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04/03/2020

Universidade De Santa Cruz do Sul


Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação
ENGENHARIA CIVIL

Patologia das Estruturas


de Concreto

Introdução ao estudo das Manifestações Patológicas

Durabilidade e Vida Útil das Estruturas


Lucas A. Reginato
Material de aula cedido pelo Prof. PhD. Luiz Carlos Pinto da Silva Filho / Luciane F. Caetano

1. IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DE


PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

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Patologia das Construções

 PATHOS + LOGOS

 Área técnica da engenharia civil especializada no estudo


dos mecanismos de deterioração de estruturas e
construções, no diagnóstico de suas manifestações e na
definição de tratamentos.

 “Área que estuda as ‘doenças’ das construções, suas


causas, formas de manifestação e de evolução”

PATOLOGIA
Medicina Engenharia
Parte da medicina que Parte da engenharia que
estuda as doenças, suas estuda os sintomas, o
origens e naturezas mecanismo, as causas e
as origens das deficiências
das construções

TERAPIA
Medicina Engenharia
Parte da medicina que Parte da engenharia que
se ocupa da cura e trata das correção dos
tratamento das doenças problemas patológicos
apresentados pelas
construções

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Objetivos da Patologia e da Terapia das


Construções
Aspectos importantes da tecnologia dos materiais e das técnicas
de bem construir.

Fornecer subsídios para o planejamento das construções:

• Especificar materiais
• Técnicas de construção
• Como analisar uma construção com danos, estabelecendo procedimentos
para correção

Apresentar procedimentos adequados para a terapia das


construções.

ENFERMIDADE

SINTOMATOLOGIA • Fissuras
(MANIF. • Corrosão
PATOLÓGICA) • Desagregação

ESTUDO DO • Análise de tensões • Análise esclerométrica


ENFERMO • Análise química • Prova de carga
(HISTÓRICO) • Análise ultrassônica • Outros

• Localização do problema
DIAGNÓSTICO • Sintoma e mecanismo
• Agente causador

PROGNÓSTICO • Prever a evolução e o término do problema

PRESSIMISTA OTIMISTA • Correção


• Reparos
• Recuperação
• Reforço
DEMOLIÇÃO TERAPEUTICA

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OBJETIVOS

• Desenvolver procedimentos adequados para a


recuperação/proteção de estruturas deterioradas
ou expostas a ambientes agressivos.

Intervenções Inadequadas
Falta de conhecimento técnico do
Podem ser a funcionamento de estruturas e
gota de água mecanismos de degradação!!!!!!
que derruba
uma estrutura
em condições
de risco

Capão da Canoa

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Ciclo de vida de uma edificação

Concepção

Demolição Projeto

Uso/
Execução
Manutenção

Inspeção x Manutenção
Avaliação de Estruturas
Técnicas de Inspeção
Concepção Diagnóstico Tomada de decisão
Projeto
(...)

Terapia Prognóstico

Riscos
Desempenho
Opções de
Custos Intervenção
Priorização atividades
Decisão
Planejamento e programação

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Meio
Uso Ambiente

Material

Natural
Perda de Envelhecimento
Desempenho
ao Longo do
Tempo
Acelerado
Patologia das Construções
Mecanismo de
Degradação Não MANIFESTAÇÕES
Considerado em PATOLÓGICAS
Projeto

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Avaliação de
ESTRUTURA
Estruturas
EXISTENTE
Acabadas Manifestações
Patológicas

IDENTIFICAR O
MECANISMO DE
DEGRADAÇÃO

Terapia das Construções


DEFINIR
RESTAURAR INTERVENÇÃO
DESEMPENHO

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Mecanismo/Fenômen
Nº Sintoma Causa Origem
o
→ Fissuras do concreto
→ Carbonatação do → Projeto/Execução
concreto
Corrosão de → Reação expansiva do
1
armaduras ferro com O2 e H2O
→ Projeto/Materiais/Execução
→ Agentes agressivos →
Projeto/Materiais/Execução/Uso

→ Sobrecargas
→ → Flechas excessivas
2 Deformação excessiva Projeto/Materiais/Execução/Uso devidas à deformação
lenta
→ Peso próprio → Projeto/Materiais/Execução

→ Reação ácali-agregado
→ Materiais
→ Álcalis do cimento → Reações químicas de
Descamação, esfoliação, → Projeto/Materiais
→ Agregado reativo expansão
3 desagregação e →
→ Agentes agressivos → Movimentação
expansão Projeto/Materiais/Execução/Uso
→ Fogo, altas temperaturas térmica, reações químicas
→ Projeto/Uso
expansivas

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Nº Sintoma Causa Origem Mecanismo/Fenômeno

→ Sobrecarga
→ Ação de momento fletor
Fissuras ativas na vertical → Variação de temperatura → Projeto/Materiais/
→ Dilatação térmica
→ Variação de U.R. Execução/Uso
4 → Projeto/Materiais/
Execução → Retração e expansão do
Fissuras ativas inclinadas → Sobrecarga concreto
→ Cisalhamento ou torção
Fissuras passivas na
→ Momento fletor excessivo
vertical
e temporário
→ Sobrecarga → Uso → Esforços de cisalhamento
Fissuras passivas
ou torção temporários
5 inclinadas

Fissuras passivas
→ Retração por secagem
superficiais → Uso → Execução
superficial

→ Altura de lançamento
Ninhos, segregação e → Separação física dos
6 → Excesso de armadura → Materiais/Execução
execução constituintes do concreto
→ Falta de adensamento
→ Colônias de micro-
7 Manchas → Fungos e bactérias → Projeto/Uso
organismos

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Sintomas
Corrosão de

Deformação

Desagregaçã

Mecanismo/
Esfoliação
armadura

excessiva

Ninhos e
Manchas
Fissura

Nº Origem Causa
Fenômeno
o

Colônia de micro-
Bactérias, fungos, X X
organismos

1 Concepção Baixa ventilação e isolação Condensação/ponto de


X X
térmica orvalho

Rigidez excessiva Esforços de tração X


Cisalhamento, torção,
Carga subestimada X X
flexão
Subestimar: movimentação de Retração, expansão e
X
estrutura dilatação térmica
2 Projeto
Superestimar tensão
Recalques X X
admissível do solo
Separação dos
Excesso de armadura X X
constituintes do concreto
Agregado graúdo com Não preenchimento do
X
dimensão excessiva molde
Excesso de água Carbonatação/porosidade X X X X
3 Materiais
Agentes agressivos Reações químicas X X X
Baixa de capacidade
Resistência insuficiente X X
portante

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Sintomas

Ninhos e Manchas
Desagregação
Corrosão de

Deformação
Mecanismo/

Esfoliação
armadura

excessiva
Nº Origem Causa

Fissura
Fenômeno

Lançamento
Separação dos constituintes X X
inadequado

Adensamento
Separação dos constituintes X X
insuficiente
4 Execução
Cura insatisfatória Dessecação superficial X X X

Junta de concretagem Baixa aderência X X

Sobrecargas Flexão, torção, cisalhamento X X

5 Uso Agentes agressivos Reações químicas X X

Bactérias, fungos Colônias de micro-organismos X X

→ Correspondência entre origem, causa, mecanismo e sinto patológico das estruturas de concreto

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Localização das Manifestações


Patológicas mais Frequentes

EXECUÇÃO
- Ninhos
- Alinhamento CQ
- Fissuras
- etc

USO
- Ninhos
- Alinhamento
- Fissuras
- etc

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Gênese dos Processos Patológicos

INGLATERRA Concepção 4% DINAMARCA


Uso 8% BÉLGICA
Concepção 1% Concepção 8%
Execução 23% Uso 9%
Projeto 47%
Uso 10% Projeto 35%

Materiais 18% Execução 22%


Projeto 49%
Execução 29%

Materiais 25%
Materiais 11%
ROMÊNIA
Concepção 11%
Concepção 8% ALEMANHA Uso 11%
Projeto 37%
Uso 11%
Projeto 37%
PORTUGAL Execução 19%

Materiais 22%
Execução 30% PROJETO: 37 a 47%
Materiais 14% CONCEPÇÃO: 1 a 11%

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Origem Mais Provável das Falhas

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84 % até os 5 anos

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Origem dos Processos Patológicos


Erros na fase de projeto
Erros na fase de construção
HUMANA Problemas de manutenção
Mau uso da edificação
(alteração de uso e sobrecargas excessivas)
Localização inadequada da edificação

Incêndios
Terremotos
Tufões / tornados NATURAL
Enchentes
CESP / São Chuvas com granizo
Paulo
1987

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Origem dos Processos Patológicos

• Métodos de cálculo inadequados;


• Erros de cálculo;
Erros na fase
• Concepção estrutural inadequada;
de projeto
• Avaliação errada das ações atuantes;
• Hipóteses de cálculo equivocadas.

 MATERIAIS
• Baixa qualidade;
• Sem especificações;
Erros na fase • Sem controle de qualidade.
de construção  EXECUÇÃO
• Mão de obra de baixa qualidade;
• Técnicas construtivas inadequadas;
• Sem fiscalização.

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Origem dos Processos Patológicos


Problemas de • Total de descaso com a manutenção;
• Ausência de uma política de
Manutenção
manutenção.

• Modificações da disposição dos


ambientes (reformas);
Mau uso da • Mudança de uso (com introdução de
edificação sobrecargas):
• Armazenamento de produtos
perigosos (explosões, incêndios).

• Construções em áreas de risco


Localização (deslizamentos, alagamentos);
• Construções em áreas industriais
inadequada da
(poluição atmosférica, explosões,
edificação
inundações)

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Prevenção de Processos Patológicos

atender às normas de
desempenho, código
PLANEJAMENTO de obras e
CONTROLE DA CONSTRUÇÃO

regulamentos
atender às normas e
PROJETO documentos prescritos
CONTROLE
DE
QUALIDADE produzir e receber
MATERIAIS o especificado

fazer cumprir o
EXECUÇÃO projeto

assegurar a adequada
USO
utilização do produto

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Custo (aparente) das


Manifestações Patológicas

Pós-Obra

CQ/Empresa

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Lei de SITTER

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Construções são sistemas complexos

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Intervenções Inadequadas
Podem ser a Falta de conhecimento técnico do
gota de água funcionamento de estruturas e
que derruba
mecanismos de degradação!!!!!!
uma estrutura
em condições
de risco

Capão da Canoa

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Subdivisões da Patologia das


Construções

Por tipo de material


Concreto Madeiras
Armado
Alvenaria Plásticos
Concreto

Aço

Por funcionalidade

Instalações Estrutura Fundações

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Campos de estudo

 Patologia das instalações


 Patologia dos revestimentos
 Patologia das Fundações
 Patologia das Alvenarias
 Patologia das impermeabilizações

PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CA

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2. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE


DURABILIDADE E VIDA ÚTIL

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Construções que envelheceram


bem...

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Outras nem tanto

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Durabilidade - cada vez mais percebida


como valor positivo

 Sustentabilidade
 Valor Econômico
 Satisfação do Usuário
 Etc...

Preocupação relativamente recente


20 anos atrás – não estava explícita nas normas ou práticas de projeto
Pouco desenvolvimento teórico – Vanderley John
Base conceitual ainda se consolidando

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Durabilidade....
Vida Útil....
Manutenção....
Conservação

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O que é durar...
MANTER AS PROPRIEDADES NO TEMPO

Depende do
Ambiente!!!!

Resposta ou comportamento que depende das


Características do material x Características do ambiente de exposição
NÃO É UMA PROPRIEDADE DO MATERIAL

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Problema

 Durabilidade é
relativa....

Silva Filho, Caetano, Reginato

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Definição Conceitual

O que significa ser durável?

Dicionário Aurélio:

Capacidade de durar, podendo se expressar sob três formas:

- não se gastar depressa


- continuar a existir
- conservar-se em determinado estado, com as mesmas qualidades

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Definições Bibliografia
Neville (1975):
capacidade de resistir às condições para as
quais foi projetado, sem deterioração, por
muitos anos
Calleja (1986):
conceito amplo e complexo, que necessita ser
bem definido com relação ao contexto.
Capacidade de um material de manter o seu
bom comportamento e desempenho em
condições de segurança, sob as condições
previstas de serviço, durante o tempo previsto
de duração

Flauzino (1988):
Capacidade de manter as propriedades ao
longo do tempo, sob condições normais de uso

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Definições Bibliografia

Silva Filho (1994):

capacidade de um produto de satisfazer, durante um período de


tempo previsto na sua concepção, as exigências a ele impostas,
sejam estas de origem técnica ou subjetiva (satisfação do
usuário), quando exposto a um meio ambiente previamente
determinado.

55

Definição CEB/FIB

Model Code 1990

As estruturas devem ser (concebidas) projetadas,


construídas e operadas de tal forma que, sob
condições ambientais (e de uso) esperadas, elas
mantenham segurança, funcionalidade e aparência
aceitáveis durante um período de tempo (previsto e
acertado com o cliente) sem altos custos de
manutenção e reparo (maiores que os estimados).

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Definição NBR 6118

Capacidade da estrutura resistir às influências


ambientais previstas e definidas em conjunto pelo
autor do projeto estrutural e pelo o contratante,
no início dos trabalhos de elaboração do projeto.

Silva Filho, Caetano, Reginato

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Proposição

Material Meio Ambiente

Durabilidade

Uso

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Durabilidade x Ambiente

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Fim da Durabilidade??

Corrosão

Qual espessura admissível?


Consigo medir adequadamente?
Quando “acabou” a durabilidade?

 CONCEITO COMPARATIVO E RELATIVO


 CONCEITO DIFÍCIL DE USAR VIDA ÚTIL
DIRETAMENTE EM PROJETO

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Incertezas...

Qual ambiente considerar?

Quanto tempo define boa durabilidade?

O que necessito para satisfazer as expectativas do


usuário?

E se satisfaço parcialmente?

Como lidar com materiais compostos?

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Qual o efeito de proteções?

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O que é durabilidade?

1. Tempo entre o princípio e o fim de uma


coisa

2. Qualidade ou estado daquilo que dura


certo período de tempo

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Tentando Entender o Conceito

Durabilidade

Material TEMPO Meio Ambiente

Uso

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Conclusões: Durabilidade

- Conceito qualitativo
- Depende de condições específicas
- Só tem sentido de forma comparativa

Posso falar em durabilidade do concreto armado?

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Questões

o importante é promover a maior


durabilidade possível???

Em parte...

Perdurar, desde que mantendo função...

OBSOLESCÊNCIA

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O conceito de Vida Útil

John (1987):
nenhum material é intrinsecamente durável, a
agressividade do ambiente e esforços atuantes é
que vai determinar a taxa de deterioração e,
conseqüentemente, a vida útil do material;

67

Vida Útil

Cerca
UTILIDADE
Poste de Concreto FUNÇÃO
SERVICEABILITY
Viga
Regime
de
Uso
Condição Limite:
Ruptura
Estética
Lascamento
Perigo aos usuários

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Vantagens de se estender a VU…

Ambientalmente correto

VIDA UTIL Economicamente atraente

Socialmente responsavel

Exceto quando obsolescência funcional

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Qual a vida útil mínima de projeto a adotar?

Vida Útil Tipo de Estrutura


< 10 anos temporárias
> 10 anos subtituíves
>30 anos ed.industriais e reformas
> 60 anos ref. públicas e ed. novos
>120 anos obras públicas e edifícios

BS 7543/92 - Guide to Durability of Buildings and Building


Elements, Products and Components

Silva Filho, Caetano, Reginato

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Problema: Definição da Vida Útil


de Projeto Mínima

Pavimentos ~ 20 anos (U.S.)


Autobahns > 50 anos (1000)
Pontes > 50 anos
Termoelétricas ~ 25 – 30 anos (obsolescência competitiva)
Computadores ~ 2-5 anos (obsolescência)
Edificações Residenciais Térreas - ??? (trickle down)

NBR 6118 – Cobrimento ~ 50 ANOS – ACORDADO COM O CLIENTE

Norma de Desempenho : 50-75 anos (estrutura)

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Vida Útil

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Vida Útil

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Vida Útil Superior

Silva Filho, Caetano, Reginato

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Projetos Especiais

Storaebelt Link Construção: 1988-1998


(Dinamarca) 2 pontes + 1 Túnel

Vida Útil de projeto: 120 anos

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Durabilidade x Vida Útil

UTILIZAÇÃO

MEIO VIDA ÚTIL


AMBIENTE

Edifício residencial de múltiplos


pavimentos. Fonte: Revista Téchne

Durabilidade

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Base Conceitual

Edificação
SISTEMAS VIDA ÚTIL
Ponte

Condições de
USO/FUNÇÃO
Utilização

Pavimento Pilares

Juntas

Condições de
Aço Exposição
Concreto Armado DURABILIDADE
Concreto
Não é propriedade!!
MATERIAIS

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Resumindo..

DURABILIDADE MATERIAL
(x MEIO AMBIENTE)

SISTEMA
(um ou mais materiais)
VIDA ÚTIL x USO
x Função
x DESEMPENHO

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 Caso se considere um patamar mínimo de desempenho


abaixo do qual o edifício não mais cumprirá de forma
adequada as suas funções, deve-se então evitar que a
deterioração natural provoque uma queda suficiente para
atingir esse nível mínimo

As intervenções servem
para elevar o patamar de
desempenho, mesmo
considerando as quedas
residuais, retardando a sua
chegada ao patamar
mínimo exigido.

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Intervenções Inadequadas
Não vale esconder o
problema!!!

ISSO NÃO É
MANUTENÇÃO!!!!!!

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40
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Evolução Simultânea de Danos


Desempenho
Corrosão

Fadiga

Degradação
das Juntas

Vida Útil FALHA

Tempo

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Evolução Simultânea de Danos


Substituição
Desempenho

Corrosão das Juntas

Degradação
das Juntas

Fadiga

> Vida Útil FALHA

Tempo

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Gerenciando a Vida Útil:


Consorciando Materiais
Uso de proteções
(Pintura/Revestimento)

V.U. Pintura + V.U. Viga C.A. = V.U. ESTRUTURA

Durabilida Durabilidade
de Tinta Concreto /
Aço

83

NBR 6118
 7.7 Medidas especiais
 Em condições de exposição adversas devem ser tomadas medidas especiais de
proteção e conservação do tipo: aplicação de revestimentos hidrofugantes e
pinturas impermeabilizantes sobre as superfícies do concreto, revestimentos de
argamassas, de cerâmicas ou outros sobre a superfície do concreto, galvanização
da armadura, proteção catódica da armadura e outros.

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Atenção aos cuidados básicos


Controle do Cobrimento

JUDICIALIZAÇÃO
NBR 6118 (2003) – Aumento do cobrimento
Classe de agressividade
ambiental
I II III IV
Cobrimento nominal (mm)
Laje 20 25 35 45
Viga/
25 30 40 50
Pilar

Modelo 2,7 anos – Xc = 0,5


simples de
carbonatação 11 anos – Xc = 1 C
Xc =k √t com
k =0,3 (bom 25 anos – Xc = 1,5
concreto)
44 anos – Xc = 2

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Dificuldades associadas à adoção de


uma visão de projeto para Vida Útil

 Abordagem normativa recente – Faltam critérios para projetar


/ controlar a Vida Útil de Projeto
 Falta discussão / consenso sobre condições limites / nível de
confiabilidade aceitável
 ISO/fib MC: para definir VUP necessito:
 Definir período de tempo mínimo esperado de duração
 Condições limite (de serviço e utilização)
 Chance máxima aceitável de atingir a condição limite antes do tempo

DEMANDA URGEN TE de
Métodos de Ensaios Normalizados para
Qualificação/Certificação/
Controle do Desempenho
Dos materiais de Construção quanto à durabilidade

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Desafio: Entender formas de deterioração para


evitar/minimizar falhas e definir tratamentos adequados

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3.VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS


EDIFICAÇÕES PELA NORMA DE
DESEMPENHO

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E o desempenho???

Todo material se degrada


com o passar do tempo!!

Estruturas feitas daquele material são afetadas

Perdem funcionalidade, segurança, etc...

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Curva Desempenho no Tempo:


Essência do Processo de Construção

Desempenho Processo de perda de desempenho no tempo

Limite Mínimo
de Desempenho

Falha

Tempo
Vida Útil
Controlar o processo de perda de desempenho e prevenir falhas
durante um tempo que justifique os recursos investidos

90

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Mudança Paradigmática
3a. Revolução
da Qualidade
na Construção
BIM
AUDITORIA
Civil
DE PROJETO

(Foco: Qualidade
Normas de
do Produto)
INSPEÇÃO
e
REFORMA

DESEMPENHO

AVANÇOS EM
PESQUISAS
1ª - ISO 9000
SOBRE
MATERIAIS E
2ª - PSQ
TECNICAS DE
MANUTENÇÃO

91

Mudança de Paradigma

A REVOLUÇÃO
DO Cadeia Produtiva
DESEMPENHO (fabricantes de
materiais, arquitetos,
2013 projetistas, construtores,
consultores, peritos,
usuários, etc)

Entrada em Vigor da
Norma de Desempenho
NBR 15.575/13

92

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Afirmação da Cultura de Desempenho

MAIO 2010
MARÇO 2013 JUNHO 2013

ABR 2013
FEV2014

ABRIL 2013
MAIO 2013
JUNHO 2013

93

Desempenho
ABNT NBR
EVOLUÇÃO 15575/2013

ABNT NBR
15575/2008
Cultura do Desempenho

SINAT /
2007

Cartilhas
Desempenho/2000

Primeiras Publicações no
Brasil/ 1970

Experiências
internacionais

94

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Estrutura da NBR 15.575


PARTE 1
Requisitos gerais

PARTE 6 PARTE 2
Sistemas Sistemas
hidrossanitários estruturais

PARTE 5
PARTE 3
Sistemas de
Sistemas de piso
cobertura

PARTE 4
Sistemas de
vedação vertical

95

Classificação dos Critérios de


Desempenho - NBR 15.575

SEGURANÇA HABITABILIDADE SUSTENTABILIDADE

• Segurança estrutural • Estanqueidade • Durabilidade


• Segurança contra • Desempenho • Manutenibilidade
incêndio acústico • Adequação
• Segurança no uso e • Desempenho Ambiental
operação térmico
• Desempenho
lumínico
• Saúde, higiene e
qualidade do ar
• Funcionabilidade e
acessibilidade
• Conforto tátil

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Desempenho

Carga
manutenção
QUERO QUE ME DÊ
SEGURANÇA

QUERO QUE ME Ventilação


PERMITA VIVER DE
FORMA CONFORTÁVEL

RESISTIR
QUERO QUE Pressão solo
PERMANEÇA EM (hidrostática)
CONDIÇÕES DE USO Umidade

DURANTE A MINHA
VIDA

Fonte: LORENZI, 2013

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Revisão de conceitos

1. Desempenho estrutural
2. Segurança contra incêndio
3. Segurança no uso e operação
4. Estanqueidade
5. Desempenho térmico
6. Desempenho acústico
Fadiga
7. Desempenho lumínico
8. Saúde, higiene e qualidade do
Desplacamento / Isolamento
ar
9. Funcionalidade e acessibilidade
Transmissão de Ruído
10. Conforto tátil
11. Durabilidade
Conforto
12. Manutenabilidade
13. Adequação ambiental
Lajes Planas de Grandes Vão
Esbeltas / Vibração

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Norma de Desempenho

IMPORTANTE MUDANÇA DE PARADIGMA – POSITIVO PARA A


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
NORMA GUARDA-CHUVA

 Segurança Estrutural
Normas Específicas Detalhadas
 Segurança contra Incêndio
 Conforto Termo-Acústico Procedimentos usados para
avaliação de sistemas
 Estanqueidade
construtivos
 ... Processo de “Consensuação”
 Durabilidade e
Corpo Normativo Incipiente
Manutenibilidade ou Inexistente

99

Definição das condicionantes de projeto necessárias para


estimar/definir a VUP de forma a garantir o atendimento à
norma de desempenho

 Esclarecer como avaliar o desempenho de cada


subsistema;
 Definir condições de exposição e uso a serem
consideradas;
 Definir condição limite de desempenho (para cada
mecanismo de degradação e subsistema)

Diretriz Na ausência desse acerto


Definição conjunta (cliente-construtor-
projetista) das condições a adotar para Perigo de judicialização
estimativa da V.U. de projeto

100

50
04/03/2020

ABORDAGEM DE NORMA

101

Aquilo que não tem a mesma vida útil do edifício como um


todo precisa ser substituído periodicamente ou passar por
manutenção (ter condição para isso).

102

51
04/03/2020

103

Silva Filho, Caetano, Reginato

104

52
04/03/2020

Silva Filho, Caetano, Reginato

105

Manual de Uso e Manutenção


 O que deve conter?

 Para que serve?

106

53
04/03/2020

NBR 14.037 - Manual de operação uso e manutenção das


edificações

 Manual de operação, uso e manutenção:

 “documento que reúne apropriadamente todas as


informações necessárias para orientar as atividades de
operação, uso e manutenção da edificação”.

 Ainda segundo essa norma, entende-se por operação


atividades a serem realizadas para controlar o funcionamento
da edificação, por uso, as atividades normais realizadas pelos
usuários dentro das condições ambientais adequadas e, por
manutenção, as atividades realizadas para conservar ou
recuperar a capacidade funcional da edificação.

107

54

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