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Aula 1: introdução, conceito,

atitude do engenheiro

Leila Cristina Meneghetti


Francisco Paulo Graziano

março de 16 PEF-2503 1

Introdução
Projeto de estruturas

segurança

funcionalidade

durabilidade

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DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS

Condições do ambiente
circundante

Propriedades do
material

Uso

Helene, 1993

despassivação Mínimo de projeto

manchas
Desempenho

fissuras Mínimo de serviço


destacamentos

Redução de secção Mínimo de ruptura

Perda de aderência

Vida útil de projeto


Vida útil de serviço 1
Tempo
Vida útil de serviço 2
Vida útil última ou total
Vida útil residual
Vida útil residual

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Vida útil

PATOLOGIA
DAS ESTRUTURAS

Durabilidade Desempenho

• Patologia das construções é o estudo


sistemático dos defeitos das construções, bem
como seus sintomas, causas, origens e
mecanismos.

• Terapia é a atitude que tem como fim a


correção da causa e da manifestação
patológica.

• O dano apresentado é a manifestação


patológica.

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Visão geral (1)
• A atividade de projeto e de execução na
recuperação de estruturas danificadas é
diversa da orientada à execução de novas
estruturas.
São restrições do tipo:
– geométrico (acesso),
– mecânico e tecnológico

que influenciam de forma decisiva na solução da


intervenção.

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Visão geral (2)

 Tendo em vista estas circunstâncias,


determinadas atitudes, já incorporadas à cultura
do engenheiro não habituado à atividade da
recuperação estrutural, deverão ser revisitadas de
forma a não interferir negativamente no resultado
do trabalho.

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NORMALIZAÇÃO
Não existe até o momento uma normalização
brasileira para o projeto e execução de uma
recuperação estrutural.
Nestas condições, a tendência de quem se
depara com a necessidade de definir um reforço
estrutural é a de adotar as normas de projeto e
execução de estruturas (novas) como base e
referência para procedimentos de
dimensionamento e execução dos reforços.
Tais atitudes podem resultar tanto em
soluções muito seguras quanto muito inseguras.

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ANÁLISE DE RISCO E SEGURANÇA

Como se sabe, no estado atual do


conhecimento, a segurança estrutural é abordada
através do método semi-probabilístico, o qual procura
estabelecer critérios de dimensionamento e verificação
em situações denominadas de estados limites (ELU ou
ELS), considerando, sempre que possível, a dispersão
estatística das grandezas que influem nas verificações
estabelecidas.

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Assim, materiais que caracterizam uma
distribuição de resistências mais dispersa serão objetos
de maiores coeficientes de minoração (gm), de forma a
garantir uma confiabilidade requerida que foi
convencionada e considerada pelo meio técnico como
adequada.
Como é de se esperar, estes coeficientes são
também influenciados por fatores de difícil controle tais
como: a qualidade da aplicação dos materiais,
imprecisões geométricas de execução, qualidade e
confiabilidade dos resultados de controle de qualidade
em ensaios, etc...
Numa estrutura existente, diversos destes fatores
são conhecidos ou factíveis de serem, mudando, desta
forma, o grau de incertezas e portanto alterando a
relação de segurança.
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S Cond. de Proj. R

Sd = Rd

r, s
0 mS mR

Ação Característica Sk Resistêcia Característica Rk


gS gR

Condição típica
gS · Sk <= gR · Rk
de segurança :

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Cond. de Proj.
S R
Sd = Rd

0 mS mR r, s

Ação Característica Sk Resistêcia Característica Rk


gS gR

Condição típica
de segurança : g S · Sk <= g R · Rk

Da figura acima, define-se como margem de


segurança (M) a diferença entre os valores médios das
duas distribuições de frequência, f(R) e f(S), é possível
notar que para manter-se a probabilidade de ruína em
níveis esperados (área hachurada da figura)

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Portanto, na análise de estruturas sujeitas a


recuperação se faz necessário conhecer
melhor a dispersão das variáveis e
estabelecer novos coeficientes de
ponderação mais adequados a cada
situação.

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ESTADO TENSIONAL DA
ESTRUTURA NO MOMENTO DO
REFORÇO

Como em sua grande maioria as estruturas a


serem reforçadas encontram-se sob carga, o
dimensionamento do reforço deve considerar as
deformações iniciais dos materiais existentes a fim
de que estes materiais não entrem em colapso por
excesso de deformação sem que o material
aplicado como reforço tenha atingido os níveis
esperados de desempenho.

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Como exemplo poderíamos imaginar uma peça


solicitada à compressão centrada e que foi danificada.

Supondo que a solicitação residual da seção


crítica deste elemento desenvolva uma deformação
de encurtamento de 0,15%, sabendo-se que o
material existente entrará em colapso com 0,20% e
sendo o material, a ser utilizado como reforço, de
mesma natureza do existente, este deverá
desenvolver a resistência necessária para: (0,20-
0,15)%, ou seja, 0,05%, muito abaixo dos 0,20%
considerados como limites, ou seja muito antes de
que o material existente entre em colapso.

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Origens dos problemas patológicos

Defeitos Alemanha Bélgica Dinamarca Romênia Pernambuco*

Projeto 40,1% 49,0% 36,6% 34,0% 43,0%

Materiais 29,3% 22,0% 22,2% 24,2% 4,0%

Execução 14,5% 15,0% 25,0% 21,6% 42,0%

Uso 9,0% 9,0% 8,7% 12,2% 11,0%

Outros 7,1% 5,0% 7,5% 8,0% --

*ANDRADE e DAL MOLIN (1997)

DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE
DANOS SEGUNDO O TIPO DE
EDIFÍCIO
GALPÕES
32%

14%
32% 36% ED.RESIDENCIAIS
18%

36%
18% ED. NÃO
RESIDENCIAIS

14%
ED. INDUSTRIAIS

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DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS DE
DANOS, DEVIDOS AO PROJETO

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Distribuição de manifestações
patológicas pelo tipo de elemento

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Distribuição das patologias, em
estruturas de concreto, segundo o tipo
de dano

Fissuras

Oxidação das
•22% armaduras
•20% Ruptura do concreto
62%

•8% Ataque ao concreto


11%
15%
Deformações
excessivas
Outras

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