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ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
1
Entende-se por patologia das estruturas o estudo dentro do
campo da engenharia sobre o mecanismo das falhas dos
conjuntos estruturais e sobre o deterioração da estrutura, as
origens, causas, formas de manifestações e suas consequências
sobre o fato da estrutura não apresentar mais o desempenho
inicial, que seria o mínimo pré-estabelecido (SOUZA; RIPPER,
1998).
2
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA DETERIORAÇÃO
4
1 DEFINIÇÕES
1.1 PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS
MANCHAS
FISSURAS DO CONCRETO
MÍNIMO DE SERVIÇO
DESTACAMENTOS
PERDA DE ADERÊNCIA
A POROSIDADE
PERMITE A ENTRADA
DE AGENTES AGRESSIVOS
AO CONCRETO E AS ARMADURAS
ÁGUA DE EXSUDAÇÃO
CANAIS
CAPILARES
BARRA DE
AÇO
EXSUDAÇÃO
SOB O AÇO
EXSUDAÇÃO
SOB AGREGADOS
MAIOR
PROBABILIDADE
DE FISSURAS
MENOR
MENOR
RESISTÊNCIA
DURABILIDADE
MECÂNICA
ADAPTAÇÃO DO FLUXOGRAMA DO
PROFESSOR JOSÉ DE FREITAS JR.
MATERIAIS CONSTRUÇÃO - UFPR
DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS
DE CONCRETO ARMADO
PROJ. ESTRUTURAL
E DETALHAMENTO
CURA
COMPOSIÇÕES
(TRAÇOS)
(CARACTERÍSTICAS)
MATERIAIS
ADENSAMENTO E
LANÇAMENTO,
• RISCO DE COLAPSO;
• ERRO DE PROJETO;
• FALHAS DE EXECUÇÃO;
• UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE BAIXA QUALIDADE OU FORA
DA ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO;
• ALTERAÇÃO DE LAY-OUT (UTILIZAÇÃO);
• AUMENTO DE SOBRECARGA;
• ENSAIOS DE CONTROLE TECNOLÓGICO COM RESULTADOS
INSATISFATÓRIOS;
• PROVA DE CARGA – RESULTADOS INSATISFATÓRIOS,
DÚVIDAS QUANTO AO DESEMPENHO (TEÓRICO X PRÁTICO).
2.2 OBRAS DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
• EQUIPAMENTOS APROPRIADOS.
SIM NÃO
LIMITAR
RECUPERAR REFORÇAR
UTILIZAÇÃO
28
IMPACTO - ACIDENTE
IMPACTO - ACIDENTE
3.2 PRINCIPAIS MECANISMOS DE
DEGRADAÇÃO DAS ESTRUTURAS
- CORROSÃO DO AÇO
Retração plástica
Perda De água
Corrosão do aço
Sobrecarga
Estruturais Fluência
Cargas de cálculo
Erosão em canaletas de ETA
Agressividade do meio ambiente
O concreto proporciona às armaduras uma dupla
proteção.
• Capa passivadora formada meio alcalino do concreto
• Uma barreira física que separa o aço do contato direto
com o meio ambiente que contém elementos agressivos
ao aço
Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão das armaduras ou
Carbonatação concreto
Corrosão Fissuras
Armadura
Concreto
Mecanismos de corrosão
Corrosão química:
Também denominada oxidação, é provocada por uma
reação gás-metal, isto é, pelo ar atmosférico e o aço,
formando compostos de óxido de ferro (Fe2 O3). Este
tipo de corrosão é muito lento e não provoca
deterioração substancial das armaduras. Como exemplo,
o aço estocado no canteiro de obra, aguardando sua
utilização sofre este tipo de corrosão.
Corrosão eletroquímica ou eletrolítica
Também denominada corrosão catódica ou simplesmente
corrosão, ocorre em meio aquoso é o principal e mais
sério processo de corrosão encontrado na construção
civil.
Corrosão eletroquímica ou eletrolítica
1. Presença de um eletrólito
• Sais dissolvidos do cimento, (CaOH2), (CO2),
pequenas quantidades de ácido carbônico.
• Quantidades pequenas de íons cloreto (Cl-), íons
sulfatos (S--), dióxido de carbono (CO2), nitritos
(NO3-), gás sulfídrico (H2S), amônia (NH4+),
óxidos de enxofre (SO2, SO3), fuligem, etc., .
• A velocidade da corrosão em regiões industriais,
orlas marítimas, poluídas, etc. são mais elevadas,
devido a maior concentração de elementos
agressivos.
Corrosão eletroquímica ou eletrolítica
2. Diferença de potencial
Qualquer diferença de potencial entre dois
pontos da armadura, causada por diferença
de umidade, concentração salina, aeração ou
por tensão diferenciada na armadura pode
criar uma corrente elétrica entre dois
pontos. As partes que possuem um potencial
menor se convertem em ânodo e as que
possuem um potencial maior se convertem em
cátodo.
Corrosão eletroquímica ou eletrolítica
3. Presença de oxigênio
4 Fe + 2 H2O + 3 O2 FeOOH
Cátodo
Ânodo
Cátodo
Ânodo
Corrosão do aço
oxigênio,
cloretos umidade
Fissura
METAL
E2
METALURGIA
CORROSÃO
ENERGIA ENERGIA
COMPOSTO
(MINÉRIO)
E1
Fe2+
Cl-
aço e-
Capa passivadora
Corrosão é mensurável
Umidade ambiental
• A presença de umidade é imprescindível para a ocorrência das
reações de oxidação das armaduras, pois intervém no processo
catódico de redução do oxigênio. Além disto, é necessária para a
mobilidade dos íons no processo eletrólito.
• Em um concreto seco, a
resistividade elétrica é tão
elevada que impede que a corrosão
se produza. Por outro lado, quanto
maior é a quantidade de água no
concreto, menor será o valor de
resistividade elétrica e mais
elevada poderá ser, a princípio a
velocidade de corrosão.
Fatores que afetam e desencadeiam a corrosão das armaduras
ou concreto
Sulfatos
• O íon sulfato (SO4-2) pode estar presente nas
águas industriais residuais, em forma de
solução diluída de ácido sulfúrico, nas águas do
subsolo, nos esgotos, etc.
• O sulfato pode degradar o cimento, reagindo com o
hidróxido de cálcio Ca(OH0)2, formando o gesso,
que por conseguinte reage com o aluminato de
cálcio do cimento (C3A), formando sulfoaluminato
de cálcio hidratado (etringita). Esta reação é
expansiva, gerando elevadas tensões internas, que
fissuram o concreto.
Desintegração
Ataque por Sulfatos
Formação e
cristalização em
um poro do
concreto de
trissulfoaluminato
de cálcio (etringita
expansiva).
Ataque por Sulfatos
Ataque por Sulfatos
ETE Ataque de sulfatos
-DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO
FISSURAS E TRINCAS
[CaCO3]
REGIÃO CARBONATADA
ANAMNESE – O QUE É?
- MÃO-DE-OBRA ESPECIALIZADA;
- EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS PARA CADA TIPO DE
SERVIÇO;
- MATERIAIS ESPECÍFICOS;
- DEMOLIÇÕES E REMOÇÃO DE INSTALAÇÕES EXISTENTES;
- BAIXA PRODUTIVIDADE;
- DEMORA NA INTERVENÇÃO (PREVENTIVA OU CORRETIVA).
LEI DE SITTER
140
125
T1 = PROJETO
CUSTOS
120
T2 = EXECUÇÃO
100 T3 = MANUTENÇÃO PREVENTIVA
T4 = MANUTENÇÃO CORRETIVA
80
60
40 25
20
5
0
T1 T2 T3 T4
PERÍODO DE TEMPO
84
UMA EDIFICAÇÃO NUNCA ESTARÁ CONCLUÍDA APÓS ENTREGA,
MANUTENÇÃO.
87
Os produtos das usinas de aço podem ser divididos em produtos laminados,
que são por exemplo chapas e perfis laminados, e em trefilados, que são por
exemplo os fios trefilados e cabos).
Além desses dois tipos citados, existem os perfis estruturais que são obtidos
através da dobra ou solda. Levando em consideração o objeto de estudo
deste trabalho e que os principais materiais usados como elementos
estruturais são chapas, perfis laminados, barras e perfis estruturais, apenas
estes serão citados.
88
89
Corrosão úmida de um aço carbono em um eletrólito
contendo oxigênio: o mecanismo eletroquímico. Este
processo, aqui simplificado, é conhecido como corrosão
úmida, e expõe um mecanismo tipicamente eletroquímico.
Formas Usuais de Proteção das Estruturas Metálicas
97
MADEIRA
Com o tempo foi necessário a criação de escoras
para apoiar as peças inclinadas. Para maior
aproveitamento do espaço, as estruturas foram
se adaptando e dando início aos primeiros
conjuntos de vigas e pilares.
100
Utilização da madeira na construção civil atualmente
• Construção civil pesada externa:
Estacas marítimas, pontes, postes, dormentes
ferroviários, estruturas pesadas em geral;
101
Utilização da madeira na construção civil atualmente
• Construção civil pesada interna:
Vigas, caibros, ripas, pranchas e tábuas para cobertura.
Tipos de madeira: Parajú, Angelim, Itaúba, Angico-preto,
Eucalipto e Taipá.
102
Utilização da madeira na construção civil atualmente
• Construção civil leve estrutural:
Andaimes, escoramentos e formas para concreto,
ripas e caibros utilizados em partes secundárias da
estrutura de cobertura.
103
Utilização da madeira na construção civil atualmente
• Construção civil interna leve decorativa:
Forros, painéis, lambris
104
• Construção civil leve em esquadrias:
Portas, janelas, caixilhos.
105
• Construção civil assoalhos domésticos:
Tábua corrida, tacos, tacões e parquetes.
Tipos de madeira: resistentes ao fluxo de pessoas
(Ipê, Pau-Amarelo, Peroba-Rosa, entre outras).
106
• A resistência da madeira Alburno
relacionada com a posição na
estrutura fisiológica no tronco
Alburno: parte viva do tronco.
Possui células menos
resistentes.
Cerne: constituído de células
mortas. Possui durabilidade e Cerne
resistência mecânica.
107
Concreto armado x Madeira
Materiais Concreto Armado Materiais Madeira
• Cimento; • Madeiras;
• Madeira (descartável);
• Pregos;
• Pregos;
• Parafusos; • Parafusos.
• Arame;
• Vergalhões
• Areia;
• Brita;
• Água;
• Aditivos;
• Acabamentos.
108
Tipos de estruturas
• Estrutura de madeira bruta
• Estrutura de madeira plana
• Wood frame
109
• Estrutura de madeira bruta e estrutura de
madeira plana :
Sustentada por vigas e pilares, adotando uma
concepção de concreto armado.
110
• Wood frame :
Adotando a concepção de alvenaria estrutural.
111
Tipos de Tratamento – Processo de Conservação
Os tratamentos realizados sem pressão conferem a madeira uma proteção
limitada contra organismos xilófagos, sendo recomendados para a preservação
de peças que estarão sujeitas a baixo risco de deterioração biológica.
112
Sobre a Madeira:
• Cuidados pertinentes – É sempre conveniente reduzir a
umidade do meio no qual se encontram as partes das obras.
• Convém proteger vigas da intempérie.
• As uniões não devem estar perto do solo e do nível da água
• Um dos grandes problemas nas estruturas de madeira é o
ataque por fungos que causa o apodrecimento.
• Isso depende diretamente da quantidade de água na madeira.
• Umidade de equilíbrio < 20% é considerado insuficiente a
ação dos fungos.
113
Devido às propriedades da madeira, tais como
a agregação de polímeros naturais que dão
resistência e maior vida útil, esse material é
utilizado na indústria da construção civil como
um elemento estrutural, o qual também
apresentará danos devido à degradação que
ocorre ao longo do tempo de forma natural e
por diversos agentes do meio ambiente.
114
Principais tipos de agentes bióticos da deterioração da madeira
Formigas/Abel-carpinteiras;
Abelhas-carpinteiras.
115
Principais tipos de agentes abióticos da deterioração da madeira
Deformações,
deslocamentos e flechas;
Presença de defeitos
naturais;
Danos mecânicos;
116
A madeira é uma combinação de polímeros naturais que apresenta
resistência e durabilidade como material estrutural.
• Causas extrínsecas
(externas ao corpo estrutural)
BLOCO BLOCO
RIGIDEZ : ESTRUTURA X VIGA
ADERÊNCIA BLOCO - ARGAMASSA
ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO
AREIAS
GRANULOMETRIA RECOMENDADA
PENEIRA PERCENTAGEM EM PESO QUE
ABERTURA NOMINAL PASSA NAS PENEIRAS
(mm) BS -1200 ASTM C-144
4,80 100 100
2,40 90 –100 95 – 100
1,20 70 –100 70 – 100
0,60 40 – 80 40 – 75
0,30 5 – 40 10 – 35
0,15 0 –10 2 – 15
VINCULADA
LIGAÇÃO C / ESTRUTURA
DESVINCULADA
VINCULADA
MOLDADA “IN LOCO” DESVINCULADA
CORTINA
PROCESSO DE PRODUÇÃO CONTRAVENTAMENTO
INDUSTRIALIZADA PLACAS
PAINÉIS
APARENTE
ESTRUTURA
REVESTIDA
ALVENARIA NA FACE
ESTRUTURA REVESTIDA
ALVENARIA EXTERNA
VINCULADA
LIGAÇÃO ALVENARIA - ESTRUTURA
DESVINCULADA
DEFORMAÇÕES
AS ALVENARIAS AUTOPORTANTES DEVEM SER
PROJETADAS PARA RESISTIREM :
COMPRESSÃO VERTICAL;
P P
T T
D D+
MODELOS DE RUPTURA POR CARGA HORIZONTAL NO PLANO DA PAREDE
DEFORMAÇÕES ESTRUTURAIS
REDUÇÃO MÉDIA DO COMPRIMENTO DOS PILARES
DE CONCRETO ARMADO EM EDIFÍCIOS ALTOS
MANHÃ/NOITE ½ DIA
FISSURA CAUSADA PELA EXPANSÃO LAJE COBERTURA
FISSURA CAUSADA PELA dRETRAÇÃO LAJE COBERTURA
To Tf > To
MANHÃ/NOITE ½ DIA
EMPIRE STATE BUILDING
N.Y. - USA
•Inaugurado em 01-maio-1931
•102 andares
• 6.500 janelas
• 73 elevadores
• 600 Km fios
• 100 Km canos
200
As trincas denunciam que há
fragilidade na estrutura. 201
CARACTERÍSTICAS
ATAQUES
INTRÍNSECAS
ELETROQUÍMICOS
ATAQUES
VARIAÇÕES
MANUTENÇÃO BIOLÓGICOS
TÉRMICAS
CONSTANTE
ATAQUES
QUÍMICOS
VARIAÇÕES
TÉRMICAS ENTORNO
205
Trincas causadas por sobrecargas
206
Fissuras verticais no pilar indicando
insuficiência de estribos
207
Trincas causadas por recalques
211
PERDA DE ADERÊNCIA
= Coeficiente de dilatação térmico
≠ Coeficiente de transmissão de calor 212
Trincas causadas por ataques químicos
A intensidade do ataque
químico depende de dois
fatores importantes para a
contribuição da
degradação do concreto; a
temperatura e a umidade.
Quanto maior a
temperatura, e maior a
presença de água, mais
acelerada a corrosão se
desenvolve.
HIDRÓXIDO FERROSO
HIDRÓXIDO FÉRRICO
A
G
N
Ó
S
T
I
C
O 217
“O melhor desempenho da reparação não pode ser alcançado a não ser por
demandas que foram priorizadas, e as propriedades mais críticas para o sucesso
218
do reparo forem especificadas.” ACI, ICRI.
Controle, fiscalização e monitoramento das trincas
Após o
monitoramento,
e a identificação
da amplitude de
movimentação
da trinca, esta
deve ser contida
através do
cálculo e
execução de
juntas de 220
Quando analisa-se uma estrutura danificada, qualquer dano apresenta um risco
considerável. Porém, na construção civil existem diferentes níveis de severidade provocada
pelas lesões (Agora – 30 anos ...)
Portanto é necessário estabelecer prioridades de serviço – grau de severidade
Variação térmica DESCONSIDERÁVEL 10° < ∆ >15° 15° < ∆ >30° ∆ >30°
221
Bibliografia:
BERTOLINI, L. Materiais de construção: patologia, reabilitação e prevenção, São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
EVANGELISTA A.C.J. . Avaliação da Resistência do Concreto Usando Diferentes Ensaios Não Destrutivos. 2002.
Tese (Doutorado em Engenharia Civil) - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro (RJ).
ISAIA, G.C. Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais Vol. 1, São Paulo:
IBRACON, 2007.
ISAIA, G.C. Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais Vol. 2, São Paulo:
IBRACON, 2007.
MALHOTRA V. M.; CARINO N. J. Handbook of Nondestructive Testing of Concrete. 2. ed. Boca Raton: CRC Pres,
2004.
MEHTA, P.K. & MONTEIRO, P.J.M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais, São Paulo: IBRACON
2008.
THOMAZ, Ercio. Trincas em edificios: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: PINI, 1989.
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