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Determinação da pressão especifica de

corte “KS”

Profº. Odir Camargo

Luiz Carlos Pereira da Silva

Fabricação Mecânica – Noturno

Sorocaba 12/06/2019
1. OBJETIVO

Realizar um ensaio de usinabilidade de curta duração, utilizando - se de duas


velocidades de corte (Vc = 100 e Vc = 150) e em dois tipos de materiais aço
SAE 1020 e aço SAE 1045, para verificar a influência dos mesmos sobre a
pressão especifica de corte. “o conhecimento das forças de corte é necessário
para a estimativa da potência requerida e para o projeto de máquinas
operatrizes, suportes e fixação de ferramentas, com rigidez adequada e livres
de vibração”. Além disso, a força de corte pode ser um importante indicador da
usinabilidade, constituindo um parâmetro importante na tomada de decisões
sobre o material a ser usado em determinada operação. Por convenção, as
forças de usinagem são consideradas como se fossem aplicadas pela peça
sobre a ferramenta, sendo a força resultante (tridimensional) chamada força de
usinagem.

Força de usinagem: força total resultante que atua durante a usinagem sobre a
cunha cortante. O fator de proporcionalidade (Ks) é denominado força específica
de corte
2. INTRODUÇÃO

A força de corte o principal fator no cálculo da potência necessária a usinagem.


Depende principalmente:

• material a ser usinado

• das condições efetivas de usinagem

• seção de usinagem

• do processo

A equação fundamental da força de corte (também denominada de equação


Kienzle) permite relacionar as constantes do processo de usinagem com o
material a ser usinado.

Conceitualmente esta independe do processo de usinagem.

Fc = Ks * A sendo: Ks (N/mm2): pressão específica


de corte.
A: área da seção de corte.

A = b*h = ap*f
sendo: b: comprimento de corte.
h: espessura de corte.
ap: profundidade de corte.
f: avanço.
Para este experimento, vamos determinar a pressão especifica de corte (Ks) em
função da velocidade de corte (Vc) e da potência solicitada do motor da máquina
ferramenta.
Potência de corte: Nc=(FCxVC)/60 [W]
Onde: NC = [W]
FC = [N]
VC = [m/min.]

Para o cálculo da Potência de corte, utiliza-se:


P= V*I *cos φ*η*(3^(1/2))
Onde:
P= Potência [W]
V= Tensão da máquina [Volts]
I = Corrente [A]
cos φ= Fator de correção
η= Rendimento
3.PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

• Medir a corrente necessária para acionar a rotação da placa [I1]

• Usinar um trecho dos corpos de prova, sob as condições pré-


estabelecidas e medir a corrente durante a usinagem [I2]

• Calcula-se então, P1 e P2 para cada corrente. A diferença entre as duas


potencia P1 e P2, temos a potência de corte.
Nc = P2 – P1 [W]
• A partir da Nc, calcula-se a força de corte (Fc). Para o calculo deve-se
analisar o seguinte:

Na relação proposta por Kienzle, o coeficiente “Ks1” e o expoente (1-z) são


validos somente se forem utilizadas as mesmas geometrias das ferramentas
dos ensaios realizados pelo autor (ângulos de inclinação [λ] e de saída [γ].

Na hipótese da não utilização da mesma geometria, torna-se necessária a


realização da correção da força principal de corte, da seguinte forma:

Para cada diferença de 1º (graus) nestes referidos ângulos, deve-se variar a


força entre1 e 2%. Esta variação poderá ser efetuada no sentido de aumentar
ou diminuir o esforço. A maior influência na força principal de corte se dá pelo
ângulo de saída [γ], o ângulo de inclinação [λ] só influencia se for um valor muito
grande.

O sentido de variação, podemos considerar da seguinte forma:


• Para ângulo de saída [γ] maiores que 6º, a Fc deve diminuir;
• Para ângulos de saída [γ] menores que 6º, a Fc deve aumentar.

Deve-se comparar os dados obtidos na nossa experiência com os dados obtidos
na experiência feita na Unicamp, conforme tabelas apresentadas por Ferraresi
em 1987, ou seja:
Ks= KS1/h^z
Ks1 = constante especifica de corte para o torneamento de uma secção de corte
de 1mm², ou seja, h = 1mm e b = 1mm.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

• Medir a corrente necessária para acionar a rotação da placa [I1]

• Usinar um trecho dos corpos de prova, sob as condições pré-


estabelecidas e medir a corrente durante a usinagem [I2]

• Calcula-se então, P1 e P2 para cada corrente. A diferença entre as duas


potencia P1 e P2, temos a potência de corte.

Nc = P2 – P1 [W]

• A partir da Nc, calcula-se a força de corte (Fc). Para o calculo deve-se


analisar o seguinte:

Na relação proposta por Kienzle, o coeficiente “Ks1” e o expoente (1-z) são


validos somente se forem utilizadas as mesmas geometrias das ferramentas
dos ensaios realizados pelo autor (ângulos de inclinação [λ] e de saída [γ]).

Na hipótese da não utilização da mesma geometria, torna-se necessária a


realização da correção da força principal de corte, da seguinte forma:

Para cada diferença de 1º (graus) nestes referidos ângulos, deve-se variar a


força entre1 e 2%. Esta variação poderá ser efetuada no sentido de aumentar
ou diminuir o esforço. A maior influência na força principal de corte se dá pelo
ângulo de saída [γ], o ângulo de inclinação [λ] só influencia se for um valor muito
grande.

O sentido de variação, podemos considerar da seguinte forma:

• Para ângulo de saída [γ] maiores que 6º, a Fc deve diminuir;


• Para ângulos de saída [γ] menores que 6º, a Fc deve aumentar.

Devem-se comparar os dados obtidos na nossa experiência com os dados


obtidos na experiênciafeita na Unicamp, conforme tabelas apresentadas por
Ferraresi em 1987, ou seja:

Ks1 = constante especifica de corte para o torneamento de uma secção de corte


de 1mm², ou seja, h = 1mm e b = 1mm.

γ efet. = γ pastilha + γ suporte γ efetivo= 17º + (-6º) = 11º Fator de correção: 11º
- 6º = 5º (1, 5% (entre 1 e 2%)) = 7,5º
Fc x Fator de correção = Fc x 0,925 = Fc corrigida
γ efet. = γ pastilha + γ suporte = γ efetivo = 17º + (-6º) = 11º Fator de correção:
11º - 6º = 5º (1, 5% (entre 1 e 2%)) = 7,5º

Fc x Fator de correção = Fc x 0,925 = Fc corrigida

3.EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MÉTODOS.

Máquina – Torno Romi Center 30D – CNC mach 9


Tensão de alimentação: Trifásico 220V
Potência do motor: Nm=15cv [11 Kw]
Fator de correção: cos φ = 0,78
Rendimento: η = 86%
Ferramenta – Suporte PWLNR2525 M06
Pastilha – WNMG060408 M03 TP3000
Instrumento de Medição – Alicate amperímetro digital
Materiais - AÇO SAE 1020 e AÇO SAE 1045

3.2. PARAMETRO DE USINAGEM


Em cada material, usinaremos:
Vc = 110m/min e 150m/min.
Avanços: a = 0,10 (mm/rot=.), a 0,20 (mm/rot.), a=0,40 (mm/rot.)
Profundidade de corte p= 1(mm)
γ = 6º
De acordo com a geometria da ferramenta o 𝝌= 95°.
3.3 MÉTODOS

Para cada avanço e para cada Vc, tomamos os valores de 3 correntes(I) e


efetuamos os cálculos abaixo:

SAE 1045
VC = 100 m/mm^2
a I1 I2 P1 P2 NC FC CAL. FC CORR. A KS h z ks1 ks
(mm/rot.) (A) (A) (W) (W) (CV) (kgf) (kgf) (mm^2) (mm) calculado teórico
0,1 3,4 5 869,0709 1278,046 408,9746 245,384736 226,9809 0,1 2269,809 0,0996 0,173 1522,959 1460
0,2 3,4 6,25 869,0709 1597,557 728,4859 437,091561 404,3097 0,2 2021,548 0,1992 0,173 1529,189 1460
0,4 3,4 8,5 869,0709 2172,677 1303,606 782,163846 723,5016 0,4 1808,754 0,3985 0,173 1542,601 1460
VC = 150 m/mm^2
a I1 I2 P1 P2 NC FC CAL. FC CORR. A KS h z ks1 ks
(mm/rot.) (A) (A) (W) (W) (CV) (kgf) (kgf) (mm^2) (mm) calculado teórico
0,1 3,4 7 869,0709 1789,264 920,1928 368,077104 340,4713 0,1 3404,713 0,0996 0,17 2300,301 1450
0,2 3,4 8,5 869,0709 2172,677 1303,606 521,442564 482,3344 0,2 2411,672 0,1992 0,17 1833,147 1450
0,4 3,4 11,7 869,0709 2990,626 2121,556 848,622212 784,9755 0,4 1962,439 0,3985 0,17 1678,298 1450
4.CONCLUSÃO

Concluindo a comparação de Ks1 calculado com o experimento de Kinzle


(Unicamp), podemos observar que os valores foram bem próximos, com
exceção dos valores da amostra SAE 1045, VC 100m/mm^2, uma possibilidade
para essa diferença de resultados seria uma erro na indicação do valor I1,no
entanto a experiência foi bem-sucedida.

Analisando os outros dados da tabela, foi possível observar que o valor do “Ks”
aumenta conforme se aumenta a dureza do material, Pois o mais duro 1045
exige uma força de corte maior que o 1020; também vimos que a medida que o
avanço e a velocidade de corte aumentam, o valor de “Ks” diminui.
5.BIBLIOGRAFIA PARA A REALIZAÇÃO DO RELATÓRIO

Conteúdo da aula de Tecnologia de Usinagem II de maio 2019:


Prof. Odir Camargo - Fatec Sorocaba.

Catálogo SECO para torneamento (FATEC Sorocaba)


6.ANEXOS

Catalogo SECO TOOLS

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