (provavelmente de nível hierárquico superior ao seu) solicitou-lhe que
fizesse este trabalho, e sua empresa está pagando para isso. Por isso, é dever de
todos da organização e principalmente do guia, ser o mais prestativo e cordial com o
auditor.
. O auditor tem uma tarefa difícil, tanto quanto à do guia. Por isso, deve ser respeitado
como profissional e ser humano, e receber a colaboração e todos.
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ANEXOS
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ANEXO 1
1. JULGAMENTO/AVALIAÇÃO:
Nunca julgue ou avalie sem antes ter conhecido perfeitamente os fatos.
2. INFERÊNCIA NÃO CRÍTICA:
Nunca infira conclusões, pensamentos, fatos ou idéias além daquelas informadas
durante a auditoria.
3. INTERFERÊNCIA NAS IDÉIAS:
Nunca atribua seus próprios pensamentos ou idéias ao seu interlocutor.
4. FALTA DE ATENÇÃO:
Não se permita distrair os pensamentos nem perder atenção ao que está sendo
dito ou mostrado.
5. ATITUDE:
Seja sempre aberto receptivo para os outros.
6. DESEJO DE OUVIR
Procure entender o que foi dito, não deixe seu coração guiar sua mente.
7. SEMÂNTICA:
Não interprete palavras ou frases de modo diferente daquele que o interlocutor
proferiu.
8. DESEJO DE FALAR EM EXCESSO:
Não se entusiasme com o som de sua própria voz ou a demonstração de seu
conhecimento.
9. FALTA DE HUMILDADE:
Lembre-se há sempre algo a aprender com os outros, não se considere tão bom
que não possa aprender algo com os outros.
10. MEDO: Não tenha medo de mudar.
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ANEXO 2
1) OBJETIVO
2) DEFINIÇÕES
3) RESPONSABILIDADES / PROCEDIMENTO
A freqüência das auditorias internas, deve ser definida pela soma dos três critérios,
(T = I + S + A) onde:
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O total (T) de pontos obtidos pela soma dos três critérios, deve fornecer então a
freqüência para a realização das auditorias internas, conforme tabela abaixo:
Símbolo Ação
P Planejada
D Adiada
A Antecipada
R Realizada
C Cancelada
E Encerrada (sem NC’s pendentes)
4) REFERÊNCIAS
5) REGISTROS
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ANEXO 3
2. Reunião de Início
• Apresentar os auditores
• Escopo e objetivos da auditoria
• Documentação da auditoria: Norma, Manual da Qualidade etc.
• Normas, Leis e Regulamentações do produto.
• Aprovação da Lista de Verificação da Rocha Consultoria pela empresa
• Lista de Presença Reunião de Abertura
• Definir não conformidade
• Confirmar local, horário e participantes da reunião de encerramento.
• Enfatizar a confidencialidade das informações
3. Execução da Auditoria
• Lista das pessoas entrevistadas
Todos os itens da norma auditados
• Existem pendências (desta mesma auditoria)?
4. Reunião de Encerramento
• Agradecer oportunidade de realizar auditoria
• Documentação da auditoria: Norma, Manual da Qualidade etc.
• Normas, Leis e Regulamentações do produto.
• Apresentar os resultados da auditoria
• Entrega da Lista de Verificação original, solicitar cópia da Lista de Verificação para preparação
do relatório.
• Confirmar data e responsável para envio do Relatório
• Lista de Presença da Reunião Final
•
5. Pós Auditoria
• Preparar relatório de auditoria
• Enviar relatório de auditoria, plano de auditoria e registro de auditoria para cliente
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ANEXO 4
RELATORIO DE AUDITORIA
Auditoria de Terceira Parte
Empresa Industrias Rocha Ltda.. No. O.S.
Local Principal Rua Boa Vista 62
Outros Locais -
Rep. da Direção Sr. José Fernando Franco da Rocha
Escopo Usinagem e Montagem de artigos metálicos
Identificação do MGQ Manual da Qualidade Emissão e Nº da 10/08/01
Revisão Revisão 1
Norma X ISO 9001 QS-9000
Tipo de Auditoria Pré auditoria Data da Auditoria 01 e 02/11/01
Auditor líder Fulano Auditor Beltrano
Especialista Sicrano Auditor Trainee Lofrano
Data da emissão da Lista de Verificação 01/01/01 Quantidade de RNC´s -
O sistema da qualidade das Industrias Rocha, foi avaliado contra os requisitos da norma ISO
9001/2000, usando-se como referência o Manual da Qualidade (edição de 10/08/01, revisão 1),
estabelecido pela empresa e nos procedimentos nele referenciados, através de uma auditoria
envolvendo 3 auditores em dois dias de trabalho, em suas instalações na Rua Boa Vista 62 -
Limeira – São Paulo – SP.
O relatório detalhado indicado abaixo foi resultado das evidências objetivas detectadas pela
amostragem adotada, com base nas quais pode ser caracterizado o atendimento ou não dos
requisitos normativos de adequação da documentação e/ou conformidade das atividades ao texto
especificado na mesma.
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Os elementos do sistema da qualidade das Industrias Rocha foram avaliados contra os requisitos
da norma ISO 9001/2000 de acordo com o plano de auditoria previamente estabelecido, o
detalhamento do resultado da avaliação em relação à cada elemento está indicado à seguir:
Responsabilidade da Direção
No item 5.5.2 do MQ, o Sr. José Fernando Rocha, Engenheiro da qualidade, foi designado
formalmente a Representante da Direção.
O procedimento 01.01 indica a rotina para análise periódica do sistema da qualidade, sendo
verificado o Relatório de Análise Crítica de 01/01/01.
− 1)Não foram definidos os objetivos para a qualidade como previsto no procedimento 01.03., e
item 5.4.1 da norma aplicável
Não conformidade
− 2)Não está indicado no MQ o método de planejamento da qualidade para produtos novos (item
7.1 da ISO 9001:2000) e como é assegurada a entrega de produtos conforme o especificado
pelo cliente. (item 7.5 da ISO 9001:2000)
3)O manual da Qualidade não faz referência aos procedimentos p02.02, conforme item 4.2.2 da
norma
ÁREA/PROCESSO: COMPRAS
7.4 – AQUISIÇÃO
Apresentado procedimento Aquisição. - Avaliação de fornecedores, Evidenciado aprovação via
Form Avaliação Desempenho de Fornecedores de: São Paulo, até julho/01 com 100 pontos e São
João até outubro/01 com 97,5 pontos.
Não Conformidade
Adquirido Matéria Prima de fornecedor São Pedro, não aprovado conforme procedimento, sendo que
tal compra não foi considerado de urgência.
ÁREA/PROCESSO: PRODUÇÃO
7.5.1 CONTROLE DE PRODUÇÃO
Verificado Plano de Produção – com verificação dos registros
Evidenciado produto XYZ 1220 inicio de agosto – com programação de estoque mínimo de 500 kg
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Evidenciada programação de setembro/outubro/novembro/031para cliente Atacadista Juju - SP
para 700 kg. do produto ZXY 1110.
7.5.3 IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE
A Rastreabilidade com número de lotes foi verificada e evidenciada – Lote da produção até o
estoque com nº correto – AA0301
7.5.5 PRESERVAÇÃO DO PRODUTO
Não Conformidade
Evidenciado na Produção manuseio produtos acabados em sacos plásticos furados e sujos e
caixas sem identificação colocadas diretamente no chão.
8.2.4 MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DO PRODUTO
Evidenciada medição dos produtos: XYU 1220 Dimensão do diâmetro lote AA 2301liberado –
sendo encontrados os valores dentro do planejado e registrados no Plano de Qualidade.
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ANEXO 5
Número (1)
RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADE E AÇÕES
CORRETIVAS/PREVENTIVA (RNCA)
Elaborado por (2): Setor (1.3): Data (1.4):
Referência (1.11):
CORREÇÃO APLICADA
Descrição da correção (2.1):
OBSERVAÇÕES:
43
AÇÕES CORRETIVAS PREVENTIVAS
Grupo de Análise (3.1):
Abrangência (3.3):
VERIFICAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO
Responsável (4.1):
Data (4.2):
Implantado?(4.3) SIM NÃO Assinatura
Observações (4.4):
Análise (5.4):
Assinaturas (5.5):
44
45
ANEXO 6 -
OBS :
ELABORADO POR : APROVADO POR :
Técnico da Qualidade Gerência
46
1
1
1
47
1
2
CONCEITOS
EFICÁCIA
Extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados são atingidos.
AUDITORIA DA QUALIDADE
Segundo a norma NBR 9000: 2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – fundamentos e vocabulário,
Auditoria é um processo sistemático, documentado e independente para obter evidência da auditoria e
avaliá-las objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.
ESCOPO DA AUDITORIA
Escopo da auditoria são os elementos do sistema da qualidade, locais e áreas e atividades
organizacionais que devem ser auditadas (Processos).
CRITÉRIO DE AUDITORIA
Critério de auditoria é usado como uma referencia contra a qual a conformidade é determinada e pode
incluir políticas, procedimentos, normas, leis e regulamentos, além dos requisitos do SGQ, requisitos
contratuais ou códigos de conduta do negócio ou setor. No caso de auditoria da qualidade baseada na
norma ISO 9001:2000 é um exemplo de critério de auditoria.
EVIDENCIA DE AUDITORIA
Registros, apresentação de fatos ou outras informações pertinentes aos critérios de auditoria e
verificáveis.
CONSTATAÇÕES DE AUDITORIA
Resultados da avaliação da evidencia de auditoria coletada, comparada com os critérios de auditoria.
CONCLUSÕES DA AUDITORIA
Resultados de uma auditoria, apresentado pela equipe de auditoria, após levar em consideração os
objetivos da auditoria e todas as constatações de auditoria.
OBJETIVO DA AUDITORIA:
De primeira (interna), segunda ou terceira parte.
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2