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Prof. Tiago J.

Santos
tiago.santos@ncee.com.br
1 - BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1980). NBR 6120 – Cargas para o


cálculo de estruturas de edificações. São Paulo.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2014). NBR 6118 – Projeto e
execução de obras de concreto armado. Rio de Janeiro.
• MACHADO, C.P. (1983). Escadas. (Notas de aula). São Paulo. FTDE.
• MANCINI, E. (1971) Escadas. (Notas de aula). São Carlos, EESC-USP.
• PINHEIRO, L. M. (1984). Escadas. (Notas de aula). Campinas, Faculdade de Ciências
Tecnológicas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
• PINHEIRO, L. M. (1993). Concreto armado: tabelas e ábacos. ed.rev. São Carlos, EESC-USP.
• ROCHA, A.M. (1974). Novo curso prático de concreto armado. 14.ed. Rio de Janeiro, Editora
Científica. v.3
2 – CARREGAMENTOS
Cargas a serem consideradas
• Peso Próprio (g0);
• Revestimento (g1);
• Carga variável de uso (q);
• Carga de parapeito ou Peitoril.

3 – ANÁLISE ESTRUTURAL
• Item já abordado em aulas anteriores
ELU – ESTADO LIMITE ÚLTIMO
4 – DIMENSIONAMENTO
Dimensionamento à flexão simples: Solução analítica

 md 
0,68.b.x.fcd .(d - 0,4 x) = md x = 1,25d 1 − 1 − 
 0,425bd 2 f cd 

md
Resulta: As =
f yd (d − 0,4 x)
4 – DIMENSIONAMENTO
Altura útil (d):
100 cm Conforme a figura, tem-se:

dx Asy dy ∅𝑥𝑥
𝑑𝑑𝑥𝑥 = ℎ − 𝑐𝑐 −
2
∅𝑦𝑦
Asx
𝑑𝑑𝑦𝑦 = ℎ − 𝑐𝑐 − ∅𝑥𝑥 −
2
dy c – cobrimento nominal
dx
h
φy
φx Cobrimento (mm) função da CAA
c CAA I CAA II CAA III CAA IV
Laje em CA 20 25 35 45
4 – DIMENSIONAMENTO
Escadas: Dimensionamento
Limites x/d (item 14.6.4.3 da NBR 6118:2014):
4 – DIMENSIONAMENTO
Armadura mínima (tabela 17.3 da NBR 6118:2014):
4 – DIMENSIONAMENTO
Armadura mínima (tabela 19.1 da NBR 6118:2014):
4 – DIMENSIONAMENTO
Laje sem armadura para força cortante (item 19.4.1 da NBR 6118:2014):

Atenção para casos especiais:

• Formulação válida para d ≤ 60 cm;


• Não utilizar para fck > 60 MPa;
ELS – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
COMBINAÇÃO DAS AÇÕES EM SERVIÇO

Para a verificação dos estados limites de serviço é necessária a utilização de combinações simultâneas
das cargas permanentes com as variáveis (acidentais), aplicados os coeficientes de redução ψ1 e ψ2, de
acordo com a verificação desejada.
Portanto, serão necessárias as combinações: Permanente, Quase permanente, Frequente e Rara das
ações.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

Ver Tabela 11.2 da Norma ABNT 6118:2014


5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO

ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÕES EXCESSIVAS (ELS-DEF)

Limitação dos deslocamentos em elementos estruturais sujeitos à flexão, a fim de garantir


boas condições estéticas e de conforto aos usuários, além de garantir a funcionalidade de
outros elementos relacionados, como a abertura de janelas e portas ou vibrações em lajes de
piso, por exemplo.
Maiores deslocamentos decorrentes do uso de concretos de resistências mais elevadas e
aço para armaduras com maiores tensões de escoamento, o que levou à possibilidade de
estruturas mais esbeltas e, portanto, sujeitas a maiores deformações.
Para vigas e lajes de concreto armado, o objetivo deste estudo, todos os cálculos dos
deslocamentos (flechas) se baseiam na Teoria da Resistência dos Materiais.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
PARCELAS DOS DESLOCAMENTOS

1) Deslocamentos imediatos: ocorrem logo após a aplicação do carregamento;


5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
PARCELAS DOS DESLOCAMENTOS

2) Deslocamentos diferidos: ocorrem ao longo do tempo de uso da estrutura (Derivam da


ação da retração e fluência do concreto).

Flecha diferida= Flecha final – Flecha imediata


5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

CÁLCULO E VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS


• Deve-se ter calculado o momento de inércia da seção no Estádio II puro (III);
• Utilizar as combinações quase permanente e rara das ações, além da ação isolada das
cargas permanentes.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

ELS-DEF: Efeito da Fissuração no aumento da flecha

I
f imediata = f elástico
Ie
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

ELS-DEF: Efeito da fluência

Critério simplificado da
NBR6118: 2014
f final = (1 + α f ) f imediata
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

1) Momentos fletores decorrentes das combinações das ações


Para os objetivos deste estudo serão consideradas apenas uma carga permanente (g) e uma variável (q).
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

2) Propriedades geométricas da seção (Ie)


5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

3) Coeficiente multiplicador dos deslocamentos imediatos (αf)


Este coeficiente é uma simplificação com a finalidade de obter os valores dos
deslocamentos diferidos a partir dos deslocamentos imediatos.

ξ é um coeficiente função do
tempo, que pode ser obtido
diretamente na Tabela 17.1
ou ser calculado pelas
expressões ao lado.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-DEF

4) Cálculo dos deslocamentos e verificação do ELS-DEF.


Serão verificados os dois limites mais comuns relacionados a aceitabilidade sensorial.

OBSERVAÇÕES: No caso de balanços o vão a ser considerado para a verificação deverá


ser o dobro do comprimento L.
Ambas as condições acima enunciadas devem ser satisfeitas simultaneamente, caso
contrário, esta verificação não estará atendida.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ESTADO LIMITE DE ABERTURA DE FISSURA (ELS-W)

Deve-se já ter calculado o momento de inércia efetivo da seção para a combinação frequente
das ações (IeF).
Para a verificação do Estado limite de abertura de fissuras deve-se utilizar a combinação
frequente das ações (CF).

ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W

OBERVAÇÃO: Devido à grande variabilidade dos fatores de influência envolvidos e da


necessidade de estudos mais aprofundados sobre o assunto, a própria norma reconhece que
esta verificação se trata de uma estimativa do comportamento da fissuração e não do cálculo
preciso da abertura real da fissura.
5 – ESTADO LIMITE DE SERVIÇO
ROTEIRO PARA CÁLCULO E VERIFICAÇÃO ELS-W (RESUMIDO)

1) Determinação dos parâmetros envolvidos (MF, fct, φLONG, σs);

Para considerar efeito de fluência pode-se


adotar Ecs=Es/15

2) Área do concreto de envolvimento (Acr), taxa de armadura de tração em relação a área de


concreto de envolvimento (ρr) e classe de agressividade ambiental (CAA);

3) Estimativa da abertura de fissura (menor valor entre w1 e w2) e verificação do ELS-W;


6 – DETALHAMENTO
Prescrições gerais (item 20.1 da NBR 6118:2014):
6 – DETALHAMENTO
Mudanças de direção das armaduras (item 18.2.3 da NBR 6118:2014):
7 – DETALHE TÍPICO

Para vãos pequenos

Para vãos grandes


7 – DETALHE TÍPICO

Esquema para escada em cascata


8 – EXEMPLO NUMÉRICO
Dimensionar e detalhar as armaduras para a escada plissada mostrada na
figura a seguir, dados:

Concreto: C25 (CAA II)


Aço: CA-50
c= 25 mm
Dimensões dos degraus:
e = 17cm; p = 30cm

Revestimento: 1,0 kN/m²


Sobrecarga: 2,5 kN/m²
Peitoril: 1 kN/m (lado interno)

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