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Alexandre Lorenzi
Mestre em Engenharia Civil – 2000 – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria.
Doutor em Engenharia Civil – 2009 – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – UFRGS.
Pós-doutor – 2012 – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – UFRGS.
Pós-doutorando – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – UFRGS.
Pesquisador do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME) da UFRGS.
Membro Fundador da Associação Brasileira de Patologia das Construções.
Diretor Financeiro da Associação Brasileira de Patologia da Construção - Biênio 2014-2016.
E-mail: <alexandre.lorenzi@ufrgs.br>.
1 O presente artigo foi publicado nos anais do 1º Congresso Brasileiro de Patologia em 2014 em Foz do Iguaçu,
promovido pela ALCONPAT-BRASIL.
Resumo
Breysse e outros (2009) lembram que a ava- à interrupção dos trabalhos logo após o início da
liação das condições do material de construção ampliação, esses elementos, parcialmente execu-
é um ponto fundamental quando se quer reava- tados, permaneceram expostos ao ambiente du-
liar as estruturas existentes, cujo material pode rante o período interveniente e, durante a retoma-
ter resultado em alguma perda de desempenho e da da ampliação da planta industrial já existente
alguma deterioração do nível de segurança. De- nas proximidades, havia interesse na utilização
terioração progressiva do desempenho também dos mesmos.
induz custos de manutenção importantes, como
para evitar a deterioração futura. Os efeitos do
END podem ser classificados da seguinte forma: 3 Ensaios
a. Para a detecção de um defeito ou uma varia-
ção de propriedades;
3.1 Ensaio Ultrassônico
b. Para proceder à classificação a respeito de
uma determinada propriedade, entre as vá-
No ensaio de velocidade de propagação do
rias áreas em uma estrutura ou entre várias
pulso ultrassônico (VPU), uma onda de som ul-
estruturas;
trassônica é projetada no material, sendo medida
c. Para quantificar essas propriedades, compa-
a velocidade de propagação da mesma, que vai
rando-as aos limites permitidos.
depender da natureza do material, da sua porosi-
Segundo Lorenzi (2009), acompanhando a
dade e da presença de vazios ou de água no siste-
tendência mundial, a aplicação de END vem cres-
ma de poros, entre outros fatores.
cendo em vários setores no Brasil. A engenharia
De acordo com Lorenzi (2009), este ensaio
civil ainda é um campo no qual a utilização dos
pode ser considerado como um dos mais promis-
END pode se desenvolver bastante, vindo a se
sores para a avaliação de estruturas de concreto.
constituir em uma importante ferramenta para
Através da sua utilização consegue-se realizar um
auxiliar os profissionais envolvidos no controle de
controle das variações da compacidade da estru-
suas obras.
tura, que pode ser associada a mudanças das suas
propriedades.
Segundo a ASTM E 114-95 (1995), o ensaio
2 Descrição do problema pode ser utilizado para controle da qualidade, de-
tecção de defeitos, medição de espessuras ou ca-
O presente artigo apresenta os resultados de racterização dos materiais constituintes do con-
um exame visual e de um conjunto de ensaios, creto. A presença de vazios causa o retardo das
incluindo métodos não destrutivos (de propaga- ondas, em função da baixa velocidade do som no
ção do pulso ultrassônico, esclerometria, carbo- ar. A interpretação está, portanto, baseada no fato
natação e avaliação dimensional de armaduras) de que o tempo de propagação dos pulsos ultras-
e semidestrutivos (extração de corpos de prova) sônicos pode ser correlacionado com a densidade
realizados em quatro elementos distintos de con- do material.
creto, de grandes dimensões, localizados na obra Uma das vantagens é que, por ser rápido e
de ampliação de uma indústria, no estado do Rio não destrutivo, o ensaios de VPU oferece a opor-
Grande do Sul. tunidade de fazer um controle total dos elementos
O objetivo principal consistiu em mapear a que compõem a estrutura e os resultados deste
homogeneidade e a resistência do concreto dos ele- tipo de análise podem ser usados para prognós-
mentos de interesse, coletando dados que permi- tico da qualidade ou para correção do processo
tissem avaliar comparativamente as características tecnológico.
dos mesmos e estimar sua resistência mecânica,
assim como coletar informações ligadas à durabi-
3.2 Esclerometria
lidade, pela medição da profundidade de carbona-
tação nos pontos de extração de corpos de prova.
As estruturas de concreto fazem parte de Esse é um dos mais antigos métodos END, e
um conjunto de elementos estruturais que foram se baseia no princípio da reflexão, sendo o grau de
construídos por volta do ano de 2008, quando se recuo de uma massa arremessada por uma mola
planejava iniciar a ampliação da fábrica. Devido padrão contra a superfície de concreto tomada
como um indicativo da resistência da camada su- reação leva para atingir a armadura depende de
perficial de concreto. Por ser pontual e de baixa vários fatores. Contudo, quanto melhor a qualida-
energia, o ensaio é sensível a variações localiza- de do concreto (menos poroso), mais lenta é esta
das, tais como a presença de uma partícula gran- reação. A espessura de recobrimento é um impor-
de de agregado logo abaixo do ponto de impacto tante fator para retardar a despassivação causada
(IAEA, 2002). pela carbonatação. No caso das estruturas em
O ensaio é classificado como um ensaio de questão, o projeto determinava um recobrimento
dureza e está baseado no princípio de que o rebote mínimo das armaduras de 50 mm.
de uma massa elástica depende da dureza da su- O ensaio de carbonatação é realizado para
perfície contra qual a massa é impactada. Segun- verificar a profundidade da “frente carbonatada”
do a recomendação ACI 228 (ACI, 2007), a ener- detectável por um marcador químico indicativo
gia absorvida pelo concreto pode ser relacionada do pH (normalmente uma solução de fenolftaleí-
com a sua resistência, embora essa relação seja na). Este ensaio fornece dados importantes para
afetada por vários parâmetros, tal como a idade estimar a resposta, em termos de durabilidade, da
do concreto e sua espessura carbonatada. estrutura à agressividade do meio em que se en-
As correlações entre o índice esclerométrico contra inserida.
e as propriedades do concreto são determinadas
empiricamente ou experimentalmente, sendo que
estimativas da resistência à compressão poderão 4 Avaliação das Estruturas
ser obtidas através de análise de tabelas ou curvas
fornecidas pelo fabricante do aparelho. Nesta avaliação foram realizadas quatro
verificações distintas, compostas pelos seguintes
3.3 Avaliação da carbonatação ensaios e/ou técnicas:
◆◆ ensaios de VPU, com o auxílio de um equi-
A carbonatação do concreto é uma das con- pamento emissor de ondas portátil;
dições essenciais para o início da corrosão das ◆◆ ensaios de esclerometria, utilizando-se um
armaduras, sendo o principal fator de degrada- esclerômetro tipo RN;
ção em estruturas de concreto armado em zonas ◆◆ extração de corpos de prova para verificação
urbanas com atmosferas não marinhas. de: espessura de carbonatação e de resistên-
Segundo Souza (1998), a carbonatação é um cia à compressão;
fenômeno que resulta diretamente da ação do ◆◆ inspeção visual dos elementos para verificar
dióxido de carbono (CO2), presente na atmosfe- possíveis fissuras, juntas de concretagem,
ra, sobre o cimento hidratado, com a formação afloramentos, corrosão, entre outros.
de carbonato de cálcio (CaCO3) e a consequente
redução do pH do concreto. 4.1 Ensaio de velocidade de propa-
A reação de carbonatação se inicia nas ca- gação do pulso ultrassônico
madas superficiais e avança progressivamente
para o interior do concreto, formando a chama-
O ensaio de VPU foi realizado de acordo
da “frente de carbonatação”, limite que separa o
com as recomendações da NBR 8802 (ABNT,
concreto com pH elevado da zona onde o pH cai
2013). Em função da dificuldade de efetuar medi-
para valores inferiores a 8,5. O filme protetor que
ções diretas (pelas grandes dimensões e espessu-
recobre o aço, também conhecido como passiva-
ras dos blocos), todos os ensaios foram efetuados
ção, é considerado estável desde que o pH se man-
de forma indireta, posicionando os dois transdu-
tenha em valores acima de 11,5, e em geral, existe
tores sobre a mesma superfície do elemento.
alcalinidade suficiente na massa de concreto para
O ensaio consistiu na realização de inúmeras
manter o sistema com pH acima de 12 (MEHTA;
leituras de determinação da velocidade de propa-
MONTEIRO, 2008).
gação dos pulsos ultrassônicos gerados pelo equi-
Entretanto, quando a frente carnonatada
pamento entre dois pontos localizados num grid
atinge a armadura, a redução do pH estimula a
de medição criado sobre a superfície das estrutu-
despassivação (perda da camada alcalina proteto-
ras. Para a realização das medições foram criados
ra) e estabelece as condições necessárias para iní-
grids nas faces dos elementos. O grid preferencial
cio de um processo de corrosão. O tempo que essa
utilizado em todas as leituras foi de 50 x 50 cm.
Na Figura 1 pode-se observar a execução das leituras do tempo de propagação da onda ultras-
sônica nas estruturas analisadas.
Os resultados das velocidades de propagação sônicas. Uma das escalas de categorização mais
de uma onda ultrassônica podem ser interpreta- usadas foi produzida pela IAEA, em 2002, e está
dos como indicadores de qualidade do concreto reproduzida na Tabela 1.
e alguns pesquisadores sugerem categorias para Tabela 1. Índices estimativos da qualidade do con-
caracterizar a qualidade do concreto em função creto em função da velocidade de propagação da
da velocidade de propagação das ondas ultras- onda ultrassônica.
Velocidade de propagação linear [m/s] > 4500 3500 a 4500 3000 a 3500 2000 a 3000 < 2000
Tendo em vista que vários fatores podem As variações de velocidade foram mapeadas
afetar os valores obtidos em um ensaio de VPU graficamente através da utilização de um softwa-
de um determinado concreto, tais como a presen- re de geração de curvas de nível, facilitando a vi-
ça de umidade, essas tabelas genéricas devem ser sualização das variações na homogeneidade, na
usadas com cautela. Contudo, as mesmas servem compacidade e na integridade estrutural de cada
como um referencial útil para analisar compara- elemento analisado.
tivamente resultados de ensaios de VPU.
As leituras de tempo obtidas durante os en- As Figuras 2 a 5 representam, graficamente,
saios de VPU foram transformadas em leituras as imagens obtidas após o processamento dos da-
de velocidade através da divisão da distância en- dos coletados para a estrutura P1.
tre os pontos de medição pelos valores de tempo.
A partir dos ensaios de VPU pode-se con- da junta de concretagem, com zonas pontuais de
cluir que as estruturas apresentaram homogenei- concreto mal adensado. Foi sugerida uma peque-
dade condizente com concreto de boa qualidade, na intervenção no trecho para melhoria da condi-
com pontos localizados de baixa velocidade que ção da estrutura.
podem indicar problemas pontuais de concreta- Na Face C (figura 8) foram detectadas re-
gem na junta, mas que não se constituem em uma giões com baixa VPU próximas a uma fissura en-
necessidade de intervenção. contrada no exame visual, mas sem necessidade
As Figuras 6 a 8 representam, graficamente, de intervenção. Em alguns pontos do bloco foram
as imagens obtidas após o processamento dos da- verificados descascamentos do concreto nos pon-
dos coletados para a estrutura P2. tos onde haviam barras transpassadas no bloco
A partir da análise dos dados de VPU da Face para a fixação das fôrmas, o que gerou pequenos
A (Figura 6), concluiu-se que a estrutura apresen- pontos com menor compacidade.
tava problemas de homogeneidade na zona acima
de prova de concreto. Em cada ponto foi desenhado Os resultados foram processados de acordo
um pequeno grid para aplicação dos nove impac- com as recomendações da norma supracitada,
tos recomendados pela norma, conforme pode ser para obtenção dos índices esclerométricos em
observado na Figura 9. Os ensaios foram efetuados cada ponto.
sempre pelo mesmo operador, utilizando o apare-
lho perpendicular à superfície de concreto.
A Figura 11 (a) ilustra alguns dos corpos de prova extraídos e já preparados e a figura 11 (b) ilustra o
ensaio de uma das amostras.
Figura 11: (a) corpos de prova extraídos (b) ensaio de compressão uniaxial efetuado em laboratório.
Na Tabela 3 são mostrados os resultados de segundo a NBR 7680 (ABNT, 2007), para os refe-
resistência à compressão obtidos, e já corrigidos ridos corpos de prova.
Tabela 3. Resultados de resistência à compressão dos pontos avaliados.
CP extraído fc projeto
Identificação Estrutura
(MPa) – 30 MPa –
P1-1 (face B) BLOCO P1 65,5 + 118%
P1-2 (face B) BLOCO P1 63,7 + 112%
P1-3 (face A) BLOCO P1 48,9 + 63%
Extração
Analisando os resultados obtidos pode-se A espessura carbonatada (sem cor) das amos-
afirmar que o concreto das estruturas atende a tras extraídas possui, em média, cerca de 3,0 mm,
especificação, uma vez que as resistências à com- o que permite concluir que o concreto utilizado
pressão registradas são superiores ao valor de pro- apresenta boa qualidade, uma vez que, passados
jeto (30 MPa) em 100% dos pontos extraídos. aproximadamente cinco anos desde a sua constru-
ção, as estruturas atingiram até o momento uma
4.3.2 Avaliação da Carbonatação frente carbonatada de aproximadamente 1/20 do
recobrimento de projeto. Se for considerado um
crescimento linear da frente de carbonatação
Aproveitando partes das regiões extraídas,
(projeção pessimista visto que o fenômeno tende a
foi realizado o ensaio de carbonatação em canteiro.
diminuir na medida em que a frente de carbona-
Tomou-se o cuidado de analisar as amostras extraí-
tação avança), a despassivação das armaduras em
das nas zonas que não foram lavadas pela água du-
zonas não fissuradas pode levar mais de 100 anos
rante o processo de extração dos corpos de prova.
para ocorrer.
Ademais, as amostras foram partidas, realizando-
se o ensaio nas partes internas das mesmas.
A Figura 12 ilustra o ensaio de carbonata-
ção (aspersão de solução indicadora de pH) em 5 Conclusões
uma das amostras de concreto extraída de um
dos blocos. A zona onde a cor fica rosada, após Os resultados dos ensaios realizados indi-
a aspersão da solução de 1% de fenolftaleína, é cam que os elementos estruturais analisados não
aquela que mantém o seu pH elevado, ao passo apresentaram diferenças em termos de homoge-
que a zona sem alteração de cor é considerada a neidade e compacidade. De acordo com os resul-
zona carbonatada. tados dos índices esclerométricos e de resistência
à compressão dos corpos de prova extraídos, há essa razão, considerando-se os resultados obtidos
indícios de que a resistência do concreto supera nos ensaios realizados, pôde-se afirmar que o
a resistência de projeto. A investigação a respeito concreto de todos os elementos analisados apre-
da condição do concreto nas estruturas eviden- sentou características similares e as estruturas fo-
ciou claramente a potencialidade dos referidos ram consideradas adequadas para a continuação
ensaios para checar as condições das estruturas das obras de ampliação.
de concreto.
Apesar de algumas regiões apresentarem,
de acordo com o ensaio de ultrassom, pequenas Referências
diferenças de compacidade em relação às outras,
essas diferenças, não indicam que haja compro- AMERICAN CONCRETE INSTITUTE. ACI 228.1R-
metimento das estruturas e não justificam uma 03: In-Place Methods to Estimate Concrete Strength.
maior intervenção nas mesmas. Já a análise dos In: MCP 2007 – ACI Manual of Concrete Practice,
resultados da esclerometria, mesmo que apenas ACI Committee 228. Detroit: 2007, 44p.
indicativa, evidenciou a boa qualidade do concre- AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MA-
to em todos os trechos analisados, sem indicar zo- TERIALS. ASTM E 114-95: Standard Practice for
nas com resistência inferior à de projeto. Os dados Ultrasonic Pulse-Echo Straight-Beam Examination
obtidos nos ensaios dos corpos de prova extraídos by the Contact Method. In: Annual Book of ASTM
indicaram boa qualidade do material, com 100% Standards, Vol. 03.03: Nondestructive Testing. West
dos resultados obtidos estando acima da resistên- Conshohocken: 1995, 920 p., p. 12-15.
cia especificada em projeto, corroborando os da- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-
dos obtidos na análise de ultrassom e nas leituras CAS. NBR 8802: Concreto endurecido — Determinação
de esclerometria nos mesmos pontos. da velocidade de propagação de onda ultrassônica.
A avaliação de determinação da espessura Rio de Janeiro, 2013.
de carbonatação não evidenciou nenhum tipo de ______. NBR 7584: Concreto endurecido — Avaliação
problema de deterioração avançada do concreto, da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão —
tão pouco de fenômenos corrosivos acelerados. O Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2012.
nível de carbonatação encontrado nas estruturas ______. NBR 7680: Concreto - Extração, preparo e
avaliadas é condizente com concreto de ótima ensaio de testemunhos de concreto. Rio de Janeiro,
qualidade (baixa porosidade), o que tem garanti- 2007.
do a proteção das armaduras. BREYSSE, D.; SOUTSOS, M.; FELICETTI, R.;
A análise conjunta dos diferentes métodos KRAUSE, M.; LATASTE, J.; MOCZKO, A. How
utilizados forneceu informações suficientes sobre to improve the quality of concrete assessment by
o concreto das estruturas analisadas, indicando a combining several NDT measurements. In: Non-De-
posição de falhas e de vazios. Os graus de compa- structive Testing In Civil Engineering (NDTCE
2009), 2009, Nantes. Proceedings... Paris: Confédéra-
cidade encontrados, mesmo que indesejáveis sob
tion Française pour les Essais Non Destructifs, 2009.
o ponto de vista técnico, são aceitáveis e comuns
na manufatura do concreto, principalmente em BUNGEY, J. H.; MILLARD, S. G. Testing of Concrete in
blocos de grandes volumes, como no caso. Por Structures. 3. Edição. Glasgow: Chapman & Hall, 1996.
Abstract
Concrete is a widely used material to build elements in construction. Because of this, it has become a
growing concern about the knowledge of its state of deterioration and structural safety, which stimu-
lates the search for methods to evaluate built and in use structures quickly, safely and reliably. Many
of the structures, which form a vital part of civil infrastructure of many countries, are approaching
the end of their design lives and the evaluation by nondestructive testing (NDT) and semi destructive
methods becomes a quite attractive and viable strategy research. Experiences accumulated by LEME
Research Group, of Federal University of Rio Grande do Sul – UFRGS/Brazil, indicate that the appli-
cation of NDT, combined with semi destructive tests, may contribute significantly to the assessment
and control of quality of concrete structures. This paper presents a real case of using a combination of
these tests on the evaluation of reinforced concrete structures that would be used to expand an indus-
trial plant. The results showed that the methods used were effective to determine the structural safety
of the elements assessed and release them for use.
Keywords: NDT. Concrete structures. Structures evaluation.